Imagem de Groenlândia bate recorde e perde 532 bilhões de toneladas de gelo no megacurioso

Até a década de 1990, as perdas anuais de gelo eram compensadas pelas nevascas, o que não ocorre mais devido ao aquecimento global

<head></head><body>Um estudo científico publicado na última quinta-feira (20) no caderno "Communications Earth &amp; Environment" da revista Nature revelou que as <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115566-duas-calotas-polares-do-canada-desapareceram-do-artico-diz-nasa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">calotas polares</a> da Groenlândia perderam um volume recorde de gelo em 2019, liberando 532 bilhões de toneladas métricas em apenas um ano.&nbsp;O volume impressionante de água que, segundo o estudo, ameaça acelerar a elevação do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112892-mais-cidades-serao-afetadas-pelo-aumento-do-nivel-do-mar-em-2050.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">nível dos oceanos</a> no mundo, com impacto futuro na vida de milhões de pessoas, equivale ao conteúdo de seis piscinas olímpicas de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115645-portal-para-o-submundo-na-siberia-aumenta-devido-ao-aquecimento.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">gelo derretido</a> por segundo. Uma piscina olímpica comporta cerca de 2,5 milhões de litros de água.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/24/24230155393234.jpg" alt="O nível do mar se eleva à medida que o gelo derrete na Groenlândia (Fonte: Jane George/Reprodução)">O nível do mar se eleva à medida que o gelo derrete na Groenlândia (Fonte: Jane George/Reprodução)<h2>Dados da nova pesquisa</h2>Na pesquisa agora divulgada, cientistas da Alemanha usaram imagens de satélite e dados de modelagem para obter informações alarmantes sobre essa ilha de dois milhões de km2 (o que equivale a quatro vezes a superfície da França), rodeada por 75% do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114272-oceano-artico-ficara-sem-gelo-ate-2050-aponta-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Oceano Ártico</a> e com uma cobertura de gelo de 85%.A perda do ano passado quebra o recorde anterior registrado em 2012, que foi de 464 bilhões de toneladas de gelo. A quantidade de gelo derretido em 2019 provocou uma elevação do nível global da água do mar em 1,5 milímetro. O ano também registrou uma queda de neve abaixo da média de longo prazo, o que agravou a perda geral de massa.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/24/24225710953233.jpg" alt="As perdas de gelo não podem mais ser revertidas (Fonte: Alexey Seafarer/Shutterstock - Reprodução)">As perdas de gelo não podem mais ser revertidas (Fonte: Alexey Seafarer/Shutterstock - Reprodução)<h2>Um ponto sem volta?</h2>Relatórios sobre o estado crítico da região vêm se avolumando há vários anos. A <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/104278-9-fatos-sobre-a-groenlandia-que-voce-provavelmente-desconhecia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Groenlândia</a> se aquece duas vezes mais rápido do que o restante do planeta. De 1980 a 1990, as calotas polares perdiam 450 bilhões de toneladas de gelo por ano, mas eram substituídas pelas nevadas.&nbsp;No entanto, a partir da virada do século, o degelo vem ocorrendo de forma mais acelerada, chegando a 500 bilhões de toneladas anuais que, segundo os autores, não foram compensadas devido à menor frequência de nevascas, o que é também uma consequência das mudanças climáticas.&nbsp;Na publicação da semana passada, os cientistas reconheceram que a camada de gelo da Groenlândia atingiu um "ponto sem volta", o que significa que ela continuará encolhendo mesmo se a mudança climática pudesse ser revertida de alguma forma milagrosa hoje.&nbsp; </body>

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Groenlândia bate recorde e perde 532 bilhões de toneladas de gelo

Imagem de Chuva da era glacial pode dar pistas sobre as mudanças climáticas no megacurioso

Estalagmites mostram que o clima pode sofrer com eventos a milhares de quilômetros de distância

