Imagem de Como a guerra na Ucrânia influencia o Relógio do Juízo Final? no megacurioso

De acordo com pesquisadores, conflito entre russos e ucranianos tem nos aproximado da meia noite — horário do apocalipse

H&aacute; sete meses e meio, a guerra entre R&uacute;ssia e Ucr&acirc;nia iniciou-se. Por&eacute;m, o andamento do conflito armado n&atilde;o aconteceu exatamente da forma como o governo russo esperava. Os ucranianos conseguiram resistir aos avan&ccedil;os de seu advers&aacute;rio com certa habilidade e at&eacute; mesmo foram capazes de recuperar alguns territ&oacute;rios.
Tamanha resist&ecirc;ncia, no entanto, fez com que <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121550-como-a-ucrania-pode-ganhar-a-guerra-contra-a-russia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">amea&ccedil;as nucleares</a> passassem a existir por parte do presidente russo Vladmir Putin. Por esse motivo, o Rel&oacute;gio do Ju&iacute;zo Final, criado pelo Boletim dos Cientistas At&ocirc;micos para medir o risco iminente de caos nuclear, est&aacute; cada vez mais perto de atingir a meia-noite. Entenda o caso!
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123017-o-que-significa-a-nova-ameaca-de-guerra-nuclear-de-putin.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O que significa a nova amea&ccedil;a de guerra nuclear de Putin?</a>
<h2>Cria&ccedil;&atilde;o do Rel&oacute;gio do Ju&iacute;zo Final</h2>
<span data-fonte="(Fonte: Win McNamee/Getty Images News)" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/detail/foto-jornalistica/ambassador-thomas-pickering-participates-in-a-press-foto-jornalistica/73022384" class="img-fc"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/17/win-mcnamee-getty-images-news-17184230504379.jpg" alt="Win McNamee/Getty Images News" />(Fonte: Win McNamee/Getty Images News)
Criado em 1945 por Albert Einstein e cientistas da Universidade de Chicago, os quais haviam participado do desenvolvimento das primeiras armas nucleares no Projeto Manhattan, o Boletim de Cientistas Nucleares foi respons&aacute;vel por estabelecer o Rel&oacute;gio do Ju&iacute;zo Final dois anos depois do fim da Segunda Guerra Mundial.
O objetivo era representar o apocalipse como a meia-noite de um rel&oacute;gio, realizando uma contagem regressiva que representa as amea&ccedil;as ao mundo e &agrave; humanidade. Dessa forma, o Rel&oacute;gio do Ju&iacute;zo final tornou-se um s&iacute;mbolo da cultura pop e um verdadeiro indicador de quando estamos amea&ccedil;ados por mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas, tecnologias disruptivas e do que os autores chamam de &ldquo;cat&aacute;strofe de armas nucleares&rdquo;.&nbsp;
A &uacute;ltima vez que esse rel&oacute;gio sofreu altera&ccedil;&otilde;es foi em janeiro de 2020, quando a presidente do Boletim, Rachel Bronson, anunciou solenemente que estamos a 100 segundos da meia-noite &mdash; a posi&ccedil;&atilde;o mais pr&oacute;xima do apocalipse na hist&oacute;ria. Naquela &eacute;poca, a guerra entre R&uacute;ssia e <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121550-como-a-ucrania-pode-ganhar-a-guerra-contra-a-russia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Ucr&acirc;nia</a> ainda n&atilde;o havia come&ccedil;ado, mas a tens&atilde;o entre os dois pa&iacute;ses j&aacute; estava aumentando e os russos tinham enviado tropas para as fronteiras ucranianas.
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121083-relogio-do-juizo-final-esta-a-100-segundos-do-apocalipse.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Rel&oacute;gio do Ju&iacute;zo Final est&aacute; a 100 segundos do apocalipse</a>
<h2>Final mais pr&oacute;ximo</h2>
<span data-fonte="(Fonte: Tim Boyle/Getty Images News)" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/detail/foto-jornalistica/using-a-slow-camera-exposure-to-simulate-clock-foto-jornalistica/703218" class="img-fc"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/17/tim-boyle-getty-images-news-17184316316381.jpg" alt="Tim Boyle/Getty Images News" />(Fonte: Tim Boyle/Getty Images News)
O hor&aacute;rio do Rel&oacute;gio do Ju&iacute;zo Final &eacute; definido todos os anos pelo Conselho de Ci&ecirc;ncia e Seguran&ccedil;a, um grupo de especialistas que inclui 11 ganhadores do Pr&ecirc;mio Nobel. O Boletim deste ano, publicados antes de sinais mais concretos de invas&atilde;o russa em territ&oacute;rio ucraniano, mostrava um cen&aacute;rio completamente diferente.
Na vis&atilde;o dos especialistas, a derrota do candidato Donald Trump nas elei&ccedil;&otilde;es dos Estados Unidos em 2020 havia trazido uma esperan&ccedil;a de que a cat&aacute;strofe pudesse ser interrompida ou at&eacute; mesmo revertida, com promessas de medidas para um mundo mais seguro anunciadas pelo presidente Joe Biden &mdash; incluindo a reintegra&ccedil;&atilde;o ao Acordo de Paris e estabilidade pol&iacute;tica com a R&uacute;ssia.
No entanto, o painel do Rel&oacute;gio do Ju&iacute;zo Final julgou que isso n&atilde;o foi suficiente para equilibrar &ldquo;as tend&ecirc;ncias negativas de seguran&ccedil;a internacional que demoravam a se desenvolver e continuaram ao longo do horizonte de amea&ccedil;as em 2021&rdquo;. Muito disso tem a ver com a maneira como os russos liderados por Putin lidavam com a pol&iacute;tica internacional e no interesse em territ&oacute;rios ucranianos.
Portanto, &eacute; de se imaginar que o progresso da <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121486-as-4-piores-guerras-que-o-mundo-ja-enfrentou.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">guerra</a> entre R&uacute;ssia e Ucr&acirc;nia, somado &agrave;s constantes amea&ccedil;as de um poss&iacute;vel escalonamento para um conflito nuclear, possam fazer com que o Rel&oacute;gio do Ju&iacute;zo Final chegue ao seu n&uacute;mero mais dr&aacute;stico de todos os tempos no pr&oacute;ximo boletim.

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Como a guerra na Ucrânia influencia o Relógio do Juízo Final?

Imagem de Como o aquecimento global afeta a gravidade da Terra? no megacurioso

Satélites detectaram mudanças gravitacionais em regiões onde há mais derretimento de gelo devido às mudanças climáticas

