Imagem de O jogo de tabuleiro que transformava os EUA em comunista no megacurioso

Como uma espécie de anti-Banco Imobiliário, jogo do início do século XX promovia o viés socialista para desbancar o capitalismo

<head></head><body>Na década de 1930, enquanto os Estados Unidos navegavam pela turbulência da Grande Depressão, os jogos de tabuleiro ganharam destaque por ser um diversão simples e barata. Entre os favoritos estava o icônico <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/112625-monopoly-e-o-lado-sombrio-do-capitalismo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Banco Imobiliário</a>, onde sonhos de riqueza e poder prosperavam entre as dobras do tabuleiro.&nbsp;No entanto, em meio a essa celebração do capitalismo, surgiu um jogo que desafiou as convenções e lançou as bases para uma revolução imaginária — o intrigante "Rumo à América Soviética".<h2 style="text-align: justify;">Proletários de todos os países, uni-vos!</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/31/31102905314084.jpg" alt="Jogo buscava criar Estados Unidos comunista. (Fonte: Tobias Higbe - Flickr / Divulgação)">Jogo buscava criar Estados Unidos comunista. (Fonte: Tobias Higbe - Flickr / Divulgação)"Rumo à América Soviética" era mais do que apenas entretenimento; era uma provocação ao sistema estabelecido. Ao contrário do Banco Imobiliário, onde a riqueza era acumulada, no jogo comunista os jogadores eram desafiados a desmantelar as estruturas de poder, erradicar a opressão e tomar posse dos meios de produção. O resultado? Uma nação transformada em Estados Unidos Soviéticos da América, a USSA.O jogo não conquistou a mesma fama que os outros jogos clássicos, mas sua mensagem certamente ressoou com as tensões políticas daquele tempo. A década de 1930 testemunhou a ascensão do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120195-comunismo-e-socialismo-existe-diferenca-entre-as-duas-coisas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">comunismo</a> nos Estados Unidos, com o Partido Comunista dos EUA (CPUSA) surgindo como a vanguarda dos trabalhadores oprimidos. "Rumo à América Soviética" personificava essas crenças, oferecendo uma visão alternativa ao fervor capitalista que dominava.O game podia ser jogado por até quatro jogadores e envolvia avançar pelo tabuleiro por casas que representavam a luta proletária e a guerra contra injustiças sociais, racismo e até a Ku Klux Klan. Na área central do tabuleiro ficava a região chamada de "América Soviética", na qual os jogadores encontrariam as não apenas lideranças comunistas americanas, mas também as clássicas como Marx e Lenin.<h2 style="text-align: justify;">Comunistas nos EUA</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/31/31161006739349.jpg" alt="William Zebulon Foster (ao centro, sentado) e os líderes do Partido Comunista Americano. (Fonte: GettyImages / Reprodução)">William Zebulon Foster (ao centro, sentado) e os líderes do Partido Comunista Americano. (Fonte: GettyImages / Reprodução)Um dos protagonistas desse movimento foi William Zebulon Foster, que nas eleições de 1932 acumulou mais de 100 mil votos — um número muito pequeno do eleitorado total, mas que representava a crescente influência comunista. Enquanto sua relevância política nos EUA era limitada, Foster era tratado como herói na União Soviética, tanto que recebeu um funeral de Estado na Praça Vermelha de Moscou após seu falecimento em 1961.No entanto, o legado mais profundo de Foster não era apenas político, mas literário. Seu livro Rumo à América soviética (o mesmo nome do jogo), publicado em 1932, explicava como que, por meio do Partido Comunista, os <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120167-6-livros-que-foram-queimados-pelo-regime-nazista.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">trabalhadores poderiam emancipar-se da opressão capitalista</a> e abraçar o socialismo. O livro apresentava uma América Soviética onde os trabalhadores dominariam a indústria e o governo, indo contra a realidade dominada pela elite americana.&nbsp;Tanto o jogo quanto o livro permanecem como um lembrete vívido de um capítulo pouco explorado da história dos Estados Unidos. Em meio a incertezas econômicas e crescente influência comunista, esses produtos refletiam as esperanças, os medos e as ideologias da década de 1930.</body>

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O jogo de tabuleiro que transformava os EUA em comunista

Imagem de Qual foi a primeira moeda cunhada no mundo? no megacurioso

A história do dinheiro é bastante antiga, e a primeira moeda do mundo foi cunhada vários séculos atrás

Hoje em dia &eacute; comum voc&ecirc; receber <a href="https://stories.megacurioso.com.br/stories/as-moedas-de-1-real-mais-raras/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">moedas</a> como troco, e muitas vezes utilizamos essa forma de pagamento sem ao menos saber que sua exist&ecirc;ncia &eacute; algo bem antigo.
Ap&oacute;s um per&iacute;odo em que produtos eram usados como mercadoria de trocas e pagamento, uma na&ccedil;&atilde;o decidiu criar a sua pr&oacute;pria moeda e dar in&iacute;cio ao sistema monet&aacute;rio que conhecemos hoje.&nbsp;Que pa&iacute;s foi esse e qual moeda os historiadores consideram a primeira a ser criada? &Eacute; exatamente sobre isso que falaremos nas linhas a seguir.
<h2>Nascimento da moeda</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Brasil Agro/Reprodu&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://www.brasilagro.com.br/uploads/tinymce/uploads/A-primeira-moeda-cunhada-oficialmente-chamava-se-estAter-lAdio-teriam-surgido-por-volta-de-640-a.C.-na-AnatAlia-atual-Turquia-com-o-selo-do-rei-AlAates-da-LAdia..-Getty-Images.jpg?1674028613902"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/16/16223020474004.jpg" alt="Est&aacute;ter l&iacute;dio. (Fonte: Mustafa Gungor/Anadolu Agency/Getty Images)" />Est&aacute;ter l&iacute;dio. (Fonte: Mustafa Gungor/Anadolu Agency/Getty Images)
A primeira moeda a ser cunhada oficialmente por um governo foi o est&aacute;ter l&iacute;dio, que surgiu por volta do ano 640 a.C. na Anat&oacute;lia, regi&atilde;o que atualmente conhecemos como a Turquia.
A moeda em quest&atilde;o traz o selo do rei Al&iacute;ates da L&iacute;dia, e normalmente era cunhada usando uma liga de ouro e prata conhecida como electrum. Isso era essencial para garantir a sua durabilidade, o que ajudou a popularizar seu uso como forma de pagamento (al&eacute;m de ser bem mais pr&aacute;tica de carregar).
Apesar de contar com um processo um pouco mais rudimentar para a sua produ&ccedil;&atilde;o, as primeiras moedas, em sua maioria, apresentavam um formato mais arredondado, similar ao que encontramos atualmente. Por&eacute;m, algumas delas exibiam dimens&otilde;es mais irregulares.
Outro detalhe &eacute; que a primeira moeda cunhada no mundo j&aacute; contava com algumas caracter&iacute;sticas vistas atualmente, como algumas inscri&ccedil;&otilde;es &ndash; o est&aacute;ter l&iacute;dio, por exemplo, trazia inscri&ccedil;&otilde;es que faziam men&ccedil;&otilde;es a Walwel e Kalil, os governantes da na&ccedil;&atilde;o.
Dessa forma, o nascimento da moeda acabou colocando um fim ao com&eacute;rcio de escambo, al&eacute;m de ajudar na coleta de impostos e at&eacute; mesmo expandir o com&eacute;rcio para fora das fronteiras de cada na&ccedil;&atilde;o.
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121147-as-moedas-de-1-real-mais-raras-que-existem.htm" target="_blank" rel="sponsored">As moedas de 1 real mais raras que existem</a>
<h2>Expans&atilde;o da moeda</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/21/wikimedia-commons-21170727492338.jpg" alt="Wikimedia Commons" />Tetradracma grego. (Fonte: Wikimedia Commons)
Com isso, n&atilde;o demorou muito para que outras localidades tamb&eacute;m decidissem seguir esse caminho, como no caso de Atenas, na Gr&eacute;cia, que criou a tetradracma como forma de pagamento &ndash; trazia uma coruja simbolizando Atena e tamb&eacute;m tinha formato mais arredondado.
As <a href="https://stories.megacurioso.com.br/stories/as-5-moedas-comemorativas-mais-legais/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">moedas</a> reinaram como a principal forma de pagamento por bastante tempo, chegando inclusive &agrave; China, onde ganhou um formato diferente que trazia um buraco no centro e facilitava o seu carregamento em correntes. Por&eacute;m, a escassez do cobre (principal mat&eacute;ria-prima ao cunhar moedas) fez com que o ferro fosse usado em seu lugar.
Com essa mudan&ccedil;a, transa&ccedil;&otilde;es internacionais se tornaram mais dif&iacute;ceis por conta do peso acumulado das moedas (imagina realizar diversas negocia&ccedil;&otilde;es e colocar sacos cheios de moedas de ferro em uma carro&ccedil;a ou nas costas de uma mula), obrigando a China a ser a pioneira na inven&ccedil;&atilde;o da <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122930-o-conceito-por-tras-dessas-6-cedulas-de-papel-moeda.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">c&eacute;dula de papel</a>.