Assim como o exame do gelo profundo dos polos, a an&aacute;lise geoqu&iacute;mica de estalagmites e estalactites pode dar pistas sobre como era o planeta durante a <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/147842-queda-asteroide-ter-causado-gelo-extincoes-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&uacute;ltima era glacial</a> (entre 14 mil e 37 mil anos atr&aacute;s), e foi esse o estudo realizado por uma equipe de pesquisadores da Universidade Vanderbilt.
<div style="left: 0; width: 100%; height: 0; position: relative; padding-bottom: 56.25%;"><video width="300" height="150" style="top: 0; left: 0; width: 100%; height: 100%; position: absolute;" autoplay="autoplay" loop="loop" muted="" poster="https://thumbs.gfycat.com/SkeletalSpicyCricket-mobile.jpg">Your browser does not support HTML5 video.<source src="https://thumbs.gfycat.com/SkeletalSpicyCricket-mobile.mp4" type="video/mp4"></video></div>
A paleoclimatologista Jessica Oster desceu &agrave;s profundezas das cavernas do Lago Shasta, ao norte da Calif&oacute;rnia, para recolher estalagmites. A regi&atilde;o &eacute; considerada uma importante zona clim&aacute;tica de transi&ccedil;&atilde;o entre o noroeste do Pac&iacute;fico e o sudoeste dos Estados Unidos por apresentar climas diversos entre si e responder de maneira diferente &agrave;s mudan&ccedil;as que levaram &agrave; era glacial.
<h2>Milhares de anos para crescer</h2>
Estalactites (no teto) e estalagmites (no ch&atilde;o) s&atilde;o forma&ccedil;&otilde;es que resultam da sedimenta&ccedil;&atilde;o e da cristaliza&ccedil;&atilde;o de minerais dissolvidos na &aacute;gua, em especial o carbonato de c&aacute;lcio. Podem levar milhares de anos para crescer: gotas de &aacute;gua provenientes da chuva na superf&iacute;cie atravessam a terra e se infiltram em fraturas no teto das cavernas, levando com elas minerais dissolvidos.
O estudo se concentrou nas estalagmites, que se formam quando a &aacute;gua com o carbonato de c&aacute;lcio dissolvido pinga das estalactites para o ch&atilde;o (as duas terminar&atilde;o por se unir, criando uma coluna).&nbsp;
Essas forma&ccedil;&otilde;es guardam registros precisos das mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas que podem ser lidos atrav&eacute;s da medi&ccedil;&atilde;o dos is&oacute;topos de ur&acirc;nio e t&oacute;rio presos na estalagmite &agrave; medida que ela cresce. &Eacute; poss&iacute;vel, assim, retroceder at&eacute; 500 mil anos (a data&ccedil;&atilde;o por radiocarbono d&aacute; aos pesquisadores uma vis&atilde;o de, no m&aacute;ximo, 60 mil anos atr&aacute;s).
<h2>Chuvas influenciadas pela Groenl&acirc;ndia</h2>
A equipe da paleoclimatologista analisou duas estalagmites, dando especial aten&ccedil;&atilde;o &agrave; quantidade de is&oacute;topos est&aacute;veis de oxig&ecirc;nio e de carbono. Os resultados encontrados mostraram que a quantidade de chuvas na regi&atilde;o variava com as mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas conhecidas durante e ap&oacute;s a &uacute;ltima era glacial, j&aacute; determinadas por outros registros paleoclim&aacute;ticos.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Vanderbilt University/Jessica Osten&nbsp;" data-fonte-url="https://news.vanderbilt.edu/2020/07/14/geochemical-analysis-from-the-last-ice-age-may-hold-clues-for-future-climate-change-and-preparedness-strategies/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/19/19213124761110.jpg" alt="Se&ccedil;&atilde;o de uma estalagmite cortada e polida; as datas em que cada parte se formou pode ser vista na imagem." />Se&ccedil;&atilde;o de uma estalagmite cortada e polida; as datas em que cada parte se formou podem ser vistas na imagem.
As evid&ecirc;ncias das grandes e r&aacute;pidas varia&ccedil;&otilde;es nas chuvas registradas nas estalagmites das cavernas do Lago Shasta mostraram que o clima ao norte da Calif&oacute;rnia &eacute; sens&iacute;vel &agrave;s mudan&ccedil;as que acontecem em outras partes do mundo. Oster descobriu que as chuvas na regi&atilde;o aumentavam ou diminu&iacute;am em resposta a altera&ccedil;&otilde;es relativamente pequenas no clima global. Essa revela&ccedil;&atilde;o veio do cruzamento das informa&ccedil;&otilde;es da an&aacute;lise geoqu&iacute;mica das estalagmites com os registros do n&uacute;cleo de gelo profundo da Groenl&acirc;ndia.
<h2>Clima local, mudan&ccedil;as globais</h2>
Segundo a cientista, &eacute; plaus&iacute;vel supor que se as mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas na Groenl&acirc;ndia e no norte da Calif&oacute;rnia estavam relacionadas h&aacute; 30 mil anos tamb&eacute;m podem estar agora, com o derretimento acelerado da camada de gelo no extremo do hemisf&eacute;rio norte.
"Essas descobertas nos oferecem pistas sobre o comportamento do sistema clim&aacute;tico da regi&atilde;o em resposta &agrave;s mudan&ccedil;as no clima que j&aacute; podem estar ocorrendo em todo o mundo. O ambiente semi&aacute;rido ao redor do lago &eacute; sens&iacute;vel &agrave;s mudan&ccedil;as nas chuvas, e o Shasta &eacute; o maior reservat&oacute;rio de &aacute;gua do estado. Qualquer mudan&ccedil;a tem potencial para impactar os recursos h&iacute;dricos de todo o estado da Calif&oacute;rnia", disse Osten.
A pesquisa, publicada na revista Quaternary Science Reviews, ser&aacute; unida a outras que, hoje, tentam esclarecer se e como a Terra est&aacute; entrando em mais uma era glacial, prevista para acontecer a partir de 2030.<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/155329-chuva-glacial-dar-pistas-mudancas-climaticas.htm">Chuva da era glacial pode dar pistas sobre as mudanças climáticas</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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Chuva da era glacial pode dar pistas sobre as mudanças climáticas

Imagem de Até 2025, níveis de CO2 serão maiores do que há 3 milhões de anos no megacurioso

Pesquisa baseada na reconstrução de fósseis oceânicos aponta que a Terra sofrerá mais daqui há cinco anos do que durante o calor do Plioceno

