Imagem de Era geológica: um guia de quando os dinossauros viveram no megacurioso

Explore a época dos dinossauros, descubra como o mundo pré-histórico funcionava e entenda como tudo foi aos poucos mudando

Gra&ccedil;as a exist&ecirc;ncia das eras geol&oacute;gicas, intervalos de tempo de bilh&otilde;es ou milh&otilde;es de anos que indicam acontecimentos importantes no processo de forma&ccedil;&atilde;o e desenvolvimento da Terra, podemos ter uma no&ccedil;&atilde;o de como o mundo foi se transformando em uma escala temporal.
Inclusive, &eacute; por conta desse tipo de estudo que conseguimos dividir a Era Mesozoica &mdash; quando os primeiros dinos n&atilde;o-aves pisaram no mundo &mdash; em tr&ecirc;s per&iacute;odos: Tri&aacute;ssico, Jur&aacute;ssico e Cret&aacute;ceo. Foi tamb&eacute;m nessa &eacute;poca que o planeta gradualmente se dividiu de um enorme continente em outros menores e tantas outras mudan&ccedil;as puderam ser observadas. Olha s&oacute;!
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121143-extincao-do-cretaceo-como-foi-o-evento-que-exterminou-os-dinossauros.htm" target="_blank">Extin&ccedil;&atilde;o do Cret&aacute;ceo: como foi o evento que exterminou os dinossauros?</a>
<h2>Per&iacute;odo Tri&aacute;ssico (252 a 201 milh&otilde;es de anos atr&aacute;s)</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/08/08175208236454.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Durante o chamado Per&iacute;odo Tri&aacute;ssico, todas as formas de vida da Terra ainda se concentravam em um &uacute;nico continente batizado de Pangeia. Portanto, a diferen&ccedil;a entre esp&eacute;cies de animais e plantas encontradas em diferentes &aacute;reas ainda era relativamente pequena quando comparada aos dias de hoje.
O clima era quente e seco, com grande parte do planeta coberto por gigantes desertos. As calotas polares, por exemplo, ainda n&atilde;o existiam. Acima de tudo, por&eacute;m, foi nesse per&iacute;odo que os primeiros r&eacute;pteis, conhecidos como dinossauros, evolu&iacute;ram pela primeira vez e obtiveram grande destaque.
Por conta da pele menos porosa, essas criaturas perdiam menos &aacute;gua com o calor e se sobressa&iacute;am em rela&ccedil;&atilde;o aos mam&iacute;feros. Perto do final do Tri&aacute;ssico, uma s&eacute;rie de terremotos e erup&ccedil;&otilde;es vulc&acirc;nicas maci&ccedil;as fizeram com que <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/104309-como-seria-a-terra-se-o-supercontinente-pangeia-nao-tivesse-se-separado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Pangeia</a> come&ccedil;asse lentamente a se dividir em dois &mdash; ocasionando o surgimento do Oceano Atl&acirc;ntico Norte.
<h2>Per&iacute;odo Jur&aacute;ssico (201 a 145 milh&otilde;es de anos atr&aacute;s)</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/08/08175211783455.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Junto das transforma&ccedil;&otilde;es que vieram com o fim do Per&iacute;odo Tri&aacute;ssico, muitos animais foram extintos sem grandes explica&ccedil;&otilde;es. A maioria dos animais terrestres foi exterminada, exceto pelos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120523-6-mitos-sobre-dinossauros-que-existem-ate-hoje.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dinossauros</a>. Ent&atilde;o, &eacute; poss&iacute;vel dizer que o Per&iacute;odo Jur&aacute;ssico lhes deu a oportunidade de evoluir para uma ampla variedade de formas e crescer em n&uacute;meros.
O que antes era a Pangeia acabou virando dois continentes distintos: Laur&aacute;sia (norte) e Gondwana (sul). Apesar da separa&ccedil;&atilde;o, registros hist&oacute;ricos mostram algumas conex&otilde;es terrestres entre os dois continentes no in&iacute;cio do Jur&aacute;ssico devido &agrave; semelhan&ccedil;a de alguns f&oacute;sseis. Conforme os anos se passaram, as distin&ccedil;&otilde;es aumentaram.
As temperaturas da Terra diminu&iacute;ram um pouco, mas o calor ainda predominava por conta da alta concentra&ccedil;&atilde;o de di&oacute;xido de carbono na atmosfera. Com o surgimento de grandes mares entre os continentes, chuvas tornaram-se mais constantes. Isso ocasionou o surgimento de florestas e &aacute;reas de vasta vegeta&ccedil;&atilde;o, que permitiram o desenvolvimento dos enormes saur&oacute;podes herb&iacute;voros como os Apatosaurus, Diplodocus e Brachiosaurus.
<h2>Per&iacute;odo Cret&aacute;ceo (145 a 66 milh&otilde;es de anos atr&aacute;s)</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/08/08175214674456.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Na chegada do Per&iacute;odo Cret&aacute;ceo, a Terra passou a se dividir em alguns dos continentes que conhecemos hoje em dia &mdash; por&eacute;m em posi&ccedil;&otilde;es distintas. Com isso, os dinossauros passaram a evoluir de maneira independente nos quatro cantos do mundo, tornando-se ainda mais diversos.&nbsp;
Foi tamb&eacute;m nessa &eacute;poca que outros organismos vivos tiveram mais oportunidades de evolu&ccedil;&atilde;o, como v&aacute;rias esp&eacute;cies de cobras e as primeiras plantas com flor. Esse tamb&eacute;m &eacute; o per&iacute;odo que marca o surgimento de in&uacute;meras esp&eacute;cies de insetos, incluindo as abelhas &mdash; que ajudaram no desenvolvimento das plantas.
Por esse motivo, os herb&iacute;voros cresceram ainda mais. As mudan&ccedil;as de temperatura passaram a tornar os mam&iacute;feros mais numerosos e alguns deles eram at&eacute; mesmo predadores de pequenos dinossauros. No final do Cret&aacute;ceo, entretanto, foi justamente quando ocorreu a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117910-como-os-dinossauros-foram-extintos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">extin&ccedil;&atilde;o</a> dos dinossauros e de diversas outras esp&eacute;cies de animais e plantas.

