Imagem de Via Láctea poderia estar dentro de uma gigantesca bolha no megacurioso

Teoria resolveria um dilema científico sobre a taxa de expansão do Universo

Voc&ecirc; se lembra do filme&nbsp;MIB &ndash; Homens de Preto, em que havia uma gal&aacute;xia inteira dentro de uma bola de gude? Aparentemente, a Via L&aacute;ctea e outras gal&aacute;xias vizinhas passam pela mesma situa&ccedil;&atilde;o, mas estariam dentro de uma bolha com 250 milh&otilde;es de anos-luz de di&acirc;metro. A proposta foi feita por Lucas Lombriser, da Universidade de Genebra, na Su&iacute;&ccedil;a, e poderia explicar como alguns renomados cientistas obt&ecirc;m resultados diferentes na hora de calcular a taxa de expans&atilde;o do Universo.
A ideia &eacute; que tudo surgiu h&aacute; 13,8 bilh&otilde;es de anos, com o Big Bang. Desde ent&atilde;o, o Universo estaria se expandindo, mas a velocidade que isso acontece depende do par&acirc;metro analisado. Resumindo: se os dados analisados forem baseados na radia&ccedil;&atilde;o c&oacute;smica de fundo, o resultado &eacute; 10% menor do que se forem usados dados de supernovas distantes.
<h2>Uma bolha que vaga pelo espa&ccedil;o</h2>
A proposta de Lombriser &eacute; que a Via L&aacute;ctea, o Sistema Solar, a Terra e diversos outros astros nas redondezas estariam dentro de uma gigantesca bolha, que teria metade da densidade do resto do Universo. Assim, as duas an&aacute;lises de expans&atilde;o poderiam ser consideradas corretas.&nbsp;
A primeira delas &eacute; baseado no fundo c&oacute;smico de micro-ondas, uma radia&ccedil;&atilde;o proveniente de todos os lugares do Universo, tendo surgida quando ele esfriou o suficiente para a luz circular &ndash; algo em torno de 300 mil anos ap&oacute;s o Big Bang. J&aacute; o segundo m&eacute;todo &eacute; atrav&eacute;s da an&aacute;lise de supernovas muito distantes: por serem muito brilhantes, &eacute; poss&iacute;vel determinar dist&acirc;ncias muito mais precisas.&nbsp;
E ainda que as t&eacute;cnicas tenham se aprimorado ao longo dos anos, elas continuam gerando valores diferentes para a taxa de expans&atilde;o do Universo. A teoria de Lombriser de que a densidade da bolha seria 50% inferior do que a do resto do cosmos explicaria a diferen&ccedil;a desses resultados. Agora resta esperar como seus colegas cientistas v&atilde;o reagir &agrave; sua proposta.<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/151103-via-lactea-dentro-gigantesca-bolha.htm">Via Láctea poderia estar dentro de uma gigantesca bolha</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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Via Láctea poderia estar dentro de uma gigantesca bolha

Imagem de Planeta com chuva de ferro líquido é descoberto por cientistas no megacurioso

