Imagem de Conheça os cientistas por trás da criação da tabela periódica no megacurioso

Elaborada pela primeira vez em 1869, a tabela periódica não é uma criação que possa ser creditada apenas ao russo Dmitri Mendeleev

Voc&ecirc; pode at&eacute; n&atilde;o lembrar os nomes, afinal s&atilde;o muitos, mas certamente se recorda da tabela peri&oacute;dica e suas dezenas de elementos qu&iacute;micos ordenados por seus n&uacute;meros at&ocirc;micos.
Esse n&atilde;o &eacute; um mergulho em sua mem&oacute;ria dos tempos de escola &agrave; toa, mas para contar a voc&ecirc; um pouco sobre os cientistas por tr&aacute;s da inven&ccedil;&atilde;o e organiza&ccedil;&atilde;o dos elementos que comp&otilde;em esse objeto fundamental da ci&ecirc;ncia.
<h2>Os prim&oacute;rdios da tabela peri&oacute;dica moderna</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/02/02155547591296.jpg" alt="Mendeleev foi doodle do Google em seu 182&ordm; anivers&aacute;rio. (Fonte: Reprodu&ccedil;&atilde;o/Google)" />Mendeleev foi doodle do Google em seu 182&ordm; anivers&aacute;rio. (Fonte: Reprodu&ccedil;&atilde;o/Google)
No distante ano de 1869, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/fisica-e-quimica/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">qu&iacute;mico e f&iacute;sico</a> russo Dmitri Mendeleev criou a primeira vers&atilde;o da tabela peri&oacute;dica. O trabalho de Mendeleev foi realmente revolucion&aacute;rio, j&aacute; que previu propriedades de elementos que ainda n&atilde;o haviam sido descobertos.
O russo coletava as informa&ccedil;&otilde;es dos elementos conhecidos &agrave; &eacute;poca. Esses dados eram anotados em cart&otilde;es e, posteriormente, afixados na parede de seu laborat&oacute;rio. Quando notava alguma semelhan&ccedil;a entre os elementos, Mendeleev mudava a posi&ccedil;&atilde;o dos cart&otilde;es.
A comprova&ccedil;&atilde;o da teoria do cientista sobre as lacunas de elementos ainda desconhecidos veio anos depois. Quando o g&aacute;lio e o germ&acirc;nio foram descobertos, acabaram por ser posicionados na tabela justamente onde Mendeleev predeterminou. Mas, apesar de ter criado a primeira vers&atilde;o, n&atilde;o &eacute; necessariamente correto afirmar que ele a descobriu.
<h2>Os cientistas por tr&aacute;s da elabora&ccedil;&atilde;o da tabela peri&oacute;dica</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/02/02154725022283.jpg" alt="Antoine Lavoisier, Johann Wolfang D&ouml;bereiner, John Newlands e Henry Moseley. (Fonte: ASBMB)" />Antoine Lavoisier, Johann Wolfgang D&ouml;bereiner, John Newlands e Henry Moseley. (Fonte: ASBMB)
Antes de Mendeleev, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119830-lavoisier-o-quimico-revolucionario-que-foi-guilhotinado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Antoine Lavoisier</a>, Johann Wolfgang D&ouml;bereiner, John Newlands e Henry Moseley trabalharam para criar uma tabela dos elementos. O primeiro deles foi o qu&iacute;mico franc&ecirc;s Lavoisier, que em 1789 tentou agrupar os elementos em metais e n&atilde;o metais.
Levou mais quarenta anos para uma nova tentativa, dessa vez do f&iacute;sico alem&atilde;o D&ouml;bereiner, que observou semelhan&ccedil;as nas propriedades f&iacute;sicas e qu&iacute;micas de certos elementos. Ele os organizou em grupos de tr&ecirc;s, sempre em ordem crescente de massa at&ocirc;mica, e os batizou de tr&iacute;ades.
Mesmo a formula&ccedil;&atilde;o dada por Mendeleev n&atilde;o seria poss&iacute;vel sem seus predecessores e contempor&acirc;neos, como Amedeo Avogadro (1776-1856) e Stanislao Cannizzaro (1826-1910).
<h2>Cannizzaro e a tabela peri&oacute;dica de Mendeleev</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/02/02154313943278.jpg" alt="(Fonte: C.Calma)" />(Fonte: C.Calma)
Ao fim do Congresso de Qu&iacute;mica de 1860, um artigo escrito por Cannizzaro sobre o peso dos &aacute;tomos e dos elementos foi entregue aos participantes. Tanto Mendeleev quanto o qu&iacute;mico alem&atilde;o J. Lothar Meyer estavam presentes. O trabalho de Cannizzaro foi fundamental para que Mendeleev organizasse sua tabela com 63 elementos em 1869.
Meyer j&aacute; rascunhava tabelas desde 1860, mas seu artigo propondo uma foi apresentado somente um ano ap&oacute;s a do qu&iacute;mico russo, em 1870. Ainda que muito similar, cada uma contribuiu de maneira distinta. Ambos acabaram premiados pela "descoberta das rela&ccedil;&otilde;es peri&oacute;dicas dos pesos at&ocirc;micos", em 1892, pela Real Sociedade de Londres.&nbsp;
E, apesar de termos conhecimento destas informa&ccedil;&otilde;es, o trabalho de Cannizzaro, Meyer e demais qu&iacute;micos n&atilde;o mudou muito a forma como apontamos quem haveria criado a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113000-tabela-periodica-dos-elementos-completa-seu-150-aniversario.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tabela peri&oacute;dica</a>. Dos resultados no Google aos cientistas contempor&acirc;neos, afirmar que Mendeleev descobriu a tabela parece, ainda, ser a premissa mais aceita.

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Conheça os cientistas por trás da criação da tabela periódica

Imagem de 6 inovações criadas após a chegada do homem à Lua no megacurioso

Conheça uma série de invenções científicas que só foram possíveis por causa das missões espaciais da NASA

