Chip de testosterona: a solução para aumentar a libido

11/08/2011 às 13:072 min de leitura


Se você anda usando a desculpa da dor de cabeça por vezes demais para escapar do parceiro, talvez seja hora de prestar atenção na sua vida sexual. A libido em baixa pode ser a queixa de muitas mulheres, mas não é considerada normal. E, na verdade, as causas podem estar além da insatisfação com o relacionamento: o problema pode ser hormonal.

Para elevar o apetite sexual feminino, foi criado um chip que injeta testosterona na paciente. Trata-se de um tubo de silicone que libera entre 0,3 e 0,6 miligramas do hormônio, que, apesar de ser característico do corpo masculino, nas mulheres contribui para o aumento da libido.

As doses são liberadas a cada 24 horas e são mais vantajosas que as medicações de via oral por não terem que passar pelo fígado. Nesse caso, a quantidade da substância teria que ser maior, pois parte dela ficaria obrigatoriamente retida no órgão, aumentando a ocorrência de efeitos colaterais.

Como fazer o implante

Para testar o tratamento, o primeiro passo é procurar um especialista. O chip não é vendido em farmácias comuns, sendo produzido de forma personalizada por farmácias de manipulação.

Assim, antes de dar início ao processo, o médico terá que descobrir as causas da falta de tesão, além de outras características da paciente, como o índice de massa corporal, se ela fuma, se pratica esportes e se a saúde está em dia. O procedimento é fundamental porque o tratamento envolve a aplicação de hormônios, o que exige que a saúde esteja em dia.

Após a análise, a dosagem será determinada levando em consideração ainda o perfil genético, já que algumas mulheres possuem mais testosterona no corpo que outras. A recomendação médica pode determinar o uso de um a seis tubos. O implante é feito por meio de procedimento cirúrgico no próprio consultório, com duração de aproximadamente 10 minutos, sem necessidade de anestesia ou pontos.

No primeiro mês, já é possível sentir os benefícios, mas ainda é preciso retornar ao médico para conferir se a dosagem está correta. O tratamento então pode seguir normalmente por até um ano e meio antes de haver necessidade de trocar os chips.

Não há contraindicações para mulheres grávidas ou usuárias de pílulas anticoncepcionais.

Desvantagens do chip

O tratamento simples, no entanto, não cabe no bolso de todas. Por serem importados, os tubinhos podem custar até 600 reais por unidade.

Além disso, o uso da testosterona em tratamentos deve ser acompanhado de perto por um especialista de confiança. Isso porque como é um hormônio tipicamente masculino, o excesso dele no corpo da mulher pode acabar virilizando-a, com efeitos colaterais nada agradáveis. A voz tende a engrossar, o cabelo cai, a pele pode ficar mais oleosa e a quantidade de pelos pelo corpo também será maior.

É por isso que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), que controla a fabricação de remédios no Brasil, ainda não tomou posição sobre o chip. Além disso, o tratamento ainda gera controvérsias entre os médicos. Apenas países como Inglaterra e Austrália já aprovaram oficialmente o uso da substância para curar problemas femininos.

O implante pode não ser a solução

Vale ressaltar, no entanto, que o chip não é a solução para a queda de libido da maioria das mulheres. Ele só irá funcionar com aquelas que apresentarem disfunções hormonais, que são em menor número no Brasil.

Uma pesquisa revelou que apenas 30% das mulheres com problemas sexuais possuem baixa produção de testosterona. Em geral, a falta de tesão está relacionada a questões de saúde, como depressão, insuficiência renal e cardíaca ou ainda por questões sócio-psicológicas, como traumas e valores religiosos.

Por isso, antes de implantar o chip, consulte um médico e analise todo o contexto físico e emocional. Talvez a solução para o problema seja mais acessível que você imagina.

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