Imagem de 6 fatos sobre a vespa-do-mar, o ser vivo mais letal do mundo no megacurioso

Somente o toque desse animal produz uma dor tão intensa que a vítima pode rapidamente se afogar

<head></head><body>Entre outubro e maio, dar um mergulho pelas praias de Queensland, no nordeste da Austrália, é uma missão basicamente impossível. O motivo? Essa é a época do ano em que as vespas-do-mar, uma espécie de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121541-agua-viva-e-outros-6-animais-que-queimam-humanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">medusa</a> local, aproximam-se da costa para se reproduzir.&nbsp;Caso você esteja se perguntando qual o perigo nisso tudo, essas criaturas de aspecto inofensivo são conhecidas como o ser vivo mais letal de toda a Terra. Ficou curioso para saber mais sobre esses pequenos guerreiros? Veja só essa lista que separamos com seis fatos a respeito da vespa-do-mar!<h2>1. Arma biológica</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Ben Cropp/El País&nbsp;" data-fonte-url="https://imagens.brasil.elpais.com/resizer/gQ4u9YvrzpCG4iDbCEUeO-dOZkA=/1960x0/cloudfront-eu-central-1.images.arcpublishing.com/prisa/7AUVEUDDE7Y2D22GXUBYICOVN4.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/02/02030842554023.jpg" alt="(Fonte: Ben Cropp/El País)">(Fonte: Ben Cropp/El País)Medindo entre 10 e 20 centímetros de comprimento, as vespas-do-mar são criaturas perigosas, muito por conta de seus tentáculos — que possuem mais de um metro de comprimento. Essas armas embutidas em seus corpos carregam milhares de cnidoblastos, que são células urticantes com um filamento em formato de arpão.Ao serem ameaçadas, elas usam o tentáculo para injetar um potente veneno em seus inimigos, que é extremamente tóxico para os nervos, o coração e as células de outros <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120101-os-6-animais-com-a-vida-mais-longa-no-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">animais</a>. Com um simples toque, essa medusa causa uma dor tão indescritível que chega a afogar sua vítima caso ela não morra de uma parada respiratória primeiro.&nbsp;<h2>2. Formato do corpo</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;El País/Reprodução&nbsp;" data-fonte-url="https://imagens.brasil.elpais.com/resizer/T6EKXpHhKZBjoPEEkMr9koW-n9A=/980x0/cloudfront-eu-central-1.images.arcpublishing.com/prisa/EFCB6QFQZSM3FVBGZIQ66XUNFI.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/02/02030811383022.jpg" alt="(Fonte: El País/Reprodução)">(Fonte: El País/Reprodução)A vespa-do-mar possui a forma de um sino ou cuboide de quatro lados distintos — quase como se tivesse sido colocada em uma caixa. Por esse motivo, não é nada estranho vê-las sendo chamadas de cubomedusas australianas também. Em cada uma de suas extremidades, essas criaturas carregam até 15 tentáculos.A coloração desse animal varia entre o azul claro e o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112811-conheca-10-animais-transparentes-que-sao-simplesmente-incriveis.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">transparente</a>, fazendo com que seja extremamente difícil observá-lo na água. Por esse motivo, demorou muito tempo para que pesquisadores notassem a existência da espécie e conseguissem identificar o que estava aterrorizando os banhistas da região.&nbsp;<h2>3. Confundindo espécies</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/02/02030621845021.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Como citado anteriormente, demorou-se um tempo considerável até que os pesquisadores realmente descobrissem que a vespa-do-mar era uma criatura real. No começo, muitos achavam que os ataques eram causados pelas famosas caravelas portuguesas — as quais também possuem uma picada bastante incômoda.No entanto, as caravelas portuguesas costumam ser facilmente vistas na água. Como a morte das vítimas acontecia às vezes apenas 2 ou 3 minutos após o contato com o animal, os pesquisadores passaram a procurar outro culpado pelos incidentes.<h2>4. Recomendações na água</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/02/02030535068020.png" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Normalmente, a vespa-do-mar costuma ser vista entre outubro e abril no norte da Austrália. No sul, por sua vez, a temporada costuma durar entre novembro e março. Como é difícil prever quando um grupo delas irá aparecer na água, o governo australiano possui uma série de recomendações para os banhistas.O certo é sempre consultar as autoridades locais para saber se é possível nadar no oceano. Caso contrário, é obrigatório o uso de roupas totalmente protetoras. Nadar desacompanhado em áreas isoladas também não é recomendado. Em geral, se você for picado, sua chance de sobrevivência é virtualmente zero.<h2>5. Fim trágico</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/02/02030504849019.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Caso uma vespa-do-mar seja consideravelmente maior do que a média, é possível que os seus tentáculos alcancem mais de 60 metros de comprimento de ponta a ponta. Por isso, não é exatamente incomum que um socorrista se enrosque inadvertidamente em outra seção dos tentáculos enquanto tenta ajudar outra pessoa a escapar.&nbsp;No pior dos casos, é possível que uma vítima consiga desembarcar na praia apenas para morrer em poucos minutos, enquanto seus amigos nada podem fazer. Logo, não queira cruzar o caminho desse ser vivo de jeito nenhum!</body>

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6 fatos sobre a vespa-do-mar, o ser vivo mais letal do mundo

