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De instrumento de propaganda ideológica a transformadora social, a indústria cinematográfica desempenha um papel crucial 

<head></head><body>Os dados do instituto de pesquisa Grand View Research mostram que o mercado global de filmes e entretenimento está avaliado em US$ 90,92 bilhões, com estimativas bem positivas para um crescimento anual de 7,2% entre 2022 a 2030.Em termos econômicos, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/105214-23-curiosidades-surpreendentes-sobre-a-industria-do-cinema.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">indústria do cinema</a> e televisão sustenta cerca de 2,2 milhões de empregos, paga mais de US$ 192 bilhões em salários, e compreende mais de 110 mil empresas, como mostrou os números do Motion Picture Association. E estamos falando apenas do entretenimento dos Estados Unidos, que representa apenas um terço da indústria global de mídia e entretenimento.São por essas razões que os demais países engajaram em uma corrida ferrenha para competir com esses avatares do mercado, visando fazer parte de uma roda econômica que alimenta vários braços de uma nação. Mas e como a indústria do cinema mudou a sociedade?<h2>Entretenimento como influência</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/14/14061949664007.jpg" alt="(Fonte: United States Holocaust Memorial Museum/Reprodução)">(Fonte: United States Holocaust Memorial Museum/Reprodução)Durante a década de 1930, o cinema era a principal forma de entretenimento no mundo, com pessoas indo assistir a um filme pelo menos duas vezes na semana. Os locais também se tornaram ponto de encontro sociais, reunindo bares, restaurantes, fliperamas e outros tipos de atração para atrair o máximo de clientes o possível.O excesso do pilar central fez do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122480-sera-que-desaprendemos-a-ir-ao-cinema.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cinema&nbsp;</a>um poderoso instrumento de comunicação em massa para transmitir uma mensagem ao espectador, visto que este é o principal objetivo da forma de arte. Não é para menos que boa parte da propaganda <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122408-se-hitler-era-do-terceiro-reich-qual-eram-os-outros-dois.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">nazista alemã</a> foi feita através do cinema, para construir uma Alemanha liberta e um <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121500-hitler-tinha-planos-de-aniquilar-a-etnia-polonesa-em-ate-20-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Adolf Hitler</a> salvador, a frente de um partido que pregava a unidade e ascensão de uma nova ordem, para uma economia longe da inflação extrema e da fome. Isso conquistou o povo.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/14/14062814932012.jpg" alt="(Fonte: The New York Times/Reprodução)">(Fonte: The New York Times/Reprodução)<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/113176-quem-foi-joseph-goebbels-citado-pelo-secretario-da-cultura.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Joseph Goebbels</a>, braço direito de Hitler, Ministro da Propaganda do Partido Nazista e grande entusiasta do cinema alemão, fez dos filmes um elemento temático que sempre favorecia e defendia a nova ideologia. O cinema era a melhor maneira de juntar as pessoas por algumas horas e fazer com que elas ouvissem. Portanto, não é para menos que foi assim que Hitler viu seu verdadeiro poder e o alcance da influência que tinha.Apesar de a indústria do cinema existir há mais de 100 anos, foi só recentemente que a psicologia passou a analisar com mais afinco como os filmes afetam mentalmente as pessoas. Em meados da década de 1920, o psicólogo da Universidade de Harvard, Hugo Munsterberg, foi o primeiro a desafiar seus colegas pesquisadores a descobrirem a profundidade e a razão da influência do cinema – e isso foi apenas 20 anos após Louis Lumiére ter exibido na França um dos primeiros filmes da História.Assim, ele escreveu The Photoplay: A Psychological Study, considerado o primeiro olhar comportamental para a indústria cinematográfica.<h2>Moldando a sociedade</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/14/14062455083011.jfif" alt="(Fonte: Lyubov Ivanova/Getty Images)">(Fonte: Lyubov Ivanova/Getty Images)A psicologia do cinema, um subcampo da psicologia da arte, provou que o cinema não é algo feito para ser assistido passivamente, como existia a ideia no passado, mas que todos os seus elementos em tela desempenham um papel fundamental na maneira como afeta pensamentos e emoções dos espectadores.A neurociência cognitiva comprovou que os filmes podem exercer um controle considerável sobre a atividade cerebral e os movimentos dos olhos, conduzindo o espectador a uma sequência de estados perceptivos, emocionais e cognitivos.Em entrevista ao Psychological Science, a professora de Estudos de Cinema e Video da Universidade do Michigan, Ira Konigsberg, disse que vivemos em uma era na tecnologia em que a imagem desempenha um papel primordial na formação da maneira como pensamos.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/14/14062914430013.jpg" alt="(Fonte: &nbsp;Lumière Brasil/Reprodução)">(Fonte: &nbsp;Lumière Brasil/Reprodução)É por isso que um estudo realizado pelo University College London e do Vue Cinema mostrou que assistir filmes melhora o foco mental e a fixação da mensagem, ajudando na cognição e na memória. Quando alguém se identifica com um personagem de alguma forma, essa associação impacta em um nível emocional que pode até melhorar a conectividade social.Devido aos gatilhos mentais, a indústria do cinema se tornou uma ferramenta fundamental de transformação social ao longo do tempo, colocando o público no centro de diferentes perspectivas para experimentar emoções e fazer reflexões de assuntos que podem mudar comportamentos em relação a temas urgentes.Um exemplo disso é o documentário O Território, dirigido por Alex Pritz, feito em coprodução com povos indígenas Uru-eu-wau-wau do Brasil, que levou o público a uma viagem por todas as dificuldades que uma comunidade de defensores do meio ambiente já enfrentou de fazendeiros, mineiros e colonos ao longo do tempo. O filme também aproveita para tratar de tópicos sensíveis na mídia, como o clima e a emergência humana em face às<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122626-o-que-acontece-se-for-acionada-a-declaracao-de-emergencia-climatica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;mudanças climáticas</a>.Como ferramenta de transformação, o cinema colocou classes sociais diferentes em uma mesma sala, mostrou realidades a um público muitas vezes alheio, reforçando ou questionando percepções até que fosse entendido que a arte reflete, sim, a vida."Eu acredito que nenhum filme, nada na vida, deixa as pessoas neutras. Ou você as deixam bem, ou mal", definiu David Putnam, produtor de filmes e político britânico.</body>

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Como os filmes mudaram a sociedade?

Imagem de Por que alunos dão maçãs aos professores nos EUA? no megacurioso

Conheça a origem desta tradição que ainda é bastante comum até hoje nos Estados Unidos

