Imagem de Cooma: a penitenciária usada para prender homens homossexuais no megacurioso

Em 1957, gays foram perseguidos e criminalizados em uma armação feita pelo governo da Austrália

<head></head><body>Oprimidos, perseguidos, assassinados e condenados. A purgação das pessoas <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122093-5-fatos-historicos-sobre-o-mes-do-orgulho-lgbtqia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">LGBTQIAP+</a> ainda é uma chaga crônica rasgada através da História, começando no século XII, quando os homossexuais que viviam na Europa dominada pelo <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121652-como-os-seguidores-de-jesus-fundaram-o-cristianismo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cristianismo</a> eram castrados, decapitados, afogados em pântanos e queimados na fogueira em praça pública.Até a ascensão de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121500-hitler-tinha-planos-de-aniquilar-a-etnia-polonesa-em-ate-20-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Hitler</a> na Alemanha da década de 1930, existia uma tolerância razoável sobre ser homossexual, com uma cena gay florescente em Berlim. Porém, a seção 175 do Código Civil da Alemanha determinava a relação entre pessoas do mesmo sexo ilegal no país. Em 1935, o regime nazista ampliou essa lei, aumentando a pena para atividades homossexuais de 6 meses para 5 anos, fazendo a prisão de 8 mil homens em 2 anos. Foi assim que o Holocausto chegou até os gays.Estima-se que 15 mil homens tenham sido encarcerados em <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121561-campo-de-concentracao-uma-historia-muito-anterior-a-auschwitz.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">campos de concentração</a>, dos quais 60% foram assassinados, pereceram nas câmaras de gás ou durante trabalho escravo. Fora daquele horror, houve uma onda de denúncias sistemáticas, em que muitos foram alvo de investigações e perseguidos pelo governo.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/04/04132158829206.jpg" alt="(Fonte: Steve Nesius/Reuters/Reprodução)">(Fonte: Steve Nesius/Reuters/Reprodução)E apesar das leis e revoluções, os tempos modernos ainda são uma dificuldade para a comunidade. De acordo com dados levantados pela Organização Stonewall, dos Estados Unidos, uma em cada oito pessoas LGBT (13%) já sofreu alguma forma de tratamento desigual em sistemas de saúde. Mais de um terço dos funcionários LGBTs (35%) escondem sua orientação sexual no trabalho por medo de discriminação. Dois terços (64%) das pessoas LGBTQIAP+ sofreram violência ou abuso em sua vida.Atualmente, 70 países criminalizam relacionamentos entre pessoas do mesmo sexo, sendo que em 11 deles a pena de morte para essas pessoas é permitida, tendo como exemplo o Irã e a Arábia Saudita. Um quarto da população mundial acredita que ser LGBT+ deveria ser crime.Na década de 1950, a Austrália foi bem específica sobre declarar ser contra os homossexuais ao reabrir a penitenciária de Cooma para prender homens gays.<h2>Incitando uma guerra</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/04/04132334435208.jpg" alt="(Fonte: The Greatest Menace/Reprodução)">(Fonte: The Greatest Menace/Reprodução)Quando o jornalista Patrick Abboud, responsável por trazer a história da prisão à tona no podcast investigativo The Greatest Menace, ouviu seu colega de trabalho, Simon Cunich, dizer que havia recebido a pauta de uma história bizarra sobre uma prisão destinada para homens gays, ele imaginou que fosse em algum lugar da Rússia, Alemanha Oriental ou do sul dos Estados Unidos, mas estava errado.Os propósitos e horrores da única instituição prisional do mundo destinada a prender homens gays foram estabelecidos nos confins da Austrália, em uma pequena cidade chamada Cooma, em Nova Gales do Sul.A instituição foi erguida para ser um <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/113677-bedlam-o-palacio-dos-loucos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sanatório</a> e depois usada como a prisão da cidade, ficando desativada do início dos anos 1900 até 1957, quando foi reaberta com o propósito de perseguir homens gays. O projeto foi ideia do então ministro da Justiça de Nova Gales do Sul, Reg Dowming, que assumiu com orgulho o que considerou seu "projeto de estimação".“Em nenhum lugar da Europa ou da América encontrei prisões onde homossexuais foram separados de outros prisioneiros”, revelou ele ao Sydney Morning Herald, em 1957.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/04/04132522645210.jpg" alt="Reg Downing. (Fonte: Wikimedia Commons)">Reg Downing. (Fonte: Wikimedia Commons)No ano seguinte à abertura do Centro Correcional de Cooma, um comunicado liberado pela imprensa definiu os homossexuais como "infratores", portanto, o local era destinado as suas práticas "hediondas". Todos os homens foram lá encarcerados por simplesmente exercerem sua orientação sexual ou por cometerem "crimes" relacionados a ser gay, o que envolvia viver com alguém do mesmo sexo, ter relações sexuais ou flertar com essa intenção.Em 1955, as leis estaduais para reprimir a homossexualidade foram tão severas que mais tarde foram comparadas com a constituição draconiana, do final do século VII a.C. Todas as cláusulas seguiram de perto as ideias sociais do comissário de polícia do estado, Colin Delaney, que sentia que a legislação corretiva era uma necessidade urgente para combater "aquele tipo de mal".Portanto, um homem poderia ser preso ou encarar um interrogatório simplesmente por conversar com outro em local público, atacando de maneira abrangente as liberdades civis dos homens, tanto cuja orientação sexual era gay, quanto aqueles que não eram. Isso aumentou o ódio dos homens heterossexuais pelos homossexuais, pois sentiam como se estivessem sendo punidos pela conduta "desviada" de terceiros, reforçando a ideia de criminalidade do "comportamento gay".&nbsp;O chamado "crime de sodomia" foi punido com 14 anos de prisão em Cooma, enquanto a tentativa de sodomia tinha pena de 5 anos. Para piorar, estava previsto em Lei que o homem poderia ser preso se confirmado crime de sodomia com ou sem o consentimento de outro homem, ou seja, assim não havia arestas para que uma defesa pudesse ser constituída.<h2>O conluio de Cooma</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/04/04132707979212.jpg" alt="(Fonte: Carl Purcell/Hulton Archive/Getty Images)">(Fonte: Carl Purcell/Hulton Archive/Getty Images)Existe um motivo pelo qual o comissário de polícia do estado foi tão considerado durante toda a purgação gay que aconteceu naquele pedaço da Austrália. A prisão gay de Cooma foi um esforço coordenado entre o governo e a polícia local para experimentação de uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/polemica/72863-voce-sabe-como-funciona-a-cura-gay.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cura para a homossexualidade</a>, portanto, haviam agentes provocadores para incitar homens a cometerem atos homossexuais. E isso foi feito de todos os jeitos, desde colocando homens bonitos em bares para flertarem, quanto nos banheiros públicos para tentar fazer outros homens cederem às seduções predatórias.No ano seguinte à abertura da instituição, o governo de Nova Gales do Sul anunciou sua comissão de inquérito para o tratamento da homossexualidade, que envolveria médicos, psiquiatras, e especialistas em penalogia e bem-estar social e moral – o que incluía reverendos. Foi dessa forma que a existência de uma prisão foi inclusa na cena, com a desculpa não muito velada de que "facilitaria a investigação dos criminosos homossexuais".“O governo considera que o problema deve ser atacado com vigor após uma avaliação científica e uma possível solução”, disse Downing em seu comunicado à imprensa.Em The Greatest Menace, Abboud explica que as conclusões psiquiátricas da época para a causa da homossexualidade era o excesso de zelo ou convivência com a mãe, e excesso de autoridade maternal, que teria gerado o overmothering. Dessa forma, o homem gay teria desenvolvido uma antipatia por outras mulheres, sendo forçado a recorrer a outros homens para se relacionar afetiva e sexualmente.O relatório que atestava isso foi encoberto nos registros históricos após o desmanche da instituição.<h2>A história se repete</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/04/04132809117213.jpg" alt="(Fonte: New York Daily News Archive/Getty Images)">(Fonte: New York Daily News Archive/Getty Images)O que acontecia por de trás dos altos muros da prisão gay de Cooma não foi muito diferente do que ainda acontece em centros de terapia de conversão espalhados em lugares remotos da Europa.Abboud relatou registros sobre terapia de aversão e psicocirurgia, uma espécie de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114735-lobotomia-o-mais-abominavel-capitulo-da-medicina.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">lobotomia</a>, que eram usados em prisioneiros a fim de descobrir o que causava a homossexualidade. Mas nada disso adiantou. O líder do projeto na prisão, o professor William Trethowan, teve que enterrar os relatórios por algum motivo – ou por não conseguir encontrar a cura, ou pelas coisas horríveis que fizeram lá que não podiam aparecer em detalhes.O que se sabe, porém, é que a prisão não conseguiu coibir nem sequer as relações dos prisioneiros entre si, que acontecia em larga escala, como relatam antigos funcionários que também não sabiam a verdadeira razão pelo qual esses homens estavam lá.“Cooma era uma instituição de proteção. Nós carimbávamos os prisioneiros homossexuais com N/A: 'não associação com prisões convencionais'. Eles corriam risco de violência em prisões maiores, como em Long Bay”, disse Les Strzelecki, de 66 anos, à&nbsp;BBC. Durante o tempo em que foi oficial de serviços de custódia na prisão, ele acreditou que os presos eram enviados para lá para sua própria segurança.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/04/04133018692214.jfif" alt="Patrick Abboud. (Fonte: Facebook/Reprodução)">Patrick Abboud. (Fonte: Facebook/Reprodução)É incerto até quando os prisioneiros foram enviados para o Centro Correcional de Cooma devido ao encobrimento das evidências e destruição de arquivos, mas é possível que até o início dos anos 1980, quando a instituição foi fechada – hoje atua como prisão de segurança mínima e média.Em 1984, a relação homoafetiva foi descriminalizada em Nova Gales do Sul, contudo, nada ironicamente, a investigação de Abboud foi lançada uma semana após o governo federal tentar aprovar um projeto de lei de descriminação religiosa.“O uso da vergonha como arma é algo intrínseco à vida de jovens queer hoje em dia. E na Austrália, as sementes disso foram plantadas naquela prisão gay em Cooma”, argumenta o jornalista.&nbsp;Portanto, Abboud não está errado em dizer que ainda acontece pelo mundo o mesmo que em 1957 em Cooma, só que sob uma roupagem diferente – e mais cínica.</body>

