Pista de dança onde João Batista teria sido morto pode ter sido achada por arqueólogos

30/08/2023 às 12:002 min de leitura

O arqueólogo Gyozo Vörös, diretor de Escavações e Pesquisas de Machaerus, no Mar Morto, encontrou a pista de dança onde o João Batista foi condenado à morte, em 29 d.C., localizada em Machaerus, um forte perto do Mar Morto, na atual Jordânia. Segundo os evangelhos de Marcos e Mateus do Novo Testamento, o homem foi o responsável por batizar Jesus Cristo.

A história bíblica afirma que a morte do homem foi encomendada como recompensa a uma dança. Durante o aniversário de Herodes Antipas, filho do rei Herodes, Salomé realizou uma dança que encantou tanto a todos que Antipas e seu pai a prometeram tudo o que quisesse como recompensa, até mesmo metade do reino.

Sem ideia do que pedir, Salomé recorreu a sua mãe, Heródias, que não hesitou em dizer: “A cabeça de João Batista em uma bandeja de prata”.

(Fonte: Projeto Gospel/Reprodução)(Fonte: Projeto Gospel/Reprodução)

Segundo o evangelho, Antipas teria relutado, mas, para provar que tinha palavra, mandou que um soldado da guarda executasse o pedido. João Batista teria sido realmente morto na mesma pista de dança onde Salomé havia se apresentado a Antipas. 

Acredita-se que foi desse acontecimento que surgiu a expressão receber algo "em uma bandeja de prata".

A descoberta de Vörös

(Fonte: GettyImages/Reprodução)(Fonte: GettyImages/Reprodução)

Vörös descobriu as ruínas de um pátio em Machaerus que provavelmente é o lugar onde a dança de Salomé aconteceu, bem como a execução de Batista. Autor do livro Holy Land Archaeology on Either Side: Archaeological Essays in Honour of Eugenio Alliata, o arqueólogo disse em um artigo que o local tem um nicho semicilíndrica que provavelmente é o resto do trono onde Antipas se sentou.

Com a morte do rei Herodes, o reino foi dividido entre os filhos e Antipas controlou da Galileia até parte da Jordânia. Às vezes, ele supervisionava seu território a partir de Machaerus.

Esse pátio foi escavado em 1980, mas demorou até 2021 para que os arqueólogos reconhecessem o nicho como sendo parte do trono de Antipas. Com isso, a presença dele solidifica a ideia sobre aquele espaço ser a emblemática pista de dança. Desde então, a equipe do especialista engatou em uma empreitada para reconstruir o local.

(Fonte: Gettyimages/Reprodução)(Fonte: Gettyimages/Reprodução)

Mas nem todos estão convencidos dessa descoberta. Uma delas é Jodi Magness, professora de estudos religiosos na Universidade da Carolina do Norte. Apesar de ter elogiado muito o trabalho de Vörös e de sua equipe, ela não acredita que tenham encontrado o trono de Herodes Antipas. Isso porque o nicho parece muito pequeno em comparação ao trono do seu pai, encontrado no palácio de inverno de Jericó.

Magness também acrescenta que o nicho em Machaerus parece semelhante a dois nichos encontrados no Alto Heródio, um palácio-fortaleza construído pelo rei Herodes, e que esses dois nichos nunca foram identificados como restos de tronos.

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