Imagem de Dente de rinoceronte extinto revoluciona estudos sobre evolução no megacurioso

Descoberta de informações genéticas de quase 2 milhões de anos pode abrir novos caminhos para a investigação da evolução de centenas de espécies

A busca de pesquisadores e cientistas por informa&ccedil;&otilde;es importantes que possam ajudar a compreender a curva evolutiva ganhou um refor&ccedil;o de peso. Extinto, o rinoceronte Stephanorhinus, que viveu na Eurasia durante o Pleistoceno, deixou uma pista de 1,77 milh&atilde;o de anos.
Pesquisadores descobriram um dente f&oacute;ssil do rinoceronte em Dmanisi, na Georgia, e com aux&iacute;lio de uma tecnologia inovadora chamada espectrometria de massa, que sequencia prote&iacute;nas antigas, conseguiram recuperar informa&ccedil;&otilde;es gen&eacute;ticas antes inating&iacute;veis com o sequenciamento de DNA.&nbsp;Os cientistas conseguiram identificar um conjunto quase completo de prote&iacute;nas no esmalte dental do rinoceronte. As informa&ccedil;&otilde;es gen&eacute;ticas resultantes s&atilde;o um milh&atilde;o de anos mais antigas do que o DNA mais velho j&aacute; sequenciado.
As descobertas a partir do f&oacute;ssil encontrado podem permitir que os cientistas reconstruam com precis&atilde;o a evolu&ccedil;&atilde;o a partir de tempos muito mais remotos. &ldquo;Por 20 anos, o DNA antigo tem sido usado para resolver quest&otilde;es sobre a evolu&ccedil;&atilde;o de esp&eacute;cies extintas, adapta&ccedil;&atilde;o e migra&ccedil;&atilde;o humana, mas tem limita&ccedil;&otilde;es.&nbsp;Pela primeira vez, recuperamos informa&ccedil;&otilde;es gen&eacute;ticas antigas que nos permitem reconstruir a evolu&ccedil;&atilde;o muito al&eacute;m do limite de tempo usual da preserva&ccedil;&atilde;o do DNA &rdquo;, diz o primeiro autor da pesquisa, Enrico Cappellini, professor do Globe Institute, da Universidade de Copenhague. Para ele, essa nova descoberta marca um novo cap&iacute;tulo no estudo da evolu&ccedil;&atilde;o molecular.
<h2 style="margin-bottom: 11px;">Esmalte dos dentes do rinoceronte&nbsp;escondia prote&iacute;nas</h2>
Os pesquisadores descobriram que o conjunto de prote&iacute;nas presentes no esmalte dos dentes do rinoceronte dura mais que o DNA e &eacute; geneticamente mais informativo que o col&aacute;geno, &uacute;nica prote&iacute;na que havia sido recuperada em f&oacute;sseis com mais de um milh&atilde;o de anos.
<img alt="" height="420" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/09/16/16202254317256.jpg" width="770" />
Foto:&nbsp;Mirian Kiladze, Georgian National Museum
O sequenciamento das prote&iacute;nas encontradas baseado em espectrometria de massa expande a possibilidade de recuperar informa&ccedil;&otilde;es gen&eacute;ticas confi&aacute;veis e ricas de f&oacute;sseis de mam&iacute;feros com milh&otilde;es de anos. &ldquo;Basicamente, essa abordagem pode nos dizer n&atilde;o apenas as esp&eacute;cies e o g&ecirc;nero de um f&oacute;ssil antigo, mas tamb&eacute;m podemos tra&ccedil;ar uma linha evolutiva &nbsp;tudo a partir de um &uacute;nico dente", diz o co-correspondente autor Jesper Velgaard Olsen, do Centro de Pesquisa de Prote&iacute;nas da Funda&ccedil;&atilde;o Novo Nordisk.
<h2 style="margin-bottom: 11px;">Sequenciamento mais confi&aacute;vel que o DNA</h2>
A descoberta &eacute; revolucion&aacute;ria e o sequenciamento das prote&iacute;nas antigas do f&oacute;ssil abre caminhos at&eacute; ent&atilde;o inimagin&aacute;veis. O professor Eske Willerslev, autor principal do artigo que foi publicado na revista Nature, explica que existem esp&eacute;cies extintas de seres humanos primitivos das quais os cientistas n&atilde;o conseguiram extrair nenhum DNA e com essa pesquisa, abre-se muitas oportunidades para estudos evolutivos adicionais em humanos e mam&iacute;feros que o DNA n&atilde;o permite. &ldquo;Ele revolucionar&aacute; os m&eacute;todos de investiga&ccedil;&atilde;o da evolu&ccedil;&atilde;o com base em marcadores moleculares e abrir&aacute; um novo campo completo de estudos moleculares antigos&rdquo;, ressalta.
A descoberta pode mudar completamente a compreens&atilde;o de como a vida animal evoluiu, permitindo que cientistas coletem dados gen&eacute;ticos de f&oacute;sseis antigos e construam com mais precis&atilde;o a evolu&ccedil;&atilde;o de centenas de esp&eacute;cies, inclusive a nossa.

