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Cada vez estamos menos propensos a assistir a filmes sem interrupções, tal como ocorre nas salas de cinema

<head></head><body>Responda rápido: onde você mais assiste a filmes? Se você respondeu "na sala do cinema", saiba que você é uma exceção. E caso você veja seus filmes em casa, é bastante provável que você não saiba mais como desfrutar de uma experiência fílmica de verdade.Segundo pesquisa do Instituto Gallup, os norte-americanos viram em média 1 filme no cinema em 2021 (a maioria deles foi ver <a href="https://www.megacurioso.com.br/quadrinhos/44416-10-curiosidades-sobre-o-homem-aranha.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Homem-Aranha</a>). No resto do tempo, estas pessoas — e a nossa realidade não é tão diferente assim — viram filmes, mas em casa: nas suas TVs, tablets e smartphones. E esta é uma experiência completamente diferente da de se estar em uma sala fechada, sem qualquer interferência, enquanto um filme se “impõe” aos nossos olhos.<h2>As novas formas de acessar o cinema</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/11/11085423269092.jpg" alt="(Fonte: Pexels)">(Fonte: Pexels)Você pode estar pensando: mas qual a diferença entre ver um filme no celular ou numa <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120856-a-dura-batalha-pela-sobrevivencia-das-salas-de-cinema.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sala de cinema</a>? O filme não é o mesmo? Não, segundo os <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/110884-semana-oscar-decore-sua-casa-com-os-melhores-acessorios-para-cinefilos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cinéfilos</a>. Estar em um cinema é estar imerso nos diversos estímulos trazidos por uma película, o que inclui a qualidade de imagem e do som, o tamanho da tela, a escuridão envolvente, etc.Mas, acima de tudo, o ambiente do cinema desencoraja que se pause o filme para fazer outras coisas. Tente lembrar como é a nossa experiência atualmente: enquanto assistimos a um filme e achamos o rosto da atriz conhecido, já pegamos o celular para acessar o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121979-5-funcoes-do-google-que-voce-provavelmente-nao-conhecia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Google</a> e ver que outros filmes ela fez.Se perdemos uma fala, voltamos a cena no botão rewind. Enquanto isso, nosso celular fica pipocando com atualizações. De vez em quando, paramos para ir ao banheiro, ou para atender o filho chorando, o cachorro latindo, dentre outras distrações.Assistir a filmes em casa, portanto, é menos se envolver com ele e mais se envolver com outras coisas que acontecem ao mesmo tempo. Embora as plataformas de <a href="https://www.tecmundo.com.br/streaming" rel="noopener noreferrer" target="_blank">streaming</a> não divulguem o dado de quantas vezes os filmes são pausados enquanto são rodados pelos usuários, certamente este seria um número bem alto.<h2>Por que isto é ruim?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/11/11085544488093.jpg" alt="(Fonte: Pexels)">(Fonte: Pexels)A questão aqui vai além de escolher o suporte (TV, celular ou cinema) em que consumiremos um filme. Ela expressa a ideia de que a nossa indisposição para assistir a uma história inteira está conectada ao aumento da ansiedade que nos aflige.Esta ansiedade pode ser observada também a partir de outro fenômeno: o das pessoas que veem filmes e séries acelerando a velocidade da película. Isto nos leva a uma perda significativa da experiência artística, pois se vemos um filme pensando no tempo que ele leva, não teremos a possibilidade de desfrutar tudo o que ele nos oferece.Quando se acelera a narrativa, o efeito é no cérebro, conforme esclarecem os especialistas. No caso de um produto cinematográfico, perde-se a essência desta arte. "Eu sei que o homem de ferro morre, mas ver o homem de ferro morrendo é outra coisa. E a nossa sociedade está muito centrada no volume do que se consegue absorver", opinou o cineasta e professor Alexandre Rafael Garcia, em entrevista à BBC.Se ainda assim tudo isso não parece assim tão importante, vale lembrar que esta ansiedade generalizada vai muito além do consumo do entretenimento, e se reflete em muitas áreas da vida. O neurocientista Marcelo de Meira Santos Lima explica que não há ainda muitos estudos sobre como experiências como o speed watching podem impactar o cérebro a longo prazo, mas acredita que logo saberemos mais sobre estes efeitos – especialmente sobre as sinapses.Mas, pelo que já sabemos, dá para dizer que “desligar-se” do mundo externo para assistir a um filme pode ser um bom exercício para a mente.</body>

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Será que desaprendemos a ir ao cinema?

Imagem de Miyake Jima: a ilha onde os habitantes precisam usar máscaras de gás no megacurioso

Ninguém pode viver na ilha sem usar o dispositivo a todo momento ou se submeter a exames de saúde regulares instituídos como lei pelo governo japonês

