Imagem de Abelhas podem ter enganado cientistas sobre neandertais no megacurioso

Pesquisadores ingleses publicaram novo estudo sobre a caverna de Shanidar e os supostos funerais de neandertais que teriam ocorrido lá

<head></head><body>Entre os anos de 1950 e 1960, cientistas fizeram uma descoberta interessante em uma caverna chamada Shanidar, na região das montanhas Zagros, no Curdistão Iraquiano. Eles encontraram o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113316-estudo-comprova-maior-presenca-de-dna-de-neandertal-em-grupos-africanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">corpo de um neandertal</a> que foi batizado de Shanidar 4. Ao todo, nove corpos foram encontrados. Sobre o que seria o túmulo desse indivíduo, os pesquisadores encontraram vestígios de pólen.Isso os levou a crer que havia acontecido uma cerimônia fúnebre no local, em que flores haviam sido depositadas sobre o corpo do morto. Outra hipótese era de que havia ocorrido algum tipo de ritual com o objetivo de curá-lo.Nos dois casos, a descoberta de Shanidar 4 fez com que os neandertais fossem vistos de outra forma — talvez eles não fossem seres agressivos ou intelectualmente inferiores ao Homo sapiens.Na época, especialistas em pólen foram levados à caverna para ajudar a entender o fenômeno. Eles concluíram que o pólen teria origem em espécies diferentes de flores, que floresciam em momentos distintos.Isso levantou outra hipótese: a de que animais haviam levado as flores para lá, por alguma razão desconhecida. Todavia, essa linha de pensamento perdeu força, pois pegadas ou vestígios de animais nunca foram encontrados perto do túmulo do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126820-apos-40-mil-anos-os-neandertais-ainda-vivem-em-nosso-dna.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">neandertal.</a><h2>Abelhas podem ter enganado cientistas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/04/04155900421322.jpg" alt="Toca de abelha encontrada em caverna. Fonte: Reprodução: E. Pomeroy">Toca de abelha encontrada em caverna. Fonte: Reprodução: E. PomeroyPesquisadores das universidades inglesas de John Moores de Liverpool, de Cambridge e de Londres publicaram um artigo no Journal of Archaeological Science lançando uma nova hipótese sobre o suposto funeral do neandertal de Shanidar: eram simplesmente abelhas trabalhando.Em 2016, cientistas encontraram o que seriam tocas de abelhas cobertas de lama. Elas estavam próximas ao túmulo do neandertal. Agora, os pesquisadores acreditam que o pólen que estava sobre o corpo encontrado foi parar lá quando as abelhas o transportavam para as suas tocas, que estavam perto do corpo.Os pesquisadores esclarecem que, ainda que flores não tenham sido depositadas sobre o corpo do indivíduo morto, essa caverna ainda é importante para entender os comportamentos do homem de neandertal. Eles ainda acreditam que seja a hora dos pesquisadores deixarem de lado o pólen encontrado e focarem nas outras características da caverna.“Neste ponto, só podemos concluir que a hipótese do ‘enterro de flores’ parece improvável e que as abelhas, de forma irregular, foram provavelmente responsáveis por alguns dos aglomerados de pólen — certamente os mistos — e que existe a possibilidade de que, se o pólen imaturo estivesse envolvido, poderia ter vindo de plantas colocadas sobre ou sob o corpo”, concluíram os autores.<h2>Ainda assim, caverna de Shanidar é um achado incrível</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/04/04160015790326.jpg" alt="Fonte: Getty Images">Fonte: Getty ImagesOs corpos encontrados nessa caverna têm mais de 70 mil anos e são fundamentais para entendermos os comportamentos do homem de neandertal. Mesmo que a hipótese de funeral se mostre errada, a caverna de Shanidar revela que por alguma razão essas pessoas foram ao local para morrerem ou seus corpos foram levados até lá. Nos dois casos, isso mostra um comportamento curioso em relação à morte e que um dia poderá ser totalmente esclarecido.</body>

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Abelhas podem ter enganado cientistas sobre neandertais

Imagem de Pista de dança onde João Batista teria sido morto pode ter sido achada por arqueólogos no megacurioso

Em 29 d.C., o homem que batizou Jesus Cristo foi morto como recompensa a uma dança feita por Salomé