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Cooma: a penitenciária usada para prender homens homossexuais

Imagem de 6 tipos de relações diferentes da monogamia no megacurioso

Saiba quais são os relacionamentos que envolvem ter mais de um parceiro sem que isso seja considerado traição

<head></head><body>A monogamia é a forma de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123025-por-que-o-rei-charles-nao-se-casou-com-camilla-primeiro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">relacionamento</a> mais conhecida pelos seres humanos no mundo todo: nesse tipo, o indivíduo possui apenas um parceiro, seja sexual ou romântico, durante a sua vida ou um determinado período — normalmente algo estabelecido por um relacionamento firme ou casamento.Inclusive, esse também é o termo usado para o comportamento social de alguns animais que só possuem um parceiro sexual por vez, como os pinguins. No entanto, na história humana e animal, os relacionamentos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119956-somos-naturalmente-monogamicos-ou-isso-nos-foi-imposto.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">monogâmicos</a> estão longe de serem os únicos existentes. Veja só outros seis tipos de relações que são diferentes da monogamia!<h2>1. Poliamor</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/03/03180514824341.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)Combinando as origens do grego e do latim para "muitos" e "amores", a palavra "poliamor" é utilizada para descrever o modelo de relacionamento baseado na ideia de que é possível desenvolver o amor romântico por mais de uma pessoa ao mesmo tempo. Pessoas poliamorosas recusam a ideia de que exista um único e verdadeiro amor.Nessa visão, buscar uma pessoa limitaria as vidas humanas na busca incessante por um ser humano ideal. Sendo assim, esse indivíduo pode desenvolver mais de um relacionamento sério simultaneamente, sempre sendo aberto sobre suas visões com seus parceiros e parceiras.<h2>2. Trisal</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/03/03180232838338.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)">(Fonte: Pixabay)Na mesma base do poliamor, o conceito de "trisal" tende a ser a primeira imagem que as pessoas tem em mente em um relacionamento não-monogâmico. Em um trio tradicional, todos os parceiros são romanticamente e sexualmente atraídos um pelos outros.Portanto, um trisal acaba operando como um relacionamento em quatro vias: a conexão única entre duas pessoas do trio em um momento único entre as partes e também o relacionamento dos três parceiros ao mesmo tempo.<h2>3. Relacionamento fechado em V</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/03/03180119444336.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)">(Fonte: Pixabay)Os relacionamentos fechados chamados de "V" são uma forma de descrever a dinâmica poliamorosa de relacionamento onde duas pessoas dividem romanticamente e sexualmente conexões com um terceiro elemento, mas não entre elas. É possível compreender?Por esse motivo, essa terceira pessoa seria o ponto central do V que conectaria as duas extremidades. Nessas relações não-monogâmicas, os parceiros que não estão envolvidos tendem a possuir um nível de proximidade decente, mas não <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122888-os-5-animais-mais-pervertidos-e-sexualmente-ativos-da-natureza.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sexual</a>— caso contrário estariam em um trisal.<h2>4. Polifidelidade</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;MangoStar_Studio/Getty Images&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/detail/foto/team-of-friends-embracing-outside-imagem-royalty-free/1180210122?phrase=polyamorous"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/04/04164013784351.jpg" alt="(Fonte: MangoStar_Studio/Getty Images)">(Fonte: MangoStar_Studio/Getty Images)Em um trisal ou quadrisal, normalmente podemos assumir que todas as pessoas envolvidas ainda estão abertas para conhecer mais pessoas e se relacionar livremente. No entanto, a polifidelidade traz uma camada diferente para essas relações. Nesse caso, os membros do grupo funcionam como um casal monogâmico fechado — só que em número diferente.Grupos polifiéis podem viver juntos, criar filhos e até mesmo ajustar suas práticas sexuais para se ajustar ao funcionamento do acordo entre eles.&nbsp;<h2>5. Relacionamentos abertos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/04/04164751625359.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)O termo "relacionamento aberto" é de longe o mais utilizado para englobar pessoas não-monogâmicas. Na maioria dos casos, isso envolve um casal que está comprometido romanticamente, mas abre portas para que cada um deles possa ter outras relações sexuais no meio do caminho.Porém, muitos indivíduos envolvidos em relacionamentos abertos também acham confortável a ideia de desenvolver outra conexão romântica enquanto aproveitam o sexo casual.<h2>6. Swing</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/04/04164829798363.jpg" alt="(Fonte: 1001nights/Getty Images)">(Fonte: 1001nights/Getty Images)A prática sexual do swing, como é popularmente chamado, envolve pessoas que praticam o chamado "sexo recreativo" com outras pessoas, mas não necessariamente buscam relações românticas dentro dessas atividades. Embora a falta de conexão amorosa diferencie os swingers&nbsp;dos poliamorosos, isso não significa que quem pratica swing&nbsp;não forme conexões sociais intensas com seus outros parceiros.Muitos swingers&nbsp;costumam funcionar em dois pares, sendo dois casais de amigos que fazem sexo sem compromisso entre si.</body>

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6 tipos de relações diferentes da monogamia

Imagem de Tirania da felicidade: já se sentiu obrigado a ser feliz o tempo todo? no megacurioso