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Dente de rinoceronte extinto revoluciona estudos sobre evolução

Imagem de Enjoo pode ser uma prova da evolução no megacurioso

Náuseas causadas por causa de movimentos em embarcações e em carros têm uma explicação evolutiva

Sabe aquele enjoo que sentimos ao tentar andar no carro ou em qualquer outro ve&iacute;culo lendo ou fazendo outros movimentos? Ou as n&aacute;uses sentidas quando viajamos em alguma embarca&ccedil;&atilde;o, devido &agrave;&nbsp;movimenta&ccedil;&atilde;o das ondas? Segundo pesquisadores, tudo isso &eacute; normal e mais: seria um sinal claro da evolu&ccedil;&atilde;o das esp&eacute;cies. Isso porque, enquanto h&aacute; 4,1 bilh&otilde;es de anos atr&aacute;s&nbsp;os primeiros organismos vivos que surgiram no planeja eram simples, o aumento nos n&iacute;veis de c&aacute;lcio e oxig&ecirc;nio na atmosfera (de&nbsp;cerca de 550 milh&otilde;es de anos) levaram ao desenvolvimento do ouvido interno e dos &oacute;rg&atilde;os do equil&iacute;brio.&nbsp;

E pode-se dizer a&iacute; que o enjoo tamb&eacute;m come&ccedil;ou. A primeira pessoa a falar sobre o enjoo de movimento, termo utilizado para descrever o mal estar causado nas pessoas&nbsp;principalmente durante viagens em barcos, foi o m&eacute;dico grego Hip&oacute;crates, que disse que &quot;navergar no mar prova que o movimento perturba o corpo&quot;.

Cerca de 65% das pessoas sofre de enjoo de&nbsp;movimento, sendo que a sensibilidade maior ocorre entre as mulheres e crian&ccedil;as&nbsp;at&eacute; os 11 anos de idade.

<h2>Qual &eacute; a explica&ccedil;&atilde;o para o enjoo?</h2>

A mais simples &eacute; de que o movimento &quot;engana&quot; o seu c&eacute;rebro, j&aacute; que a mensagem que seus olhos veem &eacute; diferente daquilo que o&nbsp;seu corpo sente. Como voc&ecirc; estaria respondendo &agrave;quela mensagem no celular se ao seu redor tudo est&aacute; se mexendo, inclusive voc&ecirc;, que est&aacute; se deslocando para outro lugar?&nbsp;Al&eacute;m dos seres humanos, os pets tamb&eacute;m sofrem muito com&nbsp;enjoo de movimento. Uma an&aacute;lise dos nossos ancestrais&nbsp;revela&nbsp;que o sistema de equil&iacute;brio do ser humano foi herdado dos peixes com mand&iacute;bula &oacute;ssea, prova da evolu&ccedil;&atilde;o das esp&eacute;cies.&nbsp;

Acredita-se hoje que&nbsp;at&eacute; mesmo os caranguejos, lagostas e lagostins&nbsp;sofram de enjoo de movimento&nbsp;por tamb&eacute;m possu&iacute;rem um sistema de equil&iacute;brio que assemelha-se ao do ser humano.

A &uacute;nica coisa que n&atilde;o evoluiu nesses milh&otilde;es de anos foi um tratamento para acabar de vez com o enjoo de&nbsp;movimento. H&aacute; alguns rem&eacute;dios que diminuem os sintomas, mas, de acordo com especialistas, o que mais ajuda a acabar com o mal estar&nbsp;&eacute; fazer com o que seu corpo se acostume com o movimento. Por isso, algumas pessoas conseguem ler durante seu trajeto de &ocirc;nibus, carro ou que s&atilde;o pouco impactadas durante uma viagem pelo mar.

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Enjoo pode ser uma prova da evolução

Imagem de Do chimpanzé ao homem: a evolução é simples assim? no megacurioso

Para filósofos, representação do macaco que vira homem reforça preconceitos

Voc&ecirc; j&aacute; deve ter visto em algum momento da sua vida a famosa imagem do chimpanz&eacute; que, aos poucos, se transforma no homem. Essa &eacute; a imagem mais comum para representar a evolu&ccedil;&atilde;o das esp&eacute;cies. Mas ser&aacute; que isso aconteceu realmente dessa maneira perfeitamente linear?

