Imagem de Órbitas de luas marcianas sugerem que Planeta Vermelho já teve anéis no megacurioso

De acordo com uma pesquisa apresentada por cientistas do Instituto SETI, as peculiares &oacute;rbitas de Deimos e Fobos, os dois sat&eacute;lites naturais de Marte, sugerem que, h&aacute; alguns bilh&otilde;es de anos, o Planeta Vermelho contava com um sistema de an&eacute;is. J&aacute; pensou que bacana seria se o nosso vizinho ainda contasse com essa estrutura? Pois, segundo os pesquisadores, tudo indica que ele voltar&aacute; a ter os adere&ccedil;os um dia.
<h2>Luas esquisitinhas</h2>
As duas luas marcianas consistem em objetos bastante irregulares e viajam ao redor do planeta um pouco acima da regi&atilde;o equatorial com uma trajet&oacute;ria surpreendentemente circular. Fobos, o maior dos 2 sat&eacute;lites, se encontra muito mais pr&oacute;ximo de Marte do que o seu irm&atilde;o menor, Deimos, e completa uma &oacute;rbita ao redor de nosso vizinho a cada 7 horas e 40 minutos, mais ou menos.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/05/05115420315638.gif" alt="Olhe a dupla ali!" />Olhe a dupla ali!
J&aacute; Deimos est&aacute; entre as menores luas do Sistema Solar, com pouco mais de 12 km de di&acirc;metro, e tem a particularidade de, em vez de estar em um plano perfeitamente alinhado com o equador do Planeta Vermelho, se encontra 2 graus &ldquo;fora de prumo&rdquo;. Apesar de essa ser uma esquisitice, segundo os pesquisadores do SETI, nunca ningu&eacute;m havia se interessado em explorar essa caracter&iacute;stica orbital de Deimos. Pois, os cientistas do instituto resolveram investigar e, bem... j&aacute; demos o spoiler, n&eacute;?
<h2>Vermelho e enfeitado com an&eacute;is!</h2>
Simula&ccedil;&otilde;es realizadas h&aacute; alguns anos revelaram que Fobos, al&eacute;m de orbitar bem mais pr&oacute;ximo de Marte do que Deimos, conforme j&aacute; dissemos, est&aacute; se acercando cada vez mais do planeta &ndash; a uma propor&ccedil;&atilde;o de quase 2 cent&iacute;metros por ano. Com isso, a expectativa &eacute; de que, com o passar do tempo, o pequeno astro n&atilde;o resista &agrave;s for&ccedil;as gravitacionais de Marte e acabe se despeda&ccedil;ando. Quando isso ocorrer, dentro de alguns milh&otilde;es de anos, parte dos destro&ccedil;os dever&aacute; cair sobre a superf&iacute;cie marciana. Mas uma parcela dos detritos permanecer&aacute; ao redor do nosso vizinho, formando um anel. E &eacute; aqui que entra o novo estudo do pessoal do SETI.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/05/05115510956639.jpg" alt="Adere&ccedil;os marcianos" />Adere&ccedil;os marcianos
Pesquisas anteriores apontaram que o nosso vizinho provavelmente j&aacute; teve outros sat&eacute;lites no passado que, ao longo do tempo, sofreram o mesmo destino tr&aacute;gico previsto para a pequena Fobos, criando an&eacute;is em torno de Marte. Ent&atilde;o, com base nesses estudos, o pessoal do SETI &ndash; que queria entender a raz&atilde;o de Deimos orbitar em um plano um pouquinho inclinado com rela&ccedil;&atilde;o ao equador de Marte &ndash; realizou uma s&eacute;rie de novas simula&ccedil;&otilde;es e c&aacute;lculos, concluindo que o Planeta Vermelho possivelmente teve uma lua cerca de 20 vezes mais massiva do que Fobos.
Ainda segundo as estimativas do SETI, ao longo de bilh&otilde;es de anos, esse antigo sat&eacute;lite se desintegrou, produziu um anel de detritos ao redor de Marte &ndash; cujo material voltou a se aglomerar, formar uma nova lua, que tamb&eacute;m se rompeu e se recomp&ocirc;s novamente, dando origem &agrave; atual Fobos. Al&eacute;m disso, o estudo aponta que foi a presen&ccedil;a dessa lua mais massiva, em conjunto com a influ&ecirc;ncia gravitacional do Planeta Vermelho, que provocou a (ligeira) inclina&ccedil;&atilde;o na &oacute;rbita de Deimos.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/05/05115646753642.jpg" alt="Que tal, hein?" />Que tal, hein?
Assim, Fobos, a lua condenada a virar poeira, seria bastante mais jovem do que Deimos &ndash; ela teria por volta de 3,5 bilh&otilde;es de anos, enquanto a sua irm&atilde; mais nova n&atilde;o passaria de 200 milh&otilde;es de anos, aproximadamente &ndash; e Marte, em um passado distante, teria ostentado um anel bem vistoso. E como &eacute; que os cientistas pretendem provar essa teoria? Pois a Ag&ecirc;ncia Espacial Japonesa, AXA, tem planos de enviar sondas espaciais aos dois sat&eacute;lites marcianos para coletar amostras dentro de alguns anos e, se essas miss&otilde;es realmente acontecerem, a an&aacute;lise dos exemplares lunares poder&aacute; confirmar se o time do SETI tem raz&atilde;o (ou n&atilde;o).
Leia tamb&eacute;m:
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<li><a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114498-pesquisadores-acham-o-lugar-para-futura-colonia-humana-em-marte.htm" target="_blank" title="Pesquisadores acham o lugar para futura col&ocirc;nia humana em Marte">Pesquisadores acham o lugar para futura col&ocirc;nia humana em Marte</a><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/152929-penhasco-revela-marte-teve-rios-chuvas-abundantes.htm" target="_blank" title="Penhasco revela que Marte teve rios e chuvas abundantes"> </a></li>
<li><a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114414-penhasco-revela-que-marte-teve-rios-e-chuvas-abundantes.htm" target="_blank" title="Penhasco revela que Marte teve rios e chuvas abundantes">Penhasco revela que Marte teve rios e chuvas abundantes</a></li>
<li><a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114155-amostras-de-marte-poderiam-prejudicar-o-planeta-terra.htm" target="_blank" title="Amostras de Marte poderiam prejudicar o planeta Terra?">Amostras de Marte poderiam prejudicar o planeta Terra?</a></li>
<li><a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113663-marte-habitavel-como-seria-a-terraformacao-do-planeta-vermelho.htm" target="_blank" title="Marte habit&aacute;vel? Como seria a terraforma&ccedil;&atilde;o do Planeta Vermelho">Marte habit&aacute;vel? Como seria a terraforma&ccedil;&atilde;o do Planeta Vermelho</a></li>
</ul><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/153895-orbitas-luas-marcianas-sugerem-planeta-vermelho-teve-aneis.htm">Órbitas de luas marcianas sugerem que Planeta Vermelho já teve anéis</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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Órbitas de luas marcianas sugerem que Planeta Vermelho já teve anéis