Voc&ecirc; j&aacute; deve ter percebido que &eacute; muito comum ver alunos presenteando <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119575-6-tipos-de-macas-com-cores-que-voce-nunca-viu.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ma&ccedil;&atilde;s</a> para seus professores em filmes e s&eacute;ries de TV norte-americanas.
Embora o costume n&atilde;o seja popular aqui no Brasil, a ideia de presentear os tutores com a fruta est&aacute; enraizada em nossas mentes gra&ccedil;as &agrave;s m&iacute;dias importadas dos Estados Unidos. Mas por que ser&aacute; que crian&ccedil;as d&atilde;o ma&ccedil;&atilde;s aos professores nos EUA?
<h2>A origem do costume</h2>
<span data-fonte="(Fonte: Bert Hardy/Picture Post/Getty Images)" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/detail/foto-jornalistica/primary-school-teacher-leading-a-group-of-children-foto-jornalistica/500744741" class="img-fc"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/17/bert-hardy-picture-post-17130955108195.jpg" alt="Bert Hardy/Picture Post" />(Fonte: Bert Hardy/Picture Post/Getty Images)
Ainda que nosso contato com esta pr&aacute;tica venha das produ&ccedil;&otilde;es <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120562-5-fatos-surpreendentes-sobre-a-antiga-hollywood.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">hollywoodianas</a>, a tradi&ccedil;&atilde;o, na verdade, veio da Escandin&aacute;via. L&aacute; pelos s&eacute;culos XVI, XVII e XVIII, os professores eram muito mal pagos &ndash; a ponto de correrem o risco de n&atilde;o ter o que comer.
Na &eacute;poca, muitos destes profissionais eram <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/104613-mulheres-sao-mais-felizes-solteiras-com-os-homens-e-o-contrario.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mulheres solteiras</a> e, por isso, as fam&iacute;lias dos estudantes costumavam dar uma ajudinha extra, oferecendo comida e at&eacute; mesmo abrigo. Por esse motivo, pais e m&atilde;es providenciavam cestas com muitas frutas como uma forma de agradecer (ou at&eacute; mesmo pagar) &agrave;s mo&ccedil;as pelo servi&ccedil;o prestado.
O tempo foi passando e o costume acabou chegando aos Estados Unidos, um pa&iacute;s onde ma&ccedil;&atilde;s eram um item de grande valor para a popula&ccedil;&atilde;o. Na &eacute;poca, a cidra era basicamente a bebida mais comum nas col&ocirc;nias norte-americanas, por ser barata de produzir e, em muitos casos, mais segura de se consumir do que a &aacute;gua "pura" dispon&iacute;vel.
Assim, ma&ccedil;&atilde;s eram utilizadas como moeda de troca e muitos pais come&ccedil;aram a pagar os tutores de seus filhos com cestas recheadas da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118271-qual-era-o-fruto-proibido-do-jardim-do-eden-na-biblia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cobi&ccedil;ada fruta</a>. Com o tempo, os pagamentos dos profissionais da educa&ccedil;&atilde;o come&ccedil;aram a aumentar, fazendo com que n&atilde;o fosse mais necess&aacute;rio aceitar frutas como remunera&ccedil;&atilde;o. O costume, por&eacute;m, n&atilde;o morreu.
<span data-fonte="(Fonte: Carlos Barquero Perez/Getty Images)" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/detail/foto/cheerful-teacher-looks-at-the-camera-after-imagem-royalty-free/1338006114" class="img-fc"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/17/carlos-barquero-perez-getty-17131109482196.jpg" alt="Carlos Barquero Perez/Getty" />(Fonte: Carlos Barquero Perez/Getty Images)
Ainda que j&aacute; n&atilde;o fosse mais parte do pagamento, como o in&iacute;cio do ano letivo coincidia com o in&iacute;cio da esta&ccedil;&atilde;o de colheita, a partir do s&eacute;culo XIX, os alunos continuaram levando uma &uacute;nica ma&ccedil;&atilde; para seus professores como uma esp&eacute;cie de agradecimento pela dedica&ccedil;&atilde;o em ensinar.
Hoje em dia, mesmo nos EUA, essa pr&aacute;tica j&aacute; n&atilde;o &eacute; mais t&atilde;o comum &mdash; mas persiste viva e forte gra&ccedil;as &agrave; influ&ecirc;ncia da cultura pop no nosso cotidiano.

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Por que alunos dão maçãs aos professores nos EUA?

Imagem de Kiwi Farms: o fórum criado para atacar a vida de suas vítimas no megacurioso

Com mais de 16 mil logins diários, o site promove uma perseguição tão destrutiva que alguns de seus alvos acabam tirando a própria vida