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Qual foi a primeira moeda cunhada no mundo?

Imagem de Brasil importou alimentos contaminados pela radiação de Chernobyl no megacurioso

Com o fracasso do Plano Cruzado de José Sarney, o governo abasteceu a população brasileira com alimentos básicos altamente radioativos

<head></head><body>Muito diferente do que pareceu no começo, não foi culpa de Aleksandr Akimov o que aconteceu naquele 26 de abril de 1986. Era 1h23 quando ele acionou o botão do sistema de desligamento emergencial do reator 4 da usina nuclear de Chernobyl, próximo a Pripyat, no norte da Ucrânia soviética.Ao fazer voltar as hastes de controle ao redor do núcleo do reator, a intenção era que elas diminuíssem a reação nuclear, porém, uma vez que carregavam pontas de grafite, que aceleram a reatividade, elas fizeram a energia "pular" ainda mais devido a uma falha do reator RBMK desenvolvido pelos soviéticos.Em apenas cinco segundos, a potência aumentou a níveis que o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119408-chicago-pile-1-o-primeiro-reator-nuclear-construido-pelo-homem.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">reator</a> não conseguiu suportar, fazendo saltar as barras de controle e cápsulas do canal de combustível que pesavam mais de 350 quilos cada. Então, ocorreu uma explosão de vapor, causada pelo aumento da pressão no núcleo, rompendo o escudo biológico do topo do reator, destruindo os canais de combustível e expelindo grafite puro e altamente radioativo.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/23/23141808700254.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)A segunda reação química drástica aconteceu no momento em que o oxigênio acessou o núcleo e se inflamou ao ser combinado com o hidrogênio, superaquecendo o grafite e causando uma segunda explosão que culminou em uma cadeia de reação que abriu um imenso buraco no prédio do reator 4, lançando para os ares uma quantidade imensa de radiação.A explosão do reator e o subsequente incêndio infestaram a atmosfera com uma quantidade imensa de material radioativo, como isótopos de iodo, césio, estrôncio e plutônio. Espalhando-se por várias partes da Europa, a precipitação radioativa contaminou o solo, a vegetação e a água. Em muitos países, os níveis de material radioativo e radionuclídeos nos alimentos aumentaram até mil vezes imediatamente após a catástrofe. Essas substâncias podem causar severos danos internos, efeitos crônicos a longo prazo na saúde, sobretudo em crianças ou pessoas com sistemas imunológicos mais suscetíveis.Durante e após o acidente nuclear, o Brasil importou alimentos contaminados com a radiação de Chernobyl como parte do plano de reconstrução econômica pós-Golpe de 1964.<h2>O Plano Cruzado de Sarney</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/23/23141937877256.jpg" alt="José Sarney. (Fonte: Toda Matéria/Reprodução)">José Sarney. (Fonte: Toda Matéria/Reprodução)Na foi por acaso que 1980 foi denominada “a década perdida” no Brasil, rescaldo deixado pelo período chamado <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119824-milagre-economico-como-o-brasil-cresceu-na-ditadura-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">"milagre econômico" de Médici,</a> que aconteceu sob a aparelhagem da ditadura militar que se estabeleceu no país de 1964 a 1985.Na metade da década de 1970, o Brasil já estava no buraco com o plano ufanista de elevá-lo a um status irreal de potência mundial. Extremamente endividado, inadimplente e sobrevivendo de empréstimo externos, o país acumulava uma dívida de US$ 90 bilhões, tendo que lidar com produtos internos a preços vertiginosos de tão altos.Assim, uma onda de desemprego imensa travou a economia até 1990, quando o governo de José Sarney assumiu o posto e deu início ao processo de redemocratização do país.Em meados de 1986, como resposta ao quadro de hiperinflação que o Brasil enfrentava na época, com taxas extremamente elevadas que afetavam a vida das pessoas e a estabilidade econômica do país, a equipe de técnicos e economistas do governo composta por Dilson Funaro, Edmar Bacha e André Lara Resende criaram o denominado Plano Cruzado.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/23/23142144524258.jpg" alt="(Fonte: Cola da Web/Reprodução)">(Fonte: Cola da Web/Reprodução)O programa econômico visava combater essa hiperinflação por meio da introdução de medidas drásticas, como o congelamento de preços, o aumento do salário mínimo, e a criação de uma nova moeda para tentar estabilizar a economia e controlar a inflação. A princípio, a medida foi bem sucedida, proporcionando a primeira sensação de estabilidade econômica em anos, refletida em vários âmbitos da sociedade.Contudo, o Plano Cruzado começou a apresentar os primeiros sinais de desgaste ainda cedo, mostrando que o congelamento de preços levaria a uma inevitável escassez de produtos no mercado interno. Isso porque eles não conseguiam mais cobrir seus custos de produção com os preços fixos, gerando desabastecimento de produtos essenciais em larga escala.Em 25 de abril daquele mesmo ano, José Carlos Braga, então secretário especial de Abastecimento, disse que o governo também poderia importar produtos essenciais que faltassem no mercado.&nbsp;Foi assim que toneladas de alimentos irradiados chegaram ao Brasil.<h2>Desespero e negligência</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/23/23142942666265.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)A falta de conscientização inicial sobre o acidente de Chernobyl, dificuldades na rastreabilidade da origem dos produtos, e as mentiras criadas pelo governo soviético tornaram quase impossível que o Brasil ou qualquer outro país que costumava fazer importações alimentícias, como os Estados Unidos, impedissem que produtos contaminados aportassem em suas terras. O que fez esses alimentos contaminados chegarem à boca da população, no entanto, foram uma série de questões.Um dia após a explosão do reator 4 ter aberto um buraco no topo da usina nuclear de Chernobyl, a Companhia Brasileira de Alimentos (Cobal) divulgou um edital listando a compra de alimentos da Europa, incluindo 43 mil toneladas de leite em pó e 2,5 mil toneladas de manteiga.Dois meses depois, outro edital foi lançado especificando que os produtos poderiam ser importados da Europa, mas que deveria conter documentos oficiais que garantissem sua não contaminação por elementos radioativos. O carregamento deveria passar por uma análise minuciosa pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) nos portos brasileiros, responsável por determinar o que seria vetado ou não.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/23/23143234796268.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Na prática, isso não funcionou. Uma matéria publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo revelou que vários produtos contaminados adquiridos na Irlanda já estavam sendo comercializados para o Brasil, apesar dos altos índices de radiação.Um exame feito pelo Instituto de Radioproteção e Dosimetria (IRD), ligado à CNEN, indicou que 3 mil das 20 mil toneladas de leite em pó fornecidas ao governo por meio da empresa Ecotrading Comércio Exterior, sediada na Bahia, apresentavam um índice alarmante de césio-137. No entanto, o mesmo laudo pericial emitido pelo engenheiro químico Haroldo Lessa Peixoto de Azevedo e pelo engenheiro nuclear Luiz Fernando de Carvalho Conti, no qual constava a alta contaminação por radiação, também apontava que a carga era apropriada para consumo humano.<h2>30 anos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/23/23143332047269.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Estamos falando de um carregamento de leite em pó com níveis de radiação que ultrapassavam mais de mil vezes às médias obtidas pelo IRD desde 1979, se classificando também como a mais alta de diversos países do Hemisfério Norte.Mesmo assim, em entrevista ao Jornal da Bahia, em agosto daquele ano, quando a carga já havia chegado ao porto de Santos, em São Paulo –, os especialistas alegaram que permitiriam que seus filhos consumissem o produto porque aquela quantidade de radiação "era segura".Um mês depois, em 26 de setembro, a CNEN publicou uma resolução no Diário Oficial da União equiparando os limites de radioatividade permitidos nos alimentos importados aos padrões europeus. O órgão ainda ressaltou que o sistema vigente na Comunidade Econômica Europeia era o mais “restritivo e exigente dentre os existentes”.Essa medida permitiu que a carga da Ecotrading ganhasse as prateleiras dos supermercados, apesar de todos os questionamentos da comunidade científica. A população, ávida pelos produtos e limitada ao que ouvia, apenas agarrou a oportunidade de consumi-lo sem hesitar. Foi por pouco, inclusive, que não foram contaminadas com carne bovina e suína transportada dos EUA e da Europa.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/23/23143750831273.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Em outubro daquele ano, a CNEN atestou a contaminação de 7 mil toneladas das 100 mil toneladas da proteína, cuja importação foi autorizada pelo ministro da Fazenda, Dilson Funaro, por meio da Interbras, extinta estatal de comércio exterior vinculada à Petrobras. A carga foi proibida pelo governo e permaneceu estocada em frigoríficos da Companhia Brasileira de Armazenamento (Cibrazem), no município gaúcho de Canoas, a dezoito quilômetros de Porto Alegre.A carne radioativa permaneceu estocada por 20 anos, até que a Sola Indústrias Alimentícias, fábrica de enlatados, a recolheu em nome da Iaco Trading, que obtivera o estoque em leilão. Para disfarçar sua aparência de quase apodrecida, a carne foi transformada em charque e embutidos e exportada para o Caribe e países da África. O processo gerou cerca de US$ 1,5 milhão em receitas de exportação.Demorou 30 anos para que o governo brasileiro admitisse que os alimentos contaminados poderiam causar sérios danos à saúde das pessoas que entrassem em contato ou os consumissem.Não é possível rastrear o quanto a população foi afetada, apenas se chocar com seu estado de vulnerabilidade perante aos erros governamentais.</body>

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Brasil importou alimentos contaminados pela radiação de Chernobyl

Imagem de 7 países que usam o dólar americano como moeda oficial no megacurioso

Veja aqui algumas nações que abriram mão ou colocaram suas moedas oficiais em segundo plano para usar o dólar em diversas operações