Para alguns estudiosos, essa &eacute; uma maneira muito simplista de ver algo t&atilde;o complexo.

Essa vis&atilde;o crescente da evolu&ccedil;&atilde;o surgiu a partir da publica&ccedil;&atilde;o da Teoria da Evolu&ccedil;&atilde;o de Charles Darwin, na qual o mundo era organizado atrav&eacute;s de uma &quot;progress&atilde;o na perfei&ccedil;&atilde;o&quot;. Para alguns cr&iacute;ticos a essa linearidade, existem tr&ecirc;s erros principais nesta an&aacute;lise.

Primeiro, ela acredita que a natureza &eacute; organizada hierarquicamente e n&atilde;o uma variedade aleat&oacute;ria de seres. Em segundo lugar, prev&ecirc; dois crit&eacute;rios organizadores: as coisas progridem do simples ao perfeito e do primitivo ao moderno. E em terceiro lugar, sup&otilde;e que n&atilde;o haja est&aacute;gios intermedi&aacute;rios entre os n&iacute;veis nessa hierarquia.

<h2 dir="ltr" style="text-align: justify;">Caminho errado</h2>

Essa discuss&atilde;o mais profunda costuma ser liderada por fil&oacute;sofos. Para eles, uma representa&ccedil;&atilde;o linear da evolu&ccedil;&atilde;o pode, conscientemente ou n&atilde;o, confirmar falsos preconceitos sobre a evolu&ccedil;&atilde;o, como a ideia de que a vida tem um criador inteligente por tr&aacute;s disso.&nbsp;

Se o desenho mais famoso para representar a evolu&ccedil;&atilde;o da vida na Terra &eacute; simples demais, o Mega Curioso n&atilde;o pode afirmar ou &quot;desafirmar&quot; nada. Mas deixamos aqui a dica de um bom papo filos&oacute;fico para uma mesa de bar. Afinal, evolu&ccedil;&atilde;o mais bonita do que a semana come&ccedil;ando com uma segunda e terminando em uma sexta, n&atilde;o h&aacute;!

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Do chimpanzé ao homem: a evolução é simples assim?

Imagem de Genial é pouco: macaco afia pedra para quebrar vidro e fugir de zoológico no megacurioso

Quem já assistiu aos filmes da saga Planeta dos Macacos pode ficar um pouco preocupado com a notícia

Todos sabem da capacidade de diversos animais de criar ferramentas &ndash; caracter&iacute;stica associada com a intelig&ecirc;ncia de determinadas esp&eacute;cies e sua habilidade de solucionar problemas. Pois, um macaco no Zool&oacute;gico Zhengzhou, na China, resolveu colocar a cabecinha para funcionar e foi observado por visitantes afiando um peda&ccedil;o de pedra que, mais tarde, o bichinho usou para quebrar o vidro da &aacute;rea cercada onde ele se encontrava para tentar escapulir do local!
<h2 style="margin-bottom: 10px;">Fuj&atilde;o</h2>
De acordo com o pessoal do site <a href="https://www.boredpanda.com/monkey-breaking-glass-zhengzhou-zoo-china/" style="color: blue; text-decoration: underline;" target="_blank">Bored Panda</a>, o primata, um macaco-prego-de-cara-branca (Cebus capucinus), foi visto por pessoas que se encontravam no zool&oacute;gico manipular um peda&ccedil;o de pedra e, depois, bater com a ferramenta na parede de vidro. Quando a prote&ccedil;&atilde;o se quebrou, o animal aparentemente se assustou um pouco, mas voltou a se aproximar&nbsp;do vidro em seguida para inspecionar a sua &ldquo;obra&rdquo;.
<figure class="image"><img alt="" height="1044" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/09/02/02103822077142.jpg" width="806" /> <figcaption>(Fonte: Bored Panda / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Segundo os funcion&aacute;rios do zool&oacute;gico, embora muitos tenham ficado com a impress&atilde;o de que a coisa toda de afiar a pedra e quebrar o vidro n&atilde;o tenha passado de um acidente, &eacute; poss&iacute;vel, sim, que o macaco tenha matutado uma forma de escapar do local. O fuj&atilde;ozinho j&aacute; foi observado usando rochas para quebrar nozes, ao contr&aacute;rio de seus companheiros do local, que normalmente s&oacute; tentam abrir as cascas a dentadas, mas nunca tinha sido visto bater no vidro.
<iframe width="640" height="360" src="http://cdn.jwplayer.com/players/Gv5uw0oY-wqBattIn.html" frameborder="0" scrolling="auto"></iframe>
Para o azar do macaco, o material &eacute; refor&ccedil;ado e, portanto, jamais teria cedido apenas com as batidas. Sendo assim, n&atilde;o foi desta vez que a criatura conseguiu fugir do zool&oacute;gico. Al&eacute;m disso, depois do incidente, os cuidadores recolheram todas as rochas para garantir que o sujeitinho n&atilde;o volte a se meter em confus&atilde;o, mas, considerando a engenhosidade do bicho, quem garante que ele n&atilde;o tentar&aacute; elaborar outro plano de fuga?
<figure class="image"><img alt="" height="1047" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/09/02/02104010264143.jpg" width="808" /> <figcaption>(Fonte: Bored Panda / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>

