Ciência
21/05/2013 às 13:24•1 min de leitura
O sonho de se aposentar pode parecer incrível para grande parte da população, enquanto outros simplesmente não suportam a ideia de ficar sem ter nada para fazer. Quem sabe, este segundo grupo tenha razão, ao menos é o que um estudo divulgado na última semana comprova.
Segundo dados do Institute of Economics Affairs (IEA), de Londres, a aposentadoria leva a um "drástico declínio da saúde" a médio e longo prazo. De acordo com o estudo, as pessoas devem trabalhar por mais tempo por questões de saúde, além das finanças.
A pesquisa foi feita em conjunto com a Age Endeavour Fellowship, com foco na relação entre a atividade econômica, a saúde e as politicas publicas de saúde na Grã-Bretanha. Os cientistas compararam informações de aposentados com as pessoas que, mesmo após terem a idade mínima para a aposentadoria, optaram por continuar trabalhando.
Os resultados são surpreendentes: logo após a aposentadoria, é possível observar uma leve melhora na saúde, mas, em longo prazo, a aposentadoria passa a representar um declínio significativo no organismo dos indivíduos.
Além disso, a aposentadoria pode elevar em até 40% as chances de que o individuo desenvolva quadros de depressão, além de aumentar em até 60% a possibilidade de surgimento de doenças físicas, colocando saúde física e mental em risco.
Para Philip Booth, diretor da IEA, "Trabalhar mais não será apenas uma necessidade econômica, mas também ajudará as pessoas a viverem vidas mais saudáveis". Edward Datnow, presidente da Age Endeavour Fellowship, complementa "Não deveria haver uma idade `normal` para a aposentadoria no futuro".
Segundo a BBC, o governo da Grã-Bretanha já está planejando elevar a idade mínima para a aposentadoria, que é afixada em 65 anos para os homens e 60 para as mulheres. O movimento já ocorreu na França, com um aumento gradual que deve chegar à meta em 2018.