N&atilde;o h&aacute; d&uacute;vida de que a chegada do homem &agrave; <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120974-porque-existem-tantas-viagens-a-lua-programadas-para-2022.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Lua</a> &eacute; um dos maiores feitos proporcionados pela Ci&ecirc;ncia. Logo, as contribui&ccedil;&otilde;es prporcionadas por esse feito &agrave; evolu&ccedil;&atilde;o da humanidade v&atilde;o muito al&eacute;m da corrida espacial ou da descoberta de novos ambientes que talvez possamos habitar no futuro. H&aacute; v&aacute;rias inven&ccedil;&otilde;es que est&atilde;o presentes diariamente em nossa vida que derivam do fato de que um dia a&nbsp;National Aeronautics and Space Administration (<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120970-por-que-a-nasa-esta-explorando-o-fundo-dos-oceanos-da-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">NASA</a>) desenvolveu o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114132-apollo-13-50-anos-da-missao-que-deixou-a-terra-sem-folego.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">projeto Apollo</a> e conseguiu colocar alguns astronautas em territ&oacute;rio lunar.
N&atilde;o acredita? Ent&atilde;o veja a lista que fizemos com 6&nbsp;avan&ccedil;os cient&iacute;ficos proporcionados a partir do pouso da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115361-videos-da-missao-apollo-11-na-lua-sao-restaurados-por-ia-veja.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Apollo 11</a> na Lua, h&aacute; mais de 50 anos.
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119879-6-invencoes-da-nasa-que-usamos-todos-os-dias.htm" target="_blank">6 inven&ccedil;&otilde;es da NASA que usamos todos os dias</a>
<h2 class="uk-text-justify">1. A purifica&ccedil;&atilde;o da &aacute;gua</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/30/30184218370088.jpg" alt="(Fonte: Frigelar)" />(Fonte: Frigelar)
Quando a NASA estudava formas de mandar seus <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120776-6-astronautas-mais-jovens-a-desbravar-o-espaco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">astronautas</a> para o espa&ccedil;o, havia um desafio relativo no transporte da &aacute;gua. Para poder purificar a &aacute;gua durante o voo, a famosa ag&ecirc;ncia norte-americana criou um novo sistema baseado em &iacute;ons de prata para matar as bact&eacute;rias. A inven&ccedil;&atilde;o se tornou muito &uacute;til na Terra tamb&eacute;m, pois normalmente usava-se cloro para isso, o que, em excesso, n&atilde;o era bom &agrave; sa&uacute;de.
Esse sistema com &iacute;ons de prata &eacute; usado at&eacute; hoje em torres de resfriamentos, ares-condicionados e at&eacute; na limpeza de piscinas.
<h2 class="uk-text-justify">2. Sat&eacute;lites</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/30/30184010010082.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
A chegada do homem &agrave; Lua possibilitou que a tecnologia dos sat&eacute;lites fosse explorada com mais afinco desde ent&atilde;o. Todos os anos, centenas de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115892-satelite-da-nasa-se-desintegra-ao-reentrar-na-atmosfera-veja.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sat&eacute;lites</a> s&atilde;o enviados para o espa&ccedil;o com o intuito de coletar mais informa&ccedil;&otilde;es. Segundo a Uni&atilde;o dos Cientistas, hoje os sat&eacute;lites se dividem nestas fun&ccedil;&otilde;es: 40% deles cuidam das comunica&ccedil;&otilde;es; 36% servem para observar a Terra; 7% auxiliam na tecnologia GPS e 6% ajudam no desenvolvimento da ci&ecirc;ncia espacial.
<h2 class="uk-text-justify">3. M&aacute;scaras respirat&oacute;rias para bombeiros</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/30/30184339604089.jpg" alt="(Foto: Pixabay)" />(Foto: Pixabay)
As m&aacute;scaras respirat&oacute;rias usadas pelos bombeiros t&ecirc;m origem nas pesquisas da NASA. Embora a ag&ecirc;ncia espacial n&atilde;o tenha exatamente as inventado, foi ela que as tornou eficientes.&nbsp;Isso porque, em 1971, os <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/116012-bombeiros-sao-chamados-por-cobra-em-vaso-sanitario-mas-problema-era-outro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bombeiros</a> tinham um problema: o seu sistema de respira&ccedil;&atilde;o para atuar nos inc&ecirc;ndios era muito pesado, com equipamentos que chegavam a pesar at&eacute; 30 quilos.
Ent&atilde;o, empregando o conhecimento que j&aacute; tinham no desenvolvimento de equipamentos para os astronautas, a NASA colaborou para o governo americano e conseguiu criar equipamentos mais leves e pr&aacute;ticos que poderiam ser usados na Terra.
<h2 class="uk-text-justify">4. Tecidos sint&eacute;ticos de pol&iacute;mero</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/30/30184445901090.jpg" alt="(Fonte: Brasil Escola)" />(Fonte: Brasil Escola)
O <a href="https://www.tecmundo.com.br/dispositivos-moveis/125379-conheca-polimero-decretar-o-fim-telas-quebradas-celular.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pol&iacute;mero</a> &eacute; um material derivado do pl&aacute;stico e tem alta resist&ecirc;ncia ao calor. Ele ajuda a formar tecidos sint&eacute;ticos que hoje s&atilde;o extremamente comuns em nossa vida, como o n&aacute;ilon&nbsp;(bastante usado em roupas esportivas e meias) e o poli&eacute;ster.
Esse material foi sintetizado pela 1&ordf; vez pelo qu&iacute;mico norte-americano Carl Marvel, na d&eacute;cada de 1950. Por&eacute;m, provavelmente ele n&atilde;o teria avan&ccedil;ado tanto na sua inven&ccedil;&atilde;o se a NASA n&atilde;o tivesse o empregado em suas miss&otilde;es. Na &eacute;poca, a ag&ecirc;ncia espacial buscava desenvolver uma fibra t&ecirc;xtil n&atilde;o inflam&aacute;vel quando exposta a altas temperaturas. A preocupa&ccedil;&atilde;o decorria diretamente do inc&ecirc;ndio ocorrido com a nave Apollo 1, que matou seus tr&ecirc;s tripulantes em 1967.&nbsp;Ap&oacute;s seu uso pela NASA, o novo material foi ent&atilde;o testado no equipamento de prote&ccedil;&atilde;o dos bombeiros a partir da d&eacute;cada de 1970 e at&eacute; hoje &eacute; um dos tecidos mais confi&aacute;veis para situa&ccedil;&otilde;es de calor.
<h2 class="uk-text-justify">5. Dispositivos sem fio</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/30/30184607823091.jpg" alt="(Fonte: Voz do bico)" />(Fonte: Voz do bico)
A tecnologia de dispositivos sem fio tamb&eacute;m est&aacute; ligada diretamente &agrave;s necessidades das expedi&ccedil;&otilde;es da NASA, isso porque era preciso desenvolver furadeiras sem fio para poder fazer extra&ccedil;&atilde;o de rochas na Lua.&nbsp;A tarefa n&atilde;o foi f&aacute;cil, mas a NASA, por conta de sua experi&ecirc;ncia, conseguiu inventar dispositivos sem fio, a partir do que j&aacute; se conhecia de equipamentos m&eacute;dicos e limpeza a v&aacute;cuo.
<h2 class="uk-text-justify">6. Miniaturas</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/30/30184730543092.jpg" alt="(Fonte: Vecteezy)" />(Fonte: Vecteezy)
Voc&ecirc; tem fasc&iacute;nio por objetos pequenininhos? Pois saiba que as viagens &agrave; Lua tamb&eacute;m t&ecirc;m uma import&acirc;ncia no desenvolvimento de tecnologia miniaturizada, de forma a facilitar o transporte e diminuir o gasto de energia durante uma viagem espacial.
Os equipamentos levados pelos astronautas precisavam ser leves e compactos; por isso, os engenheiros da NASA tiveram que diminuir drasticamente o peso dos itens usados nas miss&otilde;es Apollo. Esse avan&ccedil;o se deu, sobretudo, na parte eletr&ocirc;nica dos equipamentos, ajudando a evoluir posteriormente as &aacute;reas de Comunica&ccedil;&atilde;o, Sa&uacute;de e Transporte.

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6 inovações criadas após a chegada do homem à Lua

Imagem de Por que o vento em movimento parece ser mais fresco? no megacurioso

Será que é só ilusão ou o vento do ventilador é realmente mais gelado? Vamos descobrir!

