Imagem de Assalto ao trem pagador: o maior roubo ferroviário da história no megacurioso

Mesmo tendo acontecido há 60 anos, o assalto ao trem pagador na Inglaterra ainda é considerado o maior roubo da história 

Na madrugada do dia 8 de agosto de 1963, 15 homens invadiram um trem postal pr&oacute;ximo a uma cidade inglesa e fugiram com o equivalente a R$ 282,5 milh&otilde;es atualmente. O crime ficou conhecido como <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/126973-mais-3-fatos-bizarros-que-voce-nao-sabia-sobre-o-velho-oeste.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Assalto ao Trem Pagador</a>.
Por volta das 3 horas da manh&atilde;, o condutor auxiliar do trem, que viajava de Glasgow a Londres, desceu para examinar um sinal vermelho perto da cidade de Cheddington, na Inglaterra. Notando uma gambiarra feita com uma bateria de seis volts, esse homem, David Whitby, tentou ligar para a esta&ccedil;&atilde;o, mas logo viu que os cabos telef&ocirc;nicos estavam cortados.&nbsp;
<a href="https://www.google.com/url?client=internal-element-cse&amp;cx=004238318321071068280:rcwgwv4dsro&amp;q=https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121192-avenida-da-morte-a-linha-de-trem-assassina-na-nova-york-de-1900.htm&amp;sa=U&amp;ved=2ahUKEwjDyd3Y8tKAAxU1NrkGHQwnBP0QFnoECAcQAg&amp;usg=AOvVaw0h1N-RM0yF0Vp3cXLM2UcF" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Ao voltar para o trem,</a> ele foi rendido por v&aacute;rios homens mascarados, que surpreenderam o maquinista Jack Mills, golpeando-o v&aacute;rias vezes na cabe&ccedil;a com um bast&atilde;o, at&eacute; deix&aacute;-lo inconsciente. Ap&oacute;s separar os dois primeiros vag&otilde;es dos outros dez do comboio, eles tiveram que reanimar o condutor, pois o bandido encarregado dessa tarefa n&atilde;o deu conta de operar a locomotiva.&nbsp;
<h2>Fuga e investiga&ccedil;&otilde;es da pol&iacute;cia</h2>
<span data-fonte="Evening Standard/Getty Images" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/detail/foto-jornal%C3%ADstica/investigators-examine-the-royal-mail-train-involved-foto-jornal%C3%ADstica/3251353" class="img-fc"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/14/evening-standard-getty-images-14155904972313.jpg" alt="Evening Standard/Getty Images" />(Fonte: Evening Standard/Getty Images)
Ap&oacute;s os ladr&otilde;es retirarem 120 sacos de dinheiro do trem e os colocarem em tr&ecirc;s ve&iacute;culos, policiais da Scotland Yard entraram em cena e come&ccedil;aram a investigar as primeiras pistas: uma poss&iacute;vel fonte &ldquo;interna&rdquo; que deu dicas dos valores e da pouca seguran&ccedil;a, e uma fazenda em Leatherslade com uma movimenta&ccedil;&atilde;o at&iacute;pica de pessoas, segundo um pastor local. &nbsp;
Encontrando 20 malas postais no ch&atilde;o da fazenda e os ve&iacute;culos usados no crime, os investigadores come&ccedil;aram a investigar o local e, embora <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123668-conheca-o-primeiro-julgamento-que-usou-impressoes-digitais-como-prova.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">os meliantes tenham limpado as impress&otilde;es digitais na casa,</a> algumas puderam ser detectadas em uma garrafa de ketchup e no tabuleiro de um jogo de Banco Imobili&aacute;rio.
Com essas evid&ecirc;ncias, a pol&iacute;cia prendeu o primeiro suspeito: um florista de Bournemouth chamado Roger Cordrey, que levou a pris&atilde;o de mais 12 ladr&otilde;es: Gordon Goody, Charlie Wilson, Roy James, John Daly, Brian Field, Leonard Field, John Wheater, Ronnie Biggs, Tommy Wisbey, Jim Hussey, William Boal e Bob Welch.
<h2>Qual foi destino dos envolvidos no Assalto ao Trem Pagador?</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Mike Biggs/Facebook&nbsp;" data-fonte-url="https://s3.glbimg.com/v1/AUTH_35862ca5c6ab48b992baf1f1b4f7062e/extra-globo-com/incoming/11100191-862-a9b/w448/mike-biggs1.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/10/10164143246326.jpg" alt="(Fonte: Mike Biggs/Facebook)" />(Fonte: Mike Biggs/Facebook/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Julgados pelo &ldquo;Great Train Robbery&rdquo;, como o caso ficou conhecido na Inglaterra, todos os suspeitos, exceto cinco, pegaram 30 anos de pris&atilde;o. Dois deles fugiram da pris&atilde;o: Charles Wilson e Ronny Biggs. Wilson foi para o Canad&aacute;, mas foi logo localizado e extraditado.&nbsp;
<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/112252-10-procurados-estrangeiros-que-receberam-abrigo-no-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">J&aacute; Biggs veio para o Brasil.</a> Localizado no Rio de Janeiro, em 1974, n&atilde;o p&ocirc;de ser extraditado pois teve um filho brasileiro: Michael, o Mike da antiga Turma do Bal&atilde;o M&aacute;gico.&nbsp;
O l&iacute;der da opera&ccedil;&atilde;o &mdash; Bruce Reynolds &mdash; foi preso cinco anos ap&oacute;s o crime e condenado a dez anos de pris&atilde;o. Quanto &agrave;s v&iacute;timas, Jack Mills nunca se recuperou dos ferimentos e teve dores de cabe&ccedil;a at&eacute; sua morte em 1970. David Whitby morreu de ataque card&iacute;aco em 1972, aos 34 anos.

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Assalto ao trem pagador: o maior roubo ferroviário da história

Imagem de Xiaowu: o imperador que morreu por uma piada que fez com sua concubina no megacurioso

'Uma mulher traída é uma mulher vingada' já diz o antigo ditado popular...