Imagem de Físicos identificam possível discrepância no “peso” do Universo no megacurioso

Anomalia pode levar a Ciência a ter de revisar o Modelo Padrão da Cosmologia

Pode parecer um c&aacute;lculo sem prop&oacute;sito &ndash; ou at&eacute; imposs&iacute;vel de se fazer &ndash;, mas os cientistas conseguem estimar o &ldquo;peso&rdquo; do Universo, uma vez que essa informa&ccedil;&atilde;o permite a eles desenvolverem uma por&ccedil;&atilde;o de estudos e levantamentos sobre o cosmos. Obviamente n&atilde;o se trata de uma &ldquo;conta&rdquo; f&aacute;cil de se fazer, e os f&iacute;sicos precisam lan&ccedil;ar m&atilde;o de observa&ccedil;&otilde;es e an&aacute;lises bastante complexas.
Acontece que um estudo recente identificou discrep&acirc;ncias no valor referente ao peso do Universo e, apesar de a anomalia poder se referir a um simples erro ou resultado de &ldquo;ru&iacute;dos&rdquo; nas observa&ccedil;&otilde;es, pode ser que a diferen&ccedil;a indique que existem elementos desconhecidos pelos cientistas no Cosmos, assim como a necessidade de que a F&iacute;sica fa&ccedil;a uma revis&atilde;o no Modelo Padr&atilde;o da Cosmologia.
<h2>Balan&ccedil;a c&oacute;smica</h2>
Para calcular o peso do Universo, os cientistas medem a densidade da mat&eacute;ria presente nele e o seu &iacute;ndice de aglomera&ccedil;&atilde;o &ndash; uma vez que ela n&atilde;o se encontra distribu&iacute;da de forma uniforme. Para isso, os f&iacute;sicos usam um efeito c&oacute;smico chamado &ldquo;Lente Gravitacional Fraca&rdquo;, que consiste em pequenos desvios na luz emitida por gal&aacute;xias distantes provocados pela a&ccedil;&atilde;o da gravidade dessas estruturas sobre a mat&eacute;ria que se encontra dispersa no Cosmos.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/03/03184825501454.jpg" alt="Peso pesado" />Peso pesado
Esse fen&ocirc;meno, quando observado em uma &uacute;nica gal&aacute;xia, n&atilde;o diz muita coisa aos cientistas, visto que o efeito &eacute; bem fraquinho. No entanto, se ele for medido em dezenas de milhares delas, o desvio (ainda que seja superleve) &eacute; mais not&aacute;vel. Ademais, &eacute; por conta dele que, na m&eacute;dia, o formato das gal&aacute;xias observadas aqui da Terra &eacute; el&iacute;ptico quando, sem a lente gravitacional e considerando que essas estruturas apresentam orienta&ccedil;&atilde;o aleat&oacute;ria com rela&ccedil;&atilde;o ao nosso planeta, ele deveria ter forma tendendo mais para o circular.
Os astr&ocirc;nomos se basearam nesse efeito para calcular quanta mat&eacute;ria (convencional e escura) existe em uma grande parcela do universo observ&aacute;vel contendo um elevado n&uacute;mero de gal&aacute;xias &ndash; uma regi&atilde;o que abriga cerca de 15 milh&otilde;es delas. Al&eacute;m disso, os cientistas tamb&eacute;m levaram em considera&ccedil;&atilde;o a dist&acirc;ncia entre as gal&aacute;xias, algo que &eacute; estimado com base no chamado &ldquo;Desvio para o Vermelho&rdquo;, que se traduz na quantidade de luz emitida por elas deslocada em dire&ccedil;&atilde;o aos comprimentos de onda mais longos do lado vermelho do espectro.
<h2>Discrep&acirc;ncias</h2>
Os pesquisadores combinaram uma enorme quantidade de observa&ccedil;&otilde;es &ndash; conduzidas pelos projetos Kilo-Degree Survey (KiDS) e VISTA Kilo-Degree Infrared Galaxy Survey (VIKING), do Observat&oacute;rio Paranal no Chile &ndash; e compararam com outro monte de dados das mesmas gal&aacute;xias, coletados pelo Very Large Telescope, que tamb&eacute;m faz parte do Observat&oacute;rio Paranal, mas &eacute; mais robusto, e pelos telesc&oacute;pios Keck, situados no Hava&iacute;. A partir disso, os cientistas conseguiram determinar a densidade c&oacute;smica da mat&eacute;ria na &aacute;rea examinada, obtendo um resultado chamado &ldquo;Sigma-Oito&rdquo;.
Esse mesmo trabalho tinha sido realizado por outra equipe de cientistas, mas os valores n&atilde;o batem. O outro estudo foi feito com base em observa&ccedil;&otilde;es realizadas atrav&eacute;s do sat&eacute;lite Planck, da Ag&ecirc;ncia Espacial Europeia, que est&aacute; focado em levantamentos sobre radia&ccedil;&atilde;o c&oacute;smica de fundo em micro-ondas, ou seja, a radia&ccedil;&atilde;o residual mais antiga do Cosmos, emitida cerca de 380 mil anos ap&oacute;s o Big Bang. Nesse levantamento, os f&iacute;sicos mapearam varia&ccedil;&otilde;es de temperatura e a polariza&ccedil;&atilde;o da radia&ccedil;&atilde;o c&oacute;smica de fundo de cada pedacinho do universo primitivo examinado na ocasi&atilde;o e, com esse resultado, conseguiram estimar qual seria o sigma-oito atual.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;SciTechDaily / Reprodu&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://scitechdaily.com/the-weight-of-the-universe-physicists-challenge-the-standard-model-of-cosmology/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/03/03185011626458.jpg" alt="Diferen&ccedil;as de peso" />Diferen&ccedil;as de peso.
O valor encontrado no primeiro estudo foi de 0,81, enquanto o resultado de agora foi de 0,74 &ndash; criando o que os cientistas chamaram de &ldquo;Tens&atilde;o Sigma-Oito&rdquo;. Os pesquisadores explicaram que existe uma pequena chance, estimada em apenas 1%, de que a discrep&acirc;ncia seja decorrente de aberra&ccedil;&otilde;es estat&iacute;sticas causadas por ru&iacute;dos capturados durante as observa&ccedil;&otilde;es, causando interfer&ecirc;ncias nos dados. Dessa forma, pode ser que uma das equipes (ou ambas!) tenha cometido algum erro de c&aacute;lculo.
Contudo, se uma checagem nos c&aacute;lculos e a realiza&ccedil;&atilde;o de novas observa&ccedil;&otilde;es descartarem essas possibilidades mencionadas antes, os cientistas ter&atilde;o que propor uma revis&atilde;o do Modelo Cosmol&oacute;gico Padr&atilde;o e uma reformula&ccedil;&atilde;o de seus conceitos. Caso isso ocorra, pode ser que diversos mist&eacute;rios c&oacute;smicos&nbsp;sejam finalmente desvendados, por exemplo a natureza e a propor&ccedil;&atilde;o da energia e mat&eacute;ria escura no Cosmos, bem como a maneira que elas interagem entre si e com a mat&eacute;ria comum. Desse modo, &eacute; poss&iacute;vel a ocorr&ecirc;ncia de descobertas e, com isso, a origem de uma nova F&iacute;sica.
<h2>Revisando o modelo</h2>
Esta n&atilde;o &eacute; a primeira vez que os f&iacute;sicos identificam discrep&acirc;ncias em constantes c&oacute;smicas e uma revis&atilde;o do modelo padr&atilde;o &eacute; sugerida. Ademais da Tens&atilde;o Sigma-Oito, existe a Tens&atilde;o Hubble, relacionada &agrave; constante de Hubble, que consiste no ritmo com o qual o Universo est&aacute; se expandindo.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/03/03185115704461.jpg" alt="Chegou a hora de propor uma nova F&iacute;sica?" />Chegou a hora de propor uma nova F&iacute;sica?
Times distintos de cientistas chegaram a valores diferentes h&aacute; alguns anos. Ent&atilde;o, depois de rever os c&aacute;lculos e avan&ccedil;ar nos estudos realizados, hoje existe o consenso de que h&aacute; 1 chance em 3,5 milh&otilde;es de a diferen&ccedil;a ser o resultado de uma mera casualidade. A Tens&atilde;o Sigma-Oito ainda precisa ser mais bem explorada, mas essa anomalia se soma a outras que sugerem que a F&iacute;sica talvez precise passar por uma bela revisada mesmo!
Leia mais sobre o tema:
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<li><a href="http://www.tecmundo.com.br/ciencia/153724-cientistas-encontram-materia-perdida-universo.htm" target="_blank" title="Cientistas encontram mat&eacute;ria perdida do Universo">Cientistas encontram mat&eacute;ria perdida do Universo</a></li>
<li><a href="http://www.tecmundo.com.br/ciencia/152980-materia-escura-desaparecida-explicaria-misterio-fisica.htm" target="_blank" title="Mat&eacute;ria escura desaparecida explicaria mist&eacute;rio na f&iacute;sica">Mat&eacute;ria escura desaparecida explicaria mist&eacute;rio na f&iacute;sica</a></li>
<li><a href="http://www.tecmundo.com.br/ciencia/152615-havia-big-bang.htm" target="_blank" title="O que havia antes do Big Bang?">O que havia antes do Big Bang?</a></li>
<li><a href="http://www.tecmundo.com.br/ciencia/151103-via-lactea-dentro-gigantesca-bolha.htm" target="_blank" title="Via L&aacute;ctea poderia estar dentro de uma gigantesca bolha">Via L&aacute;ctea poderia estar dentro de uma gigantesca bolha</a></li>
<li><a href="http://www.tecmundo.com.br/cultura-geek/150901-neutrinos-ter-impedido-aniquilacao-universo.htm" target="_blank" title="Neutrinos podem ter impedido aniquila&ccedil;&atilde;o do Universo">Neutrinos podem ter impedido aniquila&ccedil;&atilde;o do Universo</a></li>
</ul><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/153878-fisicos-identificam-possivel-discrepancia-peso-universo.htm">Físicos identificam possível discrepância no “peso” do Universo</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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Físicos identificam possível discrepância no “peso” do Universo

