Imagem de Estudo desmembra sistemas familiares na Idade do Bronze no megacurioso

Utilizando o genome de esqueletos encontrados em tumba de 3,8 mil anos, pesquisadores decifraram relações de uma família extensa desenterrada na Rússia

<head></head><body>Um novo estudo feito por pesquisadores da Universidade Johannes Gutenberg Mainz (JGU) analisou os genomas de esqueletos de uma extensa família encontrada em uma necrópole da Idade do Bronze na estepe russa. O túmulo de Nepluyevsky, de 3,8 mil anos, foi escavado há vários anos e está localizado na fronteira geográfica entre <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127105-primeiros-humanos-da-europa-podem-ter-sido-congelados-e-desaparecido.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Europa</a> e Ásia.A diversidade dos sistemas familiares nas sociedades pré-históricas sempre foi um assunto de grande fascínio entre cientistas. Logo, o novo estudo desenvolvido pelos antropólogos Jens Blöcher e Joachim Burger fornecem agora novas informações sobre as origens e estruturas genéticas dessas comunidades familiares.<h2>Entendendo as famílias pré-históricas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/23/23193541121513.jpg" alt="(Fonte: Svetlana Sharapova/Divulgação)">(Fonte: Svetlana Sharapova/Divulgação)O kurgan — monte funerário — investigado pelos pesquisadores servia de túmulo para seis irmãos, suas esposas, filhos e netos. O irmão presumivelmente mais velho tinha oito filhos com duas esposas diferentes, uma das quais veio das regiões das estepes asiáticas no leste da região. Os outros irmãos, por sua vez, não mostravam sinais de poligamia e provavelmente viveram monogamicamente com menor quantidade de filhos."É notável que o irmão primogênito aparentemente tivesse um status mais elevado e, portanto, maiores chances de reprodução. O direito do primogênito masculino nos parece familiar, é conhecido do Antigo Testamento, por exemplo, mas também da aristocracia em Europa histórica", explica Blöcher.&nbsp;Os dados genômicos da família revelam ainda mais informações relevantes sobre o caso. A maioria das mulheres enterradas no kurgan eram imigrantes e as irmãs da família sepultada, por sua vez, provavelmente encontraram novos lares em outros lugares.De acordo com Burger, a mobilidade do sexo feminino em matrimônios antigos era algo que fazia sentido na perspectiva econômica e evolutiva. Enquanto um sexo permanecia em sua terra de origem, garantindo a continuidade da linhagem familiar e da propriedade, o outro se casa em outra região para evitar a endogamia — reprodução entre indivíduos aparentados.<h2>Diversidade genômica</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/23/23193610112516.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)O estudo também descobriu que as mulheres pré-históricas possuem uma diversidade genômica muito maior do que a dos homens, uma vez que as mulheres que se casavam vinham de uma área maior e não tinham parentesco entre si. Na sua nova terra natal, elas seguiam seus maridos até a sepultura, jamais retornando a seu antigo lar.Isso é outro ponto que ressalta como os kurgans não eram apenas <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123931-colecao-de-joias-de-3-500-anos-e-encontrada-em-antiga-necropole-egipcia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">necrópoles</a> familiares, mas sim o local de enterro da linhagem masculina. Na últimas gerações pré-históricas, o kurgan parou de ser usado repentinamente e quase apenas bebês e crianças pequenas foram encontradas em Nepluyevsky. Isso pode ser um sinal que os habitantes tenham sido dizimados por doenças ou que a população restante migrou para outra região em busca de uma vida melhor.No fim das contas, embora o estudo não traga novas informações sobre famílias notórias do passado, os pesquisadores conseguiram obter dados extremamente relevantes a respeito de como famílias da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124709-mapa-mais-antigo-ja-descoberto-da-europa-mostra-idade-do-bronze.htm#:~:text=A%20Idade%20do%20Bronze%20foi,exata%20varia%20dependendo%20da%20regi%C3%A3o)." rel="noopener noreferrer" target="_blank">Idade do Bronze</a> eram constituídas e se portavam culturalmente.</body>

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Estudo desmembra sistemas familiares na Idade do Bronze

Imagem de Tijolo de 2,9 mil anos releva DNA de plantas antigas no Iraque no megacurioso

O DNA extraído de parte da construção do Palácio Real iraquiano forneceu dados instantâneos sobre a antiga viga vegetal do país

