Imagem de Ancestrais humanos preservavam e armazenavam alimentos no megacurioso

Uma equipe de cientistas analisou ossos de animais encontrados no interior de uma caverna chamada Qesem, situada pertinho de Tel Aviv, em Israel, e chegou a uma conclus&atilde;o muito interessante: nossos ancestrais j&aacute; se preocupavam em se preparar para &eacute;pocas de &ldquo;vacas magras&rdquo; h&aacute; centenas de milhares de anos e preservavam e armazenavam alimentos para depois.

<h2 style="margin-bottom: 11px;">Planejamento</h2>

De acordo com a <a href="https://www.bbc.com/news/world-middle-east-49998934" style="color:blue; text-decoration:underline" target="_blank">BBC</a>, os pesquisadores examinaram mais de 80 mil fragmentos de ossos de animais descobertos em Qesem e identificaram alguns sinais de corte bem espec&iacute;ficos na superf&iacute;cie de 78% deles. Depois, foram conduzidos uma s&eacute;rie de experimentos em que os cientistas manipularam ossos de animais que eles mesmos prepararam e mantiveram armazenados por algum tempo para tentar replicar as mesmas marcas encontradas nos exemplares da caverna.

<figure class="image"><img alt="" height="371" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/10/15/15123406523174.jpg" width="660" />
<figcaption>(Fonte: BBC / PA Media / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption>
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Os testes indicaram que impress&otilde;es semelhantes eram produzidas quando se tentava extrair as membranas que recobrem os ossos j&aacute; bastante aderidas e ressecadas &ndash; indicando que, embora a carne tivesse sido consumida, os ossos eram guardados para que, em momentos de escassez, se pudesse obter a medula, que consiste em um material rico em gorduras e nutrientes. Ali&aacute;s, essa opera&ccedil;&atilde;o, quando realizada em esp&eacute;cimes armazenados por mais tempo, exigia um esfor&ccedil;o consider&aacute;vel por parte dos nossos antigos ancestrais.

Al&eacute;m disso, o interessante &eacute; que a caverna onde os fragmentos foram encontrados foi ocupada por humanos que viveram entre 200 mil e 420 mil anos atr&aacute;s &ndash; e este representa o exemplo mais antigo de um planejamento relacionado com a disponibilidade de alimentos. Descobertas anteriores apontaram que os nossos ancestrais consumiam a medula dos ossos logo ap&oacute;s ingerir os demais tecidos e n&atilde;o se preocupavam em guardar nada depois.

<figure class="image"><img alt="" height="351" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/10/15/15123641070179.jpg" width="624" />
<figcaption>(Fonte: BBC / PA Media / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption>
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No caso de Qesem, os povos que ocupavam a regi&atilde;o ca&ccedil;avam principalmente cervos &ndash; da esp&eacute;cie Dama dama &ndash; e, embora a carne e gordura fossem removidas das carca&ccedil;as nos locais em que os animais eram mortos, os cr&acirc;nios e patas eram levados para a caverna, onde a medula podia ser armazenada e manter suas propriedades nutricionais por per&iacute;odos de at&eacute; 9 semanas ou o equivalente a pouco mais de 2 meses.

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Ancestrais humanos preservavam e armazenavam alimentos

Imagem de E se os neandertais ainda estivessem entre nós? no megacurioso

Neandertais viveram na Terra há cerca de 130 mil anos e foram substituídos pelo Homo sapiens

H&aacute; cerca de 130 mil anos, os neandertais habitavam o planeta Terra. Hoje &eacute; comum que a gente se refira a eles como os &ldquo;homens das cavernas&rdquo;, muito pelo esteri&oacute;tipo corporal: testas sobressalentes e sobrancelhas grossas e saltadas, pernas mais curtas e ombros mais largos, o que dava aos neandertais um aspecto mais &ldquo;bruto&rdquo;, imagem que temos dos tais homens das cavernas. Acredita-se, ao menos em teoria, que eles desapareceram na &uacute;ltima era glacial por n&atilde;o conseguirem competir por comida com os Homo sapiens (n&oacute;s mesmos, muito prazer).
<div style="text-align: center;">
<figure class="image" style="display: inline-block;"><img alt="" height="374" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/10/13/13080657536081.jpeg" width="650" /> <figcaption>Uma fam&iacute;lia de neandertais vivendo na boa como se n&atilde;o existisse o amanh&atilde;. At&eacute; que ele n&atilde;o existiu mesmo. (Fonte: Live Science/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
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O que alguns cientistas t&ecirc;m procurado responder &eacute;: o que teria acontecido se os neandertais n&atilde;o tivessem sido extinto. Bom, de acordo com os pesquisadores, se eles n&atilde;o tivessem desaparecido h&aacute; 40 mil anos, os neandertais provalmente teriam sido... extintos de qualquer maneira.
<h2 dir="ltr">Mistura gen&eacute;tica</h2>
Segundo o professor da Universidade de Nova York Will Harcourt-Smith, em an&aacute;lises gen&eacute;ticas realizadas recentemente, identificou-se que os eurasianos modernos t&ecirc;m de 1 a 4% de DNA neandertal em seu genoma. Isso indica que houve cruzamento das esp&eacute;cies em algum momento do passado.
Para o professor americano, isso indica que, de um jeito ou de outro, os neandertais teriam sumido da hist&oacute;ria, pois os Homo sapiens eram muito maiores em quantidade, o que faria com os genes neandertais se dilu&iacute;ssem nos nossos. Provavelmente ter&iacute;amos uma porcentagem mais deles em nosso DNA, mas eles desapareceriam mesmo assim.
Mas &eacute; aquela coisa, n&eacute;: 99% Homo sapiens, mas aquele 1% neandertal. Talvez isso explique alguns comportamentos de homens das cavernas que insistimos ter de vez em quando, n&atilde;o &eacute; mesmo?