Em boa parte do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120897-por-que-brasil-se-escreve-com-z-em-ingles.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Brasil</a>, as temperaturas altas costumam durar o ano todo. E para escapar um pouco desse calor, muita gente acaba se abanando como pode &mdash; com a m&atilde;o, com o aux&iacute;lio do ventilador e at&eacute; mesmo com algum peda&ccedil;o de papel.
Mas voc&ecirc; sabe porque esse ato costuma gerar um <a href="https://www.megacurioso.com.br/aeronaves/87912-video-mostra-aviao-que-nao-consegue-pousar-por-causa-dos-ventos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vento</a> mais fresco do que a temperatura ambiente? Acompanhe s&oacute;:
Leia tamb&eacute;m: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120916-como-aliviar-o-calor-sem-ar-condicionado-confira-5-dicas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Como aliviar o calor sem ar-condicionado? Confira 5 dicas</a>
<h2 style="text-align: justify;">O que acontece quando nos abanamos?</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/31/31084236962044.jpg" alt="(Fonte: Freepik)" />(Fonte: Freepik)
A verdade &eacute; que o ar n&atilde;o fica mais gelado quando nos abanamos. O que acontece &eacute; que o vento em movimento acelera a troca de calor entre a pessoa e o ambiente, causando a sensa&ccedil;&atilde;o t&eacute;rmica de que o ar ficou mais gelado e fresco. Isso significa que o vento n&atilde;o est&aacute; mais frio, ele s&oacute; parece estar porque estamos perdendo calor mais r&aacute;pido.
Durante todo o tempo, nosso corpo est&aacute; perdendo calor para o ar. O <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117076-estudo-confirma-darwin-insetos-desistem-de-voar-por-causa-do-vento.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vento</a> causado pelo abano, ou por uma brisa, faz com que as mol&eacute;culas de ar entrem em contato com a nossa pele, acelerando a troca de energia para o ambiente.&nbsp;
Isso faz com que tenhamos a falsa impress&atilde;o de que quando o ar est&aacute; em movimento ele &eacute; mais fresco, mesmo que a temperatura seja a mesma com ele parado. &Eacute; quase como uma ilus&atilde;o de &oacute;ptica, s&oacute; que na pele. Para se ter ideia, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a cada vez que a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/103926-voce-sabe-quantas-categorias-existem-de-furacoes-e-o-que-elas-significam.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">velocidade aumenta 7 km/h</a>, a sensa&ccedil;&atilde;o t&eacute;rmica diminui 1 &deg;C.&nbsp;
Vale ressaltar que essa mesma sensa&ccedil;&atilde;o acontece ao usar o <a href="https://www.megacurioso.com.br/papo-de-bar/37353-beyonce-prende-a-cabeleira-no-ventilador-mas-continua-a-cantar-em-show.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ventilador</a>. Inclusive, quanto estamos suados, a sensa&ccedil;&atilde;o de frescor acaba sendo ainda maior, pois o vento acelera a transforma&ccedil;&atilde;o da &aacute;gua da nossa pele em vapor.

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Por que o vento em movimento parece ser mais fresco?

Imagem de Luas de Júpiter: quantas existem no maior planeta do Sistema Solar? no megacurioso

Entenda um pouco mais da origem e identificação das dezenas de luas que orbitam os entornos de Júpiter

Al&eacute;m de ser o maior planeta do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120151-como-e-o-clima-nos-outros-planetas-do-nosso-sistema-solar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Sistema Solar</a>, com uma massa cerca de 2,5 vezes a de todos os outros planetas do sistema somados, J&uacute;piter chama a aten&ccedil;&atilde;o por uma grande presen&ccedil;a de sat&eacute;lites naturais em sua &oacute;rbita, visto que um total de 79 est&atilde;o dispersos em seu entorno.
Atualmente, o corpo celeste fica atr&aacute;s apenas de Saturno como dono da maior quantidade de luas, embora descobertas recentes indiquem que mais segredos podem estar ocultos ao redor do gigante gasoso.
As primeiras luas de J&uacute;piter foram descobertas em 1610 por Galileu Galilei (1564-1642), que contou com o apoio de um telesc&oacute;pio para acompanhar o movimento de 4 corpos estranhos que pairavam no espa&ccedil;o. Ap&oacute;s noites de observa&ccedil;&atilde;o, o f&iacute;sico se inspirou em nomes da mitologia greco-romana para batizar as luas galileanas, chamando-as de Ganimedes, Calisto, Europa e Io, que mais tarde foram classificadas como os maiores sat&eacute;lites naturais do planeta.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/01/01102624394137.jpg" alt="(Fonte: NASA / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: NASA / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Acredita-se que a forte presen&ccedil;a de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120974-porque-existem-tantas-viagens-a-lua-programadas-para-2022.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">luas</a> pequenas e gigantes &mdash; Ganimedes, por exemplo, &eacute; apenas 2,4 vezes menor do que a Terra &mdash; seja resultado de uma grande &aacute;rea de estabilidade gravitacional em torno de J&uacute;piter. Al&eacute;m disso, o planeta tem o campo magn&eacute;tico mais poderoso do Sistema Solar, e qualquer objeto que ouse passar por suas proximidades &eacute; atra&iacute;do como lua ou &eacute; desintegrado pelas mar&eacute;s gravitacionais.
Leia tamb&eacute;m: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119938-galileu-galilei-a-revolucao-causada-pelas-descobertas-sobre-a-lua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Galileu Galilei: a revolu&ccedil;&atilde;o causada pelas descobertas sobre a lua</a>
<h2 class="uk-text-justify">Primeiro passo para os estudos lunares</h2>
As descobertas de Galileu forneceram a base necess&aacute;ria para a compreens&atilde;o das propriedades atmosf&eacute;ricas de J&uacute;piter, j&aacute; que foram capazes de determinar que as luas s&atilde;o os principais fornecedores da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120781-poeira-espacial-pode-revelar-os-segredos-sobre-o-passado-da-lua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">poeira</a> que forma os an&eacute;is ao redor do planeta.
Estudos apontam que as luas galileanas ainda continuam atraindo o maior interesse da comunidade acad&ecirc;mica, especialmente por apresentarem uma intera&ccedil;&atilde;o de destaque com per&iacute;odos orbitais que variam de 7 horas a quase 3 anos terrestres.
Atualmente, 53 luas de J&uacute;piter t&ecirc;m nomes, enquanto as outras 26 conhecidas est&atilde;o aguardando classifica&ccedil;&atilde;o oficial. Al&eacute;m disso, outros 7 grupos integram os sat&eacute;lites orbitais do planeta gasoso, sendo eles o Almateia, Temisto, Himalia, Carpo, Ananke, Carme e Pasife.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/01/01102541331136.jpg" alt="(Fonte: NASA/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: NASA/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Enquanto as luas primordiais de J&uacute;piter chegam a ser maiores do que os chamados "planetas-an&otilde;es" (Ceres, Makemake, Haumea, Eris e Plut&atilde;o), outros corpos chamam a aten&ccedil;&atilde;o por ir na "contram&atilde;o" e serem min&uacute;sculos se comparados &agrave; maioria. &Eacute; o caso de uma lua sem nome descoberta em 2017 pelo astr&ocirc;nomo Scott S. Sheppard, que leva 1,5 ano para orbitar o planeta e tem menos de 1 km de di&acirc;metro, cerca de 5 mil vezes menor do que Ganimedes.
A pr&oacute;xima grande miss&atilde;o para explorar as luas de J&uacute;piter &eacute; o Europa Clipper da National Aeronautics and Space Administration (NASA), prevista para ocorrer em 10 de outubro de 2024 e planejada para realizar um reconhecimento detalhado de Europa &mdash; a fim de verificar se o sat&eacute;lite natural tem uma "zona habit&aacute;vel" e armazena o dobro de quantidade de &aacute;gua existente na Terra.

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Luas de Júpiter: quantas existem no maior planeta do Sistema Solar?

Imagem de Por que lembramos de coisas que nunca aconteceram? no megacurioso

Provavelmente você já contou uma história que ninguém mais lembrava... Por que isso acontece? Vamos descobrir!