<head></head><body>O arqueólogo Gyozo Vörös, diretor de Escavações e Pesquisas de Machaerus, no Mar Morto, encontrou a pista de dança onde o João Batista foi condenado à morte, em 29 d.C., localizada em Machaerus, um forte perto do Mar Morto, na atual Jordânia. Segundo os evangelhos de Marcos e Mateus do Novo Testamento, o homem foi o responsável por batizar <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122739-as-representacoes-mais-antigas-de-jesus-cristo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Jesus Cristo</a>.A história bíblica afirma que a morte do homem foi encomendada como recompensa a uma dança. Durante o aniversário de Herodes Antipas, filho do rei Herodes, Salomé realizou uma dança que encantou tanto a todos que Antipas e seu pai a prometeram tudo o que quisesse como recompensa, até mesmo metade do reino.Sem ideia do que pedir, Salomé recorreu a sua mãe, Heródias, que não hesitou em dizer: “A cabeça de João Batista em uma bandeja de prata”.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/29/29164547145399.jpg" alt="(Fonte: Projeto Gospel/Reprodução)">(Fonte: Projeto Gospel/Reprodução)Segundo o evangelho, Antipas teria relutado, mas, para provar que tinha palavra, mandou que um soldado da guarda executasse o pedido. João Batista teria sido realmente morto na mesma pista de dança onde Salomé havia se apresentado a Antipas.&nbsp;Acredita-se que foi desse acontecimento que surgiu a expressão receber algo "em uma bandeja de prata".<h2>A descoberta de Vörös</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/29/29164732743400.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Vörös descobriu as ruínas de um pátio em Machaerus que provavelmente é o lugar onde a dança de Salomé aconteceu, bem como a execução de Batista. Autor do livro Holy Land Archaeology on Either Side: Archaeological Essays in Honour of Eugenio Alliata, o arqueólogo disse em um artigo que o local tem um nicho semicilíndrica que provavelmente é o resto do trono onde Antipas se sentou.Com a morte do rei Herodes, o reino foi dividido entre os filhos e Antipas controlou da Galileia até parte da Jordânia. Às vezes, ele supervisionava seu território a partir de Machaerus.Esse pátio foi escavado em 1980, mas demorou até 2021 para que os arqueólogos reconhecessem o nicho como sendo parte do trono de Antipas. Com isso, a presença dele solidifica a ideia sobre aquele espaço ser a emblemática pista de dança. Desde então, a equipe do especialista engatou em uma empreitada para reconstruir o local.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/29/29164814625402.jpg" alt="(Fonte: Gettyimages/Reprodução)">(Fonte: Gettyimages/Reprodução)Mas nem todos estão convencidos dessa descoberta. Uma delas é Jodi Magness, professora de estudos religiosos na Universidade da Carolina do Norte. Apesar de ter elogiado muito o trabalho de Vörös e de sua equipe, ela não acredita que tenham encontrado o trono de Herodes Antipas. Isso porque o nicho parece muito pequeno em comparação ao trono do seu pai, encontrado no palácio de inverno de Jericó.Magness também acrescenta que o nicho em Machaerus parece semelhante a dois nichos encontrados no Alto Heródio, um palácio-fortaleza construído pelo rei Herodes, e que esses dois nichos nunca foram identificados como restos de tronos.</body>

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Pista de dança onde João Batista teria sido morto pode ter sido achada por arqueólogos

Imagem de Vítimas do Vesúvio morreram asfixiadas, segundo estudo no megacurioso

Trágico incidente envolvendo a erupção do Vesúvio, na cidade de Pompeia, foi alvo de um novo estudo multidisciplinar

<head></head><body>Mesmo depois de tantos anos, o massacre desencadeado pela&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126877-erupcao-vulcanica-pode-ter-causado-a-era-da-terra-bola-de-neve-ha-700-milhoes-de-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">erupção</a> do Vesúvio, na antiga cidade romana de Pompeia, ocorrida em 79 d.C., ainda deixa muitas dúvidas. Isso porque, apesar de ser possível especular muito do que teria dizimado a população, que girava em torno de 10 a 20 mil habitantes, ainda há pesquisadores debruçados no trabalho de desvendar mais detalhes sobre a cadeia de acontecimentos que se deu por lá.Um estudo publicado no último dia 23, na Revista&nbsp;PLOS One, buscou identificar qual teria sido a principal causa das mortes entre um grupo de indivíduos e fornecer evidências mais robustas envolvendo um dos desastres mais impactantes da história da humanidade. Para isso, foram analisados sete moldes de gesso — seis deles próximos ao Portão de Pompeia, em Porta Nola, e um deles encontrado em uma casa de banho.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/28/28124811326171.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia/Reprodução)">(Fonte: Wikimedia/Reprodução)<h2>Mistérios envolvendo a morte da população de Pompeia</h2>Depositar gesso nos vazios encontrados, em meio às cinzas vulcânicas calcificadas, foi a solução para oferecer uma visão realista de como a população de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118189-vesuvio-levou-17-minutos-para-matar-a-populacao-de-pompeia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Pompeia</a> morreu. No entanto, o novo estudo destaca que os moldes de gesso acabaram por se incorporar aos restos dos ossos. Com isso, o resultado de eventuais análises químicas tendia a ficar comprometido.Mas apesar disso, foi possível investigar qual teria sido a causa de morte de um grupo de indivíduos. Vale destacar que, dentre as principais hipóteses, eram consideradas até então a asfixia, a desidratação ou, ainda, a vaporização de fluidos corporais em virtude da presença de gases em altas temperaturas, acima de 400 °C, por exemplo.Para contornar as dificuldades impostas pela presença de gesso nos ossos, pesquisadores adotaram um método não invasivo de estudo, que consistiu no uso de fluorescência de raios X, para que fosse identificada a estrutura dos restos mortais de uma forma mais detalhada. Assim, os ossos que estavam menos comprometidos foram selecionados para análise.A partir disso, pesquisadores puderam afirmar com uma maior segurança que, ao considerar as evidências levantadas, somadas à observação da posição dos ossos, parte da população de Pompeia teria morrido por asfixia em meio à mistura de cinza e gases que tomou a cidade.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/28/28125601590179.png" alt="(Fonte: PLOS One/Reprodução)">(Fonte: PLOS One/Reprodução)<h2>Análise das vítimas do Vesúvio</h2>Essa nova análise ainda envolveu uma investigação sobre o sexo das pessoas, que foi estimado por meio de uma série de detalhes, como a medida do&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124446-sinais-de-cirurgia-cerebral-sao-achados-em-cranio-de-3-5-mil-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">crânio</a> e do osso coxal. Para estabelecer a idade aproximada e diferenciar adultos de idosos, foi levada em conta a detecção de problemas osteoarticulares e traumas.Inclusive, entre os indivíduos, um deles apresentava evidências que teria sofrido uma lesão pouco antes do momento da morte por asfixia. Outro apresentava sinais de osteoartrite no joelho direito, sendo posteriormente identificado como um homem adulto, com idade estimada entre 45 e 50 anos.Uma mulher adulta, na casa dos 35–40 anos, também foi analisada. Na imagem acima, é possível identificar os 6 pontos de medição utilizados no estudo, e ao mesmo tempo, observar a postura corporal, onde a cabeça dela aparece apoiada, e o braço flexionado junto ao corpo.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/28/28134120743199.png" alt="(Fonte: PLOS One/Reprodução)">(Fonte: PLOS One/Reprodução)<h2>Pessoas morreram asfixiadas 20 horas após o início da erupção</h2>Essa análise ainda permitiu descobrir que parte dos fugitivos de Porta Nola, em Pompeia, diferente de parte das vítimas mortais em virtude de desabamentos em outras áreas, teriam morrido cerca de 20 horas após o início da erupção. Nessa tentativa fracassada de escapar, uma nova passagem da corrente de gases impossibilitou que respirassem, mesmo que tentassem proteger o rosto com tecido.A posição das vítimas indica que sequer foi possível se esforçar nessa fuga, dada a posição em que aparecem, ora deitados; ora de bruços, ou em posições mais relaxadas em meio à exaustão.Ainda segundo o estudo, a seguir, teria ocorrido algo pior: uma nova deposição de camadas de gases. Teria sido nessa segunda parte brutal da erupção do Vesúvio, portanto, que os corpos daqueles que já estavam mortos teriam sido cremados pelo impacto das altas temperaturas.</body>