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Genial é pouco: macaco afia pedra para quebrar vidro e fugir de zoológico

Imagem de Este pode ser o rosto de um dos mais antigos ancestrais humanos no megacurioso

Esses caras podem ter dado origem a todos nós

A imagem acima consiste na reconstru&ccedil;&atilde;o das fei&ccedil;&otilde;es de um homin&iacute;deo que viveu em uma regi&atilde;o que hoje corresponde &agrave; Eti&oacute;pia, na &Aacute;frica, h&aacute; cerca de 3,8 milh&otilde;es de anos. A criatura &eacute; tida como possivelmente um dos nossos mais antigos ancestrais. Na realidade, fazia algum tempo que a exist&ecirc;ncia desses seres era conhecida, uma vez que alguns dentes&nbsp;j&aacute; haviam sido encontrados, al&eacute;m de fragmentos do cr&acirc;nio e ossos dos bra&ccedil;os e das pernas.
Agora, o surgimento de outra parte levou &agrave; descoberta de um cr&acirc;nio relativamente completo, que permitiu a reconstru&ccedil;&atilde;o e um vislumbre de mais um de nossos antepassados &mdash; de um passado muito, muito distante.
<h2>Muito prazer!</h2>
O homin&iacute;deo pertence &agrave; esp&eacute;cie Australopithecus anamensis, e o indiv&iacute;duo da imagem foi recriado gra&ccedil;as a fragmentos de cr&acirc;nio encontrados por um pastor chamado Ali Bereino enquanto ele limpava o terreno para manter suas cabras. Os pedacinhos de ossos foram achados sob mais de 30 cent&iacute;metros de coc&ocirc; dos animais, motivando a organiza&ccedil;&atilde;o de uma escava&ccedil;&atilde;o liderada pelo paleoantrop&oacute;logo Yohannes Haile-Selassie, do Museu de Hist&oacute;ria Natural de Cleveland.
<figure><img alt="" height="579" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/09/02/02001258056063.jpg" width="1028" /> <figcaption>(Fonte:&nbsp;Science News/John Gurche/Matt Crow/Cleveland Museum of Natural History/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Parte dos ossos possivelmente foi danificada depois de terem sido pisoteados pelos animais, mas ainda assim o time de Haile-Selassie conseguiu recuperar fragmentos em bom estado e suficientes para montar &mdash; feito um quebra-cabe&ccedil;a &mdash; as fei&ccedil;&otilde;es do A. anamensis, revelando o seu rosto pela primeira vez. E deu trabalho! Os cientistas viajaram pela Eti&oacute;pia, pelo Qu&ecirc;nia e pela &Aacute;frica do Sul e conduziram levantamentos e compara&ccedil;&otilde;es morfol&oacute;gicas com outras esp&eacute;cies, incluindo o&nbsp;Australopithecus afarensis, homin&iacute;deo conhecido em todo o mundo como Lucy.
<figure><img alt="" height="1152" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/09/02/02001443149064.jpg" width="1920" /> <figcaption>(Fonte:&nbsp;The Guardian/AFP/Getty Images/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Segundo as an&aacute;lises, o cr&acirc;nio possivelmente pertenceu a um indiv&iacute;duo do sexo masculino. E, conforme pode-se observar pelas imagens, os A. anamensis tinham fei&ccedil;&otilde;es mais pr&oacute;ximas &agrave;s dos primatas do que &agrave;s nossas, embora j&aacute; come&ccedil;assem&nbsp;a apresentar alguns tra&ccedil;os dos humanos modernos. Esses homin&iacute;deos s&atilde;o da &eacute;poca em que nossos ancestrais come&ccedil;aram a caminhar de forma ereta, e as principais diferen&ccedil;as em rela&ccedil;&atilde;o aos s&iacute;mios mais antigos s&atilde;o sua estrutura facial, mais robusta e resistente, para que pudessem processar os alimentos que consumiam, j&aacute; que sua dieta era baseada principalmente em frutos, folhas e sementes duras, e a presen&ccedil;a de caninos menores e c&eacute;rebro com cerca de um quarto do tamanho do nosso.