Nosso c&eacute;rebro tem a capacidade de pregar muitas pe&ccedil;as e, inclusive, recordar acontecimentos que nunca se concretizaram. Conhecida como &ldquo;mem&oacute;ria falsa&rdquo;, ela &eacute; mais recorrente do que se pensa, e o problema &eacute; que a pessoa que sofre dessa situa&ccedil;&atilde;o n&atilde;o consegue distinguir entre o que &eacute; real e aquilo que n&atilde;o &eacute;. Diferente de uma mentira, na mem&oacute;ria falsa a pessoa n&atilde;o tem a consci&ecirc;ncia que aquele fato nunca aconteceu.
De acordo com Martin Conway, professor de Psicologia Cognitiva da City University of London (Reino Unido), em uma entrevista para a BBC News Brasil, todos est&atilde;o suscet&iacute;veis a criar uma recorda&ccedil;&atilde;o que n&atilde;o faz jus &agrave; realidade, mas que se encaixa na hist&oacute;ria que constru&iacute;mos sobre nossa vida e personalidade.
Leia tamb&eacute;m: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120758-deja-vu-por-que-temos-a-sensacao-de-ja-ter-vivido-algo.htm" target="_blank">D&eacute;j&agrave;-V&uacute;: por que temos a sensa&ccedil;&atilde;o de j&aacute; ter vivido algo?</a>
<h2 class="uk-text-justify">Fun&ccedil;&otilde;es das mem&oacute;rias</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/31/31104706328120.jpg" alt="(Fonte: Pixabay/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Pixabay/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Para entender por que nossa mem&oacute;ria &eacute; t&atilde;o suscet&iacute;vel ao erro, &eacute; preciso ter uma base das diferentes fun&ccedil;&otilde;es das mem&oacute;rias. Uma delas &eacute; recordar o passado pr&oacute;ximo: essa lembran&ccedil;a &eacute; razoavelmente precisa.&nbsp;
H&aacute; tamb&eacute;m a chamada &ldquo;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118691-quais-os-tipos-de-memoria-usados-pelo-cerebro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mem&oacute;ria autobiogr&aacute;fica</a>", destinada a per&iacute;odos mais longos (meses, anos ou d&eacute;cadas). De acordo com Conway, as mem&oacute;rias autobiogr&aacute;ficas servem mais para nos ajudar como indiv&iacute;duos, para nos definir; por isso, &ldquo;n&atilde;o &eacute; particularmente importante que a&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121006-esquecer-pode-ser-sinal-de-uma-memoria-saudavel.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mem&oacute;ria</a> seja bastante precisa. O que importa &eacute; que seja consistente, encaixe-se na sua vida e no que voc&ecirc; constr&oacute;i sobre si mesmo. Esse processo pode ser inconsciente", disse o professor.
<h2 class="uk-text-justify">A cria&ccedil;&atilde;o das mem&oacute;rias falsas</h2>
Martin Conway, tamb&eacute;m diretor do Centro de Mem&oacute;ria e Direito, estuda o assunto h&aacute; 40 anos. De acordo com as pesquisas dele, &eacute; comum encontrar erros em um conte&uacute;do da mem&oacute;ria. &Eacute; normal que estejam relacionados a detalhes daquela mem&oacute;ria em espec&iacute;fico e, inclusive, podem ser de lembran&ccedil;as e circunst&acirc;ncias que nunca se concretizaram.
Isso acontece porque temos a capacidade de imaginar situa&ccedil;&otilde;es. Dentre as diversas imagina&ccedil;&otilde;es que criamos, algumas o c&eacute;rebro passa a entender como mem&oacute;rias &mdash; e isso &eacute; bastante caracter&iacute;stico das mem&oacute;rias de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/117261-14-fotos-surreais-que-capturam-a-infancia-ao-redor-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">inf&acirc;ncia</a>, principalmente.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/04/04103229606071.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Ainda segundo o psic&oacute;logo, mem&oacute;ria e imagina&ccedil;&atilde;o sucedem nas mesmas redes neurol&oacute;gicas do nosso c&eacute;rebro. Ao estar focado em uma atividade ou pensando na vida, no passado ou no futuro, as pr&aacute;ticas de lembrar e imaginar acontecem na mesma rede, o que torna nosso <a href="https://www.megacurioso.com.br/corpo-humano/58793-9-fatos-sobre-o-cerebro-humano-que-voce-ainda-desconhece.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">c&eacute;rebro</a> suscet&iacute;vel ao erro.
Isso significa que, apesar de ainda ser misterioso como funciona esse processo de cria&ccedil;&atilde;o de mem&oacute;rias falsas, h&aacute; um fator que os pesquisadores da &aacute;rea concordam: ningu&eacute;m cria mem&oacute;ria falsa de maneira intencional.&nbsp;
&Eacute; poss&iacute;vel, por exemplo, que voc&ecirc; converse com algu&eacute;m e, ap&oacute;s isso, imagine como essa conversa poderia ter se desenrolado melhor e, de tanto criar um novo cen&aacute;rio, de forma gradual, ele se transforma em uma mem&oacute;ria real. Isso acontece porque as mem&oacute;rias s&atilde;o nada menos do que constru&ccedil;&otilde;es mentais.

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Por que lembramos de situações que nunca aconteceram?

Imagem de Cientistas descobriram o 1º planeta a orbitar 3 estrelas no megacurioso

Usando o telescópio de última geração ALMA, astrônomos afirmam ter encontrado o primeiro planeta de um sistema estelar a orbitar três sóis