Essa é apenas uma das características impressionantes do Wasp-76b

O Universo &eacute; cheio de planetas fascinantes, mas poucos s&atilde;o t&atilde;o apocal&iacute;pticos quanto o Wasp-76b, descoberto em 2013 e localizado entre 390 a 640 anos-luz da Terra &ndash; a dist&acirc;ncia ainda n&atilde;o foi precisa pelos cientistas. Sua caracter&iacute;stica mais impressionante &eacute; o fato de que por l&aacute; provavelmente chove ferro l&iacute;quido!
Isso acontece porque o planeta est&aacute; muito pr&oacute;ximo de sua estrela. O Wasp-76b orbita t&atilde;o perto dela que sua transla&ccedil;&atilde;o &ndash; ou &ldquo;ano&rdquo; &ndash; dura apenas 43 horas. Por conta disso, a temperatura durante o dia chega a 2,4 mil graus Celsius, sendo capaz de vaporizar metais.&nbsp;
&Agrave; noite, a oscila&ccedil;&atilde;o de temperatura chega a mais de mil graus, fazendo o metal na atmosfera voltar a se condensar e chover de maneira l&iacute;quida. A descoberta desse fen&ocirc;meno &uacute;nico foi da equipe do astr&ocirc;nomo David Ehrenreich, da Universidade de Genebra, na Su&iacute;&ccedil;a.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/03/16/16035258608003.jpg" alt="Gigante gasoso est&aacute; muito pr&oacute;ximo de sua estrela" />Gigante gasoso est&aacute; muito pr&oacute;ximo de sua estrela.
Tamb&eacute;m chama a aten&ccedil;&atilde;o o fato de ele estar sempre voltado com a mesma face &agrave; estrela &ndash; algo que acontece com a Lua em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; Terra, por exemplo. Assim, existe um lado que est&aacute; constantemente muito quente enquanto o outro, de noite eterna, est&aacute; mais frio. Essa diferen&ccedil;a de temperatura gera ventos que chegam a 18 mil km/h.&nbsp;
Essa disparidade de temperatura tamb&eacute;m deve gerar outro fen&ocirc;meno curioso: gigantescas nuvens nas regi&otilde;es do planeta que ficam entre o dia e a noite. Isso acontece porque as altas temperaturas do lado diurno fazem com que a atmosfera nessa regi&atilde;o seja muito mais elevada, com as nuvens &ldquo;caindo&rdquo; para a atmosfera do lado noturno.
O Wasp-76b &eacute; um gigante gasoso com cerca do dobro do di&acirc;metro de J&uacute;piter, o maior planeta do Sistema Solar, apesar de ser t&atilde;o maci&ccedil;o quanto o nosso vizinho. Tantas caracter&iacute;sticas &uacute;nicas fazem com que o funcionamento das leis da F&iacute;sica ainda sejam incompreendidas em sua atmosfera. A expectativa &eacute; de ele acabar se chocando com a estrela dele ou da radia&ccedil;&atilde;o emitida por ela acabe com sua atmosfera, resultando apenas um n&uacute;cleo rochoso e muit&iacute;ssimo quente.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/03/16/16035355577004.jpg" alt="Arte mostra como seriam as tempestades nas regi&otilde;es entre o dia e a noite do Wasp-76b" />Arte mostra como seriam as tempestades nas regi&otilde;es entre o dia e a noite do Wasp-76b<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/151105-planeta-chuva-ferro-liquido-descoberto-cientistas.htm">Planeta com chuva de ferro líquido é descoberto por cientistas</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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Planeta com chuva de ferro líquido é descoberto por cientistas

Imagem de Dias na Terra tinham 30 minutos a menos na época dos dinossauros no megacurioso

Análise em fóssil de concha foi possível determinar que os dias eram mais curtos e os anos mais longos

Voc&ecirc; sente que os dias passam r&aacute;pidos demais? Saiba que se voc&ecirc; vivesse h&aacute; 70 milh&otilde;es de anos, eles seriam ainda mais ligeirinhos: cientistas descobriram que, naquela &eacute;poca, os dias possu&iacute;am cerca de 30 minutos a menos do que atualmente.&nbsp;
Essa curiosa descoberta foi feita por pesquisadores da Universidade de Bruxelas, na B&eacute;lgica, que analisaram a concha de um molusco do final do Cret&aacute;ceo atr&aacute;s de min&uacute;sculas camadas para calcular a dura&ccedil;&atilde;o dos dias. Assim, foi poss&iacute;vel determinar que os dias possu&iacute;am 23h30, enquanto os anos tinham 372 dias. O processo &eacute; semelhante a contar os an&eacute;is dos troncos das &aacute;rvores para calcular a sua idade, mas desta vez feito de maneira microsc&oacute;pica.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/03/13/13183720491081.jpg" alt="F&oacute;ssil utiizado na descoberta" />F&oacute;ssil utiizado na descoberta
Isso n&atilde;o &eacute; necessariamente uma grande novidade, j&aacute; que os cientistas notam que a rota&ccedil;&atilde;o da Terra est&aacute; cada vez mais lenta, sendo influenciada pela gravidade da Lua. A descoberta, por&eacute;m, pode ajudar a explicar melhor a origem do nosso planeta e seu sat&eacute;lite natural, al&eacute;m da rela&ccedil;&atilde;o de poder que cada um exerce sobre o outro.
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="http://www.tecmundo.com.br/ciencia/151030-nova-pesquisa-explica-colisao-resultou-terra-na-lua.htm" target="_blank" title="Nova pesquisa explica a colis&atilde;o que resultou na Terra e na Lua">Nova pesquisa explica a colis&atilde;o que resultou na Terra e na Lua</a>
A concha utilizada para a pesquisa pertenceu ao extinto molusco Torreites sanchezi, que ocupavam um espa&ccedil;o que hoje &eacute; preenchido pelos recifes de corais. Por possuir finas camadas de crescimento di&aacute;rio, ele seria o animal perfeito para calcular a dura&ccedil;&atilde;o dos dias em tempos t&atilde;o remotos. Essa compreens&atilde;o pode mudar a maneira como vemos o passado, afinal, costum&aacute;vamos cont&aacute;-lo atrav&eacute;s do conceito de dia que possu&iacute;mos atualmente.
O molusco em quest&atilde;o viveu 9 anos nas profundezas do mar quente da costa de Om&atilde;, no Oriente M&eacute;dio. Al&eacute;m de determinar a dura&ccedil;&atilde;o dos dias, o f&oacute;ssil analisado tamb&eacute;m apresenta padr&otilde;es sazonais, que permitiram calcular a quantidade de anos que ele viveu. Atrav&eacute;s das camadas, com espessuras de nan&ocirc;metros, foi poss&iacute;vel determinar que esse molusco se desenvolvia principalmente &agrave; noite.&nbsp;
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/03/13/13183848131082.jpg" alt="As ranhuras que puderam determinar a dura&ccedil;&atilde;o dos dias e dos anos" />As ranhuras que puderam determinar a dura&ccedil;&atilde;o dos dias e dos anos
&ldquo;Isso &eacute; bastante raro para um bivalve, e poucas esp&eacute;cies t&ecirc;m isso. Assim, &eacute; foi poss&iacute;vel entender como esses bivalves se tornaram t&atilde;o bem-sucedidos e como puderam assumir o papel de construtores de recifes dos corais na &eacute;poca dos dinossauros&rdquo;, explica Niels de Winter, cientista respons&aacute;vel pela descoberta, ao <a href="https://gizmodo.com/days-on-earth-used-to-be-30-minutes-shorter-ancient-sh-1842219446">Gizmodo</a>.<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/151102-dias-terra-tinham-30-minutos-na-epoca-dinossauros.htm">Dias na Terra tinham 30 minutos a menos na época dos dinossauros</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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Dias na Terra tinham 30 minutos a menos na época dos dinossauros