Arque&oacute;logos recentemente descobriram um tesouro de DNA de plantas antigas em um tijolo de argila de quase 3 mil anos no norte do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124609-arqueologos-encontram-taverna-de-5-mil-anos-no-iraque.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Iraque</a>. O artefato havia sido usado na constru&ccedil;&atilde;o do pal&aacute;cio do rei neo-ass&iacute;rio Assurnasirpal II na antiga cidade de Kalhu, posteriormente chamada de Nimrud.&nbsp;
Os autores do estudo adaptaram uma t&eacute;cnica normalmente usada em materiais como ossos para conseguir extrair o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121199-o-que-e-o-dna-e-como-ele-se-parece.htm#:~:text=A%20ordem%20das%20bases%20nitrogenadas,e%20at%C3%A9%20mesmo%20alguns%20v%C3%ADrus." rel="noopener noreferrer" target="_blank">DNA</a> de dentro do tijolo de barro, que s&oacute; foi poss&iacute;vel ser realizada gra&ccedil;as &agrave; inscri&ccedil;&atilde;o presenta na pe&ccedil;a, a qual diz "Propriedade do pal&aacute;cio de Assurnasirpal, rei da Ass&iacute;ria" em escrita cuneiforme.
<h2>Revelando o passado</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/23/23185440840485.jpg" alt="(Fonte: Arnold Mikkelsen e Jens Lauridsen/Divulga&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Arnold Mikkelsen e Jens Lauridsen/Divulga&ccedil;&atilde;o)
Agora residindo no Museu Nacional da Dinamarca, o tijolo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124238-tabuletas-de-argila-ajudam-a-traduzir-lingua-cananeia-perdida.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">argila</a> retirado no Iraque foi pe&ccedil;a de um projeto de digitaliza&ccedil;&atilde;o da institui&ccedil;&atilde;o em 2020. Nessa &eacute;poca, os pesquisadores notaram que seria poss&iacute;vel extrair DNA de seu n&uacute;cleo interno, o qual poderia ter permanecido l&aacute; protegido de contamina&ccedil;&atilde;o por milhares de anos.
Esse tipo de tijolo era efeito antigamente por artes&atilde;os secando uma mistura de barro, palha e at&eacute; mesmo esterco animal no sol. O fato da argila n&atilde;o ter sido exposta ao calor extremo de um forno significa que qualquer material gen&eacute;tico preso dentro dela teria uma boa chance de sobreviver ao longo dos anos.
Ao adaptar um protocolo que &eacute; normalmente usado para obter DNA de ossos, a equipe de pesquisa conseguiu sequenciar com sucesso do DNA que remonta &agrave; cria&ccedil;&atilde;o do tijolo, o qual teria sido feito entre 879 e 869 a.C. &ldquo;Ficamos absolutamente emocionados ao descobrir que o DNA antigo, efetivamente protegido da contamina&ccedil;&atilde;o dentro de uma massa de argila, pode ser extra&iacute;do com sucesso de um tijolo de argila de 2.900 anos&rdquo;, destacou Sophie Lund Rasmussen, autora do estudo.&nbsp;
<h2>Informa&ccedil;&otilde;es escondidas em DNA</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/23/23185505415487.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)" />(Fonte: GettyImages)
Ao comparar o sequenciamento de DNA extra&iacute;do do tijolo com registros bot&acirc;nicos modernos da regi&atilde;o &mdash; bem como descri&ccedil;&otilde;es de plantas ass&iacute;rias antigas &mdash;, a equipe de pesquisa conseguiu identificar 34 grupos taxon&ocirc;micos diferentes de plantas. Isso inclui repolhos (Brassicaceae), urzes (Ericaceae), louros (Lauraceae) e gram&iacute;neas (Triticeae).&nbsp;
"Por causa da inscri&ccedil;&atilde;o no tijolo, podemos alocar a argila em um per&iacute;odo de tempo relativamente espec&iacute;fico em uma determinada regi&atilde;o, o que significa que o tijolo serve como uma c&aacute;psula temporal da biodiversidade de informa&ccedil;&otilde;es sobre um &uacute;nico local e seus arredores", explicou o coautor Troels Arb&oslash;ll, da Universidade de Oxford.
O projeto n&atilde;o s&oacute; lan&ccedil;a uma nova luz sobre como era o mundo ao redor dos antigos ass&iacute;rios e sobre as esp&eacute;cies de plantas que estiveram presentes na regi&atilde;o h&aacute; milhares de anos, como tamb&eacute;m demonstrou uma t&eacute;cnica capaz de desvendar segredos escondidos em objetos. Uma vez que a argila &eacute; um elemento comum em v&aacute;rios s&iacute;tios arqueol&oacute;gicos, muitos dados podem ser futuramente obtidos dessa forma.

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Tijolo de 2,9 mil anos releva DNA de plantas antigas no Iraque

Imagem de Nova 'linhagem de humanos modernos' de 40 mil anos é descoberta na França no megacurioso

A partir de um osso de quadril de 40 mil anos, pesquisadores identificaram fóssil que não é exatamente humano moderno e nem totalmente neandertal

<head></head><body>A partir do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126884-fossil-de-aranha-de-310-milhoes-de-anos-e-encontrado-na-alemanha.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fóssil</a> de osso ilíaco encontrado na França, pesquisadores acreditam terem descoberto uma linhagem inicial do Homo sapiens sutilmente diferente dos humanos modernos atuais. A ossada sugere que um grupo frequentemente considerado exclusivamente neandertal que vagava pela Europa pode ter coexistido com humanos e neandertais verdadeiros ao mesmo tempo, observaram os cientistas.Pesquisas anteriores feitas na região sugerem que a fase final da cultura neandertal pode ter sido vivida por um grupo chamado chatelperronense. Além do osso de quadril analisado pelo estudo, artefatos chatelperronianos, que datam de 44,5 mil a 41 mil anos atrás, também foram achados na área que se estende do norte da Espanha até a Bacia de Paris.<h2>Controvérsia de estudos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/23/23013958352000.jpg" alt="(Fonte: Scientific Reports/Divulgação)">(Fonte: Scientific Reports/Divulgação)Por muitos anos, a existência dos chatelperronenses inspirou muita controvérsia no meio científico, tendo em vista que uma parcela de pesquisadores argumentava que seus artefatos eram, na realidade, de natureza moderna humana. Inclusive, alguns estudos asseguram que os humanos modernos chegaram à Europa Ocidental há cerca de 42 mil anos.Nessa nova pesquisa, no entanto, os pesquisadores se concentraram em um local chave para investigar a identidade desse misterioso grupo: a caverna Grotte du Renne, localizada em Arcy-sur-Cure. O sítio arqueológico está a apenas 200 km de distância de Paris. Anteriormente, vários restos mortais de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126820-apos-40-mil-anos-os-neandertais-ainda-vivem-em-nosso-dna.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">neandertais</a> foram achados nos vários níveis da caverna.O osso do quadril de um recém-nascido achado no local é um ílio, um dos três ossos que compõem a cintura pélvica. Medindo cerca de 2,5 centímetros de largura, o artefato foi encontrado em uma camada anteriormente datada de cerca de 40.680 a 42.335 anos. Outros restos mortais também foram achados na mesma camada, mas estudos de DNA mostram que eram de origem neandertal.<h2>Comparação de espécies</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/23/23014038172003.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Os paleontólogos envolvidos no estudo compararam o osso de quadril recém-descoberto com ossos de dois bebês neandertais e 32 recém-nascidos humanos modernos. Através dessa análise, foi possível constaram que o fóssil descoberto na Grotte du Renne era claramente diferente dos ossos neandertais.Contudo, por mais semelhante que a ossada fosse de bebês humanos modernos, algumas diferenças também foram perceptíveis. “É muito surpreendente ter em mãos um fóssil de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118948-homo-sapiens-como-chegamos-ate-aqui.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Homo sapiens</a> de um contexto chatelperronense”, disse Chris Stringer, paleoantropólogo do Museu de História Natural de Londres que esteve envolvido no estudo.O grupo de pesquisas acredita que esse osso de quadril pertencia a uma linhagem humana moderna que diferia ligeiramente da nossa linhagem. Sendo assim, a maior hipótese criada pelos pesquisadores para compreender o contexto no qual o osso estava inserido é a forte possibilidade de neandertais e humanos terem dividido no mesmo espaço de vida por alguns anos — dando origem a uma linhagem "intermediária".&nbsp;No entanto, ainda serão necessários novos estudos para entender mais sobre a origem dos chatelperronenses e como essa mistura de seres pode ter realmente acontecido nesse período histórico.</body>

