
Ciência
04/09/2019 às 16:00•2 min de leitura
A SpaceX está à procura de locais para aterrissagem e instalação do acampamento da primeira missão a Marte. A descoberta foi feita pelo historiador espacial Robert Zimmerman, depois de achar, em um novo lote de imagens da sonda Mars Reconnaissance Orbiter (MRO), algumas com o título "Possível local de desembarque da nave espacial SpaceX"
A MRO carrega o HiRISE, um telescópio que fotografa a superfície da órbita marciana, captando imagens cada vez que passa acima do local. Oito dos nove pontos selecionados estão na fronteira de duas grandes regiões: Arcadia Planitia (ao norte) e Amazonis Planitia (ao sul). São áreas relativamente planas, sem pedras, quentes e um pouco menos propensas a perigos vindos do céu.
As primeiras missões estariam a caminho de Marte em meados da próxima década. Cada ponto selecionado mostrou indícios de conter gelo enterrado, que poderia ser extraído e convertido em água, ar e combustível de foguete. No local escolhido pousaria o Starship, foguete em dois estágios para cem pessoas e 150 toneladas de carga
O Starship seria movido a metano e reabastecido através de um processo chamado Reação Sabatier. Usando energia solar, ele transforma água e o dióxido de carbono da atmosfera marciana em metano – que, com o oxigênio extraído da água, poderia ser usado ainda para fornecer ar e água potável.
Ainda não existe uma nave espacial capaz de atingir a órbita de Marte ou aterrissar no planeta. Também não se sabe como o gelo seria extraído ou como erguer habitats que reciclem recursos e mantenham as pessoas vivas.
A SpaceX, porém, já está testando motores Raptor movidos a metano e usando um deles em um protótipo chamado Starhopper, que alcançou a marca dos 150 metros no ar no último dia 25 de julho. O trabalho agora se concentra na construção de outros dois, maiores e capazes de alcançar a órbita terrestre. A intenção da SpaceX é fazê-los subir 20 quilômetros em outubro e depois, lançá-los em órbita da Terra.