<head></head><body>Publicado na última semana na revista Nature Scientific Reports, um estudo iniciado por pesquisadores e cientistas da Universidade de Southampton, na Inglaterra, aponta fatos preocupantes para o futuro próximo do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115200-astronomos-divulgam-nova-teoria-sobre-o-planeta-nove.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">planeta</a> Terra. As notícias foram divulgadas após a análise da composição química de fósseis oceânicos e indicam que a atmosfera terrestre irá sofrer com uma presença de dióxido de carbono (CO2) excessiva, nunca experimentada durante os últimos 3,3 milhões de anos.Segundo os autores da pesquisa, até 2025 a Terra irá passar pelas mesmas <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115127-cinzas-de-estrelas-podem-desvendar-origem-do-carbono-na-via-lactea.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">condições climáticas</a> impostas no período Plioceno, compreendido entre 5 a 2 milhões de anos atrás quando o planeta vivia o final da era Terciária do Cenozoico. Na época, apesar do clima e vegetação terem sido bastante semelhantes aos encontrados atualmente, o esfriamento da água, junto com o consequente aumento das calotas polares e diminuição dos níveis oceânicos contribuíram para a ocorrência de temperaturas 3ºC maiores do que as de hoje.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Reuters&nbsp;" data-fonte-url="https://www.reuters.com/article/us-usa-climatechange-trump/trump-climate-deregulation-could-boost-co2-emissions-by-200-million-tonnes-a-year-study-idUSKCN1QM2KC"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/15/15101842326092.jpg" alt="(Fonte: Reuters/Reprodução)">(Fonte: Reuters/Reprodução)“O conhecimento de CO2 durante o passado geológico é de grande interesse, porque nos mostra como o sistema climático, as camadas de gelo e o nível do mar reagiram anteriormente aos elevados níveis de CO2", comentou Elwyn de la Vega, líder do estudo. "Estudamos esse intervalo específico com detalhes sem precedentes, pois ele fornece ótimas informações contextuais para o nosso estado climático atual".&nbsp;<h2>Pesquisa exaustiva em zooplâncton</h2>A partir da observação da composição química de zooplânctons fossilizados microscópicos, informações em um intervalo de 200 mil anos localizados entre 3,35 e 3,15 milhões de anos atrás foram suficientes para reconstruir a composição química da concentração de dióxido de carbono da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115156-como-o-campo-magnetico-da-terra-se-origina.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">atmosfera</a>&nbsp;Cenozoica. Os resultados passaram, então, a ser projetados em uma base de dados capaz de mensurar as variações da presença de CO2 na atmosfera terrestre com o passar dos anos.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/15/15102020010095.jpg" alt="(Fonte: Universidade de Southampton/Reprodução)">(Fonte: Universidade de Southampton/Reprodução)“Atualmente, nossos níveis de CO2 estão subindo cerca de 2,5 ppm [partes por milhão] por ano, o que significa que até 2025 teremos superado tudo o que foi visto nos últimos 3,3 milhões de anos”, disse o Dr. Thomas Chalk, um dos líderes do projeto, alertando ainda que em maio deste ano os índices alcançaram 417 ppm, exatamente a média de concentração de dióxido de carbono presente na atmosfera do Plioceno.Neste momento, os especialistas preocupam-se não somente com a quantidade da substância na <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115178-novo-estudo-detecta-sinfonia-na-atmosfera-terrestre.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">camada de ozônio</a>, mas também com a rapidez em que seu aumento vem sendo notado, dando uma ligeira ideia do que poderá acontecer com o planeta nos próximos anos.</body>

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Até 2025, níveis de CO2 serão maiores do que há 3 milhões de anos

Imagem de A cura da camada de ozônio pode ter gerado problemas ambientais no megacurioso

O acúmulo de novas substâncias derivadas das tentativas de restaurar o buraco de ozônio pode ter sido danoso para o ambiente