<h2>Janela para o passado</h2>
Os cientistas tamb&eacute;m examinaram cuidadosamente o entorno em que os fragmentos do cr&acirc;nio foram encontrados e descobriram uma por&ccedil;&atilde;o de coisas sobre o habitat dos A. anamensis. Amostras da camada de sedimentos onde os f&oacute;sseis se encontravam foram datadas entre 3,8 milh&otilde;es&nbsp;e 3,7 milh&otilde;es de anos &mdash; e foram descobertos vest&iacute;gios de p&oacute;len e plantas, assim como compostos que indicam que o local consistia no delta de um rio e que a &aacute;rea era rodeada por florestas, embora os A. anamensis normalmente perambulassem mais por regi&otilde;es &aacute;ridas com vegeta&ccedil;&atilde;o arbustiva ou gram&iacute;neas.
<figure><img alt="" height="1291" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/09/02/02001656148065.jpg" width="960" /> <figcaption>(Fonte:&nbsp;Business Insider/Dale Omori e Liz Russell/Cleveland Museum of Natural History/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
A equipe encontrou, ainda, f&oacute;sseis de ant&iacute;lopes, rinocerontes, girafas, hienas e primatas j&aacute; extintos, como da esp&eacute;cie Pliopapio alemui. Contudo, o mais interessante da descoberta &eacute; que os A. anamensis&nbsp;"preenchem" uma lacuna evolutiva que existia entre homin&iacute;deos mais antigos, datados de 6 milh&otilde;es de anos, e os A. afarensis, representados por Lucy.
<figure><img alt="" height="720" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/09/02/02002133709066.jpg" width="960" /> <figcaption>(Fonte:&nbsp;Business Insider/Dale Omori/Cleveland Museum of Natural History/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Embora tenham sido ancestrais dessa &uacute;ltima esp&eacute;cie, os A. anamensis coexistiram com esses homin&iacute;deos pelos &uacute;ltimos 100 mil anos de sua exist&ecirc;ncia, antes de desaparecerem. Essa constata&ccedil;&atilde;o, ali&aacute;s, contradiz a cren&ccedil;a de que a evolu&ccedil;&atilde;o ocorre de forma linear, com uma esp&eacute;cie substituindo a seguinte.
<figure><img alt="" height="2856" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/09/02/02002235193067.jpg" width="3600" /> <figcaption>(Fonte:&nbsp;Science Alert/John Gurche/Matt Crow/Cleveland Museum of Natural History/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Ademais, foram encontradas evid&ecirc;ncias de que, al&eacute;m do delta e das florestas, a &aacute;rea apresentava regi&otilde;es montanhosas, atividade vulc&acirc;nica e acidentes geol&oacute;gicos que podem ter isolado popula&ccedil;&otilde;es que mais tarde divergiram evolutivamente e inclusive podem ter cruzado umas com as outras e competido entre si por territ&oacute;rios.
Segundo os registros f&oacute;sseis, os A. anamensis viveram at&eacute; cerca de 3 milh&otilde;es de anos atr&aacute;s e est&atilde;o entre os candidatos mais "cotados" como as criaturas que deram origem &agrave; linhagem da qual n&oacute;s surgimos. Mas, se rolaram per&iacute;odos de coexist&ecirc;ncia e a evolu&ccedil;&atilde;o dessa galera n&atilde;o aconteceu de forma linear, isso significa que a nossa hist&oacute;ria evolutiva se torna mais obscura.

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Este pode ser o rosto de um dos mais antigos ancestrais humanos

Imagem de Crânio minúsculo ajuda a desvendar mistérios sobre a evolução cerebral no megacurioso

Como nosso cérebro se tornou tão grande?