<head></head><body>“Uma mulher traída é uma mulher vingada”, diz o tradicional e igualmente machista ditado popular que ainda insiste no senso comum. Mas vamos considerar que no século VI as <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/75585-21-mulheres-incriveis-que-mudaram-o-mundo-para-melhor.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mulheres</a> eram vistas como descartáveis, principalmente na China, onde as dinastias eram compostas por estruturas patriarcais que mantinham a sociedade aos seus pés.Na <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121409-escravidao-e-horror-como-era-a-vida-dos-pobres-na-china-antiga.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">China Antiga</a>, as mulheres não tinham nenhum tipo de direito legal, exceto em relação aos seus dotes, e estavam restritas a trabalhos domésticos. Era exigido tanto das mulheres que elas eram obrigadas a se submeterem a vários tipos de práticas para agradar um homem, como <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122763-pe-de-lotus-a-tradicao-chinesa-que-deformou-os-pes-das-mulheres.htm#:~:text=Acredita%2Dse%20que%20a%20condi%C3%A7%C3%A3o,sapatos%20parecidos%20como%20uma%20l%C3%B3tus." rel="noopener noreferrer" target="_blank">amarrar os próprios pés</a> para que ficassem pequenos e delicados, visto que isso era considerado mais feminino e atraente.Essa trajetória toda, no entanto, não nos faz imaginar como o imperador chinês Xiaowu foi morto por uma piada que fez a sua concubina.<h2>O milagre</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikipedia&nbsp;" data-fonte-url="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/f/fc/%E5%B8%9D%E9%89%B4%E5%9B%BE%E8%AF%B4_%E9%AB%98%E6%B8%85_%28page_95_%E5%AE%8B%E4%B8%BB%E5%88%98%E9%AA%8F_crop%29.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/07/07163826744333.jpg" alt="Imperador Xiaowu. (Fonte: Wikipedia/Reprodução)">Imperador Xiaowu. (Fonte: Wikipedia/Reprodução)O nascimento de Xiaowu foi considerado um milagre. Sua mãe se chamava Li Lingrong e era uma serva e costureira que trabalhava para o governante Sima Yu. Segundo a história, Lingrong teria ouvido de uma espécie de oráculo que ela seria responsável por dar à luz o herdeiro de Sima Yu, cujos filhos, naquela época — o ano 362 —, já tinham morrido.Ao comunicá-lo, o imperador foi mais movido pelo desespero em ter um herdeiro o mais rápido o possível do que pelas supostas palavras proféticas do oráculo. Rapidamente, o homem aceitou Lingrong como sua concubina e a engravidou. Naquele mesmo ano, nasceu Sima Yao.Em 371, após o imperador Fei perder uma batalha derradeira, o general supremo Huan Wen acusou-o de impotência e de não ser o pai biológico de seus filhos. Com isso, o general o depôs e fez do governador Sima Yu o novo imperador Jianwen, embora o poder verdadeiro ainda permanecesse nas mãos de Huan Wen.Depois que o imperador supremo morreu, Sima Yao, filho de Sima Yu, aos 10 anos, foi declarado príncipe herdeiro e assumiu o trono da dinastia Jin como imperador Xiaowu.<h2>O medo de Lady Zhang</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/07/07164315970339.jpg" alt="(Fonte: HIstory Collection/Reprodução)">(Fonte: HIstory Collection/Reprodução)Nos primeiros anos, porém, o reino foi governado por um conselho de regentes. Xiaowu começou a ter mais autonomia apenas aos 13 anos, quando se casou com uma jovem de 16 anos, que acabou morrendo pouco mais de 5 anos depois de tanto consumir bebidas alcoólicas.O próprio Xiaowu era considerado relapso, só se importava em beber e festejar. Diziam que ele apenas tolerava os assuntos de Estado que seus conselheiros falavam e não entendia muito bem sobre nada do que estava acontecendo ao seu redor.Ao ficar viúvo, ele nunca mais se casou oficialmente, mas teve uma série de concubinas. Entre elas, Lady Zhang era considerada sua preferida. Durante uma festa, Xiaowu teve a infeliz ideia de dizer que logo a substituiria porque ela estava chegando na casa dos 30 anos.A história diz que, de fato, isso foi uma piada, visto que, além de ser um sedutor e bon vivant, Xiaowu era considerado muito piadista. Lady Zhang, porém, entendeu isso como uma ameaça para seu futuro, então decidiu fazer algo a respeito antes que fosse descartada. A mulher subornou os guarda-costas do imperador para permitir que o caminho ficasse livre para que ela pudesse entrar em seus aposentos com os próprios servos e fazê-los sufocar Xiaowu com as roupas de cama.Aos 35 anos, o imperador Xiaowu morreu. Ninguém nunca se preocupou em responsabilizar Lady Zhang pelo assassinato — muito pelo contrário. A morte do homem foi interessante para a corte, porque significava que poderiam colocar outro no trono, um que poderia ter mais interesse pelos assuntos políticos e que eles pudessem controlar mais facilmente.</body>

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Xiaowu: o imperador que morreu por uma piada que fez com sua concubina

Imagem de 'Crying Wolf Effect': a prática de forjar crimes contra si mesmo no megacurioso

O fenômeno é considerado um problema que atrai prejuízos para o Estado e para a sociedade