<head></head><body>Na ilha de Miyake Jima, localizada no sudoeste de Honshu, no Japão, com uma área de mais de 55 mil quilômetros quadrados, os habitantes vivem quase a realidade distópica que os filmes retratam desde 2014 e que os cientistas têm alertado frequentemente, em caso de uma explosão no <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121264-aquecimento-global-e-efeito-estufa-qual-e-a-diferenca-entre-eles.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">aquecimento global</a> ou um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119983-holocausto-nuclear-como-seria-a-aniquilacao-da-civilizacao-humana.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">apocalipse nuclear</a> –, quando teremos que andar com máscaras de gás.Ainda que não seja por nenhum dos motivos listados acima, o que acontece na ilha é, no mínimo, perturbador, e isso adquiriu um aspecto ainda mais marcante durante a década de 1960, quando o próprio Japão ainda vivia à sombra do fantasma deixado pelas bombas de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119302-taramae-e-matsuo-duas-sobreviventes-de-hiroshima-e-nagasaki.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Hiroshima e Nagakasaki</a>, e a tensão causada pela <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120180-quando-o-mundo-quase-entrou-numa-guerra-nuclear-em-1983.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Guerra Fria</a>, que poderia maximizar o que aconteceu em 1945 nas duas cidades japonesas em proporções homéricas.Antes de Miyake Jima se tornar uma versão real de Silent Hill, a ilha era um local calmo e bonito à sombra do Monte Oyama, um vulcão ativo de 1.252 metros de altura, que entrou várias vezes em erupção nos últimos 500 anos.<h2>Um lugar perigoso</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/12/12100442203067.jpg" alt="(Fonte: Take off with Natarajan/Reprodução)">(Fonte: Take off with Natarajan/Reprodução)A ilha de Miyake Jima inteira é um estratovulcão, considerado os maiores <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119674-como-os-vulcoes-sao-formados.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vulcões</a> da Terra e também o mais mortífero, podendo atingir 100 km de extensão, conhecido por sua atividade longa, sua pequena cratera, e flancos íngremes formados pelo magma extravasado durante suas erupções.A imprevisibilidade típica da sua classificação, fez o Monte Oyama causar a morte de 11 pessoas durante erupções que aconteceram entre 1962 e 1983. Sua atividade não só é símbolo de medo devido ao seu tamanho, quanto é considerada mortal por vomitar dióxido de enxofre para os céus em abundância.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/12/12100647500069.jpg" alt="(Fonte: Trek Zone/Reprodução)">(Fonte: Trek Zone/Reprodução)Em agosto de 2000, o vulcão forçou a evacuação em massa de mais de 2 mil habitantes da ilha para abrigos locais, superando a erupção de 1983, que causou morte e pânico, considerada a mais forte desde então. Para quem vive nas redondezas, sempre que os alarmes da cidade soam, indicando um nível danoso na qualidade do ar devido aos gases tóxicos, as pessoas precisam colocar suas máscaras de gás.A situação atingiu um nível tão grave que as pessoas só conseguiram voltar para casa em 2005 após o acontecido daquele ano, sendo que os voos permaneceram interrompidos por 8 anos na área, porque os altos níveis de enxofre tornaram a região perigosa demais para viver.<h2>Uma realidade diferente</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/12/12100808625070.jpg" alt="(Fonte: Tioga County Vacation Rentals/Reprodução)">(Fonte: Tioga County Vacation Rentals/Reprodução)Aqueles que voltaram para suas casas na ilha em 2005, foram obrigados a carregar o tempo todo uma máscara de gás, como parte da lei instaurada pelo governo japonês, submetendo também todos os habitantes a exames regulares de saúde como uma espécie de "visto anual" se quisessem permanecer legalmente.Apesar das máscaras e outras medidas de segurança, um terço da ilha segue completamente fora dos limites humanos, porque as condições do ar acabariam com a vida de qualquer um em poucos meses. Além disso, a área é também considerada perigosa em caso de uma erupção repentina.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/12/12101000515071.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodução)">(Fonte: Pinterest/Reprodução)Essa realidade à parte do mundo, criou uma imagem praticamente mal-assombrada de Miyake Jima, principalmente quando a mídia cunhou o termo "ilha da máscara de gás", como se lá fosse um local onde a humanidade falhou e fosse obrigada a viver naquelas condições. Na verdade, ainda que possa parecer meio perturbador crianças, adultos e idosos andando pelas ruas vestindo um equipamento que causa calafrios em qualquer um por estar associado a um evento catastrófico, essas pessoas são normais e vivem uma vida normal.Elas estão lá porque nasceram lá e escolheram habitar uma ilha com um conjunto de regras estritas e estranhas devido a uma ameaça geológica. E, muito embora isso resulte em fotos que evocam uma aparência sombria e melancólica até mesmo em casamentos e festas de aniversário, beirando a contemplação da própria morte, a cidade não é só isso.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/12/12101109437072.jpg" alt="(Fonte: The Plaid Zebra/Reprodução)">(Fonte: The Plaid Zebra/Reprodução)A ilha possui uma cultura preservada muito rica e é altamente movimentada pelo turismo – se você não se importar em usar uma pesada máscara de oxigênio durante toda sua estadia. Miayke Jima é o lar de várias maravilhas naturais, como aves, animais raros na esteira da extinção devido às atividades nocivas do vulcão, recifes de coral e visita aos golfinhos que vivem na costa.Olhando por esse lado, é quase como se tudo na ilha fosse normal.</body>

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Miyake Jima: a ilha onde os habitantes precisam usar máscaras de gás

Imagem de A escravidão ainda existe no Brasil? no megacurioso

Podcast A Mulher da Casa Abandonada tem chamado a atenção para a existência de um crime que segue existindo no Brasil: a escravidão