Imagem de Sonda em Marte finalmente começa a trabalhar depois de alguns apuros no megacurioso

Após levar um “safanão”, InSight foi corretamente instalada em solo marciano e dá início a escavações

Quem nunca perdeu a paci&ecirc;ncia com um eletr&ocirc;nico e resolveu dar uma &ldquo;pancada&rdquo; para ver se ele voltava ao normal? No caso da <a href="http://www.tecmundo.com.br/nasa/" target="_blank" title="NASA">NASA</a>, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/151182-nasa-recupera-sonda-marte-pancada-em-si-mesma.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">isso funcionou muito bem</a>. Ap&oacute;s realizar uma manobra arriscada para recuperar a InSight, que havia ficado presa em solo marciano, a ag&ecirc;ncia anunciou que, finalmente, conseguiu instal&aacute;-la de maneira apropriada.
A sonda t&eacute;rmica estava h&aacute; mais de um ano sem realizar as pesquisas para as quais foi enviada. Apelidada de &ldquo;toupeira&rdquo;, espera-se que a aventureira possa continuar cavando por conta pr&oacute;pria, de acordo com o planejado &ndash; uma vez que, agora no subsolo, n&atilde;o precisa mais lidar com as armadilhas do terreno solto em que estava inicialmente.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/04/04165152005388.jpg" alt="Ser&aacute; que agora vai?" />Ser&aacute; que agora vai?
N&atilde;o pense que as dificuldades param por a&iacute;. Para que a InSight forne&ccedil;a novas informa&ccedil;&otilde;es sobre a temperatura interna do planeta, &eacute; necess&aacute;ria uma perfura&ccedil;&atilde;o de quase 5 metros de profundidade, o que significa que, caso algo d&ecirc; errado novamente, &eacute; prov&aacute;vel que uma simples pancada n&atilde;o funcione desta vez.
De qualquer forma, n&atilde;o pense que a sonda ficou de folga nesse tempo todo. Enquanto esperava para saber como sairia da enrascada, dados valiosos sobre <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/140676-escute-1-martemoto-registrado-sonda-insight-marte.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tremores do solo marciano</a> e sons extraterrenos foram captados &ndash; <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/148465-sonda-parker-solar-coletou-informacoes-impressionantes-sol.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">revelando curiosidades</a> sobre a vida, o Universo e tudo mais.<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/153858-sonda-marte-finalmente-comeca-trabalhar-apuros.htm">Sonda em Marte finalmente começa a trabalhar depois de alguns apuros</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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Sonda em Marte finalmente começa a trabalhar depois de alguns apuros