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E se os neandertais ainda estivessem entre nós?

Imagem de Por que não existem animais trípedes? no megacurioso

Estudo responde com reflexão sobre a evolução dos animais

O porqu&ecirc; de n&atilde;o existir&nbsp;tr&iacute;pedes, animais com tr&ecirc;s pernas,&nbsp;&eacute; uma quest&atilde;o que pode estar relacionada com um marco essencial da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112067-animais-primitivos-podem-ter-controlado-sua-propria-evolucao.htm">evolu&ccedil;&atilde;o da vida</a>&nbsp;na Terra, segundo novo estudo.&nbsp;&quot;Se estamos tentando entender como a evolu&ccedil;&atilde;o acontece enquanto processo, precisamos entender o que ela pode e&nbsp;n&atilde;o pode fazer&quot;, disse o autor.

Graduando da Universidade da Calif&oacute;rnia, Tracy Thomson publicou seu artigo na Bioessays em 18 de setembro de 2019.&nbsp;A ideia&nbsp;surgiu durante uma aula sobre evolu&ccedil;&atilde;o com o paleont&oacute;logo Geerat Vermeiji. O professor desafiou os alunos a&nbsp;pensarem&nbsp;um fen&oacute;tipo &quot;proibido&quot;&nbsp;e ent&atilde;o inventarem um animal ou planta que simplesmente n&atilde;o poderia existir.

Thomson come&ccedil;ou a refletir sobre como existem&nbsp;animais que usam tr&ecirc;s pontos de apoio para se movimentar, se manter em alguma fun&ccedil;&atilde;o&nbsp;ou descansar, mas&nbsp;ao mesmo tempo n&atilde;o existem tr&iacute;pedes, animais de fato com tr&ecirc;s membros.

S&atilde;o muitos os exemplos dos animais que usam tr&ecirc;s apoios de alguma forma.&nbsp;O&nbsp;pica-pau usa penas da cauda para se segurar &agrave; &aacute;rvore. <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/111740-15-fotos-de-um-pequeno-e-timido-suricato.htm">Suricatos</a>&nbsp;permanecem eretos em&nbsp;duas patas e seu rabo.&nbsp;Insetos de seis patas tem modos&nbsp;de movimento onde elas&nbsp;se movem de tr&ecirc;s em tr&ecirc;s, duas de um lado e uma do outro. Papagaios se movimentam com o auxilio de seu bico.

<img alt="" src="https://scitechdaily.com/images/Meerkat.jpg" /> 
(Suricato - Universidade de Zurique)

Estar em tr&ecirc;s apoios anula o gasto de energia para se manter est&aacute;vel, ao contr&aacute;rio de estar em dois. Para ser b&iacute;pede o animal precisa&nbsp;ter p&eacute;s grandes, largos, e de&nbsp;esfor&ccedil;o dos m&uacute;sculos para se manter equilibrado.

N&atilde;o importa quantos membros&nbsp;eles tem,&nbsp;&eacute; fato que a esmagadora&nbsp;maioria dos animais&nbsp;s&atilde;o bilaterais. A <a href="https://www.megacurioso.com.br/fenomenos-da-natureza/75491-19-imagens-que-provam-a-simetria-perfeita-da-natureza.htm">simetria bilateral</a> est&aacute; t&atilde;o impregnada&nbsp;no DNA dos animais&nbsp;que &eacute; poss&iacute;vel deduzir que esta marca gen&eacute;tica&nbsp;se deu nos prim&oacute;rdios&nbsp;da evolu&ccedil;&atilde;o da vida animal, muito antes de pernas, patas, garras ou qualquer coisa do tipo existisse. Quando vieram a existir, evolu&iacute;ram a partir da premissa&nbsp;dos &quot;dois lados&quot;&nbsp;gerando membros em pares.

&Eacute; dif&iacute;cil dizer como um tr&iacute;pede de fato se comportaria - os comportamentos de&nbsp;tr&ecirc;s apoios que existem na natureza n&atilde;o necessariamente se aplicam ao animal com tr&ecirc;s membros.&nbsp;

&quot;Este tipo de experimento reflexivo &eacute;&nbsp;&uacute;til para o desenvolvimento de nossas ideias sobre <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/111894-do-chimpanze-ao-homem-a-evolucao-e-simples-assim.htm">evolu&ccedil;&atilde;o</a>&quot; comentou Thomson a&nbsp;respeito do desafio&nbsp;que o inspirou.

Mais um lembrete de que&nbsp;a <a href="https://www.megacurioso.com.br/invencoes/39507-conheca-21-das-maiores-invencoes-da-humanidade.htm">criatividade</a> e a ci&ecirc;ncia caminham juntas!

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Por que não existem animais trípedes?

Imagem de Embriões humanos podem ter músculo reptiliano no megacurioso

Utilizando técnicas especiais de imunocoloração, cientistas revelam que a anatomia de embriões pode ter vestígios reptilianos

A evolu&ccedil;&atilde;o da anatomia humana continua sendo objeto de estudo e, recentemente, cientistas da Universidade&nbsp;Howard de Washington e da Universidade de Sorbonne, em Paris, utilizaram t&eacute;cnicas especiais de imunocolora&ccedil;&atilde;o que revelam que embri&otilde;es humanos podem um ter m&uacute;sculo reptiliano no in&iacute;cio do seu desenvolvimento intrauterino. Ou seja, alguns tra&ccedil;os remanescentes de anatomia n&atilde;o desapareceram por completo, apesar da evolu&ccedil;&atilde;o do corpo humano.