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Era geológica: um guia de quando os dinossauros viveram

Imagem de Lady Dai: o cadáver de 2 mil anos mais bem preservado da História no megacurioso

É incrível imaginar como a nobre chinesa foi encontrada

<head></head><body>Foi em meados de 1971 que o Hospital Changsha, localizado na capital da província de Hunan, sul da China, contratou um grupo de trabalhadores para construir um abrigo antiaéreo na encosta de uma colina nos fundos do edifício, quando, a 30 metros de profundidade, os homens descobriram três tumbas antigas.Os túmulos foram identificados por especialistas como pertencentes ao período da Dinastia Han ocidental, do século II a.C. Os corpos encontrados pertenciam a três membros da dinastia governantes do feudo “han” de Dai, sendo a tumba mais antiga a de Li Cang, o Marquês de Dai. Dezoito anos mais velha, estava a tumba de Li Xi, irmão ou filho do Marquês, morto aos 30 anos.O maior túmulo de todos era do ano seguinte ao de Li Xi, e pertencia a Xin Zhui, esposa de Li Cang, mais conhecida como Lady Dai — não confundir com a <a href="https://www.megacurioso.com.br/teorias-da-conspiracao/100948-teorias-da-conspiracao-5-coisas-suspeitas-sobre-a-morte-da-princesa-diana.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ex-princesa de Gales Lady Diana</a>. Foi seu corpo que causou um frenesi entre os especialistas.<h2>A mulher de 2 mil anos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/23/23171905054450.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodução)">(Fonte: Pinterest/Reprodução)Estima-se que Lady Dai nasceu em 217 a.C., carregando mais de 2 mil anos entre o tempo em que foi descoberta pelos trabalhadores no século XX e a data de sua morte, em 168 a.C. Em sua tumba foram encontrados mais de mil artefatos preciosos, como maquiagens, produtos de higiene pessoal e figuras de madeira esculpidas que representavam sua equipe de servos. Além disso, uma refeição foi colocada ao lado de seu cadáver para que ela a desfrutasse no Além.Contudo, o que realmente chocou os pesquisados foi o extraordinário estado de preservação dos restos mortais de Lady Dai, o que poderia a conferir o status de "múmia mais bem preservada do mundo" — se ela tivesse sido considerada uma.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/23/23172019866451.jpg" alt="Reconstrução de como Lady Dai era antes da morte. (Fonte: Pinterest/Reprodução)">Reconstrução de como Lady Dai era antes da morte. (Fonte: Pinterest/Reprodução)As fotos e até mesmo o corpo em exposição no Museu de Hunan (Changsha, China) não fazem jus à maneira como foi descoberto, isso porque ficou comprometido assim que o oxigênio no ar o tocou, dando início a um processo imediato de deterioração.Mas quando foi desenterrada, Lady Dai ainda possuía uma pele alabastrina, lisa, macia, com umidade e elasticidade; características que não combinam com o de um cadáver morto há mais de 2 mil anos, ainda que fosse mumificado — o que não foi seu caso. Seu cabelo ainda estava no lugar, incluindo os pelos de suas narinas, bem como as sobrancelhas e cílios. Tudo o que não é encontrado com tamanha perfeição em um cadáver de milhares de anos.<h2>A autópsia de Dai</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/23/23172131288452.jpg" alt="(Fonte: Reddit/Reprodução)">(Fonte: Reddit/Reprodução)A autópsia confirmou tudo o que os cientistas imaginavam: o cadáver de Lady Dai estava em condição semelhante ao de uma pessoa falecida recentemente. Todos os seus órgãos estavam intactos, inclusive suas veias, que ainda carregavam sangue do tipo A. Eles detectaram nas veias coágulos que foram responsáveis por indicarem que a causa de sua morte foi por ataque cardíaco.A nobre chinesa sofria também com cálculos biliares, pressão alta, doença hepática e colesterol alto. Foram encontrados 138 sementes de melão não digeridas em seu estômago e intestinos, sendo que elas geralmente levam apenas uma hora para serem digeridas. Ou seja, isso indica que o melão foi sua última refeição.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/23/23172221226453.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodução)">(Fonte: Pinterest/Reprodução)Provavelmente, você deve estar se perguntando como Lady Dai foi tão bem preservada, passando pela tecnologia e técnicas mais elevadas feitas pelos egípcios antigos. Acredita-se que muito se deve pela tumba hermética onde a nobre chinesa foi enterrada, que possuía 12 metros de profundidade até o caixão de pinho minúsculo onde ela foi repousada.Lady Dai também foi envolta em 20 camadas de tecido de seda embebidos em 21 galões de um líquido ácido com um pouco de magnésio. Havia também terra no chão da tumba, muito carvão para absorver a umidade e uma quantidade imensa de argila selando a tampa do caixão para manter o oxigênio longe tanto quanto as bactérias da decomposição. A tumba por si só foi fechada com mais de um metro de barro para que água não a penetrasse.Foi assim que o cadáver de Lady Dai resistiu a 2 mil anos nos fundos daquela colina, se tornando o corpo mais bem preservado da História.</body>

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Lady Dai: o cadáver de 2 mil anos mais bem preservado da História

Imagem de Polvo ancestral mais antigo do mundo é descoberto no Canadá no megacurioso