A tentativa de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114362-buraco-na-camada-de-ozonio-do-artico-foi-fechado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">restaurar os danos atmosf&eacute;ricos na camada de oz&ocirc;nio</a>, durante o Protocolo de Montreal sobre subst&acirc;ncias que empobrecem a camada de oz&ocirc;nio, de 1987, pode ter gerado maiores complica&ccedil;&otilde;es para o ambiente terrestre do que o esperado, j&aacute; que o ac&uacute;mulo das subst&acirc;ncias lan&ccedil;adas na camada, na tentativa de eliminar progressivamente os produtos derivados de CFC (clorofluorcarboneto), resultou em consequ&ecirc;ncias n&atilde;o previstas pelos grupos de cientistas.&nbsp;
Apesar de ter conseguido salvar a camada de oz&ocirc;nio e ter amenizado os efeitos de compostos nocivos no essencial envolt&oacute;rio terrestre, pesquisadores da Universidade de York e Meio Ambiente e Mudan&ccedil;a Clim&aacute;tica do Canad&aacute; encontraram, nos ecossistemas, uma enorme presen&ccedil;a de scPFCAs, &aacute;cidos perfluoralquil&iacute;cos carbox&iacute;licos de cadeia curta desenvolvidos em laborat&oacute;rio e utilizados em equipamentos eletr&ocirc;nicos, processos industriais, de constru&ccedil;&atilde;o e, especialmente, ares condicionados.&nbsp;
Os compostos, que tamb&eacute;m est&atilde;o amplamente relacionados a problemas de sa&uacute;de como o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114497-pandemia-esta-longe-de-acabar-mas-existe-esperanca-afirma-oms.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">c&acirc;ncer</a>, foram identificados em amostras de gelo retiradas do &Aacute;rtico, segundo publica&ccedil;&atilde;o da Geophysical Research Letters. "Os n&uacute;cleos de gelo s&atilde;o &uacute;teis porque agem como nossa c&aacute;psula do tempo e fornecem um registro de contamina&ccedil;&atilde;o. Portanto, &eacute; uma das &uacute;nicas maneiras de entender essas tend&ecirc;ncias", disse Cora Young, da Universidade de York. "Esse processo acontecer&aacute; em todos os lugares, por isso esperamos que a contamina&ccedil;&atilde;o seja global."
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/05/20/20104252902280.jpg" alt="(Fonte: Universidade de Alberta/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Universidade de Alberta/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Apesar do objetivo da pesquisa n&atilde;o ser t&atilde;o esclarecedor, j&aacute; que n&atilde;o h&aacute; uma proposta social de combate &agrave; sa&uacute;de ou aos efeitos danosos de compostos qu&iacute;micos no meio ambiente, um ar de preocupa&ccedil;&atilde;o foi levantado pelo teor da descoberta, indicando que a resolu&ccedil;&atilde;o de um problema determinante para a filtra&ccedil;&atilde;o da nociva radia&ccedil;&atilde;o ultravioleta pode ter agravado outros que, em certo per&iacute;odo, poder&atilde;o gerar complica&ccedil;&otilde;es maiores para diversos membros do ecossistema.
Conhecidos como "subst&acirc;ncias qu&iacute;micas eternas" pelos comunidade acad&ecirc;mica, a exist&ecirc;ncia crescente de subst&acirc;ncias scPFCAs liga o alerta para a observa&ccedil;&atilde;o de comportamentos clim&aacute;ticos que possam vir a surgir nos pr&oacute;ximos anos, assim como abre portas para estudos mais aprofundados sobre os compostos, que s&atilde;o imprevis&iacute;veis em suas rea&ccedil;&otilde;es, especialmente em humanos.
"A preocupa&ccedil;&atilde;o, para mim, &eacute; que pouco se sabe sobre os poss&iacute;veis danos humanos e ecol&oacute;gicos desses compostos", concluiu Cora Young, que espera uma "contamina&ccedil;&atilde;o global" da subst&acirc;ncia.

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A cura da camada de ozônio pode ter gerado problemas ambientais

Imagem de Com a quarentena, há queda de 17% na emissão de CO2 na atmosfera no megacurioso

Países que colaboravam significativamente com a emissão de gases poluentes foram muito afetados com o coronavírus e precisaram reforçar suas medidas de contenção à sua propagação.

Embora a pandemia do coronav&iacute;rus tenha infectado quase 5 milh&otilde;es de pessoas no mundo todo e matando um n&uacute;mero muito significativo &mdash; o Brasil j&aacute; soma quase 18 mil mortes &mdash; ao menos algumas <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/113951-so-noticias-boas-sobre-o-coronavirus.htm">not&iacute;cias boas</a> podem surgir de vez em quando. Com a maioria das pessoas em casa em quarentena e <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114432-o-que-e-lockdown-e-como-isso-funciona.htm">lockdown</a> decretado em algumas regi&otilde;es, o impacto positivo com a queda na <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113606-coronavirus-causa-reducao-de-poluicao-impressionante-na-china.htm">polui&ccedil;&atilde;o</a> &eacute; algo a ser celebrado.&nbsp;
E isso j&aacute; pode ser visto em diversos lugares, como &eacute; o caso da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114115-apos-31-anos-de-poluicao-himalaia-volta-a-ser-visivel-na-india.htm">cordilheira do Himalaia, na &Aacute;sia, que p&ocirc;de ser visto novamente de uma regi&atilde;o afastada, ap&oacute;s quase 31 anos</a>. Contudo, a pandemia tem atingido diversas regi&otilde;es do mundo que s&atilde;o emissores frequentes do di&oacute;xido de carbono na atmosfera, contribuindo com o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/110605-oceanos-absorveram-90-da-energia-gerada-pelos-gases-do-efeito-estufa.htm">efeito estufa</a>. Pa&iacute;ses como Estados Unidos, China e R&uacute;ssia, al&eacute;m de muitos outros na Europa s&atilde;o apenas alguns dos cit&aacute;veis que sofrem gradativamente com a infec&ccedil;&atilde;o generalizada da covid-19.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/05/20/20031424019210.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)" />(Fonte: Unsplash)
<h2 dir="ltr">Compara&ccedil;&otilde;es anal&iacute;ticas</h2>
Um estudo publicado recentemente pela revista cient&iacute;fica mensal Nature Climate Change, mostra a investiga&ccedil;&atilde;o de pesquisadores que analisaram pol&iacute;ticas governamentais durante este per&iacute;odo conturbado em que vivemos. Os especialistas exploraram a forma como essas pol&iacute;ticas alteraram a demanda de energia no mundo todo, estabelecendo uma rela&ccedil;&atilde;o entre os dados obtidos recentemente e os que estavam dispon&iacute;veis at&eacute; o m&ecirc;s de abril.&nbsp;
&ldquo;As emiss&otilde;es atingiram seu pico de decl&iacute;nio em 7 de abril, com uma queda de 17% em rela&ccedil;&atilde;o ao mesmo per&iacute;odo do ano passado", relatou o Dr. Pep Canadell, pesquisador da Commonwealth Scientific and Industrial Research Organisation (CSIRO), &oacute;rg&atilde;o nacional para pesquisa cient&iacute;fica na Austr&aacute;lia por meio de um comunicado acerca dos resultados do estudo. "Para colocar esse n&uacute;mero em contexto, as emiss&otilde;es di&aacute;rias ca&iacute;ram em m&eacute;dia entre janeiro e abril em 8,6% novamente em compara&ccedil;&atilde;o com o mesmo per&iacute;odo do ano passado&rdquo;, completou.
A mudan&ccedil;a nessas <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113764-poluicao-pode-ter-tido-papel-crucial-na-pandemia-de-coronavirus.htm">emiss&otilde;es de poluentes</a> vem em maior parte da redu&ccedil;&atilde;o no transporte terrestre. Com menos gastos em energia para esse setor, as emiss&otilde;es foram significativas. Al&eacute;m disso, apesar de uma boa parte da popula&ccedil;&atilde;o mundial estar confinada dentro de casa, a energia gasta pelas pessoas &eacute; compensada pelos ganhos de outros setores.
Os dados analisaram 69 pa&iacute;ses que s&atilde;o respons&aacute;veis por 97% das emiss&otilde;es de CO2 para constatar a redu&ccedil;&atilde;o global. Em m&eacute;dia, as emiss&otilde;es di&aacute;rias diminu&iacute;ram 26% por pa&iacute;s.