<head></head><body>No início da noite de 16 de outubro de 2006, a jovem de 13 anos, Megan Meier, cometeu <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122954-o-que-e-suicidio-assistido-a-pratica-utilizada-por-godard.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">suicídio</a> em seu quarto. Ela foi encontrada por sua mãe, Christina Meier, e declarada morta no dia seguinte já no hospital. Meier fez parte de um caso amplamente divulgado pela mídia dos Estados Unidos por ter sido vítima de cyberbulliyng através da antiga rede social MySpace, um fenômeno entre a <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/123178-geracao-z-e-a-obsessao-pela-fama-a-qualquer-custo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">geração jovem dos anos 2000</a>.A disseminação da internet, o acesso a vários dispositivos eletrônicos e a quantidade de horas que os jovens passam nas redes sociais, principalmente Instagram e Facebook, aumentaram o assédio virtual vertiginosamente ao longo dos anos.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/17/17124436506168.jpg" alt="(Fonte: Moore Media/Getty Images)">(Fonte: Moore Media/Getty Images)A Security Org fez uma pesquisa com pais de crianças entre 10 e 18 anos, e descobriu que 21% das crianças já sofreram cyberbullying. Em janeiro de 2020, 44% de todos os usuários de internet nos EUA alegaram terem sofrido assédio online, com uma prevalência maior de xingamentos ofensivos representando 37% dos casos.Entre todas as redes sociais pesquisadas, os usuários no YouTube são os mais propensos a sofrerem ataques cibernéticos, com 79% dos casos, seguidos pelo Snapchat (69%), TikTok (64%) e Facebook (49%). Os pesquisadores perceberam que, conforme a idade da criança aumenta, em intervalos de dois anos, cresce em 2% a chance de ser atacada.Desde 2008, a ideação e tentativas de suicídio entre adolescentes dobraram, sendo que 1 em cada 20 experimenta suicídio em um único ano. É a maior taxa em quase 20 anos. A cultura do ódio e perseguição ganhou tanto espaço nos EUA – que está entre os 3 países que mais praticam assédio online – que foi criada a denominada Kiwi Farms, uma comunidade online feita para direcionar seus usuários para assediar um alvo de todas as maneiras possíveis.<h2>O pior lugar da internet</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/14/14075753115017.jpg" alt="(Fonte: CPJ/Reprodução)">(Fonte: CPJ/Reprodução)De 4chan a Tumblr, certamente a Kiwi é a única comunidade que luta ativamente para sustentar a alcunha de "o pior lugar da internet". Fundada em 4 de fevereiro de 2013 por Joshua Conner Moon, a Kiwi ficou conhecida por abrigar os "ratos da internet", ou seja, os extremistas políticos e religiosos, xenofóbicos, racistas, teóricos da conspiração e outros tipos de pessoas.A Kiwi Farms se tornou um local especializado em atacar minorias, mulheres, feministas, jornalistas, pessoas "neurodivergentes", celebridades e personalidades da internet. Os alvos dos tópicos estão sujeitos desde assédio e perseguição online de maneira massiva e ordenada pelos usuários fanáticos, até ataques físicos ou materiais fora das telas dos computadores e celulares.O modus operandi do fórum começa, a princípio, com a publicação de informações pessoais de suas vítimas, prática chamada de doxxing, que envolve nome, endereço, telefone residencial, local de trabalho, rendas e dados financeiros. Para isso, é organizada uma verdadeira força-tarefa para se infiltrar em vários aspectos da vida da pessoa, incluindo stalking,&nbsp;visando descobrir informações interessantes que não são encontradas online, e que por vezes só são obtidas por ataques <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/116578-max-headroom-o-hacker-que-invadiu-um-sinal-de-tv-em-chicago.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">hackers</a>.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/14/14075906606018.jpg" alt="Joshua Moon. (Fonte: JoshNull/Wikimedia Commons)">Joshua Moon. (Fonte: JoshNull/Wikimedia Commons)Com isso, as vítimas são sentadas na cadeira de réu de um verdadeiro tribunal online, com invenção de crimes, falsificações, falsas denúncias (swating), a prejudicando legalmente para que perca, no mínimo, seu emprego ou liberdade. Depois, a mira pode se voltar para amigos e familiares, e não existe um descanso. Algumas campanhas da Kiwi Farms podem continuar por meses ou anos, levando as vítimas a tirarem a própria vida para fazer tudo parar.Em agosto desse ano, a streamer da TwitchCam e ativista trans, Clara Sorrenti, foi obrigada a fugir para o Canadá depois que usuários da Kiwi chamaram uma falsa ameaça de bomba em sua casa, fazendo com que a polícia fechasse um quarteirão de seu bairro.No mesmo mês, Sorrenti, conhecida online como Keffals, foi agredida, presa e detida por mais de 10 horas depois de ter sua identidade roubada após alguém disparar e-mails em seu nome fazendo uma ameaça de atentado em massa a políticos locais. Ela foi forçada a se mudar de casa e viver em um hotel para sua segurança, porém não por muito tempo.Os trolls conseguiram identificar o local onde ela estava ao invadirem sua conta na Uber e divulgarem mais dados, fazendo-a fugir para Belfast, na Irlanda. Apesar de toda essa perseguição, Sorrenti não se calou e usou sua plataforma para promover uma campanha de desmonte da Kiwi Farms, que recebe até 16 mil logins diários, visando atacar as empresas que mantinham o site operacional.<h2>O problema</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/14/14080451039021.jpg" alt="Clara Sorrenti. (Fonte: Keffals/YouTube)">Clara Sorrenti. (Fonte: Keffals/YouTube)Muito diferente das demais plataformas que possuem práticas rigorosas de moderação de conteúdo para impedir a proliferação desordenada desse comportamento online, como um site independente, a Kiwi Farms está fora do alcance, preocupando as autoridades.“Esse tipo de coisa poderia facilmente se tornar um banco de dados para atingir os agentes do FBI, por exemplo. Não seria difícil”, alerta Frederick Brennan, que já trabalhou com o fundador da Kiwi, e fundou o site 8chan. Em entrevista à NBC News, o especialista acredita que as técnicas de assédio podem ser canalizadas para objetivos maiores, como políticos e agentes de segurança.Após seu site ter sido apropriado por nacionalismo branco e extremismo de todos os vieses, Brennan passou os últimos anos tentando derrubá-lo, temendo que o monstro que ele se tornou pudesse representar riscos substanciais à segurança nacional. “O que Moon está fazendo é pior, porque está realmente mirando em pessoas específicas”, disse ele.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/14/14080623417024.jfif" alt="(Fonte: Le Monde/Reprodução)">(Fonte: Le Monde/Reprodução)Quando procurado pelos jornalistas da NBC, Moon respondeu por e-mail que "a imprensa é uma escória", ignorando as demais perguntas feito pelos jornalistas.Segundo Brennan, Moon, como moderador e líder, representa o topo da cadeia alimentar na Kiwi Farms, responsável por decidir quem é o alvo da vez e como atacá-lo. Muito diferente dos outros fóruns, como o 4chan, onde os administradores têm pouca orientação sobre as campanhas de assédio de seus usuários, Moon tem total controle de todos os aspectos do site.<h2>Ao menos uma vitória</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/17/17124528127172.jpg" alt="(Fonte: Moore Media/Getty Images)">(Fonte: Moore Media/Getty Images)Após o levante promovido por Sorrenti e ampla disseminação pela mídia, em 3 de setembro, a empresa Cloudflare, que fornece uma rede de distribuição de conteúdo, serviços de segurança da internet e servidor de nome de domínio, decidiu bloquear a Kiwi Farms.O fórum entrou em uma busca desesperada para encontrar outros serviços de infraestrutura para conseguir se manter online, mas foi rejeitado por vários deles, como o host russo DDoS-Guard. Moon declarou que não vê mais um cenário em que seu site se mantenha de maneira consistente no ar, visto que foi removido até mesmo do Internet Archive.Como medida paliativa, o Kiwi Farms encontrou um lar com a Vanwa Tech, que possui um histórico em prestar estrutura a sites que já foram banidos. Apesar de o Kiwi parecer que nunca estará totalmente fora do ar, Sorrenti se mostrou otimista pela perda da capacidade de comprar serviços básicos da internet, mostrando como o empreendimento megalomaníaco de Moon está ficando cada vez mais impotente.De qualquer forma, ela encarou isso como uma vitória, tanto por aqueles que já morreram por suicídio, vítimas da cultura perturbadora da Kiwi Farms, como foi o caso de Lizzy White, quanto dos nomes cogitados em futuras campanhas por essas pessoas, que cometem ataques para desempenhar sua obsessão por uma falsa e patética sensação de controle e poder.</body>

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Kiwi Farms: o fórum criado para atacar a vida de suas vítimas

Imagem de Sotaques do Brasil: conheça a origem desses 5 modos de falar no megacurioso

O Brasil é um país de dimensões continentais que abriga muitos sotaques. Neste texto, contamos as origens da diversidade da fala dos brasileiros