O bi&oacute;logo evolucionista da Universidade Howard&nbsp;Rui Diogo&nbsp;explica que a presen&ccedil;a de algum tra&ccedil;o reptiliano no desenvolvimento inicial de peixes, sapos, galinhas e ratos j&aacute; era objeto de entendimento dos cientistas, mas, agora, as novas t&eacute;cnicas permitem tamb&eacute;m ver com mais detalhes o processo do desenvolvimento humano.

Acreditava-se que o m&uacute;sculo reptiliano havia &ldquo;se perdido&rdquo; durante a evolu&ccedil;&atilde;o da anatomia humana, tendo sido abandonados por nossos ancestrais mam&iacute;feros h&aacute; cerca de 250 milh&otilde;es de anos. Embora muitos m&uacute;sculos reptilianos se dissolvam antes do nascimento, h&aacute; alguns adultos que mant&eacute;m o tra&ccedil;o &ldquo;r&eacute;ptil&rdquo;.

<h2 style="margin-bottom: 11px;">M&uacute;sculo reptiliano encontrado fornece detalhes sobre a evolu&ccedil;&atilde;o humana</h2>

O novo estudo se baseia na digitaliza&ccedil;&atilde;o em 3D de alta resolu&ccedil;&atilde;o de tecidos de mais de uma d&uacute;zia de embri&otilde;es e fetos jovens. Ao analisar por semanas essas imagens, os pesquisadores encontraram pequenos m&uacute;sculos nas m&atilde;os e nos p&eacute;s em um beb&ecirc; de sete semanas, mas eles n&atilde;o estavam mais vis&iacute;veis na 13&ordf; semana.

<div style="text-align:center">
<figure class="image" style="display:inline-block"><img alt="" height="415" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/10/10/10200002267333.jpg" width="1024" />
<figcaption>Fonte: Universidade Howard/Rui Diogo 
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</div>

Durante a observa&ccedil;&atilde;o, os pesquisadores notaram ainda que cerca de um ter&ccedil;o dos m&uacute;sculos dos p&eacute;s e das m&atilde;os dos embri&otilde;es murchavam ou se fundiam a outros. S&oacute; o fato de eles ainda existirem j&aacute; &eacute; uma surpresa, uma vez que se pensava que eles tinham &ldquo;desaparecido&rdquo; h&aacute; tanto tempo.

Al&eacute;m disso, o estudo ainda desafia a hip&oacute;tese de que os membros superiores e inferiores s&atilde;o &ldquo;c&oacute;pias&rdquo; uns dos outros. O desenvolvimento dos principais grupos musculares sugere que os membros passaram a se parecer ao longo do tempo.&nbsp;Encontrar tra&ccedil;os de algum m&uacute;sculo reptiliano no in&iacute;cio do desenvolvimento, ainda durante a gesta&ccedil;&atilde;o, pode fornecer detalhes importantes sobre a hist&oacute;ria da evolu&ccedil;&atilde;o humana.

Os pesquisadores detectaram ainda que adultos com alguns dist&uacute;rbios cromoss&ocirc;micos n&atilde;o perdem o m&uacute;sculo reptiliano. &ldquo;Isso refor&ccedil;a a ideia de que varia&ccedil;&otilde;es e patologias musculares podem estar relacionadas ao desenvolvimento embrion&aacute;rio atrasado ou interrompido, neste caso talvez um atraso ou diminui&ccedil;&atilde;o da apoptose muscular e ajuda a explicar porque esses m&uacute;sculos s&atilde;o ocasionalmente encontrados em pessoas adultas. Ele fornece um exemplo fascinante e poderoso de evolu&ccedil;&atilde;o&rdquo;, ressalta Rui Diogo.

Os estudos devem continuar e a tecnologia de colora&ccedil;&atilde;o pode ajudar a revelar outras estruturas que, at&eacute; o momento, imagina-se que desapareceram dos corpos humanos.

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Embriões humanos podem ter músculo reptiliano

Imagem de Conheça as versões reais de criaturas lendárias e fictícias no megacurioso

Quando a ficção se aproxima da realidade, ou vice-versa...