Imagem de Mercúrio ficará visível a olho nu nesta quinta-feira, dia 4 no megacurioso

O planeta atingirá seu ponto mais alto em relação ao horizonte logo após o pôr do sol e permanecerá visível por cerca de 2 horas

Nesta quinta-feira (4), ser&aacute; poss&iacute;vel observar Merc&uacute;rio a olho nu ap&oacute;s o p&ocirc;r do sol. O planeta atingir&aacute; seu ponto mais alto em rela&ccedil;&atilde;o ao horizonte no come&ccedil;o da noite e ficar&aacute; vis&iacute;vel por apenas 2 horas, segundo o Astronomy Magazine. Para observ&aacute;-lo com mais facilidade, o ideal &eacute; olhar em dire&ccedil;&atilde;o ao oeste.
Este &eacute; o um evento incomum, considerando que o planeta n&atilde;o ultrapassa a linha do horizonte com frequ&ecirc;ncia e, durante as noites, fica pouco tempo no c&eacute;u devido &agrave; sua proximidade do Sol. O planeta atingiu sua elonga&ccedil;&atilde;o oriental m&aacute;xima por volta das 9h, no entanto somente poder&aacute; ser observado no come&ccedil;o desta noite.
<figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/04/04152837561220.jpg" alt="a" /> <a class="fonte_imagem" href="https://heasarc.gsfc.nasa.gov/nasap/docs/solar2_p/mercury_p.html">&nbsp;NASA/Reprodu&ccedil;&atilde;o&nbsp;</a></figure>
Em raz&atilde;o da sua posi&ccedil;&atilde;o no Sistema Solar, Merc&uacute;rio subir&aacute; apenas 7&ordm; acima do horizonte &mdash; uma dist&acirc;ncia consideravelmente curta para observa&ccedil;&atilde;o da Terra. Por essa raz&atilde;o, n&atilde;o ser&aacute; t&atilde;o f&aacute;cil encontrar o pequeno planeta vermelho no c&eacute;u.
Vale dizer que o planeta vai se p&ocirc;r mais cedo a cada dia durante as pr&oacute;ximas 2 semanas. E, apesar de seu arco aumentar nesse per&iacute;odo, sua luminosidade diminuir&aacute; gradativamente &mdash; o que, por consequ&ecirc;ncia, dificultar&aacute; sua observa&ccedil;&atilde;o.&nbsp;
<h2 dir="ltr">Eclipse lunar nesta sexta-feira (5)</h2>
Esta semana ser&aacute; marcada por dois eventos astron&ocirc;micos importantes. No dia seguinte &agrave; apari&ccedil;&atilde;o de Merc&uacute;rio, acontecer&aacute; um eclipse lunar penumbral, no qual a Lua ser&aacute; levemente ofuscada pela sombra da Terra. No entanto, o fen&ocirc;meno ser&aacute; vis&iacute;vel somente na &Aacute;frica, Austr&aacute;lia, Europa, R&uacute;ssia e regi&atilde;o Leste do Brasil.&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/153848-mercurio-visivel-olho-nu-quinta-feira-04.htm">Mercúrio ficará visível a olho nu nesta quinta-feira (4)</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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Mercúrio ficará visível a olho nu nesta quinta-feira, dia 4

Imagem de Explosão solar produz a maior chama desde 2017 no megacurioso

A intensidade das explosões solares pode marcar o fim de um ciclo de 11 anos, quando o Sol inverte seus polos

<head></head><body>Na manhã da última sexta-feira (29), o Sol ejetou a maior chama já observada desde 2017 numa erupção detectada pelo <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112584-em-clima-de-halloween-nasa-divulga-foto-assustadora-do-sol.htm">Solar Dynamics Observatory</a> (SDO), uma sonda não-tripulada da NASA lançada em 2010 para acompanhar as alterações solares que afetam a vida na Terra.&nbsp;As chamas solares são explosões de radiação ejetadas pela nossa estrela e formadas a partir de manchas solares, marcas escuras, relativamente frias e breves que possuem campos magnéticos fortíssimos.Os cientistas classificam esses surtos de fogo em três tipos: C, M e X, sendo cada uma delas 10 vezes mais poderosa que a anterior. Assim, as chamas do tipo X são 10 vezes superiores às do tipo M que, por sua vez, são 10 vezes mais poderosas que a C.<h2>Erupções solares</h2><div tabindex="0">Apesar da intensidade observada, a explosão da semana passada foi classificada como da classe M, o que significa que não foi tão monstruosa no jargão científico. E, o que é mais importante, não estava direcionada para a nossa Terra. &nbsp;</div>Isso elimina o risco das chamadas ejeções de massa coronal, que são&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112248-tempestade-solar-cataclismica-pode-atingir-a-terra-em-100-anos.htm">gigantescas erupções</a>&nbsp;de gás ionizado a altas temperaturas que, sob a forma de&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/108658-sonda-espacial-detecta-parede-hidrogenio-limites-sistema-solar.htm">ventos solares</a>, atingem o campo magnético da Terra, causando as tempestades geomagnéticas, que prejudicam os meios de comunicação e as instalações elétricas do planeta.Ainda assim, a explosão ocorrida pode significar que o Sol possa estar atingindo o pico de seu ciclo de atividade de 11 anos, segundo os cientistas da NASA. Esses ciclos possuem um nível mínimo e outro máximo bem definidos."No entanto, são necessários pelo menos seis meses de observações solares e contagem de manchas solares para saber quando isso ocorre", alertam os responsáveis pelas atualizações do SDO.<h2>Mudança de ciclos solares</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/01/01220651092410.jpg" alt="Esquema de um Ciclo Solar">Esquema de um Ciclo SolarCada ciclo solar se baseia no campo magnético do Sol, que gira a cada 11 anos e culmina com a troca de lugar entre os polos magnéticos norte e sul. Se for esse o caso, o ciclo atual, chamado de Ciclo Solar 24, pode estar chegando ao fim.Em 2017, a NASA declarou que o mínimo solar de energia era esperado em 2019-2020, previsão reduzida em dezembro passado pela NOAA (National Oceanic and Atmospheric Administration) que estimou a transição entre os ciclos solares 24 e 25 em abril de 2020.&nbsp;Vamos ficar ligados, porque a mudança pode já ter acontecido!</body>