Imagem de Cientistas alcançam medição mais precisa de estrelas de nêutrons no megacurioso

  Estudo desmistifica um pouco mais sobre fenômeno ainda misterioso para pesquisadores e os dados alcançados são os mais precisos até então

As estrelas de n&ecirc;utrons s&atilde;o um fen&ocirc;meno ainda muito pouco conhecido, mas que n&atilde;o deixam de fascinar os cientistas. Elas possuem pouco brilho, o que acaba dificultando bastante que as tecnologias que temos dispon&iacute;veis consigam estud&aacute;-las a fundo. Por isso, uma estrat&eacute;gia elaborada foi a de analisar as estrelas com base nos pulsos que elas emitem ao longo do tempo.
Gra&ccedil;as a esse meio, os cientistas conseguiram alcan&ccedil;ar dados importantes para conhecer melhor as estrelas de n&ecirc;utrons, mas tudo ainda era muito vago &ndash; at&eacute; ent&atilde;o. Recentemente os dados mais precisos sobre as estrelas foram medidos e publicados na Nature Astronomy, uma conceituada revista acad&ecirc;mica. Entre os principais resultados, &eacute; v&aacute;lido ressaltar que elas s&atilde;o mais pesadas que o Sol e possuem raio equivalente a apenas 11 quil&ocirc;metros.
<figure style="position: relative; display: inline-block;"><img alt="(Fonte: NASA's Goddard Space Flight Center/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/03/16/16093411012066.jpg" />&nbsp;Fonte:&nbsp;&nbsp;NASA's Goddard Space Flight Center&nbsp;</figure>
<h2>O que mais se sabe sobre as estrelas de n&ecirc;utrons</h2>
Um processo que gera dados interessantes para pesquisa &eacute; a fus&atilde;o de duas estrelas desse tipo, conforme afirma Collin Capano, autor do estudo publicado na Nature Astronomy. Como as estrelas de n&ecirc;utrons possuem a mat&eacute;ria mais densa do Universo, a colis&atilde;o entre duas delas proporciona pulsos fortes que podem ser analisados com maior precis&atilde;o.
A pesquisa liderada por Capano, por exemplo, teve como principal objeto de estudo a fus&atilde;o GW170817 entre estrelas de n&ecirc;utrons que aconteceu em agosto de 2017. Os dados resultantes e precisos s&oacute; puderam ser devidamente coletados devido &agrave;s ondas gravitacionais e ao espectro eletromagn&eacute;tico que a colis&atilde;o entre as estrelas causou h&aacute; mais de dois anos e se perpetuam at&eacute; ent&atilde;o.

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Cientistas alcançam medição mais precisa de estrelas de nêutrons

Imagem de Encontrados 139 novos “planetas menores” no nosso Sistema Solar no megacurioso

Descoberta confirma que, quando se trata do Universo, sabemos muito pouco ainda – mesmo em nossa vizinhança