<head></head><body>Com as <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120125-no-seculo-xx-ondas-de-calor-extremo-mataram-pessoas-pelo-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ondas de calor anormais&nbsp;</a>que têm assolado países da Europa e grande parte dos Estados Unidos, provocando queimadas florestais e até a morte de milhares de pessoas, cresceu a pressão para que o atual presidente norte-americano Joe Biden acione a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122626-o-que-acontece-se-for-acionada-a-declaracao-de-emergencia-climatica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Declaração de Emergência Climática</a>, uma tarefa difícil e controversa que criaria inúmeras implicações para a economia global.Apesar dessa última movimentação, todo mundo está ciente que o tópico <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121264-aquecimento-global-e-efeito-estufa-qual-e-a-diferenca-entre-eles.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mudança climática</a> não é nenhuma novidade. Desde a década de 1980, que registrou um aumento acentuado nas temperaturas globais, a questão causou transformações políticas e socioeconômicas em uma luta para tentar combater o aquecimento global, que ainda hoje é considerado propaganda política de oposição para controlar mentes, enquanto os recursos naturais desmoronam cada vez mais.Aumento do nível do mar devido à expansão térmica, derretimento das calotas polares, mudanças catastróficas no ecossistema, temperaturas extremas e outros fatores já são conhecidos como característicos das causas do aquecimento climático; no entanto, o que poucas pessoas sabem, é que ele também afeta a atração gravitacional da Terra.<h2>A gravidade desbalanceada</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/05/05152032205150.jpg" alt="(Fonte: Globo/Reprodução)">(Fonte: Globo/Reprodução)Foi em meados de 2014 que a Agência Espacial Europeia (ESA) descobriu que as mudanças climáticas afetam a gravidade do nosso planeta, por meio do satélite Gravity Field and Steady-State Ocean Circulation Explorer (GOCE), lançado em 2009 pelo órgão para criar um mapa o mais detalhado o possível da gravidade do planeta.Ironicamente, os cientistas não esperavam que o GOCE registrasse mudanças na gravidade da Terra, mas as medições de alta resolução feitas na Antártida, entre novembro e 2009 e junho de 2012, acabaram fazendo isso. Os cientistas do Instituto Alemão de Pesquisa Geodésica, da Universidade de Tecnologia de Delft, na Holanda, perceberam que há um vale no campo de gravidade sobre o sul do continente americano devido à perda excessiva de gelo.Isso acontece porque a gravidade não puxa igualmente todos os pontos do planeta, por isso o derretimento do gelo antártico acaba impactando o campo gravitacional do planeta. Quanto mais massa um determinado recurso tiver, mais forte será a atração gravitacional que ele exercerá. Ou seja, materiais mais pesados terão gravidade mais forte do que os leves, como acontece com a água.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/05/05152144850151.jpg" alt="(Fonte: DW/Reprodução)">(Fonte: DW/Reprodução)Quando o gelo terrestre derrete, inevitavelmente, o campo gravitacional da Terra muda porque a localização da massa de gelo e da massa de água é alterada. Os cientistas descobriram através das medições do GOCE que a perda de gelo na Antártida Ocidental, entre 2009 e 2012, causou uma queda no campo de gravidade sobre a região.Segundo um comunicado de imprensa do GFZ GeoForschungsZentrum Potsdam, Helmholtz Centre, de 2002 a 2017, a Antártida derramou 140 bilhões de toneladas de gelo por ano, sendo que a Groenlândia perdeu 260 bilhões. Cerca de 60% desse derretimento foi culpa do aquecimento das temperaturas, e 40% culpa dos icebergs que se desprenderam no oceano.Enquanto isso, a agenda climática continua sendo negada, embora muitas partes do planeta digam o oposto.</body>

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Como o aquecimento global afeta a gravidade da Terra?

Imagem de Como as enchentes e as secas acontecem ao mesmo tempo? no megacurioso

Mudanças climáticas têm deixado chuvas e secas mais extremas e frequentes

<head></head><body>No final de 2021 o Brasil enfrentou dois cenários que pareciam bastante improváveis e contraditórios. Enquanto os estados do sul, sudeste e <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121433-seca-de-quase-75-da-agua-do-pantanal-indica-escassez-do-bioma.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">centro-oeste</a> encaravam uma&nbsp;forte estiagem, que fez reservatórios secarem e deixou a população sem água, estados do nordeste passaram por <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119765-populacao-atingida-por-enchentes-aumenta-24-desde-o-final-de-2020.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tempestades devastadoras</a>. Enquanto uma parte do país precisou lidar com a falta de água, a outra estava sendo prejudicada pelo excesso.&nbsp;E o Brasil <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120674-6-lugares-que-nao-existem-por-conta-das-mudancas-climaticas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">não é o único país a lidar com o problema</a>. Recentemente, os Estados Unidos passaram por inundações recordistas que atingiram o centro-oeste do país no final de julho e início de agosto, deixando pelo menos 35 mortos e centenas desaparecidos. Enquanto isso, do outro lado do país, o Lago Mead — maior reservatório dos EUA — estava em um nível historicamente baixo, enfrentando seu terceiro ano de seca.<h2>Um problema conhecido da ciência</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/10/10110126459088.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)A situação que faz lugares relativamente próximos enfrentarem situações tão opostas e extremas é uma consequência direta das mudanças climáticas. Conforme a Terra esquenta, a atmosfera passa a acumular mais vapor d’água, e isso cria uma situação perfeita tanto para tempestades quanto para estiagens. “Esta têm sido uma crise em câmera lenta há duas décadas, está apenas convergindo neste momento”, disse Michael Crimmins, climatologista da Universidade do Arizona.A atmosfera da Terra pode armazenar cerca de 7% mais água por?°C de aquecimento. Agora, considere que a temperatura atual do nosso planeta subiu cerca de 1,2 °C acima das temperaturas pré-industriais. Isso faz com que a atmosfera leve mais tempo para ficar saturada de água. O resumo dessa variação é que nós estamos tendo cada vez menos tempestades, mas quando ocorrem, elas despejam mais água de uma só vez, resultando em inundações.Por outro lado, as temperaturas mais altas também fazem com que a água evapore mais rápido. Isso propicia que certas regiões se tornem secas com mais facilidade, se tornando mais propensas a incêndios florestais e menos capazes de reter água. Além disso, o acúmulo excessivo de água favorece tempestades e diminui a probabilidade de neve, que em muitos casos funcionam como reservatório de água, que depois derrete e alimenta os grandes rios.<h2>Futuro incerto</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/10/10112846062109.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)À medida que as mudanças climáticas se intensificam, veremos mais eventos extremos de chuva em todo o país e no mundo. Também veremos secas mais intensas. Crimmins explica que “lugares secos tenderão a ficar mais secos e lugares úmidos tenderão a ficar mais úmidos”.É praticamente um consenso entre especialistas que essas são as consequências das mudanças climáticas. É fundamental que trabalhemos para reduzir as emissões de gases responsáveis pelo efeito estufa. Existem medidas a médio e longo prazo pensando no problema, mas elas apenas o aliviam. É preciso pensar em como minimizar os impactos do que já estamos vivendo enquanto nos readaptamos.</body>

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Como as enchentes e as secas acontecem ao mesmo tempo?

Imagem de Aquecimento global e efeito estufa: qual é a diferença entre eles? no megacurioso

Ao contrário do que muita gente pensa, aquecimento global e efeito estufa não são a mesma coisa