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Com a quarentena, há queda de 17% na emissão de CO2 na atmosfera

Imagem de Cocô de pinguins libera gás do riso, descobrem pesquisadores no megacurioso

Dieta do pinguim-rei, rica em peixes e krill, torna seu guano uma fonte potente de óxido nitroso, gás que prejudica o meio ambiente

<head></head><body>Pesquisadores dinamarqueses começaram a se sentir doentes enquanto trabalhavam cercados por cocô de pinguins-reis na <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114532-497-dias-presos-na-antartica-a-incrivel-historia-de-ernest-shackleton.htm">Antártica</a>. A partir desse mal-estar, os cientistas descobriram que o guano produzido pela ave é capaz de emitir óxido nitroso (ou N2O), uma substância gasosa capaz de afetar o estado mental de humanos.O óxido nitroso produzido pelo cocô dos pinguins é resultado direto de uma dieta de krill e peixe, alimentos com altos níveis de nitrogênio. Após a defecação, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/44724-veja-so-a-transformacao-de-nitrogenio-liquido-a-solido-num-piscar-de-olhos.htm">nitrogênio</a> é liberado do guano do pinguim para o solo, onde as bactérias convertem a substância no gás do riso.<h2>Gás do riso</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/05/20/20095006972261.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)">(Fonte: Pixabay)O óxido nitroso é conhecido também como gás hilariante, é um anestésico usado para procedimentos nos consultórios de <a href="https://www.megacurioso.com.br/comportamento/102654-voce-tem-trauma-de-dentista-confira-6-dicas-para-lidar-com-os-seus-medos.htm">dentistas</a>, desde a década de 1880. Os efeitos colaterais do sedativo incluem sentimentos de euforia, relaxamento, calma e ataques de riso, além de confusão, dores de cabeça e náusea, e podem provocar lesões que levam à morte.O gás é, ainda, um dos muitos poluentes do ar que tem um impacto negativo na mudança climática global. O óxido nitroso é 300 vezes mais prejudicial ao meio ambiente do que o dióxido de carbono.Apesar de contribuir para o efeito estufa, a produção da substância pelas fezes dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/102425-no-dia-do-pinguim-saiba-25-fatos-interessantes-sobre-esses-bichinhos.htm">pinguins</a> é infinitamente menor que os níveis produzidos pela atividade humana, com o uso fertilizantes nitrogenados na agricultura e à queima de combustíveis fósseis.<h2>Derretimento de geleiras</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/05/20/20095042753262.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)">(Fonte: Pixabay)O estudo analisou as consequências do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/106067-estudo-da-nasa-mostra-dinamica-de-derretimento-de-gelo-na-antartida.htm">derretimento de geleiras</a> na emissão de gases de efeito estufa. O surgimento de novos territórios terrestres, a partir da retirada do gelo, possibilita que o solo seja fertilizado pelo guano dos animais.Os pesquisadores se concentraram entre a conexão com a colônia de pinguins-reis e a produção de três compostos diferentes: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112987-dioxido-de-carbono-pode-afetar-sua-inteligencia.htm">dióxido de carbono</a>, metano e óxido nitroso. O consumo de metano nas áreas da colônia diminuiu enquanto a produção de dióxido de carbono e óxido nitroso aumentou bastante.Níveis de óxido nitroso também foram encontrados baixos perto da geleira, longe dos pinguins, sugerindo uma forte correlação entre a atividade da colônia e os níveis de emissão de óxido nitroso. Os resultados indicam que, se a colônia continuar a se expandir para novos territórios sem gelo causados pelo derretimento das geleiras, isso poderá aumentar ainda mais os níveis de gases do efeito estufa.</body>