<head></head><body>O <a href="https://www.megacurioso.com.br/feitos-absurdos/42268-10-milhoes-de-dolares-sao-encontrados-por-casal-americano-na-california.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dólar</a> é uma moeda mundialmente conhecida, sendo a mais importante quando se fala em ações na bolsa de valores e algumas outras transações comerciais. Porém, o que talvez muitos não saibam é que há alguns países que o utilizam de maneira oficial como primeira opção no comércio.Caso esteja curioso para saber quais são algumas dessas nações, basta prosseguir a leitura e encontrar respostas nas próximas linhas.<h2>1. Panamá</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;CAF/Reprodução&nbsp;" data-fonte-url="https://www.caf.com/media/3682081/panama-1.jpg?anchor=center&amp;mode=crop&amp;width=777&amp;height=437&amp;rnd=132901676710000000"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/17/17220503828002.jpg" alt="(Fonte: CAF)">(Fonte: CAF)O <a href="https://www.megacurioso.com.br/proxima-parada/62008-proxima-parada-panama-conheca-esse-paraiso-prospero-da-america-central.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Panamá</a> é um dos países que utilizam o dólar americano como moeda no câmbio 1:1. Desde 1903, um balboa (a moeda nacional da nação) equivale a US$ 1. Porém, atualmente o balboa não é mais impresso, fazendo com que o dinheiro dos Estados Unidos seja amplamente aceito em praticamente qualquer comércio local.<h2>2. El Salvador</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/17/17220401742001.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)El Salvador é outra nação que passou a usar o dólar norte-americano em suas transações. Desde 2001, habitantes locais e turistas podem recorrer à moeda dos Estados Unidos para fazer compras em diversos tipos de estabelecimento.<h2>3. Equador</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/17/17220557305003.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Desde o ano 2000, o Equador começou o processo de troca de moeda, deixando de lado o Sucre e adotando o dólar. Muito disso se deve pelo fato de que, em 1999, o dinheiro local havia alcançado o patamar mais alto de desvalorização: 60%.<h2>4. Bonaire</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/17/17220653635004.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)A ilha do Caribe que integra os territórios do Reino dos Países Baixos também é outra nação que passou a adotar o dólar norte-americano como moeda local. Além de oferecer um poder de compra mais estável para a população local, isso também facilitou as transações feitas por turistas que visitam o país.<h2>5. Timor-Leste</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/17/17221035081005.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Após conquistar sua independência em 2002, o Timor-Leste também passou a adotar o dólar americano como moeda oficial. Entretanto, quem visita o país ainda pode encontrar dinheiro local na forma de centavos de Timor-Leste em circulação no comércio local.<h2>6. Zimbábue</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/17/17221147864006.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Em 2015, o Zimbábue desistiu de emitir sua própria moeda por conta do processo de inflação e adotou o dólar americano como dinheiro local.&nbsp;Para se ter uma ideia do tamanho da desvalorização da moeda local, o El Pais revelou, em uma reportagem realizada em 2015, que 175 quadrilhões de dólares zimbabuanos eram o equivalente a US$ 5.Aliás, um dado curioso: o Zimbábue era um dos poucos países que chegou a emitir moedas de moedas com mais de 10 zeros, já que a troca para o dólar americano fez a <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/116008-achou-a-nota-de-r-200-alta-conheca-a-de-100-trilhoes-de-dolares.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">nota de 100.000.000.000.000 de dólares zimbabuanos</a> sair de circulação.<h2>7. Micronésia</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/17/17221332325007.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Outro país que utiliza o dólar americano como moeda local é a Micronésia. Este pequeno país da Oceania tem forte influência dos Estados Unidos, o que explica a adoção da moeda norte-americana no comércio local.Vale lembrar que, além dos países acima, outras cinco áreas incorporadas ao território norte-americano também utilizam o dólar de maneira oficial: Porto Rico, Guam, Ilhas Virgens dos Estados Unidos, Samoa Americana e Comunidade das Ilhas Marianas do Norte.<h2>Outros dólares pelo mundo</h2>Além dos Estados Unidos e dos países mencionados acima, também há países que adotaram um tipo próprio de dólar para as suas transações. Veja quais são eles a seguir:<ul><li>Austrália;</li><li>Singapura;</li><li>Canadá;</li><li>Hong Kong;</li><li>Jamaica;</li><li>Bahamas;</li><li>Barbados;</li><li>Belize;</li><li>Bermudas;</li><li>Brunei;</li><li>Ilhas Salomão;</li><li>Suriname;</li><li>Taiwan;</li><li>Ilhas Cayman;</li><li>Fiji;</li><li>Guiana;</li><li>Ilhas Cook;</li><li>Caribe;</li><li>Nova Zelândia.</li></ul></body>

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7 países que usam o dólar americano como moeda oficial

Imagem de Por que o Brasil não usa o dólar como moeda oficial? no megacurioso

Ao contrário do que acontece em outros países na América do Sul, governo brasileiro nunca optou por usar a moeda norte-americana em suas operações

<head></head><body>Ao longo dos anos, o Brasil sofreu diversas mudanças de câmbio até chegar ao real. Enquanto isso, países ao nosso redor optaram pelo dólar como moeda oficial, como foi o caso do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/126978-4-candidatos-a-presidencia-que-foram-assassinados-em-campanha.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Equador</a> durante o comando do presidente equatoriano Jamil Mahuad em 2000. El Salvador e Panamá são outros exemplos de nação que adotaram a dolarização de suas moedas.A Argentina, por sua vez, ainda utiliza o peso argentino como sua moeda oficial, mas também pratica o uso do dólar em diversos modelos de negócio. Então, qual o motivo do nosso país nunca ter seguido o mesmo caminho e ter passado a oferecer o dólar norte-americano como moeda oficial em seu mercado?<h2>Exceção internacional</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/18/18020118555034.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Ao contrário de diversas outras moedas, o real se provou ser uma exceção no mundo. Embora tenha sofrido forte desvalorização frente ao <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/116008-achou-a-nota-de-r-200-alta-conheca-a-de-100-trilhoes-de-dolares.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dólar norte-americano</a> nos últimos anos, a moeda brasileira conseguiu se recuperar um pouco nos últimos meses. Sobretudo durante a pandemia, estudos feitos pela Fundação Getulio Vargas (FGV), a pedido da BBC News Brasil, mostram que o cenário oscilou bastante.Entre 31 de janeiro de 2020 e 29 de janeiro de 2021, o real perdeu quase 22% de seu valor frente à moeda americana. Esse foi o pior desempenho entre as 30 moedas mais negociadas do mundo e junto do peso argentino. A partir de agosto, contudo, o problema foi sendo resolvido.O <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/126904-quem-era-a-pessoa-estampada-nas-antigas-notas-de-real.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">real</a> seguiu apresentando desvalorização de cerca de 5% frente ao dólar, mas estava prestes a se recuperar. Nos últimos meses de 2021, a moeda brasileira valorizou-se em 5,6% ante a moeda norte-americana. Isso mostra que o Brasil, apesar dos resultados não tão positivos em relação ao passado, conseguiu controlar o mercado.<h2>Efeitos da dolarização</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/18/18020136162037.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)O processo de dolarização de um país acontece quando uma nação abdica de ter sua própria moeda para utilizar o dólar norte-americano. Esse fenômeno se divide em dois tipos: o oficial e o informal. O primeiro é justamente o que aconteceu com o Equador, enquanto a segunda opção é marcada por países que ainda possuem sua própria moeda, mas o dólar é aceito pela população como moeda nas transações comerciais internas — caso da Argentina.&nbsp;A informalidade do dólar é comum quando a crise econômica afeta tanto um país que sua população passa a aceitar notas de dólar para fugir da desvalorização de sua própria moeda. Inclusive, o maior motivo da dolarização é porque essa é uma das moedas com mais aceitabilidade, conversibilidade e confiabilidade no mundo.O motivo de um país adotar o dólar é justamente a necessidade de conter a inflação. Quando a moeda norte-americana é adotada como moeda oficial, esse país invariavelmente obterá taxas de inflação próximas da taxa americana. Contudo, dolarizar a economia também significa perda de autonomia financeira e também um processo extremo e irreversível.Logo, a opção do governo brasileiro de se manter firme com o real tem mostrado que a moeda brasileira ainda é capaz de operar forte no mercado internacional sem prejudicar o desempenho financeiro do país. Além disso, cabe aos próximos governos encontrarem outras maneiras de controlar a inflação.&nbsp;</body>

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Por que o Brasil não usa o dólar como moeda oficial?