Todos sabemos que o Brasil &eacute; um pa&iacute;s de propor&ccedil;&otilde;es continentais, formado por gente vinda de v&aacute;rios lugares: os ind&iacute;genas nativos, as pessoas escravizadas vindas da &Aacute;frica e os <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122852-a-missao-alema-para-criar-uma-colonia-na-bahia-em-1822.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">imigrantes europeus</a>, por exemplo, s&atilde;o s&oacute; alguns deles. Este "caldo" certamente influenciou a forma&ccedil;&atilde;o dos diferentes sotaques na popula&ccedil;&atilde;o, que foram sendo criados e perpetuados a partir destas influ&ecirc;ncias fon&eacute;ticas.
Os sotaques costumam considerar tr&ecirc;s fatores: a popula&ccedil;&atilde;o nativa do local, os povos que migraram para l&aacute; e como as migra&ccedil;&otilde;es influenciaram a forma com que as pessoas falam. Ao nos referir aos sotaques, pensamos em maneiras diferentes de cadenciar as palavras, a forma&ccedil;&atilde;o de novos termos e <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120821-como-o-cerebro-humano-identifica-uma-voz-em-meio-a-multidoes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fonemas</a> e a consolida&ccedil;&atilde;o de express&otilde;es locais.
Se voc&ecirc; tem curiosidade em saber como os sotaques do Brasil foram formados, este &eacute; o texto para voc&ecirc;.
Leia tamb&eacute;m: <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121105-6-erros-de-portugues-mais-comuns-entre-os-brasileiros.htm" target="_blank">6&nbsp;erros de portugu&ecirc;s mais comuns entre os brasileiros</a>
<h2>1. O sotaque caipira</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/16/16101235819005.jpg" alt="(Fonte: Acervo da Pinacoteca do Estado de S&atilde;o Paulo/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Acervo da Pinacoteca do Estado de S&atilde;o Paulo/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
O jeito entendido como mais "caipira", enfatizando o R retroflexo (aquela pron&uacute;ncia do "porrrrta"), &eacute; mais t&iacute;pico no interior de S&atilde;o Paulo, Paran&aacute;, Mato Grosso, Minas Gerais e Santa Catarina. Uma das influ&ecirc;ncias desse modo de falar nasce na dificuldade que os ind&iacute;genas tinham para pronunciar o R.
O mesmo acontecia com outros fonemas. Os dialetos ind&iacute;genas n&atilde;o conheciam apenas o som do F, do L e do R, mas tamb&eacute;m do "LH". Por isso, tiveram muita dificuldade em reproduzir esses sons. Foi por essa raz&atilde;o que "palha" virou "paia" e "falha" virou "faia".
O choque entre a fala ind&iacute;gena e dos imigrantes portugueses permanece at&eacute; hoje, e existe gente que ainda troca o L pelo R &ndash; dizendo, por exemplo, "farta" ao inv&eacute;s de "falta", e "frecha" ao inv&eacute;s de "flecha".
<h2>2. O impacto das migra&ccedil;&otilde;es no sotaque paulista</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/16/16101403057006.jpg" alt="(Fonte: Supla/Youtube)" />(Fonte: Supla/Youtube)
No fim do s&eacute;culo XIX, S&atilde;o Paulo abriu as portas para os imigrantes. Mais de 1,5 milh&atilde;o de italianos chegaram na cidade e ajudaram a construir o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/98502-ceo-fluente-em-7-idiomas-da-dicas-para-quem-esta-aprendendo-uma-nova-lingua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sotaque paulista</a>. Bairros como Mooca, Br&aacute;s e Bixiga, com forte presen&ccedil;a desta popula&ccedil;&atilde;o, criaram um sotaque carregado e com um R mais vibrante (pense, por exemplo, naquele "&ocirc;rra, meu" do Faust&atilde;o).
<h2>3. O "chiado" do Rio de Janeiro</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/16/16101455042007.jpg" alt="(Fonte: Walt Disney/Divulga&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Walt Disney/Divulga&ccedil;&atilde;o)
J&aacute; no Rio de Janeiro, o R e o S foram apropriados de forma diferente. E a raz&atilde;o disso tem a ver com a chegada da corte portuguesa para o Brasil em 1808. Neste ano, 15 mil portugueses vieram para o Rio junto da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119895-a-conturbada-e-imunda-jornada-da-corte-portuguesa-para-o-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">corte de Dom Jo&atilde;o VI</a>, ajudando a definir o jeito que o carioca fala.
Na &eacute;poca, era moda pronunciar o R da mesma forma que os franceses faziam, como se o som sa&iacute;sse do fundo da garganta. Assim, a nobreza ostentava esse sotaque que enfatizava o R e fazia o S soar pr&oacute;ximo ao SH ou X (falando "Lishboa" ao inv&eacute;s de "Lisboa").
<h2>4. O sotaque do "leite quente d&aacute; dor no dente"</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/16/16101620778008.jpeg" alt="(Fonte: Gabriela Carsten Galliano Gabriela/Carsten Galliano/Medium)" />(Fonte: Gabriela Carsten Galliano Gabriela/Carsten Galliano/Medium)
A mescla entre diferentes culturas tamb&eacute;m ajudou a formar um sotaque bem reconhecido: aquele que enfatiza o E no fim das palavras. &Eacute; o caso do sotaque de Curitiba e de parte dos paranaenses, que separam bem as s&iacute;labas e destacam este E final.
Isto aconteceu por quest&otilde;es geogr&aacute;ficas. Curitiba, por exemplo, era um intenso polo de atra&ccedil;&atilde;o de imigrantes no s&eacute;culo XIX. Havia na cidade popula&ccedil;&otilde;es ind&iacute;genas, pessoas escravizadas, imigrantes italianos, ucranianos e poloneses, al&eacute;m do local ser rota de passagem para os tropeiros.&nbsp;
Como os ucranianos e poloneses tinham poucas vogais em suas palavras, os imigrantes come&ccedil;aram a for&ccedil;ar a pron&uacute;ncia de letras como o E para poderem ser entendidos.
<h2>5. Influ&ecirc;ncias europeias e africanas no Nordeste</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/16/16101747478009.jpg" alt="(Fonte: Instagram/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Instagram/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
O sotaque de Recife foca bastante na pron&uacute;ncia do R, lembrando o uso das l&iacute;nguas germ&acirc;nicas. Isto &eacute; uma heran&ccedil;a das <a href="http://invas%C3%B5es%20holandesas" rel="noopener noreferrer" target="_blank">invas&otilde;es holandesas</a> na cidade no s&eacute;culo XVII.&nbsp;
Mais liberal que a coloniza&ccedil;&atilde;o portuguesa, o tempo de reg&ecirc;ncia da Holanda em Pernambuco durou 25 anos, mas deixou fortes marcas culturais &ndash; com &ecirc;nfase na abertura para o conhecimento e a liberdade religiosa.&nbsp;
Outro elemento hist&oacute;rico que influenciou fortemente os sotaques foi o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120236-como-o-acucar-e-produzido.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ciclo do a&ccedil;&uacute;car no Brasil</a> no s&eacute;culo XVI. Os engenhos, muitos deles situados em estados do Nordeste, levaram uma grande popula&ccedil;&atilde;o de africanos escravizados para estes locais. Eles carregaram consigo sua rica bagagem cultural, o que ajudou a formar os sotaques nos lugares onde estavam.
https://www.megacurioso.com.br/educacao/121105-6-erros-de-portugues-mais-comuns-entre-os-brasileiros.htm

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Sotaques do Brasil: conheça a origem desses 5 modos de falar

Imagem de Por que os islandeses jogam papagaios-do-mar de penhascos? no megacurioso

Conheça mais sobre a tradição nórdica bastante comum na Islândia e que ainda causando espanto em internautas ao redor do mundo

<head></head><body>Várias tradições nórdicas já chamaram a atenção de turistas por serem, no mínimo, inusitadas. No entanto, a bola da vez tem sido um ato recorrente na Islândia de arremessar papagaios-do-mar, também chamados de puffins, de penhascos ao redor das Ilhas Westman. Para quem não está familiarizado com o ato, tudo parece ser bastante chocante.No entanto, essa é conhecida por ser a "temporada de puffins", quando os papagaios-do-mar põem ovos em tocas nas falésias ao longo da costa, onde os filhotes precisam passar cerca de seis semanas em seus ninhos até que estejam prontos para abrir suas asas e entrar no mar. Entenda como tudo funciona!<h2>Irregularidade no calendário</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/13/13181458609462.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Os jovens papagaios-do-mar são programados para encontrar o oceano ao seguir a luz da lua. Porém, esse é um instinto que se tornou uma ameaça à vida devido ao desenvolvimento de comunidades humanas nas Ilhas Westman, na <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122587-por-que-governo-islandes-teme-a-morte-de-seu-idioma-materno.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Islândia</a>. Os puffins que voam perto de cidades com poluição luminosa geralmente enfrentam problemas e acabam voando para o interior dessas regiões.Sem uma forma efetiva de encontrar o caminho de volta para casa, só resta para eles ficar presos e morrer de fome caso não encontrem nenhum tipo de ajuda. Por esse motivo, a população local decidiu intervir e solucionar o problema causado pela habitação humana da região.No final do verão, quando essas aves saem de suas tocas — algo que coincide com o momento exato para que a população de peixes esteja alta e elas possam se alimentar — é comum ver moradores islandeses patrulhando as ruas à noite com lanternas em busca de papagaios-do-mar. Caso algum jovem seja avistado, ele imediatamente precisa ser capturado e colocado em uma caixa.<h2>Arremessando aves ao mar</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/13/13181502000463.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)No dia seguinte da captura dos jovens papagaios-do-mar, as pessoas levam os puffins para os penhascos mais próximos, onde cada indivíduo será colocado no chão. Nesse cenário, é importante esperar que esse pássaro encontre uma maneira de voar por conta própria e ache seu caminho de volta para casa.Caso isso não aconteça, é necessária uma despedida de tom mais dramático: jogá-los em direção ao oceano. Ao esperar o sol nascer para que os papagaios sejam soltos, isso evita com que eles voltem a confundir as luzes da cidade com a luz da lua por uma segunda vez.Embora todo o ato de arremessar os puffins do penhasco possa parecer algo cruel, esses <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123129-5-fatos-curiosos-sobre-a-saude-dos-animais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">animais</a> não têm problema algum em decolar e voar com segurança em direção ao seu novo habitat pelos próximos anos. Inclusive, essa tradição incomum é o que garante que os papagaios-do-mar voltem aos seus ninhos por mais um ano.Como essas aves colocam no máximo um ovo por temporada, é bastante significativo garantir a sobrevivência da espécie, visto que as Ilhas Westman abrigam a maior colônia de papagaios-do-mar no mundo todo. Portanto, não há nenhum motivo para ficar assustado!</body>

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Por que os islandeses jogam papagaios-do-mar de penhascos?