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Nova 'linhagem de humanos modernos' de 40 mil anos é descoberta na França

Imagem de Povo hirotas japonês deformava crânios de crianças há 1,8 mil anos no megacurioso

O povo hirota, que ocupou uma ilha japonesa por 400 anos, tinham a tradição de deliberadamente achatar o crânio de seus filhos

<head></head><body>Por aproximadamente 400 anos, um grupo indígena que vivia no <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118627-7-fatos-curiosos-que-provam-que-o-japao-e-um-pais-unico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Japão</a> ficou conhecido por deformar os crânios de seus filhos de maneira consciente, é o que sugere um novo estudo publicado na PLOS One. Os hirota, como eram chamados, residiam na ilha de Tanegashima, no sul do país, entre o final do período Yayoi e o período Kofun (séculos III e VII).De 1957 a 1959 e posteriormente de 2005 a 2006, pesquisadores escavaram vários esqueletos de um sítio arqueológico hirota em Tanegashima, o que levou a descoberta de números impressionantes de crânios deformados. Conheça mais sobre essa curiosa história ao longo dos próximos parágrafos!<h2>Deformação dos crânios</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/18/18173215469333.jpg" alt="(Fonte: Seguchi Lab/Kyushu University)">(Fonte: Seguchi Lab/Kyushu University)Antes de análises mais aprofundadas, os pesquisadores não tinham certeza se os crânios encontrados em Tanegashima haviam sido deformados por conta de um processo natural desconhecido ou deliberadamente deformados por meio de um processo chamado de deformação craniana artificial (ACD), que normalmente envolve pressionar o crânio de uma criança para mudar seu formato logo após o nascimento.Ao comparar os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124446-sinais-de-cirurgia-cerebral-sao-achados-em-cranio-de-3-5-mil-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">crânios</a> do povo hirota com os restos morais de outros japoneses do mesmo período, os cientistas chegaram a conclusão de que é muito mais provável que o processo de deformação tenha sido intencional. Todos os restos mortais encontrados na região foram alterados para criar uma cabeça ligeiramente encurtada com a parte traseira do crânio achatada.&nbsp;Como um número igual de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127012-arqueologos-encontram-restos-mortais-de-crianca-vampira-na-polonia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">restos mortais</a> masculinos e femininos foram deformados, é possível constatar que essa era uma tradição feita com ambos os sexos. Deformações semelhantes não foram observadas entre os crânios Yayoi ou Jomon, o que indica que esse era um processo bem distinto dos hirota.<h2>Motivações desconhecidas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/18/18173255403335.jpg" alt="(Fonte: The Kyushu University Museum)">(Fonte: The Kyushu University Museum)Até agora os pesquisadores não possuem uma opinião concreta do porquê o povo hirota escolheu alterar os crânios de seus bebês. Uma das possibilidades mais cogitadas é que isso os ajudou a se distinguir de outros grupos, afirmaram os cientistas em comunicado oficial. Como próxima etapa, a equipe planeja examinar de perto os crânios deformados mais arcaicos da região para obter mais informações.“Embora a motivação da prática não seja clara, o povo hirota pode ter deformado seus crânios para preservar a identidade do grupo e possivelmente ajudar no comércio de frutos do mar a longa distância”, destacou o principal autor do estudo, Noriko Seguchi.Evidências de ACD foram descobertas em diversos grupos étnicos ao longo da história humana, incluindo hunos, mulheres europeias medievais, maias e tribos nativas americanas. No passado, alguns desses restos mortais até mesmo foram mal interpretados como evidências da existência de alienígenas.&nbsp;Hoje em dia, práticas de ACD ainda acontecem ao redor do planeta, sobretudo na nação de Vanuatu, no Pacífico. Os membros desse povo têm seus crânios deformados para parecerem mais semelhantes a uma de suas divindades, retratada com uma cabeça alongada. Em raras ocasiões, algumas meninas da República Democrática do Congo também enfrentam o alongamento craniano como símbolo de status.</body>

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Povo hirotas japonês deformava crânios de crianças há 1,8 mil anos

Imagem de Como a biblioteca de Herculano quase foi destruída pelo Vesúvio e o que havia nela? no megacurioso

Por séculos, pesquisadores se dedicaram a desvendar o que haveria na única biblioteca que sobreviveu à erupção do Vesúvio.