O sucesso do podcast A Mulher da Casa Abandonada, produzido pelo jornalista Chico Felitti, tem chamado a aten&ccedil;&atilde;o para um problema que, diferente do que muita gente pensa, segue existindo no Brasil: as formas atuais de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120203-e-se-a-escravidao-nao-tivesse-existido.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">escravid&atilde;o</a>. Em 2021, 1937 pessoas foram resgatadas no Brasil por estarem trabalhando em condi&ccedil;&otilde;es an&aacute;logas &agrave; escravid&atilde;o.
H&aacute; dados que mostram que este problema &eacute; global. Segundo o &Iacute;ndice Global de Escravid&atilde;o, publicado pela Funda&ccedil;&atilde;o Walk Free, estima-se que h&aacute; mais de 45,8 milh&otilde;es de pessoas enfrentando esta situa&ccedil;&atilde;o hoje no mundo. A maior parte delas est&aacute; na &Aacute;sia (35%) e 2,16 milh&otilde;es destes trabalhadores est&atilde;o na <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120041-de-onde-vem-os-nomes-de-10-paises-da-america-latina-alem-do-nosso.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Am&eacute;rica Latina</a>.
Mas se a escravid&atilde;o foi supostamente encerrada em 13 de maio de 1888, quando a Princesa Isabel assinou a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/118715-lei-aurea-entenda-como-foi-a-abolicao-da-escravatura-no-brasil.htm#:~:text=A%20lei%2C%20al%C3%A9m%20de%20conceder,qualquer%20planejamento%20de%20integra%C3%A7%C3%A3o%20social." rel="noopener noreferrer" target="_blank">Lei &Aacute;urea</a>, como pode esse crime ainda existir no Brasil? Para responder isto, &eacute; preciso entender que a explora&ccedil;&atilde;o de pessoas escravizadas vai al&eacute;m da forma que normalmente enxergamos o fen&ocirc;meno. Explicaremos neste texto como funciona a escravid&atilde;o moderna.
<h2 dir="ltr">Dados sobre a escravid&atilde;o contempor&acirc;nea no Brasil</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/12/a-12113344511154.jpg" alt="a" />(Fonte: gettyimages)
Um dado triste sobre o nosso pa&iacute;s &eacute; que o Brasil foi a &uacute;ltima na&ccedil;&atilde;o do mundo ocidental a abolir oficialmente a escravid&atilde;o. Por&eacute;m, isso n&atilde;o significa que formas deste crime humanit&aacute;rio n&atilde;o sigam ocorrendo por aqui. Para compreender como isto ocorre, &eacute; preciso voltar ao conceito de escravid&atilde;o.
Segundo a Organiza&ccedil;&atilde;o Internacional de Trabalho (OIT), considera-se trabalho escravo todo tipo de regime de trabalho degradante que priva o trabalhador de sua liberdade. Mas isto n&atilde;o acontece apenas de maneira literal, prendendo o sujeito na casa do patr&atilde;o, conforme ocorria antigamente. Tamb&eacute;m configura como escravid&atilde;o quando as pessoas s&atilde;o coagidas a n&atilde;o sair do local ou s&atilde;o submetidas a condi&ccedil;&otilde;es t&atilde;o prec&aacute;rias, com sal&aacute;rios &iacute;nfimos, que n&atilde;o t&ecirc;m condi&ccedil;&otilde;es de deixar de ser exploradas.
A maior parte dos trabalhadores nesta situa&ccedil;&atilde;o est&aacute; em <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121609-tecnicas-agricolas-que-podem-diminuir-o-uso-de-fertilizantes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ambientes rurais</a>, onde s&atilde;o for&ccedil;ados a permanecer sob a alega&ccedil;&atilde;o de terem d&iacute;vidas com fazendeiros. Como est&atilde;o em &aacute;reas isoladas, tem ainda menor chance de pedir ajuda ou conseguir meios de fuga.
Isto n&atilde;o quer dizer que os casos ocorram apenas em zonas rurais. O pr&oacute;prio podcast A Mulher da Casa Abandonada conta a hist&oacute;ria envolvendo Margarida Bonetti, que levou uma empregada dom&eacute;stica para os Estados Unidos e, ao lado de seu marido, a manteve l&aacute; por quase vinte anos em situa&ccedil;&atilde;o an&aacute;loga &agrave; escravid&atilde;o.&nbsp;
Dentre as coisas que o casal fazia com a funcion&aacute;ria, estava esconder seu <a href="https://www.tecmundo.com.br/mercado/241083-novos-modelos-passaporte-identidade-antifraude-lancados.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">passaporte</a>, n&atilde;o dar acesso &agrave; comida da fam&iacute;lia, pagar sal&aacute;rio baixo e mant&ecirc;-la em situa&ccedil;&atilde;o de isolamento, sob humilha&ccedil;&otilde;es constantes, enquanto desempenhava tarefas muito al&eacute;m das que seriam adequadas a um trabalhador dom&eacute;stico.
<h2>Os esfor&ccedil;os para acabar o problema</h2>
<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/Q1T9qRb9B8E" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
Embora este problema ainda seja grave no Brasil, o pa&iacute;s &eacute; visto como avan&ccedil;ado na luta contra a escravid&atilde;o. Um marco nesta quest&atilde;o &eacute; a PEC aprovada pelo Senado em 2014, a chamada de PEC do Trabalho Escravo. Ela altera a reda&ccedil;&atilde;o do artigo 243 da Constitui&ccedil;&atilde;o Federal e determina que qualquer propriedade rural e urbana em que for identificada explora&ccedil;&atilde;o de trabalho escravo seja expropriada, sem qualquer indeniza&ccedil;&atilde;o ao propriet&aacute;rio.
A PEC foi considerada uma vit&oacute;ria, ainda que haja ind&iacute;cios de que ela nunca chegou a ser aplicada de fato &mdash; e houve inclusive esfor&ccedil;os para torn&aacute;-la ilegal. &ldquo;O Incra [Instituto Nacional de Coloniza&ccedil;&atilde;o e Reforma Agr&aacute;ria] chegou a usar a Lista Suja como documento oficial de que o empregador explorou o trabalho escravo para abrir um processo de expropria&ccedil;&atilde;o das suas terra, mas a AGU [Advocacia Geral da Uni&atilde;o] entendeu que, por n&atilde;o ser regulamentada, a emenda era ilegal&rdquo;, disse &agrave; Rede Brasil Atual a procuradora Lys Sobral Cardoso, coordenadora nacional de Erradica&ccedil;&atilde;o do Trabalho Escravo e Enfrentamento ao Tr&aacute;fico de Pessoas.
Isto n&atilde;o significa que outras puni&ccedil;&otilde;es n&atilde;o tenham sido aplicadas aos criminosos. Um caso recente &eacute; o da trabalhadora Madalena Gordiano, mantida por condi&ccedil;&otilde;es an&aacute;logas &agrave; escravid&atilde;o por uma fam&iacute;lia abastada em Minas Gerais, durante quatro d&eacute;cadas. Ap&oacute;s resgatada, Madalena recebeu o im&oacute;vel da fam&iacute;lia e um carro como indeniza&ccedil;&atilde;o, al&eacute;m do pagamento de todas as <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/111515-4-coisas-que-a-previdencia-faz-alem-da-aposentadoria.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">contribui&ccedil;&otilde;es previdenci&aacute;rias</a> que deixou de receber durante todos estes anos.
<h2>O que configura como trabalho escravo?</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/12/a-12113400448155.jpg" alt="a" />(Fonte: gettyimages)
Segundo o artigo 149 do <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119478-brasil-ja-teve-maioridade-penal-de-7-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">C&oacute;digo Penal Brasileiro</a>, o trabalho escravo moderno ocorre em quatro modalidades, e basta a configura&ccedil;&atilde;o de uma delas para que o crime seja caracterizado. S&atilde;o elas:
<ul>
<li>Submeter o trabalhador a trabalhos for&ccedil;ados;</li>
<li>Submeter o trabalhador a jornadas exaustivas de trabalho;</li>
<li>Sujeitar o trabalhador a condi&ccedil;&otilde;es degradantes de trabalho (por exemplo, n&atilde;o ter acesso &agrave; &aacute;gua pot&aacute;vel ao longo da jornada de trabalho ou a per&iacute;odos de descanso; aus&ecirc;ncia de instala&ccedil;&otilde;es sanit&aacute;rias ou a impossibilidade de sua utiliza&ccedil;&atilde;o em condi&ccedil;&otilde;es higi&ecirc;nicas, ou de preserva&ccedil;&atilde;o da privacidade, etc.);</li>
<li>Restringir a locomo&ccedil;&atilde;o do trabalhador em raz&atilde;o de d&iacute;vida contra&iacute;da com empregador.</li>
</ul>

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A escravidão ainda existe no Brasil?