At&eacute; que ponto as criaturas e seres fict&iacute;cios s&atilde;o inven&ccedil;&otilde;es de mentes criativas? Nossos ancestrais buscavam justificar a cria&ccedil;&atilde;o de mitos e deuses atrav&eacute;s de viv&ecirc;ncias e hist&oacute;rias que presenciaram, seja verdade ou n&atilde;o. Mas seria correto afirmar que toda lenda &eacute; proveniente de algo real? Por meio dessa pergunta, apresentamos aqui uma lista de criaturas e seres reais que se assemelham, de certa forma, a&nbsp;contos de&nbsp;antepassados.
<h2>Vlad Tepes x Conde Dr&aacute;cula</h2>
Conde Dr&aacute;cula &eacute; um personagem fict&iacute;cio de&nbsp;Bram Stoker. A obra do s&eacute;culo XIX eternizou o vampiro mais conhecido da literatura e foi porta de entrada para a extens&atilde;o do universo dos chupadores de sangue. Acredita-se que sua lenda tenha sido inspirada pelo romeno Vlad Tepes, filho de Dracul, pr&iacute;ncipe romeno que drenava o sangue das v&iacute;timas ap&oacute;s empal&aacute;-las.
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<figure class="image" style="display: inline-block;"><img alt="" height="289" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/10/04/04175348455153.jpeg" width="434" /> <figcaption>(Fonte: Divulga&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
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<h2>Flamingos x F&ecirc;nix</h2>
Cientistas descobriram que a f&ecirc;nix pode ter sido originada pela exist&ecirc;ncia de um flamingo em especial, que se alimentava de espirolina, uma subst&acirc;ncia derivada dos lagos vulc&acirc;nicos do Grand Rift. Al&eacute;m disso, o p&aacute;ssaro procriava no Lago Lengay, em &aacute;guas que atingiam temperaturas superiores a 60&ordm;C, com seus filhotes nascendo banhados por um p&oacute; cinzento, surgindo a ideia de "renascer das cinzas", observado por algu&eacute;m que deu sequ&ecirc;ncia &agrave; essa narrativa.
<h2>Gigantopithecus x P&eacute; Grande</h2>
Segundo a teoria evolutiva, o gigantopithecus, maior s&iacute;mio j&aacute; existente, pesando cerca de 200 kg a 500 kg em idade adulta,&nbsp;seria "ancestral" do P&eacute; Grande, j&aacute; que assemelhava-se bastante em tamanho&nbsp;e em fei&ccedil;&otilde;es humanas, com uma denti&ccedil;&atilde;o similar. Como o macac&atilde;o j&aacute; foi extinto, o "parente" ainda vivo do P&eacute; Grande, na teoria, seria o Orangotango. Estima-se que o gigantopithecus tenha entrado em extin&ccedil;&atilde;o por n&atilde;o conseguir se adaptar &agrave;s mudan&ccedil;as ambientais e &agrave; dieta.
<h2>Cefal&oacute;pode gigante do Tri&aacute;ssico x Kraken</h2>
Em estudo realizado pelo paleont&oacute;logo Mark McMenamin, foi levantada a possibilidade de haver existido um Kraken real durante o per&iacute;odo Tri&aacute;ssico. A criatura, conhecida como um dos reis dos oceanos e devastadora de embarca&ccedil;&otilde;es e terras, pode n&atilde;o ser mais considerado um mito, mas sim um ser em extin&ccedil;&atilde;o. Apesar das discord&acirc;ncias entre Mark e seus colegas de equipe, o paleont&oacute;logo segue firme na ideia de que os restos encontrados de um enorme Ictiossauro podem ter sido resqu&iacute;cios da exist&ecirc;ncia de uma vida gigante nos mares, um cefal&oacute;pode que "brincava" com seus alimentos.
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<figure class="image" style="display: inline-block;"><img alt="" height="353" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/10/04/04175231565152.jpg" width="471" /> <figcaption>(Fonte: Divulga&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
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Conheça as versões reais de criaturas lendárias e fictícias

Imagem de Parasitas ajudaram a moldar sistemas nervoso e endócrino de animais no megacurioso

Batalha contra parasitas já dura milhões de anos e exerceu pressão seletiva para a evolução de animais