<head></head><body>Mesmo com tecnologia de ponta para <a href="https://www.tecmundo.com.br/produto/131007-supercomputador-tamanho-sala-pronto-utilizado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">processamento de dados</a> e <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/130492-divulgaram-novas-imagens-capturadas-hubble-elas-lindissimas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">capturas inéditas</a> de imagens do universo, quando se trata de algo fora da Terra, não se sabe o quanto desconhecemos. Um estudo recente, por exemplo, identificou 139 “planetas menores” até então não detectados – e eles são praticamente, em termos astronômicos, nossos vizinhos.A descoberta foi anunciada por um time de pesquisadores no periódico <a href="https://iopscience.iop.org/article/10.3847/1538-4365/ab6bd8" rel="noopener noreferrer" target="_blank">The Astrophysical Journal</a>. Os cientistas, dedicados ao estudo da chamada matéria escura, que, por enquanto, sabe-se que pode ser percebida pela <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/142620-magnetismo-chave-detectar-materia-escura-diz-teoria.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ação da gravidade que exerce</a>, chegou a um catálogo de 245 descobertas por meio do levantamento óptico/infravermelho Dark Energy Survey (DES), sendo 139 delas inéditas.Trata-se da primeira visualização desses objetos transnetunianos (TNOs, na sigla em inglês), localizados nos extremos do Sistema Solar e aos quais<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/145510-administrador-nasa-declara-plutao-planeta-novamente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;Plutão se juntou quando deixou de ser considerado um planeta</a>.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/03/14/14002444137008.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)">(Fonte: Pixabay)<h2>O estudo</h2>O DES é um projeto colaborativo internacional que surgiu em 2013 para “mapear” o céu. Utilizando uma câmera digital de 520 MP instalada em um telescópio de 4 metros do Observatório Interamericano de Cerro Tololo, no Chile, trata-se de uma jornada para entender a natureza da matéria escura e a expansão do universo.Inicialmente projetado para estudar galáxias e supernovas, a quantidade de informação obtida permitiu expandir as pesquisas para outros campos, como a detecção de objetos transnetunianos. Esses objetos são grandes o suficiente para que sua gravidade os molde em formato esférico, mas são muito semelhantes a outros tantos objetos próximos às suas órbitas – o que não os classifica nem como planetas nem como asteroides. Todos estão além de Netuno.A tarefa, entretanto, não é simples. “O número de TNOs que se pode descobrir depende do espaço do céu observado e qual é mancha mais fraca que se pode encontrar nas imagens”, afirma Gary Bernstein, professor da Universidade da Pensilvânia e integrante da equipe. A análise levou em conta mais de 3 bilhões de pontos.Pedro Bernardinelli, formado em física pela USP, aluno de doutorado da Universidade da Pensilvânia (EUA) e um dos líderes do estudo, complementa: “Pesquisas dedicadas à descoberta de objetos transnetunianos possuem seu método para identificar movimentos de um objeto, o que torna fácil o rastreamento. Uma das conquistas de nossos esforços foi descobrir uma maneira de refazer esses movimentos”.&nbsp;Considerando que forças gravitacionais “estranhas”, das quais se desconhece a origem, intrigam cientistas, essa pode ser mais uma evidência de que existe, sim, a matéria escura – ainda que não a vejamos de maneira direta.</body><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/151077-encontrados-139-novos-planetas-menores-nosso-sistema-solar.htm">Encontrados 139 novos “planetas menores” no nosso Sistema Solar</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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Encontrados 139 novos “planetas menores” no nosso Sistema Solar

Imagem de Nova pesquisa explica a colisão que resultou na Terra e na Lua no megacurioso

Planeta e satélite surgiram da colisão entre 2 protoplanetas, mas uma dúvida ainda incomodava os cientistas