<head></head><body>Você já ouviu falar na famosa fábula escrita por Esopo, O menino que gritava lobo? A história é sobre um jovem pastor encarregado de cuidar das ovelhas de seu rebanho em uma região montanhosa. Muito brincalhão, ele costumava gritar “Lobo! Lobo!” mesmo quando não havia nem sinal do animal por perto, apenas para ver os aldeões que viviam próximo correr até o campo para ajudá-lo a proteger as ovelhas.À medida que isso foi acontecendo com cada vez mais frequência, as pessoas foram ficando irritadas com o pastor, pois sua atitude estava desperdiçando tempo e recursos preciosos da comunidade. Portanto, eles começaram a desconfiar de cada vez que ele gritava por socorro. Um dia, no entanto, um lobo realmente apareceu e começou a atacar as ovelhas. Em pânico, o pastor gritou por ajuda, mas ninguém o acudiu.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/01/01141133698278.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Como consequência, o lobo devorou várias ovelhas do rebanho, e o pastor aprendeu uma lição valiosa: sua desonestidade e falta de responsabilidade tinham consequências graves. Ele percebeu que não podia mais confiar na ajuda dos outros por cauda de suas brincadeiras inconsequentes.A moral dessa fábula de Esopo foi tão absorvida pelo senso comum que a expressão “lobo chorão” não só se tornou comum para se referir aos mentiroso do dia a dia, como também para patologizar os mentirosos crônicos.&nbsp;Assim nasceu o Crying Wolf Effect, para definir as pessoas que forjam crimes contra si mesmas.<h2>Clamando atenção</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/01/01144229966290.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Em 2 de novembro de 2016, Sherri Papini desapareceu enquanto corria em Redding, na Califórnia. Ela foi encontrada 21 dias depois em uma rodovia a quase 200 quilômetros de sua casa. Repleta de hematomas, Papini alegou que foi torturada por duas mulheres hispânicas que a sequestraram e a mantiveram trancada em um armário.Em um dos casos mais emblemáticos dos Estados Unidos, demorou até 2022 para que a polícia descobrisse que Papini inventou tudo. Enquanto isso, ela faturou mais de US$ 30 mil em assistência à vítima, fraudou o estado da Califórnia, e fez o Departamento Federal de Investigação (FBI) e a polícia gastaram milhares de dólares em anos de investigação. Em júri, ela revelou que forjou o próprio sequestro devido a um grau de frustração muito grande com sua vida familiar.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/01/01144323789291.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Os psicólogos que analisaram Papini determinaram que ela sofria do fenômeno Crying Wolf Effect (ou algo como "Efeito Gritar por Lobo" no português). Trata-se de um intenso desejo de chamar atenção das pessoas mais próximas por puro tédio ou por um sentimento de negligência. Em alguns casos, o indivíduo pode ser motivado simplesmente por se sentir ignorado pelo mundo.Segundo a psicóloga Bonnie Jacobson, também diretora do New York Institute for Psychological Change, as pessoas que forjam crimes transformam sentimentos de invisibilidade em uma fantasia que eles acreditam que é realidade.<h2>O problema</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/01/01150042658298.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Não necessariamente uma pessoa que sofre com o Crying Wolf Effect precisa de intervenção psiquiátrica. Alguém que exagera ou faz declarações falsas constantemente pode agir para buscar atenção, manipular os outros, tentar evitar responsabilidade ou lidar com problemas emocionais não resolvidos. Pelo fato de exibir esse comportamento de forma intencional ou inconsciente, é muito comum que as pessoas associem o problema sempre à saúde mental.&nbsp;Jussie Smollett, um dos protagonistas da série televisiva Empire, da Fox, é um exemplo de como o fenômeno nem sempre está associado a questões mentais. Em 2019, ele pagou US$ 3.500 a dois irmãos para atacá-lo na rua em uma falsa tentativa de linchamento, configurando crime de ódio contra si. Acredita-se que isso tenha sido uma tentativa de golpe publicitário para alavancar sua carreira ainda mais.O poderio médico ressalta que o Crying Wolf Effect é uma questão que precisa ser conscientizada, pois pode se tornar bem mais prejudicial do que apenas desperdiçar recursos e servir como cortina de fumaça para crimes reais. O fenômeno acaba criando um ambiente social de desconfiança e descrença, prejudicando a capacidade das pessoas lidarem com problemas reais.</body>

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'Crying Wolf Effect': a prática de forjar crimes contra si mesmo

Imagem de 5 fatos surpreendentes sobre o tráfico de seres humanos no megacurioso

Confira alguns fatos sobre pessoas que são comercializadas e vendidas para viver em um regime de escravidão

<head></head><body>Ao longo da história, tivemos a oportunidade de ver diversos momentos em que grupos diferentes acabaram praticando o que se conhece como <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/125158-quando-comecou-a-escravidao-de-pessoas-negras.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tráfico humano</a>, forçando pessoas a deixarem seus locais de origem para viver em condições precárias e forçadas a fazerem aquilo que não gostariam.Tal prática ainda é comum atualmente, por isso, vamos listar abaixo alguns fatos que estão associados a essa terrível realidade.<h2>1. Grande número de escravos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/12/12092524372049.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Segundo o levantamento Global Estimates of Modern Slavery, em 2021 tínhamos cerca de 50 milhões de pessoas obrigadas a viver em um regime de&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122417-a-escravidao-ainda-existe-no-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">escravidão moderna</a>, com mais da metade destes casos acontecendo na Ásia (onde há aproximadamente 30 milhões de pessoas nessas condições).Destes 50 milhões, estima-se que 28 milhões são pessoas forçadas a trabalharem como escravos, enquanto 22 milhões se tornaram vítimas de casamentos forçados. Outro ponto alarmante é que,&nbsp;em 2016, esse número era de 40 milhões no total, o que só mostra que esse cenário piorou com o passar dos anos.<h2>2. Transplante de órgãos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/12/12093018109053.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Muitas vezes pessoas são traficadas para realizar transplantes de órgãos, e estima-se que cerca de 10% dos procedimentos do tipo realizados ao redor do globo envolvem vítimas de tráfico humano.Mais assustador é saber que, anualmente, mais de 10 mil <a href="https://www.megacurioso.com.br/corpo-humano/45590-traficantes-de-orgaos-cobram-ate-us-200-mil-por-um-rim.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">rins são comercializados no mercado negro</a>, conforme dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde. Muitos desses casos envolvem populações consideradas vulneráveis e pessoas que acabam ganhando bastante dinheiro com essas ações — isso sem falar nas consequências para quem doa e para quem recebe esses órgãos.<h2>3. Preço de venda</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/12/12093142285055.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Outro fator chocante sobre o tráfico de pessoas é que elas não são moedas de troca caras: atualmente, a média para uma pessoa comercializada dessa forma é de US$ 90.Dependendo da situação, algumas compras podem ficar na casa de alguns milhares de dólares. Ludwig "Tarzan" Fainberg, que trabalha com tráfico de pessoas, revelou que atualmente é possível "comprar uma mulher por aproximadamente US$ 10 mil e recuperar essa grana em uma semana se ela for jovem e bonita".Para quem quiser descobrir se a pessoa em questão foi vítima de tráfico humano, há alguns sinais bem característicos. Geralmente ela vive com seus "empregadores", e você nunca vai poder falar com elas sem ter alguém por perto. Além disso, geralmente são menores de idade, e vão demonstrar medo de uma pessoa ou algumas pessoas em específico. &nbsp;<h2>4. Muitos são vendidos pela família</h2>Um dado triste quando se pensa em tráfico humano é que, em muitas situações, essas pessoas são vendidas pela própria família. Um levantamento divulgado pela Organização Internacional de Migração estima que 41% do tráfico de crianças envolvem membros da família. No caso de crianças usadas para fins sexuais, 31% delas são comercializadas por alguém próximo, como um tio ou tia.<h2>5. Interesse em grávidas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/12/12093610792056.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Por fim, outro aspecto que tem infelizmente crescido bastante nos últimos anos quando se fala em tráfico humano é o interesse por mulheres grávidas.Em muitas situações, isso acontece pensando em práticas de adoção consideradas ilegais. A pior parte: a mãe é a pessoa mais prejudicada, pois além de se submeter à cirurgia e abdicar do bebê, ainda fica com a menor parte do dinheiro, que é dividido entre traficante, médico, advogado e outras pessoas envolvidas no processo.</body>