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Cocô de pinguins libera gás do riso, descobrem pesquisadores

Imagem de Coca-Cola e Carslberg utilizarão plástico vegetal em garrafas no megacurioso

Plástico biodegradável sustentável substituirá tradicional material tóxico derivado de substâncias poluentes

A Avantium, companhia holandesa de produ&ccedil;&atilde;o de materiais bioqu&iacute;micos para o meio comercial, comprometeu-se a empreender uma iniciativa importante para o planeta, podendo ser respons&aacute;vel por poupar mais de 300 milh&otilde;es de toneladas de pl&aacute;stico consumido anualmente e sem qualquer retorno em <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/114352-ruinas-de-pompeia-tem-evidencias-de-reciclagem-de-lixo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">reciclagem</a>.
Substituindo as tradicionais garrafas derivadas de combust&iacute;veis f&oacute;sseis&nbsp;t&oacute;xicos e hostis &agrave; sa&uacute;de humana, a empresa iniciou a fabrica&ccedil;&atilde;o de garrafas de a&ccedil;&uacute;cares vegetais, como de milho, trigo e beterraba, mais resistentes do que os materiais tradicionais de vidro e pl&aacute;stico e consumidos pela natureza mais rapidamente ap&oacute;s o descarte. Levando cerca de 1 ano para se degradarem, evitam a contamina&ccedil;&atilde;o do meio ambiente e sua consequente polui&ccedil;&atilde;o, assim como salvam esp&eacute;cies animais que sofrem com as enormes quantidades de lixo jogadas em seus <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114545-ong-mostra-que-morcegos-nao-so-sao-fofos-mas-tambem-ajudam-o-meio-ambiente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ambientes naturais</a>.
<h2>Utiliza&ccedil;&atilde;o de pl&aacute;stico vegetal em embalagens e garrafas</h2>
Em parceria com grandes nomes do mercado mundial, como Coca-Cola, a cervejaria alem&atilde; Carlsberg&nbsp;e Danone, a ideia da Avantium &eacute;, em breve, comercializar as garrafas e embalagens que ser&atilde;o constitu&iacute;das de uma camada de papel&atilde;o por cima de uma fina folha do material vegetal, respons&aacute;vel por formalizar as propriedades essenciais de sustentabilidade e fortalecer o conceito de reciclagem, produzindo cerca de 5 mil toneladas de a&ccedil;&uacute;cares por ano.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/05/20/20092420866253.jpg" alt="(Fonte: Carlsberg/Divulga&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Carlsberg/Divulga&ccedil;&atilde;o)
"Estamos satisfeitos com o progresso que fizemos na Garrafa de Fibra verde at&eacute; agora. Enquanto ainda n&atilde;o estamos completamente l&aacute;, os dois prot&oacute;tipos s&atilde;o um passo importante para realizar nossa ambi&ccedil;&atilde;o final de trazer essa inova&ccedil;&atilde;o ao mercado", disse Myriam Shingleton, vice-presidente da Carlsberg, ao comentar a import&acirc;ncia do projeto e a necessidade de apresentar alternativas que sejam reais solu&ccedil;&otilde;es para o combate &agrave; destrui&ccedil;&atilde;o ambiental.&nbsp;
Estando na lista das empresas que t&ecirc;m os produtos mais poluentes do planeta, Coca-Cola e Danone encaram como uma possibilidade de mudar tal status, fornecendo as condi&ccedil;&otilde;es mais favor&aacute;veis poss&iacute;veis para reduzir o consumo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114496-pedacos-de-foguete-chines-caem-sobre-vilarejos-na-costa-do-marfim.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">lixo</a> e evitar a contamina&ccedil;&atilde;o ainda maior do ecossistema, com a previs&atilde;o de ter seus materiais substitu&iacute;dos por volta de 2023, quando estar&atilde;o plenamente lan&ccedil;ados no mercado popular.
"A inova&ccedil;&atilde;o leva tempo, e continuaremos a colaborar com os principais especialistas para superar os desafios t&eacute;cnicos remanescentes, assim como fizemos com o nosso Snap Pack de redu&ccedil;&atilde;o de pl&aacute;stico", concluiu Shingleton.

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Coca-Cola e Carlsberg utilizarão plástico vegetal em garrafas

Imagem de Quando o gelo do Ártico vai desaparecer? no megacurioso

A preocupação com o aquecimento global não é recente, mas o aumento da emissão de gases tem feito o gelo no ártico diminuir a ponto de projeções apontarem meses inteiros sem gelo

O aquecimento global gera, cada vez mais, in&uacute;meros questionamentos e aumenta a preocupa&ccedil;&atilde;o com o futuro do planeta. Frequentemente pesquisadores v&ecirc;m a p&uacute;blico para falar das condi&ccedil;&otilde;es das geleiras do planeta e a not&iacute;cia dada recentemente n&atilde;o foi nada boa. Diversos relat&oacute;rios detalharam que a perda da cobertura de gelo do ver&atilde;o no &Aacute;rtico est&aacute; muito mais acelerada do que se previa. Al&eacute;m disso, simula&ccedil;&otilde;es discordam entre si ao prever a perda de gelo para o m&ecirc;s de setembro. Algumas apontam que isso acontecer&aacute; j&aacute; em 2020, outras apenas em 2100.