Existem termos que crescemos escutando e fazem parte do nosso dia a dia, como &eacute; o caso de "efeito estufa" e "aquecimento global". Geralmente esses dois s&atilde;o usados em conjunto e, por conta disso, algumas pessoas tendem a confund&iacute;-los como a mesma coisa. Mas ser&aacute; mesmo?
Na verdade, eles est&atilde;o interligados, mas t&ecirc;m diferen&ccedil;as entre si. A intensidade, a forma como s&atilde;o causados e as consequ&ecirc;ncias podem divergir bastante. Sendo assim, nesse texto vamos te explicar o que cada um realmente significa para n&atilde;o restar mais nenhuma d&uacute;vida. Preste aten&ccedil;&atilde;o!
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120892-por-que-desastres-climaticos-sao-cada-vez-mais-frequentes.htm#:~:text=Esses%20eventos%20s%C3%A3o%20causados%2C%20sobretudo,comuns%20em%20outros%20tempos%20hist%C3%B3ricos." target="_blank">Por que desastres clim&aacute;ticos s&atilde;o cada vez mais frequentes?</a>
<h2>O que &eacute; efeito estufa?</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/03/03150239232561.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
A manuten&ccedil;&atilde;o da vida na Terra depende de uma s&eacute;rie de fatores que precisam estar em equil&iacute;brio. Um desses fatores &eacute; manuten&ccedil;&atilde;o da temperatura. Como voc&ecirc; sabe, o Sol &eacute; o grande fornecedor de energia do nosso planeta e o calor fornecido por essa estrela nos aquece durante o dia, faz com que as plantas e <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120676-planctons-entenda-o-que-sao-porque-brilham-e-sua-importancia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pl&acirc;nctons produzam oxig&ecirc;nio</a>, etc.
Calor demais e calor de menos colocariam o planeta em maus len&ccedil;&oacute;is. &Eacute; por isso que a natureza atua de forma brilhante, emitindo gases que criam uma camada de prote&ccedil;&atilde;o ao redor da Terra. Essa camada parte do calor do Sol, refletindo o excesso de volta ao espa&ccedil;o. Se n&atilde;o fosse assim, n&atilde;o ter&iacute;amos vida no planeta. Os gases envolvidos nesse processos s&atilde;o:
<ul type="disc">
<li>Vapor de &aacute;gua</li>
<li>Clorofluorcarbono (CFC)</li>
<li>Oz&ocirc;nio (O3)</li>
<li>Metano (CH4)</li>
<li>&Oacute;xido nitroso (N2O)</li>
<li>Di&oacute;xido de carbono (CO2)</li>
</ul>
Todos eles ocorrem naturalmente. Contudo, as muitas atividades humanas aumentaram a emiss&atilde;o de gases, fazendo com que a temperatura m&eacute;dia do planeta se eleve. &Eacute; como se viv&ecirc;ssemos em uma estufa de vidro, daquelas usadas para plantar flores. A luz entra, &eacute; absorvida e aquece o ambiente &mdash; por isso o nome efeito estufa.
<h2>O que &eacute; o aquecimento global?</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/03/03150241607562.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Como vimos, o efeito estufa &eacute; um processo natural fundamental &agrave; vida, mas que tem sido intensificado pela humanidade. A consequ&ecirc;ncia disso &eacute; o&nbsp;aquecimento global. Como o nome sugere, trata-se do aumento progressivo da temperatura da Terra.
O aquecimento global acaba bagun&ccedil;ando toda a temperatura do planeta, fazendo com que calor e frio extremos sejam vivenciados com mais frequ&ecirc;ncia. Al&eacute;m disso, grandes per&iacute;odos de seca e chuvas torrenciais tamb&eacute;m podem ocorrer.
Peguemos o caso do Brasil, que sempre teve ver&otilde;es chuvosos. Contudo, o volume dessas chuvas tem aumentado significativamente, ajudando a formar enchentes e criando <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120892-por-que-desastres-climaticos-sao-cada-vez-mais-frequentes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">desastres naturais como os vistos neste ano na Bahia, Minas Gerais e Rio de Janeiro</a> &mdash; mesmo que essas trag&eacute;dias tamb&eacute;m tenham contado com a falta de obras de urbaniza&ccedil;&atilde;o, escoamento de &aacute;gua e habita&ccedil;&atilde;o.
Essas mudan&ccedil;as ainda prejudicar&atilde;o a agricultura, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121155-muralha-verde-africana-pretende-evitar-avanco-do-saara.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">aumentar&atilde;o os desertos</a>, far&atilde;o com que cidades litor&acirc;neas fiquem inabit&aacute;veis, extinguir&atilde;o esp&eacute;cies nativas de animais e plantas e poder&atilde;o contribuir para o surgimento de novas doen&ccedil;as. Trata-se de um grande desafio que tem chamado a aten&ccedil;&atilde;o dos l&iacute;deres mundiais e exigido compromisso p&uacute;blico entre as na&ccedil;&otilde;es, como o que ocorreu na <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120468-cop26-entenda-o-que-deve-mudar-apos-o-evento.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">COP26</a>.

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Aquecimento global e efeito estufa: qual é a diferença entre eles?

Imagem de Relógio do Juízo Final está a 100 segundos do apocalipse no megacurioso

Boletim dos Cientistas Atômicos alertam para falta de progresso no clima e para armas nucleares

N&atilde;o importa o que seu rel&oacute;gio lhe mostre, faltam 100 segundos para a meia-noite no Rel&oacute;gio do Ju&iacute;zo Final. De acordo com o Boletim dos Cientistas At&ocirc;micos, nunca estivemos t&atilde;o pr&oacute;ximos de um apocalipse.
Mas o que isso significa? O que &eacute; esse Rel&oacute;gio? E como os especialistas entendem os segundos dele?
<h2>O que &eacute; o Rel&oacute;gio do Ju&iacute;zo Final?</h2>
O Boletim dos Cientistas At&ocirc;micos &eacute; uma organiza&ccedil;&atilde;o sem fins lucrativos formada por acad&ecirc;micos e especialistas de v&aacute;rias &aacute;reas. Eles analisam quais consequ&ecirc;ncias negativas surgem das medidas e a&ccedil;&otilde;es humanas, por exemplo, os avan&ccedil;os tecnol&oacute;gicos, o clima, desenvolvimento de armas nucleares e muitos mais.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/03/03130409994160.jpg" alt="(Fonte: Thomas Gaulkin/ Bulletin of the Atomic Scientists)" />(Fonte: Thomas Gaulkin/ Bulletin of the Atomic Scientists)
H&aacute; 75 anos os integrantes do Boletim se re&uacute;nem anualmente para determinar quanto tempo, em teoria, temos para evitar que a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/111870-7-possiveis-causas-para-o-fim-do-mundo-ganham-notas-apocalipticas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">humanidade sofra uma grande cat&aacute;strofe</a> que pode colocar sua exist&ecirc;ncia em risco.
Desde que o Rel&oacute;gio do Ju&iacute;zo Final foi criado, os ponteiros j&aacute; foram para frente e para tr&aacute;s, conforme medidas foram tomadas para lidar com os riscos que poderiam exterminar a civiliza&ccedil;&atilde;o &mdash; como guerras nucleares e mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas.
Em 2020, no entanto, os ponteiros foram ajustados em 100 segundos para a meia-noite. Na &eacute;poca, eles foram adiantados em dois minutos. Por&eacute;m, conforme a organiza&ccedil;&atilde;o de cientistas, mesmo dois anos depois, nenhum progresso significativo foi feito para mov&ecirc;-los para tr&aacute;s.
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120009-fim-dos-tempos-o-mundo-na-1-hora-apos-a-morte-dos-dinossauros.htm" target="_blank">Fim dos tempos: o mundo na 1&ordf; hora ap&oacute;s a morte dos dinossauros</a>
<h2>Cen&aacute;rio preocupante</h2>
Como nos &uacute;ltimos dois anos os ponteiros continuaram em 100 segundos para o fim, algumas pessoas podem pensar que essa estabilidade pode ser boa. Segundo o comunicado do Boletim, por&eacute;m, isso quer dizer exatamente o oposto. N&atilde;o h&aacute; boas perspectivas para o futuro, visto que o rel&oacute;gio continua o mais pr&oacute;ximo que j&aacute; esteve do <a href="https://www.megacurioso.com.br/fim-do-mundo/56652-cinco-descricoes-do-fim-do-mundo-de-acordo-com-algumas-religioes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">apocalipse</a>. E como n&atilde;o houve nenhum retrocesso nos ponteiros, significa que o mundo continua preso em um dos momentos mais perigosos de sua hist&oacute;ria.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/03/03130643978161.jpg" alt="(Fonte: dric/Pixabay)" />(Fonte: dric/Pixabay)
Segundo Sharon Squassoni, professora da Universidade George Washington e integrante da equipe respons&aacute;vel por atualizar o rel&oacute;gio, os avan&ccedil;os positivos percebidos no ano passado n&atilde;o foram suficientes para neutralizar os cen&aacute;rios negativos de longo prazo, por isso os ponteiros n&atilde;o se moveram.
Na conclus&atilde;o do Boletim, os maiores desafios do presente envolvem amea&ccedil;as &agrave; seguran&ccedil;a mundial (armas nucleares), aumento da desinforma&ccedil;&atilde;o, respostas lentas e insuficientes sobre a pandemia da covid-19, bem como a falta de tecnologias disruptivas e pol&iacute;ticas clim&aacute;ticas eficientes.
<h2>Lendo o Rel&oacute;gio do Ju&iacute;zo Final</h2>
&Eacute; poss&iacute;vel compreender as informa&ccedil;&otilde;es do rel&oacute;gio de v&aacute;rias formas. Para alguns observadores atentos, o objetivo n&atilde;o &eacute; dizer qual &eacute; o tamanho dos riscos que a humanidade enfrenta, mas sim, qual &eacute; o n&iacute;vel de efici&ecirc;ncia de nossas respostas ante a esses riscos.
Por exemplo, no decorrer da crise dos m&iacute;sseis cubanos, em 1962, que at&eacute; hoje &eacute; considerado o per&iacute;odo em que o mundo esteve mais pr&oacute;ximo de uma guerra nuclear, os ponteiros do rel&oacute;gio n&atilde;o se moveram para frente. No entanto, por ocasi&atilde;o do Tratado Parcial de Testes Nucleares, firmado em 1963, os ponteiros retrocederam e passaram a marcar cinco minutos para a meia-noite.
Embora tudo isso seja um tanto desolador, o Boletim enfatiza que o Rel&oacute;gio do Ju&iacute;zo Final n&atilde;o deve ser usado para deixar as pessoas com medo, mas para estimul&aacute;-las a agir em favor de um mundo melhor.