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5 fatos surpreendentes sobre o tráfico de seres humanos

Imagem de 4 modos como a inteligência artificial pode ser usada para cometer crimes no megacurioso

O avanço da inteligência artificial pode tornar as coisas mais fáceis para os golpistas

<head></head><body>Uma das grandes preocupações atuais são as consequências futuras do desenvolvimento da <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/125557-4-formas-como-a-inteligencia-artificial-vai-melhorar-a-medicina.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">inteligência artificial</a>. Não por acaso, muitos governos estão discutindo esse assunto e formando comitês para debater sobre a segurança desta tecnologia.O fato é que os seres humanos já usam ferramentas de IA há bastante tempo, mesmo que nem sempre saibam disso. O que ocorre agora é um boom de softwares de inteligência artificial de uso mais visível, como aplicativos que criam textos e imagens.E se tudo isso pode ter efeitos na vida prática, é bom lembrar que essas ferramentas estão abertas a todos — inclusive os criminosos. Neste texto, compartilhamos 4 formas em que a IA pode ser usadas para aperfeiçoar as atividades ilícitas.<h2>1. Aperfeiçoamento do phishing</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/01/01105812176020.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)O <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/104255-phishing-como-fugir-das-tentativas-de-golpe-via-email.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">phishing</a> é um dos crimes da internet mais efetivos. Ele envolve mandar e-mails, mensagens de texto ou inbox para fazer com que as pessoas respondam mandando informações pessoais. Simplesmente, o golpista joga a "isca" e espera que alguém pegue.Algumas ferramentas de produção de texto, como o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124827-chatgpt-alcanca-nota-do-enem-maior-do-que-79-dos-estudantes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ChatGPT</a>, podem significar uma otimização deste crime, permitindo que golpistas pouco experientes gerem mensagens mais eficazes, por exemplo. Isto porque uma das formas de identificar um golpe é ver que a mensagem é mal escrita. Por isso, há bastante risco de que as ferramentas de IA ajudem a criar contatos mais críveis e plausíveis para capturar as vítimas.<h2>2. Interações mantidas por inteligência artificial</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/01/01112402387001.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125080-e-possivel-separar-a-inteligencia-do-corpo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">chatbots</a> são ferramentas automatizadas que mantêm conversas com usuários, como os clientes de uma loja. Eles são usados para tentar agilizar a comunicação e trazer eficiência para as empresas.Elas funcionam por meio de algoritmos de IA, que também podem ser usadas por criminosos que, dessa forma, conseguem ampliar o escopo de seus golpes, atingindo mais gente do que seria possível se fossem manejados apenas por humanos. Essas ferramentas podem, por exemplo, se passar por serviços de banco, na tentativa de obter informações das vítimas no intuito de pegar dados e dinheiro.<h2>3. Deepfakes</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/01/01112521802010.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Talvez aqui tenhamos a consequência mais perigosa da inteligência artificial. O termo <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117846-deepfake-assustadoramente-real-de-tom-cruise-viraliza-no-tiktok.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">deepfake</a> — que junta os termos deep learning (aprendizagem profunda em inglês) e fake&nbsp;(que quer dizer falso) — consiste no uso de técnicas de inteligência artificial para emular a figura de uma pessoa falando algo que ela nunca falou, gerando vídeos e áudios falsos.Já há tecnologia no mercado capaz de produzir esse conteúdo de forma relativamente acessível. Mas isso pode ter consequências terríveis. Pense, por exemplo, no caso de alguém produzir um vídeo pornô falso e usar isso para chantagear alguma pessoa.Mas há usos criminosos mais cotidianos, como utilizar a IA para imitar a maneira como alguém responde um email, manda mensagens de texto, ou produzir mensagens de voz que soam igual a algum familiar seu. Isso pode ter consequências terríveis em golpes como o do falso sequestro.E como as tecnologias conseguem emular o jeito que falamos ou o nosso rosto? A resposta é bem simples: pense na quantidade de conteúdos seus que você compartilha (como vídeos, fotos) em redes sociais abertas em que qualquer um pode ir lá e salvar, para depois usar na IA para aprender exatamente o seu jeito. É realmente assustador.<h2>4. Brute force: forçando a entrada nas redes</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/01/01112546655013.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Há um tipo de crime chamado de brute force (em português, força bruta), que descreve um tipo de ataque que ocorre quando se tenta entrar à força em algum sistema, como um site, um servidor ou um aplicativo. A técnica envolve tentar sucessivamente acertar uma combinação de senhas para ter acesso aos dados de alguém.Esse ataque em estilo "arrombamento" pode também vir a se beneficiar da IA. Novas ferramentas conseguem testar muitas combinações de caracteres e símbolos que podem corresponder às suas senhas. E como muita gente cria senhas baseadas em informações da própria vida (como aniversários, nome dos animais de estimação, etc.), acaba ficando mais suscetível a esse golpe.Por isso, o ideal é criar senhas muito complexas ou gerenciadas por softwares específicos que se prestam apenas a isso. Não vai tornar o ataque impossível, mas com certeza vai ajudar a proteger contra ataques vindos de máquinas.</body>

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4 modos como a inteligência artificial pode ser usada para cometer crimes

Imagem de 2 casos de pessoas que cometeram crimes só porque queriam ser presas no megacurioso

O que leva uma pessoa a algo tão extremo?