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Vítimas do Vesúvio morreram asfixiadas, segundo estudo

Imagem de Restos mortais de um líder religioso de 3 mil anos são achados no Peru no megacurioso

O contexto funerário intacto da tumba de 3 mil anos indica que o morto pode ter sido um dos sacerdotes que lideravam a sociedade da época na região dos Andes

<head></head><body>Arqueólogos do Museu Nacional de Etnologia do Japão e da Universidade Nacional de San Marcos do Peru anunciaram na semana passada uma importante descoberta no sítio arqueológico de Pacompampa, localizado <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126860-machu-picchu-tinha-populacao-de-origem-muito-mais-diversa-que-imaginavamos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">nas terras altas do norte do país andino</a>. “Descobrimos recentemente o túmulo de uma figura de 3 mil anos”, afirmou Juan Pablo Villanueva, líder da escavação, à AFP.De acordo com o pesquisador, trata-se de um dos primeiros sacerdotes dos Andes a ter uma série de oferendas, o que indica que <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/125670-para-domar-el-nino-incas-e-chimus-faziam-sacrificios-humanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o morto pode ter sido um dos líderes religiosos de elite</a> que lideravam a sociedade antiga naquela região. &nbsp;A julgar pelo que foi observado no contexto funerário intacto, “A descoberta é extremamente importante porque ele é um dos primeiros sacerdotes a começar a controlar os templos no norte dos Andes do país”, afirmou à agência europeia o arqueólogo japonês Yuji Seki, que trabalha no local há 18 anos. A estimativa é de que o sacerdote tenha vivido por volta do ano 1000 a.C.<h2>A tumba cerimonial</h2><iframe width="640" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/sg3Oj4PH6Kg" title="Cajamarca: Hallan tumba del “Sacerdote de Pacopampa” de 3.000 años de antigüedad | Mundo" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe><a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/126755-existe-mesmo-um-tunel-que-liga-sao-tome-das-letras-a-machu-picchu.htm#google_vignette" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Em uma altitude de 2,5 mil metros</a>, o sítio Pacopampa é um centro cerimonial monumental, constituído de nove edifícios talhados em pedras esculpidas e polidas. A tumba do suposto líder religioso foi encontrada após a remoção de pelo menos seis camadas de cinza e terra: é um túmulo circular, com três metros de diâmetro por um metro de profundidade.&nbsp;O corpo se encontrava com os membros inferiores parcialmente flexionados e orientado no sentido sul-norte, segundo os arqueólogos. No lado oeste da sepultura, foram desenterradas pequenas tigelas esféricas de cerâmica, uma espátula de osso esculpida e dois selos rituais: um com desenho de rosto de um homem e outro com rosto de uma onça.Algumas das cerimônias e rituais religiosos celebrados pelos sacerdotes dos Andes no norte do Peru ainda são realizadas até hoje. O que se pratica na região é uma espécie de sincretismo entre o catolicismo e a mitologia dos incas, como a realização anual do festival religioso de Inti Raymi em homenagem a Inti, o deus-sol. &nbsp;<h2>Outras descobertas cerimoniais</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/29/29085637895020.jpg" alt="(Fonte: Pacopampa/Facebook)">(Fonte: Pacopampa/Facebook)O túmulo recém-descoberta não foi o único a ser desenterrado no Pacopampa. Em setembro do ano passado, a mesma equipe de arqueólogos japoneses e peruanos também escavou um túmulo com mais de 3 mil anos de um homem que era conhecido como "Sacerdote dos Pututos [<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/117708-concha-pode-ser-um-dos-instrumentos-musicais-mais-antigos-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">instrumentos musicais feitos de conchas de moluscos</a>]".&nbsp;Em 2009, outra descoberta arqueológica, liderada por Seki, revelou ao mundo a chamada "Senhora de Pacopampa", uma mulher de 1,55 m de altura e entre 30 e 40 anos quando morreu. O corpo estava em uma profunda tumba em formato de bota, e sua ocupante era presumivelmente uma figura de grande poder na região, por volta de 900 a.C.Os “Sacerdotes da Serpente Jaguar”,&nbsp;encontrados junto a oferendas de ouro e cerâmica, foram encontrados pela mesma expedição em 2015.</body>

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Restos mortais de um líder religioso de 3 mil anos são achados no Peru