O pequeno cr&acirc;nio que voc&ecirc; viu na imagem acima pertence a um primatinha extinto &ndash; da esp&eacute;cie Chilecebus carrascoensis &ndash; que viveu h&aacute; 20 milh&otilde;es de anos e foi encontrado aqui na Am&eacute;rica do Sul. E o que ele tem de especial? Pois, al&eacute;m de ser bonitinho (n&atilde;o parece um chaveiro?) e estar superbem preservado, o f&oacute;ssil pode ajudar a responder quest&otilde;es sobre como os nossos c&eacute;rebros evolu&iacute;ram e se tornaram t&atilde;o grandes.
<h2>Por que o cr&acirc;nio &eacute; t&atilde;o importante?</h2>
Os seres humanos, como voc&ecirc; pode conferir na ilustra&ccedil;&atilde;o a seguir, t&ecirc;m c&eacute;rebros excepcionalmente grandes quando comparados aos de outros animais e at&eacute; mesmo aos dos primatas. Entretanto, os cientistas n&atilde;o sabem quando, exatamente, essa caracter&iacute;stica come&ccedil;ou a se desenvolver &ndash; e uma dificuldade em se estudar a evolu&ccedil;&atilde;o cerebral &eacute; que n&atilde;o existem c&eacute;rebros de milh&otilde;es de anos dando sopa por a&iacute; para serem estudados.
<figure><img alt=" height="1033" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/08/25/25225843881073.jpg" width="1000" /> <figcaption>(Fonte: IFLScience!/Xiaocong Guo/Xijun Ni/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
O cr&acirc;nio pequenino pertence a um primata da ordem Anthropoidea &ndash; e os animais dessa ordem se dividem em duas fam&iacute;lias: a dos Macacos do Velho Mundo ou Catarrinos, que engloba os gorilas, orangotangos, bonobos e humanos, entre outros, e a dos Macacos do Novo Mundo ou Platirrinos, que inclui criaturas como saguis, bugios, macacos-prego e macacos-aranha, por exemplo.
Segundo os cientistas, ambas fam&iacute;lias se originaram a partir de um ancestral comum h&aacute; 36 milh&otilde;es de anos e, apesar de terem se divido e continuado evoluindo separadamente, tanto os catarrinos como os platirrinos compartilham muitas caracter&iacute;sticas. O craniozinho de 20 milh&otilde;es de anos pertence &agrave; segunda fam&iacute;lia, ou seja, &agrave; dos platirrinos, e, por conta da falta de f&oacute;sseis em bom estado, existem bem poucos estudos sobre esses animais. Mas sabe-se que eles est&atilde;o entre os primeiros a divergirem do tal ancestral comum, o que faz do f&oacute;ssil um exemplar &iacute;mpar para o estudo da evolu&ccedil;&atilde;o cerebral dos primatas.
<h2>Descobertas</h2>
A vantagem de ser ter cr&acirc;nios t&atilde;o bem preservados &eacute; que eles permitem que os cientistas possam deduzir com um alto &iacute;ndice de precis&atilde;o quais estruturas cerebrais eles abrigaram. No caso do f&oacute;ssil, uma equipe de cientistas da Universidade da Calif&oacute;rnia em Santa B&aacute;rbara, do Museu Americano de Hist&oacute;ria Natural e da Academia Chinesa de Ci&ecirc;ncias criou modelos tridimensionais e concluiu que os c&eacute;rebros de primatas da ordem Anthropoidea aumentaram e diminu&iacute;ram de tamanho ao longo de milh&otilde;es de anos &ndash; e que a evolu&ccedil;&atilde;o do &oacute;rg&atilde;o ocorreu de forma muito mais complexa e inconstante do que se pensava. Veja o modelo a seguir:
<iframe width="853" height="480" src="https://www.youtube.com/embed/xUHGzPQhsaQ?start=0" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
Mais especificamente, os cientistas reconstru&iacute;ram o que deveria ser o c&eacute;rebro dos C. carrascoensis e notaram que as criaturas possu&iacute;am bulbos olfativos pequenos &ndash; sugerindo que elas n&atilde;o tinham o sentido do olfato muito apurado &ndash; e que essa caracter&iacute;stica n&atilde;o era compensada por um sistema visual mais complexo, que tamb&eacute;m era pequeno. Essa observa&ccedil;&atilde;o vai na contram&atilde;o do que se acreditava como padr&atilde;o para os c&eacute;rebros dos primatas, de que pequenos centros olfativos deveriam ser compensados por centros visuais maiores e vice-versa.
<figure><img alt=" height="1258" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/08/25/25225943584074.jpg" width="1400" /> <figcaption>(Fonte: Science Advances/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Ademais, depois de estabelecerem o quociente de encefaliza&ccedil;&atilde;o filogen&eacute;tica &ndash; ou a raz&atilde;o entre o tamanho do c&eacute;rebro com rela&ccedil;&atilde;o ao corpo &ndash; os pesquisadores descobriram que os C. carrascoensis tinham c&eacute;rebros proporcionalmente pequenos. Para se ter ideia, enquanto o quociente desses animais era de 0,79, o da maioria dos primatas atuais fica entre 0,86 e 3,39, e o dos humanos, bate os 13,46.
E mais: ao comparar o coeficiente dos C. carrascoensis com os de outros integrantes da ordem Anthropoidea &ndash; extintos e vivos &ndash;, os cientistas observaram varia&ccedil;&otilde;es no decorrer dos mil&ecirc;nios, revelando que os c&eacute;rebros dos primatas aumentaram de tamanho, voltaram a &ldquo;encolher&rdquo; e aumentaram novamente in&uacute;meras vezes. E o dos humanos nessa hist&oacute;ria? As an&aacute;lises apontaram que o c&eacute;rebro dos Homo sapiens sofreu um r&aacute;pido e dram&aacute;tico aumento de tamanho ao longo de 7 milh&otilde;es de anos, que representa um espa&ccedil;o de tempo bastante curto do ponto de vista evolutivo.