Imagem de Por que a Argentina usa 6 tipos de dólares diferentes? no megacurioso

Entenda como funciona o sistema monetário dos argentinos e qual a diferença entre todas as moedas utilizadas no país

<head></head><body>Em meio a uma forte crise econômica, o Banco Central da Argentina (BCRA) recentemente anunciou uma desvalorização de 18% do peso, o que também provocou uma alta de 22% na cotação do dólar "oficial" no país. Isso é um grande impacto financeiro para os hermanos, que já possuem uma das maiores taxas de inflação no mundo todo — ultrapassando a casa dos 115% ao ano.O objetivo dessa desvalorização abrupta do peso, segundo especialistas, é deixar o câmbio praticado pelo governo um pouco mais parecido aos seis diferentes tipos de dólar que a <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/110808-12-fatos-que-talvez-voce-nao-conheca-sobre-a-argentina.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Argentina</a> utiliza. E como tudo isso funciona? Para explicar essa situação, nós nos aprofundaremos no sistema monetário argentino.<h2>1. Dólar poupança</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/18/18005213658009.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Na Argentina, o dólar é usado como referência de preços e também como uma moeda de poupança. Embora o BCRA estabeleça um valor para o dólar poupança, pessoas comuns não são capazes de acessar a moeda norte-americana pelo valor tabelado. Então, todo argentino que deseja comprar dólares precisará pagar uma sobretaxa de 75% em cima do valor.Porém, o problema não para por aí. Só é possível comprar um máximo de US$ 200 dólares por mês e apenas se atenderem a uma série de requisitos que exclui boa parte da população. Por esse motivo, muitos argentinos utilizam um mercado ilegal para comprar a moeda ou exigem que turistas comprem produtos usando dólares.<h2>2. Dólar 'blue'</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/18/18005231258012.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)O dólar comprado fora dos meios oficiais na Argentina também é chamado de "blue". Inclusive, essa é a forma mais comum de acesso à moeda norte-americana além dos limites estabelecidos pelo governo. Essa moeda segue a lógica de oferta e demanda, tornando-se a maior referência para o dólar no país.Porém, por ser regido pelas leis do mercado, o dólar blue corre maior risco de disparar abruptamente. Quando isso acontece, maior é a pressão dentro do país para a desvalorização do peso.<h2>3. Dólar cartão</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/18/18005248931014.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Esse tipo de dólar é o nome dado para quem usa <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121966-o-modelo-de-pagamento-com-cartao-de-credito-surgiu-ha-5-mil-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cartões de crédito</a> no pagamento de serviços em dólares ou pequenos gastos no exterior. Sua cotação é igual a do dólar poupança, mas com acréscimo de 75% de encargos. Contudo, especialistas garantem que esse esquema só vale a pena quando as despesas são menores que US$ 300.<h2>4. Dólar turista</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/18/18005320771016.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)O dólar turista, ou "Catar", é a cotação da moeda norte-americana usada para argentinos que viajarão para o exterior e gastarão mais de US$ 300 — sofrendo alíquota de imposto de 100%. Essa política foi anunciada um pouco antes do início da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123542-copa-do-mundo-2022-catar-acumula-polemicas-com-imigrantes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Copa do Mundo de 2022</a> e recebeu o apelido de "Catar" devido ao título conquistado pela seleção de Messi e companhia.<h2>5. Dólar bolsa</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/18/18005340311018.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Para quem não quer comprar dólares no sistema informal, uma das alternativas existentes na Argentina é o dólar bolsa, montado pela compra e venda de títulos financeiros e ações. Essa ação, contudo, exige intermédio de uma corretora de valores.Para entrar nesse meio, é preciso adquirir títulos na bolsa cotados tanto em peso argentino quando em dólar americano. Então, esses títulos serão vendidos no exterior. Vale ressaltar, no entanto, que a quantia recebida no fim da operação corre risco de ser taxada pela regulamentação local.<h2>6. Dólar CCL</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/18/18005442723019.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)O sexto e último tipo de dólar usado na Argentina é o dólar "contado com liquidação" (CCL), que nada mais é do que uma ferramenta financeira para trocar pesos por dólares no exterior. Para muitas empresas e investidores, essa é a melhor forma de adquirir moeda estrangeira legalmente.Porém, pessoas que desejam obter o dólar CCL precisam ter uma conta no exterior — o que faz ele não ser comum entre o argentino médio.</body>

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Por que a Argentina usa 6 tipos de dólares diferentes?

Imagem de "Empregos de garotas preguiçosas": conheça os modos de trabalho crescendo entre a geração Z no megacurioso

A ideia dos chamados 'lazy girl jobs' é falar de empregos em que se ganha muito e se trabalha pouco