Imagem de Um passeio pelos botequins de Copacabana no megacurioso

Perfil no Twitter lista os 75 botequins que atravessam as 65 ruas do bairro mais conhecido do Rio de Janeiro

<head></head><body>Copacabana, no Rio de Janeiro, é certamente um dos bairros mais famosos do país. Já foi retratado em muitos filmes, novelas e livros. Mas <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118851-6-arquitetos-brasileiros-mais-famosos-e-as-suas-principais-obras.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Copacabana</a> também carrega uma tradição que talvez não seja tão visível: os seus botequins. Há cerca de 75 deles nas 65 ruas do bairro.Por <a href="https://www.megacurioso.com.br/internet/76814-big-brother-boteco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">botequim</a>, entende-se aqui aqueles pequenos comércios populares que vendem lanches, bebidas, petiscos e o que mais pode surgir da ideia do dono. Eles acabam se tornando ponto de encontro de quem passa, quer tomar uma cerveja ou simplesmente bater um rango. E os moradores de Copacabana, a julgar pela quantidade destes estabelecimentos, costumam prestigiar os seus.<h2>A história de Copacabana</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/11/11091148833106.jpg" alt="(Fonte: Diário no Rio)">(Fonte: Diário no Rio)A história do famoso bairro remete ao século XVII. Inicialmente, a região onde Copacabana está localizada chamava-se Sacopenapã, nome indígena que significa “o barulho e o bater de asas dos socós”, em referência aos pássaros que eram comuns neste local. Era uma área de difícil acesso na cidade — o que só começou a mudar com a inauguração do Túnel Velho de Copacabana, em 1892.O nome do bairro acabou mudando com a chegada de comerciantes bolivianos e peruanos, que trouxeram consigo uma imagem de Nossa Senhora de Copacabana, nome esse da principal cidade no entorno do lago Titicaca. Esta imagem foi depositada no interior de uma capela e acabou dando o novo nome do bairro.Aos poucos, o bairro foi se tornando também uma atração aos turistas que visitavam o Rio de Janeiro. Um dos marcos dessa mudança de perfil foi a inauguração do hotel Copacabana Palace, em 1923. Ele foi construído com a ideia de que fosse um hotel de luxo para hospedar os visitantes que viessem participar da Exposição do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121025-os-100-anos-da-semana-de-arte-moderna-de-1922.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Centenário da Independência do Brasil</a>, em 1922, mas não ficou pronto a tempo.Em 1933, o hotel foi usado como cenário no filme Voando para o Rio, um musical com Ginger Rogers e <a href="https://www.megacurioso.com.br/cinema/55539-10-atores-que-sofreram-acidentes-na-telona.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Fred Astaire</a>. Este movimento de valorização do bairro, junto com as praias e as belezas naturais, logo fez com que cada vez mais pessoas quisessem passear por lá.<h2>Os botequins de Copacabana</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/11/11091032708105.jpg" alt="(Fonte: Agenda Carioca)">(Fonte: Agenda Carioca)Segundo levantamento feito por Eduardo Freitas, no perfil <a href="https://twitter.com/preah__/status/1544766393429753859" rel="noopener noreferrer" target="_blank">@preah_</a>, no Twitter, há 75 botequins presentes nas ruas de Copacabana. A concentração é alta: das 65 ruas do bairro, 33 têm pelo menos um destes bares. Isso dá uma chance de mais de 50% de você passar na frente de um quando estiver circulando por lá.Freitas fez uma espécie de inventário dos botequins locais no intuito de registrar sua existência e sua memória. Ele também levantou &nbsp;algumas informações interessantes: a maior parte destes estabelecimentos (24 deles) usa “café” ou “bar” no nome; apenas 4 deles fazem referência ao bairro em seu nome; há 2 botequins escondidos dentro das galerias de Copacabana.Ele ainda esclarece que a lista foi montada obedecendo a certos critérios: “o botequim que escolhemos aqui não é o barzinho, nem bar, nem bistrô, nem restaurante. Esses têm sua serventia, mas o interesse aqui é outro. É da porta que abre cedo, abrigo das camadas populares, que tem estufa, tem café, traçado e conhaque de gole apressado”, explicou em sua página no Twitter.Para completar, Eduardo Freitas garante que dá para fazer um tour nestes “pés-sujos” percorrendo os 3,5 km que separam os botecos Bar e Café Trindade e o Bar Princesa Isabel, que separam as duas pontas da rua Joaquim Nabuco. Confira <a href="https://twitter.com/preah__/status/1544766393429753859" rel="noopener noreferrer" target="_blank">aqui</a> a lista completa com todos os bares.</body>

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Um passeio pelos botequins de Copacabana

Imagem de 5 razões pelas quais os introvertidos podem ser ótimos líderes no megacurioso

Veja aqui alguns aspectos que fazem que pessoas introvertidas possam ganhar alguns pontos ao assumir cargos de liderança

O <a href="https://www.megacurioso.com.br/economia/72905-5-empresas-que-eram-gigantes-e-hoje-quase-nao-existem-mais-video.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ambiente corporativo</a> conta com pessoas bem variadas em termos de perfil: alguma s&atilde;o mais falantes, outras tendem a ser mais colaborativas e por a&iacute; vai. Um estilo bastante comum nas companhias &eacute; o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/86835-sera-que-voce-e-veja-10-caracteristicas-de-uma-pessoa-introvertida.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">introvertido</a> &mdash; e &eacute; exatamente sobre essa personalidade que trataremos aqui, pois disp&otilde;e de habilidades para se tornar um excelente l&iacute;der.
Para quem acha que l&iacute;deres s&atilde;o apenas pessoas frias, en&eacute;rgicas e calculistas, saiba que os <a href="https://www.megacurioso.com.br/medicina-e-psicologia/99166-6-coisas-que-todo-introvertido-detesta-ouvir.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">introvertidos</a> podem ganhar alguns pontos nesse sentido por outros aspectos que voc&ecirc; pode conferir a seguir.
<h2>1. Pensam mais antes de falar</h2>
&Eacute; comum, no calor das emo&ccedil;&otilde;es, as pessoas simplesmente falarem o que vem &agrave; cabe&ccedil;a no momento de uma discuss&atilde;o ou troca de ideias. Entretanto, as pessoas introvertidas "ganham a dianteira" nessa quest&atilde;o, tendo em vista que em praticamente todas as situa&ccedil;&otilde;es v&atilde;o usar a calma a seu favor para pensar antes de falar algo.
<h2>2. S&atilde;o mais calculistas</h2>
Outra vantagem de ter um l&iacute;der introvertido &eacute; o fato de que tendem a pensar nos problemas de forma individual (diferentemente dos extrovertidos, que sempre acabam olhando os cen&aacute;rios como um todo). Com essa abordagem, cada situa&ccedil;&atilde;o &eacute; analisada de maneira diferente, ajudando a encontrar sa&iacute;das mais assertivas.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/06/06120823017165.jpg" alt="Um l&iacute;der introvertido tende a passar suas ideias para um papel antes de extern&aacute;-las de forma oral. (Fonte: Unsplash/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Um l&iacute;der introvertido tende a passar suas ideias para um papel antes de extern&aacute;-las oralmente. (Fonte: Unsplash/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
<h2>3. Escrevem mais do que falam</h2>
Muitos problemas no ambiente de trabalho acontecem por conta de falas mal colocadas ou fora de contexto. Nesse caso, uma pessoa introvertida tem a vantagem de preferir escrever a falar, o que j&aacute; garante, de forma natural, tempo para pensar no que ser&aacute; transmitido para a tela e elaborar um bom discurso ou mesmo ao passar um feedback sem mexer (tanto) com as emo&ccedil;&otilde;es de seus subordinados, por exemplo.
<h2>4. Ouvem melhor</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/11/f-11122612190310.jpg" alt="f" />(Fonte: gettyimages)
Outra vantagem de uma pessoa introvertida &eacute; que, na maior parte do tempo, v&atilde;o preferir ouvir mais do que falar. Isso pode ser a chave para o sucesso de um projeto, tendo em vista que esse tipo de l&iacute;der conseguiria canalizar tudo que a equipe fala, extrair o melhor do que foi dito por cada um e montar um plano de a&ccedil;&atilde;o.
<h2>5. Lidam melhor com crises</h2>
Por fim, ter um l&iacute;der introvertido pode ser vantajoso ao lidar com algum tipo de crise. Ele dificilmente vai se deixar levar pelas emo&ccedil;&otilde;es, al&eacute;m de conseguir manter a calma para encontrar um ponto de equil&iacute;brio e solucionar a quest&atilde;o de forma mais harmoniosa e favor&aacute;vel para todos.

