
Estilo de vida
17/10/2011 às 15:51•2 min de leitura
Mulheres que tomam pílulas contraceptivas regularmente tendem a escolher parceiros menos atraentes e com um desempenho fraco na cama, é o que diz um estudo publicado recentemente, realizado na Universidade de Stirling, na Escócia.
Craig Roberts, responsável pelo projeto, coordenou uma equipe de especialistas que sondou os efeitos dos hormônios contraceptivos no corpo da mulher e seus reflexos na escolha de parceiros sexuais. Para isso, foram eleitas em torno de 2,5 mil voluntárias de países como os Estados Unidos, República Tcheca, Inglaterra e Canadá, que tivessem pelo menos um filho. As voluntárias responderam a uma pesquisa de satisfação na qual deveriam atribuir notas a fatores importantes da relação, como satisfação sexual, prazer, nível de atração pelo parceiro e muitos outros.
Entre as mulheres selecionadas, mil voluntárias alegaram que usavam pílulas contraceptivas quando encontraram seus parceiros, enquanto pouco mais de 1,5 mil afirmaram que não recorriam a qualquer tipo de controle de natalidade hormonal quando conheceram os pais de seus filhos.
Comparando esses dois grupos de mulheres, Craig Roberts diz que é possível notar consequências boas e ruins do uso de hormônios em um relacionamento: por um lado, a mulher que faz uso de pílulas tende a escolher parceiros fracos e, portanto, é mais difícil estar plenamente satisfeita com o desempenho sexual do casal.
Por outro lado, essas mulheres escolhem homens que são mais propensos a relacionamentos longos e que, por esse motivo, correspondem muito bem a fatores não-sexuais. Corroborando essa noção, os pesquisadores notaram que as voluntárias que conheceram seus parceiros enquanto tomavam pílulas mostraram que os relacionamentos duravam em torno de dois anos a mais e tinham menos chances de terminar.
Os especialistas suspeitam que isso ocorra porque os hormônios ingeridos através das pílulas confundem a química natural do corpo da mulher – que se baseia nos hormônios naturais e nos cheiros para escolher um homem – e acabam alterando consideravelmente a escolha do parceiro.
Depois de chegar a todos esses resultados, resta uma pergunta: então não seria melhor usar métodos contraceptivos livres da interferência dos hormônios, como a camisinha, o diafragma ou o DIU, para não haver confusão na hora de escolher o parceiro ideal?
Quanto a isso, Roberts e sua equipe recomendam às mulheres que estiverem em dúvida que abram mão dos hormônios por alguns meses e deixem o corpo reagir naturalmente aos estímulos do parceiro. Segundo eles, trocar o método contraceptivo por algum tempo seria a melhor maneira de entender ou ter certeza se uma mulher ainda se sente atraída pelo parceiro que escolheu.