<head></head><body>Em 79 d.C., a cidade de Herculano, localizada na região da Itália, foi inteiramente enterrada pelas cinzas vulcânicas após a erupção do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118189-vesuvio-levou-17-minutos-para-matar-a-populacao-de-pompeia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Monte Vesúvio</a>. A cidade era vizinha de Pompeia, que também teve o mesmo fim.Contudo, há vários restos que foram preservados desta vila e que continuaram sendo estudados pelos pesquisadores. Conheça a fantástica histórica do longo processo de investigação sobre o que havia na biblioteca em Herculano.<h2>A descoberta da biblioteca de Herculano</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/18/18112213590081.jpeg" alt="(Fonte: Wikipedia)">(Fonte: Wikipedia)Os achados não são exatamente recentes. Carlos VII, rei de Nápoles, financiou escavações no local para tentar encontrar obras de mármore e bronze para sua rica coleção. Só que os trabalhadores acabaram se deparando com uma pequena sala cheia de materiais queimados, que quase foram jogados fora.Felizmente, isso não aconteceu. O que se descobriu ali foram cerca de 2 mil pergaminhos feitos de papiro e enrolados em núcleos de madeira. Ou seja, havia ali a única biblioteca completa que sobreviveu à erupção do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121071-plinio-o-jovem-a-testemunha-ocular-da-erupcao-do-monte-vesuvio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Vesúvio</a>.O próprio Carlos VII deu ordens para que os pergaminhos fossem lidos, mas essa não foi uma tarefa fácil. Eles estavam tão quebradiços que mal podiam ser tocados sem se desintegrar. Ainda assim, os pesquisadores da época ficaram fascinados pela possibilidade de haver ali novas obras de autores clássicos.Por consequência, no século XVIII, a notícia se espalhou, e surgiram várias pessoas com palpites sobre como abrir aquele material precioso. Houve a tentativa de usar uma faca para cortar o pergaminho bem no meio. Por motivos óbvios, o método não funcionou muito bem.Em 1753, um sujeito chamado Antonio Piaggio criou uma máquina para desenrolar os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124672-decifre-pergaminhos-danificados-pelo-vesuvio-e-ganhe-us-1-milhao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pergaminhos</a> usando pesos. O dispositivo seria capaz de separar as camadas em fragmentos maiores. Mas o procedimento também era lento e arriscado.Em 1816, o rei Fernando IV de Nápoles entregou à Grã-Bretanha alguns dos pergaminhos, que foram encaminhados a um professor chamado Friedrich Sickler, especializado no trabalho com papiros egípcios. Ele mergulhou os pergaminhos na água para poder abri-los. Deu certo, mas isso também apagou a escrita que estava dentro deles. Por consequência, 7 dos 12 pergaminhos que estavam com Sickler foram destruídos.Depois disso, entrou um químico nesta operação. Sir Humphry Davy expôs os materiais ao cloro, vapor de iodo e ácido. Isso ajudou a soltar as abas dos pergaminhos, e o iodo e o ácido tornaram seus conteúdos mais visíveis.<h2>Onde estão os pergaminhos hoje?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/18/18112051414077.png" alt="(Fonte: Wikipedia)">(Fonte: Wikipedia)Hoje os pergaminhos da biblioteca de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/126911-o-que-as-pessoas-comiam-na-cidade-de-pompeia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Herculano</a> estão guardados em ambientes seguros, e não podem ser visitados. Mas, ao longo dos últimos séculos, eles foram estudados por cientistas, e várias descobertas valiosas foram feitas nestes documentos.As técnicas usadas trouxeram o esclarecimento sobre obras geradas por filósofos como Epicuro e Filodemo de Gádara (que, segundo acreditam alguns pesquisadores, pode ter sido o dono da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/115078-7-das-bibliotecas-mais-arrepiantes-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">biblioteca</a>). Os pergaminhos ajudaram a retificar interpretações erradas que haviam sido feitas, possibilitando que novas nuances desses autores fossem capturadas.Questões relativas ao pensamento epicurista puderam ser melhor compreendidos, já que parte do seu pensamento havia restado apenas pela interpretação de outros filósofos que eram hostis às suas ideias. Agora, por conta da visualização das próprias palavras de Epicuro, algumas interpretações realizadas sobre o seu legado puderam ser esclarecidas.Por exemplo: houve, por muito tempo, a leitura de que uma pessoa que seguisse os pensamentos de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121371-epicuristas-no-que-acreditam-as-pessoas-que-seguem-essa-filosofia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Epicuro</a> seria alguém que só se preocupava consigo mesmo. Com a leitura dos pergaminhos, pode-se entender que, na verdade, o filósofo acreditava que tudo poderia ser explicado pelas ações dos átomos seguindo as leis naturais, desconsiderando as explicações religiosas sobre os eventos.&nbsp;Por isso, ele defendia que os seres humanos deveriam se concentrar em viver ao máximo a sua vida no tempo presente, já que não haveria uma redenção final após a morte. Certamente, esta deveria ser uma leitura bem moderna do mundo para aquela época.</body>

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Como a biblioteca de Herculano quase foi destruída pelo Vesúvio e o que havia nela?

Imagem de Ötzi, o "Homem de Gelo", tem detalhes de sua aparência revelados por cientistas no megacurioso

Estudo revelou que a famosa múmia europeia encontrada nos Alpes austro-italianos era um adulto de meia-idade com tendência à calvície e diabetes

<head></head><body>Imagine viajar no tempo e dar de cara com Ötzi, o "Homem de Gelo", que viveu há cerca de 5.300 anos nos Alpes de Venoste, entre a Áustria e a Itália. Agora, graças a avanços em <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120461-as-origens-e-a-incrivel-historia-da-genetica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pesquisas genéticas</a>, podemos ter uma visão mais clara de quem ele realmente era, como ele se parecia e até mesmo algumas das peculiaridades de sua saúde.Ötzi, cujo corpo foi encontrado por turistas alemães em 1991 após o derretimento do gelo da montanha continua a nos surpreender com sua vida intrigante.<h2 style="text-align: justify;">Careca e gordo?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/22/22094636674068.jpg" alt="Reproducão do Ötzi exposta no Museu de Arqueologia de Tirol do Sul. (Fonte: Iceman - Museu de Arqueologia de Tirol do Sul / Divulgação)">Reproducão do Ötzi exposta no Museu de Arqueologia de Tirol do Sul. (Fonte: Iceman - Museu de Arqueologia de Tirol do Sul / Divulgação)De acordo com um novo estudo publicado na revista Cell Genomics, os cientistas sequenciaram o genoma de Ötzi, revelando que ele tinha olhos castanhos, cabelos escuros e um tom de pele mais escuro do que os pesquisadores achavam anteriormente.Esses traços não só contradizem as representações tradicionais do europeu de pele clara e cabelos louros, mas também destacam suas raízes ancestrais. A análise genética sugere que Ötzi descendia dos primeiros agricultores da Anatólia, atual Turquia, que migraram para a Europa há cerca de 9 mil anos.Curiosamente, o estudo também aponta para uma característica que muitos de nós considerávamos moderna, mas que parece atormentar os homens desde o início da espécie: a calvície masculina — Ötzi tinha predisposição genética para ficar careca, algo que ele compartilhava com muitos homens de meia-idade de hoje em dia (e até mais jovens, infelizmente). Assim, ele pode ou não ter tido cabelos longos e rebeldes, mas certamente poderia estar na fila do <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120029-transplante-capilar-entenda-como-funciona-e-quais-cuidados-ter.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">transplante capilar</a> milênios depois.Além de suas características físicas, a pesquisa nos fornece dicas interessantes sobre sua saúde. Segundo ficou demonstrado na análise de DNA, Ötzi teria predisposição para doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2 e obesidade.No entanto, é preciso lembrar que a época do Homem de Gelo não é cheia de comodidades como a nossa. Seu estilo de vida ativo e sua dieta parecem ter superado essas predisposições genéticas, mostrando como os fatores ambientais podem desempenhar um papel crucial na saúde, mesmo em tempos antigos.<h2 style="text-align: justify;">Dúvidas no ar</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/22/22095122432071.jpg" alt="Pesquisadores buscam entender a realidade da região na época de Ötzi. (Fonte: Cell Genomics - We Wang / Divulgação)">Pesquisadores buscam entender a realidade da região na época de Ötzi. (Fonte: Cell Genomics - We Wang / Divulgação)<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127045-6-fatos-interessantes-sobre-a-mumia-de-otzi-o-mais-famoso-homem-do-gelo-da-idade-do-bronze.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Embora saibamos muito sobre Ötzi</a>, ainda há mistérios a serem desvendados. Sua genética nos dá uma visão de sua história pessoal, mas não podemos esquecer que ele viveu cercado por outros que tiveram suas próprias histórias para contar.Os pesquisadores estão trabalhando para coletar mais dados genéticos de outros indivíduos da região, na esperança de entender melhor o contexto em que Ötzi viveu e como ele se encaixa na narrativa mais ampla da humanidade.Suas características físicas, suas origens ancestrais e até mesmo suas condições de saúde nos lembram que, apesar das distâncias no tempo, temos muito mais em comum com nossos antepassados do que imaginávamos. A história de Ötzi é uma janela para nossa própria história evolutiva.</body>