Imagem de O que caldeirões contam sobre a gastronomia da Idade do Bronze? no megacurioso

Análise de artefatos mostra que sempre curtimos carne e leite em nossa dieta

<head></head><body>Os restos presentes nos caldeirões da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124709-mapa-mais-antigo-ja-descoberto-da-europa-mostra-idade-do-bronze.htm#:~:text=A%20Idade%20do%20Bronze%20foi,exata%20varia%20dependendo%20da%20regi%C3%A3o)." rel="noopener noreferrer" target="_blank">Idade do Bronze</a> podem revelar muitas curiosidades sobre os hábitos alimentares de tempos remotos. Inclusive, eles mostram um panorama de festividades e comemorações no qual as carnes nobres e suculentas, juntamente com os laticínios cremosos, ocupavam o centro das tradições à mesa.Um novo estudo, publicado na revista iScience, mergulha nas práticas culinárias da região do Cáucaso, onde hoje fica o leste da&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/proxima-parada/44601-proxima-parada-turquia-conheca-um-pouco-sobre-a-terra-dos-sultoes.htm#:~:text=Trata%2Dse%20do%20topo%20de,o%20in%C3%ADcio%20da%20civiliza%C3%A7%C3%A3o%20humana." rel="noopener noreferrer" target="_blank">Turquia</a>, a Armênia, a Geórgia e o Azerbaijão, mais especificamente a área localizada entre os mares Cáspio e Negro. Os resultados dessa análise proporcionam uma visão cativante da dieta e da cultura do povo durante o período Maykop, localizado entre os anos 3700 e 2900 a.C.&nbsp;Muitas ligas metálicas têm propriedades antimicrobianas e ajudaram a preservar as proteínas nos utensílios. Por isso, a equipe de cientistas ainda planeja explorar uma variedade mais ampla de artefatos para compreender as nuances das práticas culinárias em diferentes regiões e períodos.&nbsp;Até o momento, o estudo tem sido moldado pelas análises das substâncias preservadas nas paredes internas de sete caldeirões de metal. E apenas essa introdução à cultura gastronômica milenar já fornece uma noção bastante rica das celebrações e dos banquetes que pontuaram as ocasiões sociais da misteriosa Idade do Bronze. Essas proteínas, cuidadosamente preservadas através dos séculos, transcenderam eras! Inclusive, podemos até mesmo imaginar os sabores e os odores das tradições culinárias daqueles que vieram muito antes de nós.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/28/28164320849358.jpg" alt="Vaso de liga de cobre da Idade do Bronze. (Foto: iScience)">Vaso de liga de cobre da Idade do Bronze. (Foto: iScience)<h2>Explorando as pistas gastronômicas do passado</h2>A presença de proteínas específicas sugere que os caldeirões eram utilizados para cozinhar carnes de cervos e bovinos, tais como vacas, iaques e búfalos. Os laticínios também eram parte integrante da dieta da galera, tendo sido encontrados traços de proteínas do leite de cabras e ovelhas nos caldeirões analisados.Vale destacar que as proteínas preservadas não fornecem somente um relato das preferências alimentares da antiguidade. Na verdade, elas também mostram que, apesar das transformações ao longo dos séculos, os alimentos ricos em proteínas e os laticínios sempre tiveram um papel muito crucial na alimentação e na vida humana.“Essa é a primeira evidência que temos de proteínas preservadas de um banquete. As pessoas preparavam grandes refeições, ou seja, não apenas para famílias individuais”, disse Shevan Wilkin, coautor do estudo e antropólogo da Universidade de Zurique.&nbsp;Além disso, os caldeirões não eram simples utensílios de cozinha, mas objetos de valor cultural e social. Sinais de desgastes e de reparos minuciosos apontam para a importância desses itens como símbolos de prestígio e posição social. Ou seja, eles eram uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127148-estudo-desmembra-sistemas-familiares-na-idade-do-bronze.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">verdadeira herança</a>, sendo passados de geração em geração. Essas descobertas não são apenas uma janela para o passado, mas também têm implicações para o presente e o futuro da pesquisa arqueológica.</body>

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O que caldeirões contam sobre a gastronomia da Idade do Bronze?

Imagem de Bastão de 300 mil anos achado na Alemanha pode ser ferramenta mais antiga da Europa no megacurioso

De acordo com arqueólogos, objeto pontudo está entre as ferramentas de madeira mais antigas documentadas feitas pelos primeiros humanos