Pesquisadores est&atilde;o come&ccedil;ando a reunir pistas sobre a rela&ccedil;&atilde;o entre parasitas e hospedeiros a fim de descobrir como isso moldou algumas fun&ccedil;&otilde;es do c&eacute;rebro animal.&nbsp;O psic&oacute;logo Marco Del Giudice, da Universidade do Novo M&eacute;xico, publicou recentemente uma revis&atilde;o abrangente da pesquisa sobre esse assunto.
Chamada de "Designers Invis&iacute;veis: Evolu&ccedil;&atilde;o do C&eacute;rebro Atrav&eacute;s das Lentes da Manipula&ccedil;&atilde;o de Parasitas", a an&aacute;lise explica que o ataque parasit&aacute;rio implac&aacute;vel provavelmente moldou os sistemas nervoso e end&oacute;crino de seus hospedeiros. "Milh&otilde;es de anos de ataques pela manipula&ccedil;&atilde;o de organismos devem ter exercido uma forte press&atilde;o seletiva na evolu&ccedil;&atilde;o do c&eacute;rebro em animais", explica o pesquisador na publica&ccedil;&atilde;o especializada Quarterly Review of Biology.
<img alt=" height="495" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/10/05/05133316411005.jpg" width="990" />
(Fonte: Pixabay)
<h2>Manipulando sistemas</h2>
Pode parecer imposs&iacute;vel que algo t&atilde;o pequeno e simples quanto um organismo unicelular assuma o controle de uma forma de vida muito maior, mas voc&ecirc; pode identificar o fen&ocirc;meno com frequ&ecirc;ncia na natureza. Ratos t&ecirc;m uma rea&ccedil;&atilde;o instintiva e inata ao cheiro de um felino e que diz "fique longe". Isso &eacute; um sentido evolutivo b&aacute;sico, mas um rato infectado com Toxoplasma gondii n&atilde;o age dessa maneira.
O parasita tem um objetivo: obter acesso ao chamado "hospedeiro definitivo". Nesse caso, ele quer construir uma casa dentro de um gato. Os ratos infectados com Toxoplasma gondii perdem a avers&atilde;o ao cheiro dos felinos, aumentando bastante as chances de serem mortos e de o parasita migrar. Alguns pesquisadores constataram que os ratos at&eacute; se sentem atra&iacute;dos pelo aroma dos "inimigos" e apressam sua destrui&ccedil;&atilde;o.
<img alt=" height="495" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/10/05/05133038008004.jpg" width="990" />
(Fonte: Pixabay)
Como eles fazem isso? A qu&iacute;mica explica. Os neur&ocirc;nios se comunicam atrav&eacute;s de sinais qu&iacute;micos, por isso &eacute; essencial que os parasitas se insiram nesse processo. "Os parasitas podem penetrar o c&eacute;rebro e atac&aacute;-lo por dentro ou secretar compostos neuroativos que o atingir&atilde;o atrav&eacute;s da circula&ccedil;&atilde;o", diz Del Giudice. "Nos dois casos, eles precisam superar a interface sangue-c&eacute;rebro e suas defesas".
O corpo e o c&eacute;rebro tamb&eacute;m trocam informa&ccedil;&otilde;es por meio de subst&acirc;ncias qu&iacute;micas liberadas por &oacute;rg&atilde;os end&oacute;crinos, como tireoide e g&ocirc;nadas, al&eacute;m de partes do sistema imunol&oacute;gico. Um parasita pode se alojar em um &oacute;rg&atilde;o ou manipul&aacute;-lo do lado de fora. "Os horm&ocirc;nios produzidos por esses &oacute;rg&atilde;os modulam a fun&ccedil;&atilde;o cerebral e podem afetar poderosamente o comportamento", ressalta o pesquisador.
Existem muitos outros exemplos de animais sendo manipulados por parasitas. As formigas infectadas por uma lombriga chamada Myrmeconema neotropicumturns mudam de preto para vermelho, atraindo p&aacute;ssaros famintos, o hospedeiro definitivo do verme. Alguns peixes doentes perdem a coordena&ccedil;&atilde;o motora e se tornam presas mais f&aacute;ceis, espalhando esses seres.
Os parasitas tentam sequestrar animais h&aacute; muito tempo. Felizmente, longos s&eacute;culos de exposi&ccedil;&atilde;o a parasitas hostis levaram a defesas que dificultam a perman&ecirc;ncia deles no c&eacute;rebro. Del Giudice diz que poderia haver muito mais desses confrontos polim&oacute;rficos bloqueados em nosso DNA h&aacute; milh&otilde;es de anos.
<h2>Li&ccedil;&otilde;es e avan&ccedil;os</h2>
Outra li&ccedil;&atilde;o que os parasitas podem nos ensinar vem de um terr&iacute;vel exemplo, em que as vespas preparam quimicamente as baratas para serem suas v&iacute;timas. A vespa simplesmente injeta um coquetel qu&iacute;mico na cabe&ccedil;a da barata, bombeando os g&acirc;nglios do inseto com uma mistura de dopamina, octopamina e receptores opioides. Sob a influ&ecirc;ncia qu&iacute;mica, a barata se limpa compulsivamente por meia hora enquanto a vespa prepara um ninho; quando volta e encontra a barata exausta, mutila sua antena e a leva de volta ao ninho, onde a v&iacute;tima fica parada enquanto a vespa coloca a larva dentro de seu corpo.
<iframe width="853" height="480" src="https://www.youtube.com/embed/ovo_T0KqdYg?start=0" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
Esse exemplo aponta para a efic&aacute;cia de parasitas que n&atilde;o dependem de apenas um produto qu&iacute;mico para obter acesso ao c&eacute;rebro animal. Os parasitas de sucesso tendem a obter acesso usando v&aacute;rias vias qu&iacute;micas em vez de se especializar em apenas uma.
H&aacute; tamb&eacute;m uma tend&ecirc;ncia de escalonar os ataques, preparando-se para a grande intrus&atilde;o com uma barragem de produtos qu&iacute;micos que coloca o campo em vantagem. Como as defesas de artilharia em um campo de batalha militar, alguns parasitas estimulam a produ&ccedil;&atilde;o de dopamina do hospedeiro, o que interfere nas rea&ccedil;&otilde;es defensivas, antes de liberar os produtos qu&iacute;micos invasivos destinados a se infiltrar no c&eacute;rebro ou &oacute;rg&atilde;o do sistema nervoso.
A influ&ecirc;ncia dos parasitas na evolu&ccedil;&atilde;o pode ter implica&ccedil;&otilde;es modernas. Saber como ajudar o corpo a se defender contra parasitas &eacute; apenas uma parte da equa&ccedil;&atilde;o. Assim como eles, os seres humanos tamb&eacute;m est&atilde;o tentando entender o funcionamento do pr&oacute;prio c&eacute;rebro.
Saber como transportar produtos qu&iacute;micos atrav&eacute;s da barreira hematoencef&aacute;lica &eacute; fundamental no desenvolvimento de tratamentos com medicamentos para transtornos do humor. "Se o c&eacute;rebro humano contiver contramedidas evolu&iacute;das &agrave; manipula&ccedil;&atilde;o", escreve Del Giudice, "as implica&ccedil;&otilde;es para a psicofarmacologia podem ser profundas. Os tratamentos farmacol&oacute;gicos padr&atilde;o podem imitar involuntariamente um ataque parasita e desencadear respostas defensivas especializadas".

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Parasitas ajudaram a moldar sistemas nervoso e endócrino de animais

Imagem de Poeira de asteroide pode ter impactado a criação da vida no megacurioso

Asteroide de 465 milhões de anos pode ter sido responsável por explosão na vida marinha

Cientistas est&atilde;o considerando que o resfriamento do planeta e a explos&atilde;o da biodiversidade possam ter sido gerados h&aacute; cerca de 466 milh&otilde;es de anos por um aster&oacute;ide que nunca chegou a colidir com a Terra. A <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/110744-ao-que-tudo-indica-cientistas-acharam-uma-rocha-terrestre-na-lua.htm">rocha</a>, que acredita-se ter pertencido &agrave; &oacute;rbita de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/111861-spacex-esta-a-procura-de-locais-para-descer-e-montar-bases-em-marte.htm">Marte</a>, possivelmente filtrou a luz solar durante seu caminho &agrave; atmosfera terrestre, foi transformada, ap&oacute;s a destrui&ccedil;&atilde;o, em poeira e micrometeoritos, causando a abrupta diminui&ccedil;&atilde;o da temperatura do planeta.

Durante a &eacute;poca do considerado resfriamento, milh&otilde;es de anos antes do surgimento dos dinossauros, o grande alicerce terrestre era a constitui&ccedil;&atilde;o dos oceanos, que abrigavam quase a totalidade das esp&eacute;cies existentes no planeta.&nbsp;&ldquo;Era um mundo dominado por organismos marinhos invertebrados&rdquo;, diz Rebecca Freeman, paleont&oacute;loga da Universidade de Kentucky. &ldquo;Provavelmente, o principal predador dessa &eacute;poca teria sido um cefal&oacute;pode&rdquo;, continua Freeman, na tentativa de argumentar sobre a origem de novas esp&eacute;cies em evento de explos&atilde;o de vida conhecido como&nbsp;Grande Evento de Biodiversifica&ccedil;&atilde;o do <a href="https://www.megacurioso.com.br/dinossauros-e-fosseis/46807-voce-sabia-que-a-extincao-dos-dinossauros-nao-foi-a-maior-da-historia.htm">Ordoviciano</a>, momento que triplicou o n&uacute;mero de organismos invertebrados.