Um novo movimento do mundo do trabalho est&aacute; se popularizando nas redes sociais: depois da <a href="http://O%20que%20%C3%A9%20a%20'demiss%C3%A3o%20silenciosa'%20e%20o%20que%20ela%20pode%20causar" rel="noopener noreferrer" target="_blank">"demiss&atilde;o silenciosa"</a>, surgem os&nbsp;"lazy girl jobs" (em portugu&ecirc;s, algo como "empregos de garotas pregui&ccedil;osas"). Nos v&iacute;deos agregados pela hashtag #lazygirljobs, pessoas (principalmente mulheres) mostram seus trabalhos pouco estressantes, mas bem pagos e realizados quase sempre de forma remota.
A moda come&ccedil;ou a pegar quando uma TikToker chamada Gabrielle Judge publicou um v&iacute;deo dizendo que havia v&aacute;rios empregos dispon&iacute;veis no mercado e que era poss&iacute;vel ganhar cerca de US$ 80 mil por ano sem trabalhar muito.
<h2>O conceito por tr&aacute;s dos "lazy girl jobs"</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/05/05102220046007.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
A discuss&atilde;o em torno desses empregos se associa ao "movimento <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122106-antitrabalho-conheca-o-movimento-que-nao-para-de-crescer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">antitrabalho</a>", que tem ganhado cada vez mais for&ccedil;a na internet. Quem fala sobre isso critica a cultura do excesso de trabalho, que na maior parte das vezes traz muito mais lucros aos empregadores do que aos trabalhadores.
Um tema envolvido neste debate &eacute; a ideia de que os funcion&aacute;rios de uma empresa precisam estabelecer limites mais claros sobre o quanto eles v&atilde;o se dedicar em suas rotinas. N&atilde;o por acaso, em 2022 um movimento que se tornou bem popular foi o da "demiss&atilde;o silenciosa", que diz respeito a entregar apenas aquilo que foi acordado dentro do hor&aacute;rio definido, sem ir al&eacute;m.
O que transparece por tr&aacute;s dos "lazy girl jobs" &eacute; uma sensa&ccedil;&atilde;o coletiva de esgotamento e de des&acirc;nimo em rela&ccedil;&atilde;o ao funcionamento das jornadas trabalhistas, al&eacute;m da cobran&ccedil;a de que todos precisam ser constantemente produtivos &ndash; at&eacute; mesmo quando n&atilde;o est&atilde;o trabalhando.
Gabrielle Judge, tida como a criadora da express&atilde;o, diz que elaborou o termo de uma forma debochada para provar um ponto: que defender um equil&iacute;brio entre a vida profissional e pessoal costuma ser visto como algo pregui&ccedil;oso.
<h2>A repercuss&atilde;o da ideia na gera&ccedil;&atilde;o Z</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/05/05102203066004.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
A populariza&ccedil;&atilde;o do conceito tem tamb&eacute;m se associado com as demandas expressas pela gera&ccedil;&atilde;o Z, que se sente constantemente inadequada aos padr&otilde;es de sucesso pessoal e profissional que foram estabelecidos para ela. De acordo com Suzy Welch, professora da NYU Stern School of Business, a trend do TikTok fala muito sobre quest&otilde;es relativas a esses jovens, como o medo da ansiedade.
Em entrevista ao Squawk Box da CNBC, Welch declarou que a tend&ecirc;ncia viral n&atilde;o diz respeito &agrave; pregui&ccedil;a, mas sim sobre o "forte desejo da <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/126883-geracao-z-esta-bebendo-cada-vez-menos-diz-pesquisa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Gera&ccedil;&atilde;o Z</a> de evitar a ansiedade a qualquer custo". De forma cr&iacute;tica, ela tamb&eacute;m credita este anseio &agrave; exist&ecirc;ncia de pais superprotetores, que teriam criado "um bando de 20 e poucos anos que nunca teve que tomar decis&otilde;es dif&iacute;ceis ou fazer coisas muito dif&iacute;ceis. Quando eles come&ccedil;am a sentir isso, eles ficam, tipo,'eu quero fugir!'".
Contudo, h&aacute; muita gente vendo esse movimento de forma bem mais positiva. &Eacute; o caso Danielle Roberts, que se autodenomina uma &ldquo;coach anticarreira&rdquo;. Segundo ela, essas tend&ecirc;ncias <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/123317-qual-e-a-relacao-entre-a-demissao-silenciosa-e-o-antitrabalho.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">antitrabalho</a> t&ecirc;m gerado uma esp&eacute;cie de revolu&ccedil;&atilde;o dos trabalhadores que n&atilde;o aceitam mais os modelos que existem, uma vez que eles n&atilde;o contemplam as suas necessidades.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/09/fonte-getty-images-09160033077275.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
"As pessoas est&atilde;o gastando muitas horas por dia fazendo algo que as esgota e n&atilde;o necessariamente melhora sua qualidade de vida. E, em vez de chamar as pessoas que est&atilde;o se desfazendo desse sistema de pregui&ccedil;osas e dizer a elas que elas s&oacute; precisam trabalhar mais, precisamos falar sobre por que &eacute; uma tend&ecirc;ncia em primeiro lugar e ir um n&iacute;vel mais profundo", declarou Roberts.