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Ötzi, o 'Homem de Gelo', tem detalhes de sua aparência revelados por cientistas

Imagem de Nos EUA, objetos históricos foram achados em ninho de rato no megacurioso

Ninhos de ratos têm chamado a atenção de pesquisadores dos EUA, pois podem conter peças históricas valiosas

<head></head><body>Podemos afirmar que raras são as pessoas que ficam felizes ao encontrarem um rato em suas casas. O descontentamento fica ainda maior quando lembramos que esses animais costumam andar em bando. Isso significa que se você viu um deles, é sinal de que existem muitos outros por perto.É por isso que os <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122814-6-curiosidades-insanas-sobre-ratos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ratos acabam se comportando como donos das cidades</a> — e em alguns casos, das nossas casas. Eles comem o que querem, roem objetos pessoais e até abrem buracos em nossas paredes. São péssimos hóspedes.Mas ironicamente, um grupo de historiadores americanos está em dívida com os ratos locais — e todo fã de história e antiguidades também.<h2>Ratos eram donos de um tesouro histórico</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Fonte: reprodução DANI JAWORSKI&nbsp;" data-fonte-url="https://img.atlasobscura.com/Qpy-2sYKhhBY8f2cW7I0aW3UBxaKZUnkXnSzUfMxF9Y/rt:fill/w:1200/el:1/q:81/sm:1/scp:1/ar:1/aHR0cHM6Ly9hdGxh/cy1kZXYuczMuYW1h/em9uYXdzLmNvbS91/cGxvYWRzL2Fzc2V0/cy84ZDAxNDU5Zjdk/ZGI0ZTNlMjJfQXJ0/aWZhY3RzIHRvZ2V0/aGVyLCBjb2xvbmlh/bCB3aWxsaWFtc2J1/cmcsIHJhdCBuZXN0/IGFyY2hhZW9sb2d5/LCBicmF5IHNjaG9v/bC5qcGc.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/17/17145648991228.jpg" alt="Achados encontrados em um ninho de rato da cidade: Fonte: reprodução DANI JAWORSKI">Achados encontrados em um ninho de rato da cidade: Fonte: reprodução DANI JAWORSKIO rato-preto (Rattus rattus) é a espécie de rato mais comum nas cidades, inclusive no Brasil. Mas a história desse roedor se parece um pouco com a trajetória das primeiras pessoas que vieram da Europa rumo à América.Em primeiro lugar, esses animais chegaram ao nosso continente acompanhando os colonizadores. Na sequência, eles passaram a morar junto com essas pessoas, <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/124427-sera-que-ratos-realmente-gostam-de-queijo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">em busca de restos de comida.</a>Muitos ratos encontraram nessas casas o lugar perfeito para chamarem de lar não só para eles, mas para as futuras gerações. Sim, gerações de ratos foram se alternando nos ninhos construídos no século XIX.Os ninhos dos ratos são feitos com tudo aquilo que o animal encontra pelo caminho, como objetos, documentos etc. Ao roubarem os objetos pessoais dos moradores das casas, os ratos acabaram criando uma vasta coleção de itens que alegraram os historiadores.Esses objetos têm ajudado os pesquisadores a entenderem os costumes dos estadunidenses que viviam na cidade de Williamsburg, Virgínia, dada a sua variedade.Para se ter uma ideia, em um dos ninhos dos ratos havia um garfo de jantar da metade do século XIX. O produto é considerado pesado quando comparado ao tamanho de um rato, mas mesmo assim, ele estava em um antigo ninho.A forma como esses objetos foram encontrados e a variedade das peças fez com que os pesquisadores classificassem esses bichinhos como “pequenos arquivistas”.Como os primeiros moradores dessa cidade chegaram no século XVII, os pesquisadores estão esperançosos que peças ainda mais antigas possam ter sido guardadas pelos antepassados dos ratos atuais.<h2>“Arqueologia de ninho de rato” é realidade nos EUA</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Reprodução: DANI JAWORSKI&nbsp;" data-fonte-url="https://img.atlasobscura.com/-cUyZoDXcjYNE8oOnlqoFGE9wdR0wuiUFij6M0UmC0o/rt:fill/w:1200/el:1/q:81/sm:1/scp:1/ar:1/aHR0cHM6Ly9hdGxh/cy1kZXYuczMuYW1h/em9uYXdzLmNvbS91/cGxvYWRzL2Fzc2V0/cy84ZDAxNDU5Zjdk/ZGI0ZTNlMjJfVm9p/ZHMgd2hlcmUgcmF0/cyBuZXN0cyBmb3Vu/ZCBjb2xvbmlhbCB3/aWxsaWFtc2J1cmcs/IHJhdCBuZXN0IGFy/Y2hhZW9sb2d5LCBi/cmF5IHNjaG9vbC5K/UEc.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/17/17145808477229.jpg" alt="Cada caixinha é um ninho que foi encontrado no assoalho dessa antiga casa. Reprodução: DANI JAWORSKI">Cada caixinha é um ninho que foi encontrado no assoalho dessa antiga casa. Reprodução: DANI JAWORSKIHá cerca de 30 anos, os pesquisadores dos EUA têm considerado os ninhos de ratos como achados importantes.“A observação, coleta e análise de ninhos de ratos em um contexto doméstico fornece aos pesquisadores um raro vislumbre da vida humana cotidiana não encontrada em dados arqueológicos típicos”, escreveu o pesquisador Travis McDonald em um artigo.Os objetos encontrados nesses ninhos ainda podem ajudar a contar a história de pessoas que tiveram sua existência apagada, como a população escravizada. Por meio de seus objetos pessoais, guardados por algum ratinho curioso, seria possível ter uma ideia de como esses indivíduos viviam e interagiam entre si.</body>