Outro evento que pode ter influenciado diretamente na constitui&ccedil;&atilde;o de vida na Terra foi a composi&ccedil;&atilde;o mineral identificada em f&oacute;sseis de aster&oacute;ides aquecidos na mesma data, cerca de 470 milh&otilde;es de anos atr&aacute;s. Ap&oacute;s an&aacute;lise das rochas,&nbsp;Birger Schmitz, ge&oacute;grafo da Universidade de Lund, Su&eacute;cia, caminhou&nbsp;pela inspe&ccedil;&atilde;o de dois elementos em especial: uma forma modificada de H&eacute;lio e uma esp&eacute;cie mineral, ambos transportados pela poeira e que poderiam ter agido com fertilizante para a vida mar&iacute;tima.

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<figure class="image" style="display:inline-block"><img alt=" height="533" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/09/24/24102321936173.jpg" width="800" />
<figcaption>(Fonte:&nbsp;Image: Tocktrek Images/ Divulga&ccedil;&atilde;o)</figcaption>
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&ldquo;H&aacute; muito mais micrometeoritos caindo na Terra do que meteoritos grandes, ent&atilde;o concebi uma das ideias mais loucas que j&aacute; tive&rdquo;, diz Schmitz. &ldquo;N&atilde;o era t&atilde;o louco assim, mas na &eacute;poca parecia.&rdquo;. Explica o ge&oacute;logo, que tentou corroer em &aacute;cido para separar os micrometeoritos de cromita existentes nos sedimentos do aster&oacute;ide, simulando o calor adquirido durante a entrada na atmosfera.&nbsp;Ap&oacute;s an&aacute;lise&nbsp;estrutural, percebeu um aumento na&nbsp;quantidade de cromito, revelando a sedimenta&ccedil;&atilde;o do aster&oacute;ide e a lenta transforma&ccedil;&atilde;o em <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/111686-cientistas-encontram-poeira-espacial-de-supernova-na-antartida.htm">poeira</a>.

Assim, chegou-se &agrave; sugest&atilde;o que o aster&oacute;ide de cerca de 150 quil&ocirc;metros de comprimento lotou o Sistema Solar de fragmentos e&nbsp;que sua explos&atilde;o trouxe peda&ccedil;os &agrave; Terra, podendo ter sido respons&aacute;vel pela constitui&ccedil;&atilde;o da vida e forma&ccedil;&atilde;o de novas esp&eacute;cies.

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Poeira de asteroide pode ter impactado a criação da vida

Imagem de Rosto de Denisovano é recriado pela 1ª vez graças a amostra de DNA no megacurioso

Apesentamos a você a aparência de um de nossos parentes pré-históricos!

Se por um lado estamos superacostumados a ver estudos e reconstru&ccedil;&otilde;es da apar&ecirc;ncia de diversos de nossos parentes pr&eacute;-hist&oacute;ricos, como &eacute; o caso dos neandertais, por exemplo, existem outros sobre os quais se sabe bem pouco. Entre eles s&atilde;o os homin&iacute;deos de Denisova, uma esp&eacute;cie extinta do g&ecirc;nero Homo cuja exist&ecirc;ncia s&oacute; foi identificada h&aacute; cerca de 1 d&eacute;cada &ndash;depois da descoberta de alguns fragmentos de ossos em uma caverna na Sib&eacute;ria. 

Tamb&eacute;m conhecidos simplesmente como denisovanos, esses homin&iacute;deos est&atilde;o entre os nossos antigos parentes mais enigm&aacute;ticos &ndash; uma vez que tudo o que se encontrou deles foram alguns dentes, uma mand&iacute;bula, uma falange e pouco mais. No entanto, agora, gra&ccedil;as a amostras de DNA que foram coletadas dessas criaturas, uma equipe de cientistas conseguiu reconstruir pela 1&ordf; vez a fisionomia desses misteriosos homin&iacute;deos e voc&ecirc; pode conferir em mais detalhes a seguir:

<figure class="image"><img alt="" height="812" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/09/25/25001559062049.jpg" width="650" />
<figcaption>(Fonte: Live Science / Cell / Maayan Harel / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption>
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<h2 style="margin-bottom: 11px;">Reconstruindo o passado</h2>

Para criar a reconstru&ccedil;&atilde;o que voc&ecirc; acabou de ver acima, os cientistas &ndash; da Universidade Hebraica de Jerusal&eacute;m, em Israel &ndash; coletaram um pouquinho de material a partir do ossinho de dedo encontrado na caverna siberiana e submeteram a amostra a uma t&eacute;cnica de mapeamento gen&eacute;tico chamada &ldquo;mapa de metila&ccedil;&atilde;o do DNA&rdquo;. Os resultados apontaram que se trata do osso de uma mulher jovem que viveu h&aacute; 100 mil anos e o sequenciamento foi comparado com o de neandertais e humanos modernos tamb&eacute;m, para identificar poss&iacute;veis semelhan&ccedil;as e fei&ccedil;&otilde;es &uacute;nicas da esp&eacute;cie.

Considerando que os denisovanos chegaram a coexistir com os neandertais e os humanos modernos h&aacute; milhares de anos, n&atilde;o &eacute; de estranhar que a apar&ecirc;ncia da mo&ccedil;a tivesse tra&ccedil;os semelhantes &agrave;s dos outros 2. Mesmo assim, o mapeamento gen&eacute;tico revelou diversas diferen&ccedil;as anat&ocirc;micas entre as 3 esp&eacute;cies, algumas delas extremas.