Distante 1,3 mil anos-luz da Terra, cientistas afirmam ter encontrado um planeta na Constela&ccedil;&atilde;o de &Oacute;rion, chamado GW Ori, que seria o primeiro do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120316-como-o-universo-pode-acabar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Universo</a> a orbitar tr&ecirc;s s&oacute;is. De acordo com os pesquisadores, a explica&ccedil;&atilde;o mais prov&aacute;vel para esse tipo de comportamento seria que o planeta tivesse a dimens&atilde;o semelhante &agrave; de J&uacute;piter &mdash; ou at&eacute; mesmo maior.
A suposta descoberta foi publicada em um artigo no Monthly Notices of the Royal Astronomical Society&nbsp;em setembro de 2021. O sistema estelar de GW Ori &eacute; objeto de estudo de astr&ocirc;nomos h&aacute; tempos, e a estrutura dele, composta de 3 estrelas, &eacute; cercada por um grande disco de poeira e g&aacute;s, tendo tr&ecirc;s an&eacute;is desalinhados entre si.
<h2 class="uk-text-justify">Telesc&oacute;pio de &uacute;ltima gera&ccedil;&atilde;o foi fundamental &agrave;s pesquisas sobre o GW Ori</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/28/28154404793306.jpg" alt="(Fonte: ALMA/W. Garnier)" />(Fonte: ALMA/W. Garnier)
Planetas como a Terra orbitam <a href="https://www.megacurioso.com.br/estrelas/99021-8-verdades-sobre-as-estrelas-que-voce-vai-adorar-descobrir.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">estrelas</a>&nbsp;como o Sol. Isso aprendemos logo no in&iacute;cio de nossa vida escolar. Contudo, voc&ecirc; j&aacute; ouviu falar de planetas que orbitam duas estrelas? E tr&ecirc;s, quatro ou cinco?
Nos Andes Chilenos, no Planalto de &nbsp;Chajnantor, o Observat&oacute;rio Europeu do Sul (ESO) opera o Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA), um telesc&oacute;pio de &uacute;ltima gera&ccedil;&atilde;o com o qual os astr&ocirc;nomos encontraram os tr&ecirc;s an&eacute;is de poeira ao redor de GW Ori.
Essa regi&atilde;o, de condi&ccedil;&otilde;es &iacute;mpares de observa&ccedil;&atilde;o, foi fundamental &agrave; descoberta e melhor an&aacute;lise do que ocorre na constela&ccedil;&atilde;o de &Oacute;rion. O desalinhamento dos an&eacute;is tamb&eacute;m chamou bastante a aten&ccedil;&atilde;o dos cientistas, que apontaram o jovem planeta como o primeiro a ter tr&ecirc;s s&oacute;is orbitando-o concomitantemente.
<h2 class="uk-text-justify">Descoberta ampliaria a compreens&atilde;o sobre a forma&ccedil;&atilde;o de planetas</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;ESO/L. Cal&ccedil;ada, Exeter/Kraus&nbsp;" data-fonte-url="https://static01.nyt.com/images/2021/09/28/science/28sci-triplesun2/merlin_195475752_47a0e2fa-827f-49a8-9371-0860ac7fde1d-superJumbo.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/28/28154600840311.jpg" alt="(Fonte: ESO/L. Cal&ccedil;ada, Exeter/Kraus)" />(Fonte: ESO/L. Cal&ccedil;ada, Exeter/Kraus)
Para chegar &agrave;s hip&oacute;teses apresentadas no artigo, os autores do estudo fizeram simula&ccedil;&otilde;es 3D baseadas em outros an&eacute;is de poeira. Dessa forma, buscaram compreender como a lacuna do disco havia-se formado.
Segundo Jeremy Smallwood, um dos cientistas envolvidos com a pesquisa e a publica&ccedil;&atilde;o do material, a confirma&ccedil;&atilde;o dessa descoberta ampliaria os conhecimentos sobre a forma&ccedil;&atilde;o planet&aacute;ria. "Isso pode significar que a forma&ccedil;&atilde;o &eacute; muito mais ativa do que pens&aacute;vamos", contou em entrevista &agrave; Forbes.
Como o planeta ainda n&atilde;o foi detectado, o telesc&oacute;pio ALMA seguir&aacute; sendo utilizado pelos astr&ocirc;nomos ao longo dos pr&oacute;ximos meses. Essas novas observa&ccedil;&otilde;es poder&atilde;o fornecer evid&ecirc;ncias diretas da exist&ecirc;ncia do planeta ou planetas.
<h2 class="uk-text-justify">Sistemas com v&aacute;rias estrelas s&atilde;o relativamente comuns</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Forbes/Stellarium&nbsp;" data-fonte-url="https://imageio.forbes.com/specials-images/imageserve/615ae854096feece6f79c049/The-location-of-GW-Orionis--a-triple-star-system-in-the-constellation-of-Orion--The/960x0.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/28/28154759513316.jpg" alt="(Fonte: Forbes/Stellarium)" />(Fonte: Forbes/Stellarium)
A poss&iacute;vel descoberta do GW Ori e de suas tr&ecirc;s estrelas orbitais pode parecer um fato raro, por&eacute;m sistemas como o Solar, com uma &uacute;nica estrela, &eacute; que fogem &agrave; regra.
Astr&ocirc;nomos estimam que, aproximadamente, 85% das estrelas est&atilde;o em sistemas bin&aacute;rios, em que 2 estrelas orbitam um centro de massa comum. Destas, algo pr&oacute;ximo a 10% estariam em sistemas estelares triplos ou m&uacute;ltiplos.&nbsp;&Eacute; essa pequena porcentagem de sistemas com mais de 2 estrelas que mais entusiasma quem pesquisa o assunto. Ela sugere que <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116340-cientistas-descobrem-24-planetas-que-podem-ser-melhores-do-que-a-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">planetas</a> poderiam surgir em qualquer lugar, inclusive os cada vez menos comuns.

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Cientistas descobriram o 1° planeta a orbitar 3 estrelas

Imagem de Por que alguns arco-íris se formam mesmo sem chuva? no megacurioso

Entenda quais fatores são primordiais para que um belo arco-íris apareça atravessando o céu de uma cidade

Quando o Sol decide aparecer logo depois que uma chuva foi embora, &eacute; comum esperarmos um belo <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118323-a-cor-rosa-esta-no-arco-iris.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">arco-&iacute;ris</a> aparecer pelo c&eacute;u &mdash; afinal, essas s&atilde;o as condi&ccedil;&otilde;es meteorol&oacute;gicas cl&aacute;ssicas para que esse fen&ocirc;meno aconte&ccedil;a. Isso ocorre porque as luzes do Sol mudam de velocidade e se dobram ao entrar em contato com as gotas de chuva.
Ao bater na outra parede da gota, o raio solar &eacute; refratado (desviado) para fora dela. Como cada cor tem diferentes &acirc;ngulos de refra&ccedil;&atilde;o, conseguimos ver no c&eacute;u o t&atilde;o c&eacute;lebre arco de cores, o qual chamamos carinhosamente de arco-&iacute;ris. Mas por que n&oacute;s conseguimos ver esse tipo de fen&ocirc;meno at&eacute; mesmo nos dias em que n&atilde;o h&aacute; chuva? Vamos entender!
<h2 class="uk-text-justify">Chuva invis&iacute;vel</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/02/02094157112059.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Voc&ecirc; pode pensar que n&atilde;o &eacute; o caso, mas a forma&ccedil;&atilde;o dos arco-&iacute;ris espont&acirc;neos tamb&eacute;m &eacute; possivelmente formada atrav&eacute;s da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119107-o-que-realmente-significa-ter-50-de-chance-de-chuva.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">chuva</a> &mdash; por&eacute;m, uma que voc&ecirc; n&atilde;o consegue ver. Segundo especialistas em meteorologia, &eacute; prov&aacute;vel que tudo isso fa&ccedil;a parte de um tipo de precipita&ccedil;&atilde;o chamado Virga, tamb&eacute;m conhecido como "Chuva Fantasma".
Esses modelos de nuvem s&atilde;o bem comuns em lugares muitos secos e quentes, fazendo que a &aacute;gua da chuva evapore antes de entrar em contato com o ch&atilde;o. No entanto, engana-se quem pensa que a chuva &eacute; o &uacute;nico tipo de &aacute;gua capaz de criar um arco-&iacute;ris no c&eacute;u.
A luz solar tamb&eacute;m pode se refletir e <a href="https://www.megacurioso.com.br/experiencias/32424-luz-atinge-velocidade-infinita-durante-experimento.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">refratar</a> em cristais de gelo presos na atmosfera, o que depender&aacute; do &acirc;ngulo de encontro e da posi&ccedil;&atilde;o do Sol para emitir cores. Em outros casos, esses cristais de gelo podem ser respons&aacute;veis pela forma&ccedil;&atilde;o de outro fen&ocirc;meno, chamado halo, que nada mais &eacute; do que um anel de luz que rodeia um corpo celeste.
<h2 class="uk-text-justify">Tipos de refra&ccedil;&atilde;o de luz</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/02/02094047268058.jfif" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Um halo de 22&deg;, por exemplo, &eacute; um c&iacute;rculo de luz com um raio de 22&deg; que se forma ao redor do Sol &mdash; mas tamb&eacute;m pode se formar ao redor da Lua. Esse fen&ocirc;meno mant&eacute;m as mesmas propriedades da luz branca.&nbsp;
De um lado, existem os arcos circum-horizontais, que s&atilde;o os&nbsp;halos &oacute;pticos coloridos e paralelos ao horizonte. Isso ocorre quando a luz entra pela face lateral de um cristal de gelo prism&aacute;tico e hexagonal e sai pela base inferior dele. O arco circum-horizontal s&oacute; pode acontecer quando o Sol est&aacute; em um &acirc;ngulo maior que do que 58&deg;.
Do outro, est&aacute; o arco circunzenital, que apresenta um trecho de arco com curvatura voltada para o Sol, similar a um arco-&iacute;ris invertido no c&eacute;u. Entretanto, esse fen&ocirc;meno &eacute; formado quando o Sol est&aacute; abaixo do &acirc;ngulo de 32&deg;. Embora nenhum dos exemplos citados nessa parte do texto sejam tecnicamente um arco-&iacute;ris, todos eles apresentam modelos de refra&ccedil;&atilde;o da &aacute;gua em comum.&nbsp;E, mesmo que eles nunca cheguem a ser considerados como um arco-&iacute;ris, voc&ecirc; provavelmente desfrutaria da mesma forma essa vis&atilde;o.