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Nos EUA, objetos históricos foram achados em ninho de rato

Imagem de Qual era a aparência de Cleópatra? no megacurioso

Pesquisadores sugerem que Cleópatra pode ter descendido de africanos

<head></head><body><a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124980-afinal-cleopatra-era-ou-nao-uma-mulher-negra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Cleópatra</a> VII, a última governante ativa do Reino Ptolemaico do Egito, é provavelmente a mulher mais famosa do mundo antigo. Seu rosto foi imortalizado em vários artefatos antigos, e reconstituído em obras mais modernas. Isto tudo leva a várias dúvidas sobre como poderia ser o seu verdadeiro rosto, e se ela correspondia à sua representação feita no <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122480-sera-que-desaprendemos-a-ir-ao-cinema.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cinema</a>.A verdade é que há pouca informação sobre a aparência real de Cleópatra, que é ainda cercada por algumas polêmicas — que envolvem, por exemplo, uma discussão sobre qual teria sido sua cor de pele.<h2>A verdadeira face de Cleópatra</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/12/12185606420054.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)A quantidade de dúvidas sobre a sua aparência é fomentada pelo fato de que só sabemos o que restou nos objetos, já que o corpo de Cleópatra nunca foi encontrado. Mas os estudiosos dizem que as representações dos artefatos podem enganar.Andrew Kenrick, pesquisador da Universidade de East Anglia, no Reino Unido, afirmou que as estátuas antigas podiam ser pouco próximas da realidade. “Esculturas e estátuas foram concebidas como projeções de várias facetas de uma figura importante, em vez de serem feitas por semelhança”, explicou ao portal Live Science. Era comum, por exemplo, que uma estátua representasse um governante com um corpo muito mais <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115910-garoto-de-10-anos-bomba-na-internet-com-seu-corpo-musculoso.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">musculoso</a> do que ele realmente tinha.Para completar, não há tantos objetos antigos assim que mostram Cleópatra. Há algumas estátuas (cuja origem é um tanto incerta) e moedas que foram cunhadas por ela e encontradas na cidade de Taposiris Magna, no Egito.Em relação ao debate sobre sua cor e raça, há bastante controvérsia. “Simplesmente não temos evidências do mundo antigo que indiquem o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/105811-condicao-rara-divide-o-corpo-dessa-mulher-em-dois-tons-de-pele.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tom de pele</a> de Cleópatra”, indicou Prudence Jones, professora da Montclair State University.Entretanto, já foram levantadas algumas pistas. Alguns pesquisadores creem ser possível que ela tivesse ascendência africana. "O que sabemos é que o pai de Cleópatra era grego, e ela se considerava grega — embora ela se retratasse como egípcia, quando isso lhe convinha politicamente", apontou Andrew Kenrick.&nbsp;Mas Zahi Hawass, ex-ministro egípcio de antiguidades, refuta a ideia de que ela tivesse sangue africano. "Cleópatra não era negra. Como a história bem documentada atesta, ela era descendente de um general grego macedônio contemporâneo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/70028-conheca-10-razoes-que-explicam-porque-alexandre-e-chamado-de-o-grande.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Alexandre, o Grande</a>. Sua primeira língua era o grego e em bustos e retratos contemporâneos ela é retratada claramente como sendo branca", escreveu em um artigo para o Arab News.<h2>As pistas nos restos mortais da família de Cleópatra</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/12/12185531440052.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Um documentário da BBC, em 2009, conversou com arqueólogos que estavam examinando restos mortais de esqueletos achados em 1926 em uma tumba de Éfeso, na Turquia. Os pesquisadores indicaram que uma ossada pertencia a Arsínoe IV, uma irmã de Cleópatra que teria sido morta por <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/126975-4-batalhas-brutais-por-tronos-na-realeza.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Marco Antonio</a> em 41 a.C.Depois de reconstruir o crânio e analisar suas características, os pesquisadores afirmaram que Arsínoe IV descendia de africanos. "A distância da testa até a parte de trás do crânio é longa em relação à altura total do crânio e isso é algo que você vê com bastante frequência em certas populações. Uma é a dos egípcios antigos, e outra seriam os grupos negros africanos", afirmou no documentário Caroline Wilkinson, professora de antropologia da Universidade de Liverpool.Os pesquisadores sugerem que Arsínoe IV poderia ser mestiça e, por consequência, sua irmã também. De todo modo, outros estudiosos entrevistados pela Live Science apontam que é preciso ter cautela antes de fazer afirmações. Duane Roller, professor da Ohio State University, disse que Cleópatra e Arsínoe IV podem não ter tido a mesma mãe. A premissa se sustenta por conta de um texto do historiador e filósofo Estrabão, que viveu entre 63 a.C. a 24 d.C. na Alexandria, e que escreveu que Ptolomeu XII, pai de Cleópatra, teve filhos com diferentes mães.&nbsp;De toda forma, qualquer discussão sobre a raça de Cleópatra precisa considerar ainda mais um fator: a de que a noção de "brancura" e "negritude" era estranha para os povos antigos. "Eles simplesmente não se importavam com isso da maneira que as pessoas modernas e contemporâneas se importam. Não era relevante para eles e sua visão de mundo, não fazia diferença para seus sentimentos sobre Cleópatra. Eles estavam mais preocupados com o fato de ela ser egípcia, macedônia, mulher, entre outros fatores", explicou Jane Draycott, professora da Universidade de Glasgow.</body>

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Qual era a aparência de Cleópatra?