Ela ainda complementa com um ponto interessante: o de que haveria um erro na defesa de um equil&iacute;brio entre vida e trabalho, pois sup&otilde;e que "viver demais" significaria ser um mau trabalhador. "Vimos que a semana de trabalho de 40 horas est&aacute; ultrapassada. Podemos produzir a mesma quantidade de trabalho, se n&atilde;o mais, em uma fra&ccedil;&atilde;o do tempo. Portanto, querer nos manter presos em cadeiras, e n&atilde;o apenas por 40 horas, mas por mais de 40 horas, &eacute; apenas um meio de controle. Se voc&ecirc; os contratou, deve confiar em seus funcion&aacute;rios para fazer seu trabalho e faz&ecirc;-lo bem", opina.

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'Empregos de garotas preguiçosas': conheça o modo de trabalho crescendo entre a geração Z

Imagem de 90% dos trabalhadores brasileiros ganham menos de R$ 3,5 mil por mês no megacurioso

Em um país onde o IBGE consegue definir muito bem quem são os 90% mais pobres, não há uma estratificação clara dos 1% mais ricos

<head></head><body>Um tweet publicado no domingo (6), com mais de 1,1 milhão de visualizações, trouxe à tona uma realidade antiga, mas sempre presente: <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121559-projeto-quer-diminuir-a-pobreza-da-maneira-mais-simples-distribuindo-renda.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a desigualdade social no Brasil.</a> Com base em dados da Pnad Contínua – Rendimento de todas as fontes 2019, do IBGE, o site CHOQUEI destaca a informação de que 90% dos brasileiros tinham renda inferior a R$ 3.422 no período analisado.Mas a coisa não para por aí: do lado oposto da pirâmide, ou seja, naquele pequeno topo de 1% onde ficam os chamados ricos, o “ponto de corte” estava na época do levantamento em R$ 28.659. Já naquela base dos 90% que ganham menos de R$ 3.422, 70% do total eram constituídos de pessoas que ganhavam até dois salários mínimos, ou R$ 1.871 na época.Dessa forma, embora a base da pirâmide esteja bem definida, há um problema com aquele grupo dos 1% mais ricos. Ali, o IBGE junta desde profissionais liberais, como advogados e engenheiros, até a elite do funcionalismo público, aí incluídas autoridades como promotores, procuradores, auditores e políticos em geral. Mas <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122264-6-das-pessoas-mais-ricas-que-ja-pisaram-na-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o IBGE deixe de lado a riqueza na forma de grandes fortunas herdadas</a>, que, aliás, são sempre subestimadas nos recenseamentos.<blockquote class="twitter-tweet">??ATENÇÃO: 90% dos brasileiros ganham menos de R$ 3,5 mil no trabalho. <a href="https://t.co/jjJ4CSSY7P">pic.twitter.com/jjJ4CSSY7P</a>— CHOQUEI (@choquei) <a href="https://twitter.com/choquei/status/1688227426650800128?ref_src=twsrc%5Etfw">August 6, 2023</a></blockquote><h2>Será que todos que estão no topo da pirâmide são ricos?</h2>Embora para os 90% dos que vivem abaixo da linha de R$ 3.422 seja fácil compreender o que é ser pobre, pois eles sabem por experiência própria, é difícil definir o que é ser rico, pois essa noção acaba sendo subjetiva. Será que é ter dinheiro o bastante para parar de trabalhar? Ou ter carro importado? Na falta de um consenso acadêmico, <a href="https://www.megacurioso.com.br/personalidades/101181-ostentacao-as-20-celebridades-mais-ricas-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">muita gente associa riqueza a ostentação.</a>De acordo com o sociólogo e pesquisador do Ipea, Pedro Ferreira de Souza, apesar de o IBGE conseguir estratificar muito bem os 90% mais pobres da população, "nos 10% mais ricos, quanto mais para cima, maior a subestimação", afirma ele à BBC News Brasil.&nbsp;Assim, nesse clubinho dos que ganham mais do que R$ 28 mil, o Pnad acaba colocando em mesmo compartimento profissionais bem remunerados e alguns bilionários super-ricos.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/07/07214943945010.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)<h2>Por que é importante conhecer o topo da pirâmide?</h2>Para o Brasil que, <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/125571-censo-2022-8-revelacoes-sobre-a-populacao-brasileira.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">em torno de desigualdade social,</a> está no mesmo patamar de Lesoto, Botsuana, Moçambique e África do Sul, é importantíssimo conhecer o topo da pirâmide social por dois motivos, diz Souza.&nbsp;Primeiramente, porque quando um pequeno percentual da população concentra grande parte dos recursos, ela tende a "usar todos os meios possíveis <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124981-religiao-e-usada-para-barrar-liberdade-e-democracia-segundo-estudos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">para converter o poder econômico em influência política</a> e, assim, conseguir enriquecer ainda mais".Segundo, porque é preciso saber onde o dinheiro está em tese "sobrando" para melhora a qualidade de vida dos mais pobres. Não se trata de confisco, diz o sociólogo, "mas do padrão de Estados Unidos e Europa: tributar onde tem mais dinheiro concentrado e gastar onde tem mais necessidades", conclui.</body>