<head></head><body>Existe a ideia de que <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/125241-cecot-el-salvador-construiu-a-maior-e-pior-prisao-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">prisões</a> tendem a tornar os criminosos piores do que eram anteriormente, não é para menos que ganharam a alcunha de "escolas para o crime". Isso surgiu porque o ato de encarcerar infratores sob condições difíceis, por vezes inumanas, os fazem aprenderem novos truques do ofício.Há uma inevitabilidade na percepção de que, ao entrar em uma prisão, a pessoa se transformará em um cidadão ainda mais corrupto ou violento quando sair — se sair. Ou seja, desde que o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123702-turismo-carcerario-cresce-o-interesse-pelo-mundo-atras-das-grades.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sistema prisional</a> foi criado e estabelecido no século XIX, se tornou uma ferramenta não para reformar, mas para punir, acreditando que assim impedirá as pessoas de cometerem crimes e voltarem para aquele tipo de instalação miserável.Por isso que muitos fogem da prisão ou temem irem parar em uma. Apenas alguns foram à contramão dessa ideia e essas são 2 pessoas que cometeram crimes só porque queriam ser presas.<h2>1. Michael Zehaf-Bibeau</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/23/23112112405046.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Michael Zehaf-Bibeau acreditava que merecia ficar atrás das grades e isso dizia respeito mais ao seu estado de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124189-8-formas-praticas-e-peculiares-para-cuidar-da-saude-mental.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">saúde mental</a> instável do que à sua ficha criminal – apesar de ter sido longa antes do ponto alto de sua vida, que aconteceu em 2014.Aos 20 anos, Bibeau já possuía 12 condenações no Quebec por crimes que envolviam posse de drogas, direção perigosa, assalto à mão armada, lesão corporal, roubo e posse de ferramentas de arrombamento.No entanto, em 2010, quando entrou em uma delegacia em Vancouver, o canadense de 32 anos foi confessar um assalto à mão armada ocorrido no ano 2000, só que a polícia não encontrou registro algum sobre o acontecimento. Sendo assim, não demorou muito para perceberem que esse crime sequer havia existido. Bibeau foi preso segundo a Lei de Saúde Mental, mas foi liberado na manhã seguinte.Contrariado, o homem foi até o <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/124052-por-que-mcdonald-s-do-pais-de-gales-e-considerado-o-melhor-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">McDonald’s</a> mais próximo carregando um pedaço de madeira afiado para que isso o qualificasse como armado conforme a lei. O caixa do restaurante não lhe entregou o dinheiro, mas chamou a polícia, que efetuou a prisão de Bibeau no local.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/23/23112252275051.jpg" alt="Michael Zehaf-Bibeau. (Fonte: MacLeans/Reprodução)">Michael Zehaf-Bibeau. (Fonte: MacLeans/Reprodução)De volta à delegacia, Bibeau confessou que queria ficar preso porque só assim superaria seu vício em crack. Apesar de seu comportamento errático, o psiquiatra que o analisou disse que ele não parecia ter uma doença mental e o descreveu apenas como um "muçulmano dedicado".O homem foi solto após 4 anos atrás das grades, mas isso não foi o suficiente, portanto, decidiu que faria algo mais extremo. Em outubro de 2014, o homem foi ao National War Memorial, em Ottawa, e matou um soldado a tiros usando um rifle de caça.Como resultado, Bibeau foi baleado por meia dúzia de oficiais presentes no local, matando-o antes que pudesse atacar qualquer outra pessoa.<h2>2. Ichiro Kojima</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/23/23112449719057.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)A história de Ichiro Kojima é uma crônica social moderna japonesa. Apesar de o país ter "apenas" entre 1.500 a 2 mil pessoas dormindo nas ruas dos bairros centrais de Tóquio, conforme uma pesquisa feita pelo Advocacy Research Center for Homelessness (ARCH), ainda assim, existem — ao contrário do que muitos ainda pensam — pessoas sem teto no Japão.Em 9 de junho de 2018, Kojima decidiu que a prisão era preferível à vida nas ruas da cidade. Você deve estar imaginando que, como Bibeau, ele cometeu algum crime menor em uma tentativa de ser encarcerado, certo? A resposta é não. Kojima foi extremo de uma vez só, porque seu objetivo não era apenas parar atrás das grades, mas ser condenado à prisão perpétua.Portanto, ele embarcou no trem de Tóquio para Osaka com uma faca e um facão, que usou para atacar duas mulheres, ambas de 20 anos. No que o passageiro Kotaro Umeda, de 38 anos, tentou intervir, foi esfaqueado repetidas vezes por Kojima, causando sua morte. Com isso, o homem simplesmente parou seu ataque, se sentou e esperou a polícia chegar.Kojima foi condenado à prisão perpétua exatamente como desejava.</body>

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2 casos de pessoas que cometeram crimes só porque queriam ser presas

Imagem de Conceito de estupro vai ser redefinido no Japão — entenda no megacurioso

País estuda um projeto de lei que irá redefinir os crimes sexuais que configuram como estupro