Mas a questão é: os seres humanos não foram programados para serem felizes

<head></head><body>Você já se sentiu obrigado a ser feliz o tempo todo? “Olha como a vida é bonita. Olha o privilégio que você tem de estar vivo e com saúde!”, “ah, mas pelo menos você tem um trabalho” ou ainda “você precisa sorrir mais”. Alguma vez ouviu uma dessas frases ou algo do parecido em sua vida?Seja nas redes sociais, no trabalho, vizinhança, círculo de amigos ou familiar, pode ser que você tenha se deparado com aquela pessoa que sempre vai encontrar uma palavra para anular o motivo de você não estar feliz no dia. Isso te incomoda?Se você se sente ou já se sentiu pressionado a estar/ser feliz o tempo todo, significa que experimentou o que os estudiosos chamam de tirania da felicidade.<h2>Não fomos programados para a felicidade</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/06/06180056231465.jpg" alt="(Fonte: Power of Positivity/Reprodução)">(Fonte: Power of Positivity/Reprodução)<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/123000-7-licoes-da-filosofia-para-uma-vida-feliz.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Ser feliz</a> é um negócio muito lucrativo, parte de um mercado que arrecada trilhões de dólares por ano, que é o caso da indústria do bem-estar, de acordo com um levantamento do Global Wellness Institute. Este mercado, que comercializa felicidade engarrafada em diferentes formas, vende desde ioga, como forma de se concentrar em seu corpo e mente, até beleza, cuidados pessoais e turismo.Mas a questão é: os seres humanos não foram feitos para serem felizes. Em termos biológicos, fomos projetados para sobreviver e reproduzir como qualquer outra criatura no mundo natural, porém esse estado de contentamento foi desencorajado porque diminuiria nossa guarda contra possíveis ameaças à sobrevivência.Ao longo do curso evolutivo da humanidade, foi priorizado o desenvolvimento de um grande lobo frontal em nosso cérebro do que uma capacidade natural de ser feliz, deixando claro quais eram as prioridades da natureza ao longo do processo.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/06/06180253587467.jpg" alt="(Fonte: Success Magazine/Reprodução)">(Fonte: Success Magazine/Reprodução)Por outro lado, existe uma análise ampla neste campo que argumenta que o fracasso da natureza em eliminar a depressão no processo evolutivo foi porque ela desempenha um papel útil em tempos de adversidade, ajudando o indivíduo deprimido a se desvencilhar das situações arriscadas e sem esperança. Sentir-se mal também pode ter uma função de resolução de problemas em meio a esse cenário.Em 2020, um estudo publicado no Journal of Economic Behavior &amp; Organization analisou dados de mais de 14 milhões de cidadãos em 40 países pelo mundo com base em perguntas relacionadas a infelicidade sobre saúde mental, bem-estar físico, bem-estar nacional, e interações e sentimentos sociais.O que se entendeu foi que, nos Estados Unidos, a infelicidade atinge seu pico por volta dos 49 anos. Os idosos são considerados os menos infelizes das pessoas desse grupo etário na faixa dos 40 anos, ressaltando a existência da crise de meia-idade, considerada um fenômeno social.Meio século de pesquisa feita pelo General Social Survey sobre atitudes e comportamentos dos cidadãos norte-americanos por pelo menos a cada dois anos desde 1972, mostrou que apenas 29% deles se consideraram muito felizes nos últimos 50 anos.<h2>Ninguém consegue ser feliz o tempo todo</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/06/06180521185473.jpg" alt="(Fonte: The Spark Counselling/Reprodução)">(Fonte: The Spark Counselling/Reprodução)Em entrevista ao The Independent, o professor de psicologia dinamarquês da Universidade Aalborg, Svend Brinkmann, alegou que existe uma problemática muito grande na repressão de pensamentos negativos e na obsessão pela felicidade. Forçar-nos a ser felizes o tempo todo pode despertar um lado sombrio, atrofiando-nos emocionalmente, visto que a felicidade em si nem sempre é a melhor resposta para todas as situações da vida.“Eu acredito que nossos pensamentos e emoções devem espelhar o mundo. Quando algo ruim acontece, devemos ter pensamentos e sentimentos negativos sobre isso, porque é assim que entendemos o mundo”, disse ele à jornalista Rachel Hosie.Além disso, Brinkmann argumenta que tentar ser feliz o tempo todo pode acabar desfazendo a capacidade em um indivíduo de lidar com as situações quando algo ruim acontece de maneira muito maximizada.“Acho que esse é um lado sombrio da positividade. Nossos sentimentos tendem a se tornar mercadorias e isso significa que somos facilmente alienados de nossos sentimentos”, disse ele, que teme que a sociedade chegue a um ponto em que as pessoas deixem de discutir seus problemas porque acham que precisam fingir que tudo está bem o tempo todo.Com a fundação do campo da psicologia positiva há 25 anos por Martin Seligman, muitos passaram a acusar o método de perpetuar o mito de que uma boa vida tem tudo a ver com ser feliz, quando, na verdade, o próprio fundador definiu o campo como um estudo do funcionamento humano ideal, não necessariamente apenas o estudo da felicidade.<h2>Obcecados pelo bem-estar</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/06/06180809474474.jpg" alt="(Fonte: The NewStatesman/Reprodução)">(Fonte: The NewStatesman/Reprodução)A tirania da felicidade, como os especialistas chamam, se estabeleceu nos tempos atuais através de uma indústria que oferta cursos, serviços terapêuticos e de coaching para treinamento da força interior, com literatura de autoajuda, palestras motivacionais, técnicas de meditação, aplicativos medidores de bem-estar e aconselhamentos.O conceito é uma ramificação considerada problemática da bilionária indústria do bem-estar, pois visa a felicidade a qualquer preço. Em matéria à BBC News Brasil, Edgar Cabanas, professor e pesquisador da Universidade Camilo José Cela, em Madrid, explicou que a noção de felicidade estabelece que a vida boa não é uma questão social, cultural e política; mas de escolha individual, responsabilidade pessoal e fatores subjetivos, como atitude e força de vontade. Ou seja, ser feliz só depende de você.“Por um lado, negligencia o fato de que não podemos alcançar uma vida boa na ausência de boas condições sociais e de vida: precariedade, <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/123107-favelizacao-um-fenomeno-impulsionado-pela-escravidao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">desigualdade</a> ou incerteza são determinantes para indivíduos serem felizes, mas esta noção de felicidade nega esse fato”, comentou ele, reforçando a problemática desse tipo de ideia sobre felicidade, que acarreta um tipo de culpa pelos infortúnios na vida.Cabanas ressaltou que a pressão em ser feliz causa uma confusão entre saúde e normalidade na sociedade, de modo que o discurso da positividade reforça que apenas pessoas felizes são indivíduos ajustados e funcionais, enquanto aqueles que não se sentem ou se autodeclaram felizes o suficiente, sofrem de algum tipo de desajuste pessoal, de saúde mental ou física.Na verdade, o psicólogo afirma que muitas pessoas que se dizem felizes apresentam problemas de saúde mental e desajuste social, muito diferente daquelas que não necessariamente afirmam ser felizes.É assim que a sociedade, com ajuda da indústria do bem-estar, que envergonha para vender uma felicidade que se tornou viciante, criou um estigma sobre a infelicidade a ponto de ser vivenciada por muitas pessoas como uma derrota.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/06/06180935375475.jpg" alt="(Fonte: Thin. Rich. Happy/Reprodução)">(Fonte: Thin. Rich. Happy/Reprodução)Para Anna Lembke, professora de psiquiatria e medicina da Universidade de Stanford, nos EUA, foi criada uma ilusão sobre a vida ser uma grande festa, e que todos devem ser felizes o tempo todo. O resultado dessa cultura foi a criação de uma noção de doença, visto que as pessoas tendem a pensar que algo está errado com quem não está feliz.“A vida é, principalmente, sobre estar descontente, e momentos de verdadeira felicidade são fugazes, muitas vezes espontâneos”, esclareceu ela à&nbsp;BBC News Brasil.Rafael Euba, professor sênior em Psiquiatria do King’s College, em Londres, refletiu em um artigo para o The Conversation, que a indústria da felicidade criou suas raízes nos códigos de moralidade cristão, muitos dos quais dizem haver um motivo moral por de trás de qualquer sentimento de infelicidade, como egoísmo e materialismo.A maioria desses defensores são aqueles que também desaprovam qualquer caminho alternativo para curar esse sentimento, pregando que uma pessoa atinge um estado de equilíbrio da vida através apenas do desapego, contenção do desejo e renúncia.</body>

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Tirania da felicidade: já se sentiu obrigado a ser feliz o tempo todo?