thumb-image-2024-02-29T14:04:44.431Z

Explosão solar produz a maior chama desde 2017

Imagem de Buraco negro: quão perto dá para chegar antes de ser "sugado"? no megacurioso

Einstein teorizou uma fronteira da qual nenhum objeto (ou luz) poderia escapar de um buraco negro. Agora, astrônomos tentam encontrar esse limite

<head></head><body>Se você estivesse passando perto de um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114099-cientistas-divulgam-foto-de-buraco-negro-cuspindo-energia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">buraco negro</a>, em que ponto você "cairia lá dentro"? Quão perto você poderia chegar antes de ser "sugado"? A Teoria da Relatividade formulada por Albert Einstein fala sobre uma fronteira chamada ISCO, a sigla em inglês para “órbita circular estável mais interna”. Até ela, é possível estar próximo ao buraco negro sem mais consequências, depois dela, a coisa complica.&nbsp;<h2 dir="ltr">Antes de ser engolido, você seria esmagado</h2>Cada corpo celeste exerce a gravidade correspondente à relação entre sua massa e seu volume. Portanto, passear ao redor de um buraco negro, de uma certa distância, pode ser tranquilo, basta calcular a atração que o fenômeno impõe. Seria o mesmo que voar perto de um planeta ou uma lua. Os problemas começam a aparecer se você for chegando mais perto.Objetos puxados pelo “abraço gravitacional” de um buraco negro vão fazendo uma órbita cada vez menor ao redor dele. Com o tempo, eles são achatados e ficam com um formato muito fino — é são conhecidos como discos de acreção. São parecidos com feixes de luz e, dependendo de sua densidade, podem ser tão comprimidos que chegam a emitir um brilho muito intenso.&nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/02/02195521190366.jpg" alt="(Fonte: Brazilian Astronomy)">(Fonte: Brazilian Astronomy)<h2 dir="ltr">A fronteira sem retorno</h2>O ponto em que até o disco de acreção perde a estabilidade e colapsa é a chamada órbita circular estável mais interna. Dentro dela, tudo é tragado para o centro do buraco negro e não há possibilidade de escapar. Esse limite foi determinado na Teoria de Relatividade, formulada por Einstein, e, só agora, astrônomos estão conseguindo estudá-lo e medi-lo com mais precisão.<h2 dir="ltr">Calculando o abismo</h2>Astrônomos conseguiram analisar a radiação emitida de dentro da órbita mais interna por discos de acreção. O resultado foi inconclusivo. Ainda não foi possível determinar a "fronteira" do abismo espacial. Os cientistas afirmam, entretanto, que os dados apurados foram um grande avanço e que, no futuro, com <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/111172-historico-telescopios-na-terra-registram-a-imagem-de-um-buraco-negro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">telescópios mais modernos</a> seremos capazes de confirmar a existência da ISCO. Por enquanto, fique longe de buracos negros.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:04:44.190Z

Buraco negro: quão perto dá para chegar antes de ser 'sugado'?

Imagem de Bolhas de Fermi podem ter origem em "indigestão" de buraco negro no megacurioso

Misteriosas bolas de matéria espacial, descobertas em 2010, podem ter sido expelidas por buraco negro no centro da Via Láctea

<head></head><body>Descobertas em 2010, as Bolhas de Fermi se tornaram um dos mistérios mais intrigantes da astronomia, nos últimos anos: são duas gigantescas estruturas circulares de gás, poeira e raios cósmicos, com 25 anos-luz de diâmetro cada, que existem no <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114660-astronomos-registram-a-pulsacao-do-coracao-da-via-lactea.htm">centro da Via Láctea</a>. As bolhas foram observadas pela primeira vez pelo telescópio de raios-gama Fermi, da NASA, e receberam o mesmo nome do instrumento que possibilitou sua descoberta.&nbsp;Medidas astronômicas podem ser difíceis de colocar em perspectiva, mas as Bolhas de Fermi realmente são enormes: juntas, elas têm metade do diâmetro de toda a nossa galáxia.Pois é... Como todo esse material foi parar lá? Isso é o que muitos cientistas têm tentado explicar desde a descoberta das bolhas e o que uma pesquisa publicada em meados de maio, pelo The Astrophysical Journal,&nbsp;talvez tenha conseguido finalmente compreender. As Bolhas de Fermi, segundo o estudo, são resultado da "indigestão" de um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114402-buraco-negro-proximo-da-terra-pode-ser-visto-sem-telescopio.htm">buraco negro</a>.&nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/03/03002404153491.jpg" alt="Fonte: Wikimedia Commons">Fonte: Wikimedia Commons<h2>Buracos negros têm indigestão?</h2>Buracos negros não são seres vivos que têm estômago para ter uma indigestão no sentido literal da palavra, mas essa é uma boa analogia para entender o fenômeno que deu origem às Bolhas de Fermi.&nbsp;Explicando por partes, há um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/109883-confirmado-ha-um-buraco-negro-supermassivo-e-glutao-no-centro-da-galaxia.htm">buraco negro supermassivo no centro da nossa galáxia</a> — ele é chamado de Sagittarius A* ou apenas Sgr A*, para os íntimos — e, como você deve saber, buracos negros "devoram" todo tipo de matéria ao seu redor. A questão é que, em algumas ocasiões, buracos negros que ingeriram muita matéria podem expelir parte dela de volta, em enormes jatos de energia. Fenômenos como esse já foram observados pela NASA em outras galáxias e formam a teoria defendida no artigo da The Astrophysical Journal para explicar a origem das Bolhas de Fermi.&nbsp;Usando diversas simulações de computador, os pesquisadores conseguiram estimar que a tal "indigestão" do buraco negro Sgr A* aconteceu há cerca de seis milhões de anos, quando uma onda de choque expeliu dois enormes jatos de matéria ionizada, um para cada lado do centro da galáxia. Esses jatos, segundo os cálculos dos pesquisadores, teriam durado cerca de um milhão de anos. Depois disso, as bolhas continuaram se expandindo, até chegar ao seu gigantesco — e impressionante! — formato atual.&nbsp;</body>