Imagem de Alunas de escola pública criam projeto que monitora barulho na sala de aula no megacurioso

O projeto computacional teve como ponto de partida alunos com TEA

Imagine participar despretensiosamente de uma competi&ccedil;&atilde;o com milhares de participantes e acabar no segundo lugar! Samyra Kethere Lima Sandola e Anahy Beatriz Cardeal Brilhante&nbsp;s&atilde;o duas alunas que est&atilde;o no 5&deg; da EMEF Vinicius Morais, da cidade de Lucas do Rio Verde, em Mato Grosso, que tiveram recentemente essa experi&ecirc;ncia.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/13/13123903959164.jpg" alt="As estudantes Samyra e Anahy. (Fonte: Educacional/Divulga&ccedil;&atilde;o)" />As estudantes Samyra e Anahy. (Fonte: Educacional/Divulga&ccedil;&atilde;o)
Incentivadas pela escola, as duas estudantes uniram for&ccedil;as e desenvolveram um&nbsp;projeto de rob&oacute;tica com o intuito de fazer medi&ccedil;&otilde;es dos n&iacute;veis de ru&iacute;do em uma sala de aula. A coisa toda deu t&atilde;o certo que as meninas se tornaram as vice-campe&atilde;s da Am&eacute;rica Latina do Do Your:bit, na categoria de 8 a 14 anos.
O <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123064-tivy-o-conjunto-de-solucoes-de-robotica-para-escolas-publicas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Do Your:bit &eacute; um desafio mundial </a>idealizado pelo micro:bit e organizado pela micro:bit Educational Foundation. A competi&ccedil;&atilde;o de tecnologia &eacute; voltada para estudantes com idades entre 8 e 18 anos, e foca em projetos criativos e tecnol&oacute;gicos para os Objetivos Globais da ONU em Desenvolvimento Sustent&aacute;vel, voltados para lidar com problemas de suas comunidades e do mundo de hoje.
<h2>Ponto de partida</h2>
O projeto rob&oacute;tico de Samyra e Anahy teve como base as <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122391-transtornos-de-neurologicos-sao-de-nascenca-ou-os-desenvolvemos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">crian&ccedil;as com TEA (Transtorno de Espectro Autista) </a>afetadas por barulhos muito altos devido a serem hipersens&iacute;veis a sons. O que ocorre &eacute; que a hipersensibilidade faz com que elas escutem todos os ru&iacute;dos e barulhos de uma s&oacute; vez, como consequ&ecirc;ncia, h&aacute; uma sobrecarga dos sentidos, levando a instabilidade comportamental e emocional, bem como a crises de choro.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/13/fonte-getty-images-13144446575299.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
As alunas analisaram o qu&atilde;o positivo seria para esse grupo de estudantes se a escola contasse com um sensor sonoro que detectasse o volume dos sons do ambiente e emitisse alertas que ajudassem a melhorar o bem-estar nas salas de aula.
O prot&oacute;tipo, premiado pelos jurados do Do Your:bit gra&ccedil;as a criatividade e inova&ccedil;&atilde;o, foi batizado pelas meninas de Evitando Ru&iacute;dos. Basicamente, consiste em um sensor que faz a medi&ccedil;&atilde;o do som ambiente e, por meio de um painel de led, emite um alerta vermelho quando o barulho ultrapassa os decib&eacute;is permitidos.
Para as estudantes, com esse medidor nas escolas, seria poss&iacute;vel deixar esses locais mais confort&aacute;veis e seguros para os alunos com TEA, ajudando a evitar problemas relacionados ao aprendizado e at&eacute; a sa&uacute;de, j&aacute; que o fator hipersensibilidade poderia ser melhor gerenciado.
<h2>Concorr&ecirc;ncia de peso</h2>
Em 2022, mais de dois mil projetos participaram do Do Your:bit, envolvendo inscritos de seis continentes. Todos eles partiam do princ&iacute;pio de usar<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122836-peixe-robo-que-engole-microplasticos-vai-poder-limpar-oceanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank"> tecnologia e solu&ccedil;&otilde;es criativas</a> para ajudar a resolver problemas que a humanidade enfrenta nas &aacute;reas de sa&uacute;de, vida no planeta e meio ambiente, entre outros.
Neste ano, o desafio que teve as estudantes da escola p&uacute;blica de Mato Grosso em segundo lugar j&aacute; est&aacute; encerrado. Contudo, qualquer interessado ainda pode usar os recursos disponibilizados na&nbsp;plataforma micro:bit para apresentar o projeto Do Your:bit em suas escolas, bem como se informar sobre quais s&atilde;o as metas globais criadas pela ONU.
Saiba mais no v&iacute;deo abaixo:
<iframe width="980" height="550" src="https://www.youtube.com/embed/UUEATGpP6To" title="Educacional | Ecossistema de Tecnologia e Inova&ccedil;&atilde;o" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen" data-dashlane-frameid="68"></iframe>

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Alunas de escola pública criam projeto que monitora barulho na sala de aula

Imagem de É possível evitar pensamentos indesejados? no megacurioso

Ciência explica: é possível controlar os nossos pensamentos, mas apenas por um curto prazo

