
Estilo de vida
05/02/2022 às 07:00•2 min de leitura
Distante 1,3 mil anos-luz da Terra, cientistas afirmam ter encontrado um planeta na Constelação de Órion, chamado GW Ori, que seria o primeiro do Universo a orbitar três sóis. De acordo com os pesquisadores, a explicação mais provável para esse tipo de comportamento seria que o planeta tivesse a dimensão semelhante à de Júpiter — ou até mesmo maior.
A suposta descoberta foi publicada em um artigo no Monthly Notices of the Royal Astronomical Society em setembro de 2021. O sistema estelar de GW Ori é objeto de estudo de astrônomos há tempos, e a estrutura dele, composta de 3 estrelas, é cercada por um grande disco de poeira e gás, tendo três anéis desalinhados entre si.
(Fonte: ALMA/W. Garnier)
Planetas como a Terra orbitam estrelas como o Sol. Isso aprendemos logo no início de nossa vida escolar. Contudo, você já ouviu falar de planetas que orbitam duas estrelas? E três, quatro ou cinco?
Nos Andes Chilenos, no Planalto de Chajnantor, o Observatório Europeu do Sul (ESO) opera o Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA), um telescópio de última geração com o qual os astrônomos encontraram os três anéis de poeira ao redor de GW Ori.
Essa região, de condições ímpares de observação, foi fundamental à descoberta e melhor análise do que ocorre na constelação de Órion. O desalinhamento dos anéis também chamou bastante a atenção dos cientistas, que apontaram o jovem planeta como o primeiro a ter três sóis orbitando-o concomitantemente.
(Fonte: ESO/L. Calçada, Exeter/Kraus)
Para chegar às hipóteses apresentadas no artigo, os autores do estudo fizeram simulações 3D baseadas em outros anéis de poeira. Dessa forma, buscaram compreender como a lacuna do disco havia-se formado.
Segundo Jeremy Smallwood, um dos cientistas envolvidos com a pesquisa e a publicação do material, a confirmação dessa descoberta ampliaria os conhecimentos sobre a formação planetária. "Isso pode significar que a formação é muito mais ativa do que pensávamos", contou em entrevista à Forbes.
Como o planeta ainda não foi detectado, o telescópio ALMA seguirá sendo utilizado pelos astrônomos ao longo dos próximos meses. Essas novas observações poderão fornecer evidências diretas da existência do planeta ou planetas.
(Fonte: Forbes/Stellarium)
A possível descoberta do GW Ori e de suas três estrelas orbitais pode parecer um fato raro, porém sistemas como o Solar, com uma única estrela, é que fogem à regra.
Astrônomos estimam que, aproximadamente, 85% das estrelas estão em sistemas binários, em que 2 estrelas orbitam um centro de massa comum. Destas, algo próximo a 10% estariam em sistemas estelares triplos ou múltiplos. É essa pequena porcentagem de sistemas com mais de 2 estrelas que mais entusiasma quem pesquisa o assunto. Ela sugere que planetas poderiam surgir em qualquer lugar, inclusive os cada vez menos comuns.
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