Imagem de Flores de gelo: entenda o que é o raro fenômeno climático no megacurioso

Sob temperaturas abaixo de zero, finas camadas de gelo se acumulam uma vez ao ano e chamam a atenção por formarem belas flores brancas

<head></head><body>Durante a primeira geada do inverno no Hemisfério Norte, quando a temperatura do ar alcança condições <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120196-7-animais-que-sobrevivem-em-temperaturas-abaixo-de-zero.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">abaixo de zero</a> e a água retida em certos tipos de caules de plantas congela, um fenômeno raro se forma em zonas com altos níveis de umidade. Intitulado "flores de gelo" (frost flowers ou ice flowers em inglês), o evento é uma ocorrência rara que chama a atenção em áreas localizadas da região, apresentando finas camadas de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120156-5-fatos-que-voce-provavelmente-nao-sabia-sobre-a-era-do-gelo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">gelo</a> que, ao se reunirem, se assemelham a flores brancas no solo.Segundo especialistas, esse fenômeno acontece quando fios de gelo são empurrados para fora a partir das fendas dos caules de plantas brancas ou amarelas. Esse caso se parece bastante com procedimentos de extrusão — algo comum de se observar em máquinas de fazer churros ou <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/113707-qual-e-a-verdadeira-origem-do-macarrao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">macarrão</a>, que possuem saídas finas e circulares e permitem a moldagem dos alimentos de acordo com suas atribuições originais após a ativação de uma pressão interna.“A umidade dentro do caule da planta se infiltra do solo e emerge lentamente por pequenas fendas no caule e congela ao entrar em contato com o ar frio”, explica a guarda florestal Stephanie Mueller. “A forma das flores geladas é imprevisível porque os tamanhos das fendas nas hastes variam entre as plantas e os níveis de umidade no solo e nas plantas. De certa forma, eles são como flocos de neve, pois não há dois exatamente iguais.”As flores de gelo tendem a ocorrer uma vez por ano e exigem que a temperatura do ar esteja em níveis abaixo de zero, o solo esteja com alto grau de umidade e um caule da planta não tenha sido congelado anteriormente. Após essas condições serem alcançadas, é formada uma estrutura floral frágil e delicada, que se quebra imediatamente após o contato com a ponta de um dedo humano ou com o nascer da <a href="https://www.megacurioso.com.br/sol/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">luz do sol</a>.<h2>Vídeo e imagens em alta resolução das flores de gelo</h2>Confira abaixo alguns materiais sobre as flores de gelo e entendam como se dão suas principais atribuições físicas e sua formação no solo do hemisfério norte:<iframe width="650" height="400" src="https://www.youtube.com/embed/zlaGQQHywUs" title="Frost Flowers" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/30/30103321522110.jpeg" alt="(Fonte: Keith Dotson - I Catch Shadows / Reprodução)">(Fonte: Keith Dotson - I Catch Shadows / Reprodução)<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/30/30103410747111.jpeg" alt="(Fonte: Keith Dotson - I Catch Shadows / Reprodução)">(Fonte: Keith Dotson - I Catch Shadows / Reprodução)<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/30/30103443590113.jpeg" alt="(Fonte: Keith Dotson - I Catch Shadows / Reprodução)">(Fonte: Keith Dotson - I Catch Shadows / Reprodução)<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/30/30103511251114.jpeg" alt="(Fonte: Keith Dotson - I Catch Shadows / Reprodução)">(Fonte: Keith Dotson - I Catch Shadows / Reprodução)<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/30/30103547093115.jpeg" alt="(Fonte: Keith Dotson - I Catch Shadows / Reprodução)">(Fonte: Keith Dotson - I Catch Shadows / Reprodução)<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/30/30103616489116.jpeg" alt="(Fonte: Keith Dotson - I Catch Shadows / Reprodução)">(Fonte: Keith Dotson - I Catch Shadows / Reprodução)<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/30/30103645651118.jpeg" alt="(Fonte: Keith Dotson - I Catch Shadows / Reprodução)">(Fonte: Keith Dotson - I Catch Shadows / Reprodução)</body>

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Flores de gelo: entenda o que é o raro fenômeno climático

Imagem de Cão salsicha pode ter participado de lutas de animais no Coliseu no megacurioso

Restos mortais de ancestrais da raça dachshund foram encontrados nos drenos do famoso anfiteatro da Roma antiga