A perda de gelo, apontam especialistas, &eacute; uma condi&ccedil;&atilde;o da variabilidade clim&aacute;tica natural e do aquecimento antropog&ecirc;nico causado pelo aumento das concentra&ccedil;&otilde;es atmosf&eacute;ricas de CO2. Embora historicamente o Oceano &Aacute;rtico estivesse coberto de gelo o ano todo, o monitoramento no m&ecirc;s de setembro se d&aacute; porque essa &eacute; a &eacute;poca do ano com a menor quantidade de gelo marinho e, hoje, essa &aacute;rea &eacute; cerca de metade do que costumava ser.

<img alt="" height="640" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/08/15/15211231809234.jpg" width="960" />

Estudos realizados nos &uacute;ltimos tr&ecirc;s anos apontam o aquecimento global como principal fator para a queda, a longo prazo, da camada de gelo no ver&atilde;o. Um desses levantamentos apontou que para cada tonelada m&eacute;trica de CO2 lan&ccedil;ada, tr&ecirc;s metros quadrados de gelo marinho de setembro desaparecem. Levando em conta as atuais taxas globais de emiss&atilde;o de 35 a 40 bilh&otilde;es de toneladas m&eacute;tricas de CO2 por ano, nos pr&oacute;ximos 20 a 25 anos, teremos setembro sem gelo. O estudo mostra ainda que, com outros 1.800 bilh&otilde;es de toneladas m&eacute;tricas de CO2, o &Aacute;rtico provavelmente n&atilde;o ter&aacute; gelo de julho a outubro. 

A rela&ccedil;&atilde;o entre o decl&iacute;nio do gelo e o aquecimento global &eacute; maior do que se supunha. Perdemos pouco mais de quatro milh&otilde;es de quil&ocirc;metros quadrados de gelo marinho a cada grau de aquecimento global.&nbsp;O resultado d&aacute; certeza de condi&ccedil;&otilde;es livres de gelo a cada ver&atilde;o com um aquecimento global de 2 graus.

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Quando o gelo do Ártico vai desaparecer?

Imagem de Julho em chamas: mês foi o mais quente de toda história no Norte do planeta no megacurioso

Altas temperaturas são resultado do aquecimento global, dizem cientistas


Segundo dados de um servi&ccedil;o europeu de meteorologia, julho de 2019 entrou para hist&oacute;ria como o m&ecirc;s mais quente j&aacute; registrado no planeta Terra. Anteriormente, o recorde era de julho de 2016, mas os valores registrados este ano ficaram 0,04 graus mais altos do que naquele ano.

As temperaturas na Europa e no &Aacute;rtico foram as principais respons&aacute;veis por essa eleva&ccedil;&atilde;o, inclusive isso tamb&eacute;m &eacute; apontado como o grande respons&aacute;vel pelo derretimento hist&oacute;rico da camada de gelo da Groenl&acirc;ndia. O Mega Curioso j&aacute; falou sobre isso em uma not&iacute;cia que mostrava o aumento de lagos oriundos de &aacute;gua de degelo na Groenl&acirc;ndia. Veja mais <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/111481-degelo-da-groenlandia-revela-mais-de-50-lagos-subglaciais.htm" style="text-decoration:none">aqui</a>.

Mesmo com um aumento de temperatura consider&aacute;vel nos pa&iacute;ses da Europa e no &Aacute;rtico, os dados do Copernicus Climate Change Service tamb&eacute;m identificaram eleva&ccedil;&otilde;es nas temperaturas em diversas partes do mundo, principalmente nos Estados Unidos, &Aacute;frica, Austr&aacute;lia e partes da &Aacute;sia Central. At&eacute; mesmo, a Ant&aacute;rtica p&ocirc;de ser considerada &ldquo;menos fria&rdquo; em julho deste ano. Se esses resultados podem estar relacionados com o aquecimento global? Os cientistas n&atilde;o t&ecirc;m d&uacute;vida disso.

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<figure class="image" style="display:inline-block"><img alt="" height="393" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/08/07/07174337533136.jpg" width="590" />
<figcaption>Foto: Reprodu&ccedil;&atilde;o Scientific American</figcaption>
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De acordo com um estudo publicado na &uacute;ltima semana por um grupo de pesquisa colaborativo (o World Weather Attribution), garante que a onda de calor acima da m&eacute;dia que atingiu a Europa Ocidental e a Escandin&aacute;via, foi super influenciada pelas mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas, que chegou a aumentar as temperaturas em at&eacute; 3&ordm;C mais do que o normal em algumas regi&otilde;es. O estudo tamb&eacute;m garante que se o clima continuar assim, as chances de outros meses de julho com temperaturas altas acontecerem s&atilde;o de 10 a 100 vezes dependendo da localiza&ccedil;&atilde;o.&nbsp;

Mesmo faltando pouco mais de quatro meses para o final de 2019, o ano tem tudo para acabar confirmando o triste recorde do mais quente do ano. The winter is coming? Parece que n&atilde;o mais na vida real.&nbsp;