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5 razões pelas quais os introvertidos podem ser ótimos líderes

Imagem de Qual é a origem da sobremesa? no megacurioso

Será que povos muito antigos já tinham costume de comer doces após as refeições?

<head></head><body>Pavê, pudim, mousse de sabores variados... Não importa a escolha, o ser humano já se habituou a sempre comer algum <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119882-por-que-tomar-sorvete-ou-comer-doce-da-sede.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">doce</a> após as refeições, especialmente o almoço. Para os dias atuais, isso é algo bastante comum, mas quando será que isso realmente se tornou um hábito?De acordo com os registros históricos, a sobremesa como conhecemos atualmente surgiu entre os séculos XVII e XVIII como uma invenção do chef François Massialot &nbsp;(1660–1733), responsável por preparar as refeições da família real francesa.Foi nesse período que os grandes banquetes feitos para personalidades como o duque de Orléans Felipe I, irmão do rei Luis XIV, e seu filho Felipe II passaram a terminar com pratos como compotas, cremes e pastas de frutas, apenas para citar alguns exemplos.Entretanto, vale mencionar que já no final da <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/120995-conheca-6-leis-ridiculas-da-idade-media.htm#:~:text=Muita%20gente%20pensa%20na%20Idade%20M%C3%A9dia%20%28500%20d.C.-1500,iam%20desde%20assoar%20o%20nariz%20at%C3%A9%20jogar%20futebol." rel="noopener noreferrer" target="_blank">Idade Média</a> os chefs passaram a fazer uma diferenciação de pratos doces e salgados nos banquetes. Outro ponto é que até a Renascença o termo "sobremesa" era usado com o intuito de mencionar que uma mesa seria limpa após as refeições.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/11/11115632298293.jpg" alt="Apesar de a sobremesa ter surgido entre os séculos XVII e XVIII, os doces já eram parte da cultura humana muito antes disso. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)">Apesar de a sobremesa ter surgido entre os séculos XVII e XVIII, os doces já eram parte da cultura humana muito antes disso. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)<h2>E qual é a origem do doce?</h2>Agora, quando falamos sobre doces de maneira mais ampla, podemos voltar ainda mais no tempo. Antes mesmo do nascimento de Cristo esse era um tipo de iguaria já existente, sendo que o <a href="https://www.megacurioso.com.br/personalidades/42368-7-filosofos-famosos-e-suas-estranhas-obsessoes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">filósofo</a> romano Cícero mencionou, no século I a.C., ter experimentado um tubinho de massa de farinha doce com recheio de leite na Sicília — talvez um antepassado dos famosos cannoli? —, dando uma prova que nossos antepassados já haviam encontrado uma forma de deixar a vida um pouco mais adocicada.Outro ponto curioso: não havia açúcar na Europa até cerca do ano 900, então qualquer coisa que inclinasse mais para esse tipo de sabor era adocicada com mel. Dessa forma, um doce bastante popular nesse período eram amêndoas e avelãs caramelizadas com mel, gerando algo bem próximo do nosso pé-de-moleque atualmente.</body>

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Qual é a origem da sobremesa?

Imagem de Antes do Homem-Aranha: 6 super-heróis da comunidade LGBTQIAPN+ no megacurioso

Próxima HQ do Homem-Aranha trará a primeira edição do personagem assumidamente gay

