
Ciência
17/03/2020 às 10:00•1 min de leitura
As estrelas de nêutrons são um fenômeno ainda muito pouco conhecido, mas que não deixam de fascinar os cientistas. Elas possuem pouco brilho, o que acaba dificultando bastante que as tecnologias que temos disponíveis consigam estudá-las a fundo. Por isso, uma estratégia elaborada foi a de analisar as estrelas com base nos pulsos que elas emitem ao longo do tempo.
Graças a esse meio, os cientistas conseguiram alcançar dados importantes para conhecer melhor as estrelas de nêutrons, mas tudo ainda era muito vago – até então. Recentemente os dados mais precisos sobre as estrelas foram medidos e publicados na Nature Astronomy, uma conceituada revista acadêmica. Entre os principais resultados, é válido ressaltar que elas são mais pesadas que o Sol e possuem raio equivalente a apenas 11 quilômetros.
Um processo que gera dados interessantes para pesquisa é a fusão de duas estrelas desse tipo, conforme afirma Collin Capano, autor do estudo publicado na Nature Astronomy. Como as estrelas de nêutrons possuem a matéria mais densa do Universo, a colisão entre duas delas proporciona pulsos fortes que podem ser analisados com maior precisão.
A pesquisa liderada por Capano, por exemplo, teve como principal objeto de estudo a fusão GW170817 entre estrelas de nêutrons que aconteceu em agosto de 2017. Os dados resultantes e precisos só puderam ser devidamente coletados devido às ondas gravitacionais e ao espectro eletromagnético que a colisão entre as estrelas causou há mais de dois anos e se perpetuam até então.