Al&eacute;m de le&otilde;es, tigres e outros animais, os cachorros salsicha tamb&eacute;m podem ter participado dos eventos que divertiam o p&uacute;blico no Coliseu da Roma antiga, juntamente com as batalhas de gladiadores. &Eacute; o que sugere uma descoberta recente feita por arque&oacute;logos italianos.
Pela primeira vez, foram encontrados restos mortais de c&atilde;es de porte pequeno semelhantes &agrave; <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122796-as-6-racas-de-cachorro-com-maior-expectativa-de-vida.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ra&ccedil;a dachshund</a> moderna, como os especialistas contaram em entrevista ao The Telegraph na sexta-feira (25). O material foi achado durante escava&ccedil;&otilde;es feitas nos drenos e esgotos do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118636-coliseu-vai-ganhar-novo-piso-retratil-veja-como-vai-ficar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">anfiteatro romano de 2 mil anos</a>.
De acordo com a diretora do Coliseu, Alfonsina Russo, as ossadas encontradas no local pertenciam a c&atilde;es com menos de 30 cm de altura. Uma das possibilidades levantadas pelos especialistas &eacute; que os ancestrais do c&atilde;o salsicha participavam de eventos para animar os espectadores.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/08/08151137479075.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
&ldquo;Achamos que eles podem ter sido usados para realizar truques acrob&aacute;ticos, assim como voc&ecirc; veria em um circo hoje. Ou pode ser que eles tenham sido usados como parte de ca&ccedil;adas encenadas ou mesmo lan&ccedil;ados contra ursos e animais assim. N&atilde;o sabemos ao certo&rdquo;, disse ela ao ve&iacute;culo brit&acirc;nico.
<h2>Pequenos e ferozes</h2>
Origin&aacute;rio da Alemanha, o cachorro dachshund foi criado com o objetivo de ca&ccedil;ar texugos. Suas caracter&iacute;sticas f&iacute;sicas marcantes, incluindo as pernas curtas e o corpo comprido, que levaram ao popular apelido de salsicha, permitiam entrar e sair dos buracos facilmente, em busca do seu alvo.
<ul>
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Os antigos romanos provavelmente aproveitaram tais caracter&iacute;sticas, juntamente com as habilidades de ca&ccedil;a do pequeno animal, que ao encontrar o alvo pode se tornar feroz, para coloc&aacute;-lo em desafios contra outros bichos de porte muito maior. Acostumado a lidar com presas perigosas, ele n&atilde;o teria medo ao ficar frente a frente com os oponentes.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/08/08151139464076.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
As escava&ccedil;&otilde;es nos drenos do Coliseu tamb&eacute;m revelaram ossadas de outros animais igualmente utilizados nos eventos para entreter os cidad&atilde;os romanos. Entre eles, estavam restos mortais de outros tipos de cachorros, com porte grande, ursos, leopardos, le&otilde;es e avestruzes.
Essas descobertas surgiram durante o per&iacute;odo de um ano no qual os arque&oacute;logos passaram escavando as &aacute;reas subterr&acirc;neas da edifica&ccedil;&atilde;o que tinha capacidade para cerca de 50 mil pessoas. O trabalho envolveu a explora&ccedil;&atilde;o de 70 metros de drenos e esgotos, que muitas vezes estavam cheios de lama.
<h2>Comportamento do p&uacute;blico</h2>
Al&eacute;m das ossadas dos bichos usados nas <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118754-luta-livre-com-polvos-o-bizarro-esporte-da-decada-de-1960.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">lutas entre animais</a>, as escava&ccedil;&otilde;es tamb&eacute;m renderam outros achados importantes, que mostraram um pouco do <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122527-conheca-as-esquisitices-da-vida-cotidiana-dos-romanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">comportamento de quem ia ao Coliseu</a>. Os arque&oacute;logos encontraram, por exemplo, restos dos lanches saboreados nas arquibancadas, como nozes, azeitonas, figos, p&ecirc;ssegos, uvas, mel&otilde;es e sementes de cerejas.
Dados usados para entreter os espectadores antes do in&iacute;cio dos jogos foram outros objetos achados, assim como dezenas de moedas de bronze do fim do per&iacute;odo romano e uma moeda de prata comemorativa aos 10 anos de administra&ccedil;&atilde;o do imperador Marco Aur&eacute;lio.

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Cão salsicha pode ter participado de lutas de animais no Coliseu

Imagem de Restos de tigre-da-tasmânia são encontrados após 86 anos no megacurioso

Último exemplar da espécie morreu em zoológico na Austrália em 1936 e seu corpo permaneceu perdido desde então