<head></head><body>A notícia de que a <a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/240064-marvel-11-viloes-poderosos-podem-aparecer-mcu.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Marvel</a> prepara o primeiro Homem-Aranha gay das HQs pegou muita gente de surpresa. O desenhista Steve Foxe, responsável pelo projeto, que estreará na próxima edição de Edge of Spider-Verse, compartilhou algumas imagens do personagem, chamado de Web-Weaver.O visual é bem diferente do que o público está acostumado do super-herói, deixando as cores tradicionais de lado e assumindo o preto e amarelo. Aproveitando esse momento importante da cultura pop, vamos enaltecer outros personagens LGBTQIAPN+ da história dos quadrinhos.<h2>1. Batwoman</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/01/01114433312181.jpg" alt="(Fonte: DC Comics/Reprodução)">(Fonte: DC Comics/Reprodução)A Batwoman é uma super-heroína criada pela <a href="https://www.megacurioso.com.br/quadrinhos/71452-15-dos-viloes-mais-poderosos-da-dc.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">DC Comics</a> no já distante ano de 1956. Contudo, levou bastante tempo até que ela ganhasse relevância nos quadrinhos, mas quando isso aconteceu, na reformulação da personagem, em 2006, &nbsp;ela estremeceu as bases: a editora confirmou que a personagem era lésbica.Querendo marcar época, Kathy Kane (o real nome da personagem) garantiu um novo marco para o público LGBTQIAPN+, sem precedente na história dos quadrinhos. Foi a primeira super-heroína assumidamente lésbica a ter direito a uma série de TV para chamar só de sua. Criada pela The CW, o primeiro episódio foi ao ar 2019 e permaneceu por três temporadas.<h2>2. Lanterna Verde</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/01/01114145187178.jpg" alt="(Fonte: DC Comics/Reprodução)">(Fonte: DC Comics/Reprodução)Quando a DC Comics comunicou que Alan Scott, o nome real do Lanterna Verde, personagem importante da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118058-liga-da-justica-o-que-a-ciencia-explica-sobre-os-super-herois.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Liga da Justiça</a>, reapareceria na atração como abertamente gay, a ala homofóbica do universo dos quadrinhos fez bastante estardalhaço.O mais interessante da reformulação conduzida pela editora foi trazer o Lanterna Verde como casado e pai de dois filhos. A iniciativa foi parte de um processo de "reboot" da DC Comics, como um novo marco zero, começando com a HQ&nbsp;Infinite Frontier #0, em que Alan conta às pessoas que não deseja mais manter uma parte de sua vida escondida.<h2>3. Mulher-Gato</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/01/01114256984179.jpg" alt="(Fonte: DC Comics/Reprodução)">(Fonte: DC Comics/Reprodução)A primeira aparição de Selina Kyle, a Mulher-Gato, aconteceu na década de 1940. Contudo, a mudança mais importante em suas características só veio acontecer no mais recente longa-metragem, Batman.A personagem apareceu pela primeira vez assumindo sua bissexualidade, pelo que parece uma iniciativa feita de caso pensado pela DC Comics como parte de seu processo de reestruturação, tentando aproximar seus produtos da comunidade <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118767-o-que-significa-cada-letra-da-sigla-lgbtqia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">LGBTQIAPN+</a> ao incentivar o amor livre.<h2>4. Arlequina</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/01/01115439506193.jpg" alt="(Fonte: DC Comics/Reprodução)">(Fonte: DC Comics/Reprodução)As mudanças no segmento de HQs com super-heróis é muito importante, pois ajuda a retratar a sociedade com maior precisão. Um passo foi dado com a Arlequina, que tem um relacionamento ocasional com a Hera Venenosa nas HQs. Contudo, foi apenas em Aves de Rapina que o público entrou em contato com essa característica da personagem.No longa, em que vemos que seu relacionamento com Coringa não deu certo, o longa-metragem passa alguns momentos em que relações da Arlequina não deram muito certo, incluindo uma sequência com uma mulher.<h2>5. James Howlett, Wolverine</h2><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/AeItD0w6gcw" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>A HQ X-Treme X-Men 10 foi muito marcante na história da Marvel, um ponto de partida da editora em querer mostrar de modo eficaz a seu público que era inclusiva e democrática. No gibi em questão, eram apresentadas versões alternativas dos personagens, incluindo a cena de um beijo entre Wolverine e seu namorado, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120866-templo-mitologico-de-hercules-pode-ter-sido-descoberto-na-espanha.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Hércules, filho de Zeus.</a>Nesta versão alternativa do personagem, Wolverine é conhecido como James Howlett, Governador Geral do Domínio do Canadá. Eles viajam através das dimensões em busca da versão maligna do Professor Xavier. Essa HQ gerou muita revolta entre fã, acusando a Marvel de querer ganhar dinheiro com o que chamaram de "politicamente correto".<h2>6. Justiça Encapuzada, Watchmen</h2><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/YTKDJt-X0Xk" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Justiça Encapuzada é um personagem do grupo Minutemen, recorrentes da famosa HQ Watchmen, criada por Alan Moore e Dave Gibbons. Sua primeira aparição ocorreu em 1938 e desde então movimentou os humores do público, já que escondia sua homossexualidade mantendo um relacionamento com Silk Spectre.A construção do personagem dava a entender que a brutalidade era uma espécie de <a href="https://www.megacurioso.com.br/sexo/90655-6-fetiches-sexuais-completamente-bizarros.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fetiche sexual</a> dele, o que por anos incomodou o público, já que parecia querer criar uma ligação entre os dois aspectos de sua personalidade. Posteriormente, em 1962, teve assumido um relacionamento com Nelson Gardner, o Capitão Metrópole.</body>

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Antes do Homem-Aranha: 6 super-heróis da comunidade LGBTQIAPN+

Imagem de Jovem brasileiro entrou na Justiça para se livrar do exército no megacurioso

Justiça brasileira concedeu uma liminar para que um jovem de 18 anos fosse dispensado do serviço militar obrigatório

<head></head><body>Conforme publicado pela BBC, um jovem brasileiro de 19 anos de idade conseguiu uma liminar na <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/109933-justica-condena-dona-de-comunidade-no-orkut-sobre-rapaz-com-deficiencia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Justiça</a> para não precisar cumprir o serviço militar obrigatório. Samuel — nome fictício dado pela matéria — já estava servindo há um ano, mas poderá deixar o quartel em breve para prestar um serviço alternativo.Justamente por ser uma liminar, a decisão ainda pode ser revertida, mas é a ordem de momento. O jovem havia completado 18 anos em 2021 e precisou se apresentar no Exército, sendo convocado sem esperar por isso. Em sua ação, Samuel alegou objeção de consciência por ser pacifista.<h2>Batalha nos tribunais</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/05/05192827220561.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)O Exército brasileiro costuma dar prioridade para jovens que desejam cumprir o serviço militar, normalmente dispensando aqueles que não demonstraram interesse — algo comum, uma vez que existe o excesso de contingente para tal prática. Porém, Samuel foi pego de surpresa ao ser chamado mesmo deixando claro que não tinha vontade de servir.Em conversa com jornalistas da BBC News Brasil, o jovem afirmou que jamais imaginou que seria convocado. "Não tenho físico para isso, não sou forte nem atlético, e sempre fui contra isso ser obrigatório. Eu sou pacifista, contra violência. Não quero treinar para a guerra", respondeu. O garoto vem de uma cidade no interior do Ceará, onde se alistou no Tiro de Guerra.Entretanto, apenas posteriormente ele descobriu que tinha direito de alegar objeção de consciência para fugir do serviço militar bélico e prestar serviço alternativo em tempos de paz — algo completamente garantido pela Constituição brasileira. Foi então que ele entrou com um pedido de prestação de serviço alternativo ao <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122030-por-que-o-exercito-foi-abolido-de-alguns-paises.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Exército</a>.<h2>Processos burocráticos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/05/05193021799562.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)">(Fonte: Pixabay)Até onde é conhecido, Samuel teria sido a única pessoa a entrar com um processo na Justiça para cumprir serviço alternativo, visto que a maioria dos candidatos consegue a dispensa através de um requerimento feito no Exército. De acordo com os advogados de defesa, a resposta para o pedido demorou tanto para chegar que o jovem já estava servindo — &nbsp;posteriormente recebendo uma negativa.Os advogados também defendem que não cabe ao Exército brasileiro negar qualquer requerimento, já que esse é um direito garantido pela <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120010-as-6-constituicoes-mais-antigas-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Constituição</a>. Sendo assim, Samuel teria sido vítima de um enorme entrave burocrático que o impediu de ter seus direitos garantidos.Irapuã Santana, responsável pelo caso, então entrou com um mandado de segurança conta a instituição das Forças Armadas. Em resposta à equipe de reportagem da BBC, o Exército afirmou que o pedido de Samuel foi "indeferido por apresentação fora do prazo legal".&nbsp;A obrigatoriedade do serviço militar obrigatório está formalizada na Constituição Federal de 1988, mas o texto também garante à liberdade de pensamento e de consciência. Sendo assim, existem brechas jurídicas para que jovens convocados consigam ir para um serviço alternativo caso não desejem cumprir a convocação. Até o momento, o Exército não recorreu da decisão e a liminar continua de pé.</body>