Fóssil foi descoberto na cidade de Montana, nos EUA, em 1988 e ficou engavetado no Museu Real de Ontário por décadas

H&aacute; d&eacute;cadas, o Museu Real de Ont&aacute;rio, no Canad&aacute;, manteve um pequeno f&oacute;ssil de calc&aacute;rio esquecido no acervo local. Entretanto, ap&oacute;s uma s&eacute;rie de estudos, os pesquisadores determinaram que ele pertence a um ancestral do polvo e da lula-vampira-do-inferno de 328 milh&otilde;es de anos.
De acordo com o artigo publicado na Nature Communications, essa criatura possu&iacute;a 12 cent&iacute;metros de comprimento, 10 membros no corpo &mdash; ao contr&aacute;rio dos tradicionais oito membros que vemos nas esp&eacute;cies de hoje &mdash; e evid&ecirc;ncias de um saco de tinta. Al&eacute;m disso, ela flutuava em ba&iacute;as rasas muito antes dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120523-6-mitos-sobre-dinossauros-que-existem-ate-hoje.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dinossauros</a> vagarem pela Terra.&nbsp;
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120803-artropode-do-tamanho-de-um-carro-habitou-a-terra-ha-milhoes-de-anos.htm" target="_blank">Artr&oacute;pode do tamanho de um carro habitou a Terra h&aacute; milh&otilde;es de anos</a>
<h2>Tesouro escondido</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/15/15103544342143.jpg" alt="(Fonte: Museu Americano de Hist&oacute;ria Natural)" />(Fonte: Museu Americano de Hist&oacute;ria Natural)
O <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119776-fossil-de-pterossauro-apreendido-e-o-mais-completo-do-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">f&oacute;ssil</a> foi encontrado pela primeira vez na forma&ccedil;&atilde;o de calc&aacute;rio Bear Gulch, em Montana, em 1988. A amostra de calc&aacute;rio contendo o polvo permaneceu despercebida por d&eacute;cadas, at&eacute; que o pesquisador Christopher Whalen, autor do artigo e pesquisador na Universidade de Yale, avistou os bra&ccedil;os enquanto examinava a cole&ccedil;&atilde;o um dia e decidiu dar uma olhada mais de perto.
Em fala oficial, Whalen se mostrou surpreso com a sequ&ecirc;ncia de acontecimentos. "&Eacute; muito raro ver esse tipo de detalhe em um f&oacute;ssil porque, &eacute; claro, s&atilde;o estruturas inteiramente de tecidos moles", declarou. De acordo com o pesquisador, &eacute; comum que descobertas arqueol&oacute;gicas desse tipo sejam feitas somente ap&oacute;s an&aacute;lises posteriores.&nbsp;
Estudos mostram que os ancestrais de <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/75374-cientistas-conseguiram-mapear-todo-o-genoma-de-um-polvo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">polvo</a> Syllipsimopodi bideni &mdash; nome dado em homenagem ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden &mdash; provavelmente vivia em ba&iacute;as oce&acirc;nicas tropicais rasas em Montana na &eacute;poca em que o munic&iacute;pio estava localizado mais perto da linha do Equador e tinha ambiente semelhante &agrave; Ba&iacute;a de Bengala, na &Iacute;ndia.&nbsp;
<h2>Desvendando o passado</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/25/25143836148295.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Segundo Whalen, a descoberta do S. bideni ajuda a desvendar um momento anteriormente desconhecido na hist&oacute;ria evolutiva dos vampiropodes. Antes disso, a amostra mais antiga de f&oacute;ssil da esp&eacute;cie datava para 240 milh&otilde;es de anos &mdash; sendo 88 milh&otilde;es de anos de diferen&ccedil;a entre as duas amostras.
&ldquo;Isso indica que h&aacute; um longo intervalo de tempo durante o qual os f&oacute;sseis de vampiropodes existiram, mas ainda n&atilde;o foram encontrados", ressaltou o pesquisador. Christopher ainda fez quest&atilde;o de ressaltar que o nome em homenagem ao presidente Biden n&atilde;o &eacute; um insulto, mas sim uma honraria.
&ldquo;Fiquei encorajado pelos planos que o presidente Biden apresentou para combater as mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas antropog&ecirc;nicas e seu sentimento geral de que os pol&iacute;ticos deveriam ouvir os cientistas&rdquo;, elogiou. Embora n&atilde;o seja toda hora que um pol&iacute;tico acaba recebendo o nome de uma descoberta cient&iacute;fica, essa n&atilde;o &eacute; a primeira vez que uma pessoa do alto escal&atilde;o foi homenageada desse jeito.
Nos &uacute;ltimos anos, o ex-presidente dos EUA Donald Trump teve seu nome usado para a denomina&ccedil;&atilde;o de esp&eacute;cies de mariposa e anf&iacute;bio, enquanto o tamb&eacute;m ex-presidente Barack Obama foi homenageado nos nomes de aranhas, peixes e parasitas.&nbsp;

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Polvo ancestral mais antigo do mundo é descoberto no Canadá

Imagem de Antigos romanos podem ter perdido mina de esmeraldas para nômades no megacurioso

Novas escavações sugerem que povo nômade assumiu o controle de mina de esmeraldas do Império Romano