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Relógio do Juízo Final está a 100 segundos do apocalipse

Imagem de 6 atitudes efetivas para acabar com a poluição dos oceanos no megacurioso

Entenda o que você pode mudar no seu dia a dia a fim de colaborar para a criação de um mundo mais sustentável e ecológico

De todas as esta&ccedil;&otilde;es do ano, o ver&atilde;o &eacute; de longa a mais prop&iacute;cia para trazer turistas para as praias. Isso significa que existir&atilde;o mais pessoas aproveitando o mar e o sol, mas tamb&eacute;m representa um crescimento exponencial das taxas de polui&ccedil;&atilde;o dos oceanos. De acordo com um estudo do Programa das Na&ccedil;&otilde;es Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), o volume de pl&aacute;stico nos mares pode triplicar at&eacute; 2040.
Isso quer dizer que, at&eacute; l&aacute;, n&oacute;s poderemos estar gerando cerca de 23 a 37 milh&otilde;es de toneladas de lixo por ano caso nenhuma a&ccedil;&atilde;o rigorosa seja tomada. E, como toda transforma&ccedil;&atilde;o global come&ccedil;a tamb&eacute;m por medidas pessoais, n&oacute;s fizemos uma lista com seis atitudes efetivas que voc&ecirc; pode ter para ajudar a acabar com a polui&ccedil;&atilde;o dos mares. Veja s&oacute;!
<h2>1. Evite materiais descart&aacute;veis</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/24/24165934378776.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
Grande parte do problema que acomete os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117686-oceano-qual-a-sua-profundidade-e-ate-onde-o-homem-conseguiu-ir.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">oceanos</a> &eacute; devido ao descarte incorreto de res&iacute;duos e embalagens. Cerca de 80% dos materiais encontrados nos oceanos s&atilde;o provenientes dos pl&aacute;sticos, sobretudo sacolas e garrafas, &eacute; o que indica um estudo publicado na revista Nature Sustainability.
Portanto, &eacute; importante evitarmos o uso de materiais descart&aacute;veis sempre que poss&iacute;vel. Busque ter em m&atilde;os garrafas de &aacute;gua, canecas e copos reutiliz&aacute;veis. Substitua as sacolas de pl&aacute;stico por vers&otilde;es de pano e armazene alimentos em recipientes tamb&eacute;m reutiliz&aacute;veis.
<h2>2. Separe o lixo corretamente</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/24/24171030769778.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
Agora que voc&ecirc; sabe que o descarte incorreto de materiais &eacute; um problema para os oceanos, cabe a voc&ecirc; cumprir a sua parte. Nunca jogue esses objetos em ruas, praias, rios ou c&oacute;rregos. Caso a sua cidade n&atilde;o tenha lixeiras de coleta seletiva nas ruas, fa&ccedil;a a pr&oacute;pria separa&ccedil;&atilde;o em casa.
Tenha sempre em mente como funciona o sistema de coleta de lixo do seu condom&iacute;nio ou do seu munic&iacute;pio. Dessa forma, voc&ecirc; poder&aacute; ter todas as informa&ccedil;&otilde;es necess&aacute;rias para o manejo correto de res&iacute;duos.
<h2>3. Conscientize as pessoas ao seu redor</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/24/24171148348782.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
Se voc&ecirc; sente que pode fazer ainda mais pelo planeta, tente trazer mais pessoas a sua volta para esse c&iacute;rculo de boas a&ccedil;&otilde;es ao meio ambiente. Converse com seus amigos e familiares sobre a import&acirc;ncia da separa&ccedil;&atilde;o do lixo, da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112828-novo-robo-da-alphabet-ajuda-na-reciclagem-e-aprende-com-simulacoes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">reciclagem</a> e de medidas sustent&aacute;veis para salvar a Terra.
Ao abrirmos um canal de di&aacute;logo, conseguiremos mostrar para mais pessoas que a mudan&ccedil;a precisa ter in&iacute;cio em nossas vidas.
<h2>4. N&atilde;o jogue bitucas de cigarro na rua</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/24/24171300988786.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
Cigarros j&aacute; n&atilde;o s&atilde;o excelentes para os seres humanos, mas para os oceanos eles s&atilde;o ainda piores. Cerca de 4,5 trilh&otilde;es de bitucas de cigarro s&atilde;o jogadas fora por ano e, assim como acontece com outros res&iacute;duos, elas podem acabar parando no mar e nas praias.&nbsp;
Al&eacute;m disso, os filtros de cigarro t&ecirc;m milhares de subst&acirc;ncias qu&iacute;micas que podem matar peixes marinhos e de &aacute;gua doce. Por isso, se for fumar, jogue sempre seu cigarro em uma lata de lixo.
<h2>5. Diminua as emiss&otilde;es de carbono</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/24/24171502051788.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
Os oceanos s&atilde;o respons&aacute;veis por absorver mais de 25% das emiss&otilde;es de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/110479-site-calcula-quanto-dioxido-de-carbono-o-seu-carro-emite-em-uma-viagem.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">di&oacute;xido de carbono</a> (CO2) geradas pelo homem. Isso faz que a &aacute;gua do mar fique mais &aacute;cida, fen&ocirc;meno que amea&ccedil;a diversas esp&eacute;cies. Para combater esse problema ecol&oacute;gico, precisamos reduzir nossas emiss&otilde;es de CO2.
E o que isso quer dizer? Diminua o consumo de energia, opte por usar meios de transporte mais sustent&aacute;veis e fa&ccedil;a escolhas mais conscientes do que for comer ou comprar.
<h2>6. Consuma marcas comprometidas com o meio ambiente</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/24/24171947910793.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
O consumismo influencia muito na maneira como estamos destruindo os oceanos. Por esse motivo, precisamos estar atentos ao segmento da ind&uacute;stria que pretende ajudar na recupera&ccedil;&atilde;o do nosso planeta. Fique "de olho" em marcas biodegrad&aacute;veis e sustent&aacute;veis que tenham uma linha de produ&ccedil;&atilde;o "verde".
Isso ajudar&aacute; a diminuir imensamente os dados de emiss&atilde;o de carbono e auxiliar no resgate da natureza.