<head></head><body>O parlamento japonês está em vias de aprovar um projeto que mudará a legislação sobre agressão sexual no país. É a segunda vez que isso acontece em um espaço de 100 anos.O projeto visa trazer várias mudanças, mas uma das mais marcantes deve ser a redefinição do significado de estupro no Japão: atualmente, o termo quer dizer "relação sexual forçada" e passaria a indicar "relação sexual não consensual". Isto é importante, pois abre um espaço legal para uma discussão e compreensão sobre o sentido de "consentimento", termo ainda muito abstrato para os japoneses.<h2>O conceito atual de estupro</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/16/16193902553009.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Na legislação vigente no Japão, <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123199-uma-garota-de-muita-sorte-os-danos-a-saude-mental-da-vitima-de-estupro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">estupro</a> quer indicar uma relação sexual ou atos indecentes cometidos "à força", "por meio da agressão ou intimidação" ou tirando proveito do "estado inconsciente ou da incapacidade de resistir".A grande questão é que o conceito deste crime no Japão está bem atrás do que já foi estabelecido em vários países, que ressignificaram o termo de forma mais ampla, envolvendo qualquer relação ou ato sexual não consensual. Ou seja, abre-se espaço para a ideia de que "não é não": basta a pessoa dizer que não, em qualquer momento de uma relação pessoal ou sexual, para assegurar a sua posição.Esta redefinição legal é uma luta encampada há anos. Atividades dizem que a definição limitada estabelecida pela lei japonesa fez com que muitas vítimas fossem injustiçadas em julgamentos, pois há um padrão muito alto para poder definir o que seria de fato um estupro.Em 2014, por exemplo, um homem emparedou uma garota de 15 anos e fez sexo com ela enquanto a menina tentava resistir. O júri avaliou que ele era inocente pois as ações do homem não tornavam "extremamente difícil" que ela resistisse. Soma-se a isso o fato que, no Japão, a idade de consentimento no sexo é de apenas 13 anos.<h2>O desejo da população pela mudança</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/16/16192356002001.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Os dados referentes ao crime de estupro no <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118627-7-fatos-curiosos-que-provam-que-o-japao-e-um-pais-unico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Japão</a> são estarrecedores. Calcula-se que apenas um terço dos casos reconhecidos resultam em processos jurídicos. Mas a sociedade tem clamado por mudanças.Em 2019, o país se escandalizou com quatro casos de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/107451-os-10-maiores-riscos-para-criancas-e-adolescentes-na-internet.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">agressão sexual</a>, ocorridos dentro do espaço de um mês, em que todos os agressores foram absolvidos. Em um dos casos, o homem havia feito sexo com uma mulher que havia desmaiado bêbada - condição que seria considerada estupro em muitos países.Em outro caso, um pai fez sexo continuamente com a filha adolescente por anos, mas o tribunal considerou que o homem não tinha a "dominado completamente", já que, segundo laudo psicológico, ela era capaz de tomar decisões autônomas.<div dir="ltr"><div dir="ltr">As mudanças na lei devem envolver a categorização de 8 situações que definem a situação do estupro. Dentre elas estão: se a vítima estiver embriagada com <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124990-o-alcool-das-bebidas-alcoolicas-pode-estragar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">álcool</a> ou drogas; for sujeita a violência ou ameaças; estiver assustada ou atônita; se estiver preocupada em enfrentar desvantagens caso não obedeça ao algoz. Por fim, a idade de consentimento para a relação sexual deve subir para 16 anos.</div></div></body>

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Conceito de estupro vai ser redefinido no Japão — entenda

Imagem de Dormie: o cachorro julgado por matar um gato nos Estados Unidos no megacurioso

Como você culpa um animal por apenas seguir a natureza do seu instinto?

<head></head><body>Antes de as <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/100333-a-bizarra-historia-por-tras-das-famosas-bruxas-de-salem.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bruxas</a> serem queimadas em fogueiras, a Europa chegou a condenar animais a morrerem queimados, torturados ou enforcados por “crimes” que haviam supostamente cometido. A convicção de que os bichos eram perigosos e deveriam responder pelas suas infrações partia do princípio que, por vezes, eles machucavam os humanos, de maneira direta ou não. Fosse por meio de uma nuvem de besouros que destruía uma plantação ou porque uma vaca empurrou sua dona, que caiu e morreu. A natureza do culpado era irrelevante.Esse tipo de procedimento considerado padrão foi cimentado com mais força com a ascensão dos sangrentos Tribunais da Inquisição a partir do século XIII. Segundo a historiadora Sara McDougall, professora associada da Faculdade de Justiça Criminal de John Jay, boa parte dessa prática de colocar animais em julgamentos estava relacionada com a necessidade da sociedade em depositar a culpa de seus atos em algo ou alguém a qualquer custo.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/12/12151226123188.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Dessa forma, foi construída uma cultura da culpabilidade, que também era uma maneira que as sociedades daquela época encontraram de manter toda uma hierarquia nos eixos, uma vez que as pessoas acreditavam em uma ordem divina pré-estabelecida, em que humanos estavam no topo, como Deus desejava, e que qualquer ruptura precisava ser restaurada como uma medida formal.Até o século passado, partes desse conceito ainda prevaleciam na sociedade, tanto que um&nbsp;cachorro foi julgado por matar um gato nos Estados Unidos.<h2>A culpa de Dormie</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/07/07081306822008.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodução)">(Fonte: Pinterest/Reprodução)Isso só aconteceu porque estava previsto em lei. Em 1921, em São Francisco, nos EUA, se um cão fosse declarado perigoso ou cruel, seu dono era culpado de uma contravenção e o animal deveria ser condenado à morte. Simples assim.Um terrier chamado Dormie colocou toda essa lei à prova naquele ano quando supostamente matou 14 gatos pela vizinhança onde morava. Ele nunca ofereceu perigo para nenhum outro animal ou ser humano, portanto, só parecia estar seguindo seu instinto em caçar gatos. Foi por isso que seu proprietário Eaton McMilan, um vendedor de carros, fez de tudo para levar seu caso aos tribunais.O homem contratou o advogado James Brennan que, para o choque de todos, solicitou um julgamento com júri. Isso foi o suficiente para que a imprensa noticiasse o caso como uma piada que estava sendo levada muito a sério.Como testemunha do caráter do seu cachorro, McMillan trouxe Rowdy, irmão do Laddie Boy, um cachorro que pertencia ao <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121841-william-thorton-tentou-ressuscitar-o-presidente-george-washington.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">presidente americano&nbsp;</a>Warren G. Harding. Não se sabe exatamente como um juiz colheu o testemunho dos animais, tampouco o advogado articulou sua defesa.Fora argumentar que Dormie não deveria ser responsabilizado pela morte dos gatos, Brennan também questionou se o cachorro havia realmente matado algum deles. Afinal, a principal reclamação veio de uma vizinha chamada Marjorie Ingalls, cujo gato persa havia morrido. Quando o advogado pediu para que a mulher identificasse o agressor em uma fila de cães, ela não conseguiu apontar Dormie como culpado.<h2>A prática</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/07/07081732297013.jpg" alt="(Fonte: Una Penna Spuntata/Reprodução)">(Fonte: Una Penna Spuntata/Reprodução)Em 28 de dezembro de 1921, mais da metade dos 12 jurados votaram pela absolvição do cachorro. Vale ressaltar que Brennan tentou manter as mulheres fora do júri porque, segundo sua lógica, elas eram mais "propensas" a apoiarem irracionalmente os gatos.Com isso, Brennan pediu ao tribunal que rejeitasse as acusações, e o juiz assim o fez. Dormie foi liberado e mandado de volta para sua casa.Ao longo da história, a condenação de animais em tribunais formais foi muito usada como uma maneira de difamar qualquer um que estivesse relacionado ao caso, e talvez também como uma forma de confundir os registros.Esses tipos de julgamentos foram cimentados na história social como relíquias de um sistema jurídico diferente, que flertava com fronteiras entre o direito religioso e o secular. Eles desapareceram à medida que o procedimento legal se tornou mais definido, bem como as leis.</body>