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Crânio minúsculo ajuda a desvendar mistérios sobre a evolução cerebral

Imagem de Órgão sensorial que detecta dor na pele é achado por pesquisadores suecos no megacurioso

Estudo mostra que sensibilidade à dor não ocorre somente nas fibras nervosas da pele. A pesquisa foi publicada na revista Science

Que nossa pele &eacute; sens&iacute;vel &agrave; dor, n&atilde;o &eacute; novidade, mas pesquisadores do Instituto Karolinska, na Su&eacute;cia, descobriram um novo &oacute;rg&atilde;o sensorial que pode detectar est&iacute;mulos mac&acirc;nicos dolorosos, como perfura&ccedil;&otilde;es, pun&ccedil;&otilde;es e impactos. 
O estudo, publicado na revista Science, descreve como &eacute; o novo &oacute;rg&atilde;o sens&iacute;vel &agrave; dor, como ele se organiza junto com os nervos sens&iacute;veis &agrave; dor na pele e como a ativa&ccedil;&atilde;o desse &oacute;rg&atilde;o produz impulsos el&eacute;tricos no sistema nervoso que provocam rea&ccedil;&otilde;es reflexas e uma experi&ecirc;ncia de dor no corpo.
Necess&aacute;ria para a sobreviv&ecirc;ncia humana, a sensibilidade &agrave; dor tem uma fun&ccedil;&atilde;o protetora, causando rea&ccedil;&otilde;es reflexas que evitam danos ao tecido, como quando afastamos a m&atilde;o ao sentir a picada de um objeto ou quando a queimamos. O que os pesquisadores do Instituto Karolinska descobriram &eacute; um novo &oacute;rg&atilde;o sensorial na pele que &eacute; sens&iacute;vel &agrave; irrita&ccedil;&atilde;o ambiental perigosa. S&atilde;o c&eacute;lulas gliais com m&uacute;ltiplas sali&ecirc;ncias longas e coletivas que formam um &oacute;rg&atilde;o que se assemelha a uma malha, s&oacute; que dentro da pele.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2019/08/19/a-19122613975087.jpg" alt="a" />A dor da tatuagem &eacute; detectada por esses &oacute;rg&atilde;os da pele (Fonte: Ivan Verrengia/Unsplash) 
<h3 style="margin-bottom: 11px;">O que esse &oacute;rg&atilde;o tem de diferente?</h3>
As c&eacute;lulas que comp&otilde;es o &ldquo;novo&rdquo; &oacute;rg&atilde;o s&atilde;o extremamente sens&iacute;veis aos est&iacute;mulos mec&acirc;nicos, o que explica a participa&ccedil;&atilde;o na detec&ccedil;&atilde;o de pun&ccedil;&otilde;es dolorosas e press&atilde;o. Em um dos experimentos, os pesquisadores bloquearam o &oacute;rg&atilde;o e notaram que a capacidade de sentir dores mec&acirc;nicas diminuiu. 
Patrik Ernforsn, professor do Departamento de Bioqu&iacute;mica e Biof&iacute;sica do Instituto e principal pesquisador do estudo explica que o estudo mostra que a sensibilidade &agrave; dor n&atilde;o ocorre apenas nas fibras nervosas da pele, mas tamb&eacute;m no &oacute;rg&atilde;o rec&eacute;m-descoberto. 
Al&eacute;m de representar a evolu&ccedil;&atilde;o no que diz respeito ao conhecimento profundo dos mecanismos celulares da sensa&ccedil;&atilde;o f&iacute;sica, o estudo pode ser de grande import&acirc;ncia para a compreens&atilde;o da dor cr&ocirc;nica.