Compreender os prim&oacute;rdios do Universo &eacute; uma das for&ccedil;as motoras dos cientistas. A origem dos astros &eacute; uma das inc&oacute;gnitas que ganha novas pe&ccedil;as ao quebra-cabe&ccedil;a a cada descoberta. C&aacute;lculos apontam que a Terra existe h&aacute; 4,5 bilh&otilde;es de anos, com a Lua surgindo logo na sequ&ecirc;ncia.
At&eacute; hoje a teoria mais aceita era de que dois protoplanetas se chocaram, lan&ccedil;ando uma nuvem de detritos que formaram tanto a Terra quanto o seu sat&eacute;lite natural. Nesse cen&aacute;rio, a proto-Terra teria se chocado com um astro chamado T&eacute;a, em homenagem &agrave; m&atilde;e da Lua na mitologia grega. Isso explicaria o tamanho dos corpos resultantes e seus movimentos de rota&ccedil;&atilde;o.
Modelos computacionais que simulam o impacto c&oacute;smico estimam que a Lua seria feita de 70% a 90% do material resultantes de T&eacute;a. Por&eacute;m, quando astronautas das miss&otilde;es Apollo trouxeram amostras do solo lunar, ele era muito mais parecido com o ch&atilde;o terrestre do que era imaginado. Isso intrigou os cientistas, mas novas pesquisas podem responder esse mist&eacute;rio.
A resposta estaria na composi&ccedil;&atilde;o das rochas da Terra, que possuem uma estreita faixa de composi&ccedil;&atilde;o de is&oacute;topos de oxig&ecirc;nio. Esse detalhe n&atilde;o foi pesquisado anteriormente, e novas an&aacute;lises mostraram que a composi&ccedil;&atilde;o lunar possui at&eacute; 3 vezes mais variabilidade de is&oacute;topos de oxig&ecirc;nio do que visto aqui em nosso planeta.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/03/12/12121834239024.jpg" alt="Simula&ccedil;&atilde;o do choque entre os protoplanetas que originaram a Terra e a Lua" />Simula&ccedil;&atilde;o do choque entre os protoplanetas que originaram a Terra e a Lua
Essas rochas lunares foram encontradas em camadas mais profundas do sat&eacute;lite. Isso levou o geoqu&iacute;mico Erick Cano, da Universidade de Novo M&eacute;xico, a concluir que o interior da Lua &eacute; formado por detritos resultantes do protoplaneta T&eacute;a. "Esperava-se que nossos resultados provavelmente refletissem os de estudos anteriores, mas a parte mais surpreendente foi encontrar a quantidade de varia&ccedil;&atilde;o entre as amostras lunares individuais&rdquo;, analisou o cientista ao Space.com.
Tamb&eacute;m foi poss&iacute;vel imaginar que, nos primeiros mil anos ap&oacute;s o impactos dos protoplanetas, provocam intensas atividades na Lua, inclusive com chuvas de lava, que ca&iacute;am sobre os mares de magma que cobria o sat&eacute;lite. Isso teria feito as rochas mais superficiais da Lua acabarem se assemelhando &agrave;s encontradas na Terra, ainda que as diferen&ccedil;as sejam indistingu&iacute;veis se n&atilde;o for analisada com alta precis&atilde;o qu&iacute;mica.
Agora que essa diferen&ccedil;a na quest&atilde;o dos is&oacute;topos foi solucionado, os cientistas podem se concentrar em outras consequ&ecirc;ncia do impacto entre astros de grande tamanho. Por&eacute;m, o maior problema para isso est&aacute; na escassa quantidade de amostra do solo lunar: apenas 380 de pedras e poeiras foram coletadas. Com a promessa de novas miss&otilde;es ao sat&eacute;lite, talvez seja poss&iacute;vel descobrir ainda mais sobre a forma&ccedil;&atilde;o de nossa casa.<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/151030-nova-pesquisa-explica-colisao-resultou-terra-na-lua.htm">Nova pesquisa explica a colisão que resultou na Terra e na Lua</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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Nova pesquisa explica a colisão que resultou na Terra e na Lua

Imagem de Descoberta estrela que só pulsa em um dos lados no megacurioso

Embora os astrônomos já imaginassem que esse tipo de estrela pudesse existir, é a primeira vez que eles encontram uma com essa característica

O astr&ocirc;nomo amador Thomas Lee Jacobs foi o primeiro a perceber uma caracter&iacute;stica bem peculiar na estrela HD74423: ela pulsa em apenas um de seus hemisf&eacute;rios, o que a faz tomar, ligeiramente, o formato de uma gota ou at&eacute; mesmo de uma coxinha.
<h2>Estrela pulsante em apenas um lado</h2>
Depois da descoberta de Jacobs, duas equipes de astr&ocirc;nomos se juntaram para descrever o que ocorre com a estrela e o sistema bin&aacute;rio ao qual ela pertence. A HD74423 est&aacute; localizada na Via L&aacute;ctea, a cerca de 1.500 anos-luz da Terra, e tem massa 1,7 vezes maior que a do Sol.
O professor Don Kurtz, da Universidade de Lancashire Central, na Gr&atilde;-Betanha, comemorou a descoberta da estrela que s&oacute; pulsa em um dos lados. Segundo Kurtz, desde a d&eacute;cada de 1980, os cientistas j&aacute; supunham haver esse tipo de estrela pulsante, mas essa descoberta &eacute; a primeira prova de que elas realmente existem.
<figure class="image"><img alt="" height="432" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/03/10/10154347048047.jpg" width="768" /> <figcaption>As pulsa&ccedil;&otilde;es da estrela maior s&atilde;o atra&iacute;das pela menor, devido &agrave; for&ccedil;a gravitacional. (Fonte: IAC/Gabriel P&eacute;rez D&iacute;az/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
A descoberta foi poss&iacute;vel devido aos novos equipamentos que foram instalados recentemente no Telesc&oacute;pio Europeu do Sul (ESO), no Chile, como parte do Projeto SPECULOOS, que procura&nbsp;exoplanetas habit&aacute;veis orbitando estrelas frias. Dados do telesc&oacute;pio espacial ca&ccedil;ador de exoplanetas, TESS, tamb&eacute;m foram usados.
Com a evolu&ccedil;&atilde;o da tecnologia para estudar estrelas pulsantes, os cientistas esperam que outras estrelas como a HD74423 sejam encontradas com mais frequ&ecirc;ncia.
<h2>Sistema bin&aacute;rio</h2>
Embora estrelas pulsantes&nbsp;sejam comuns, os astr&ocirc;nomos observam que essas pulsa&ccedil;&otilde;es costumam ocorrer em todos os lados dos corpos celestes, tanto em astros mais velhos quanto nos mais jovens, e que as raz&otilde;es para esses movimentos superficiais podem ser in&uacute;meras. At&eacute; mesmo o Sol entra nessa classifica&ccedil;&atilde;o de pulsa&ccedil;&otilde;es.
O que torna a HD 74423 peculiar, com sua pulsa&ccedil;&atilde;o unilateral, &eacute; o sistema bin&aacute;rio ao qual ela faz parte. Ela possui uma estrela an&atilde; vermelha como companheira, que distorce as oscila&ccedil;&otilde;es pela a&ccedil;&atilde;o de sua for&ccedil;a gravitacional, fazendo com que a estrela maior assuma um formato quase oval.<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/150989-descoberta-estrela-so-pulsa-lados.htm">Descoberta estrela que só pulsa em um dos lados</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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Descoberta estrela que só pulsa em um dos lados