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Dormie: o cachorro julgado por matar um gato nos Estados Unidos

Imagem de O Dia dos Mil Mortos: uma das maiores tragédias da seca no Nordeste no megacurioso

O Dia dos Mil Mortos foi uma consequência da grande seca de 1877 a 1879, que foi agravada pela epidemia de varíola na região

<head></head><body>Considerado <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124936-dom-helder-camara-o-arcebispo-perseguido-pela-ditadura-militar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o dia mais trágico da história de Fortaleza</a>, a data de 10 de dezembro de 1878 ficou conhecida como “o Dia dos Mil Mortos”. Naquela fatídica terça-feira, morreram 1.004 pessoas na cidade. O natural esgotamento da capacidade dos cemitérios fez com que uma enorme vala comum fosse aberta na região praiana de Jacareacanga.<a href="https://www.google.com/url?client=internal-element-cse&amp;cx=004238318321071068280:rcwgwv4dsro&amp;q=https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122969-4-dos-maiores-funerais-da-historia-recente.htm&amp;sa=U&amp;ved=2ahUKEwiqnretpoz_AhVTuJUCHR25CmQ4ChAWegQIBxAC&amp;usg=AOvVaw1dmIwJezhFVyTPaiVyJzY_" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Para enterrar um número tão grande de corpos</a>, foram convocados 60 presidiários e coveiros. Como não havia caixões disponíveis, os cadáveres eram transportados em redes ou, na falta destas, amarradas em peças de madeira. Devido ao avançado estado de putrefação, muitos pedaços dos defuntos ficavam espalhados pelo caminho.&nbsp;Esquecida pela História, a tragédia do século XIX ficou literalmente enterrada na chamada "terra da luz" até janeiro de 1994, quando um grupo de operários do Sanear, o Serviço de Saneamento de Fortaleza, encontrou dezenas de ossadas na cova coletiva. Após diversas especulações, concluiu-se de que o local era o histórico cemitério da epidemia de varíola ocorrida 116 anos antes.<h2>Seca e epidemia</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/23/23163326383246.jpg" alt="A Grande Seca foi o fenômeno mais terrível da história do Brasil, durante o período imperial.">A Grande Seca foi o fenômeno mais terrível da história do Brasil, durante o período imperial.O evento gerador da tragédia fortalezense <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123119-grande-seca-de-1877-o-horror-que-destruiu-o-nordeste-brasileiro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">foi a chamada Grande Seca</a> que assolou a região entre os anos de 1877 e 1879. O fenômeno <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125218-por-que-a-europa-esta-secando.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">não somente secou todos os reservatórios de água</a>, como acrescentou graves problemas sanitários para uma população já sofrida. Durante esses três anos, a estiagem exilou mais de 100 mil sertanejos para a capital, que possuía na época cerca de 30 mil habitantes.Abrigada em barracas montadas nos subúrbios de Fortaleza, essa multidão ficou à mercê do calor sufocante e dormindo praticamente ao relento em condições sub-humanas. Para piorar, irrompeu entre eles uma epidemia de varíola, doença para a qual já existia vacina, mas as autoridades se negavam a promovê-la e a população, a se vacinar, uma tradição maldita que parece nunca ter fim.Após o enterro coletivo do dia 10 de dezembro, as procissões de mortos até o cemitério da Lagoa Funda continuaram intensas, espalhando o vírus. Segundo o incentivador da vacina, Rodrigo Teófilo, o pânico se espalhou entre a população com a notícia de que até mesmo a primeira-dama Marieta Raja Gabaglia havia sido vítima da doença.&nbsp;<h2>A reação das autoridades</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/23/23163858854255.jpg" alt="&quot;Criança Morta&quot;, de Cândido Portinari, retrata vidas marcadas pela seca.">"Criança Morta", de Cândido Portinari, retrata vidas marcadas pela seca.Com a multiplicação das mortes, a situação se tornou caótica em Fortaleza: o comércio fechou as portas, o povo não saía às ruas, agora frequentadas apenas pelos "bexiguentos" e pelos desfiles de enterros. A Câmara Municipal determinou que, durante à noite, vasos de alcatrão fossem acesos, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119799-cemiterada-a-revolta-na-bahia-de-1836-contra-os-cemiterios.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">para desinfectar os miasmas</a>, uma teoria popular na época.Viúvo, o governador da província José Júlio de Albuquerque Barros, o Barão de Sobral, determinou, a conselho dos médicos, que fossem transferidos os acampamentos dos refugiados da seca, para locais onde os ventos soprassem para fora da cidade. A remoção foi feita sem economizar “energias para convencer os flagelados a aceitarem a mudança”, segundo Teófilo.A situação demorou a chegar à Corte. Como dom Pedro II se encontrava em viagem pelos Estados Unidos, Europa e Oriente Médio e só retornou em 1877, quando a epidemia já havia se espalhado pelos sertões. Em 1878, o imperador enviou 360 navios com alimentos para a região. &nbsp;<h2>Transposição do rio São Francisco e açudes</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/23/23170612874271.jpg" alt="A transposição das águas do rio São Francisco foi considerada desde a seca de 1844.&nbsp;">A transposição das águas do rio São Francisco foi considerada desde a seca de 1844.&nbsp;Desde a seca de 1844, a ideia da transposição das águas do rio São Francisco já era cogitada como a única solução para a seca no Nordeste. A ideia foi, no entanto, descartada pelo Barão de Capanema, que demonstrou não haver recursos técnicos para transpor a Chapada do Araripe. A ideia da obra foi retomada somente em 2007, e efetivamente concluída e inaugurada no início de 2022.&nbsp;Após a Grande Seca, a ideia de levar água aos nordestinos foi adaptada por dom Pedro II, que determinou a construção do primeiro açude do País: o Cedro, em Quixadá, no sertão central da província. Embora os projetos tenham sido feitos durante o período do Império, as obras só tiveram início durante a República, com o açude sendo concluído em 1906, já no século XX.Conta a História que a seca do Nordeste levou dom Pedro II a prometer que estaria disposto a vender as joias da Coroa para não deixar os sertanejos morrerem de fome. Fato é que centenas de milhares de mortes ocorreram desde então. Ao que se sabe, as tais joias jamais foram vendidas <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/108954-antes-das-chamas-a-historia-por-tras-do-museu-nacional-do-rio-de-janeiro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">e estavam no acervo do Museu Nacional</a>, que pegou fogo no dia 2 de setembro de 2018.</body>