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Bolhas de Fermi podem ter origem em 'indigestão' de buraco negro

Imagem de Pi elevado ao espaço confirma teoria de Einstein no megacurioso

Ondas gravitacionais foram usadas para testar a relatividade geral

Apurar o valor de&nbsp;<span style="color: #404040; font-family: 'Source Sans Pro', sans-serif; font-size: 18px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: #ffffff; text-decoration-style: initial; text-decoration-color: initial; display: inline !important; float: none;">&nbsp;&pi;, a constante que expressa a raz&atilde;o entre a circunfer&ecirc;ncia e o di&acirc;metro de um c&iacute;rculo, &eacute; algo que supercomputadores fazem sempre, alcan&ccedil;ando o j&aacute; conhecido 3,14, mas seguido de infinitas casas decimais.&nbsp;Carl-Johan Haster, astrof&iacute;sico te&oacute;rico do Institute of Techonology (MIT), chegou a um n&uacute;mero ligeiramente diferente: 3,115.
Essa imprecis&atilde;o n&atilde;o &eacute; nada, dada a real inten&ccedil;&atilde;o do pesquisador: testar a Teoria Geral da Relatividade de Einstein, que liga a gravidade &agrave; din&acirc;mica do espa&ccedil;o e tempo. O resultado de seu trabalho foi publicado no reposit&oacute;rio de artigos cient&iacute;ficos <a target="_blank" class="c-link" data-sk="tooltip_parent" aria-describedby="sk-tooltip-31adea0f-a04e-4481-a048-32bed5904c7e" href="https://slack-redir.net/link?url=http%3A%2F%2FarXiv.org" rel="noopener noreferrer" style="font-family: 'Source Sans Pro', sans-serif; font-size: 18px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: #ffffff;">arXiv.org</a>.
Ondas gravitacionais s&atilde;o aquelas geradas no espa&ccedil;o-tempo quando objetos maci&ccedil;os, como buracos negros ou estrelas massivas, s&atilde;o formados.&nbsp;
<img src="https://66.media.tumblr.com/68d8a75ff667dd92a565162636dd8e9e/tumblr_o2czwwbj481t5fphqo4_500.gifv" class="b-debug__img" />
<h2>Vari&aacute;vel, n&atilde;o constante</h2>
Ao estud&aacute;-las, Haster (que colabora no Observat&oacute;rio de Ondas Gravitacionais com Interfer&ocirc;metro a Laser &mdash; LIGO, acr&ocirc;nimo em ingl&ecirc;s), notou que Pi aparecia nos termos de uma equa&ccedil;&atilde;o que descreve sua propaga&ccedil;&atilde;o.
Apesar de Pi ser uma constante, o astrof&iacute;sico usou o n&uacute;mero como uma vari&aacute;vel (de maneira similar &agrave;s equa&ccedil;&otilde;es em que precisamos achar o valor de x ou de y) e tentou determinar seu valor a partir das observa&ccedil;&otilde;es das ondas gravitacionais. Haster usou os dados de 22 ondas gravitacionais observadas pelo LIGO e mostrou que Pi tem um valor prov&aacute;vel de 3,115.
&ldquo;A teoria de Einstein ainda n&atilde;o parece precisar de ajustes. Para mim, o estudo produziu um teste v&aacute;lido e bastante forte da relatividade geral", diz Haster.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Carl-Johan Haster/Divulga&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://www.astroblogs.nl/2020/05/24/waarde-van-pi-is-bepaald-met-behulp-van-zwaartekrachtgolven-pi-3115/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/02/02195112252363.jpg" alt="A equa&ccedil;&atilde;o de Haster usou Pi como uma vari&aacute;vel e n&atilde;o, como uma constante." />A equa&ccedil;&atilde;o de Haster usou Pi como uma vari&aacute;vel, e n&atilde;o como uma constante.
Entender por que o valor de Pi aparece em equa&ccedil;&otilde;es para deduzir o caminho de ondas gravitacionais &eacute; um pouco mais complicado, principalmente porque as ondas interagem entre si. Colega de Haster e f&iacute;sica te&oacute;rica da Universidade Johns Hopkins, Emanuele Berti explica:
&ldquo;Ao jogar uma pedra em um lago, ela vai provocar ondula&ccedil;&otilde;es na &aacute;gua. Ao atirar outra, a superf&iacute;cie do lago n&atilde;o estar&aacute; mais lisa, j&aacute; que as ondas provocadas pela primeira pedra ainda estar&atilde;o se propagando e interferindo nas novas ondula&ccedil;&otilde;es. As ondas gravitacionais funcionam da mesma maneira: quando elas viajam, passam pela curvatura do espa&ccedil;o-tempo gerada pelas ondas gravitacionais produzidas no passado."
<h2>Estrelas de n&ecirc;utrons ser&atilde;o as pr&oacute;ximas</h2>
N&atilde;o &eacute; a primeira vez que Pi e o trabalho de Einstein est&atilde;o entre os estudos feitos por pesquisadores do LIGO. Em 2016, uma pesquisa testou a relatividade geral usando Pi em outra abordagem. E, como antes, a quest&atilde;o levantada &eacute; a mesma: a incerteza relativa dos valores encontrados (no caso Haster, variando de 3,027 a 3,163).
Para refinar esse resultado e tentar chegar ao valor matem&aacute;tico aceito, ser&aacute; preciso observar objetos mais leves. Estrelas de n&ecirc;utrons devem ser as escolhidas, j&aacute; que as ondas gravitacionais que emanam delas chegam a durar 300 vezes mais do que as geradas por buracos negros maci&ccedil;os.
<h2>Pi no espa&ccedil;o desde o in&iacute;cio</h2>
Para alguns matem&aacute;ticos, aumentar a sequ&ecirc;ncia conhecida &eacute; um passatempo, mas, para a astrof&iacute;sica, Pi &eacute; mais do que divers&atilde;o. Segundo a <a href="http://www.tecmundo.com.br/NASA" rel="noopener noreferrer" target="_blank">NASA</a>, a sequ&ecirc;ncia &eacute; usada, entre outras coisas, para:
1. determinar o tamanho do paraquedas das sondas enviadas ao solo de Marte;
2. fazer a sonda Cassini conseguir melhores &acirc;ngulos de Saturno e de sua lua Tit&atilde;;
3. mapear planetas conhecidos e inexplorados;
<div style="max-width: 768px;">
<div style="left: 0; width: 100%; height: 0; position: relative; padding-bottom: 54.6875%;"><iframe width="300" height="150" style="border: 0; top: 0; left: 0; width: 100%; height: 100%; position: absolute;" src="http://cdn.iframe.ly/c7Vhd00" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe></div>
</div>
4. descobrir mundos potencialmente habit&aacute;veis orbitando estrelas conhecidas;
5. colocar naves espaciais em &oacute;rbita;
6. rastrear os movimentos de asteroides;
7. elaborar as equa&ccedil;&otilde;es matem&aacute;ticas necess&aacute;rias para dirigir&nbsp;sondas, ve&iacute;culos e telesc&oacute;pios espaciais, bem como se comunicar com eles; 
<div style="max-width: 768px;">
<div style="left: 0; width: 100%; height: 0; position: relative; padding-bottom: 54.6875%;"><iframe width="300" height="150" style="border: 0; top: 0; left: 0; width: 100%; height: 100%; position: absolute;" src="http://cdn.iframe.ly/v7lIRQz" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe></div>
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8. calcular a largura do feixe do laser que atingir&aacute; o gelo alien&iacute;gena a ser analisado;
9. estudar crateras;
10. revelar do que s&atilde;o feitos os asteroides.
Leia tamb&eacute;m:
<ul>
<li><a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114202-ponto-pra-einstein-estrela-orbitando-buraco-negro-e-de-arrepiar.htm" target="_blank" title="Ponto pra Einstein: estrela orbitando buraco negro &eacute; de arrepiar">Ponto pra Einstein: estrela orbitando buraco negro &eacute; de arrepiar</a></li>
<li><a href="http://www.tecmundo.com.br/ciencia/150118-astronomos-descobrem-estrelas-invisiveis-distorcem-espaco-tempo.htm" target="_blank" title="Astr&ocirc;nomos descobrem estrelas &ldquo;invis&iacute;veis&rdquo; que distorcem o espa&ccedil;o-tempo">Astr&ocirc;nomos descobrem estrelas &ldquo;invis&iacute;veis&rdquo; que distorcem o espa&ccedil;o-tempo</a></li>
<li><a href="http://www.tecmundo.com.br/ciencia/149986-estrela-observada-arrastando-tecido-espaco-tempo.htm" target="_blank" title="Estrela &eacute; observada &ldquo;arrastando&rdquo; tecido espa&ccedil;o-tempo">Estrela &eacute; observada &ldquo;arrastando&rdquo; tecido espa&ccedil;o-tempo</a></li>
</ul>
<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/153774-pi-elevado-espaco-confirma-teoria-einstein.htm">Pi elevado ao espa&ccedil;o confirma teoria de Einstein</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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Pi elevado ao espaço confirma teoria de Einstein