Imagem de 6 fatos interessantes sobre a múmia de Ötzi, o mais famoso homem do gelo da Idade do Bronze no megacurioso

Ötzi foi descoberto em uma geleira em 1991 e fascinou os cientistas

Em setembro de 1991, um grupo de caminhantes foi pego de surpresa ao trope&ccedil;ar em um corpo derretendo de uma geleira nos Alpes &Ouml;tztal, na &Aacute;ustria. De in&iacute;cio, os aventureiros acreditavam ter cruzado caminho com um infeliz <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126898-corpo-de-alpinista-e-encontrado-em-geleira-apos-quase-40-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">alpinista</a> desaparecido h&aacute; algumas d&eacute;cadas, no m&aacute;ximo.
Contudo, estudos cient&iacute;ficos feitos com os restos mumificados mostraram que aquele corpo tinha aproximadamente 5,3 mil anos. Foi assim que surgiu a hist&oacute;ria de &Ouml;tzi, o homem do gelo, tamb&eacute;m conhecido como a m&uacute;mia mais famosa da Idade do Bronze. Quer saber mais sobre essa hist&oacute;ria? Conhe&ccedil;a seis fatos interessantes ele!
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122591-5-mumias-famosas-e-o-que-elas-nos-dizem-sobre-o-mundo-antigo.htm" target="_blank" rel="sponsored">5 m&uacute;mias famosas e o que elas nos dizem sobre o mundo antigo</a>
<h2>1. Registro da morte</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/16/16020831640000.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Em 1991, uma pedra esculpida verticalmente foi encontrada na cidade de Laces, perto dos Alpes &Ouml;tztal, onde o homem do gelo foi descoberto. Embora essa pedra tenha sido reutilizada nos tempos modernos para o altar de uma igreja, ela data para a Idade do Cobre, assim como &Ouml;tzi.
Uma das esculturas encontradas nessa rocha mostra um arqueiro atirando uma flecha nas costas de um homem desarmado. Impressionantemente, essa hist&oacute;ria se parece muito com a causa da morte da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124232-mumia-de-2-3-mil-anos-com-coracao-de-ouro-e-achada-no-egito.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">m&uacute;mia</a> encontrada na regi&atilde;o. Por&eacute;m, os pesquisadores ainda n&atilde;o se convenceram de que esse &eacute; um registro gravado em pedra do caso.
<h2>2. Problemas gastrointestinais</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/16/16020938639002.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
At&eacute; que ponto &eacute; poss&iacute;vel saber sobre a vida de uma pessoa mumificada? No caso de &Ouml;tzi, os pesquisadores conclu&iacute;ram que ele n&atilde;o era exatamente algu&eacute;m saud&aacute;vel. Em seu conte&uacute;do intestinal, foi poss&iacute;vel identificar ovos de parasitas, o que indica que ele sofria de n&aacute;useas, v&ocirc;mitos e diarreia.
Seu corpo tamb&eacute;m apresentava um genoma indicador de um problema estomacal comumente respons&aacute;vel por &uacute;lceras e demais sintomas complicados. As unhas do homem do gelo mostravam que ele esteve doente v&aacute;rias vezes nos quatro meses que antecederam sua morte.
<h2>3. Kit de primeiros socorros</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/16/16021011731003.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Junto do corpo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/arqueologia/45213-dna-de-bacteria-e-encontrado-em-osso-de-mumia-de-mais-de-5-mil-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&Ouml;tzi</a> tamb&eacute;m foram achados alguns artefatos de sua vida cotidiana. Dois objetos particularmente curiosos chamaram a aten&ccedil;&atilde;o dos pesquisadores: esferas de material bot&acirc;nico do tamanho de nozes que estavam amarradas em tiras de couro. Uma an&aacute;lise desses objetos indica que se tratava do fungo Piptoporus betulinus.
Quando ingerido, esse fungo causava diarreia e protegia o corpo contra certas microbact&eacute;rias. Logo, &eacute; prov&aacute;vel que &Ouml;tzi ingeria esse fungo para tentar tratar seus problemas estomacais.&nbsp;
<h2>4. Tatuagens mais antigas do mundo</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/16/16021108258005.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Descoberto com 61 tatuagens diferentes em seu corpo, &Ouml;tzi &eacute; a mais antiga evid&ecirc;ncia f&iacute;sica de tatuagens no mundo. Os desenhos feitos no homem do gelo, no entanto, n&atilde;o se parecem nem um pouco com as tattoos mais modernas. Cada figura era feita arranhando a pele e esfregando carv&atilde;o na ferida recente &mdash; resultando em linhas ou cruzes.
Atualmente, &Ouml;tzi det&eacute;m o recorde no Guinness como a pessoa tatuada mais velha j&aacute; encontrada.
<h2>5. Ferramentas tecnol&oacute;gicas</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/16/16021142275006.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
O kit de ferramentas utilizado por &Ouml;tzi continha um n&uacute;mero surpreendente de diferentes artefatos. Al&eacute;m de um machado com l&acirc;mina de cobre, ele carregava consigo uma adaga de s&iacute;lex e um arco feito de um teixo. Ele tamb&eacute;m tinha uma rede para pegar coelhos e p&aacute;ssaros.
Seus dentes estavam desgastados principalmente no lado esquerdo, o que d&aacute; ind&iacute;cios de que ele usava a boca para trabalhar o couro. Sendo assim, &Ouml;tzi era um homem bastante preparado para realizar suas tarefas di&aacute;rias.
<h2>6. &Uacute;ltima refei&ccedil;&atilde;o</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/16/16021223473008.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Ao abrirem o est&ocirc;mago do homem do gelo, pesquisadores conseguiram determinar qual foi sua &uacute;ltima refei&ccedil;&atilde;o antes de morrer. Estudos feitos em 2018 encontraram vest&iacute;gios de carne e gordura seca de &iacute;bex, carne de veado, trigo e restos de uma planta t&oacute;xica em seu organismo.&nbsp;
A descoberta da carne de veado em seu sistema digestivo &eacute; algo especialmente interessante, uma vez que representa&ccedil;&otilde;es desse animal figuram em achados arqueol&oacute;gicos nos Alpes nesse per&iacute;odo.&nbsp;