<head></head><body>Os <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/36059-confira-5-herancas-que-nos-foram-deixadas-pelos-antigos-romanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">antigos romanos</a> tinham uma predileção especial pelas esmeraldas. Como o escritor romano Plínio, o Velho, escreveu em seu livro História Natural no século I d.C.: "Não há pedra, cuja cor seja mais agradável aos olhos, nenhum verde existe de uma cor mais intensa do que esta."Já faz algum tempo que pesquisadores sabiam que o vale de Wadi Sikait, no deserto oriental do Egito, era um dos mais importantes pontos de operação de mineração de esmeraldas para os romanos.Agora, novas escavações encontraram a primeira evidência de que o exército romano atuou diretamente na região, tanto para a construção quanto para a defesa das minas.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/23/23134555901237.jpg" alt="Edifícios em Sikait. (Fonte: Projeto Sikait/Reprodução)">Edifícios em Sikait. (Fonte: Projeto Sikait/Reprodução)<h2>Estudo topográfico</h2>Entre 2020 e 2021, os pesquisadores realizaram duas temporadas de escavações, analisando 11 áreas de extração de esmeraldas no local.&nbsp;Já nas escavações feitas no início de 2022, os arqueólogos tiveram a oportunidade de conduzir um detalhado estudo topográfico das duas principais minas.Uma delas é constituída por centenas de galerias, sendo que a profundidade ultrapassa os 40 metros.Os <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/117751-arqueologos-encontram-tumbas-de-45-mil-anos-em-stonehenge.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">arqueólogos&nbsp;</a>também determinaram que somente a partir da descoberta dos veios de esmeraldas mais produtivos é que os romanos, realmente, investiram no lugar.A partir daí, Sikait passou a contar com rotas, guaritas, zonas de trabalho, pequenos povoados, necrópoles e infraestrutura logística para extração e transporte das pedras preciosas.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;(Fonte: Projeto Sikait/Reprodução)&nbsp;" data-fonte-url="https://www.smithsonianmag.com/smart-news/did-ancient-nomads-seize-control-of-a-roman-emerald-mine-in-egypt-180979712/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/23/23134720010238.jpg" alt="Templo em Sikait.">Templo em Sikait.<h2>Envolvimento do exército romano</h2>Para os pesquisadores que estudam o vale de Wadi Sikait, as recentes escavações foram as mais significativas, especialmente porque foi encontrado um conjunto de inscrições antigas&nbsp;que, possivelmente, será útil para ajudar os arqueólogos na compreensão sobre como as atividades eram feitas ou quem trabalhava no local.Entre essas inscrições existe uma que merece destaque. Ela diz respeito a uma legião romana nas minas, ou seja, é a primeira vez que algo encontrado em Wadi Sikait aponta para um envolvimento direto do exército romano nas operações de exploração de esmeraldas no Egito.<h2>Nas mãos dos nômades</h2>As escavações recentes também sugerem que os Blemmyes, um grupo nômade originário da Baixa Núbia, teria tomado o controle das minas de Wadi Sikait dos romanos entre os séculos IV e VI d.C.Além da presença de elementos ritualísticos e religiosos desse grupo, os arqueólogos concluíram que alguns edifícios na região foram ocupados ou construídos pr eles.&nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/23/23134832289239.jpg" alt="Oferendas encontradas nas minas de Sikait.">Oferendas encontradas nas minas de Sikait.Isso confirma o que o filósofo grego, Olympiodorus, escreveu sobre a região na antiguidade apontando que “uma permissão do&nbsp;rei dos Blemmyes era necessária para entrar nas <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121170-descubra-como-essas-6-pedras-preciosas-se-formam.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">minas de esmeralda</a> no século V”.</body>

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Antigos romanos podem ter perdido mina de esmeraldas para nômades

Imagem de Múmias encontradas em Portugal podem ser as mais antigas do mundo no megacurioso

Arqueólogos identificaram 13 indivíduos com marcas de mumificação antes de serem enterrados há 8 mil anos

<head></head><body>Múmias encontradas em Portugal podem ser as mais antigas do mundo, descoberta feita após uma análise de antigas fotografias de <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/209924-missao-arqueologica-descobre-cemiterio-3-mil-anos-egito.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">escavações arqueológicas</a>. Os restos de humanos preservados possuem cerca de 8 mil anos e foram identificados a partir do acervo do trabalho do arqueólogo Manuel Farinha dos Santos, falecido em 2001, no Vale do Sado durante a década de 1960.A documentação evidenciou práticas mortuárias na região durante o Mesolítico, período que terminou com a introdução da agricultura. O novo estudo foi publicado na revista acadêmica European Journal of Archaeology e mostrou que 13 indivíduos tinham marcas de <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/19585-plastinacao-a-substituta-da-mumificacao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mumificação</a> antes de serem enterrados, ritual feito mil anos antes do caso mais antigo conhecido até então, no Chile, e cerca de 4 mil anos antes dos registros egípcios.<ul><li>Leia mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/115378-mumificacao-o-processo-de-embalsamar-os-mortos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Mumificação: o processo de embalsamar os mortos</a></li></ul><h2>Análise dos corpos</h2>Para recuperar as condições de enterramento após a morte dos indivíduos, os especialistas usaram o método chamado de arqueotanatologia, que analisa a decomposição de corpos. Eles concluíram que os ossos dos esqueletos estavam “hiperflexionados”, no caso, com braços amarrados para colocar os cadáveres em uma plataforma elevada para drenar seus fluidos e serem secados por fogo.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/18/18152311551366.jpg" alt="Uma nova análise de escavações arqueológicas apresentou evidências de mumificação em Portugal há cerca de 8 mil anos, 4 mil anos antes do ritual egípcio. (Fonte: European Journal of Archeology / Reprodução)">Uma nova análise de escavações arqueológicas apresentou evidências de mumificação em Portugal há cerca de 8 mil anos, 4 mil anos antes do ritual egípcio. (Fonte: European Journal of Archeology / Reprodução)Segundo os autores, a mumificação tinha o propósito de facilitar o transporte dos mortos até o local considerado adequado para o enterro. Isso porque o corpo que passou por esse tratamento estaria mais contraído, ocupando menos espaço, e significativamente mais leve que um cadáver fresco. “Tais práticas também enfatizam a importância de trazer os mortos para esses locais, seguindo princípios da cultura daquela população na época”, escreveram.Outro sinal observado pelos arqueólogos, para determinar o processo de conservação, diz respeito ao solo ao redor do túmulo. Se um corpo fosse enterrado sem mumificação, sua decomposição mais rápida criaria vazios que seriam preenchidos por sedimentos, o que não foi encontrado. Como o solo estava praticamente intacto, ficou a sugestão de que ele não se decompôs dessa forma, logo, o cadáver já era uma <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/149657-cientistas-recriaram-voz-mumia-3-mil-anos-confira.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">múmia</a> antes do seu enterramento.</body>