<figure class="image"><img alt="" height="960" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/09/25/25001652609050.jpg" width="793" />
<figcaption>(Fonte: New Atlas / Cell / Maayan Harel / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption>
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Para come&ccedil;ar, os cientistas descobriram que os homin&iacute;deos de Denisova tinham cr&acirc;nios mais largos do que os dos neandertais e os dos humanos modernos e, embora tivessem a arcada dent&aacute;ria semelhante &agrave; dos humanos &ndash; e, portanto, dentes projetados para fora &ndash;, seus queixos eram pequenos e seus rostos eram mais alongados e as testas menos avantajadas, como nos neandertais.

A pelve e a caixa tor&aacute;cica tamb&eacute;m eram maiores do que a dos humanos modernos &ndash; e mais parecidas &agrave;s dos neandertais &ndash;, e os denisovanos tinham as pontas dos dedos das m&atilde;os mais largas do que as outras 2 esp&eacute;cies. Contudo, apesar dessas fei&ccedil;&otilde;es mais ou menos comuns, no total, os pesquisadores identificaram 56 caracter&iacute;sticas &uacute;nicas dos homin&iacute;deos de Denisova, sendo 34 delas s&oacute; no cr&acirc;nio. 

<h2 style="margin-bottom: 11px;">Redescobrindo antigos ancestrais</h2>

A metila&ccedil;&atilde;o consiste em modifica&ccedil;&otilde;es qu&iacute;micas no DNA que podem ser herdadas ou removidas sem alterar a sequ&ecirc;ncia da mol&eacute;cula original &ndash; e, sendo assim, podem ser identificadas e examinadas. No caso do estudo que culminou na reconstru&ccedil;&atilde;o do rosto da jovem denisovana, os cientistas examinaram os padr&otilde;es de metila&ccedil;&atilde;o presentes em seu DNA e no de neandertais e humanos modernos para identificar quais estavam presentes ou divergiam nessas 3 esp&eacute;cies e quais delas poderiam afetar os seus atributos f&iacute;sicos.

<figure class="image"><img alt="" height="960" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/09/25/25001836060051.jpg" width="1240" />
<figcaption>(Fonte: New Atlas / Cell / Maayan Harel / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption>
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Com os resultados em m&atilde;os, os pesquisadores conseguiram determinar quais partes dos esqueletos de denisovanos, neandertais e humanos apresentam semelhan&ccedil;as ou diferen&ccedil;as entre si. Al&eacute;m disso, para garantir a precis&atilde;o das caracter&iacute;sticas encontradas, os cientistas aplicaram a mesma t&eacute;cnica em neandertais e chimpanz&eacute;s, uma vez que a sua anatomia j&aacute; &eacute; bastante conhecida, obtendo um &iacute;ndice de 85% de precis&atilde;o, o que significa que a reconstru&ccedil;&atilde;o do rosto da denisovana &eacute; bem apurado. E voc&ecirc;, caro leitor, o que achou?

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Rosto de Denisovano é recriado pela 1ª vez graças a amostra de DNA

Imagem de Pelve de 10 milhões de anos pode "mudar" o passado da evolução no megacurioso

Exemplar antigo de Rudapithecus era antepassado nosso e dos macacos africanos modernos, e teria capacidade de andar em duas patas

A descoberta de um f&oacute;ssil de pelve de 10 milh&otilde;es de anos pode alterar a maneira como entendemos a evolu&ccedil;&atilde;o do ser humano, especialmente no que diz respeito &agrave; maneira de andar &mdash; em quatro ou duas patas.&nbsp;O f&oacute;ssil foi encontrado perto de uma antiga cidade mineira em Ruab&aacute;nya, na Hungria e pertence a um antigo macaco chamado Rudapithecus.

Raramente preservado por tanto tempo, a pelve &eacute; um dos ossos mais informativos do esqueleto e, quando os pesquisadores analisaram o f&oacute;ssil, descobriram que o bipedalismo humano &ndash; capacidade de se mover sobre duas pernas &ndash; pode ter origens ancestrais diferentes das que se imaginava.

Os respons&aacute;veis pelo estudo do f&oacute;ssil s&atilde;o o professor de antropologia da Universidade de Toronto&nbsp;David Begun, que descobriu a pelve na Europa Central, e Carol Warad, da Universidade do Missouri, que foi convidada por Begun. O trabalho de pesquisa analisou ossos, mand&iacute;bulas e dentes e apontou que o Rudapithecus era parente &mdash; um ancestral &mdash; dos macacos e humanos modernos.

<img alt="" height="728" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/09/23/23201843315086.jpg" width="340" />

Foto: University of Missouri

De acordo com Ward, professor de patologia e ci&ecirc;ncias anat&ocirc;micas, o Rudapithecus era muito parecido com os macacos que conhecemos e provavelmente se movia entre galhos, com o corpo ereto e utilizando os bra&ccedil;os para subir. Apesar disso, h&aacute; uma diferen&ccedil;a fundamental: regi&atilde;o lombar mais flex&iacute;vel. Com isso, ele teria sido capaz de ficar de p&eacute;, assim como os humanos. 

Os macacos africanos modernos possuem uma pelve longa e a regi&atilde;o lombar curta, o que resultaria no andar sobre as quatro patas quando est&atilde;o no ch&atilde;o. J&aacute; os humanos t&ecirc;m lombares mais longas e flex&iacute;veis, o que permite ficar de p&eacute; e caminhar sobre duas pernas, caracter&iacute;stica da evolu&ccedil;&atilde;o humana.

