Ciência
09/04/2022 às 13:00•2 min de leitura
Graças a existência das eras geológicas, intervalos de tempo de bilhões ou milhões de anos que indicam acontecimentos importantes no processo de formação e desenvolvimento da Terra, podemos ter uma noção de como o mundo foi se transformando em uma escala temporal.
Inclusive, é por conta desse tipo de estudo que conseguimos dividir a Era Mesozoica — quando os primeiros dinos não-aves pisaram no mundo — em três períodos: Triássico, Jurássico e Cretáceo. Foi também nessa época que o planeta gradualmente se dividiu de um enorme continente em outros menores e tantas outras mudanças puderam ser observadas. Olha só!
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(Fonte: Shutterstock)
Durante o chamado Período Triássico, todas as formas de vida da Terra ainda se concentravam em um único continente batizado de Pangeia. Portanto, a diferença entre espécies de animais e plantas encontradas em diferentes áreas ainda era relativamente pequena quando comparada aos dias de hoje.
O clima era quente e seco, com grande parte do planeta coberto por gigantes desertos. As calotas polares, por exemplo, ainda não existiam. Acima de tudo, porém, foi nesse período que os primeiros répteis, conhecidos como dinossauros, evoluíram pela primeira vez e obtiveram grande destaque.
Por conta da pele menos porosa, essas criaturas perdiam menos água com o calor e se sobressaíam em relação aos mamíferos. Perto do final do Triássico, uma série de terremotos e erupções vulcânicas maciças fizeram com que Pangeia começasse lentamente a se dividir em dois — ocasionando o surgimento do Oceano Atlântico Norte.
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Junto das transformações que vieram com o fim do Período Triássico, muitos animais foram extintos sem grandes explicações. A maioria dos animais terrestres foi exterminada, exceto pelos dinossauros. Então, é possível dizer que o Período Jurássico lhes deu a oportunidade de evoluir para uma ampla variedade de formas e crescer em números.
O que antes era a Pangeia acabou virando dois continentes distintos: Laurásia (norte) e Gondwana (sul). Apesar da separação, registros históricos mostram algumas conexões terrestres entre os dois continentes no início do Jurássico devido à semelhança de alguns fósseis. Conforme os anos se passaram, as distinções aumentaram.
As temperaturas da Terra diminuíram um pouco, mas o calor ainda predominava por conta da alta concentração de dióxido de carbono na atmosfera. Com o surgimento de grandes mares entre os continentes, chuvas tornaram-se mais constantes. Isso ocasionou o surgimento de florestas e áreas de vasta vegetação, que permitiram o desenvolvimento dos enormes saurópodes herbívoros como os Apatosaurus, Diplodocus e Brachiosaurus.
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Na chegada do Período Cretáceo, a Terra passou a se dividir em alguns dos continentes que conhecemos hoje em dia — porém em posições distintas. Com isso, os dinossauros passaram a evoluir de maneira independente nos quatro cantos do mundo, tornando-se ainda mais diversos.
Foi também nessa época que outros organismos vivos tiveram mais oportunidades de evolução, como várias espécies de cobras e as primeiras plantas com flor. Esse também é o período que marca o surgimento de inúmeras espécies de insetos, incluindo as abelhas — que ajudaram no desenvolvimento das plantas.
Por esse motivo, os herbívoros cresceram ainda mais. As mudanças de temperatura passaram a tornar os mamíferos mais numerosos e alguns deles eram até mesmo predadores de pequenos dinossauros. No final do Cretáceo, entretanto, foi justamente quando ocorreu a extinção dos dinossauros e de diversas outras espécies de animais e plantas.