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Múmias encontradas em Portugal podem ser as mais antigas do mundo

Imagem de Niède Guidon, a arqueóloga que elevou a pesquisa brasileira no megacurioso

Importante nome da ciência brasileira, Niède Guidon dedicou cinco décadas à luta pela preservação do maior conjunto de sítios arqueológicos das Américas

<head></head><body>Se você nunca ouviu, leu ou soube algo sobre Niède Guidon, siga neste texto e corrija esse erro. Isso porque a arqueóloga franco-brasileira é um dos mais importantes nomes da ciência brasileira, contribuindo, entre outras coisas, com a criação do Parque Nacional da Serra da Capivara, localizado no estado do Piauí. Lá está o maior conjunto de sítios arqueológicos de todas as Américas.Filha de pai francês e mãe brasileira, Niède é natural de Jaú, interior de São Paulo. Formada em História Natural pela Universidade de São Paulo (USP), em 1959, aproveitou-se da dupla nacionalidade para curar uma especialização em <a href="https://www.megacurioso.com.br/arqueologia/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Arqueologia</a> Pré-Histórica na Universidade Paris-Sorbonne, em 1962. Foram mais de cinco décadas dedicadas à luta pela preservação do parque nacional, até que ela se aposentou, em 2020, aos 87 anos.<h2>Do Museu do Ipiranga para o interior do Piauí</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/17/17214154406411.jpg" alt="(Fonte: FUMDHAM/360Meridianos)">(Fonte: FUMDHAM/360Meridianos)Na década de 1960, enquanto ainda era funcionária da USP, no Museu do Ipiranga, Niède Guidon ouviu falar pela primeira vez sobre os sítios arqueológicos existentes no interior do Piauí. O contato existiu porque estava organizando uma exposição sobre pinturas rupestres do Brasil.Após uma conversa informal com uma pessoa, sua curiosidade foi atiçada, ainda que tenha levado sete anos até sua primeira visita ao local. Ela visitou os 55 sítios arqueológicos lá existentes, os fotografou e levou o material coletado para a França, onde residia. Com auxílio do governo francês, retornou à <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/103702-os-14-patrimonios-culturais-mundiais-do-brasil-de-acordo-com-a-unesco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Serra da Capivara</a>. O que era para ser uma pesquisa in loco com duração de dois meses virou 50 anos de luta e dedicação.<h2>A luta por preservar as importantes descobertas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/18/18100937846095.jpg" alt="(Fonte: Reprodução/Nossa Ciência)">(Fonte: Reprodução/Nossa Ciência)Na Serra da Capivara, a arqueóloga e sua equipe encontraram inúmeros resquícios de fogueiras e sinais de presença humana datados de milhares de anos. Ao todo, mais de 1.300 registros pré-históricos foram encontrados em 130 mil hectares, e é Guidon a principal responsável por criar o parque que viria a preservar essas descobertas, em 1979.Sua luta, desde então, é para conseguir manter a entidade civil sem fins lucrativos que criou, em 1986, ao lado de outros pesquisadores, para manter o parque, a Fundação Museu do Homem Americano (FUMDHAM). Com despesas fixas em torno de R$ 150 mil reais, o parque tem dificuldades para gerar receita própria, já que há pouca estrutura nas cidades ao redor.Esse dinheiro é utilizado, entre outras coisas, para garantir o funcionamento dos acessos aos visitantes, rondas de combate à caça e segurança do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121357-6-dos-museus-mais-estranhos-e-curiosos-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">museu</a>. Até 2015, a Serra da Capivara ficou sem recursos federais, tendo o quadro de funcionários reduzido de 270 para 30 pessoas. Naquele ano, uma verba emergencial foi destinada pelo Ministério do <a href="https://www.megacurioso.com.br/meio-ambiente/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Meio Ambiente</a>, que cobriria custos fixos por três anos. Sem auxílio governamental, o trabalho de Niède corre risco de fechar.<h2>Niède Guidon também acumulou controvérsias na carreira</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/18/18102248597100.jpg" alt="(Fonte: FUNDHAM/360Meridianos)">(Fonte: FUNDHAM/360Meridianos)Difícil imaginar algum grande cientista ou pesquisador que não tenha, em sua carreira, acumulado algumas controvérsias, em especial alguém do gabarito de Niède Guidon. Os estudos da arqueóloga reviraram as estruturas do que se pensava sobre a chegada do Homo sapiens às Américas.A convenção científica internacional aceita que os primeiros seres a habitarem o continente teriam cruzado o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117891-diomedes-2-ilhas-separadas-por-3-8-km-e-21-horas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">estreito de Bering</a> há cerca de 13 mil a 14 mil anos antes do presente (ou AP, forma que a arqueologia, paleontologia e geologia marcam o tempo, tendo como base de referência o ano de 1950 d.C..), vindos da Rússia para os Estados Unidos.Niède e sua equipe encontraram vestígios de ferramentas e pinturas rupestres com datações de cerca de 59.000 AP a 5.000 AP. O material encontrado pela cientista e sua equipe passou por rigorosas análises em laboratórios de arqueologia na Europa e nos Estados Unidos, e, ainda assim, seguem sem aceitação plena da comunidade acadêmica americana.</body>