Imagem de Tribos indígenas brasileiras praticam canibalismo? no megacurioso

Em entrevista feita em 2016, Jair Bolsonaro disse ter sido convidado por tribo indígena para comer carne humana

<head></head><body>O vídeo de uma entrevista realizada pelo presidente Jair Bolsonaro para o The New York Times em 2016 passou a viralizar nas redes sociais nas últimas semanas. Durante sua fala para o jornal norte-americano, o candidato a reeleição ao cargo máximo do executivo afirmou ter sido convidado por uma tribo indígena para comer carne humana.&nbsp;Logo, a frase passou a ser associada como uma alegação de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122880-cerco-de-leningrado-900-dias-de-morte-canibalismo-e-desgraca.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">canibalismo</a>. No entanto, qual o real contexto dessas afirmações? O Brasil realmente possui um histórico de canibalismo dentro das tribos indígenas? Se sim, essa prática continua sendo realizada em território nacional? Entenda nos próximos parágrafos!<h2>Canibalismo no Brasil</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/06/06163623133378.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)A verdade é que o canibalismo (ou algo parecido com isso) de fato já foi uma realidade no Brasil, principalmente antes dos europeus chegarem em nossas terras. No século XVI, logo no início da colonização portuguesa, diversas tribos indígenas — entre elas os tupinambás — costumavam realizar uma prática chamada <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120690-qual-e-a-diferenca-entre-canibal-e-antropofago.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">antropofagia</a>, o ato de comer carne humana por conta de um ritual.A antropofagia se assemelha ao canibalismo em termos da ingestão de carne humana, mas se diferem justamente pelo fato do primeiro ser algo ritualístico, enquanto o segundo existe apenas como uma prática associada ao comportamento predatório. Relatos de antropofagia no Brasil existem desde que os viajantes europeus chegaram aqui, sendo a descrição detalhada do ritual feita pelo mercenário alemão Hans Staden uma prova disso.Staden foi prisioneiro dos tupinambás entre 1554 e 1557. Em seu texto, ele descreveu que os tupinambás costumavam capturar uma vítima em campo de batalha e sua carne pertencia ao primeiro que a houvesse tocado. Esse refém poderia circular "livremente" pela aldeia por dias ou até anos antes da sua execução. Após morto, o sangue da pessoa deveria ser bebido ainda quente pelos <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122812-misterioso-indio-do-buraco-morre-apos-decadas-de-isolamento.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">indígenas</a>, seu cadáver seria assado e escaldado para consumo.O crânio do derrotado ficaria fincado numa estaca na frente da casa do vencedor, o qual usaria os dentes de sua vítima como colar e as tíbias seriam transformadas em flautas e apitos. Para muitas comunidades indígenas naquela época, consumir a carne de seus adversários faria com que essa pessoa adquirisse mais força para novas batalhas.&nbsp;<h2>Canibalismo astrônomo</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/06/06163728773381.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Para as tribos indígenas mais antigas do Brasil, os astros tinham muita importância prática no dia a dia. Por exemplo, o Sol era quem fornecia todo o calor e luz necessário durante o dia, enquanto a Luz trazia fim a escuridão total durante a noite. Sendo assim, os homens primitivos sempre tiveram muito interesse sobre como os corpos celestes influenciavam suas vidas.Dentro de uma tribo indígena, cabia ao pajé, o líder religioso, prever a chegada das chuvas e os acontecimentos relacionados com a vida da aldeia através das influências marcantes dos astros. Inclusive, essa relação íntima com a astrologia era algo muito relevante na cultura antropofágica dos tupinambás.Os prisioneiros da tribo usavam um colar ao redor do seu pescoço feito de madeira e fios de algodão, que marcavam o tempo de ceva da vítima antes do abate — e tudo dependia das fases da Lua. A Lua não só mostrava os melhores dias para se matar um adversário, mas também o melhor momento para caça e pesca, além do desenvolvimento de plantações.&nbsp;<h2>Cenário atual</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/06/06164051819384.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Embora a antropofagia fosse algo relativamente recorrente entre as tribos indígenas no Brasil, pode se dizer que atualmente só sobram os descendentes dos praticantes desses rituais por aí. A partir do momento em que missionários jesuítas pisaram em solo brasileiro, eles ficaram horrorizados com esse tipo de prática.Logo, os rituais passaram a ser fortemente combatidos, visto que não eram compatíveis com os valores cristãos. Conforme relata a indígena Ysani em seu canal no YouTube, tribos que não praticavam rituais antropofágicos passaram a entregar os "canibais" para os portugueses. O que, por sua vez, fez com que essas populações fossem dizimadas.&nbsp;Em 2009, a Fundação Nacional do índio (Funai) descartou que a prática de canibalismo continue acontecendo entre povos indígenas no Brasil. O comunicado foi feito após o corpo de um rapaz de 21 anos ser encontrado nas terras da aldeia indígena Kulina, no Amazonas. No entanto, a situação foi julgada como um crime hediondo e caso isolado dentro da comunidade.Sabe-se que, hoje em dia, a tribo dos ianomâmis ainda conserva o hábito de comer as cinzas de um amigo morto como sinal de respeito e afeto. De acordo com os pesquisadores, esse costume existe porque os indígenas notaram como plantas ficavam mais saudáveis após ter as cinzas de um morto depositadas nelas. Com isso, eles deduziram que ingerir as cinzas de entes queridos permitiria que as boas características do defunto fossem perpetuadas.</body>

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Tribos indígenas brasileiras praticam canibalismo?

Imagem de O que diz a Constituição brasileira sobre o casamento gay? no megacurioso

Há nove anos casais homoafetivos têm o direito de se casarem no civil

<head></head><body>No dia 14 de maio de 2013, os <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122006-como-a-bandeira-de-arco-iris-virou-simbolo-da-comunidade-lgbtqia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">casais homoafetivos brasileiros</a> conquistaram o direito de se casarem no civil. O avanço em favor da comunidade veio com a publicação da Resolução 175, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).Segundo dados levantados pelo IBGE, o número de casamentos gays tem aumentado a cada ano no país. Em 2017, por exemplo, foram registradas 5.887 uniões. Em 2018, esse número saltou para 9.520, sendo um aumento de 61% em relação ao ano anterior. Em 2019, houve um crescimento de 35%, com 12.896 registros de união estável.&nbsp;<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;(Fonte: Marcelo Chagas / Pexels/ Reprodução)&nbsp;" data-fonte-url="https://www.pexels.com/pt-br/foto/fotografia-com-foco-diferencial-de-dois-homens-sorridentes-olhando-para-o-outro-1784278/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/05/05125936174148.jpg" alt="(Fonte: Marcelo Chagas / Pexels/ Reprodução)">(Fonte: Marcelo Chagas / Pexels/ Reprodução)<h2>Poucos avanços, mas importantes conquistas</h2>Não há dúvidas que os&nbsp;direitos da comunidade LGBTQIA+&nbsp;ainda precisam avançar muito. Contudo, ao menos um deles, tem ganhado notoriedade nos últimos anos: o casamento gay. Atualmente, cerca de 30 países, incluindo o Brasil, permitem que pessoas do mesmo sexo possam se unir legalmente.A Holanda foi o primeiro país a garantir aos casais homoafetivos esse direito, em 2001. Já o Chile, passou a permitir a&nbsp;união de pessoas do mesmo gênero somente em dezembro do ano passado. Por lá, uma lei específica entrou em vigor em março deste ano.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;(Fonte: Felipe Balduino / Pexels/ Reprodução)&nbsp;" data-fonte-url="https://www.pexels.com/pt-br/foto/mulheres-em-camisa-de-manga-curta-listrada-azul-branco-e-bege-2546885/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/05/05130139072151.jpg" alt="(Fonte: Felipe Balduino / Pexels/ Reprodução)">(Fonte: Felipe Balduino / Pexels/ Reprodução)As regulamentações legislativas sobre o casamento gay variam de país para país e ainda são muito recentes. Além disso, dependem de um complexo conjunto de fatores que incluem mudanças na legislação, pressão ou voto popular (Irlanda, em 2015) e até decisões judiciais, como foi o caso do Brasil.Não podemos esquecer que avanços nesse sentido também enfrentam obstáculos significativos em sociedades mais conservadoras, nas quais a luta da comunidade LGBTQIA+ por direitos iguais precisa enfrentar lideranças religiosas e outros grupos que tentam impedir a conquista desses direitos com base na ideia e defesa do pensamento de que uma família somente pode ser formada por um homem e uma mulher.<h2>A Constituição do Brasil e o casamento gay</h2>A&nbsp;Constituição Federal de 1988&nbsp;reconhece como entidade familiar a união estável entre uma mulher e um homem. Ou seja, não aborda claramente o casamento gay.Porém, as coisas começam a ser observadas sob um ponto de vista diferente com o inciso I do artigo 5° do texto constitucional, que trata daquilo que denominamos&nbsp;igualdade de gênero. Isto é, independente de seu gênero, todas as pessoas devem ser iguais sob o prisma da Constituição. Isso significa que todos os brasileiros devem ter as mesmas obrigações, responsabilidades, oportunidades e direitos.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/05/05130431093152.jpg" alt="(Fonte: Pavel Danilyuk/ Pexels/ Reprodução)">(Fonte: Pavel Danilyuk/ Pexels/ Reprodução)Ainda assim, no Brasil, não há nenhuma lei que disponha sobre o casamento gay. No entanto, a legalidade da união estável&nbsp;veio por declaração do Supremo Tribunal Federal, em 2011. Na época, o STF, por unanimidade, reconheceu como entidade familiar a união estável entre pessoas do mesmo sexo.Com isso, os homossexuais passaram a ter os mesmos direitos apontados na lei 9.278/1996. Chamada de Lei de União Estável, esse dispositivo legal denomina como entidade familiar “a convivência duradoura, pública e contínua”.Como a decisão do Supremo Tribunal Federal apontava que as normas deveriam ser iguais para os casais homoafetivos, muitos <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122139-o-guia-que-auxiliava-pessoas-lgbtqia-nos-anos-1960.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">casais gays</a> começaram a solicitar a conversão da união estável em casamento, conforme dispõe o Código Civil. Porém, boa parte deles encontraram obstáculos nos cartórios.E é aqui que entra em cena o peso e a importância da decisão do Conselho Nacional de Justiça citada no início desse artigo. De acordo com a resolução 175, juízes e tabeliães de todo o país ficaram&nbsp;proibidos de se negar a registrar a união estável/casamento de pessoas do mesmo sexo.<h2>Obstáculos</h2>A dificuldade para que se aprove uma lei específica sobre o <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122353-5-maneiras-de-se-juntar-a-luta-lgbtqiapn.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">casamento gay</a> vem muito do uso da religião como maneira de impedir que o tema seja levado adiante. No Governo Federal, as lideranças evangélicas já deram claras demonstrações de desprezo pelo tema.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/05/05130644738159.jpg" alt="(Fonte: Brett Sayles / Pexels/ Reprodução)">(Fonte: Brett Sayles / Pexels/ Reprodução)Por outro lado, a Igreja Católica parece estar mais aberta a refletir sobre o assunto. O próprio Pontífice, contrariando o dogma da sua instituição religiosa, defendeu a criação de uma lei para esses casos. Aliás, no ano passado, algumas igrejas alemãs decidiram desobedecer o Vaticano e abençoaram casais homoafetivos.</body>