<head></head><body>Recentemente, um grupo de arqueólogos encontrou um bastão afiado entre outras ferramentas de madeira em Schöningen, na <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125491-espada-da-idade-do-bronze-que-parece-nova-e-encontrada-na-alemanha.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Alemanha</a>, o qual potencialmente teria sido usado pelos primeiros humanos para caçar há centenas de milhares de anos. Em comunicado oficial, a principal autora do estudo, Dra. Annemieke Milks, comentou que "as descobertas de ferramentas de madeira revolucionaram a compreensão dos primeiros humanos".Na visão da pesquisadora, os primeiros humanos demonstraram capacidade de planejar com bastante antecedência um forte conhecimento das propriedades da madeira e muitas habilidades sofisticadas de marcenaria que ainda usamos hoje.&nbsp;<h2>Passado de madeira</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/27/27202923960002.jpg" alt="(Fonte: Peter Pfarr/Reprodução)">(Fonte: Peter Pfarr/Reprodução)Encontrada pela primeira vez em 1994, a vara pontiaguda estava entre ouras ferramentas de madeira em Schöningen. Embora o artefato tenha sido descoberto há quase 30 anos, só recentemente ele pode ser realmente estudado. Pesquisadores informam que esta coleção é considerada a mais antiga coleção de ferramentas de madeira do mundo, embora ferramentas individuais de madeira de 400 mil anos terem sido descobertas no passado.Usando tecnologias como a microscopia 3D, os arqueólogos conseguiram decifrar novas informações sobre a peça. As medições e maças de corte do bastão indicam que ele foi feito com madeira de um galho de abeto, o que o diferencia de outros objetos de madeira encontrados na região — os quais eram feitos dos troncos de abeto.Os pesquisadores também acreditam que os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127152-quando-os-primeiros-humanos-chegaram-nas-americas.htm#:~:text=O%20melhor%20registro%20j%C3%A1%20encontrado,mais%20antiga%20entre%20as%20aceitas." rel="noopener noreferrer" target="_blank">primeiros humanos</a>, provavelmente o Homo heidelbergensis ou o Homo neanderthalensis, usavam essas armas como uma espécie de bumerangue para caçar animais. "Essa arma pode ter sido usada para atingir estrategicamente criaturas localizadas até 30 metros de distância", explicaram os arqueólogos em comunicado oficial.Para Milks, os primeiros humanos usavam bastões de arremesso para atordoar animais como veados, coelhos e pássaros, antes de usar lanças para matá-los. O objeto também apresenta algumas manchar escuras na madeira, as quais podem ser sinais de sangue ou gordura de animais.<h2>Importância histórica</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/27/27203156420003.jpg" alt="(Fonte: Volker Minkus/Reprodução)">(Fonte: Volker Minkus/Reprodução)Com idade estimada de 300 mil anos, o bastão encontrado na Alemanha é considerado um objeto raro. Isso porque ferramentas feita de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123514-kynam-a-madeira-mais-cara-do-mundo-e-criada-por-envenenamento.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">madeira</a> com centenas de milhares de anos são consideradas extremamente difíceis de encontrar, visto que a maioria foi degradada por bactérias ou fungos com o passar do tempo.As ferramentas achadas em Schöningen, porém, foram submersas em água, o que ajudou a preservá-las. "Caso a madeira estivesse em níveis flutuantes de água, ela teria facilmente apodrecido muito rapidamente, durando apenas alguns anos", observou Milks. Sendo assim, o achado científico também foi uma incrível obra do acaso.Felizmente, esses artefatos conseguiram sobreviver aos milênios, permitindo que fossem estudados séculos mais tarde. Tal tipo de objeto lança uma luz fascinante sobre como os primeiros humanos fabricavam armas e caçavam animais. Os pesquisadores também acreditam que esse tipo de descoberta possa fornecer informações importantes até mesmo sobre como crianças daquele tempo desenvolveram suas próprias habilidades de caça.&nbsp;</body>

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Bastão de 300 mil anos achado na Alemanha pode ser ferramenta mais antiga da Europa

Imagem de Qual foi a primeira moeda cunhada no mundo? no megacurioso

A história do dinheiro é bastante antiga, e a primeira moeda do mundo foi cunhada vários séculos atrás

Hoje em dia &eacute; comum voc&ecirc; receber <a href="https://stories.megacurioso.com.br/stories/as-moedas-de-1-real-mais-raras/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">moedas</a> como troco, e muitas vezes utilizamos essa forma de pagamento sem ao menos saber que sua exist&ecirc;ncia &eacute; algo bem antigo.
Ap&oacute;s um per&iacute;odo em que produtos eram usados como mercadoria de trocas e pagamento, uma na&ccedil;&atilde;o decidiu criar a sua pr&oacute;pria moeda e dar in&iacute;cio ao sistema monet&aacute;rio que conhecemos hoje.&nbsp;Que pa&iacute;s foi esse e qual moeda os historiadores consideram a primeira a ser criada? &Eacute; exatamente sobre isso que falaremos nas linhas a seguir.
<h2>Nascimento da moeda</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Brasil Agro/Reprodu&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://www.brasilagro.com.br/uploads/tinymce/uploads/A-primeira-moeda-cunhada-oficialmente-chamava-se-estAter-lAdio-teriam-surgido-por-volta-de-640-a.C.-na-AnatAlia-atual-Turquia-com-o-selo-do-rei-AlAates-da-LAdia..-Getty-Images.jpg?1674028613902"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/16/16223020474004.jpg" alt="Est&aacute;ter l&iacute;dio. (Fonte: Mustafa Gungor/Anadolu Agency/Getty Images)" />Est&aacute;ter l&iacute;dio. (Fonte: Mustafa Gungor/Anadolu Agency/Getty Images)
A primeira moeda a ser cunhada oficialmente por um governo foi o est&aacute;ter l&iacute;dio, que surgiu por volta do ano 640 a.C. na Anat&oacute;lia, regi&atilde;o que atualmente conhecemos como a Turquia.
A moeda em quest&atilde;o traz o selo do rei Al&iacute;ates da L&iacute;dia, e normalmente era cunhada usando uma liga de ouro e prata conhecida como electrum. Isso era essencial para garantir a sua durabilidade, o que ajudou a popularizar seu uso como forma de pagamento (al&eacute;m de ser bem mais pr&aacute;tica de carregar).
Apesar de contar com um processo um pouco mais rudimentar para a sua produ&ccedil;&atilde;o, as primeiras moedas, em sua maioria, apresentavam um formato mais arredondado, similar ao que encontramos atualmente. Por&eacute;m, algumas delas exibiam dimens&otilde;es mais irregulares.
Outro detalhe &eacute; que a primeira moeda cunhada no mundo j&aacute; contava com algumas caracter&iacute;sticas vistas atualmente, como algumas inscri&ccedil;&otilde;es &ndash; o est&aacute;ter l&iacute;dio, por exemplo, trazia inscri&ccedil;&otilde;es que faziam men&ccedil;&otilde;es a Walwel e Kalil, os governantes da na&ccedil;&atilde;o.
Dessa forma, o nascimento da moeda acabou colocando um fim ao com&eacute;rcio de escambo, al&eacute;m de ajudar na coleta de impostos e at&eacute; mesmo expandir o com&eacute;rcio para fora das fronteiras de cada na&ccedil;&atilde;o.
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121147-as-moedas-de-1-real-mais-raras-que-existem.htm" target="_blank" rel="sponsored">As moedas de 1 real mais raras que existem</a>
<h2>Expans&atilde;o da moeda</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/21/wikimedia-commons-21170727492338.jpg" alt="Wikimedia Commons" />Tetradracma grego. (Fonte: Wikimedia Commons)
Com isso, n&atilde;o demorou muito para que outras localidades tamb&eacute;m decidissem seguir esse caminho, como no caso de Atenas, na Gr&eacute;cia, que criou a tetradracma como forma de pagamento &ndash; trazia uma coruja simbolizando Atena e tamb&eacute;m tinha formato mais arredondado.
As <a href="https://stories.megacurioso.com.br/stories/as-5-moedas-comemorativas-mais-legais/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">moedas</a> reinaram como a principal forma de pagamento por bastante tempo, chegando inclusive &agrave; China, onde ganhou um formato diferente que trazia um buraco no centro e facilitava o seu carregamento em correntes. Por&eacute;m, a escassez do cobre (principal mat&eacute;ria-prima ao cunhar moedas) fez com que o ferro fosse usado em seu lugar.
Com essa mudan&ccedil;a, transa&ccedil;&otilde;es internacionais se tornaram mais dif&iacute;ceis por conta do peso acumulado das moedas (imagina realizar diversas negocia&ccedil;&otilde;es e colocar sacos cheios de moedas de ferro em uma carro&ccedil;a ou nas costas de uma mula), obrigando a China a ser a pioneira na inven&ccedil;&atilde;o da <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122930-o-conceito-por-tras-dessas-6-cedulas-de-papel-moeda.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">c&eacute;dula de papel</a>.