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Por que alguns arco-íris se formam mesmo sem chuva?

Imagem de Babilônios já usavam geometria mil anos antes de Pitágoras no megacurioso

Os cálculos inscritos em uma tabuleta de argila ajudaram os antigos babilônios a registrar os limites de propriedades

Pit&aacute;goras (cerca de 570 a.C.&ndash; 495 a.C.) foi um importante fil&oacute;sofo e <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/109635-15-fatos-legais-e-divertidos-sobre-matematica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">matem&aacute;tico grego</a>. &Eacute; ele o criador do famoso &ldquo;Teorema de Pit&aacute;goras&rdquo;, que diz que &ldquo;em um tri&acirc;ngulo ret&acirc;ngulo, o quadrado da hipotenusa &eacute; igual &agrave; soma dos quadrados dos catetos&rdquo;.
Para a escola pitag&oacute;rica, os seres vivos e todos os elementos da natureza podiam ser representados por meio de n&uacute;meros. Esse pensamento levou Pit&aacute;goras e os seus disc&iacute;pulos a se tornarem os pioneiros nos estudos da matem&aacute;tica, sendo os primeiros a se dedicar &agrave; geometria, analisando-a em sua ess&ecirc;ncia.
No entanto, um achado arqueol&oacute;gico da Babil&ocirc;nia pode ajudar a reescrever parte dessa hist&oacute;ria.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/30/30121838337039.jpg" alt="Pit&aacute;goras de Samos. (Fonte: Free Mason/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)&nbsp;" />Pit&aacute;goras de Samos. (Fonte: Free Mason/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)&nbsp;
<h2>O artefato Si.427</h2>
O Si.427 &eacute; uma tabuleta de argila da Babil&ocirc;nia que est&aacute; no Museu Arqueol&oacute;gico de Istambul (Turquia). Recentemente, o doutor em matem&aacute;tica Daniel Mansfield, da Universidade de South Wales (Austr&aacute;lia), descobriu que ela &eacute; o mais antigo exemplo conhecido de&nbsp;geometria aplicada.
Ou seja, os babil&ocirc;nios, al&eacute;m de serem &oacute;timos em construir templos suntuosos e jardins exuberantes &mdash; t&atilde;o incr&iacute;veis que estavam entre as maiores maravilhas do mundo antigo &mdash;, tamb&eacute;m sabiam usar <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120839-6-vezes-que-equacoes-matematicas-revolucionaram-o-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">conhecimentos avan&ccedil;ados em matem&aacute;tica</a> para as tarefas do dia a dia. E tem mais: como a tabuleta tem 3,7 mil anos, isso significa que a geometria aplicada j&aacute; era usada na Babil&ocirc;nia cerca de mil anos antes de seu inventor conhecido, o matem&aacute;tico grego Pit&aacute;goras.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;(Fonte:Istanbul Arkeoloji M&uuml;zeleri/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)&nbsp;" data-fonte-url="https://www.researchgate.net/figure/Si427-Obverse-Photograph-by-and-courtesy-of-the-Istanbul-Arkeoloji-Muezeleri_fig1_353670907"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/30/30121324758037.jpg" alt="A placa de argila Si.427. (Fonte:Istanbul Arkeoloji M&uuml;zeleri/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />A placa de argila Si.427. (Fonte:Istanbul Arkeoloji M&uuml;zeleri/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Segundo o pesquisador, ele ficou sabendo do artefato Si.427 quando analisava os registros originais de escava&ccedil;&otilde;es arqueol&oacute;gicas realizadas em 1894 em Sippar, regi&atilde;o pr&oacute;xima a Bagd&aacute;. Isso significa que, por mais de um s&eacute;culo, ningu&eacute;m sabia para que servia a tabuleta. Conforme a pesquisa de Mansfield, publicada no Foundations of Science, a placa foi usada por um agrimensor para medir os limites de uma propriedade.
Mas ela tamb&eacute;m ajuda a entender como os babil&ocirc;nios <a href="https://www.megacurioso.com.br/matematica-e-estatistica/74174-voce-sabe-o-que-e-a-proporcao-aurea.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">evolu&iacute;ram sua matem&aacute;tica</a> conforme as necessidades da sociedade da &eacute;poca. De acordo com Mansfield, no per&iacute;odo em que a tabuleta foi feita, a ideia de propriedade privada estava come&ccedil;ando a ser aplicada na Babil&ocirc;nia. Antes disso, as posses de terras que antes eram permitidas apenas &agrave;s institui&ccedil;&otilde;es do estado, agora eram poss&iacute;veis ser compradas e vendidas por qualquer um.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;(Fonte: Breezy Scroll/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)&nbsp;" data-fonte-url="https://www.breezyscroll.com/world/si-427-australian-mathematician-reveals-worlds-oldest-example-of-applied-geometry/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/30/30121637930038.jpg" alt="Dr. Mansfield analisando o Si.427. (Fonte: Breezy Scroll/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Dr. Mansfield analisando o Si.427. (Fonte: Breezy Scroll/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
<h2>Triplos pitag&oacute;ricos</h2>
O agrimensor que confeccionou a placa usou o que hoje chamamos de triplos ou trios pitag&oacute;ricos para determinar &acirc;ngulos retos precisos.&nbsp;
Em um dos lados do objeto, h&aacute; uma descri&ccedil;&atilde;o do terreno, incluindo uma torre nas proximidades, uma eira e as &aacute;reas pantanosas. Do outro lado est&aacute; um diagrama mostrando campos retangulares com lados opostos de comprimento equivalente.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;(Fonte: Wionews/Reprodu&ccedil;&atilde;o)&nbsp;" data-fonte-url="https://www.wionews.com/science/trigonometry-1000-years-before-pythagoras-applied-geometry-engraved-on-3700-yr-old-clay-tablet-found-403266"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/30/30122206868041.jpg" alt="Artefato foi usado para medir terras. (Fonte: Wionews/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Artefato foi usado para medir terras. (Fonte: Wionews/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Em entrevista ao The Guardian, Mansfield disse que a finalidade da placa &eacute; muito semelhante &agrave;s usadas hoje, quando pessoas comuns querem saber quais s&atilde;o os limites de suas terras. A diferen&ccedil;a &eacute; que o agrimensor moderno usaria um GPS para isso, j&aacute; os babil&ocirc;nios usavam os triplos pitag&oacute;ricos.
Por fim, Mansfield destaca que &ldquo;os gregos inventaram sua trigonometria&nbsp;porque estudavam astronomia, mas os babil&ocirc;nios tinham sua pr&oacute;pria variante separada de trigonometria, que desenvolveram para resolver problemas sobre terras e fronteiras&rdquo;.

