Coca-Cola e Carlsberg utilizarão plástico vegetal em garrafas

20/05/2020 às 17:522 min de leitura

A Avantium, companhia holandesa de produção de materiais bioquímicos para o meio comercial, comprometeu-se a empreender uma iniciativa importante para o planeta, podendo ser responsável por poupar mais de 300 milhões de toneladas de plástico consumido anualmente e sem qualquer retorno em reciclagem.

Substituindo as tradicionais garrafas derivadas de combustíveis fósseis tóxicos e hostis à saúde humana, a empresa iniciou a fabricação de garrafas de açúcares vegetais, como de milho, trigo e beterraba, mais resistentes do que os materiais tradicionais de vidro e plástico e consumidos pela natureza mais rapidamente após o descarte. Levando cerca de 1 ano para se degradarem, evitam a contaminação do meio ambiente e sua consequente poluição, assim como salvam espécies animais que sofrem com as enormes quantidades de lixo jogadas em seus ambientes naturais.

Utilização de plástico vegetal em embalagens e garrafas

Em parceria com grandes nomes do mercado mundial, como Coca-Cola, a cervejaria alemã Carlsberg e Danone, a ideia da Avantium é, em breve, comercializar as garrafas e embalagens que serão constituídas de uma camada de papelão por cima de uma fina folha do material vegetal, responsável por formalizar as propriedades essenciais de sustentabilidade e fortalecer o conceito de reciclagem, produzindo cerca de 5 mil toneladas de açúcares por ano.

(Fonte: Carlsberg/Divulgação)(Fonte: Carlsberg/Divulgação)

"Estamos satisfeitos com o progresso que fizemos na Garrafa de Fibra verde até agora. Enquanto ainda não estamos completamente lá, os dois protótipos são um passo importante para realizar nossa ambição final de trazer essa inovação ao mercado", disse Myriam Shingleton, vice-presidente da Carlsberg, ao comentar a importância do projeto e a necessidade de apresentar alternativas que sejam reais soluções para o combate à destruição ambiental. 

Estando na lista das empresas que têm os produtos mais poluentes do planeta, Coca-Cola e Danone encaram como uma possibilidade de mudar tal status, fornecendo as condições mais favoráveis possíveis para reduzir o consumo de lixo e evitar a contaminação ainda maior do ecossistema, com a previsão de ter seus materiais substituídos por volta de 2023, quando estarão plenamente lançados no mercado popular.

"A inovação leva tempo, e continuaremos a colaborar com os principais especialistas para superar os desafios técnicos remanescentes, assim como fizemos com o nosso Snap Pack de redução de plástico", concluiu Shingleton.

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