Poeira de asteroide pode ter impactado a criação da vida

25/09/2019 às 15:002 min de leitura

Cientistas estão considerando que o resfriamento do planeta e a explosão da biodiversidade possam ter sido gerados há cerca de 466 milhões de anos por um asteróide que nunca chegou a colidir com a Terra. A rocha, que acredita-se ter pertencido à órbita de Marte, possivelmente filtrou a luz solar durante seu caminho à atmosfera terrestre, foi transformada, após a destruição, em poeira e micrometeoritos, causando a abrupta diminuição da temperatura do planeta.

Durante a época do considerado resfriamento, milhões de anos antes do surgimento dos dinossauros, o grande alicerce terrestre era a constituição dos oceanos, que abrigavam quase a totalidade das espécies existentes no planeta. “Era um mundo dominado por organismos marinhos invertebrados”, diz Rebecca Freeman, paleontóloga da Universidade de Kentucky. “Provavelmente, o principal predador dessa época teria sido um cefalópode”, continua Freeman, na tentativa de argumentar sobre a origem de novas espécies em evento de explosão de vida conhecido como Grande Evento de Biodiversificação do Ordoviciano, momento que triplicou o número de organismos invertebrados.

Outro evento que pode ter influenciado diretamente na constituição de vida na Terra foi a composição mineral identificada em fósseis de asteróides aquecidos na mesma data, cerca de 470 milhões de anos atrás. Após análise das rochas, Birger Schmitz, geógrafo da Universidade de Lund, Suécia, caminhou pela inspeção de dois elementos em especial: uma forma modificada de Hélio e uma espécie mineral, ambos transportados pela poeira e que poderiam ter agido com fertilizante para a vida marítima.

(Fonte: Image: Tocktrek Images/ Divulgação)

“Há muito mais micrometeoritos caindo na Terra do que meteoritos grandes, então concebi uma das ideias mais loucas que já tive”, diz Schmitz. “Não era tão louco assim, mas na época parecia.”. Explica o geólogo, que tentou corroer em ácido para separar os micrometeoritos de cromita existentes nos sedimentos do asteróide, simulando o calor adquirido durante a entrada na atmosfera. Após análise estrutural, percebeu um aumento na quantidade de cromito, revelando a sedimentação do asteróide e a lenta transformação em poeira.

Assim, chegou-se à sugestão que o asteróide de cerca de 150 quilômetros de comprimento lotou o Sistema Solar de fragmentos e que sua explosão trouxe pedaços à Terra, podendo ter sido responsável pela constituição da vida e formação de novas espécies.

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