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O que diz a Constituição brasileira sobre o casamento gay?

Imagem de O que é fluidez de gênero? no megacurioso

Entenda por que a identidade de gênero de algumas pessoas pode mudar de um dia para o outro

A quest&atilde;o da sexualidade humana &eacute; muito abrangente, complexa e engloba v&aacute;rias formas de manifesta&ccedil;&atilde;o e orienta&ccedil;&atilde;o sexual. Hoje, sabe-se que os g&ecirc;neros t&ecirc;m muito mais possibilidades al&eacute;m dos bin&aacute;rios "feminino" e "masculino".
&Eacute; nesse contexto que aparece o conceito de fluidez de g&ecirc;nero, ou <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121632-quais-sao-os-maiores-equivocos-sobre-pessoas-trans-e-nao-binarias.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">gender fluid,</a> que envolve as identidades ou express&otilde;es de g&ecirc;nero que abrangem tanto o feminino quanto o masculino. As pessoas que se reconhecem como g&ecirc;nero fluido t&ecirc;m identidades de g&ecirc;nero que passam por mudan&ccedil;as de tempos em tempos. Portanto, podem se sentir em certos momentos como mulher, e, em outros, como homem ou mesmo como nenhum deles.
<h2 dir="ltr">O surgimento do conceito</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/05/05183835481327.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Acredita-se que a palavra <a href="https://www.megacurioso.com.br/sexo/99345-nao-binarios-o-3-genero-que-parece-novidade-hoje-ja-existe-ha-seculos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">genderfluid</a> tenha surgido nos anos 90. A suspeita &eacute; que ela envolvia pessoas que se identificavam como&nbsp;crossdressers, <a href="https://www.megacurioso.com.br/musica-e-danca/75795-conheca-a-historia-de-6-das-maiores-drag-queens-do-seculo-passado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">drag queens</a>&nbsp;ou&nbsp;drag kings,&nbsp;que se vestiam ou atuavam de outro g&ecirc;nero por conta da divers&atilde;o que isso gerava.
Em 2012, foi criada uma bandeira de g&ecirc;nero fluido, e postada no blog Genderfluidity, de autoria de JJ Poole. A bandeira representa a flutua&ccedil;&atilde;o e a flexibilidade de g&ecirc;nero dessas pessoas, e todas as cores s&atilde;o simb&oacute;licas: rosa &eacute; a feminilidade; branco, a aus&ecirc;ncia de g&ecirc;nero; roxa, a combina&ccedil;&atilde;o entre feminino e masculino; preta simboliza todos os g&ecirc;neros; azul aponta para a <a href="https://www.megacurioso.com.br/consumo/81209-o-que-eles-comem-pode-dizer-muito-sobre-a-masculinidade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">masculinidade</a>.
As pessoas que se consideram como g&ecirc;nero fluido acreditam que o g&ecirc;nero n&atilde;o precisa ser algo fixo ou est&aacute;vel. Entre as pessoas que se reconhecem assim, est&atilde;o celebridades como Miley Cyrus, Ruby Rose e Cara Delevingne.
<h2>&Eacute; poss&iacute;vel ter v&aacute;rios g&ecirc;neros ao mesmo tempo?</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/05/05183837840328.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Sim. Segundo a psic&oacute;loga Liz Powell, a fluidez de g&ecirc;nero oferece a oportunidade de que as pessoas assumam sua identidade e express&atilde;o diariamente, sem terem que ficar presas a um &uacute;nico r&oacute;tulo de g&ecirc;nero dominante. "Existem tantas formas de fluidez de g&ecirc;nero quantas pessoas de g&ecirc;nero fluido", declarou para a BBC.
A ideia da fluidez de g&ecirc;nero encontra suas ra&iacute;zes tamb&eacute;m na ideia de uma fluidez sexual, ou seja, no entendimento de que h&aacute; orienta&ccedil;&otilde;es sexuais que v&atilde;o al&eacute;m do h&eacute;tero, homo e bissexual, e que mesmo isso pode mudar ao longo da vida.
&ldquo;N&oacute;s costum&aacute;vamos pensar que as pessoas vinham em dois campos, h&eacute;tero e homossexuais. Depois, percebemos que existem pessoas que n&atilde;o se sentem enquadradas em nenhuma dessas categorias. A fluidez sexual foi uma forma de tentar descrever e explicar esse fen&ocirc;meno de mudan&ccedil;a, desenvolvimento, oscila&ccedil;&atilde;o, crescimento e sensibilidade aos contextos do ambiente&rdquo;, explica Lisa Diamond, professora de Psicologia da Universidade de Utah.
Um aspecto interessante &eacute; que muitas vezes estas pessoas mudam sua express&atilde;o de g&ecirc;nero de acordo com o seu ambiente. Um <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120158-5-formas-de-ser-mais-feliz-em-seu-trabalho.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">local de trabalho</a> tradicional, por exemplo, pode fazer que a pessoa se apresente mais masculina ou feminina para se adaptar aos colegas.
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De toda forma, a grande quest&atilde;o aqui &eacute; que esta &eacute; uma decis&atilde;o tomada pela pr&oacute;pria pessoa, sem que ela seja pressionada a se adequar a algo que n&atilde;o queira. Por isso, muitos indiv&iacute;duos, quando se reconhecem pela fluidez de g&ecirc;nero, se sentem muito mais livres e felizes.
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O que é fluidez de gênero?