<head></head><body>Quem já assistiu ao filme <a href="https://www.megacurioso.com.br/neurociencia/103010-brilho-eterno-cientistas-conseguem-selecionar-memorias-e-apaga-las.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças</a>&nbsp;sabe bem: por vezes, esquecer uma memória é tudo o que mais desejamos. Quando passamos por um rompimento amoroso, pode ser um alívio não ter que pensar naquela música que lembra um antigo amor, ou não recordar de um romance quando passamos por um lugar que os dois frequentavam.Mas será que é possível realizar este desejo de afastar da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122951-por-que-nossa-mente-vagueia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mente</a> pensamentos indesejados? De acordo com a ciência, a resposta mais plausível é: talvez. Neste texto, explicamos como isto funciona.<h2>Temos controle sobre os nossos pensamentos?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/07/07203542598005.jpg" alt="(Fonte: Whyy)">(Fonte: Whyy)Segundo o psicólogo Joshua Magee, temos bem menos controle sobre os pensamentos do que costumamos imaginar. Isto foi constatado por um experimento famoso feito em 1996 por Eric Klinger, professor de <a href="https://www.megacurioso.com.br/medicina-e-psicologia/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">psicologia</a> da Universidade de Minnesota.&nbsp;Na ocasião, os participantes monitoraram todos os seus pensamentos durante um dia. Em média, as pessoas relataram ter mais de 4 mil pensamentos diários. A maior parte deles era muito fugaz, e não durava mais que cinco segundos.<div aria-label="Procurar" aria-valuemax="15" aria-valuemin="0" aria-valuenow="0" aria-valuetext="0 seconds of 15 seconds" tabindex="-1">O que foi constatado neste estudo é que um terço dos pensamentos parecia vir do nada, como se aparecessem aleatoriamente na cabeça das pessoas. Magee explica: "os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120984-entenda-o-que-e-e-como-funciona-exatamente-o-pensamento.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pensamentos</a> estão constantemente fluindo e fluindo, e muitos de nós não percebemos", pontuou ao portal Live Science.</div>Os pesquisadores que participaram da experiência relatada em 1996 postularam que os participantes notaram que 22% dos seus pensamentos eram estranhos ou simplesmente errados - por exemplo, imaginar que está se jogando na frente de um trem ou cortando o dedo de propósito.<h2>Podemos evitar pensamentos indesejados?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/07/07203704498006.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)A grande questão por trás aqui é: nem sempre queremos que estes pensamentos cheguem em nossa mente. Quando você está numa <a href="https://www.megacurioso.com.br/comportamento/102254-impressione-8-perguntas-que-voce-deve-fazer-em-uma-entrevista-de-emprego.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">entrevista de emprego</a>, por exemplo, não vai ser prudente pensar em aviões caindo. Mas será que é possível evitar que estas ideias venham à mente?De acordo com uma pesquisa relatada por pesquisadores israelenses em 2022, é possível. Eles criaram um experimento com 80 voluntários que tentava simular o que acontece quando alguém, por exemplo, ouve uma canção de amor no rádio e tenta desesperadamente não lembrar do ex-namorado.Segundo os resultados da pesquisa, os participantes, de acordo com os estímulos corretos, conseguiam desfazer associações que vinham à sua mente. Isaac Fradkin, um dos autores do estudo, relatou à Live Science de que não é possível provar que as pessoas possam evitar completamente algum pensamento específico. Contudo, a prática e o treino podem ajudar a evitar que isso aconteça.<h2>Alguns possíveis problemas na técnica</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/07/07203750614007.jpg" alt="(Fonte: Harvard Health)">(Fonte: Harvard Health)Contudo, outras pesquisas parecem sugerir o contrário: quanto mais buscamos evitar que algo venha à mente, mais estamos fortalecendo aquela ideia. "Quando suprimimos um pensamento, estamos enviando uma mensagem ao nosso <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120815-6-mitos-sobre-o-cerebro-humano-que-voce-ainda-escuta-por-ai.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cérebro</a>. Em essência, estamos tornando esses pensamentos mais poderosos ao tentar controlá-los", relatou o psicólogo Joshua Magee.Uma análise realizada em 2020 que revisou 31 estudos diferentes sobre supressão de pensamentos relatou que esta técnica funciona - só que apenas a curto prazo. Os participantes destes experimentos tendiam a ser bem-sucedidos para evitar que ideias viessem à sua mente. Mas assim que a tarefa acaba, o pensamento voltava.Por isso, a melhor técnica parece ser agir conscientemente para abordar os pensamentos indesejados e enfrentá-los, ao invés de tentar evitá-los. "Podemos permitir que esses pensamentos fiquem apenas em nossas mentes, sem nos agarrarmos a eles com muita força e sem tentar combatê-los", afirmou Isaac Fradkin.</body>

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É possível evitar pensamentos indesejados?

Imagem de Estudo identifica potencial benefício da ocitocina, o 'hormônio do amor' no megacurioso

A atuação da ocitocina sugere que novos tratamentos contra doenças cardíacas podem ser desenvolvidos futuramente

<head></head><body>Prepare-se para essa notícia: o hormônio do amor pode ajudar a cuidar de um coração ferido. Ficou curioso? A gente te explica! Mas antes de tudo, vamos esclarecer que é da ocitocina que estamos falando aqui.&nbsp;Presente no cérebro, a produção dela ocorre no hipotálamo e é estimulada em situações em que há a manifestação de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121118-5-fatos-sobre-o-amor-que-a-ciencia-consegue-explicar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">amor</a> ou carinho envolvido. Ou seja: o simples gesto de dar um abraço ou um beijo na pessoa amada são o suficiente para elevar o nível de concentração do hormônio no organismo, aumentando a sensação de bem estar.Além disso, a ocitocina também é a substância responsável por estimular, de forma involuntária, as famosas contrações na hora do parto, e mesmo da lactação nas mulheres gestantes. Se isso parece fascinante, não para por aí, pois ela também protege o sistema vascular ao reduzir a pressão arterial e atuar como oxidante.O que estudiosos descobriram, por sua vez, pode indicar um novo caminho na busca de tratamento para doenças cardíacas, pois tal associação ainda não havia sido estabelecida.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/05/05101649728056.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)<h2>Descoberta promissora</h2>Nesse estudo, a análise da atuação do hormônio permitiu identificar que a ocitocina auxiliou os músculos presentes no <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120905-porque-energeticos-sao-tao-perigosos-para-o-coracao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">coração</a> a se regenerarem, atuando na substituição dos cardiomiócitos e de células musculares que sofrem danos com as lesões cardíacas.A pesquisa, publicada no periódico Frontiers in Cell and Developmental Biology,&nbsp;contou inicialmente com a observação desse fenômeno nos peixes-zebra, destacando a ação do mecanismo cerebral nesse processo de reparo das lesões musculares.&nbsp;E isso não seria possível sem um fator importante: a ligação que existe entre o cérebro e coração é tão bem estabelecida que já tem sido objeto de diversas investigações que mostram a sua importância. A indução da regeneração do coração ferido, fruto dessa relação entre os órgãos, é a chave desse estudo.Nos peixes, o organismo trabalhou ativamente na recuperação do coração graças à ação da ocitocina, mostrando efeito em apenas três dias. Mas como a produção do hormônio não ocorre de maneira tão expressiva em humanos numa situação similar, por exemplo, também foi realizado experimento com cultura de células humanas, obtendo resultados promissores.&nbsp;A descoberta realizada sugere que seria necessária a atuação de algum mecanismo que induza a esse processo. Segundo Aitor Aguirre, professor da Universidade do Estado de Michigan e principal autor do estudo, ainda é preciso investir em novas pesquisas para explorar a desenvolvimento de uma nova forma de tratamento que seja eficaz em humanos.&nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/05/05101958226057.jpg" alt="(Fonte: Pexels)">(Fonte: Pexels)<h2>Prevenção é o melhor caminho</h2>Considerando o cenário atual, em que as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no Brasil, trata-se de uma boa notícia no campo da ciência. Apesar dos avanços nas formas de tratamento, a prevenção ainda continua sendo a melhor forma de combate.&nbsp;As doenças cardíacas podem levar anos para se manifestar, e em boa parte dos casos, elas se desenvolvem graças a uma série de maus hábitos construídos desde cedo, antes da vida adulta.&nbsp;Além do consumo de álcool e tabagismo, o excesso do consumo de alimentos ricos em gorduras e açúcares, o sedentarismo e mesmo o estresse, conjuntamente, podem se constituir como um fator de risco para o desenvolvimento de problemas no coração.Por isso, adotar hábitos saudáveis na hora de se alimentar, praticar <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123127-ciclismo-corrida-ou-natacao-qual-e-o-melhor-exercicio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">exercícios físicos</a> e, como já falamos acima, expressar amor e caminho para quem gostamos são formas cientificamente comprovadas de se manter mais saudável – e feliz.</body>

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Estudo identifica potencial benefício da ocitocina, o 'hormônio do amor'

Imagem de Geração Z e a obsessão pela fama a qualquer custo no megacurioso

Estudo nacional mostrou que 75% dos jovens entrevistados querem se tornar influenciadores digitais 