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Niède Guidon, a arqueóloga que elevou a pesquisa brasileira

Imagem de Arqueólogos encontram maior mosaico romano já visto no megacurioso

Considerado uma 'descoberta única', o mosaico romano data 175 d.C. e pode ter sido parte de cômodo luxuoso em residência

<head></head><body>Arqueólogos que trabalham em um local de escavação na Southwark Street, Londres, encontraram um piso de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/116293-calcadas-de-bruxelas-sao-decoradas-com-mosaicos-de-bichinhos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mosaico</a> romano em ótimo de estado de preservação. Segundo a equipe, a construção data de 175 a 225 d.C. e indica a existência documental de uma antiga sala de jantar, possivelmente parte de um "hotel chique" onde importantes oficiais do exército teriam se abrigado para descansar.A jornada histórica de quase 2 mil anos, classificada como a maior área de mosaico já identificada em solo britânico, indica que o edifício era composto por quatro quartos e um pátio interno. Cada cômodo tinha paredes adornadas com flores e foi constituído por pisos "lindamente acabados", cercado por canteiros exuberantes decorados com folhagens de alta elevação.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/24/24091801626094.jpg" alt="(Fonte: The Liberty of Southwark)">(Fonte: The Liberty of Southwark)Acredita-se que o prédio tenha sido levantado após a fundação do assentamento romano de Londinum — por volta de 72 d.C. —, que posteriormente deu origem à cidade de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121201-em-1928-londres-enfrentou-uma-das-piores-inundacoes-de-sua-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Londres</a>. Além do piso adornado, outros artefatos como moedas, joias, cerâmica, conchas de ostras, tigelas de cobre e um balcão de jogos foram encontrados. "Esta é uma descoberta única em Londres", disse a supervisora do local, Antonietta Lerz, do Museu de Arqueologia de Londres.Os indícios apontam que a construção foi utilizada por oficiais para descansarem por um longo período, interrompendo jornadas de grandes campanhas. Outra sugestão também aponta que ali era uma residência privada de familiares ricos que supostamente abrigavam soldados imperiais, já que enfeites de decoração na forma de um pingente fazem referência a um símbolo bastante comum utilizado por <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121168-conheca-a-semana-do-inferno-a-rigorosa-selecao-militar-dos-eua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">militares</a>.“A qualidade dos materiais encontrados neste local sugere que este edifício foi ocupado apenas por membros de alto escalão da sociedade. É raro podermos estudar uma área tão grande no centro de Londres. Isso forneceu uma janela fascinante para as condições de vida e estilo de vida das elites na Grã-Bretanha romana”, comentou Derek Seeley, gerente sênior do projeto.<h2>O bairro cultural de Southwark Street</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/24/24091622657090.jpg" alt="(Fonte: The Liberty of Southwark)">(Fonte: The Liberty of Southwark)As escavações realizadas em Southwark Street ocorrem por pouco mais de quatro décadas e já revelaram muitos documentos importantes, como mais restos de um edifício romano de alto padrão e outros artefatos espalhados pela extensão da linha de metrô Jubilee. Ali, foram encontradas obras na década de 1990 que abriram espaço para novas informações históricas e confirmaram um alto potencial arqueológico na região.Os projetos no local estão acontecendo para a fundação do The Liberty of Southwark, um novo bairro cultural projetado pelos principais arquitetos Allies e Morrison, onde descobertas como o mosaico ficarão à mostra pelos próximos anos.</body>

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Arqueólogos encontram maior mosaico romano já visto

Imagem de Maior fóssil de pterossauro desde o Jurássico é encontrado na Escócia no megacurioso

Fóssil com 170 milhões de anos foi classificado como o registro do réptil alado pré-histórico mais bem preservado do mundo

<head></head><body>Escavadores do Museu Nacional da Escócia anunciaram o encontro do maior fóssil de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119776-fossil-de-pterossauro-apreendido-e-o-mais-completo-do-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pteroussauro</a> desde o período Jurássico. Segundo estudos, o registro documental data 170 milhões de anos e se caracteriza como o mais bem preservado já visto da espécie, um achado único na Ilha de Skye.O fóssil foi encontrado originalmente pela estudante de doutorado Amelia Penny, durante uma viagem de campo à ilha. De acordo com relatos, a mandíbula do animal foi vista em um aglomerado de rochas e, posteriormente, revelou ser o esqueleto parcial de uma nova espécie de réptil voador. A criatura foi nomeada Dearc sgiathanach em homenagem ao local em que foi encontrada.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/25/25102852713196.jpg" alt="(Fonte: Universidade de Edimburgo/Reprodução)">(Fonte: Universidade de Edimburgo/Reprodução)Especialistas afirmaram que a descoberta foi a melhor que aconteceu no Reino Unido desde o início do século XIX, quando a célebre caçadora de fósseis Mary Anning encontrou muitos fósseis jurássicos significativos na costa sul da Inglaterra. "Pterossauros preservados em tal qualidade são extremamente raros. E, no entanto, um enorme pterossauro majestosamente preservado emergiu de uma plataforma de maré na Escócia", disse Natalia Jagielska, líder da pesquisa.&nbsp;Os estudos revelaram que a envergadura do Dearc sgiathanach se estendia por impressionantes 2,4 metros e apresentava dimensões semelhantes às dos albatrozes modernos. Além disso, segundo indícios do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120989-por-que-a-india-nao-se-dedica-a-preservacao-da-riqueza-fossil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fóssil</a>, o animal tinha ossos "leves como penas" e "tão finos quanto folhas de papel", indicando que os pterossauros ficaram maiores mais cedo do que a comunidade científica pensava — antes do período Cretáceo.&nbsp;O fóssil do&nbsp;D. sgiathanach será adicionado à coleção do Museu Nacional da Escócia, em Edimburgo.<h2>Os últimos pterossauros&nbsp;</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/25/25103817557200.jpg" alt="(Fonte: Universidade de Edimburgo/Reprodução)">(Fonte: Universidade de Edimburgo/Reprodução)Os pterossauros foram os primeiros vertebrados que desenvolveram capacidades físicas para voar, cerca de 50 milhões de anos antes das aves. Documentos afirmam que os répteis alados viveram desde o período Triássico, cerca de 230 milhões de anos atrás. Acreditava-se que os pterossauros estavam em declínio antes mesmo da extinção em massa no final do período Cretáceo, causada por um impacto de asteroide há 66 milhões de anos. Porém, seus últimos suspiros datam do final da Era geológica.</body>