Imagem de 6 jogos e quebra-cabeças para exercitar o cérebro no megacurioso

Lúdicos e super acessíveis, jogos de tabuleiro e quebra-cabeças podem ajudar as funções cognitivas através do estímulo do pensamento lógico

<head></head><body>Quase três anos após o início da longa <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121304-por-que-a-pandemia-de-covid-19-afetou-mais-as-mulheres.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pandemia da covid-19</a>, inúmeras pessoas não estão se recuperando apenas dos efeitos catastróficos da doença, mas também das consequências deixadas pelas novas dinâmicas sociais. Com a quarentena e a redução do contato com outras pessoas, a cognição foi um dos processos mais afetados e sofreu deteriorações nesse período. Assim, estimulá-lo por meio de atividades lúdicas pode ser uma boa saída para impulsionar a <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/103686-5-jeitos-de-melhorar-sua-capacidade-de-concentracao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">capacidade de concentração</a>.Amigos da humanidade por meio de dinâmicas e de mecânicas habituais, os <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121933-5-dos-mais-antigos-jogos-de-tabuleiro-da-humanidade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">jogos de tabuleiro</a> e quebra-cabeças têm um papel sem precedentes no resgate à mente produtiva. Por meio de diversas alternativas no mercado, o público pode aumentar o foco, otimizar a memória, prevenir o declínio cognitivo e a demência e atrasar o desgaste emocional devido ao estresse e ociosidade, visto que seu hormônio, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114939-niveis-de-cortisol-podem-aumentar-risco-de-morte-por-covid-19.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cortisol</a>, impulsiona o risco de doenças cardíacas, distúrbios do sono e até distúrbios do humor, como <a href="https://www.megacurioso.com.br/medicina-e-psicologia/99148-9-fatos-sobre-transtornos-de-ansiedade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ansiedade</a> e <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122908-depressao-conheca-os-6-tipos-mais-comuns-da-doenca.htm#:~:text=O%20transtorno%20depressivo%20maior%20é,perda%20ou%20ganho%20de%20peso" rel="noopener noreferrer" target="_blank">depressão</a>.“É mais provável que nos sintamos dispersos, tenhamos problemas de concentração ou experimentemos o esquecimento se não fizermos coisas para nos exercitar e manter nossa mente afiada”, diz Rebecca Marcus, psicoterapeuta licenciada em Nova York e especialista em mindfulness (via <a href="https://www.healthline.com/health/mental-health/games-and-puzzles-to-exercise-your-brain#why-it-matters" rel="noopener noreferrer" target="_blank">HealthLine</a>). “Assim como não esperávamos ir à academia por 3 meses e depois ter músculos e força para sempre sem continuar se exercitando, o mesmo se aplica ao exercitar nossa mente.”Pensando nisso, separamos algumas opções de jogos de tabuleiro e quebra-cabeças que podem ter um papel fundamental no estímulo cognitivo, tanto por meio de sua acessibilidade quanto por seus objetivos. Confira a lista abaixo:<h2>1. Scrabble</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/28/28140936551403.jpg" alt="(Fonte: Getty Images / Reprodução)">(Fonte: Getty Images / Reprodução)Também conhecido como Palavras Cruzadas, Scrabble é um jogo de tabuleiro que desafia através da percepção de vocabulário e do conhecimento. Limitado a dois a quatro participantes, o clássico jogo é uma experiência competitiva baseada em rodadas, onde cada jogador usa um banco de letras para formar palavras por meio da combinação e do número de caracteres em espaços.<h2>2. Sagrada</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/28/28235206436050.jpg" alt="(Fonte: Pinterest / Reprodução)">(Fonte: Pinterest / Reprodução)Indicado a Jogo Família de 2018 no Ludopedia, Sagrada é um boardgame de colocação de dados onde os jogadores devem construir um vitral, utilizando cores específicas das peças de acordo com as muitas restrições de cada tabuleiro. A vitória se baseia no acúmulo de pontos e é determinada a partir da análise de padrões e variedades dos dados. Além disso, é possível obter bônus por meio de objetivos escondidos e multiplicar os resultados — ou se prejudicar.<h2>3. Rummikub</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/28/28235555764051.jpg" alt="(Fonte: Getty Images / Reprodução)">(Fonte: Getty Images / Reprodução)Inventado pelo judeu Efraim Hertzano e lançado em 1977, Rummikub é um best-seller dos quebra-cabeças que combina elementos de rummy, dominó, mahjong e xadrez. Fácil e rápido de aprender, o jogo possui um gameplay dinâmico com muitas mudanças de tabuleiro. Aqui, cada jogador recebe 14 pedras e deve baixar o mais rápido possível todas elas. Vence o primeiro a conseguir realizar combinações com suas peças.<h2>4. Quebra-cabeças</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/28/28235726617052.jpg" alt="(Fonte: Getty Images / Reprodução)">(Fonte: Getty Images / Reprodução)Quebra-cabeças é um clássico de atenção que certamente já foi experimentado alguma vez pela maioria das pessoas. O game consiste em montagens de quadros pré-determinados, utilizando peças maiores ou pequenas para identificar seus correspondentes, tanto em relação ao design quanto à moldura. Essa experiência está disponível em praticamente todos os meios multimídias, com referências a filmes, séries, quadrinhos, paisagens e muito mais.<h2>5. Cubo de Rubik</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/28/28235933799055.jpg" alt="(Fonte: Getty Images / Reprodução)">(Fonte: Getty Images / Reprodução)Quebra-cabeça mais vendido do mundo, o Cubo de Rubik possui mais de 43 quintilhões de movimentos possíveis e é feito para estimular a atividade cerebral por meio da concentração absoluta. Os jogadores devem prever movimentos e pensar antes de dar cada giro, reunindo as mesmas cores nas faces do bloco. Um de seus maiores atrativos também é a portabilidade, visto que ele pode ser levado e experimentado em praticamente qualquer lugar.&nbsp;<h2>6. Sudoku</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/29/29000255677057.jpg" alt="(Fonte: Getty Images / Reprodução)">(Fonte: Getty Images / Reprodução)Sudoku envolve matemática básica e raciocínio lógico em um jogo intuitivo, mas desafiador. Em quadrados maiores, os jogadores devem preencher espaços com os algarismos correspondentes, sem cometer repetições em linhas e colunas. Jogável com caneta e papel — ou via aplicativos de smartphone/web —, o game é acessível a todos e estimula a capacidade de concentração, bem como o senso crítico de trabalhar com posições adequadas.</body>

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6 jogos e quebra-cabeças para exercitar o cérebro

Imagem de Jeffrey Dahmer: Transtornos que moldam um assassino no megacurioso

O serial killer Jeffrey Dahmer chocou o mundo com o relato de seus crimes, mas quais foram os aspectos mentais que o levaram a matar?