<head></head><body>Além de uma espécie de vazio existencial, o que motivou Nick Prugo a alinhar seus interesses com Rachel Lee, ambos na época com 17 anos, para cometer uma série de roubos a celebridades e <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121661-a-tragica-vida-da-estrela-judy-garland.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">estrelas de Hollywood</a>, em Calabasas, Los Angeles, EUA, foi a necessidade de manter um padrão de vida, para receber validação, se manter interessante ou nutrir aquele jovem desejo irrefreável de pertencer.Prugo queria pertencer a um certo estilo de vida criado pela <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119950-as-doentias-regras-contratuais-de-hollywood-em-1930.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">indústria bilionária de filmes americanos</a> que, desde o século XX, vendeu sonhos engarrafados para que filas de aspirantes a estrelas se formassem do lado de fora dos estúdios sob o sol quente de Los Angeles.A influência começou quando grandes nomes, como <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/114365-shirley-temple-foi-o-retrato-da-exploracao-infantil-pela-fama.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Shirley Temple</a>, então uma criança de 10 anos, já inspirava mães por todo o país de que seus filhos poderiam chegar ao estrelato algum dia; e Audrey Hepburn desfilava pelas ruas ofertando algo que poucos podiam adquirir: lifestyle. O alto padrão dividiu Los Angeles entre que mora do lado de lá da montanha, e quem está confinado na vida comum do vale.A gangue formada por Prugo e Lee, chamada pela mídia de Bling Ring, movimentou a vida de Paris Hilton, Orlando Bloom, Audrina Patridge, Lindsay Lohan e Rachel Bilson; vítimas dos jovens que só queriam roupas e itens de luxo para usar e mostrar nas ainda emergentes redes sociais e nos círculos sociais, em meados de 2008.Mas hoje, com o mundo a um clique da palma da mão, a&nbsp;obsessão dos jovens pela fama se tornou uma meta de vida.<h2>O fator fama</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;GZH&nbsp;" data-fonte-url="https://gauchazh.clicrbs.com.br/cultura-e-lazer/tv/noticia/2022/04/the-kardashians-estreia-com-novas-polemicas-e-formato-familiar-do-publico-cl1y229yt006l01f2i0is8nhv.html"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/06/06174100123443.jpg" alt="Família Kardashian. (Fonte: GZH/Reprodução)">Família Kardashian. (Fonte: GZH/Reprodução)Existe uma ideia estabelecida de que uma pessoa nasce uma estrela, enquanto celebridades são apenas construídas. Ou seja, pela lógica, qualquer um pode se tornar famoso – sobretudo hoje em dia. A cada instante nasce uma celebridade em alguma rede social por uma situação que gravou, por inventar uma piada, por apenas dançar ou por fazer qualquer coisa, basta que isso viralize.Nos anos 2000, quando o crescimento dos<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122115-paparazzi-a-historia-da-profissao-mais-polemica-de-todos-os-tempos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;paparazzi</a> e das revistas de fofocas se tornaram um entretenimento diário que rendia milhares de dólares nos Estados Unidos, produtores de televisão viram a necessidade de criar programas que acompanhassem a vida das pessoas famosas de maneira íntima, registrando da rotina matinal até as discussões. Isso porque as estrelas de Hollywood, de cantores a atores, naquela época habitavam um patamar inalcançável, gerando ainda mais interesse e curiosidade do público, que queria se sentir mais próximo daquela realidade.Portanto, os produtores passaram a lançar olheiros em baladas e lugares de alto padrão para procurar por rostos bonitos que poderiam oferecer o que os espectadores queriam: mídia. Ter um padrão de vida alto era um diferencial atrativo, mas personalidade e carisma sempre foram a base. Assim nasceram os realities shows, que lançaram de Paris Hilton a família Kardashian para o estrelato.Desde então, a cultura pela fama gerou uma espécie de obsessão, catapultada pelos benefícios tentadores que os denominados "influenciadores digitais" exibem diariamente para uma audiência compulsiva de milhares de seguidores: itens de luxo, viagens, entradas VIPs, reconhecimento, e até dinheiro – mas também o conforto de uma vida tranquila em relação às adversidades cotidianas.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/06/06174534712444.jpg" alt="Rachel Lee e Nick Prugo. (Fonte: CM/Reprodução)">Rachel Lee e Nick Prugo. (Fonte: CM/Reprodução)“Nossos grupos focais mostraram que os jovens aspiram à fama mais do que qualquer outra coisa”, disse Yalda T. Uhls, pesquisadora sênior do Centro de Mídia Digital Infantil da UCLA, à TeenVogue.Uma pesquisa feita com adolescentes de 14 a 18 anos pelo The Washington Post, da Kaiser Family Foundation e da Universidade de Harvard, mostrou que 31% dos adolescentes norte-americanos passaram da ideia de querer ser famoso a admitir que acham provável que em algum momento sejam famosos. O autor do livro Fame Junkies, o escritor Jake Halpern, relatou que um grupo de garotas entrevistadas por ele disseram preferir ser assistentes de uma pessoa famosa do que CEO de uma grande empresa.Em seu estudo "Fama e o Eu social: a necessidade de pertencimento, narcisismo e relacionamento predizem o apelo da fama", a psicóloga Dara Greenwod ressalta que o desejo de ser visto/valorizado é o maior apelo da fama entre os jovens, seguido pelo status e a motivação pró-social. Curiosamente, essas motivações estão associadas a diferentes necessidades humanas fundamentais.A tendência ao narcisismo faz essas pessoas se concentrarem no reconhecimento e no status de elite que a fama oferece, em contraste com aqueles com maior necessidade de pertencer, que acabam atraídos pela fama como uma forma de fugir das ansiedades pessoais sobre exclusão social. Ambos, no entanto, compartilham da necessidade comum de serem vistos e valorizados em larga escala.<h2>Influenciador: um novo sonho</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/06/06174727374447.jpg" alt="(Fonte: Catraca Livre/Reprodução)">(Fonte: Catraca Livre/Reprodução)Atualmente, ser famoso está vinculado com o nível de popularidade na internet, principalmente no Instagram e no TikTok. Como ressaltou Thiago Cavalcante, sócio diretor da INFLR, "a internet democratizou a fama, dando oportunidade de não apenas uma celebridade de novela ser relevante, mas sim, qualquer pessoa que saiba utilizar as ferramentas ao seu favor".A empresa global de inteligência Morning Consult, em pesquisa com 2 mil americanos de 13 a 38 anos, sobre a cultura dos influenciadores digitais, indicou que 53% deles aspiram a essa atividade por fama, horários flexíveis e outros benefícios. Em um mundo onde um pouco mais da metade da população vive com US$ 10 por dia, o dinheiro se tornou o gatilho de tudo.Segundo a CNBC Make It, um influenciador com 15 mil seguidores pode ganhar quase US$ 500 por um post patrocinado, sendo que um influenciador com uma audiência de 50 mil pessoas pode alcançar mais de mil dólares por uma publicação, o que um norte-americano empregado formalmente pode demorar até duas semanas para ganhar.O Brasil também não fica muito atrás. Uma pesquisa feita com 3.100 jovens, em janeiro desse ano pela INFLR, adtech, especializada em marketing de influência, mostrou que 75% deles revelaram ter vontade de ser influenciadores para inspirar outras pessoas; e 63% dos entrevistados mostram que aspiram ser uma influência no ambiente digital pelo retorno financeiro.Saulo Camelo, sócio-fundador da Camelo Digital, empresa especializada em marketing, performance e tecnologia, disse ao&nbsp;Meio&amp;Mensagem que, hoje em dia, ser influenciador digital já pode ser comparado ao sonho de se tornar jogador de futebol – algo muito comum entre os jovens dos anos 2000, principalmente os periféricos.<h2>Influência sem referência</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/06/06175013215450.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodução)">(Fonte: Pinterest/Reprodução)Diante desses números e alegações, o ator Reynaldo Gianecchini, em entrevista recente à Gabriela Prioli, fez críticas duras sobre esse modelo de profissão. “Tudo bem ganhar dinheiro com o TikTok, que legal, eles estão fazendo um monte de coisa, mas também não podem só querer ganhar dinheiro rápido, ser famoso e esquecer que tem outras profissões incríveis, e que você pode estudar. A sensação que eu tenho é que ninguém, às vezes, quer estudar”, ressaltou ele.O ator celebrou que a <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122960-amnesia-geracional-o-fenomeno-que-assombra-nosso-passado-e-futuro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">geração Z</a> é mais antenada e engajada em vários assuntos, porém se queixou do desinteresse e falta de conhecimento, principalmente cultural, de muitos. “Eles querem fazer essa coisa de: ‘vamos fazer uma coisa de blogueirinho, vou ganhar meu dinheiro’, e depois não querem se aprofundar em mais nada. É isso que acho que tem que tomar cuidado”.Apesar de atualmente qualquer um poder se tornar um influenciador digital, é preciso empreendedorismo e muito estudo para conseguir se destacar desse mar de pessoas e chegar a alguma posição de relevância; fora o foco, objetivos bem traçados e um planejamento estratégico e tático.Mas em meio a dancinhas de TikTok e publicidades sobre robôs que supostamente geram dinheiro instantâneo, é impossível as pessoas não pensarem que seja fácil demais, ainda que esse excesso de facilidade sempre esteja associado a uma responsabilidade que poucos conseguem arcar, principalmente quando colocada nas mãos daqueles que não tem nenhuma referência alguma.</body>