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O Dia dos Mil Mortos: uma das maiores tragédias da seca no Nordeste

Imagem de Hipóxia de nitrogênio: o novo método de execução nos EUA no megacurioso

Método envolve a privação de oxigênio, mas especialistas dizem que não é possível afirmar que seu uso seja indolor

<head></head><body>Nos Estados Unidos, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119483-o-brasil-ja-teve-pena-de-morte.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pena de morte</a> é um tema que gera discussões e controvérsias há algum tempo. Atualmente, 24 estados do país mantêm a pena de morte em vigor e, desde a década de 1970, mais de 1.500 pessoas foram executadas no país.&nbsp;Mas além de não ser um método penal válido em todo o território, os métodos de execução adotados entre os estados também varia bastante. E agora, três deles — Alabama, Oklahoma e Mississippi — devem adotar uma nova forma de execução: a hipóxia de nitrogênio. A medida, segundo seus defensores, irá resultar em <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121332-7-fatos-sobre-a-guilhotina-que-voce-nao-conhecia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">menor sofrimento aos condenados</a>, mas especialistas afirmam que não existem evidências sobre isso.<h2>Método 'humanizado' de execução</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/29/29130532089157.jpg" alt="Dificuldade para conseguir os fármacos para a injeção letal tem estimulado o debate por novos métodos de execução nos EUA. (Fonte: GettyImages)">Dificuldade para conseguir os fármacos para a injeção letal tem estimulado o debate por novos métodos de execução nos EUA. (Fonte: GettyImages)A ideia por trás do uso do nitrogênio é fazer com que sua saturação diminua os níveis de oxigênio no corpo humano. A pessoa usaria uma máscara e passaria a receber uma dosagem do gás. Segundo especialistas, após alguns minutos, o condenado ficaria desacordado e, com menos oxigênio, suas funções vitais — pressão arterial, pulsação, frequência respiratória e temperatura corporal — seriam afetadas, causando o óbito.Um dos argumentos utilizados por quem defende o método, é que ele seria mais "humanizado", causando menos sofrimento. Casos recentes envolvendo <a href="https://www.megacurioso.com.br/policia/39873-voce-sabe-como-funciona-a-injecao-letal-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">injeções letais</a>, resultaram execuções lentas e demoradas — o caso mais famosos aconteceu em 2014, quando Clayton Lockette recebeu uma injeção com um fármaco pouco estudado, e que levou 43 minutos para matá-lo, enquanto ele agonizou com espasmos e convulsões.Mas não é apenas a ética que influencia na escolha por um novo método de execução. Há alguns anos que os Estados Unidos enfrentam dificuldade para conseguir manter os estoques das substâncias utilizadas na injeção letal. O estado de Oklahoma, por exemplo, aprovou o uso da hipóxia de nitrogênio em 2015, para tentar dar conta da fila de presos no corredor da morte.&nbsp;<h2>Faltam evidências</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/29/29130512610156.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)A principal barreira para o uso da hipóxia de nitrogênio nas execuções é que ela nunca foi testada. A falta de evidências de que esse método é realmente indolor é o que tem feito com que Oklahoma e Mississippi, os dois estados que já aprovaram o seu uso, não tenham realizado nenhuma execução com o nitrogênio.Apesar disso, o John Hamm, comissário que chefia os sistemas prisionais do Alabama, disse à imprensa que até o final deste ano o método deve ser aprovado no estado. Essa postura gerou uma série de críticas, tanto ao estado quanto ao método de execução.Jose Vazquez, porta-voz da União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU) do Alabama afirmou que “As execuções no estado têm sido notavelmente secretas, apressadas e aleatórias”. Ele fez referência a uma série de execuções malsucedidas no estado em 2022.Joel Zivot, professor de anestesiologia e cirurgia do Oxford College of Emory University, expressou preocupação com o procedimento não testado. Ele acredita que é muito difícil que o método funcione de maneira eficaz, além de ser perigoso para que for realizar a aplicação e outras pessoas que estejam por perto.“É impossível avaliá-lo a menos que possa ser avaliado [previamente]… e realmente não há um método ético de testá-lo em pessoas” explicou Zivot. “Acho que o gás nitrogênio não vai funcionar… porque respirar ele vai ser muito mais complicado e, por ser inodoro e incolor, é perigoso manipulá-lo, então todos que estão nas proximidades da pessoa que está sendo executada podem, teoricamente, estar em risco”.</body>

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