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Qual foi a primeira moeda cunhada no mundo?

Imagem de Conheça Pazuzu, o demônio mesopotâmico que inspirou 'O Exorcista' no megacurioso

William Peter Blatty, autor da história, se inspirou em uma famosa entidade milenar

Esse ano estreia O Exorcista: O Devoto, a continua&ccedil;&atilde;o do cl&aacute;ssico filme de 1973, respons&aacute;vel n&atilde;o s&oacute; por estabelecer o g&ecirc;nero de terror sobrenatural na ind&uacute;stria cinematogr&aacute;fica como fomentar a ideia do "p&acirc;nico sat&acirc;nico", que se espalhou pelo mundo entre as d&eacute;cadas de 1980 e 1990.
Muito mais do que a apar&ecirc;ncia perturbadora da atriz Linda Blair, que interpretava a protagonista Regan MacNeil, o que aterrorizou plateias pelo mundo era a imagem e a hist&oacute;ria da entidade demon&iacute;aca que possuiu a garota. Pazuzu, o dem&ocirc;nio do filme O Exorcista, existe e era adorado na Mesopot&acirc;mia como uma entidade maligna que controlava o vento, protegia as mulheres e crian&ccedil;as.
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123130-baphomet-a-verdadeira-historia-do-simbolo-ligado-a-maconaria.htm" target="_blank" rel="sponsored">Baphomet: a verdadeira hist&oacute;ria do s&iacute;mbolo ligado &agrave; ma&ccedil;onaria</a>
<h2>A natureza do mal</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/24/24164837859375.jpg" alt="Pazuzu em O Exorcista, de 1973. (Fonte: Hoya Productions/Warner Bros. Pictures/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Pazuzu em O Exorcista, de 1973. (Fonte: Hoya Productions/Warner Bros. Pictures/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Pazuzu consta na hist&oacute;ria desde o primeiro mil&ecirc;nio a.C., na antiga religi&atilde;o ass&iacute;ria e babil&ocirc;nica. Ele era chamado de "o rei dos dem&ocirc;nios do vento", uma entidade maligna dicot&ocirc;mica que trazia fome, pestil&ecirc;ncia e destrui&ccedil;&atilde;o, ao mesmo tempo que afastava outros tipos de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120409-como-o-diabo-mudou-de-cara-e-funcao-ao-longo-dos-seculos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dem&ocirc;nios</a> ao ser invocado como forma de prote&ccedil;&atilde;o a mulheres gr&aacute;vidas e crian&ccedil;as.&nbsp;
Normalmente, os povos mesopot&acirc;micos antigos clamavam ao seu nome para se protegerem do dem&ocirc;nio Lamashtu, conhecido por assassinar cruelmente crian&ccedil;as pequenas e em gesta&ccedil;&atilde;o.
A dicotomia de sua natureza parece mais forte devido &agrave; propaga&ccedil;&atilde;o do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121652-como-os-seguidores-de-jesus-fundaram-o-cristianismo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cristianismo</a>, que associou o significado da palavra "dem&ocirc;nio" a criaturas descendentes de Satan&aacute;s, baseadas no Inferno e que exercem sua vontade maligna sobre os humanos da Terra.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikipedia&nbsp;" data-fonte-url="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/9/95/PazuzuDemonAssyria1stMillenniumBCE.jpg/800px-PazuzuDemonAssyria1stMillenniumBCE.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/24/24164954993376.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Para os antigos ass&iacute;rios e babil&ocirc;nicos, no entanto, "dem&ocirc;nio" simplesmente significava "esp&iacute;rito". Inclusive, a pr&oacute;pria palavra deriva de daimon&nbsp;("esp&iacute;rito" em grego) referindo-se a seres imortais menores que atuam como intermedi&aacute;rios sobrenaturais entre deuses e humanos. Os dem&ocirc;nios poderiam ser enviados tanto para punir os mortais quanto encoraj&aacute;-los.
Portanto, nem todos os dem&ocirc;nios eram necessariamente maus e, mesmo aqueles que eram, possu&iacute;am v&aacute;rias camadas complexas que constitu&iacute;am sua personalidade e natureza. Os povos antigos tentaram compensar o poder destrutivo de Pazuzu oferecendo-lhe ora&ccedil;&otilde;es, na esperan&ccedil;a de que ele contivesse os ventos e os usasse para prop&oacute;sitos mais benevolentes.
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/125248-jurupari-o-sandman-do-folclore-da-america-do-sul.htm" target="_blank" rel="sponsored">Jurupari: o 'Sandman' do folclore da Am&eacute;rica do Sul</a>
<h2>A imagem</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/24/24165100848377.jpg" alt="(Fonte: Hoya Productions/Warner Bros. Pictures/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Hoya Productions/Warner Bros. Pictures/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Em nada o rosto maquiado da atriz Eileen Dietz, que interpretou Pazuzu em O Exorcista&nbsp;de 1973, se parece com a representa&ccedil;&atilde;o iconogr&aacute;fica dele. A cabe&ccedil;a da entidade possui uma forma mais retangular, com chifres, sobrancelhas espessas, barba de duas pontas e uma bocarra aberta em forma de canino exibindo os dentes e a l&iacute;ngua.
A primeira evid&ecirc;ncia arqueol&oacute;gica mais antiga de Pazuzu foi descoberta no t&uacute;mulo de uma mulher perto Iraque, e remonta ao s&eacute;culo VIII a.C. Essa foi a primeira iconografia mesopot&acirc;mica conhecida por fundir v&aacute;rios componentes animais em uma s&oacute; representa&ccedil;&atilde;o. Antes de Pazuzu, normalmente a iconografia apresentava apenas uma &uacute;nica parte do corpo de um animal no corpo humano.
At&eacute; hoje &eacute; dif&iacute;cil para os arque&oacute;logos determinar a origem do dem&ocirc;nio mesopot&acirc;mico. Afinal, diferente de outros seres sobrenaturais ao longo da hist&oacute;ria, n&atilde;o h&aacute; vest&iacute;gios reais de como a iconografia de Pazuzu evoluiu. Com base nos registros arqueol&oacute;gicos, as representa&ccedil;&otilde;es dele simplesmente apareceram totalmente do nada.
Sendo assim, os historiadores n&atilde;o conseguem identificar um local ou momento preciso em que essas representa&ccedil;&otilde;es ganharam forma.