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Geração Z e a obsessão pela fama a qualquer custo

Imagem de "Apito de cachorro": a mensagem codificada usada por fascistas no megacurioso

A política do 'apito de cachorro' é usada para transmitir mensagens de ódio

<head></head><body>O significado mais antigo, comum e, provavelmente, aquele que a maioria das pessoas conhece para "apito de cachorro"&nbsp;é bastante óbvia: um apito para cães.Os ouvidos desses animais são capazes de detectar frequências muito mais altas que as captadas pelo ouvido humano. Nesse sentido, um apito para cachorro nada mais é que um instrumento que emite um som, uma espécie de assobio extremamente agudo que os nossos amigos de quatro patas podem ouvir, mas nós não.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/07/07111258765097.jpg" alt="(Fonte: Adam York / Pexels/ Reprodução)">(Fonte: Adam York / Pexels/ Reprodução)No entanto, figuradamente, o termo "apito de cachorro", ou Dog Whistle, em inglês, é uma mensagem codificada&nbsp;comunicada por meio de frases inteiras ou apenas algumas palavras aparentemente aleatórias que, geralmente, só pode ser compreendida por um grupo de pessoas, mas não por todo mundo.Mas, na prática, como funciona o "apito de cachorro"?<h2>A política do "apito de cachorro"</h2>Os EUA são um bom exemplo para explicar a política do "apito de cachorro". Nos últimos anos, especialmente durante o período em que Donald Trump permaneceu na presidência do país, os estadunidenses viram o ressurgimento e a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119994-homo-ferox-livro-investiga-origens-da-violencia-humana.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">intensificação das tensões e turbulências raciais e étnicas</a>.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/07/07111632344101.jpg" alt="(Fonte: Life Matters / Pexels/ Reprodução)">(Fonte: Life Matters / Pexels/ Reprodução)Por lá, essa panela de pressão resultou em protestos violentos em várias cidades, mortes e na invasão do Capitólio por apoiadores de Trump, em 6 de janeiro de 2021.Mas teve muito mais coisas antes disso. Apenas para pontuar alguns eventos, em 2017, a cidade de Charlottesville serviu de palco para o&nbsp;comício nazista Unite the Right. Em 2018, o tiroteio na sinagoga de Pittsburgh e no ano seguinte, outro tiroteio, mas em El Paso.Ou seja, os EUA simplesmente vinham vivenciando a continuação de um fenômeno preocupante e perigoso, e que só aumentou durante o governo Trump: a política do "apito de cachorro".<h2>Preconceito, xenofobia, racismo e códigos</h2>A política do "apito de cachorro" se refere a uma prática bastante antiga na história humana: enviar mensagens políticas codificadas, projetadas de uma forma que apenas um determinado público-alvo as pudesse compreender.É aqui que entram os apitos para cães que citamos anteriormente, isto é, os instrumentos que emitem sons em frequências agudas que apenas os ouvidos dos caninos conseguem registrar o som, enquanto que para os ouvidos humanos nem mesmo são percebidos.&nbsp;Por isso a expressão é usada para mensagens que são entendidas por membros de certos grupos, mas não pela população em geral.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/07/07122631896132.jpg" alt="(Fonte: cottonbro/ Pexels/ Reprodução)">(Fonte: cottonbro/ Pexels/ Reprodução)Alguns pesquisadores do tema apontam que a primeira vez que a expressão "apito de cachorro" foi usada em sentido figurado ocorreu em 1947.&nbsp;Na época, um livro intitulado American Economic History descreveu um dos discursos de Franklin Delano Roosevelt, o 32° presidente dos EUA, como algo sendo “projetado para ser como um "apito de cachorro" moderno, com uma nota tão alta que o ouvido sensível da fazenda captaria perfeitamente, enquanto o Leste antipático não ouviria nada.”Porém, até meados da década de 1990 a expressão permaneceu adormecida. Mas, atualmente, retornou com força sendo usada principalmente para mensagens codificadas de ódio.Para a sociedade em geral, não é aceitável fazer declarações intolerantes, xenófobas, sexistas ou racistas. Logo, os políticos que queiram fazer isso precisam fazer uso de uma linguagem codificada ou, em outras palavras, um "apito de cachorro" que apenas seus apoiadores escutem e entendam.Contudo, bem antes dos anos 1990 já era possível observar um ou outro uso da política do "apito de cachorro".Por exemplo, boa parte dos analistas políticos é da opinião que Ronald Reagan (presidente dos EUA de 1981 a 1989) estava usando um "apito de cachorro" quando falou sobre os “direitos dos estados”, durante uma campanha no Mississippi, em 1980.&nbsp;Para os pesquisadores, Reagan estava focando os <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122228-buffalo-soldiers-a-cavalaria-que-atravessou-os-eua-de-bicicleta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">segregacionistas do sul</a>, ou, mais amplamente, para qualquer possível eleitor com crenças racistas.Como xenofobia e racismo já não era algo bem visto, sendo mesmo um tabu para a sociedade da época, a única forma encontrada pelo então candidato à presidência para apelar diretamente para o público racista era por meio de uma mensagem codificada.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/07/07123015291134.jpg" alt="(Fonte: Matheus Bertelli / Pexels/ Reprodução)">(Fonte: Matheus Bertelli / Pexels/ Reprodução)Cada país tem seus próprios apitos, afinal, são culturas e sociedades com pensamentos diferentes. No Canadá, por exemplo, a política do "apito de cachorro" é bem fraca. Mas, então, eis que surge um partido político nacional convocando a população para “Recuperar o Canadá”, sem deixar claro exatamente quem o roubou em primeiro lugar.Para alguns especialistas, esse é justamente o momento em que devemos prestar mais atenção, já que mensagens de ódio se espalham com uma velocidade surpreendente, não importando o código que usem. E quase sempre surgem “do nada” e explodem na cara da sociedade.Por fim, é importante destacar que a finalidade de quem usa o "apito de cachorro" é&nbsp;demonizar seus oponentes&nbsp;ou, então, se colocar como protetor contra o demônio, um verdadeiro salvador.Obviamente que isso não tem nada de racional, mas é esse o ponto. Pois aqueles que valorizam o uso da razão acabam sendo marginalizados ou ridicularizados, tendo debates ineficientes sobre as ações irracionais e até bizarras de quem apela para o "apito de cachorro".E o alerta é sempre válido: a política do "apito de cachorro" pode fazer um <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122698-os-5-planos-mais-loucos-que-governantes-ja-tentaram-implementar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">demagogo nascente se tornar uma importante liderança em um piscar de olhos</a>.&nbsp; </body>

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