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90% dos trabalhadores brasileiros ganham menos de R$ 3,5 mil por mês

Imagem de Quem era a pessoa estampada nas antigas notas de real? no megacurioso

Neste texto, revelamos a pessoa misteriosa retratada na nossa moeda

O Brasil j&aacute; mudou de moedas algumas vezes. Por isso, quem tem um pouco mais de idade pode lembrar de ter usado diferentes c&eacute;dulas ao longo da vida.&nbsp;Mas ainda h&aacute; quem se pergunte quem &eacute; aquela misteriosa figura que aparece nas c&eacute;dulas do real, moeda corrente no pa&iacute;s desde o ano de 1994.
<ul>
<li>Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122838-para-onde-foi-todo-o-dinheiro-em-papel-do-brasil.htm" target="_blank" rel="sponsored">Para onde foi todo o dinheiro em papel do Brasil?</a></li>
</ul>
<h2>As especula&ccedil;&otilde;es</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/01/01162309609334.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
O Plano Real foi institu&iacute;do no Brasil no ano de 1994, &eacute;poca em que o pa&iacute;s ainda enfrentava uma infla&ccedil;&atilde;o gigantesca. A ideia deste plano foi elaborada pela equipe do ent&atilde;o ministro da fazenda <a href="https://www.megacurioso.com.br/drogas-e-novos-medicamentos/75397-contra-ou-a-favor-ministro-do-stf-fala-sobre-descriminalizacao-da-maconha.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Fernando Henrique Cardoso</a>, e transformava o valor de 2.750 cruzeiros em 1 &uacute;nico real.&nbsp;
A estrat&eacute;gia visava revitalizar a economia do pa&iacute;s e controlar a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/124429-o-pior-caso-de-hiperinflacao-da-historia.htm#:~:text=A%20partir%20de%201946%2C%20a,9%20quatrilh%C3%B5es%2C%20para%20facilitar)." rel="noopener noreferrer" target="_blank">infla&ccedil;&atilde;o</a> &ndash; o que, de fato, aconteceu. Em parte por conta do sucesso da mudan&ccedil;a, Fernando Henrique Cardoso acabou eleito e reeleito presidente do Brasil em seguida, e o plano econ&ocirc;mico estabelecido por ele continua vigente at&eacute; hoje.
Logo, com o surgimento das novas <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122930-o-conceito-por-tras-dessas-6-cedulas-de-papel-moeda.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">c&eacute;dulas</a>, surgiram algumas especula&ccedil;&otilde;es sobre quem estaria representado na intrigante figura das notas de real. Entre as suposi&ccedil;&otilde;es, estaria a de que a inspira&ccedil;&atilde;o poderia ter vindo de mulheres revolucion&aacute;rias que lutaram pelo direito ao voto.
O desenho, na verdade, foi feito pelo designer Benedicto Rodrigues nos anos 1970. Havia ainda o rumor de que sua musa inspiradora para o desenho teria sido a atriz T&ocirc;nia Carrero. Rodrigues nunca confirmou essa vers&atilde;o, mas seus parentes disseram que havia sim uma influ&ecirc;ncia.
<h2>A identidade "real" da figura nas c&eacute;dulas</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/01/01162245896332.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Mas h&aacute; uma resposta definitiva para o mist&eacute;rio. O desenho trata de uma ef&iacute;gie&nbsp;(nome dado a uma representa&ccedil;&atilde;o de uma pessoa numa moeda, pintura ou escultura, geralmente feita a partir de algu&eacute;m que j&aacute; morreu) e&nbsp;foi criada a partir de uma escultura grega de nome Marianne, que foi feita durante a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120949-5-enganos-historicos-sobre-a-revolucao-francesa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Revolu&ccedil;&atilde;o Francesa</a>, no s&eacute;culo XVIII.
Na verdade, Marianne &eacute; o nome dado &agrave; escultura por soldados franceses da &eacute;poca, mesclando dois nomes populares: Marie e Anne. A est&aacute;tua foi vista desde ent&atilde;o como um dos principais s&iacute;mbolos da liberdade pelos movimentos republicanos.
Quando o Plano Real foi lan&ccedil;ado, o Brasil h&aacute; havia convivido com cinco moedas diferentes no per&iacute;odo de apenas 10 anos. Por isso, o Banco Central teve a ideia de lan&ccedil;ar uma c&eacute;dula ilustrada que agradasse a todos e que n&atilde;o fosse mais mudada. Assim, resolveu-se adotar a figura da ef&iacute;gie francesa.
Diferente de outros pa&iacute;ses, como os Estados Unidos (cujas c&eacute;dulas figuram imagens de ex-presidentes), aqui o nosso dinheiro era ilustrado pela figura de uma mulher com louros na cabe&ccedil;a. O louro, vale lembrar, &eacute; uma planta associada &agrave; riqueza e &agrave; abund&acirc;ncia.
E se voc&ecirc; prestar aten&ccedil;&atilde;o, ver&aacute; que, al&eacute;m da coroa de louros, a mulher usa uma esp&eacute;cie de touca na cabe&ccedil;a. &Eacute; tamb&eacute;m um elemento simb&oacute;lico: trata-se do barrete fr&iacute;gio (da Fr&iacute;gia, na atual Turquia), outro s&iacute;mbolo republicano.
H&aacute; ainda quem diga que o rosto da ef&iacute;gie tem inspira&ccedil;&atilde;o indireta na pintura "A Liberdade Guiando o Povo", feita em 1830 pelo artista Eug&egrave;ne Delacroix, que &eacute; provavelmente a imagem mais fortemente ligada &agrave; Revolu&ccedil;&atilde;o Francesa.