Imagem de Descoberto potencial planeta candidato à Terra 2.0 no megacurioso

K2-18b está a 124 anos-luz da Terra, mas tem recebido muita atenção dos cientistas por conta de suas características descobertas até agora

Se depender dos astr&ocirc;nomos, n&atilde;o ir&atilde;o faltar planetas candidatos &agrave; Terra 2.0: depois do <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/144527-exoplaneta-potencialmente-habitavel-descoberto-31-anos-luz-terra.htm">GJ 357 d</a>, do <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/149206-nasa-acha-planeta-noite-eterna-potencialmente-habitavel.htm">TOI 700 d</a>, e de tantos outros, chegou a vez de um exoplaneta a 124 anos-luz de nossa casa apresentar condi&ccedil;&otilde;es favor&aacute;veis &agrave; vida. Chamado de K2-18b, ele tem cerca do dobro do tamanho da Terra e 8,6 vezes a sua massa.
Al&eacute;m de ter uma atmosfera bastante substancial, agora a ag&ecirc;ncia espacial divulgou que ele potencialmente tem condi&ccedil;&otilde;es de abrigar grandes reservat&oacute;rios de &aacute;gua l&iacute;quida. Esse corpo celeste orbita a zona habit&aacute;vel da estrela K2-18, em um local onde o calor e o frio n&atilde;o s&atilde;o t&atilde;o intensos, ou seja, suport&aacute;veis pelos humanos. Isso tamb&eacute;m permite a forma&ccedil;&atilde;o de lagos e rios sem que eles congelem ou evaporem. Acredita-se que o K2-18b tenha um n&uacute;cleo s&oacute;lido de ferro e rocha e seja coberto por uma camada de &aacute;gua l&iacute;quida a altas press&otilde;es.
&ldquo;&Eacute; importante a compreens&atilde;o unificada das condi&ccedil;&otilde;es&nbsp;interiores e das atmosf&eacute;ricas do planeta &ndash; em particular, se a &aacute;gua l&iacute;quida pode existir sob a atmosfera&rdquo;, explica o cientista Nikku Madhusudhan, do Instituto de Astronomia de Cambridge e l&iacute;der da pesquisa.
<figure class="image"><img alt="" height="566" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/03/09/09215239710513.jpg" width="800" /> <figcaption>Representa&ccedil;&atilde;o art&iacute;stica do K2-18b, com a sua estrela ao fundo. (Fonte: Amanda Smith)</figcaption></figure>
<h2>Caracter&iacute;sticas do planeta</h2>
Este foi descoberto em 2015 e, depois de encontrar condi&ccedil;&otilde;es semelhantes em um planeta pr&oacute;ximo, o K2-12b, os pesquisadores tentaram encontrar evid&ecirc;ncias de que o exoplaneta tamb&eacute;m teria as mesmas condi&ccedil;&otilde;es. Um dos detalhes para isso &eacute; a espessura da camada de hidrog&ecirc;nio: se ela for muito espessa, a temperatura da &aacute;gua seria muito mais alta do que os humanos suportariam.
&ldquo;Em uma atmosfera rica em hidrog&ecirc;nio, a temperatura e a press&atilde;o aumentam &agrave; medida que se aproxima da superf&iacute;cie. Quando o n&uacute;cleo rochoso &eacute; atingido, a press&atilde;o pode ser milhares de vezes maior do que a superf&iacute;cie da Terra, e a temperatura pode se aproximar de 2,7 mil graus Celsius&rdquo;, <a href="https://blogs.scientificamerican.com/observations/no-the-exoplanet-k2-18b-is-not-habitable/">explica Laura Kreidberg</a>, do Centro de Astrof&iacute;sica da Harvard &amp; Smithsonian, a qual n&atilde;o acredita que o tal planeta tenha condi&ccedil;&otilde;es de abrigar vida.
<iframe width="560" height="315" allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="allowfullscreen" frameborder="0" src="https://www.youtube.com/embed/EJU-Rj53BQk"></iframe>
Por&eacute;m, a descoberta de quantidades significativas de &aacute;gua na atmosfera junto a concentra&ccedil;&otilde;es abaixo do esperado de metano e am&ocirc;nia podem significar que o ali j&aacute; apresenta alguma esp&eacute;cie de vida.
A estrela que a poss&iacute;vel segunda Terra orbita &eacute; bastante pequena: trata-se de uma an&atilde; pequena, fria e vermelha, com cerca de 40% do tamanho e da massa do Sol. As descobertas foram feitas por meio de simula&ccedil;&otilde;es do espectr&oacute;grafo High Accuracy Radial Velocity Planet Searcher (HARPS), localizado no telesc&oacute;pio do Observat&oacute;rio de La Silla, no Chile.
Resultados mais conclusivos poder&atilde;o ser obtidos pelo Telesc&oacute;pio Espacial James Webb (JWST) em 2021. H&aacute; chance, por exemplo, de o K2-18b ser um planeta l&iacute;quido com muito mais &aacute;gua do que gostar&iacute;amos para uma poss&iacute;vel nova casa.<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/150970-descoberto-potencial-planeta-candidato-terra-2-0.htm">Descoberto potencial planeta candidato à Terra 2.0</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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Descoberto potencial planeta candidato à Terra 2.0