Imagem de NASA publica imagem de célula humana com o vírus SARS-CoV-2 no megacurioso

A agência divulgou a foto em seu site Astronomy Picture of the Day que, apesar de ser voltado para curiosidades astronômicas, deu tela à pandemia de covid-19 nesta terça-feira (2)

<head></head><body>Nesta terça-feira (2), a NASA divulgou a imagem de uma célula humana sendo atacada pelo vírus SARS-CoV-2 em seu site <a href="https://apod.nasa.gov/apod/astropix.html" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Astronomy Picture of the Day (APOD)</a> que, como o próprio nome diz, tem como objetivo veicular uma imagem astronômica por dia. Na publicação, a agência escreveu que estamos sob ataque, mas não de extraterrestres.A foto divulgada pela NASA foi capturada pelo Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos (NIAID) nesta última semana, juntamente com outras micrografias do vírus.Devido ao tamanho do vírus e seu processo de contaminação, as imagens sofreram um aprimoramento digital de cores para ficarem mais nítidas. Confira abaixo a foto divulgada pela NASA em seu site:&nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/02/02114256652084.jpg" alt="O vírus SARS-CoV-2 (representado por pontinhos laranjas) está na superfície da célula (estrutura maior)">O vírus SARS-CoV-2 (representado por pontinhos laranjas) está na superfície da célula (estrutura maior)De acordo com o NIAID, os registros foram feitos a partir do material coletado de um paciente norte-americano, no momento em que suas células entraram em apoptose, processo mais conhecido como morte celular.Durante o <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/153532-pesquisas-indicam-covid-19-nao-contagiosa-11-dia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">processo de contaminação da célula</a>, o SARS-CoV-2 utiliza sua proteína spike para se conectar à membrana celular do hospedeiro. Com isso, o vírus consegue comandar a célula, obrigando-a a replicar seu material genético milhares de vezes.&nbsp;A célula hospedeira eventualmente fica sobrecarregada e morre. Este fenômeno causa uma "inundação" de material genético do vírus no organismo, contaminando outras células. Em sua publicação, a <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/153672-spacex-nasa-lancam-astronautas-espaco-sucesso.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">NASA</a> escreveu: “Após alguns anos, a humanidade espera vencer essa guerra — mas somente após a morte de milhões de pessoas e a destruição de trilhões de coronavírus."</body><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/153741-nasa-publica-imagem-celula-humana-virus-sars-cov-2.htm">NASA publica imagem de célula humana com o vírus SARS-CoV-2</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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NASA publica imagem de célula humana com o vírus SARS-CoV-2

Imagem de Cientistas encontram matéria perdida do Universo no megacurioso

Descoberta se baseou no estudo das misteriosas rajadas de rádio provenientes do espaço profundo