Quando falamos de um serial killer canibal no estilo de&nbsp;Jeffrey Dahmer &mdash; retratado na s&eacute;rie Dahmer: um canibal americano, da Netflix &mdash;, a primeira coisa na qual as pessoas &eacute; a psicopatia, o que n&atilde;o &eacute; o caso. Psicopatas tendem a buscar conex&otilde;es significativas com os outros, j&aacute; aqueles com impulsos canibais desenvolvem apegos extremos, assim como s&atilde;o mais inseguros e t&ecirc;m dificuldade em manter relacionamentos normais.
Ingerir a v&iacute;tima &eacute; uma demonstra&ccedil;&atilde;o de poder absoluto e uma maneira de "eternizar" a v&iacute;tima dentro dele, como se n&atilde;o fosse mais sair e estivesse fixada em seu interior. Isso tem rela&ccedil;&atilde;o com o abandono sofrido por ele, assim como a n&atilde;o aceita&ccedil;&atilde;o das pessoas pelo seu jeito diferente, que causava estranheza. O apego extremo, devido a essa falta, pode se tornar desejo sexual por meio de fantasias.
H&aacute; possibilidades, tamb&eacute;m, de maus tratos por parte de seus pais, omitidos por eles &agrave; justi&ccedil;a. Na escola, Jeffrey buscava maneiras de chamar a aten&ccedil;&atilde;o, mesmo que de forma bizarra &mdash; era um pedido de ajuda.
<h2>Perturba&ccedil;&otilde;es psiqui&aacute;tricas</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/03/a-03160810497271.jpg" alt="a" />(Fonte: Netflix)
Analisando as perturba&ccedil;&otilde;es que Jeffrey tinha, divulgadas por psiquiatras do caso, e que se tratavam de transtorno de personalidade borderline, transtorno de personalidade esquizot&iacute;pica e psicose, j&aacute; podemos entender seu comportamento como mostrado na s&eacute;rie.
Pessoas com transtorno de personalidade borderline t&ecirc;m a maneira como pensam e sentem sobre si mesmos e os outros afetada, causando problemas de autoimagem, dificuldade em gerenciar emo&ccedil;&otilde;es e comportamentos e um padr&atilde;o de relacionamentos inst&aacute;veis.
O transtorno de personalidade esquizot&iacute;pica &eacute; caracterizado por ansiedade social grave, transtorno do pensamento, idea&ccedil;&atilde;o paranoide, desrealiza&ccedil;&atilde;o, psicose transit&oacute;ria (ou n&atilde;o ansiada) e, muitas vezes, cren&ccedil;as n&atilde;o convencionais, al&eacute;m de extremo desconforto em manter e formar relacionamentos pr&oacute;ximos, principalmente por achar que seus pares nutrem pensamentos negativos em rela&ccedil;&atilde;o a ele.&nbsp;Os transtornos psic&oacute;ticos s&atilde;o transtornos mentais graves que causam pensamentos e percep&ccedil;&otilde;es anormais.
<h2>Como tudo come&ccedil;a?</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/03/a-03160848935272.jpg" alt="a" />(Fonte: Hollywood Forever TV)
Os acontecimentos ao longo de sua vida foram gatilhos desencadeadores. J&aacute; havia um precursor gen&eacute;tico que, junto &agrave; m&aacute; cria&ccedil;&atilde;o e acontecimentos em seu desenvolvimento, desencadearam o que hoje sabemos. &Eacute; poss&iacute;vel uma pessoa ter mais de um transtorno de maneira concomitante, bem como existe o transtorno misto de personalidade, onde a pessoa tem tra&ccedil;os de diferentes dist&uacute;rbios.
O que se pode afirmar &eacute; que ele tinha um desejo obsessivo por dominar, uma necessidade por controle e em possuir de forma permanente suas v&iacute;timas, tendo como ponto-chave a obsess&atilde;o pela beleza f&iacute;sica, uma esp&eacute;cie de conquista.
Jeffrey foi descrito como uma crian&ccedil;a solit&aacute;ria e com o bizarro interesse por animais mortos e pela conserva&ccedil;&atilde;o de suas ossadas, tendo pedido ao pai para ensin&aacute;-lo a conservar os ossos. Tamb&eacute;m era viciado em bebidas e cigarros e tinha problemas em se enturmar.
Os impulsos canibais do serial killer podem ser explicados por apegos extremos, inseguran&ccedil;a e dificuldade em manter relacionamentos. Como mencionei antes, ingerir partes da v&iacute;tima &eacute; visto como uma forma de mant&ecirc;-la dentro de si "eternamente".&nbsp;Sua m&atilde;e tinha hist&oacute;rico de depress&atilde;o e de discuss&otilde;es com vizinhos e com o marido, tendo tentado se suicidar. Seu pai era ausente devido aos estudos na universidade.
<h2>E seu c&eacute;rebro?</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/03/a-03160929833273.jpg" alt="a" />(Fonte: Netflix)
O c&eacute;rebro de Dahmer n&atilde;o p&ocirc;de ser estudado, apesar de v&aacute;rios profissionais e sua pr&oacute;pria m&atilde;e terem interesse, mas seu pai n&atilde;o permitiu. Baseando-me em estudos sobre assassinos, posso determinar a neuroanatomia para entender melhor o comportamento e os transtornos derivados.
Em teste de varredura cerebral (PET) de um controle normal comparado ao de um assassino, &eacute; vista a falta de ativa&ccedil;&atilde;o no c&oacute;rtex pr&eacute;-frontal no serial killer.&nbsp;O funcionamento deficiente do c&oacute;rtex pr&eacute;-frontal predisp&otilde;e um indiv&iacute;duo &agrave; viol&ecirc;ncia de v&aacute;rias maneiras:
<ul>
<li>Em um n&iacute;vel neurofisiol&oacute;gico, o funcionamento pr&eacute;-frontal reduzido pode resultar em perda de controle sobre estruturas subcorticais, como a am&iacute;gdala, relacionada &agrave; origem de sentimentos agressivos;</li>
<li>Em um n&iacute;vel neurocomportamental, o dano pr&eacute;-frontal tem sido associado a riscos, irresponsabilidades, quebra de regras, explos&otilde;es emocionais e agressivas, e comportamento argumentativo &mdash; todos os quais geram predisposi&ccedil;&atilde;o a atos criminosos violentos;</li>
<li>Em se tratando da personalidade, o dano frontal em pacientes neurol&oacute;gicos est&aacute; associado &agrave; impulsividade, perda de autocontrole, imaturidade, falta de tato, incapacidade de modificar e inibir o comportamento adequadamente e mau julgamento social. Estes, tamb&eacute;m, podem predispor &agrave; viol&ecirc;ncia;</li>
<li>No n&iacute;vel social, a perda de flexibilidade intelectual, habilidades de resolu&ccedil;&atilde;o de problemas e capacidade reduzida de usar informa&ccedil;&otilde;es fornecidas por pistas verbais &mdash; todas resultantes de disfun&ccedil;&atilde;o pr&eacute;-frontal &mdash; podem prejudicar habilidades sociais essenciais para formular solu&ccedil;&otilde;es n&atilde;o agressivas para encontros turbulentos.</li>
</ul>
O giro angular esquerdo, na jun&ccedil;&atilde;o das regi&otilde;es temporal, parietal e occipital do c&eacute;rebro apresenta redu&ccedil;&atilde;o da habilidade verbal em assassinos.&nbsp;Uma confirma&ccedil;&atilde;o interessante dessa interpreta&ccedil;&atilde;o &eacute; que os d&eacute;ficits de aprendizado s&atilde;o anormalmente comuns em infratores violentos. Jeffrey &eacute; um exemplo disso &mdash; era um p&eacute;ssimo aluno.
Tamb&eacute;m foram encontrados em assassinos redu&ccedil;&atilde;o do funcionamento do corpo caloso &mdash; a faixa de fibras nervosas brancas de comunica&ccedil;&atilde;o entre os hemisf&eacute;rios cerebrais esquerdo e direito.&nbsp;O hemisf&eacute;rio direito est&aacute; envolvido na gera&ccedil;&atilde;o de emo&ccedil;&atilde;o negativa. Em testes com ratos, o hemisf&eacute;rio esquerdo normalmente atua para inibir a tend&ecirc;ncia de matar do hemisf&eacute;rio direito.
<iframe width="853" height="480" src="https://www.youtube.com/embed/4zaekr-ocXA?start=0" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
Tamb&eacute;m &eacute; observado em assassinos um funcionamento incomum em regi&otilde;es subcorticais, incluindo am&iacute;gdala, hipocampo e t&aacute;lamo.&nbsp;A am&iacute;gdala, o hipocampo e o c&oacute;rtex pr&eacute;-frontal est&atilde;o envolvidos no controle das emo&ccedil;&otilde;es e juntamente com o t&aacute;lamo, s&atilde;o fundamentais para a aprendizagem, mem&oacute;ria e aten&ccedil;&atilde;o.
As anormalidades na am&iacute;gdala concordam com a teoria destemida da viol&ecirc;ncia, uma vez que os ofensores t&ecirc;m reduzido a excita&ccedil;&atilde;o auton&ocirc;mica.&nbsp;Os assassinos parecem ter recrutado a &aacute;rea visual do c&oacute;rtex occipital do c&eacute;rebro para uma a&ccedil;&atilde;o vigorosa para ajud&aacute;-los a realizar a tarefa visual, compensando assim seu mau funcionamento pr&eacute;-frontal. A atividade subcortical excessiva pode predispor a um temperamento agressivo.
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Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, colunista do Mega Curioso, &eacute; PhD em Neuroci&ecirc;ncias, mestre em Psicologia, p&oacute;s-graduado em Neuropsicologia entre outras p&oacute;s-gradua&ccedil;&otilde;es, licenciado em Biologia e em Hist&oacute;ria, tecn&oacute;logo em Antropologia, jornalista, especializado em programa&ccedil;&atilde;o Python, Intelig&ecirc;ncia Artificial e tem forma&ccedil;&atilde;o profissional em Nutri&ccedil;&atilde;o Cl&iacute;nica. Atualmente, &eacute; diretor do Centro de Pesquisas e An&aacute;lises Her&aacute;clito; membro ativo da Redilat; chefe do Departamento de Ci&ecirc;ncias e Tecnologia da Logos University International, cientista no Hospital Martin Dockweiler, e professor e investigador cientista na Universidad Santander.