Imagem de Anéis de Urano eram descobertos há 43 anos no megacurioso

Em 10 de março de 1977, três astrônomos observavam a atmosfera de Urano quando descobriram seus anéis, por acidente


Ainda que houvesse suspeita da exist&ecirc;ncia de an&eacute;is em Urano, comprovar o fato era muito dif&iacute;cil e&nbsp;isso s&oacute; veio a acontecer por acidente. Tr&ecirc;s astr&ocirc;nomos utilizaram o Observat&oacute;rio Aerotransportado Kuiper&nbsp;da NASA&nbsp;para observar a atmosfera do distante planeta. Por&eacute;m, mais do que isso, tiveram a comprova&ccedil;&atilde;o de que o planeta tinha 13 an&eacute;is, diferente dos cinco que acreditavam existir. Isso tudo ocorreu h&aacute; exatos 43 anos, em 10 de mar&ccedil;o de 1977.

A descoberta s&oacute; foi poss&iacute;vel porque, enquanto os astr&ocirc;nomos observavam Urano, uma estrela passava por tr&aacute;s dele, na chamada oculta&ccedil;&atilde;o estelar. Ver como a luz daquela estrela de comportava ao cruzar pela atmosfera de Urano poderia fornecer importantes pistas sobre aquele planeta. No entanto, a estrela come&ccedil;ou a tremer antes mesmo do eclipse, desaparecendo e reaparecendo cinco vezes ao passar por tr&aacute;s dos an&eacute;is.&nbsp;

<figure class="image"><img alt="(Fonte: S. Dagnello/NRAO/Reprodução)" height="495" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/03/10/10131504597238.jpg" width="990" />
<figcaption>(Fonte: S. Dagnello/NRAO/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption>
</figure>

<h2>Quatro planetas do sistema solar possuem an&eacute;is</h2>

Saturno &eacute; o planeta que tem os an&eacute;is mais conhecidos, pois &eacute; o &uacute;nico que forma um &acirc;ngulo de 90 graus na rota&ccedil;&atilde;o, o que os tornam vis&iacute;veis. Al&eacute;m dele, J&uacute;piter e Netuno se juntam a Urano nessa contagem. Por&eacute;m, os an&eacute;is de Urano possuem caracter&iacute;sticas &uacute;nicas, como puderam constatar astr&ocirc;nomos que estudaram uma fotografia t&eacute;rmica do planeta.&nbsp;

O anel principal de Urano &ndash; chamado &eacute;psilon &ndash; &eacute; como nenhum outro no Sistema Solar. A temperatura dos an&eacute;is &eacute; de 77 K, o equivalente a -195 &ordm;C. Os astr&ocirc;nomos perceberam tamb&eacute;m que os an&eacute;is s&atilde;o estranhos&nbsp;quando comparados aos de outros planetas. Em Urano, os an&eacute;is t&ecirc;m folhas de poeira entre eles, mas nos an&eacute;is s&oacute; h&aacute; peda&ccedil;os maiores, do tamanho de bolas de golfe. Para ajudar a desvendar os mist&eacute;rios que cercam a atmosfera de Urano, o Telesc&oacute;pio Espacial James Webb chegar&aacute; ao c&eacute;u em 2021 e promete detalhar melhor os an&eacute;is do planeta gelado.