Com o&nbsp;<a href="http://www.tecmundo.com.br/ciencia/152615-havia-big-bang.htm" target="_blank" title="O que havia antes do Big Bang?">Big Bang</a>, o material que constituiu o universo se dividiu na "mat&eacute;ria comum" (5%, transformada de estrelas ao cachorro do vizinho), a mat&eacute;ria escura e a energia escura (os outros 95%). Esses dois &uacute;ltimos s&atilde;o pouco conhecidos e detect&aacute;veis; quanto &agrave; mat&eacute;ria comum, somente a metade dela j&aacute; havia sido detectada &ndash; at&eacute; agora.
Uma equipe internacional de astr&ocirc;nomos do australiano Centro Internacional de Pesquisa em Radioastronomia (ICRAR) usou estudos anteriores das chamadas explos&otilde;es r&aacute;pidas de r&aacute;dio (em ingl&ecirc;s, fast radio bursts, ou FRBs) para detectar a "mat&eacute;ria faltante" do universo, encerrando uma busca de tr&ecirc;s d&eacute;cadas.
<iframe width="640" height="360" title="vimeo-player" src="https://player.vimeo.com/video/293891308" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
"Sabemos pelas medi&ccedil;&otilde;es do Big Bang quanta mat&eacute;ria havia no come&ccedil;o do Universo, mas n&atilde;o consegu&iacute;amos encontrar a metade. O espa&ccedil;o intergal&aacute;ctico &eacute; muito escasso em mat&eacute;ria; a metade que faltava equivalia a apenas um ou dois &aacute;tomos em uma sala do tamanho de uma sala comum e, por isso, muito dif&iacute;cil de detectar usando t&eacute;cnicas e telesc&oacute;pios tradicionais&rdquo;, disse o astrof&iacute;sico Jean-Pierre Macquart, autor principal do estudo publicado agora na revista Nature.
<h2>Sinais misteriosos do c&eacute;u</h2>
Os FRBs s&atilde;o <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/145829-telescopio-chines-capta-sinais-misteriosos-vindos-espaco-profundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">explos&otilde;es de sinais de r&aacute;dio</a> carregadas de energia, cuja origem &eacute; o espa&ccedil;o profundo. S&atilde;o captadas pelas 36 antenas do Australian Square Kilometer Arrometer Pathfinder (ou ASKAP), um gigantesco conjunto de telesc&oacute;pios que vasculha o cosmos a partir do interior da Austr&aacute;lia Ocidental.&nbsp;
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<div style="left: 0; width: 100%; height: 0; position: relative; padding-bottom: 56.3333%;"><iframe width="300" height="150" style="border: 0; top: 0; left: 0; width: 100%; height: 100%; position: absolute;" src="http://cdn.iframe.ly/TwBQghI" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe></div>
</div>
Ainda n&atilde;o se sabe o que causa os FRBs &ndash; apenas que eles carregam uma quantidade de energia monumental (a mesma que &eacute; liberada pelo Sol em 80 anos). Como essas explos&otilde;es de r&aacute;dios s&atilde;o espor&aacute;dicas e n&atilde;o t&ecirc;m hora nem lugar do espa&ccedil;o para acontecer, o ASKAP monitora continuamente uma grande parcela do c&eacute;u: s&atilde;o dez trilh&otilde;es de medi&ccedil;&otilde;es por segundo, em busca de rajadas de FRBs.
Nas &uacute;ltimas d&eacute;cadas, a busca, segundo Macquart, se concentrou em regi&otilde;es espec&iacute;ficas do cosmos &ndash; o que, segundo o astr&ocirc;nomo, &eacute; &ldquo;tentar adivinhar o tamanho de um cachorro pela sua cauda". O uso dos FRBs, por&eacute;m, possibilita olhar o c&atilde;o inteiro. &nbsp;"O que os FRBs fazem &eacute; ir al&eacute;m dos trechos do espa&ccedil;o onde outras t&eacute;cnicas n&atilde;o v&atilde;o."
<h2>Ondas "sujas"</h2>
As ondas de r&aacute;dio carregadas de energia atravessam extens&otilde;es do espa&ccedil;o que, se daqui parecem vazias, est&atilde;o na verdade cheia de part&iacute;culas como el&eacute;trons. &Agrave; medida que as ondas de r&aacute;dio viajam pelo cosmos, elas interagem com el&eacute;trons livres, &lsquo;manchando&rsquo; o sinal de r&aacute;dio. &Eacute; essa &lsquo;mancha&rsquo; que se mostrou fundamental para encontrar a mat&eacute;ria que faltava.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/01/01195945029385.jpg" alt="Ao atravessar a mat&eacute;ria, os diferentes comprimentos de onda que comp&otilde;em os FRBs desenvolvem velocidades diferentes." />Ao atravessar a mat&eacute;ria, os diferentes comprimentos de onda que comp&otilde;em os FRBs desenvolvem velocidades diferentes.
"A radia&ccedil;&atilde;o dessas <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/145108-inedito-cientistas-captam-sinais-radio-margens-via-lactea.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">rajadas r&aacute;pidas de r&aacute;dio</a> se espalha pela mat&eacute;ria que falta da mesma maneira que as cores da luz solar se separam em um prisma. S&oacute; precis&aacute;vamos de seis para encontrar a mat&eacute;ria que faltava", disse Macquart, em comunicado da ICRAR.
<h2>Mapa mais fiel do Universo</h2>
O objetivo agora &eacute; usar a nova t&eacute;cnica n&atilde;o apenas para rastrear mais FRBs como para observar o cosmos mais detalhadamente, mapeando a chamada teia c&oacute;smica &ndash; os filamentos que unem o Universo.
&ldquo;Em cinco anos, pelo menos mais cem FRBs ser&atilde;o usados para montar um mapa mais fiel do universo real", espera o astr&ocirc;nomo da Universidade da Calif&oacute;rnia e coautor do estudo, Xavier Prochaska.
O ASKAP continuar&aacute; a ser a ponta de lan&ccedil;a na busca das <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/152719-rajada-rapida-radio-detectada-1-vez-via-lactea.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">rajadas r&aacute;pidas de r&aacute;dio</a>. Segundo Macquart, est&aacute; sendo constru&iacute;da uma nova e mais poderosa esta&ccedil;&atilde;o de observa&ccedil;&atilde;o, com uma taxa de detec&ccedil;&atilde;o de FRBs 20 vezes maior que as m&aacute;quinas atuais. &ldquo;Isso vai permitir que captemos cem rajadas no per&iacute;odo de um ano&rdquo;, disse o astr&ocirc;nomo.<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/153724-cientistas-encontram-materia-perdida-universo.htm">Cientistas encontram matéria perdida do Universo</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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