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Quem é a pessoa estampada nas notas de real?

Imagem de Por que imóveis minúsculos estão tão populares nas grandes cidades? no megacurioso

O número de imóveis com apenas 16 m² na cidade de São Paulo é superior a 16 mil unidades. Em 2016, eram apenas 461

<head></head><body>A capital paulista tem quase 12 milhões de habitantes, segundo o Censo 2022. Encontrar um espaço nessa concorrida cidade não é tarefa fácil. Por isso, não é estranho que tenha surgido nessa metrópole uma tendência que divide opiniões: os chamados “microapartamentos”.Antigamente, esses espaços eram mais conhecidos como “quitinetes”, uma versão abrasileirada do termo em inglês kitchenette, que pode ser traduzido como “pequena cozinha”. As quitinetes são por definição espaços de apenas um cômodo, que unem cozinha, quarto e espaço de convivência — tudo isso com até 50 m2.Mas 50 m2 é mais do que três vezes o tamanho dos microapartamentos, que têm em média 16 m2. Em 2016, a cidade de São Paulo tinha 461 unidades com essa metragem. Em 2022, os microapartamentos já eram 16.261, segundo dados do Secovi-SP.<h2>Minúsculos e caros</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/21/21114816353165.jpg" alt="Planta de um microapartamento considerado maior, com 28m² Divulgação: Ideia Zarvos">Planta de um microapartamento considerado maior, com 28m² Divulgação: Ideia ZarvosTalvez, você esteja pensando que essas opções de moradia podem ter seu lado positivo. Por serem imóveis tão pequenos, os preços devem ser atrativos, não é? Ledo engano.Os microapartamentos paulistanos ficam em áreas nobres da cidade, próximos às estações de transporte público, de comércios, de áreas empresariais e de lazer. Em tese, o morador teria que se deslocar pouco e essa seria uma vantagem competitiva que justificaria os altos preços de compra e de aluguel.O preço médio das unidades é de R$ 14 mil por metro quadrado, o que faz com que esses imóveis não saiam por menos de R$ 200 mil. Contudo, o foco dos proprietários não é ganhar dinheiro com a venda das unidades, mas com a locação. Morar em um apartamento tão pequeno custa mais de R$ 2300 por mês, sem o condomínio e as taxas, é claro.A ideia dos microapartamentos foi aprovada no Plano Diretor da Cidade. Esse plano é um conjunto de regras que tem como meta direcionar as construções de um município, com o objetivo de evitar o caos urbano com o trânsito e a falta de acesso a serviços públicos, por exemplo.A ideia era que a oferta de imóveis pequenos em regiões próximas ao centro traria os trabalhadores para a região, contribuindo para o acesso à moradia da população a preços populares e evitando que elas precisassem perder tempo no trânsito.No entanto, devido à especulação imobiliária, o efeito não foi o desejado, criando unidades caras, cujo foco foi a locação.Reportagem da revista Veja São Paulo listou os bairros que mais contam com esse tipo de imóveis:<ul><li>Pinheiros,&nbsp;</li><li>Perdizes;&nbsp;</li><li>Vila Clementino;&nbsp;</li><li>Campo Belo;</li><li>Vila Mariana;&nbsp;</li><li>Bela Vista;</li><li>República;&nbsp;</li><li>Jardim Paulista;&nbsp;</li><li>Vila Olímpia;</li><li>Itaim Bibi.</li></ul><h2>Realidade em muitas capitais brasileiras</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/21/21120222233185.jpg" alt="Fonte: Getty Images">Fonte: Getty ImagesVerdade seja dita: os microapartamentos n<a href="https://www.megacurioso.com.br/arquitetura-e-engenharia/99955-conheca-9-das-casas-mais-estreitas-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ão são uma tendência apenas em São Paulo</a>. Todavia, fora da capital paulista, eles parecem oferecer mais vantagens financeiras aos consumidores.Um estudo feito pela empresa Quinto Andar mostra que os preços com locação em microapartamentos podem ser até 50% menor em cidades como Belo Horizonte e Fortaleza e 20% menor em Curitiba. O estudo analisou sete capitais brasileiras.<h2>Especulação imobiliária encarece imóveis até em países ricos</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Reprodução: Japão Real&nbsp;" data-fonte-url="https://i0.wp.com/japaoreal.com/wp-content/uploads/2022/10/microapartamento-no-japao-tokyo-tendencia-jovens_optimized.jpg?w=650&amp;ssl=1"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/21/21120320951186.jpg" alt="Microapartamento japonês de 9m2 Reprodução: Japão Real">Microapartamento japonês de 9m2 Reprodução: Japão RealÉ possível que você esteja pensando que o alto preço dos imóveis para compra seja um problema exclusivo do Brasil ou de países em desenvolvimento. Não é.Em Londres, por exemplo, a situação pode ser até pior. Uma reportagem do jornal alemão DW mostra que os ingleses estão morando em bairros cada vez mais distantes, em imóveis antigos e frios, pagando cada vez mais caro por isso. Além disso, os proprietários pedem até seis meses de aluguel adiantado e cobrem até mesmo para os que as pessoas visitem os que pretendem locar.Essa situação fez com que o número de adultos britânicos que moram com os pais aumentasse. Hoje, são 700 mil a mais do que eram há 10 anos, chegando a quase quatro milhões de indivíduos.Em Portugal, a dificuldade em encontrar imóveis para morar também existe e é apontada como um dos principais desafios enfrentados pelos imigrantes brasileiros.Na Ásia, <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/123322-por-que-os-japoneses-estao-vivendo-em-apartamentos-de-ate-8-m.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a situação se repete nos grandes centros</a>, sendo que viver em cibercafés se tornou uma situação comum em Tóquio.De acordo com dados do Ministério da Integração Nacional e do Desenvolvimento Regional de 2019, o déficit de moradias no Brasil é de 5,8 milhões de unidades.Um dos principais desafios desse cenário é justamente o preço dos aluguéis, pois mais de três milhões de casas estavam vazias, aguardando inquilinos.&nbsp;Se estivessem locadas, o déficit de moradias seria quase 50% menor.</body>

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