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Jovem brasileiro entrou na Justiça para se livrar do exército

Imagem de 5 maneiras de se juntar à luta LGBTQIAPN+ no megacurioso

Há uma onda política conservadora que parece ameaçar parte das conquistas dos grupos minoritários. Trazemos 5 ideias de como se juntar à luta LGBTQIAPN+ de onde você estiver

<head></head><body>Vivemos uma espécie de onda conservadora de pessoas que se opõem às minorias, tais como a comunidade <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122310-4-informacoes-historicas-para-celebrar-o-dia-do-orgulho-lgbtqia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">LGBTQIAPN+</a>. Há dados que, nos Estados Unidos, houve um aumento gigantesco de projetos de lei que buscar cassar os direitos deste grupo, focando especialmente em projetos contra pessoas <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121632-quais-sao-os-maiores-equivocos-sobre-pessoas-trans-e-nao-binarias.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">transgênero</a>.Este é um assunto muito sério, pois põe em risco direitos conquistados depois de muita luta. Um reflexo dessa onda está no aumento de perfis e páginas que buscam corroer a luta LGBTQIAPN+, mas também no aumento de políticos que combatem abertamente estas conquistas. Neste texto, damos 5 dicas do que você pode fazer para ajudar a confrontar estas manifestações antidemocráticas.<h2>1. Invista na política local</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/04/04121753181247.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Muitas vezes, os abusos costumam vir de instâncias mais altas da política. Entretanto, uma luta efetiva pode ocorrer de forma local, na cidade que você mora.Se você souber de projetos ou de políticos locais que estão ativamente fazendo ações que visam caçar direitos <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118767-o-que-significa-cada-letra-da-sigla-lgbtqia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">LGBTQIAPN+</a>, coloque a boca no trombone. Agir de forma local costuma ter efeitos mais imediatos, uma vez que políticos menores dependem muito mais de cada um dos votos que os elegeu.Não poupe esforços para falar alto. Há várias maneiras de fazer isso: participando de protestos, organizando campanhas em mídia social e fazendo boicotes. Tudo isto pode não apenas chamar atenção dos políticos, mas da própria mídia, repercutindo muito mais a sua ação. Uma má repercussão de um <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/106812-projeto-de-lei-pretende-proibir-e-multar-a-masturbacao-masculina-no-texas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">projeto de lei</a> nocivo pode significar o fim dele.<h2>2. Conheça seus direitos e as pessoas que os defendem</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/04/04121757916248.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Se você é uma pessoa LGBTQIAPN+, é sempre uma boa ideia aproximar-se dos grupos que também estão lutando pelos seus direitos. Há vários deles no Brasil, por isso destacamos apenas algumas: a <a href="https://www.casaum.org/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Casa 1</a>, em São Paulo; o <a href="https://somos.org.br/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">SOMOS</a>, em Porto Alegre; a <a href="https://www.instagram.com/casanem_/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Casa Nem</a>, no Rio de Janeiro; o <a href="https://www.instagram.com/grupogaydabahia/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Grupo Gay da Bahia</a>; o <a href="https://institutolegado.org/tvlegado/eu-me-importo-grupo-dignidade/?gclid=CjwKCAjwk_WVBhBZEiwAUHQCmZ8DOsfOr0AbvtSHvSSXIuZW-1j13EHTAyvZ43s3vgwTMXYXJ4LsMxoCixUQAvD_BwE" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Grupo Dignidade</a>, em Curitiba.Muitas pessoas queer se sentem excluídas nos ambientes que frequentam, então se aproximar destas organizações pode ajudar a encontrar sua "turma" e possibilitar que você possa agregar nesta luta.<h2>3. Construir a própria comunidade</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/04/04121800884249.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Pode ser que você more numa cidade pequena, onde esses grupos inexistem. Nestes casos, a sensação de isolamento é ainda mais dura - muitas vezes, a comunidade LGBTQIAPN+ não consegue nem se reconhecer entre si.Se você tiver meios para isso, talvez seja uma boa começar a organizar um evento comunitário ou se colocar à frente do ativismo na sua localidade. Ainda que seja uma batalha difícil, pode ser um primeiro passo para fundar uma comunidade forte e acolhedora, o que facilitará a luta em prol dos seus direitos.<h2>4. Comece ainda este ano</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/04/04121803462250.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Estamos em ano eleitoral, o que significa que, em breve, teremos a chance de escolher nosso presidente, deputados e senadores. É uma oportunidade e tanto de realmente pesquisar os candidatos e escolher aqueles que se manifestam em prol da luta LGBTQIAPN+.Apoiar também os candidatos da própria comunidade é provavelmente o jeito mais lógico de garantir que as pautas do grupo sejam consideradas pela política nacional. Por isso, engaje-se nesta luta e faça campanha pelos candidatos que você confia.<h2>5. Tente fugir do desânimo</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/04/04121806166251.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)São tempos sombrios para todo mundo. A desigualdade social está agravada, e a onda conservadora faz com que grupos minoritários se sintam ameaçados como há um bom tempo não se sentiam.Por vezes, é difícil não desanimar, mas este é um desafio de todos nós. Unir-se aos nossos pares é uma forma de driblar a desesperança, já que, juntos, sempre seremos mais fortes. Quando tudo parece estar desabando, às vezes o melhor apoio que teremos será uns com os outros.</body>

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5 maneiras de se juntar à luta LGBTQIAPN+

Imagem de Por que a ideia de "sonho americano" não existe mais? no megacurioso

O que prega Declaração de Independência sobre uma nação igual parou na década de 1950