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6 atitudes efetivas para acabar com a poluição dos oceanos

Imagem de Por que desastres climáticos são cada vez mais frequentes? no megacurioso

Os eventos climáticos extremos – como enchentes e incêndios naturais – aumentaram muito nos últimos anos; entenda o motivo

Talvez voc&ecirc; n&atilde;o saiba, mas os &uacute;ltimos 7 anos s&atilde;o considerados os mais quentes de toda a nossa hist&oacute;ria, segundo levantamento da Organiza&ccedil;&atilde;o Meteorol&oacute;gica Mundial (OMM). Em 2022, no Rio Grande do Sul, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120865-onda-de-calor-pode-causar-temperaturas-de-50-c-na-america-do-sul.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">uma onda de calor promete levar a temperaturas recordes</a>, com previs&otilde;es de 45 &deg;C em algumas cidades.
Para muita gente, not&iacute;cias que falam do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112965-decada-de-2010-terminara-como-a-mais-quente-ja-registrada.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">aumento de temperaturas m&eacute;dias</a> s&atilde;o pouco importantes &ndash; h&aacute; at&eacute; quem se alegre por ver&otilde;es com mais calor, mas o fato &eacute; que as mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas, principalmente as ocasionadas pelo <a href="https://www.megacurioso.com.br/aquecimento-global/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">aquecimento global</a>, est&atilde;o cada vez mais frequentes. Isso tem impacto na vida de todos n&oacute;s, e n&atilde;o apenas a longo prazo. A OMM j&aacute; revelou que os desastres clim&aacute;ticos mataram 2 milh&otilde;es de pessoas nos &uacute;ltimos 50 anos e custaram cerca de US$ 3,64 trilh&otilde;es em danos materiais.
A maior ocorr&ecirc;ncia de eventos clim&aacute;ticos extremos j&aacute; &eacute; uma pauta esclarecida pelo Painel Intergovernamental sobre Mudan&ccedil;as Clim&aacute;ticas (IPCC), que faz parte da ONU. Esses eventos s&atilde;o causados, sobretudo, pela a&ccedil;&atilde;o do homem no meio ambiente. O que tem-se alterado, no entanto, &eacute; a frequ&ecirc;ncia com que eles correm: temos tido mais ondas de calor fora do tempo normal ou longos per&iacute;odos de seca que seriam menos comuns em outros tempos hist&oacute;ricos.
<ul class="uk-text-justify">
<li><a href="https://www.megacurioso.com.br/aquecimento-global" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Leia mais sobre aquecimento global no Mega Curioso</a></li>
</ul>
<h2 class="uk-text-justify">Eventos catastr&oacute;ficos em que o clima teve papel preponderante</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;CNN Brasil&nbsp;" data-fonte-url="https://www.cnnbrasil.com.br/wp-content/uploads/sites/12/Reuters_Direct_Media/BrazilOnlineReportTopNews/tagreuters.com2021binary_LYNXMPEHBS0R4-FILEDIMAGE.jpg?w=876&amp;h=484&amp;crop=1"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/10/10203406893001.jpg" alt="Chuvas torrenciais inundaram cidades inteiras na Bahia, causando muitos danos. (Fonte: CNN Brasil)" />Chuvas torrenciais inundaram cidades inteiras na Bahia, causando muitos danos. (Fonte: CNN Brasil)
A chuva excessiva em cidades da Bahia e de Minas Gerais no &uacute;ltimo m&ecirc;s repercutiu muito nos notici&aacute;rios. Os temporais atingiram mais de 200 mm, um volume alt&iacute;ssimo, e deixaram milhares de pessoas desabrigadas. Esse tipo de evento &ndash; as inunda&ccedil;&otilde;es &ndash; tem sido registrado n&atilde;o apenas no Brasil, mas em v&aacute;rios pa&iacute;ses. Na B&eacute;lgica e na Alemanha, por exemplo, chuvas torrenciais deixaram vilarejos inteiros debaixo de &aacute;gua e mataram quase 200 pessoas. Em julho de 2021, as chuvas provocaram um grave deslizamento de terra em Atami, no Jap&atilde;o, que estruiu cerca de 130 edif&iacute;cios.
Um estudo conduzido pela Federa&ccedil;&atilde;o Internacional da <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118676-o-que-e-o-movimento-internacional-da-cruz-vermelha.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Cruz Vermelha</a> mostra que os desastres clim&aacute;ticos t&ecirc;m aumentado desde a d&eacute;cada de 1960. No ano de 2020, por exemplo, os Estados Unidos registraram 30 tempestades que bateram recordes, al&eacute;m de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115741-incendio-na-california-veja-imagens-do-fenomeno-do-espaco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">inc&ecirc;ndios florestais ocorridos no estado da Calif&oacute;rnia</a>, que destru&iacute;ram 4 milh&otilde;es de acres de terra.
O professor Pedro C&ocirc;rtes, do Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de S&atilde;o Paulo (USP), declarou ao portal de jornalismo ambiental O Eco que a &ldquo;mudan&ccedil;a clim&aacute;tica n&atilde;o &eacute; mais uma possibilidade: ela j&aacute; entrou na casa das pessoas. J&aacute; sa&iacute;mos da fase de prospec&ccedil;&atilde;o do que pode acontecer para entrar na das consequ&ecirc;ncias&rdquo;.
<h2 class="uk-text-justify">Danos para a sa&uacute;de mental: a ecoansiedade e o luto ecol&oacute;gico</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/10/10203605065002.jpg" alt="Termos como ecoansiedade e luto ecol&oacute;gico tentam definir o sofrimento causado por desastres clim&aacute;ticos. (Fonte: Ag&ecirc;ncia Jovem de Not&iacute;cias)" />Termos como "ecoansiedade" e "luto ecol&oacute;gico" tentam definir o sofrimento causado por desastres clim&aacute;ticos. (Fonte: Ag&ecirc;ncia Jovem de Not&iacute;cias)
Vale lembrar que os danos causados por esses eventos t&ecirc;m m&uacute;ltiplas facetas. A Associa&ccedil;&atilde;o Americana de Psiquiatria definiu recentemente o conceito de &ldquo;ecoansiedade&rdquo;, que compreende o medo cr&ocirc;nico da destrui&ccedil;&atilde;o ambiental, e o&nbsp;&ldquo;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118673-quais-sao-as-fases-do-luto.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">luto</a>&nbsp;ecol&oacute;gico&rdquo;, o qual diz respeito &agrave; exaust&atilde;o mental que decorre de se aceitar as consequ&ecirc;ncias das mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas.
Em ambos os tipos de sofrimento, que atingem especialmente as pessoas mais jovens, h&aacute; um medo recorrente sobre o que ser&aacute; do planeta, que come&ccedil;a a interferir nas a&ccedil;&otilde;es pr&aacute;ticas desses indiv&iacute;duos, al&eacute;m de uma profunda sensa&ccedil;&atilde;o de desesperan&ccedil;a. Um dos reflexos dessa ansiedade &eacute; a decis&atilde;o de muitos jovens de n&atilde;o terem filhos.
Segundo os psic&oacute;logos Ariella Cook-Shonkoff e Robert Berley, &ldquo;&eacute; terrivelmente desconfort&aacute;vel permanecer preso em um estado de medo, preocupa&ccedil;&atilde;o, tristeza, desespero, raiva e agita&ccedil;&atilde;o dentro dos nossos corpos. No entanto, tamb&eacute;m pode ser doloroso trazer essas emo&ccedil;&otilde;es &agrave; luz, &eacute; dif&iacute;cil expressar essa experi&ecirc;ncia em palavras&rdquo;. Uma vez que as m&aacute;s not&iacute;cias n&atilde;o param de chegar, tamb&eacute;m &eacute; dif&iacute;cil achar algum conforto para esse estado.
<h2 class="uk-text-justify">O que &eacute; poss&iacute;vel fazer?</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;G1&nbsp;" data-fonte-url="https://s2.glbimg.com/OkphNXEcKQ8ovWjGIjdWqK9d7mg=/0x0:5161x3440/1008x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2020/t/2/CWgB8bRWy0uY5cg3u5Rw/2020-08-20t020733z-2053709566-rc2dhi9n9a4i-rtrmadp-3-california-wildfire.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/10/10203817159003.jpg" alt="Na Calif&oacute;rnia, inc&ecirc;ndios nas florestas queimaram milhares de acres de terra. (Fonte: G1)" />Na Calif&oacute;rnia, inc&ecirc;ndios nas florestas queimaram milhares de acres de terra. (Fonte: G1)
Embora j&aacute; existam muitos danos irrevers&iacute;veis que foram feitos ao planeta, h&aacute; a&ccedil;&otilde;es poss&iacute;veis de terem tomadas &ndash; e que dependem, &eacute; claro, de pol&iacute;ticas coletivas. S&atilde;o estrat&eacute;gias como o cuidado com as bacias hidrogr&aacute;ficas, para lidar com secas e para o controle de &eacute;pocas de cheias; o bom planejamento do uso da &aacute;gua; a organiza&ccedil;&atilde;o do ambiente rural; e, obviamente, a diminui&ccedil;&atilde;o urgente do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116957-desflorestamento-da-amazonia-atinge-apice-desde-2008.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">desmatamento</a>, o que faz reduzir a emiss&atilde;o de gases que causam o efeito estufa e se reestabeler os ciclos naturais da biodiversidade.
Em rela&ccedil;&atilde;o a como lidar com o sofrimento causado pela ecoansiedade, o psiquiatra Thomas Tanner, da Universidade de Londres, d&aacute; uma dica: agir, por menor que seja a a&ccedil;&atilde;o, e conversar sobre o que se sente. &ldquo;Qualquer a&ccedil;&atilde;o que eu possa tomar para lidar com essas mudan&ccedil;as estruturais realmente ajuda na minha ansiedade. Voc&ecirc; n&atilde;o precisa ser um ativista de rua, embora isso seja bom, para lutar contra a crise clim&aacute;tica. A conex&atilde;o com outras pessoas &eacute; fundamental. &Eacute; bom saber que outras pessoas tamb&eacute;m sentem ansiedade e que voc&ecirc; n&atilde;o est&aacute; sozinho&rdquo;, explicou o especialista.