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6 fatos interessantes sobre Ötzi, a múmia do gelo mais famosa da Idade do Bronze

Imagem de Arqueólogos encontram restos mortais de "criança vampira" na Polônia no megacurioso

Resquícios de uma 'criança vampira' foram encontrados em um cemitério na Polônia e datam do século XVII

Esta hist&oacute;ria &eacute; realmente surreal &mdash; e assustadora. Perto da vila de Pien, na Pol&ocirc;nia, arque&oacute;logos da Universidade Nicolaus Copernicus (NCU) encontraram os restos mortais de uma crian&ccedil;a "vampira", que estava enterrada de bru&ccedil;os e tinha um cadeado "<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120516-dracula-qual-e-a-verdadeira-historia-do-famoso-vampiro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">antivampiro</a>" presa em seu tornozelo.
O cad&aacute;ver data do s&eacute;culo XVII. Segundo os arque&oacute;logos relataram para o jornal The Mirror, a crian&ccedil;a parecia ter entre cinco e sete anos. O adere&ccedil;o encontrado em sua perna era usado por conta de uma cren&ccedil;a supersticiosa de que isso impediria os mortos de se levantarem do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124963-tumba-de-talpiot-o-tumulo-de-jesus-foi-realmente-encontrado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">t&uacute;mulo</a>.
<h2>A prote&ccedil;&atilde;o contra "vampiros"</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/14/a-14154046801302.jpg" alt="a" />(Fonte: Lukasz Czyzewski / Divulga&ccedil;&atilde;o)
O <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126751-descoberta-arqueologica-questiona-historia-do-rei-davi.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">arque&oacute;logo</a> Dariusz Polinski, que esteve envolvido na escava&ccedil;&atilde;o que revelou o cad&aacute;ver, afirma que, na &eacute;poca, as fam&iacute;lias polonesas usavam "equipamentos de seguran&ccedil;a" para envolver os seus mortos. Era um tempo em que circulava uma esp&eacute;cie de histeria coletiva na Pol&ocirc;nia de medo de vampiros.
"O cadeado sob o p&eacute; simboliza o encerramento de uma etapa da vida e serve para proteger contra o retorno do falecido, o que provavelmente era temido. Tais pr&aacute;ticas se originaram em cren&ccedil;as populares e &agrave;s vezes s&atilde;o descritas como antivamp&iacute;ricas", explicou Dariusz Polinski.
Outras pr&aacute;ticas tamb&eacute;m eram realizadas quando se suspeitava que a pessoa poderia ser um vampiro. Uma delas era enterrar o indiv&iacute;duo de bru&ccedil;os &mdash; haveria uma cren&ccedil;a que ele ent&atilde;o morderia o ch&atilde;o e n&atilde;o sairia para prejudicar os vivos.
Mas havia alguns costumes que eram ainda mais sinistros. &ldquo;Outras formas de prote&ccedil;&atilde;o contra o retorno dos mortos inclu&iacute;am cortar a cabe&ccedil;a ou as pernas, colocar o rosto do falecido para baixo para morder o ch&atilde;o, queim&aacute;-los e esmag&aacute;-los com uma pedra&rdquo;, concluiu Polinski.
<h2>Os demais achados dos pesquisadores</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/11/11122415464154.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)" />(Fonte: GettyImages)
Mas n&atilde;o foi apenas isso que foi encontrado nas escava&ccedil;&otilde;es. Segundo informou o Daily Mail, os arque&oacute;logos acharam ossos soltos que pertenceriam a outras tr&ecirc;s crian&ccedil;as e um peda&ccedil;o de mand&iacute;bula manchado na cor verde &mdash; o que, segundo sugerem os pesquisadores, pode ser um resqu&iacute;cio de rem&eacute;dios &agrave; base de metal que eram usados para baixar a febre.
Outro achado foi o corpo de uma mulher gr&aacute;vida que levava no ventre um feito de cerca de seis meses. &ldquo;Isso &eacute; surpreendente porque os ossos de crian&ccedil;as dessa idade s&atilde;o pouco mineralizados, ent&atilde;o geralmente n&atilde;o s&atilde;o preservados&rdquo;, declarou a pesquisadora Magdalena Zagrodzka, da mesma universidade.
Todos os materiais encontrados vieram do mesmo cemit&eacute;rio, em que centenas de pessoas foram enterradas por s&eacute;culos. No local, j&aacute; havia sido encontrado outra "vampira" do s&eacute;culo XVII que havia sido enterrada com uma foice em seu pesco&ccedil;o e um cadeado no dedo do p&eacute;.
Os arque&oacute;logos disseram acreditar que a foice teria sido colocada l&aacute; para caso a mulher ressuscitasse e se levantasse &mdash; ela seria ent&atilde;o decapitada. &ldquo;A foice n&atilde;o foi encontrada em posi&ccedil;&atilde;o plana, mas colocada no pesco&ccedil;o de tal forma que, se a falecida tentasse se levantar, provavelmente a cabe&ccedil;a seria cortada ou ferida&rdquo;, afirmou Polinski. J&aacute; o cadeado no p&eacute; esquerdo teria um sentido mais simb&oacute;lico: significaria &ldquo;o fechamento de uma etapa e a impossibilidade de retornar&rdquo;.
Em 2015, outros arque&oacute;logos j&aacute; haviam encontrado outros esqueletos com foices pressionadas em suas gargantas. O que se imagina &eacute; que esses corpos eram oriundos de uma &eacute;poca em que os mitos sobre mortos-vivos se tornaram muito populares, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119304-panico-vampiro-o-fenomeno-do-seculo-xviii.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">causando medo nas popula&ccedil;&otilde;es</a> e at&eacute; provocando a execu&ccedil;&atilde;o em massa de pessoas que eram acusadas de serem vampiras.

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