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Babilônios já usavam geometria mil anos antes de Pitágoras

Imagem de Por que o mapa-múndi que conhecemos está errado? no megacurioso

Erros na escala de países em mapas planos provoca uma série de equívocos comuns entre as pessoas

<span style="color: #404040; font-family: 'Source Sans Pro', sans-serif; font-size: 18px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: #ffffff; text-decoration-thickness: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-color: initial; display: inline !important; float: none;">Por mais que os&nbsp;<strong style="color: #404040; font-family: 'Source Sans Pro', sans-serif; font-size: 18px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: #ffffff; text-decoration-thickness: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-color: initial;">mapas do mundo<span style="color: #404040; font-family: 'Source Sans Pro', sans-serif; font-size: 18px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: #ffffff; text-decoration-thickness: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-color: initial; display: inline !important; float: none;">&nbsp;nos deem uma vis&atilde;o apurada sobre a distribui&ccedil;&atilde;o territorial entre pa&iacute;ses, nem tudo que n&oacute;s vemos pode ser tido como precisamente exato. Se voc&ecirc; ainda n&atilde;o sabia disso, fique atento: as propor&ccedil;&otilde;es vistas nos livros de geografia costumam estar bastante erradas. 
<span style="color: #404040; font-family: 'Source Sans Pro', sans-serif; font-size: 18px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: #ffffff; text-decoration-thickness: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-color: initial; display: inline !important; float: none;">Embora essas proje&ccedil;&otilde;es tenham sido desenhadas com as melhores das inten&ccedil;&otilde;es &mdash; fornecer uma proje&ccedil;&atilde;o detalhada e coerente da Terra &mdash;, os mapas planos est&atilde;o longe de ser precisos. Enquanto algumas &aacute;reas s&atilde;o representadas muito maiores do que realmente s&atilde;o, outras encolheram de tamanho. Al&eacute;m disso, dist&acirc;ncias entre v&aacute;rias massas de terra s&atilde;o deturpadas. Tudo sobre isso voc&ecirc; entender&aacute; nos pr&oacute;ximos par&aacute;grafos.
<h2>Mapas deturpados</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/27/27110224462151.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
<span style="color: #404040; font-family: 'Source Sans Pro', sans-serif; font-size: 18px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: #ffffff; text-decoration-thickness: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-color: initial; display: inline !important; float: none;">N&atilde;o importa qual mapa do mundo voc&ecirc; estiver analisando, todos eles ter&atilde;o ao menos um erro grave. Mas n&atilde;o se preocupe, existe uma explica&ccedil;&atilde;o razoavelmente simples para isso. Pense no seguinte dilema: como traduzir as escalas vistas no globo terrestre para uma folha de papel lisa?
<span style="color: #404040; font-family: 'Source Sans Pro', sans-serif; font-size: 18px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: #ffffff; text-decoration-thickness: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-color: initial; display: inline !important; float: none;">Ao contr&aacute;rio do que os negacionistas pensam, a Terra n&atilde;o &eacute; nem um pouco&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/108477-terra-plana-google-maps-muda-representacao-de-zoom-e-mostra-terra-redonda.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank" style="font-family: 'Source Sans Pro', sans-serif; font-size: 18px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: #ffffff;">plana</a><span style="color: #404040; font-family: 'Source Sans Pro', sans-serif; font-size: 18px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: #ffffff; text-decoration-thickness: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-color: initial; display: inline !important; float: none;">&nbsp;e, por esse motivo, existem certas incongru&ecirc;ncias quando tentamos repass&aacute;-la para um desenho plano. Isso sempre se mostrou um verdadeiro problema para os cart&oacute;grafos desde o in&iacute;cio da era do mapeamento. Afinal, como um objeto tridimensional pode ser perfeitamente representado em duas dimens&otilde;es?
<span style="color: #404040; font-family: 'Source Sans Pro', sans-serif; font-size: 18px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: #ffffff; text-decoration-thickness: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-color: initial; display: inline !important; float: none;">&Eacute; a mesma coisa do que cortarmos uma bola de t&ecirc;nis ao meio e tentar mold&aacute;-la em um ret&acirc;ngulo perfeito &mdash; um conceito praticamente imposs&iacute;vel. A Proje&ccedil;&atilde;o de Mercator, modelo criado pelo ge&oacute;grafo e cart&oacute;grafo flamengo Gerardus Mercator em 1569, foi favorecido pelos navegadores durante s&eacute;culos porque lhes permitia tra&ccedil;ar cursos em linha reta. E mesmo sendo um modelo extremamente adotado hoje, deixa muito a oferecer em termos de precis&atilde;o.
<h2>Tipos de distor&ccedil;&atilde;o</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/27/27110115477149.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
<span style="color: #404040; font-family: 'Source Sans Pro', sans-serif; font-size: 18px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: #ffffff; text-decoration-thickness: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-color: initial; display: inline !important; float: none;">Todos os mapas apresentam algum grau de distor&ccedil;&atilde;o, mas uns pecam mais que os outros. No globo, os meridianos convergem &agrave; medida que se aproximam de um polo, e os comprimentos dos paralelos de latitude diminuem at&eacute; os polos. Mas, ao mapear a Terra em um ret&acirc;ngulo, os polos s&atilde;o esticados para ficarem equivalentes ao comprimento da linha do equador. Por isso, h&aacute; um alongamento horizontal &agrave; medida que o mapa se move em dire&ccedil;&atilde;o aos polos.
<span style="color: #404040; font-family: 'Source Sans Pro', sans-serif; font-size: 18px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: #ffffff; text-decoration-thickness: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-color: initial; display: inline !important; float: none;">Isso faz com que algumas regi&otilde;es pare&ccedil;am ser incrivelmente maiores do que realmente s&atilde;o, enquanto outras s&atilde;o desenhadas muito menores. Por exemplo, Europa e&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/104278-9-fatos-sobre-a-groenlandia-que-voce-provavelmente-desconhecia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank" style="font-family: 'Source Sans Pro', sans-serif; font-size: 18px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: #ffffff;">Groenl&acirc;ndia</a><span style="color: #404040; font-family: 'Source Sans Pro', sans-serif; font-size: 18px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: #ffffff; text-decoration-thickness: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-color: initial; display: inline !important; float: none;">&nbsp;aparecem nos mapas em propor&ccedil;&otilde;es gigantescas, enquanto o continente africano e pa&iacute;ses como a &Iacute;ndia encolheram de tamanho.
<span style="color: #404040; font-family: 'Source Sans Pro', sans-serif; font-size: 18px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: #ffffff; text-decoration-thickness: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-color: initial; display: inline !important; float: none;">Na Proje&ccedil;&atilde;o de Mercator, Groenl&acirc;ndia e &Aacute;frica parecem ter a mesma dimens&atilde;o, mas o segundo &eacute; 14 vezes maior que o primeiro. Isso tamb&eacute;m&nbsp;<span style="color: #404040; font-family: 'Source Sans Pro', sans-serif; font-size: 18px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: #ffffff; text-decoration-thickness: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-color: initial; display: inline !important; float: none;">vale para o Alasca, representado tr&ecirc;s vezes maior que o M&eacute;xico, quando o pa&iacute;s da Am&eacute;rica do Norte &eacute; 1,3 vezes maior que o territ&oacute;rio dos Estados Unidos. 
Voc&ecirc; pode conferir os tamanhos verdadeiros dos pa&iacute;ses em compara&ccedil;&atilde;o a outros <a href="https://thetruesize.com/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">neste site.</a>
<h2>Solu&ccedil;&otilde;es para o futuro</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/27/27105829134147.jpg" alt="(Fonte: J. Richard Gott/Divulga&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: J. Richard Gott/Divulga&ccedil;&atilde;o)
<span style="color: #404040; font-family: 'Source Sans Pro', sans-serif; font-size: 18px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: #ffffff; text-decoration-thickness: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-color: initial; display: inline !important; float: none;">A transforma&ccedil;&atilde;o de um objeto tridimensional em uma representa&ccedil;&atilde;o de apenas duas dimens&otilde;es sempre apresentar&aacute; falhas, disso n&atilde;o h&aacute; como escapar. Entretanto, um projeto criado por astrof&iacute;sicos da Universidade de Princeton em 2021 ofereceu uma sa&iacute;da interessante para esse problema: transformar o&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120639-como-surgiu-o-mapa-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank" style="font-family: 'Source Sans Pro', sans-serif; font-size: 18px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: #ffffff;">mapa-m&uacute;ndi</a><span style="color: #404040; font-family: 'Source Sans Pro', sans-serif; font-size: 18px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: #ffffff; text-decoration-thickness: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-color: initial; display: inline !important; float: none;">&nbsp;em dois mapas em formato de panqueca vistos lado a lado.
<span style="color: #404040; font-family: 'Source Sans Pro', sans-serif; font-size: 18px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: #ffffff; text-decoration-thickness: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-color: initial; display: inline !important; float: none;">Assim, as formas do globo seriam convertidas em um c&iacute;rculo e n&atilde;o mais em um ret&acirc;ngulo, favorecendo a propor&ccedil;&atilde;o original das regi&otilde;es. No entanto, vale ressaltar que esse n&atilde;o &eacute; um modelo graficamente agrad&aacute;vel e &eacute; extremamente recente. Por isso, ainda precisamos determinar o quanto ele ser&aacute; aceito nas escolas e livros de geografia.