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Por que desastres climáticos são cada vez mais frequentes?

Imagem de 6 lugares que não existem por conta das mudanças climáticas no megacurioso

E as projeções futuras indicam tragédias ainda maiores

Nos &uacute;ltimos anos, as mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas v&ecirc;m sendo discutidas por boa parte da comunidade cient&iacute;fica como uma das maiores causas de desastres naturais por todo o planeta, apontadas como piv&ocirc; para um futuro ainda mais sombrio caso medidas de reten&ccedil;&atilde;o n&atilde;o sejam aplicadas com urg&ecirc;ncia. Por&eacute;m, seus efeitos catastr&oacute;ficos est&atilde;o surgindo com anteced&ecirc;ncia e pot&ecirc;ncia al&eacute;m das esperadas e j&aacute; geram impactos negativos para muitas regi&otilde;es no globo, especialmente por&ccedil;&otilde;es que ocupam terras de baixas temperaturas.
Confira abaixo alguns dos locais pelo mundo que j&aacute; n&atilde;o existem ou que est&atilde;o inacess&iacute;veis devido &agrave;s <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119621-mudancas-climaticas-incendios-graves-no-mediterraneo-ligam-alerta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas</a>.
<h2 class="uk-text-justify">1. Hotel Belv&eacute;d&egrave;re, Su&iacute;&ccedil;a</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/06/06073107635002.jpg" alt="(Fonte: Flickr / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Flickr / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Indicado como a vista residencial mais bonita da Geleira de R&oacute;dano, o Hotel Belv&eacute;d&egrave;re, localizado nas curvas dos Alpes Su&iacute;&ccedil;os, &eacute; uma constru&ccedil;&atilde;o que foi levantada no s&eacute;culo XIX em Furka Pass e foi respons&aacute;vel por atrair milhares de visitantes &mdash; incluindo o set de filmagens de 007: Goldfinger&nbsp;e o Papa Jo&atilde;o XXIII &mdash; que desejavam observar o cen&aacute;rio espetacular. Por&eacute;m, com o aumento das temperaturas globais, a geleira enfrentou um recuo de mais de 1,6 quil&ocirc;metro, obrigando a administra&ccedil;&atilde;o do hotel a encerrar suas atividades devido &agrave; falta de seguran&ccedil;a.
<h2 class="uk-text-justify">2. Vila de Vunidogoloa, Fiji</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/06/06073323307003.jpg" alt="(Fonte: Euronews / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Euronews / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Por conta do aumento do n&iacute;vel do mar e enchentes causadas tanto por chuvas quanto tempestades poderosas alimentadas por gases de efeito estufa, a vila Vunidogoloa, em Fiji, tornou-se inabit&aacute;vel, sendo uma das quatro principais comunidades do pa&iacute;s a serem realocadas.
Casas se transformaram em ru&iacute;nas e hoje est&atilde;o inteiramente cobertas de vegeta&ccedil;&atilde;o, enquanto os vest&iacute;gios de um antigo pared&atilde;o constru&iacute;do para proteger a aldeia &eacute; um lembrete gritante do que a mudan&ccedil;a clim&aacute;tica pode fazer a uma popula&ccedil;&atilde;o vulner&aacute;vel.
<h2 class="uk-text-justify">3. Saint-Louis, Senegal</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/06/06074830402004.jpg" alt="(Fonte: Adobe Stock / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Adobe Stock / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Segundo Amadou Mansour Faye, prefeito de Saint-Louis, no Senegal, mais de 4% da popula&ccedil;&atilde;o total de pessoas que vivem ao longo da costa oeste da &Aacute;frica foram for&ccedil;adas a viver em acampamentos tempor&aacute;rios longe do litoral.
Os motivos para a migra&ccedil;&atilde;o foram as incid&ecirc;ncias de inunda&ccedil;&otilde;es, eros&otilde;es e seca que danificaram n&atilde;o apenas a cidade de Saint-Louis, mas diversos territ&oacute;rios vizinhos, semeando conflitos por terras e recursos, for&ccedil;ando milhares de pessoas a fugir para campos de refugiados e provocando o surgimento de grupos extremistas.
<h2 class="uk-text-justify">4. Recifes de coral na Ilha Christmas, Austr&aacute;lia</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/06/06080401161011.jpg" alt="(Fonte: Getty Images / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Getty Images / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Entre 2015 e 2016, cerca de 90% dos recifes de coral na Ilha Christmas, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118984-diabo-da-tasmania-filhotes-nascem-na-australia-apos-3-mil-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Austr&aacute;lia</a>, morreram ou perderam a cor devido ao estresse t&eacute;rmico, em especial aos aumentos substanciais da temperatura na Oceania. Fornecedores de alimento para boa parte das esp&eacute;cies mar&iacute;timas que abrigam o litoral, os corais viram, na decad&ecirc;ncia da Grande Barreira de Recifes, um desgaste profundo no ecossistema local, contribuindo para a precariza&ccedil;&atilde;o da qualidade de vida da vida no mar e em terra firme.
<h2 class="uk-text-justify">5. Esta&ccedil;&atilde;o de esqui Chacaltaya, Bol&iacute;via</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/06/06081107349013.jpg" alt="(Fonte: Viajando na Janela / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Viajando na Janela / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Lar do &uacute;nico resort de Esqui da Bol&iacute;via, a geleira Chacaltaya atra&iacute;a turistas de todo o mundo desde os anos 1930, exibindo uma vista de 5340 metros de altura e o restaurante mais alto do planeta. Por&eacute;m, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120415-6-rios-que-podem-desaparecer-nos-proximos-100-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">desaparecimento</a> completo da geleira, em meados de 2009, transformou o local em uma regi&atilde;o completamente abandonada. Os administradores do resort ainda recebem visitantes com frequ&ecirc;ncia reduzida e com poucas atividades dispon&iacute;veis a serem realizadas.
<h2 class="uk-text-justify">6. Shishmaref, Alasca</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/06/06082136239026.jpg" alt="(Fonte: NOVA / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: NOVA / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Cidade costeira no Alasca a apenas 48 quil&ocirc;metros ao sul do C&iacute;rculo Polar &Aacute;rtico, Shishmaref abriga cerca de 600 pessoas Inupiat na costa do Mar de Chukchi. Por cerca de 10 meses ao ano, o gelo marinho costumava envolver todo o litoral local e dava condi&ccedil;&otilde;es para que a comunidade sobrevivesse por meio de peixes e da alimenta&ccedil;&atilde;o do ecossistema, mas o aumento das temperaturas e o derretimento dos blocos tornaram a paisagem quase inabit&aacute;vel. Hoje, a vila &eacute; uma das 31 comunidades no Alasca que enfrentam amea&ccedil;as extremas de eros&atilde;o.