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Julho em chamas: mês foi o mais quente de toda história no Norte do planeta

Imagem de Cientistas avisam: o aquecimento global vai mudar a cor dos oceanos! no megacurioso

Entenda qual é a relação entre os fitoplânctons e a cor dos oceanos, e como isso pode modificar o ecossistema das águas do mundo todo

O aquecimento global j&aacute; n&atilde;o &eacute; novidade e, embora existam debates acerca de suas reais consequ&ecirc;ncias e os perigos, &eacute; ineg&aacute;vel o fato de que a Terra est&aacute; passando por mudan&ccedil;as dr&aacute;sticas devido &agrave; influ&ecirc;ncia do homem. Polui&ccedil;&atilde;o, pl&aacute;stico nos oceanos, desmatamentos e muitas outras a&ccedil;&otilde;es do homem interferem diretamente na natureza.<o:p></o:p>
Entre as consequ&ecirc;ncias do aquecimento global est&aacute; a mudan&ccedil;a de colora&ccedil;&atilde;o dos oceanos. De acordo com pesquisadores do MIT, muitos dos oceanos do mundo v&atilde;o mudar de cor at&eacute; o final do s&eacute;culo: os mares tropicais v&atilde;o ficar mais azuis e brilhantes, e as &aacute;guas mais frias se tornar&atilde;o mais verdes e escuras.&nbsp;<o:p></o:p>
<h2>O que est&aacute; acontecendo nos oceanos?<o:p></o:p></h2>
A mudan&ccedil;a clim&aacute;tica est&aacute; interferindo na vida microsc&oacute;pica dos oceanos. Os fitopl&acirc;nctons, pequenas algas microsc&oacute;picas, cont&ecirc;m clorofila e absorvem a luz solar para produzir carbono e realizar a fotoss&iacute;ntese. Por isso, &aacute;guas frias, com mais fitopl&acirc;nctons, tendem a ser mais verdes, enquanto &aacute;guas tropicais assumem tons azuis mais claros.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2019/02/08/08123647606299.jpg" alt="" />
<o:p></o:p>O aumento da temperatura est&aacute; intrinsecamente ligado &agrave; popula&ccedil;&atilde;o de fitopl&acirc;nctons, o que faz com que as &aacute;guas se tornem mais azuis ou verdes. Aquelas mais ricas em algas e que sejam mais frias ter&atilde;o aumento de popula&ccedil;&atilde;o, que por conseguinte modificar&aacute; o tom da &aacute;gua e, consequentemente, tamb&eacute;m influenciar&aacute; outros tipos de vida.&nbsp;<o:p></o:p>
A vida como conhecemos nos oceanos vai mudar bastante, e tudo come&ccedil;a com pequenas altera&ccedil;&otilde;es, como o aumento dos fitopl&acirc;nctons e as varia&ccedil;&otilde;es de cor. Stephanie Dutkiewicz, respons&aacute;vel pelo estudo do MIT, diz que somente algumas regi&otilde;es de &aacute;guas mais verdes permanecer&atilde;o verdes, enquanto na grande maioria dos locais as &aacute;guas se tornar&atilde;o mais azuis e haver&aacute; mudan&ccedil;as entre as esp&eacute;cies de fitopl&acirc;nctons. <o:p></o:p>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2019/02/08/08123930716302.jpg" alt="" />
De acordo com as pesquisas, at&eacute; o final do s&eacute;culo 50% dos oceanos do mundo apresentar&atilde;o colora&ccedil;&otilde;es diferentes das que vemos hoje. Isso pode ser problem&aacute;tico devido ao seguinte fator: diferentes tipos de fitopl&acirc;nctons absorvem a luz de diferentes modos, e se a mudan&ccedil;a clim&aacute;tica deslocar as comunidades de fitopl&acirc;nctons para outras regi&otilde;es, isso tamb&eacute;m mudar&aacute; os tipos de alimentos que eles podem proporcionar.<o:p></o:p>
&Eacute; v&aacute;lido ressaltar que cientistas est&atilde;o medindo e acompanhando a mudan&ccedil;a de cor dos oceanos desde os anos 90; e, embora este seja um processo natural, ele n&atilde;o deve ser acelerado. Eventos naturais, como o El Ni&ntilde;o, tamb&eacute;m s&atilde;o respons&aacute;veis por tais modifica&ccedil;&otilde;es, deslocando popula&ccedil;&otilde;es de fitopl&acirc;nctons.&nbsp;<o:p></o:p>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2019/02/08/08124011388304.jpg" alt="" /><o:p></o:p>
De acordo com as proje&ccedil;&otilde;es feitas pelos cientistas, quando a temperatura do mundo subir 3 graus (o que a maioria deles sup&otilde;e que ocorrer&aacute; por volta de 2100), as cores verdes e azuis responder&atilde;o mais r&aacute;pido &agrave; luz solar, de modo que as mudan&ccedil;as ser&atilde;o bastante expl&iacute;citas. O que n&atilde;o sabemos, por enquanto, &eacute; como o aumento dos fitopl&acirc;nctons vai alterar o ecossistema dos oceanos, j&aacute; que as &aacute;guas ficar&atilde;o mais &aacute;cidas.&nbsp;&nbsp;
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