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Ciência
13/07/2023 às 09:00•2 min de leitura
Ao longo da história, tivemos a oportunidade de ver diversos momentos em que grupos diferentes acabaram praticando o que se conhece como tráfico humano, forçando pessoas a deixarem seus locais de origem para viver em condições precárias e forçadas a fazerem aquilo que não gostariam.
Tal prática ainda é comum atualmente, por isso, vamos listar abaixo alguns fatos que estão associados a essa terrível realidade.
(Fonte: GettyImages)
Segundo o levantamento Global Estimates of Modern Slavery, em 2021 tínhamos cerca de 50 milhões de pessoas obrigadas a viver em um regime de escravidão moderna, com mais da metade destes casos acontecendo na Ásia (onde há aproximadamente 30 milhões de pessoas nessas condições).
Destes 50 milhões, estima-se que 28 milhões são pessoas forçadas a trabalharem como escravos, enquanto 22 milhões se tornaram vítimas de casamentos forçados. Outro ponto alarmante é que, em 2016, esse número era de 40 milhões no total, o que só mostra que esse cenário piorou com o passar dos anos.
(Fonte: GettyImages)
Muitas vezes pessoas são traficadas para realizar transplantes de órgãos, e estima-se que cerca de 10% dos procedimentos do tipo realizados ao redor do globo envolvem vítimas de tráfico humano.
Mais assustador é saber que, anualmente, mais de 10 mil rins são comercializados no mercado negro, conforme dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde. Muitos desses casos envolvem populações consideradas vulneráveis e pessoas que acabam ganhando bastante dinheiro com essas ações — isso sem falar nas consequências para quem doa e para quem recebe esses órgãos.
(Fonte: GettyImages)
Outro fator chocante sobre o tráfico de pessoas é que elas não são moedas de troca caras: atualmente, a média para uma pessoa comercializada dessa forma é de US$ 90.
Dependendo da situação, algumas compras podem ficar na casa de alguns milhares de dólares. Ludwig "Tarzan" Fainberg, que trabalha com tráfico de pessoas, revelou que atualmente é possível "comprar uma mulher por aproximadamente US$ 10 mil e recuperar essa grana em uma semana se ela for jovem e bonita".
Para quem quiser descobrir se a pessoa em questão foi vítima de tráfico humano, há alguns sinais bem característicos. Geralmente ela vive com seus "empregadores", e você nunca vai poder falar com elas sem ter alguém por perto. Além disso, geralmente são menores de idade, e vão demonstrar medo de uma pessoa ou algumas pessoas em específico.
Um dado triste quando se pensa em tráfico humano é que, em muitas situações, essas pessoas são vendidas pela própria família. Um levantamento divulgado pela Organização Internacional de Migração estima que 41% do tráfico de crianças envolvem membros da família. No caso de crianças usadas para fins sexuais, 31% delas são comercializadas por alguém próximo, como um tio ou tia.
(Fonte: GettyImages)
Por fim, outro aspecto que tem infelizmente crescido bastante nos últimos anos quando se fala em tráfico humano é o interesse por mulheres grávidas.
Em muitas situações, isso acontece pensando em práticas de adoção consideradas ilegais. A pior parte: a mãe é a pessoa mais prejudicada, pois além de se submeter à cirurgia e abdicar do bebê, ainda fica com a menor parte do dinheiro, que é dividido entre traficante, médico, advogado e outras pessoas envolvidas no processo.