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6 lugares que não existem mais por conta das mudanças climáticas

Imagem de La Niña: o que é e porque nos afeta? no megacurioso

Como funcionam esses fenômenos que tanto afetam o clima no Brasil?

Todos os dias, os telejornais nos d&atilde;o a previs&atilde;o do tempo. Ali&aacute;s, n&atilde;o s&oacute; eles, j&aacute; que at&eacute; nossos celulares conseguem nos dizer se vai ou n&atilde;o chover. Contudo, toda essa informa&ccedil;&atilde;o ainda n&atilde;o consegue prever a La Ni&ntilde;a.
Assim como o El Ni&ntilde;o, a La Ni&ntilde;a &eacute; um fen&ocirc;meno clim&aacute;tico imprevis&iacute;vel e de consequ&ecirc;ncias muito relevantes para todo o planeta. Ainda assim, a experi&ecirc;ncia da humanidade lidando com esses fen&ocirc;menos nos ajuda a tra&ccedil;ar cen&aacute;rios para o clima no Brasil de 2022.
Para isso, precisamos olhar para a costa oeste da Am&eacute;rica do Sul, pois toda essa bagun&ccedil;a clim&aacute;tica come&ccedil;a no Oceano Pac&iacute;fico.
<h2>Os ventos e correntes mar&iacute;timas do Pac&iacute;fico</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/16/16125720079341.jpg" alt="Temperatura da &aacute;gua influi diretamente na pesca. (Imagem: Shutterstock)" />Temperatura da &aacute;gua influi diretamente na pesca. (Fonte: Shutterstock)
As &aacute;guas do Pac&iacute;fico costumam ser quentes na regi&atilde;o pr&oacute;xima &agrave; linha do Equador. Isso acontece porque h&aacute; maior incid&ecirc;ncia solar na regi&atilde;o &mdash; &eacute; por isso que os estados da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120576-por-que-centenas-de-mineradores-invadiram-o-rio-madeira.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Regi&atilde;o Norte</a> s&atilde;o quentes.
No entanto, essa regi&atilde;o pode se tornar ainda mais quente com a ajudinha dos &ldquo;ventos al&iacute;sios&rdquo;. Essas massas de ar se deslocam constantemente, levando calor e umidade para as &aacute;reas de menor press&atilde;o atmosf&eacute;rica, como &eacute; o caso da regi&atilde;o equatorial.
Mas nem s&oacute; de calor vive o Oceano Pac&iacute;fico. Uma corrente mar&iacute;tima gelada, vinda de &aacute;reas subpolares, chamada Corrente de Humboldt, reduz a temperatura dessa regi&atilde;o do oceano.
De forma simplificada: os ventos al&iacute;sios empurram a &aacute;gua quente do Pac&iacute;fico, fazendo com que essa &aacute;gua fria, da Corrente de Humboldt, suba. Trata-se de um fen&ocirc;meno chamado de &ldquo;insurg&ecirc;ncia&rdquo;.
Essa &aacute;gua gelada tem mais oxig&ecirc;nio, o que &eacute; &oacute;timo para a gera&ccedil;&atilde;o de mat&eacute;ria org&acirc;nica, alimentando os peixes e aumentando a produtividade da pesca em pa&iacute;ses como Peru e <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120381-o-cemiterio-de-baleias-no-chile-que-ha-10-anos-intriga-cientistas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Chile</a>.
Outras consequ&ecirc;ncias s&atilde;o o aumento das chuvas no leste da Austr&aacute;lia, que recebe a &aacute;gua quente que foi empurrada pelos ventos al&iacute;sios.
Esse cen&aacute;rio &eacute; tido como normal. Por&eacute;m, de tempos em tempos, sem nenhuma explica&ccedil;&atilde;o cient&iacute;fica, toda essa intera&ccedil;&atilde;o entre ventos al&iacute;sios e a Corrente Humboldt &eacute; alterada, gerando o El Ni&ntilde;o e La Ni&ntilde;a.
<h2>O que &eacute; o El Ni&ntilde;o?</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/16/16125723610342.jpg" alt="El Ni&ntilde;o e La Ni&ntilde;a impactam regime de chuvas no Brasil. (Imagem: Shutterstock)" />El Ni&ntilde;o e La Ni&ntilde;a impactam regime de chuvas no Brasil. (Fonte: Shutterstock)
No El Ni&ntilde;o h&aacute; um enfraquecimento dos ventos al&iacute;sios. Logo, eles n&atilde;o empurram a &aacute;gua quente do Oceano Pac&iacute;fico, fazendo com que a &aacute;gua fria da Corrente Humboldt n&atilde;o suba.
&Eacute; por isso que muita gente resume esse fen&ocirc;meno como o &ldquo;aquecimento das &aacute;guas do Pac&iacute;fico&rdquo;.
A &aacute;gua mais quente n&atilde;o &eacute; a ideal para forma&ccedil;&atilde;o de mat&eacute;ria org&acirc;nica. &Eacute; por isso que na &eacute;poca de El Ni&ntilde;o a pesca &eacute; prejudicada no Peru e Chile.
Como esse fen&ocirc;meno ocorre com mais frequ&ecirc;ncia no final do ano, os pescadores acreditavam que ele era uma esp&eacute;cie de castigo do menino Jesus. Da&iacute; surgiu o nome desse fen&ocirc;meno clim&aacute;tico.
No Brasil, o El Ni&ntilde;o gera seca mais rigorosa para o sert&atilde;o nordestino, chuvas intensas e calor no Sul e no Sudeste.
<h2>O que &eacute; a La Ni&ntilde;a?</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/16/16125726767343.jpg" alt="(Imagem: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
J&aacute; a La Ni&ntilde;a tem efeitos e causas inversas. Aqui os ventos al&iacute;sios se fortalecem, empurrando com mais intensidade as &aacute;guas quentes do Pac&iacute;fico e fazendo com que a ressurg&ecirc;ncia se torne mais relevante.
Esse fen&ocirc;meno costuma ser muito positivo para a atividade pesqueira do oeste da Am&eacute;rica do Sul. O leste da Austr&aacute;lia lida com chuvas mais fortes do que o normal, assim como sert&atilde;o nordestino do Brasil.
O Sul e o Sudeste brasileiro lidam com ondas de frio mais intensas, como as vistas no ano passado, e com a seca.
Normalmente, a La Ni&ntilde;a ocorre no meio do ano, mas, como j&aacute; mencionado, a ocorr&ecirc;ncia desses fen&ocirc;menos, assim como as suas intensidades, obedece a crit&eacute;rios pr&oacute;prios.
<h2>La Ni&ntilde;a em 2022: o que vem por a&iacute;?</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/16/16125729095344.jpg" alt="Sul do Brasil deve lidar com chuva abaixo da m&eacute;dia no primeiro semestre de 2022. (Imagem: Shutterstock)" />Sul do Brasil deve lidar com chuva abaixo da m&eacute;dia no primeiro semestre de 2022. (Fonte: Shutterstock)
De acordo com a Administra&ccedil;&atilde;o Nacional Oce&acirc;nica e Atmosf&eacute;rica dos Estados Unidos (NOAA), &oacute;rg&atilde;o dos Estados Unidos que monitora o clima, estamos lidando com os efeitos de uma nova edi&ccedil;&atilde;o da La Ni&ntilde;a &mdash; e eles devem bagun&ccedil;ar o clima de 2022.
Em primeiro lugar, uma m&aacute; not&iacute;cia para o Sul do Brasil: a seca continuar&aacute;. Os tr&ecirc;s estados dessa regi&atilde;o, assim como os pa&iacute;ses vizinhos, est&atilde;o lidando com uma estiagem h&aacute; mais de dois anos.
Essa seca impactou a gera&ccedil;&atilde;o de energia el&eacute;trica, produ&ccedil;&atilde;o de alimentos e os reservat&oacute;rios de &aacute;gua. Curitiba, por exemplo, lida com o racionamento de &aacute;gua h&aacute; quase dois anos.
Ao mesmo tempo, os sulistas ter&atilde;o um novo inverno rigoroso. Neste ano, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119517-o-historico-de-neve-no-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">frio fez nevar em diversas cidades da regi&atilde;o.</a> A primeira geada no Rio Grande do Sul deve acontecer j&aacute; na segunda quinzena de maio, para o desespero dos produtores de milho.
Na Regi&atilde;o Norte e no Nordeste, a previs&atilde;o &eacute; para um 2022 com chuvas acima do normal. Um volume grande de chuvas, embora ben&eacute;fico para os reservat&oacute;rios, pode prejudicar a produ&ccedil;&atilde;o de algumas lavouras.
Ademais, como estamos acompanhando na Bahia, a chuva intensa pode causar destrui&ccedil;&atilde;o para muitas cidades.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Ag&ecirc;ncia Brasil: Isac N&oacute;brega&nbsp;" data-fonte-url="https://imagens.ebc.com.br/YHvRCEPSbpSs2cp0ptYJfxTDBB4=/1170x700/smart/https://agenciabrasil.ebc.com.br/sites/default/files/thumbnails/image/chuvas_porto_seguro_1312215100.jpg?itok=4dSkBxYg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/15/15164412420465.jpg" alt="Estado da Bahia est&aacute; sofrendo com chuvas intensas. La Ni&ntilde;a deve causar mais tempestades no Nordeste. (Imagem: Ag&ecirc;ncia Brasil: Isac N&oacute;brega)" />Estado da Bahia est&aacute; sofrendo com chuvas intensas. La Ni&ntilde;a deve causar mais tempestades no Nordeste. (Fonte: Ag&ecirc;ncia Brasil: Isac N&oacute;brega)
&Eacute; importante frisar que esses cen&aacute;rios s&atilde;o previs&otilde;es feitas pelos diversos escrit&oacute;rios que monitoram o clima no mundo todo. Elas podem ou n&atilde;o se cumprirem e ser&atilde;o constantemente atualizadas.

