Ancestrais humanos preservavam e armazenavam alimentos

16/10/2019 às 05:002 min de leitura

Uma equipe de cientistas analisou ossos de animais encontrados no interior de uma caverna chamada Qesem, situada pertinho de Tel Aviv, em Israel, e chegou a uma conclusão muito interessante: nossos ancestrais já se preocupavam em se preparar para épocas de “vacas magras” há centenas de milhares de anos e preservavam e armazenavam alimentos para depois.

Planejamento

De acordo com a BBC, os pesquisadores examinaram mais de 80 mil fragmentos de ossos de animais descobertos em Qesem e identificaram alguns sinais de corte bem específicos na superfície de 78% deles. Depois, foram conduzidos uma série de experimentos em que os cientistas manipularam ossos de animais que eles mesmos prepararam e mantiveram armazenados por algum tempo para tentar replicar as mesmas marcas encontradas nos exemplares da caverna.

(Fonte: BBC / PA Media / Reprodução)

Os testes indicaram que impressões semelhantes eram produzidas quando se tentava extrair as membranas que recobrem os ossos já bastante aderidas e ressecadas – indicando que, embora a carne tivesse sido consumida, os ossos eram guardados para que, em momentos de escassez, se pudesse obter a medula, que consiste em um material rico em gorduras e nutrientes. Aliás, essa operação, quando realizada em espécimes armazenados por mais tempo, exigia um esforço considerável por parte dos nossos antigos ancestrais.

Além disso, o interessante é que a caverna onde os fragmentos foram encontrados foi ocupada por humanos que viveram entre 200 mil e 420 mil anos atrás – e este representa o exemplo mais antigo de um planejamento relacionado com a disponibilidade de alimentos. Descobertas anteriores apontaram que os nossos ancestrais consumiam a medula dos ossos logo após ingerir os demais tecidos e não se preocupavam em guardar nada depois.

(Fonte: BBC / PA Media / Reprodução)

No caso de Qesem, os povos que ocupavam a região caçavam principalmente cervos – da espécie Dama dama – e, embora a carne e gordura fossem removidas das carcaças nos locais em que os animais eram mortos, os crânios e patas eram levados para a caverna, onde a medula podia ser armazenada e manter suas propriedades nutricionais por períodos de até 9 semanas ou o equivalente a pouco mais de 2 meses.

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