<head></head><body>Os restos mortais do último tigre-da-tasmânia conhecido no mundo, o qual era chamado de "Benjamin" e foi considerado perdido por décadas, foram redescobertos recentemente em um armário de um museu na Austrália. O animal havia morrido no zoológico de Beaumaris, em Hobart, na noite de 7 de setembro de 1936 e seu corpo foi descartado em sequência.Após uma análise minuciosa, pesquisadores perceberam que seu <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/108849-voce-ja-viu-como-e-o-esqueleto-de-um-ourico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">esqueleto</a> tinha entrado para a coleção do Museu e Galeria de Arte da Tasmânia (TMAG) naquele mesmo ano, mas não foi devidamente catalogado. Após 86 anos de espera, o mistério foi finalmente resolvido. Conheça mais sobre esse caso!<h2>Anos de busca</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/07/07182920434385.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)De acordo com o relato fornecido pelo pesquisador Robert Paddle, diversos curadores passaram anos procurando pelos restos mortais do tigre-da-tasmânia sem ter nenhum sucesso. Segundo as primeiras análises feitas, nenhum material de tilacino — gênero da espécie — datado de 1936 constava nos registros na coleção zoológica. Logo, assumiu-se que seu corpo tinha sido descartado.No entanto, investigações mais recentes feitas por Paddle e por Kathryn Medlock, curadora de vertebrados do TMAG, revelaram que os restos mortais do último espécime de tigre-da-tasmânia conhecidos estavam dentro do museu, dando fim a um mistério que se prolongou por gerações.Medlock afirmou que descobriu o relatório de um taxidermista que não foi publicado no relatório anual do museu entre 1936 e 1947, o qual mencionava um tilacino entre a lista de espécimes trabalhados. Então, os pesquisadores tiveram que revisar todas as peles e esqueletos existentes na coleção do TMAG para conectar as pontas do caso. Como o animal havia sido preparado por um taxidermista, ele acabou sendo listado como um "espécie de educação" em vez de um "espécie de pesquisa", gerando uma enorme confusão.<h2>Exibição no museu</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/07/07183002261386.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Em sua fala, Paddle afirmou que o tilacino em questão era uma fêmea idosa que havia sido capturada pelo caçador Elias Churchill no sul da Tasmânia e vendida ao zoológico em maio de 1936. Na época, a venda não foi registrada ou divulgada pela instituição porque a captura desse tipo de animal em terra já era considerada ilegal, o que poderia acarretar uma multa para Churchill.O tigre-da-tasmânia viveu apenas alguns meses no local. Após sua morte, seu corpo foi transferido para o TMAG. Sua pele foi involuntariamente usada no passado para ensinar aos alunos sobre <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122846-7-fatos-incriveis-sobre-o-demonio-da-tasmania.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">marsupiais</a>. Segundo Paddle, a redescoberta desse animal acaba com a teoria de que o último espécime era um macho muito fotografado e filmado, muitas vezes referido como "Benjamin". &nbsp;Durante a época da colonização europeia na <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/123681-australia-ocidental-a-regiao-que-e-um-pesadelo-para-navegadores.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Austrália</a>, recompensas foram colocadas nos tilacinos, descritos como criaturas noturnas e tímidas, por conta das preocupações de que essa espécie atacava o gado na Tasmânia. Após os recentes achados, a pele e o esqueleto do último tigre-da-tasmânia conhecido foram colocados em exibição pública no museu, onde os visitantes poderão apreciá-lo após 86 anos de espera.</body>

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Restos de tigre-da-tasmânia são encontrados após 86 anos

Imagem de Cérebro fossilizado mais antigo do mundo é encontrado na China no megacurioso

Descoberta pode ajudar a compreender como aconteceram o surgimento e a evolução dos artrópodes

<head></head><body>Um pequeno invertebrado marinho encontrado na China, pode contribuir para que pesquisadores compreendam melhor como foi a evolução dos artrópodes. Isso porque, depois de uma revisão de uma animal já conhecido, pesquisadores da Universidade do Arizona, em parceria com cientistas do King's College London, encontraram o que pode ser <a href="https://www.megacurioso.com.br/dinossauros-e-fosseis/100944-pesquisadores-encontraram-o-primeiro-cerebro-fossilizado-de-um-dinossauro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o cérebro fossilizado mais antigo do mundo</a>.&nbsp;O animal, conhecido como Cardiodictyon catenulum, foi descoberto em 1984 na província chinesa de Yunnan. Ele viveu há cerca de 525 milhões de anos, durante o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116778-estranho-especime-do-cambriano-pode-ser-o-elo-perdido-dos-artropodes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">período Cambriano</a> (542 milhões a 488 milhões de anos atrás), e possivelmente é o ancestral que deu origem aos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120803-artropode-do-tamanho-de-um-carro-habitou-a-terra-ha-milhoes-de-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">artrópodes</a> — um grupo que inclui insetos, aracnídeos e crustáceos.Porém, quando o fóssil do animal foi descoberto, o entendimento comum era que os cérebros não fossilizavam. Segundo o neurocientista evolutivo do King's College London e coautor do estudo, Frank Hirth, a equipe que encontrou e catalogou o fóssil nem cogitou tentar encontrar alguma parte do cérebro.Isso fez com que fossem necessários quase 40 anos para os cientistas percebessem que poderia haver esse material no C. catenulum. O que levou a uma nova análise foram algumas investigações recentes de fósseis semelhantes e datados da mesma época.Por se tratar de um fóssil com cerca de 1,5 cm de comprimento, não foi possível realizar a radiografia da amostra, como costuma ser feito. Em vez disso, o estudo utilizou uma técnica de contraste, feita a partir de imagens digitalizadas de alta resolução. "Até onde sabemos, este é o cérebro fossilizado mais antigo que conhecemos, até agora", disse o neurobiólogo da Universidade do Arizona em Tucson e autor principal do estudo, Nicholas Strausfeld.<h2>Compreendendo a evolução dos artrópodes</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/07/07000346634006.jpg" alt="O corpo fossilizado (canto superior esquerdo) e o cérebro fossilizado (canto superior direito) do bicho parecido com um verme. A cor magenta indica a presença de tecido neural preservado. (Fonte: Nicholas Strausfeld/Universidade do Arizona)">O corpo fossilizado (canto superior esquerdo) e o cérebro fossilizado (canto superior direito) do bicho parecido com um verme. A cor magenta indica a presença de tecido neural preservado. (Fonte: Nicholas Strausfeld/Universidade do Arizona)Por mais surpreendente que tenha sido encontrar o cérebro antigo, os pesquisadores ficaram mais surpresos com a forma e a estrutura do crânio da criatura. Os artrópodes modernos possuem o corpo segmentado. Está é, inclusive, uma das características utilizada para a definição do grupo.Porém, o C. catenulum é especial, pois sua cabeça e o seu cérebro não são segmentados — o que significa que não são divididos em várias partes. Apenas o restante do corpo possui essa característica. Isso derrubou mais de um século de compreensão sobre a origem dos artrópodes. A maioria dos fósseis de outros ancestrais desses animais também exibe cabeças e cérebros segmentados.Os autores do estudo acreditam que isso pode indicar que os cérebros e cabeças segmentados e vistos nos artrópodes modernos, podem ter evoluído separadamente do resto do sistema nervoso, que provavelmente se tornou segmentado primeiro. Mesmo assim, como o cérebro fossilizado do C. catenulum compartilha algumas características-chave com os cérebros de artrópodes modernos, eles acreditam que a estrutura básica do órgão não teve mudanças drásticas nos últimos meio bilhão de anos.</body>