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Conheça Pazuzu, o demônio mesopotâmico que inspirou 'O Exorcista'

Imagem de Conheça o povo Clóvis: uma das primeiras sociedades das Américas no megacurioso

Sociedade pré-histórica deixou artefatos que podem ser encontrados do sul do Canadá até o norte da Venezuela

<head></head><body>Existem diversos vestígios arqueológicos que provam que <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126867-humanos-ja-habitavam-a-america-do-sul-ha-25-mil-anos-sugere-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">diferentes sociedades</a> conseguiram chegar ao continente americano muito antes de Cristóvão Colombo, em 1492.Uma das que melhor conseguiram se espalhar pelo Novo Mundo foram os chamados Clóvis, cujas ferramentas podem ser encontradas por boa parte da América do Norte até o norte da Venezuela.<h2>Como eles chegaram até aqui?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/21/21120944976095.jpg" alt="Pontas de lanças Clóvis em exibição no Museu de História Natural de Cleveland. (Fonte: Wikimedia Commons)">Pontas de lanças Clóvis em exibição no Museu de História Natural de Cleveland. (Fonte: Wikimedia Commons)Em 1929, perto da cidade de Clóvis, no Novo México, foi encontrado o primeiro sítio arqueológico com pontas de lanças de uma sociedade pré-colombiana ainda desconhecida. Elas estavam juntas de ossos de um de Bison antiquus — um ancestral dos bisões atuais —, espécie extinta há cerca de 10 mil anos. Isso fez com que uma busca por mais artefatos como esses se iniciasse.A cultura Clóvis chegou no continente americano há cerca de 13.500 anos. Eles provavelmente atravessaram o Oceano Pacífico pela Beríngia, quando os continentes asiático e americano estavam conectados por onde é o Estreito de Bering atualmente — por algum tempo acreditou-se que eles foram os primeiros a fazer esta travessia, mas já existem registros de povos ainda mais antigos.Mesmo não tendo sido os primeiros a chegarem aqui, a maneira com a qual eles se espalharam indica que foram os primeiros a serem bem-sucedidos. Além das ferramentas, é possível encontrar traços genéticos em nativos americanos, desde os Estados Unidos até a América Central, como os maias e os astecas.Essa ligação só foi possível graças a um único esqueleto encontrado até hoje. Batizado de Anzick-1, ele foi descoberto no estado de Montana, nos EUA, e estava cercado por ferramentas Clóvis. Graças a esta descoberta, foi possível sequenciar o DNA para se conhecer um pouco de como essa cultura se espalhou e se relacionou com outros povos, uma vez que eles não deixaram nada escrito.<h2>Exímios caçadores</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/21/21120506732092.jpg" alt="Preguiça-gigante, uma das caças dos Clóvis. (Fonte: Getty Images)">Preguiça-gigante, uma das caças dos Clóvis. (Fonte: Getty Images)A marca mais característica que esta sociedade deixou foram pontas de lanças feitas de ossos. Elas são encontradas com algumas variações por quase todo o continente americano. Isso sugere que eles eram povos nômades e que sua cultura se espalhou bastante. Mas, acima de tudo, indica que eram essencialmente caçadores.Em muitos dos sítios onde suas ferramentas são encontradas, também é possível localizar ossos da <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais-sinistros/42331-10-gigantes-animais-pre-historicos-e-assustadores.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">megafauna</a> americana, como mamutes, mastodontes e preguiças-gigantes. Como há pouquíssimos vestígios da cultura Clóvis além das pontas de lanças, é difícil afirmar o quanto eles usavam — se é que usavam — suas caças para outros fins além da alimentação.Assim como a origem do povo Clóvis, seu fim também é incerto. Eles podem ter sido vítimas das mudanças climáticas ou do seu próprio modo de vida caçador, que pode ter eliminado parte da megafauna e tornado seu estilo de vida inviável. Outra hipótese é que eles podem ter sido superados por outras culturas com ferramentas mais eficientes.O que se sabe é que o desaparecimento dos vestígios da tecnologia Clóvis coincide com o chamado <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112763-queda-de-asteroide-pode-ter-causado-era-do-gelo-e-extincoes-na-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Dryas recente</a>, um breve período em que a temperatura do planeta voltou a diminuir. Porém, isso não indica uma relação direta, uma vez que existem evidências de uma transição relativamente suave do estilo Clóvis de fabricação de ferramentas para métodos subsequentes, o que pode indicar continuidade cultural.</body>