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La Niña: o que é e porque nos afeta?

Imagem de Hipótese da Arma de Clatratos: como o oceano pode nos destruir? no megacurioso

'Aquecimento global' é o termo que define tudo

Os clatratos de metano s&atilde;o formas de g&aacute;s metano, tamb&eacute;m conhecidos como gelo de metano, aprisionados em &aacute;gua gelada, descobertos sob sedimentos oce&acirc;nicos em todo o mundo em uma esp&eacute;cie de dep&oacute;sito, formados a partir de micr&oacute;bios que desoxidam o di&oacute;xido de carbono e o convertem em metano.
S&atilde;o encontrados apenas nas plataformas continentais em baixas concentra&ccedil;&otilde;es, cerca de 1% em volume. Contudo, comprimido em uma gaiola de gelo, o metano tem densidade relativamente alta, ent&atilde;o 1 litro de clatrato pode conter 168 litros de g&aacute;s metano, sendo 62 vezes mais poderoso do que o di&oacute;xido de carbono do efeito estufa.
Existe uma teoria cient&iacute;fica chamada Hip&oacute;tese da Arma de Clatratos, que sugere que o aumento da temperatura do mar pode causar a libera&ccedil;&atilde;o em massa e repentina de metano dos clatratos de metano do fundo do oceano, desencadeando um aquecimento global catastr&oacute;fico e provocando uma altera&ccedil;&atilde;o do meio ambiente aqu&aacute;tico e da atmosfera da Terra, similar ao que pode ter acontecido segundo a teoria da extin&ccedil;&atilde;o permiano-tri&aacute;ssica, ocorrida h&aacute; cerca de 252 milh&otilde;es de anos.
<h2>A possibilidade</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/01/01203254334557.jpg" alt="(Fonte: Business Standard/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Business Standard/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Cientistas apostam que uma libera&ccedil;&atilde;o de clatratos teria sido a respons&aacute;vel pela aniquila&ccedil;&atilde;o de 99% de todas as esp&eacute;cies terrestres do per&iacute;odo Permiano, provocada por um gatilho externo, como os sulfetos liberados na erup&ccedil;&atilde;o de um supervulc&atilde;o.
Estima-se que 1 milh&atilde;o de quil&ocirc;metros c&uacute;bicos de lava tenha sido liberado ao longo de 1 milh&atilde;o de anos atrav&eacute;s de um complexo vulc&acirc;nico perto do Polo Norte. Sendo assim, uma quantidade inestim&aacute;vel de lava teria escorrido para as plataformas continentais, derretendo os clatratos e liberando grandes quantidades de metano.
Isso teria causado um efeito de retroalimenta&ccedil;&atilde;o ao aquecer a Terra e tornar mais prov&aacute;vel que os clatratos de metano derretessem, apesar de o metano permanecer apenas por 12 anos na atmosfera terrestre. O gelo derrete a 0 &deg;C, mas os clatratos podem permanecer s&oacute;lidos at&eacute; 18 &deg;C por estarem sob press&atilde;o suficiente; se ultrapassassem, eles seriam liberados em toneladas gigantescas, causando um efeito devastador para toda forma de vida no planeta.
Uma vez que esse fen&ocirc;meno come&ccedil;asse, ele nunca mais poderia ser interrompido, e conforme o planeta fosse se aquecendo a circula&ccedil;&atilde;o nos oceanos diminuiria, tornando an&oacute;xicas grandes &aacute;reas e causando a morte de bilhares de vidas.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/01/01203335350558.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Em setembro de 2008, o Laborat&oacute;rio Nacional do Departamento de Energia dos Estados Unidos e o Programa de Ci&ecirc;ncia das Mudan&ccedil;as Clim&aacute;ticas do Servi&ccedil;o Geol&oacute;gico dos EUA identificaram a potencial desestabiliza&ccedil;&atilde;o de clatratos no &Aacute;rtico como um dos quatro mais graves cen&aacute;rios de mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas abruptas. Foi divulgado um relat&oacute;rio no fim de dezembro daquele ano apontando que os cientistas que viajaram para a regi&atilde;o a bordo de um barco russo afirmaram terem provas de que milh&otilde;es de toneladas de metano est&atilde;o escapando para a atmosfera.
Em 2020, altos n&iacute;veis de g&aacute;s metano foram detectados a 350 metros no Mar de Laptev, perto da R&uacute;ssia. A grande preocupa&ccedil;&atilde;o dos pesquisadores &eacute; que um novo ciclo de retroalimenta&ccedil;&atilde;o clim&aacute;tica tenha sido acionado, podendo acelerar o ritmo do aquecimento global e at&eacute; causar uma cat&aacute;strofe inesperada &mdash; mas prevista.

Aquecimento global

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