O estudo explica que, se a evolu&ccedil;&atilde;o humana tivesse realmente partido de um macaco africano, seriam necess&aacute;rias mudan&ccedil;as significativas para alongar a regi&atilde;o lombar e diminuir a pelve, j&aacute; se a evolu&ccedil;&atilde;o partiu de um ancestral semelhante ao Rudapithecus, essa transi&ccedil;&atilde;o teria sido muito mais suave e direta.

A descoberta deixou os pesquisadores com mais perguntas do que respostas: pode at&eacute; ser, inclusive, que em vez de n&oacute;s humanos e macacos termos um ancestral quadr&uacute;pede em comum &mdash; e a partir da&iacute; os homens e mulheres terem desenvolvido a capacidade de serem b&iacute;pedes &mdash;, na verdade foram nossos primos primatas que teriam perdido a capacidade de andar em duas pernas, habilidade que herdamos de l&aacute; para c&aacute;.

<img alt="" height="686" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/09/23/23201944486087.jpg" width="940" />

Ilustra&ccedil;&atilde;o: John Sibbick

Apesar de bastante preservado, o f&oacute;ssil n&atilde;o estava 100% completo e a equipe utilizou t&eacute;cnicas de modelagem 3D para concluir digitalmente sua forma, comparando assim com os modelos de animais modernos. O pr&oacute;ximo passo da equipe ser&aacute; analisar outras partes do corpo para conseguir precisar como ele se movia.

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Pelve de 10 milhões de anos pode 'mudar' o passado da evolução

Imagem de Animais primitivos podem ter controlado sua própria evolução no megacurioso

Pesquisadores descobriram que não é apenas o oxigênio do planeta que controla os animais, mas que eles também podem ter contribuído para o desenvolvimento da vida na Terra

Cientistas do Instituto GLOBE da Faculdade de Sa&uacute;de e Ci&ecirc;ncias M&eacute;dicas na Universidade de Copenhague, na Dinamarca, divulgaram em setembro&nbsp;uma pesquisa in&eacute;dita sobre como a rela&ccedil;&atilde;o entre a produ&ccedil;&atilde;o de algas e oxig&ecirc;nio pode&nbsp;ter afetado o desenvolvimento e a evolu&ccedil;&atilde;o de outras formas de vida no planeta.&nbsp;
Pela primeira vez, o n&iacute;vel de oxig&ecirc;nio da Terra, o que &eacute; chamado de seu "batimento card&iacute;aco", foi medido, revelando que a din&acirc;mica entre as esp&eacute;cies pode ser regulada entre eles. Para isso, os pesquisadores examinaram o calc&aacute;rio depositado no fundo do oceano durante a explos&atilde;o cambriana, que ocorreu cerca de 540 a 520 milh&otilde;es de anos atr&aacute;s. A propor&ccedil;&atilde;o de ur&acirc;nio-238 para ur&acirc;nio-235 revela a quantidade de oxig&ecirc;nio existente nos oceanos na &eacute;poca.
<img alt="" height="710" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/09/17/17233629021177.jpg" width="1000" />F&oacute;sseis da era cambriana. Fonte: Smithsonian
"Conseguimos medir o 'batimento card&iacute;aco da Terra' &mdash;&nbsp;entendido como a din&acirc;mica entre o n&iacute;vel de oxig&ecirc;nio e a produtividade no planeta. Descobrimos que n&atilde;o s&atilde;o apenas o meio ambiente e o n&iacute;vel de oxig&ecirc;nio que afetam os animais, mas, provavelmente, os animais tamb&eacute;m afetam o n&iacute;vel de oxig&ecirc;nio'', diz Tais Wittchen Dahl, professor associado do Instituto GLOBE da Faculdade de Sa&uacute;de e Ci&ecirc;ncias M&eacute;dicas na Universidade de Copenhague.
Durante a explos&atilde;o cambriana, a diversidade de animais, especialmente os marinhos, cresceu muito. Os animais evolu&iacute;ram, cresceram e, com isso, ampliaram sua capacidade de locomo&ccedil;&atilde;o.
Eles atravessaram a lama no fundo do oceano e, como resultado, grande parte do fosfato contido na &aacute;gua foi armazenada no fundo do mar. O fosfato &eacute; um nutriente para as algas nos oceanos&nbsp;e elas realizam fotoss&iacute;ntese, que produz oxig&ecirc;nio. &ldquo;Menos fosfato produziu menos algas, o que, com o tempo geol&oacute;gico, levou a menos oxig&ecirc;nio na Terra e, por isso, os animais maiores se afastaram. Depois que eles se foram, o n&iacute;vel de oxig&ecirc;nio p&ocirc;de subir novamente e criar condi&ccedil;&otilde;es favor&aacute;veis de vida.&nbsp;E&nbsp;ent&atilde;o o processo se repete&rdquo;, explica Dahl.
<h2 dir="ltr">Oxig&ecirc;nio</h2>
Durante as pesquisas, os cientistas encontraram no fundo do oceano, camadas de corpos oxigenados e com falta de oxig&ecirc;nio, respectivamente. Essas altera&ccedil;&otilde;es globais podem ter sido causadas pelos pr&oacute;prios animais, de acordo com a equipe.
Compreender os mecanismos que controlam o n&iacute;vel de oxig&ecirc;nio em nosso planeta e, consequentemente, nossa evolu&ccedil;&atilde;o, &eacute; importante at&eacute; para entender a poss&iacute;vel vida em outros planetas, dizem os pesquisadores. &ldquo;O oxig&ecirc;nio &eacute; um biomarcador &mdash;&nbsp;parte do que voc&ecirc; procura quando busca&nbsp;vida em outras partes do universo. E se a pr&oacute;pria vida ajuda a controlar o n&iacute;vel de oxig&ecirc;nio, &eacute; muito mais prov&aacute;vel que tamb&eacute;m haja vida em locais onde o oxig&ecirc;nio est&aacute; presente&rdquo;, diz Dahl.

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