Estilo de vida
06/09/2022 às 09:00•2 min de leitura
Com as ondas de calor anormais que têm assolado países da Europa e grande parte dos Estados Unidos, provocando queimadas florestais e até a morte de milhares de pessoas, cresceu a pressão para que o atual presidente norte-americano Joe Biden acione a Declaração de Emergência Climática, uma tarefa difícil e controversa que criaria inúmeras implicações para a economia global.
Apesar dessa última movimentação, todo mundo está ciente que o tópico mudança climática não é nenhuma novidade. Desde a década de 1980, que registrou um aumento acentuado nas temperaturas globais, a questão causou transformações políticas e socioeconômicas em uma luta para tentar combater o aquecimento global, que ainda hoje é considerado propaganda política de oposição para controlar mentes, enquanto os recursos naturais desmoronam cada vez mais.
Aumento do nível do mar devido à expansão térmica, derretimento das calotas polares, mudanças catastróficas no ecossistema, temperaturas extremas e outros fatores já são conhecidos como característicos das causas do aquecimento climático; no entanto, o que poucas pessoas sabem, é que ele também afeta a atração gravitacional da Terra.
(Fonte: Globo/Reprodução)
Foi em meados de 2014 que a Agência Espacial Europeia (ESA) descobriu que as mudanças climáticas afetam a gravidade do nosso planeta, por meio do satélite Gravity Field and Steady-State Ocean Circulation Explorer (GOCE), lançado em 2009 pelo órgão para criar um mapa o mais detalhado o possível da gravidade do planeta.
Ironicamente, os cientistas não esperavam que o GOCE registrasse mudanças na gravidade da Terra, mas as medições de alta resolução feitas na Antártida, entre novembro e 2009 e junho de 2012, acabaram fazendo isso. Os cientistas do Instituto Alemão de Pesquisa Geodésica, da Universidade de Tecnologia de Delft, na Holanda, perceberam que há um vale no campo de gravidade sobre o sul do continente americano devido à perda excessiva de gelo.
Isso acontece porque a gravidade não puxa igualmente todos os pontos do planeta, por isso o derretimento do gelo antártico acaba impactando o campo gravitacional do planeta. Quanto mais massa um determinado recurso tiver, mais forte será a atração gravitacional que ele exercerá. Ou seja, materiais mais pesados terão gravidade mais forte do que os leves, como acontece com a água.
(Fonte: DW/Reprodução)
Quando o gelo terrestre derrete, inevitavelmente, o campo gravitacional da Terra muda porque a localização da massa de gelo e da massa de água é alterada. Os cientistas descobriram através das medições do GOCE que a perda de gelo na Antártida Ocidental, entre 2009 e 2012, causou uma queda no campo de gravidade sobre a região.
Segundo um comunicado de imprensa do GFZ GeoForschungsZentrum Potsdam, Helmholtz Centre, de 2002 a 2017, a Antártida derramou 140 bilhões de toneladas de gelo por ano, sendo que a Groenlândia perdeu 260 bilhões. Cerca de 60% desse derretimento foi culpa do aquecimento das temperaturas, e 40% culpa dos icebergs que se desprenderam no oceano.
Enquanto isso, a agenda climática continua sendo negada, embora muitas partes do planeta digam o oposto.