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Conheça o povo Clóvis: uma das primeiras sociedades das Américas

Imagem de Seca no Iraque revelou cidade submersa com mais de 3 mil anos no megacurioso

Zakhiku pertenceu ao antigo Império Mitani e serviu como um entreposto comercial

<head></head><body>De uns anos para cá, piorou a <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/113186-aridos-e-omitidos-os-campos-de-concentracao-da-seca-no-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">seca</a> no Iraque, causada por fatores naturais, administrativos e políticos, dificultando ainda mais a vida das comunidades assentadas nas áreas atingidas.Em 2022, a seca atingiu o seu apogeu e, para tentar melhorar as condições de vida e evitar que mais colheitas fossem destruídas, o governo teve que drenar parte do reservatório da barragem de Mosul, na região do Curdistão, erguida na década de 1980.O que as autoridades não esperavam é que a seca revelaria Zakhiku, uma cidade construída há 3.400 mil anos no Iraque, pertencente ao antigo Império Mitani.<h2>Sobrevivendo ao tempo</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/25/25102550069088.jpg" alt="(Fonte: University of Tübingen/Reprodução)">(Fonte: University of Tübingen/Reprodução)Não foi exatamente a descoberta da cidade que impressionou a todos, afinal, ela já estava lá quando a barragem foi construída, mas sim como os edifícios e artefatos sobreviveram ao tempo. Durante o governo de Saddam Hussein, os arqueólogos nunca conseguiram investigar o que a água cobriu em 1980.A única vez que puderam acessar Zakhiku foi em 2018, quando ela surgiu das profundezas durante uma grande seca. Durante esse breve período, os pesquisadores exploraram um palácio com enormes paredes de 6 metros de altura, e descobriram restos de pinturas murais em tons vibrantes de vermelho e azul. Mas eles não tiveram tempo o suficiente para mapear a cidade antes que as águas voltassem.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;University of Tübingen&nbsp;" data-fonte-url="https://th-thumbnailer.cdn-si-edu.com/xMQOL4sQRUiseBg14WcnGhl1K6o=/fit-in/1072x0/filters:focal(630x948:631x949)/https://tf-cmsv2-smithsonianmag-media.s3.amazonaws.com/filer_public/ab/0b/ab0baaee-09b3-4782-b9ae-f7becfe95f20/csm_22-05-30_7_kemune_2022_332129a721.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/25/25102724299089.jpg" alt="(Fonte: University of Tübingen/Reprodução)">(Fonte: University of Tübingen/Reprodução)Dessa vez foi diferente, assim que a cidade foi exposta, arqueólogos curdos e alemães, em parceria com a Direção de Antiguidades e Patrimônio de Duhok, correram até o local para começar as investigações.“Devido à enorme pressão do tempo, cavamos em temperaturas adversas, sempre sem saber quando a água subiria novamente e quanto tempo teríamos”, disse Ivana Puljiz, professora júnior do departamento de arqueologia e assiriologia do Oriente Próximo da Universidade de Freiburg, na Alemanha.<h2>A história</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/25/25102829578091.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Foi uma verdadeira corrida contra o tempo antes que a antiga cidade, agora submersa, desaparecesse por mais uma vez. Os arqueólogos conseguiram várias imagens de como pode ter sido a Zakhiku, graças ao mapeamento feito pela equipe e à descoberta de centenas de artefatos recolhidos para estudo.Para eles, o mais impressionante é como as paredes enormes, feitas de lama seca ao sol, permaneceram intactas mesmo há 42 anos submersas e abaladas pelo terremoto que devastou Zakhiku em 1350 a.C.Tida como o centro do Império Mitani, que reinou de 1550 a.C. a 1350 a.C., a cidade foi importantíssima na Idade do Bronze. O território do reino ia do Mar Mediterrâneo ao norte do Iraque, e serviu como uma espécie de entreposto comercial.&nbsp;Fundada pelo Antigo Império Babilônico que governou a Mesopotâmia, Zakhiku foi o epicentro do tráfego de caravanas e de uma rota comercial florescente no Oriente Próximo por cerca de 600 anos.</body>

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