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Cérebro fossilizado mais antigo do mundo é encontrado na China

Imagem de Ninhos artificiais estão salvando pinguins africanos do calor no megacurioso

Ninhos de cerâmica foram criados na África do Sul para proteger aves do aumento das temperaturas

<head></head><body>O <a href="https://www.megacurioso.com.br/aquecimento-global/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">aumento das temperaturas</a> ao redor do globo é um problema debatido há algum tempo, e todos os habitantes do nosso planeta já podem sentir os reflexos disso. Neste grupo, podemos citar os <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/102425-no-dia-do-pinguim-saiba-25-fatos-interessantes-sobre-esses-bichinhos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pinguins africanos</a>, que precisaram da ajuda dos cientistas para escapar do calor excessivo.Observando o comportamento das aves ao longo do tempo, era possível ver que no passado esses <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/106213-voce-soube-que-uma-imensa-colonia-de-pinguins-foi-descoberta-do-espaco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pinguins</a> costumavam depositar seus ovos em tocas escavadas em camadas de seu próprio excremento, conhecido como guano. Porém, a partir do século XIX esse material passou a ser recolhido por comerciantes e enviado para o Reino Unido como fertilizante, forçando os animais a deixarem seus ovos ao ar livre.Entretanto, em tempos recentes o aumento do calor apareceu para atrapalhar tudo. Shaun Welman, uma zoóloga da Universidade Nelson Mandela, chegou a ver pinguins com olhos fechados, bicos abertos e cabeças caídas no forte calor do meio-dia lutando para proteger seus ovos — o que é um perigo, tendo em vista que eles evoluíram para reter calor na água gelada, e essa condição os superaquece facilmente.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/04/04224514994009.jpg" alt="Ninhos de cerâmica são os novos aliados na preservação dos pinguins africanos em sua luta contra o calor. (Fonte: Smithsonian Magazine/Reprodução)">Ninhos de cerâmica são os novos aliados na preservação dos pinguins africanos em sua luta contra o calor. (Fonte: Smithsonian Magazine/Reprodução)<h2>Ajuda humana</h2>Com esse cenário, o time liderado por Welman passou a investir na criação de ninhos de cerâmica para as aves, oferecendo um ambiente ainda mais frio que o visto nas tocas de guano e, consequentemente, ajudando na preservação dos ovos para a manutenção da espécie (que passou de três milhões para algo em torno de 48 mil pinguins africanos).Para se ter uma ideia, nos últimos quatro anos foram mais de 1.500 ninhos feitos à mão em cinco colônias de pinguins, incluindo nessa relação Bird Island, área que abriga quase metade dos pinguins africanos que ainda restam no mundo."Encontrar soluções eficazes de conservação é vital, dada a situação terrível da população de pinguins africanos", ressaltou Welman.&nbsp;Vale dizer, entretanto, que os pinguins africanos ainda enfrentam outro problema: a pesca predatória de anchovas e sardinhas, que são as presas preferidas das aves.&nbsp;Para ajudar a reverter esse cenário, cientistas e conservacionistas estão pressionando o governo sul-africano a fechar a pesca comercial em torno de seis colônias de reprodução de pinguins africanos até que as populações consigam se recuperar.</body>

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Ninhos artificiais estão salvando pinguins africanos do calor

Imagem de Pulsos elétricos evitam a pesca acidental de tubarões e arraias no megacurioso

O equipamento recém-apresentado pode ajudar a proteger espécies ameaçadas de extinção