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Maior fóssil de pterossauro desde o Jurássico é encontrado na Escócia

Imagem de Neandertais: fósseis desafiam teorias sobre seu desaparecimento no megacurioso

Extintos há mais de 40 mil anos, teorias apontavam que seu extermínio estaria ligado aos humanos modernos, mas tudo isso pode mudar

Publicada na revista cient&iacute;fica Science Advances, a descoberta de f&oacute;sseis em uma caverna no sul da Fran&ccedil;a pode modificar o que pens&aacute;vamos ter levado ao exterm&iacute;nio dos neandertais.&nbsp;A ideia mais aceita atualmente afirma que os humanos modernos teriam exterminado os neandertais ap&oacute;s sua chegada &agrave; &Aacute;frica, h&aacute; cerca de 40 mil anos. Contudo, os dentes e as ferramentas de pedra de uma crian&ccedil;a descoberta sugerem que o Homo sapiens estava na Europa Ocidental h&aacute; aproximadamente 54 mil anos.
<h2>Neandertais e humanos modernos podem ter coexistido por milhares de anos</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/10/10200938094002.jpg" alt="(Fonte: Do Nano ao Macro)" />(Fonte: Do Nano ao Macro)
A teoria atual que consta em nossos livros de hist&oacute;ria sugere que os neandertais surgiram na Europa h&aacute; 400 mil anos e teriam sido extintos h&aacute; pouco mais de 40 mil anos, data&ccedil;&atilde;o que coincidiria com a chegada do Homo sapiens&nbsp;ao continente africano.
Entretanto, a descoberta da equipe do professor Ludovic Slimak, da Universidade de Toulouse, aponta que o sapiens chegou cerca de 12 mil anos antes da data atualmente aceita. Na pr&aacute;tica, isso significaria que as 2 esp&eacute;cies teriam coexistido na Europa por mais de 10 mil anos antes que os neandertais fossem extintos.
As evid&ecirc;ncias encontradas sugerem que o grupo de humanos a quem pertenciam os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121082-o-que-os-fosseis-podem-revelar-sobre-o-futuro-do-planeta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">f&oacute;sseis</a> viveu no s&iacute;tio por pouco tempo, cerca de 2 mil anos, desocupando o local depois disso. Com a sa&iacute;da deles, os neandertais teriam retornado, ocupando a regi&atilde;o por mais alguns milhares de anos, at&eacute; o retorno dos humanos modernos.
<h2>Superioridade do humano moderno foi fruto de organiza&ccedil;&atilde;o social</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/10/10201635657008.jpg" alt="(Fonte: Greelane)" />(Fonte: Greelane)
Com as novas evid&ecirc;ncias encontradas, uma pergunta que se levanta &eacute;: como n&oacute;s, humanos modernos,&nbsp;ter&iacute;amos conquistado superioridade sobre os neandertais se coexistimos por milhares de anos?
Entre as diferentes hip&oacute;teses apresentadas est&atilde;o a capacidade de produzirmos arte, linguagem e ter um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120815-6-mitos-sobre-o-cerebro-humano-que-voce-ainda-escuta-por-ai.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">c&eacute;rebro</a>, possivelmente, melhor. Por&eacute;m, a que tem sido mais aceita &eacute; a de que est&aacute;vamos mais organizados do que eles. Nossos grupos sociais seriam maiores, armazenar&iacute;amos melhor o conhecimento e desenvolver&iacute;amos coisas a partir desse conhecimento.
Esse cen&aacute;rio ajuda a compreender outra descoberta, feita em 2010. Nesse ano, cientistas descobriram que os humanos modernos t&ecirc;m uma pequena quantidade de DNA neandertal. Seria um indicativo de que as esp&eacute;cies teriam cruzado. O que n&atilde;o se sabe &eacute; se essas trocas foram pac&iacute;ficas, se houve sequestro de f&ecirc;meas de um grupo por outro ou se os humanos modernos adotaram beb&ecirc;s neandertais abandonados ou &oacute;rf&atilde;os.
<h2>F&oacute;sseis sugerem que houve equil&iacute;brio entre neandertais e humanos modernos</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/10/10201221391003.jpg" alt="(Fonte: Heil Praxis)" />(Fonte: Heil Praxis)
Para Chris Stringer, do Museu de Hist&oacute;ria Natural de Londres, as novas descobertas indicam que nossa esp&eacute;cie surgiu muito antes e levantam questionamentos sobre o que consideramos como "vit&oacute;ria dos humanos modernos sobre os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119353-caverna-com-obras-de-arte-neandertais-e-descoberta-na-alemanha.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">neandertais</a>".
"&Agrave;s vezes os neandertais estavam em vantagem; outras, os humanos modernos. Ent&atilde;o, houve certamente um equil&iacute;brio", disse Stringer em entrevista &agrave; BBC News. "N&atilde;o foi uma vit&oacute;ria do dia para a noite", ele afirmou.
Achados, ferramentas e dente de crian&ccedil;a foram surpresas para toda a equipe. As ferramentas, de modo particular, s&atilde;o importantes, pois s&atilde;o feitas da mesma forma que outras encontradas em diferentes locais. At&eacute; ent&atilde;o, os cientistas n&atilde;o tinham certeza de quais esp&eacute;cies seriam respons&aacute;veis por elas.