thumb-image-2024-02-29T14:06:00.028Z

Por que o mapa-múndi que conhecemos está errado?

Imagem de Mil fios misteriosos são descobertos no centro da Via Láctea no megacurioso

As estruturas desconhecidas já haviam sido observadas pela primeira vez em 1980, porém em menor quantidade

Imagens feitas do centro da Via L&aacute;ctea revelaram algo intrigante: cerca de mil fios misteriosos foram vistos "pendurados" no espa&ccedil;o sem qualquer tipo de explica&ccedil;&atilde;o. O registro foi divulgado pela 1&ordf; vez nesta quarta-feira (26) e dever&aacute; ser publicado na revista The Astrophysical Journal.&nbsp;
Segundo os pesquisadores, esses impressionantes filamentos se estendem por mais de 150 anos-luz e geralmente podem ser vistos em pares ou aglomerados. O estudo tamb&eacute;m cita que o espa&ccedil;amento entre eles ocorre de maneira igualit&aacute;ria e de lado a lado, semelhante ao que seria as cordas de um instrumento musical.
<h2 class="uk-text-justify">Avistamentos anteriores</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/30/30204205359129.jpg" alt="(Fonte: Northwestern University)" />(Fonte: Northwestern University)
Por mais surpreendidos que os cientistas tenham ficado, essa n&atilde;o &eacute; a primeira vez que esses filamentos misteriosos foram avistados em nossa gal&aacute;xia. Na d&eacute;cada de 1980, o pesquisador Farhad Yusef-Zadeh, da Northwestern University, nos <a href="https://www.megacurioso.com.br/proxima-parada/44802-proxima-parada-estados-unidos-vamos-viajar-pelas-terras-do-tio-sam.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Estados Unidos</a>, foi quem os identificou no espa&ccedil;o.
Ap&oacute;s uma s&eacute;rie de estudos, Yusef-Zadeh constatou que os filamentos tinham el&eacute;trons de raios c&oacute;smicos que giram seu corpo magn&eacute;tico pr&oacute;ximo &agrave; velocidade da luz. Mesmo assim, a origem daqueles objetos especiais permaneceu um verdadeiro mist&eacute;rio at&eacute; os tempos atuais.
Nas imagens feitas em 2022, &eacute; poss&iacute;vel notar uma quantidade de fios 10 vezes maior do que aquela observada no passado. Com isso, os cientistas da Northwestern University receberam uma nova oportunidade para poder analisar uma grande quantidade desses filamentos de maneira nunca vista antes por pesquisadores.
<h2 class="uk-text-justify">Novas descobertas</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Northwestern University&nbsp;" data-fonte-url="https://s2.glbimg.com/S8YYg9cmLtfGVlL6-1NEuuNTr2M=/e.glbimg.com/og/ed/f/original/2022/01/27/a_felicidade_faz_parte_de_quem_somos._3.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/30/30204302656130.jpg" alt="(Fonte: Northwestern University)" />(Fonte: Northwestern University)
Com a possibilidade de analisar mais exemplares desses fios espaciais, Yusef-Zadeh acredita que ele e sua equipe est&atilde;o um passo mais pr&oacute;ximo de descobrir mais sobre sua origem. De acordo com ele, os seres humanos tinham apenas uma "vis&atilde;o m&iacute;ope" sobre esses <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118667-6-objetos-perigosos-e-inusitados-que-ja-cairam-do-espaco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">objetos</a> at&eacute; o momento, mas agora tudo poder&aacute; ser analisado de forma panor&acirc;mica.
Em comunicado oficial, os pesquisadores afirmam ter sido necess&aacute;rio tr&ecirc;s anos analisando dados do Observat&oacute;rio de Radioastronomia da &Aacute;frica do Sul (Sarao) para coletar as novas imagens. Foi somente atrav&eacute;s do telesc&oacute;pio MeerKAT que eles conseguiram reunir um mosaico com 20 observa&ccedil;&otilde;es de diferentes pontos do centro da <a href="https://www.megacurioso.com.br/astronomia/37834-voce-sabe-por-que-a-via-lactea-tem-esse-nome-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Via L&aacute;ctea</a> &mdash; localizado a 25 mil anos-luz da Terra.
Al&eacute;m da incr&iacute;vel imagem dos mais de mil filamentos misteriosos, o estudo conseguiu capturar emiss&otilde;es de r&aacute;dio de estrelas em erup&ccedil;&atilde;o, ber&ccedil;&aacute;rios estelares e novos remanescentes de supernovas. Para poder analisar os fios separadamente, os estudiosos utilizam uma t&eacute;cnica que remove o fundo principal do registro, detalhando apenas o objeto em quest&atilde;o.
<h2 class="uk-text-justify">Em busca de respostas</h2>
Apesar de os cientistas cravarem que mais an&aacute;lises precisar&atilde;o ser feitas para chegar a algo conclusivo, a suposi&ccedil;&atilde;o do momento &eacute; que os filamentos sejam o rastro da atividade passada de um buraco negro supermassivo no centro da Via L&aacute;ctea. Anteriormente, pensava-se que eles eram origin&aacute;rios de uma supernova.&nbsp;
A expectativa &eacute; que o uso do telesc&oacute;pio MeerKAT, que foi lan&ccedil;ado apenas em 2018, nos pr&oacute;ximos anos ajude na identifica&ccedil;&atilde;o de mais desses elementos espaciais e encontrar respostas sobre o que faz os el&eacute;trons desses filamentos acelerarem t&atilde;o r&aacute;pido.

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