<head></head><body>Em&nbsp;West Side Story, um dos musicais mais emblemáticos de todos os tempos, escrito por Arthur Laurents e com letras e música de Stephen Sondheim, a canção "América" se destaca como uma reflexão hilária e controverso da imigrante Rosalia contra Anita, uma que deprecia a cidade natal em Porto Rico, e a outra que exalta de maneira utópica os Estados Unidos, respectivamente.“Tudo é de graça na América por uma pequena taxa”. “Conforto é tudo o que você tem na América”. Essa era a visão de pessoas como Anita, em meados da década de 1950, que fugiram dos seus países para tentar uma vida melhor na "terra das oportunidades", enchendo o subúrbio de Manhattan, em Nova York, um dos "portões de entrada" dos americanos no país.Todas essas pessoas estavam atrás de um objetivo: o tão esperando sonho americano, que se tornou uma falácia assim que começou a ser comercializado para maximizar e potencializar a imagem de um país utópico — e há muito já deixou de existir.<h2>A "terra da oportunidade"</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/28/28165835145593.jpg" alt="(Fonte: The New York Times/Reprodução)">(Fonte: The New York Times/Reprodução)É bom lembrar que a história da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121534-o-que-teria-acontecido-se-colombo-nao-tivesse-descoberto-a-america.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">América</a> começou com a<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119450-por-que-as-pessoas-insistem-em-culpar-imigrantes-por-causar-doencas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;imigração</a>, sendo que em 1620, um grupo de cerca de 100 pessoas — mais tarde conhecido como peregrinos — fugiu da Europa e chegou na atual Plymouth, em Massachusetts, onde estabeleceu uma colônia, tudo para conseguir exercer sua fé sem perseguição religiosa.Quando a imigração moderna teve início nos EUA, em meados de 1820, na primeira onda, esse foi só apenas um dos motivos de uma longa lista, que fizeram os britânicos escolherem o país como nova casa. Entre outras motivações estão a busca por melhores condições de vida, mais oportunidades de trabalho, melhor educação, liberdade pessoal ou alívio de perseguição política e religiosa. Essas pessoas fugiam do fracasso de colheitas, da escassez de terras e empregos, do aumento de impostos, da fome e da miséria.A segunda onda, entre 1840 e 1850, foi dominada por católicos irlandeses e alemães que enfureceu o domínio da Igreja Protestante, causando uma reação contra eles, que só teve fim na década de 1860, com a interrupção da imigração devido à <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119209-caso-dred-scott-a-decisao-que-impulsionou-a-guerra-civil-americana.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Guerra Civil</a>. Um grupo de chineses também chegou ao país durante a Corrida do Ouro na Califórnia, em 1849, e antes de ser instaurada a Lei de Exclusão Chinesa de 1882, interrompendo sua imigração.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/28/28165950052594.jpg" alt="(Fonte: Wikipedia/Reprodução)">(Fonte: Wikipedia/Reprodução)Isso porque, ao longo de 100 anos, os EUA acolheram os estrangeiros, em boa parte, porque eles facilitaram o estabelecimento de um país mais amplo, fomentando a mão de obra operária que o construía. No entanto, no início da década de 1870, a instabilidade econômica gerou uma competição em larga escala entre imigrantes e nativos por empregos que, por muito tempo, foram reservados aos chineses.O sentimento de antipatia, suspeita e <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/113869-a-cultura-do-linchamento-nos-estados-unidos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ódio racial</a> contra os asiáticos surgiu a partir desse momento, gerando revoltas e tumultos para que o governo fizesse algo para proibir que eles continuassem chegando no país e "roubando" do "verdadeiro povo americano". Portanto, o Congresso aprovou a Lei de Exclusão, que se manteve ativa por um século.Ela foi considerada um verdadeiro divisor de águas na política de imigração nos EUA, visto que, a partir de 1880, eles enfrentaram uma era de restrições qualitativas de imigrantes, principalmente aqueles com contratos que os vinculavam a um empregador por vários anos. Já em 1920, foi estabelecido um teto para o número de pessoas aceitas a cada ano. Até aquela década, mais de 12 milhões de imigrantes haviam chegado no país.<h2>Apenas um sonho</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/28/28170100317595.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodução)">(Fonte: Pinterest/Reprodução)Segundo os dados fornecidos pelo PRB, os EUA admitiram cerca de 250 mil imigrantes por ano na década de 1950; sendo 330 mil em 1960; 450 mil em 1970; mais 735 mil em 1980; e mais de 1 milhão por ano desde 1990. A partir de 1970, a origem da maioria dessas pessoas mudou de europeu para latinos e asiáticos, sendo que, entre os anos 2000 e 2009, mais de três quartos dos 10 milhões de imigrantes admitidos eram dessa origem.Em meio a tudo isso, o que motivou milhares de pessoas a quererem tentar a vida na América, começou com a Declaração de Independência, que proclama que "todos os homens são criados iguais com direito à vida, liberdade e busca da felicidade". O verdadeiro "sonho americano" que essa frase defende, não tinha em nada a ver com riqueza individual, mas um sonho de igualdade, justiça e democracia para uma nação. Mas não foi bem assim que aconteceu.Apoiado nesse princípio, o termo 'sonho americano' só foi cunhado em 1931, pelo historiador James Truslow Adams, em seu livro Epic of America, onde escreveu: “Aquele sonho de uma terra em que a vida deveria ser melhor, mais rica e mais completa para todos, com oportunidades para cada um de acordo com sua capacidade ou realização”.&nbsp;O livro é uma reflexão sobre o que pode ter acontecido de errado com a América durante a Grande Depressão, quando os EUA passaram a se preocupar mais com o bem-estar material, esquecendo dos princípios e sonhos sobre os quais o país havia sido fundado.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/28/28170247255597.jpg" alt="(Fonte: By Arcadia/Reprodução)">(Fonte: By Arcadia/Reprodução)Esse marco na História teria sido o responsável por deturpar todo o significado, o que foi totalmente refletido na política imigratória ao longo dos anos. Com início da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121911-5-ideias-equivocadas-que-temos-sobre-a-guerra-fria.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Guerra Fria</a>, o sonho americano se tornou uma propaganda no exterior para uma versão dos EUA mais capitalista no consumo da democracia, não mais se concentrando nos princípios da democracia liberal como era antes.Foi então que a "terra da oportunidade" deixou de oferecer qualquer coisa além de um sonho, com uma onda de desigualdade que congelou qualquer chance de sucesso no século passado, mas ainda fomentando a imagem de um país que nem sequer existe mais, tampouco vem em primeiro lugar.</body>

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