<head></head><body>Um pequeno dispositivo capaz de emitir pulsos elétricos, que fica preso em equipamentos de pesca, pode ajudar a reduzir as capturas acidentais de tubarões em mais de 90%, preservando também as arraias. A tecnologia, batizada de SharkGuard, foi apresentada em um estudo publicado na revista Current Biology, na segunda-feira (21).Desenvolvido por cientistas da Universidade de Exeter, no Reino Unido, o aparelho tem o tamanho e o formato de uma pilha AA. Colocado na linha de anzol, próximo à isca, ou preso a redes de pesca, ele gera pequenos pulsos de eletricidade a cada dois segundos.Essa carga elétrica é o suficiente para causar desconforto em <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120294-estudo-diz-que-tubaroes-atacam-seres-humanos-por-engano-entenda.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tubarões</a>, arraias e outros animais marinhos. Isso acontece porque tais espécies possuem eletrorreceptores na região do nariz e da boca, chamados de “ampolas de&nbsp;Lorenzini”, que detectam as mais sutis mudanças nos campos elétricos subaquáticos.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/24/24103234309091.jpg" alt="O SharkGuard pode ser acoplado à linha do anzol. (Fonte: Fishtek Marine/Divulgação)">O SharkGuard pode ser acoplado à linha do anzol. (Fonte: Fishtek Marine/Divulgação)De acordo com o professor da universidade britânica, Phil Doherty, a ação do SharkGuard “sobrecarrega os sentidos” dos tubarões e arraias. A reação imediata dos animais é nadar para longe dos pulsos elétricos, evitando a captura acidental, como mostraram os testes da tecnologia.<h2>Salvando espécies ameaçadas de extinção</h2>A cada ano, estima-se que 100 milhões de tubarões e arraias são mortos como resultado da captura acidental na indústria pesqueira global, afetando algumas espécies em risco de extinção. A presença desses animais tem diminuído consideravelmente nas últimas décadas, devido à atividade humana.O dispositivo surgiu com a missão de reduzir esses números, se mostrando eficaz nos testes. Para verificar o funcionamento do SharkGuard, a empresa Fishtek Marine equipou dois <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121212-6-navios-desconhecidos-que-afundaram-na-primeira-viagem.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">navios de pesca</a> com a tecnologia — as embarcações também levaram os equipamentos convencionais.<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/9kslBc3bFfc" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Quando se aproximavam dos anzóis, os tubarões mordiam a isca e acabavam pescados acidentalmente, pois não eram o alvo dos pescadores. Mas esta ação raramente acontecia se o dispositivo estivesse presente, assim como no caso das arraias, reduzindo a pesca por engano.Conforme a pesquisa, o uso do dispositivo que emite pulsos elétricos diminuiu a captura acidental de tubarões-azuis em 91%, quando comparado ao uso do equipamento convencional. Já no caso das arraias, a redução foi um pouco menor, chegando a 71%.<h2>Facilitando a pesca do atum</h2>Além de contribuir para a recuperação da população de tubarões e arraias nos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122354-vida-nas-profundezas-5-fatos-incriveis-sobre-o-mar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">oceanos</a>, o SharkGuard pode facilitar a captura do peixe que é o principal alvo dos pescadores, o atum. Aparentemente, ele não é afetado pelos pulsos elétricos do dispositivo cilíndrico, apesar de as taxas de captura desta espécie terem sido baixas durante o estudo.O resultado mostra que a tecnologia ainda precisa ser melhor desenvolvida, mesmo contribuindo para a preservação de espécies ameaçadas. Outro ponto que merece atenção é a duração da bateria do dispositivo, com os responsáveis pelo projeto pensando em trocar o componente por um modelo carregado por indução, mais eficiente.</body>

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Pulsos elétricos evitam a pesca acidental de tubarões e arraias

Imagem de Saboeiro: a árvore que produz sabão naturalmente no megacurioso

Saiba mais sobre as plantas com propriedades saponáceas que podem ser usadas para lavar louças, roupas, cabelos e até a pele

<head></head><body>Procurar o melhor sabonete para a pele é uma tarefa demorada, chata e, às vezes, infrutífera. Encontrar um bom <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116200-a-curiosa-e-fetida-origem-do-sabao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sabão</a> que não agrida tanto o meio ambiente, então, nem se fala. Seria legal se houvesse uma alternativa natural, talvez uma árvore de sabão, não é mesmo? Pois saiba que isto existe!Conhecidas como saboeiros,&nbsp;estas plantas são capazes de gerar frutos com propriedades saponáceas e surfactantes, podendo ser usadas para lavar roupas, louças e até mesmo nossa pele e <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/118187-voce-tem-mesmo-que-lavar-o-cabelo-todo-dia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cabelos</a>!<h2>A árvore-do-sabão</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/30/30122545092266.jpg" alt="(Fonte: &nbsp;David Eickhoff/Wikimedia Commons)">(Fonte: &nbsp;David Eickhoff/Wikimedia Commons)Em todo o mundo são encontradas diversas plantas saponáceas, e no Brasil não é diferente. Um dos exemplares mais conhecidos por aqui é a Sapindus saponaria, a árvore-do-sabão. Também conhecida como sabão-de-soldado e fruta-do-sabão, a planta é bastante comum na <a href="https://www.megacurioso.com.br/mundo-verde/98490-20-curiosidades-fascinantes-sobre-a-amazonia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Amazônia</a>, além de ser facilmente encontrada entre o Ceará e o Mato Grosso, na região onde a mata é mais úmida.Além de ser usada na medicina alternativa e como sabão natural, segundo o site especializado em informações sobre meio ambiente e saúde GreenMe, a Sapindus saponaria também é muito utilizada em "projetos de recuperação de áreas degradadas, pois sua rusticidade permite uma mais rápida e efetiva cobertura do solo, especialmente em beiras-rio e alagados."Diferente dos sabões comerciais e processados, o sabão orgânico das saponáceas não agride o meio ambiente e é ótimo para lavar a pele humana. Sua espuma tem <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121305-qual-o-papel-do-ph-nas-nossas-vidas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pH balanceado</a> e é um ótimo umectante, sendo perfeita para usar no banho ou para lavar o rosto, por exemplo. Sua utilização também é excelente na lavagem de roupas e até da louça da cozinha. A melhor parte é que usar o sabão natural da Sapindus saponaria é bem simples, sendo necessário basicamente cozinhar as frutinhas.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/30/30122415042265.jpg" alt="(Fonte: &nbsp;David Eickhoff/Wikimedia Commons)">(Fonte: &nbsp;David Eickhoff/Wikimedia Commons)O processo é realmente muito fácil: você deve apenas amarrar um punhado dos frutos em um pano (idealmente de pano), mergulhar em uma panela com água e deixar ferver até começar a surgir uma espuma ou a água ficar esbranquiçada. Enquanto o saco de pano pode ser usado na máquina de lavar ou como esponja para a louça, a água da panela pode ser usada como shampoo, sabonete líquido ou para lavar o rosto.Existem ainda outras árvores e plantas com propriedades saponáceas, como a alfafa, o aloe, o ginseng e a mandioca. Várias ervas e grãos também contêm saponina, como a calêndula, a cebola vermelha, o grão de bico e até o feijão.Por fim, além de servirem para fazer sabão, essas plantas também podem ser usadas na medicina alternativa, pois ajudam a fortalecer o sistema imunológico, têm propriedades anti-inflamatórias e também auxiliam na redução do colesterol. Incrível!</body>