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Jeffrey Dahmer: Transtornos que moldam um assassino

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Não usamos apenas a palavras para nos comunicar. Expressões faciais e gestos também transmitem mensagens

<head></head><body>A série da FOX Lie to Me fez época na TV mostrando um especialista em decifrar as mensagens expressadas pelo corpo das pessoas. O protagonista do seriado era capaz de perceber e traduzir os significados de expressões faciais, movimentos, postura, contato visual, gestos, tom e volume da voz e microexpressões.Pode até parecer roteiro de TV, mas o tema é real. A <a href="https://www.megacurioso.com.br/comportamento/42982-5-truques-aprovados-pela-ciencia-para-flertar-como-um-profissional.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">comunicação não-verbal</a> é tema, até mesmo, de livros. Em O corpo fala, Pierre Weil e Roland Tompakow analisam a fundo o que cada gesto realmente quer dizer. Ficou curioso? Confira conosco algumas linguagens corporais e o significado por trás delas.<h2>1. Braços cruzados na altura do peito</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/27/27184806697045.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)A não ser que você esteja em um ambiente cuja temperatura esteja baixa, causando frio, manter os braços cruzados na altura do peito indicará que você está na defensiva. Na linguagem corporal, quando uma pessoa cruza os braços é um indicativo de insegurança, irritação ou que a pessoa está fechada, isso é, pouco receptiva ao que está ouvindo ou vendo.No caso da cena se repetir em uma reunião, por exemplo, você pode estar diante de pessoas que não estão engajadas com o momento, quem sabe até irritadas. O importante é saber fazer a leitura do contexto.<h2>2. Cruzar as pernas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/27/27183359121032.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)Relativamente semelhante aos braços cruzados, manter as pernas cruzadas quando está conversando com outra pessoa pode significar incômodo com a situação, tédio ou chateação, especialmente se o movimento de cruzar for repetitivo. <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122766-os-6-trabalhos-que-fazem-a-geracao-z-mais-feliz.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Recrutadores</a> costumam interpretar o cruzar de pernas pelo tornozelo como tentativa de esconder alguma informação.Agora, manter as pernas cruzadas na altura do joelho é o tipo de comunicação não-verbal que indica poder e dominação. Se vier acompanhado de braços relaxados, acrescente a essa leitura a sensação de confiança e de receptividade.<h2>3. Inclinar a cabeça para o lado</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/27/27183221339030.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)Imagine a seguinte situação: você está em uma reunião, ou conversando com um potencial <a href="https://www.megacurioso.com.br/comportamento/99801-saiba-o-que-voce-precisa-fazer-para-se-dar-bem-no-1-encontro-com-o-crush.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">crush</a>, além de manter contato visual com você, a pessoa inclina ligeiramente a cabeça para um dos lados, não importa qual.Essa é uma mensagem de comunicação não-verbal que indica que o outro indivíduo está ouvindo atenta e profundamente, ou seja, está interessado no que ouve, em receber a informação. Novamente, é preciso estar atento ao contexto, já que a inclinação pode ser apenas o corpo manifestando cansaço por excesso de concentração.<h2>4. Coçar ou puxar a orelha</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/27/27182836016028.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)Coçar ou puxar a orelha, veja só, também é uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/medicina-e-psicologia/85547-linguagem-corporal-6-formas-de-descobrir-se-uma-pessoa-esta-nervosa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">linguagem corporal</a> - a não ser que você tenha sido picado por um pernilongo, ou uma mosca esteja sobrevoando o ambiente.Especialistas sugerem que pessoas que estão em processo de tomada de decisões costumam dar suaves puxadas na orelha. Agora, se esse puxão for mais forte e muito repetitivo, pode indicar indecisão ou que a pessoa está sendo evasiva.<h2>5. Conversar olhando para o chão</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/27/27184949993048.jpg" alt="(Fonte: Psicologia Online/Reprodução)">(Fonte: Psicologia Online/Reprodução)Já conversou com alguém e percebeu que essa pessoa, além de evitar contato visual, mantinha a cabeça voltada para o chão? De acordo com os especialistas em linguagem corporal, essa atitude indica que o indivíduo se sente inseguro. Nas situações que envolva questões profissionais, pode sinalizar fraqueza ou falta de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120959-culto-a-confianca-talvez-voce-seja-um-discipulo-e-nao-saiba.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">confiança</a> sobre o que se diz.Sabemos que ficar encarando a outra pessoa durante um diálogo também não é das coisas mais recomendadas, mas você deve tentar manter os olhos no nível do rosto, rompendo o contato visual de quando em quando olhando para o lado, preferencialmente.<h2>6. Esfregar o nariz</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/27/27185229767052.jpg" alt="(Fonte: Millers Guild/Reprodução)">(Fonte: Millers Guild/Reprodução)Se você estiver resfriado, é até normal coçar o nariz, em especial se houver coriza. Porém, dentro da <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122928-o-metodo-vitoriano-de-comunicacao-por-anuncios-codificados-nos-jornais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">comunicação</a> não-verbal, esfregar ou tocar insistentemente o nariz, especialmente com o dedo indicador, pode transmitir a sensação de desonestidade.Por isso, é ideal que em situações que exijam franqueza e honestidade das partes, você controle o eventual tique de cutucar o nariz. Da mesma forma, preste atenção quando estiver conversando com alguém e essa pessoa agir desta maneira. Pode ser um sinal de que ela não seja tão confiável assim.</body>

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O corpo fala: 6 expressões corporais e seus significados

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Em algum momento da nossa história viveu uma pessoa que conecta todos os seres humanos vivos de planeta atualmente

<head></head><body>Carlos Magno ficou conhecido como “Pai da Europa” por ter conseguido unir a maior parte do continente europeu desde o apogeu do Império Romano. Por isso, não é uma surpresa saber que existem muitos descendentes dele espalhados pelo mundo. Mas quantas pessoas estão ligadas ao antigo rei dos francos?De acordo com o geneticista Adam Rutherford, literalmente todos com ascendência europeia descendem diretamente de Carlos Magno. E não para por aí. <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/106389-sera-que-voce-e-parente-do-genghis-khan.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Genghis Khan também é conhecido por ter deixado muitos descendentes</a>, enquanto a linhagem de Vlad, o Empalador — que inspirou o Drácula — <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122953-a-rainha-elizabeth-era-descendente-de-dracula.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">está conectada à família real britânica</a>.<h2>Todas as pessoas têm um mesmo antepassado?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/27/27154907754275.jpg" alt="Carlos Magno, o &quot;Pai da Europa&quot;.">Carlos Magno, o "Pai da Europa".Se você já se perguntou qual é a relação que você pode ter com seus amigos, com celebridades ou com <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121427-milhares-de-pessoas-descendem-da-realeza-e-nao-fazem-ideia-disso.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">nobres do passado</a>, saiba que pode ser maior que imagina. Considere que sua árvore genealógica cresce exponencialmente a cada geração que você retorna. Começa com dois para seus pais, quatro para seus avós, oito para os bisavós e assim por diante. Na 33ª geração — algo entre 800 e 1.000 anos atrás — você tem mais de oito bilhões de ramificações diretas.&nbsp;Esse número é maior que a população mundial hoje. Então, como isso é possível? A explicação desse aparente paradoxo é que a árvore genealógica de uma pessoa não segue linhas diretas. Em vez disso, elas começam a se conectar em diferentes níveis. O resultado disso é que uma mesma pessoa pode ocupar mais de um espaço na sua árvore.Mas se você está pensando em Dark ou qualquer outra história confusa de ficção científica e viagem no tempo, pode se tranquilizar. A realidade, embora pareça complicada, é bem menos complexa. O que acontece é que uma pessoa que foi pai de um antepassado seu há 15 gerações, também pode ter sido tio de outro antepassado em outro nível.<h2>Um ancestral comum</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/27/27155132916279.jpg" alt="Na época de Nefertiti, alguém de quem todos descendemos estava vivo em algum lugar do mundo.">Na época de Nefertiti, alguém de quem todos descendemos estava vivo em algum lugar do mundo.Embora não seja possível afirmar com exatidão em que momento da história humana viveu o antepassado de qual todos nós somos descendentes, é possível estimar um período. Usando modelagem matemática e simulações de computador, um grupo de estatísticos do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), calculou que nosso (ou nossa) ancestral comum mais recente provavelmente viveu entre 1400 a.C. e 55 d.C. — possivelmente mais perto desta última data.E se voltarmos um pouco mais é possível chegar a uma data em que nossas árvores genealógicas compartilham não apenas um ancestral em comum, mas vários. Nesta data — em algum momento entre 5300 e 2200 a.C. —, chamada de isoponto genético, as árvores genealógicas de quaisquer duas pessoas na Terra agora, não importa quão distantes pareçam, remontam ao mesmo conjunto de indivíduos.&nbsp;E como o isoponto genético ocorreu tão recentemente, é possível afirmar com certeza que a ideia de pureza de linhagem, além de uma besteira, é conceitualmente equivocada. Nenhuma pessoa tem antepassados de apenas uma origem étnica ou região do mundo. Embora muitos traços genéticos se percam ao longo da linhagem, pois nós recebemos apenas metade do material genético dos nossos pais, as conexões genealógicas com o globo inteiro significam que não muito tempo atrás seus ancestrais estiveram envolvidos em todos os eventos da história mundial.</body>

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