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Anéis de Urano eram descobertos há 43 anos

Imagem de Poderia um planeta habitável orbitar um buraco negro? no megacurioso

Cientista americano afirma a possibilidade de vida em planetas que orbitam buracos negros, mas, para isso, estes precisam orbitá-los na velocidade da luz 

Paul M. Sutter &mdash; astrof&iacute;sico do Suny Stony Brook e do Flatiron Institute &mdash; publicou um artigo na &uacute;ltima sexta-feira (6), no&nbsp;Space, no qual afirma a possibilidade de vida em planetas que orbitam buracos negros supermassivos em r&aacute;pida rota&ccedil;&atilde;o. Segundo ele, as for&ccedil;as ao redor de um buraco negro s&atilde;o capazes de aquecer um planeta, por&eacute;m,&nbsp;para existir vida, o corpo celeste deve orbitar na velocidade da luz.
O estudo de Sutter teve como ponto de partida a vida que conhecemos aqui na Terra, a qual precisa de &aacute;gua l&iacute;quida e oxig&ecirc;nio para sobreviver. O pesquisador afirma que &eacute; muito dif&iacute;cil encontrar &aacute;gua em seu formato l&iacute;quido, assim como uma fonte de calor que n&atilde;o a evapore.Entretanto, apesar desses fatores, o equil&iacute;brio &eacute; poss&iacute;vel na chamada "zona habit&aacute;vel das estrelas" e tamb&eacute;m sob as crostas geladas de algumas luas de planetas externos ao nosso sistema.
<figure class="image"><img alt="" height="365" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/03/06/06200003448334.jpg" width="650" /> <figcaption>(Fonte: GettyImages)</figcaption></figure>
&nbsp;O cientista disse que apesar de os buracos negros parecerem in&oacute;spitos&nbsp;&agrave; vida em um primeiro momento, afinal s&atilde;o feitos de pura gravidade e, por isso, puxam qualquer coisa pr&oacute;xima de seus horizontes, essa for&ccedil;a pode proporcionar uma surpresa. Isso porque&nbsp;o universo &eacute; permeado por algo chamado Radia&ccedil;&atilde;o C&oacute;smica de Fundo em Micro-ondas (CMB), que &eacute; a radia&ccedil;&atilde;o restante do in&iacute;cio do universo.
A CMB &eacute; de longe a maior fonte de radia&ccedil;&atilde;o do cosmos e inunda todas as estrelas e as gal&aacute;xias por muitas ordens de magnitude. Sutter explica que a CMB &eacute; fria, tem temperatura m&eacute;dia de 3&deg; acima do zero absoluto, e quando a luz dela cai em um buraco negro, vai ficando azul, sendo bombeada para energias mais altas, mudando para propor&ccedil;&otilde;es infravermelhas e at&eacute; ultravioletas. Assim, em um buraco negro, a CMB passa de fria para muito quente.
<h2>Como &eacute; poss&iacute;vel a vida em planetas que orbitam buracos negros?</h2>
Quando a CMB cai em um buraco negro girando, pode focalizar a luz em um feixe estreito, fazendo com que se apare&ccedil;a um &uacute;nico ponto no c&eacute;u, similar a um sol.
<figure class="image"><img alt="" height="433" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/03/06/06200142057335.jpg" width="650" /> <figcaption>(Fonte: GettyImages)</figcaption></figure>
Assim, se um planeta for capaz de se aproximar de um buraco negro, ele ficar&aacute; muito quente, e o seu gelo poder&aacute; ser convertido em oceanos l&iacute;quidos (um lar potencial para a vida). Sutter pondera que &ldquo;para a vida prosperar, ela tamb&eacute;m precisa de um dissipador de calor, que pode ser facilmente fornecido pelo pr&oacute;prio buraco negro. Perto dele, distor&ccedil;&otilde;es gravitacionais aumentam a apar&ecirc;ncia do horizonte de eventos, aumentando muito mais do que voc&ecirc; imagina ingenuamente&rdquo;.
O cientista finalizou seu artigo afirmando que, por mais que seja poss&iacute;vel a vida em um planeta orbitando um buraco negro, o cen&aacute;rio n&atilde;o seria nada bonito, porque o corpo celeste teria que orbitar na velocidade da luz para a vida dele continuar existindo nessas condi&ccedil;&otilde;es. Isso significa que, a cada segundo nele, muitas das nossas horas se passariam.&nbsp;Sutter tamb&eacute;m disse que &ldquo;ainda assim, o trabalho mostra que precisamos manter nossas mentes abertas quando se trata de poss&iacute;veis lares para todas as vidas, incluindo alguns dos ambientes mais terr&iacute;veis do universo&rdquo;.

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