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Saboeiro: a árvore que produz sabão naturalmente

Imagem de Gatos laranja são realmente mais dóceis?  no megacurioso

Genes responsáveis pelo comportamento podem ser herdados com os da cor do pelo

Existe uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120941-5-ideias-erradas-que-as-pessoas-tem-sobre-gatos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cren&ccedil;a popular</a> de que gatos laranja s&atilde;o mais d&oacute;ceis que os de outra cor. Mas, por muito tempo, n&atilde;o existiam estudos relacionando a cor da pelagem com o comportamento desses animais, para verificar se havia mesmo alguma rela&ccedil;&atilde;o ou se era apenas um "achismo" dos donos de gatos.
E esse mito se manteve assim at&eacute; 1995, quando a bi&oacute;loga Dominique Pontier publicou um estudo examinando a frequ&ecirc;ncia da variante do gene laranja entre as popula&ccedil;&otilde;es de gatos. Sabe-se que o gene respons&aacute;vel pela cor laranja est&aacute; ligado ao sexo. Mas o que isso diz sobre o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120109-por-que-os-gatos-sao-viciados-em-alvejante.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">comportamento desses felinos</a>?
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123585-6-praticas-que-machucam-emocionalmente-seu-gato.htm" target="_blank" rel="sponsored">6 pr&aacute;ticas que machucam emocionalmente seu gato</a>
<h2>Estudando os gatos</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/28/28181746890174.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
O estudo de Pontier trabalhou com um total de 30 popula&ccedil;&otilde;es de gatos, na Fran&ccedil;a, entre 1982 e 1992. Foram catalogados os dados de 56 a 491 gatos, dependendo de cada popula&ccedil;&atilde;o. E entre os resultados, surgiram evid&ecirc;ncias sobre <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/110153-acredite-ou-nao-este-gato-fofinho-e-o-felino-mais-mortal-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a poss&iacute;vel amabilidade dos gatos</a> laranja.
A primeira informa&ccedil;&atilde;o que o estudo revelou &eacute; que os gatos laranja s&atilde;o mais comuns em ambientes rurais (menos densos) do que em ambientes urbanos. Como nesses ambientes o sistema de acasalamento dos gatos &eacute; mais pol&iacute;gino &mdash; os gatos machos tendem a acasalar com v&aacute;rias gatas, enquanto as f&ecirc;meas tendem a acasalar com apenas um macho &mdash;, a predomin&acirc;ncia de gatos laranjas pode indicar um maior sucesso reprodutivo em condi&ccedil;&otilde;es sociais espec&iacute;ficas.&nbsp;
Outro resultado &eacute; que os gatos laranja s&atilde;o menos comuns em &aacute;reas com maior risco de mortalidade. Esta descoberta pode sugerir que animais com essa pelagem podem ser mais propensos a se envolver em comportamentos de risco resultantes em morte. Outra possibilidade &eacute; que eles, por serem mais d&oacute;ceis, tendem a evitar locais e situa&ccedil;&otilde;es de maior risco.
A terceira descoberta serviu para confirmar um estudo anterior, realizado na Austr&aacute;lia. Gatos laranja apresentam maior dimorfismo sexual. Isso significa que os machos laranja pesam mais que os gatos de outras cores e as f&ecirc;meas laranja pesam menos que as de outras cores.
<h2>Mas, afinal, gatos laranjas s&atilde;o mais d&oacute;ceis?</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/28/28181748881175.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
O que &eacute; poss&iacute;vel afirmar com os dados obtidos por Pontier &eacute; que, devido a diferen&ccedil;as f&iacute;sicas e comportamentais, os gatos laranja (os machos, em particular) podem contar com uma estrat&eacute;gia reprodutiva diferente. Essa estrat&eacute;gia n&atilde;o estaria diretamente relacionada &agrave; maneira como esses animais se relacionam com seres humanos, mas pode ajudar a entender.
Por serem maiores que os demais animais, estarem presentes em maior concentra&ccedil;&atilde;o em ambientes rurais e expostos a menos situa&ccedil;&otilde;es de risco, os gatos laranja machos podem apresentar um comportamento mais ousado. Em situa&ccedil;&otilde;es que outros gatos entendem como arriscadas, os gatos laranja podem se sentir mais confort&aacute;veis.
Embora essas associa&ccedil;&otilde;es comportamentais baseadas em cores possam parecer estranhas, elas s&atilde;o relativamente comuns no reino animal. Outros animais, como roedores e p&aacute;ssaros &mdash; que possuem estudos conhecidos sobre o tema &mdash;, tamb&eacute;m apresentam a mesma rela&ccedil;&atilde;o que os gatos.
Isso acontece porque alguns genes respons&aacute;veis pelo comportamento ou outros atributos f&iacute;sicos (tamanho do corpo, por exemplo) podem ser herdados com os respons&aacute;veis pela cor do pelo. Desde 1995, foram realizados poucos estudos buscando compreender essa rela&ccedil;&atilde;o. Por&eacute;m, os dados obtidos por Pontier podem realmente sugerir que os gatos laranja tendem a ser mais d&oacute;ceis com os humanos.