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Neandertais: fósseis desafiam teorias sobre seu desaparecimento

Imagem de 425 corpos são encontrados em escavação na Grã-Bretanha no megacurioso

Do total das ossadas, que datam do período da ocupação romana, 40 haviam sido decapitados

Arque&oacute;logos brit&acirc;nicos encontraram 425 esqueletos humanos durante escava&ccedil;&otilde;es nas obras de uma ferrovia. Os corpos foram encontrados em Fleet Marston, uma vila medieval abandonada, perto de Aylesbury, no sudeste da Inglaterra.
Os esqueletos pertencem a antigos romanos que viveram na regi&atilde;o durante o per&iacute;odo em que ela fazia parte do Imp&eacute;rio Romano (43&ndash;110 d.C.).
<h2>Corpos foram decapitados</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/14/14160704719341.jpg" alt="Corpos estavam com as cabe&ccedil;as colocadas entre as pernas. (Fonte: Reprodu&ccedil;&atilde;o Business Insider)" />Corpos estavam com as cabe&ccedil;as colocadas entre as pernas. (Fonte: Business Insider/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Algo que chamou a aten&ccedil;&atilde;o dos arque&oacute;logos foi o fato de que cerca de 10% dos corpos haviam sido decapitados e as cabe&ccedil;as foram colocadas entre as pernas dos indiv&iacute;duos. Isso pode indicar que eles n&atilde;o gozavam de prest&iacute;gio na &eacute;poca. Uma hip&oacute;tese levantada &eacute; que poderiam ser ladr&otilde;es ou algum outro tipo de pessoa considerada desprestigiada pelos <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/109442-13-fatos-fascinantes-e-malucos-sobre-os-antigos-romanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">romanos</a>.
No local, 50 arque&oacute;logos trabalham para identificar resqu&iacute;cios arqueol&oacute;gicos da Gr&atilde;-Bretanha e, consequentemente, da civiliza&ccedil;&atilde;o ocidental.
<h2>Objetos tamb&eacute;m foram encontrados</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/14/14161009937342.jpg" alt="(Fonte: Reprodu&ccedil;&atilde;o Business Insider)" />(Fonte: Business Insider/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Al&eacute;m do poss&iacute;vel cemit&eacute;rio, os cientistas tamb&eacute;m encontraram objetos que d&atilde;o pistas sobre o modo de vida dos antigos romanos que viveram naquela regi&atilde;o.
Dados em perfeito estado foram desenterrados, o que indica que <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119042-palavroes-em-latim-como-os-antigos-romanos-xingavam.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">havia jogo e uma vida social agitada no local.</a> Provavelmente, aquela regi&atilde;o tamb&eacute;m era um posto comercial relevante, pois 1.200 moedas tamb&eacute;m foram descobertas durante as escava&ccedil;&otilde;es.&nbsp;
Al&eacute;m dos dados e moedas, os arque&oacute;logos encontraram sinos, objetos que seriam usados em cerim&ocirc;nias religiosas.
<h2>Artefatos foram encontrados em obra de ferrovia de ultra velocidade</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/14/14155538327334.jpg" alt="(Fonte: HS2/Divulga&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: HS2/Divulga&ccedil;&atilde;o)
&Eacute; curioso que uma descoberta arqueol&oacute;gica dessa magnitude tenha sido encontrada durante obras de um audacioso projeto ferrovi&aacute;rio que est&aacute; ocorrendo na Gr&atilde;-Bretanha. A HS2 &eacute; uma linha de transporte ferrovi&aacute;rio de alta velocidade que promete se tornar um dos elementos mais importantes do sistema de locomo&ccedil;&atilde;o brit&acirc;nico.
Contudo, as descobertas arqueol&oacute;gicas n&atilde;o parecem ser um problema para o andamento das obras, pois os arque&oacute;logos fazem parte da equipe do projeto. Desde 2018, mais de 100 s&iacute;tios arqueol&oacute;gicos foram encontrados durante as obras relacionadas &agrave; HS2, sendo essa da qual estamos falando a mais recente.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/14/14155716015336.jpg" alt="Vaso romano encontrado em obra de ferrovia. (Fonte: Divulga&ccedil;&atilde;o HS2)" />Vaso romano encontrado em obra de ferrovia. (Fonte: Divulga&ccedil;&atilde;o HS2)
Entre os objetos encontrados est&atilde;o quadros, moedas e documentos que poderiam compor um verdadeiro tesouro. Depois de encontrados, essas descobertas s&atilde;o informadas &agrave; imprensa e estudadas pelos arque&oacute;logos. &ldquo;Todos os restos humanos descobertos ser&atilde;o tratados com dignidade, cuidado e respeito, e nossas descobertas ser&atilde;o compartilhadas com a comunidade&rdquo;, disse Helen Wass, arque&oacute;loga contratada pela HS2.
<h2>O Imp&eacute;rio Romano na Gr&atilde;-Bretanha</h2>
No ano de 43 d.C., o Imp&eacute;rio Romano teria invadido a regi&atilde;o que hoje conhecemos como Gr&atilde;-Bretanha. Naquela &eacute;poca, a Brit&acirc;nia era formada por povoados diversos. Mais tarde, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/116921-5-imperadores-romanos-que-tiveram-fins-terriveis.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">imperador</a> Cl&aacute;udio usou o ex&eacute;rcito romano para determinar que aquela regi&atilde;o passaria a ser uma prov&iacute;ncia romana, o que duraria cerca de 70 anos.

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