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Gatos laranja são realmente mais dóceis? 

Imagem de Por que alguns animais têm bigode? no megacurioso

Segundo especialistas, o bigode é uma parte do corpo essencial para o animal interagir com o ambiente, além de outras funções

N&atilde;o &eacute; preciso ser um grande observador para notar que alguns animais na natureza possuem alguns fios de bigode em seus rostos, como c&atilde;es e gatos. Por&eacute;m, saber o que essa parte do corpo representa para essas criaturas &eacute; uma quest&atilde;o totalmente diferente.
O termo "bigode" tamb&eacute;m existe para os seres humanos, mas, para n&oacute;s, n&atilde;o cumpre exatamente uma fun&ccedil;&atilde;o vital. Logo, seria correto fazer a mesma associa&ccedil;&atilde;o ao falar sobre outras esp&eacute;cies? A resposta &eacute; n&atilde;o. Surpreendentemente, esses proeminentes pelos faciais nos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123409-9-especies-de-animais-estranhos-que-estao-ameacadas-de-extincao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">animais</a> os ajudam a interagir com o ambiente ao seu redor e tamb&eacute;m cumprem uma s&eacute;rie de outras fun&ccedil;&otilde;es. Entenda!
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123369-6-sentidos-que-os-animais-tem-e-os-humanos-nao.htm" target="_blank" rel="sponsored">6 sentidos que os animais t&ecirc;m e os humanos n&atilde;o</a>
<h2>Uso cotidiano</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/28/28174045151149.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Embora seja comum se referir aos pelos na face de um animal como "bigode", o termo mais correto para esses &oacute;rg&atilde;os sensoriais &eacute; "vibrissa". Esses pelos crescem pelo rosto, testa e &agrave;s vezes at&eacute; mesmo nas pernas de diversos mam&iacute;feros. Exemplos comuns de animais com vibrissas s&atilde;o cachorros, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123585-6-praticas-que-machucam-emocionalmente-seu-gato.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">gatos</a>, ratos e focas.
Os humanos n&atilde;o possuem esse tipo de pelo, mas a maioria dos mam&iacute;feros tem. Em geral, essa &eacute; uma ferramenta bastante eficiente na natureza para ajudar esses bichos a se locomoverem pelo seu habitat ou encontrar uma presa. Como nem todo animal possui boa vis&atilde;o, as vibrissas s&atilde;o bastante &uacute;teis nos hor&aacute;rios em que enxergar o mundo ao seu redor se torna mais complicado.
Outro ponto curioso &eacute; que animais com focinhos longos, como os <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123564-os-nomes-mais-populares-de-caes-e-gatos-nos-eua-em-2022.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">c&atilde;es</a>, podem apresentar problemas para ver coisas que est&atilde;o bem na frente de seu nariz. Sendo assim, os bigodes deles s&atilde;o como se fossem nossos dedos, sentindo as coisas ao seu redor e os guiando para desviar de objetos.&nbsp;
<h2>Estrutura biol&oacute;gica</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/28/28174047227150.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Um grande erro que as pessoas cometem &eacute; pensar que as vibrissas s&atilde;o iguais a um pelo comum, quando a realidade &eacute; muito mais profunda do que isso. Onde cada fio do bigode est&aacute; enraizado na pele do animal, existem muitas e muitas c&eacute;lulas nervosas. Por esse motivo, quando eles encostam o bigode em algo, essas c&eacute;lulas automaticamente enviam uma mensagem para o c&eacute;rebro.
Os ratos, por exemplo, conseguem usar esse &oacute;rg&atilde;o sensorial para fazer mapas mentais completos em suas cabe&ccedil;as de todos os lugares por onde j&aacute; passaram, enquanto as focas usam seus bigodes para sentir as vibra&ccedil;&otilde;es de um peixe que se moveu na &aacute;gua e pode se tornar uma presa f&aacute;cil.
Nesse sentido, &eacute; importante ressaltar que um dono de animal de estima&ccedil;&atilde;o jamais deve cortar as vibrassas de seu pet por motivos est&eacute;ticos. Em primeiro lugar, n&atilde;o &eacute; cortar o bigode do seu gato que ir&aacute; faz&ecirc;-lo ser mais bonito. Al&eacute;m disso, se livrar ou encurtar esses pelos pode fazer com que o animal se sinta desorientado e permane&ccedil;a "fora do ar" por alguns dias &mdash; &nbsp;at&eacute; tudo crescer novamente. Portanto, nem pense em cometer essa besteira!

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