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Órgão sensorial que detecta dor na pele é achado por pesquisadores suecos

Imagem de 7 sinais de que os seres humanos não seriam originários da Terra no megacurioso

Para o Dr. Ellis Silver, o desenvolvimento lento, os problemas de sono e as dores nas costas seriam alguns dos sinais de que os seres humanos vieram, na verdade, de outro planeta

Existe uma teoria da conspira&ccedil;&atilde;o que prega que os seres humanos n&atilde;o s&atilde;o naturais da Terra. Segundo os adeptos dela, nossos ancestrais foram trazidos de outro planeta e ficaram presos aqui. Um dos maiores expoentes dessa ideia &eacute; o Dr. Ellis Silver, que acredita que somos muito diferentes das formas de vida locais. Confira alguns sinais que, para ele, sustentam essa cren&ccedil;a.
<h2>1. Sa&uacute;de mental fragilizada</h2>
Um sinal da nossa proced&ecirc;ncia extraterrestre seriam problemas de sa&uacute;de mental como depress&atilde;o, ansiedade e estresse. &Eacute; claro que as crises pol&iacute;ticas, econ&ocirc;micas e sociais que atravessamos contribuem de maneira significativa para isso. No entanto, para o Dr. Silver, o sentimento de desamparo pode ter a ver com as saudades de um lar que est&aacute; a v&aacute;rios anos-luz de dist&acirc;ncia.
<h2>2. DNA extra</h2>
Um estudo publicado na revista cient&iacute;fica brit&acirc;nica Nature afirmou&nbsp;que os seres humanos t&ecirc;m 223 genes extras que foram adquiridos ao longo do nosso processo de evolu&ccedil;&atilde;o. Mas e se eles n&atilde;o viessem das bact&eacute;rias? E se fossem a raz&atilde;o pela qual somos muito mais evolu&iacute;dos que qualquer outra criatura viva que conhecemos?
<h2>3. Complica&ccedil;&otilde;es no parto</h2>
Para o Dr. Silver, um dos principais sinais de que os seres humanos n&atilde;o s&atilde;o naturais da Terra &eacute; o parto. No restante do reino animal, os nascimentos costumam ser f&aacute;ceis e r&aacute;pidos. Por&eacute;m, as f&ecirc;meas humanas sofriam bastante antes do advento da medicina moderna e continuam a sofrer em regi&otilde;es pouco desenvolvidas do planeta.
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Foto: Jeremy Bishop/Unsplash
<h2>4. Desenvolvimento lento</h2>
Ap&oacute;s o nascimento, os seres humanos levam v&aacute;rios anos para se tornarem independentes, ao contr&aacute;rio de quase todos os outros mam&iacute;feros que conhecemos. Pessoas simp&aacute;ticas &agrave; teoria do Dr. Silver acreditam que a chegada dos nossos ancestrais &agrave; Terra interferiu no per&iacute;odo de gesta&ccedil;&atilde;o deles e, assim, os beb&ecirc;s passaram a nascer antes do tempo.
<h2>5. Inadequa&ccedil;&atilde;o a dias de 24 horas</h2>
Muitos especialistas em sono dizem que o rel&oacute;gio biol&oacute;gico dos seres humanos tem 25 horas. Como o movimento de rota&ccedil;&atilde;o da Terra tem 24 horas, esse seria um dos principais motivos pelos quais algumas pessoas n&atilde;o conseguem dormir direito. Naturalmente, adeptos da teoria do Dr. Silver acreditam que o nosso planeta original tamb&eacute;m leva 25 horas para girar em torno do pr&oacute;prio eixo...
<h2>6. Dores nas costas</h2>
Quase todos os seres humanos ter&atilde;o dores nas costas em algum momento de suas vidas. De acordo com o Dr. Silver, isso acontece porque o nosso planeta natal tem um n&iacute;vel de gravidade menor que o da Terra. Estaturas elevadas tamb&eacute;m ajudariam a causar tens&atilde;o. Para ele, nossos p&eacute;s achatados indicam que dever&iacute;amos ser mais baixos que a m&eacute;dia atual.
<h2>7. Doen&ccedil;as e inc&ocirc;modos</h2>
Mesmo os seres humanos mais saud&aacute;veis tendem a sofrer com doen&ccedil;as e inc&ocirc;modos praticamente todos os dias. Basta parar para pensar: quando foi a &uacute;ltima vez que voc&ecirc; se sentiu realmente bem? Nossa sensibilidade ao Sol e nossa limita&ccedil;&atilde;o auditiva tamb&eacute;m podem ser sinais de que n&atilde;o estamos inteiramente adaptados &agrave; Terra.
Sempre suspeitou que veio de outro planeta? Provavelmente, esses sinais devem t&ecirc;-lo deixado ainda mais certo disso. Se voc&ecirc; tem alguma teoria a respeito desse assunto, compartilhe com a gente nos coment&aacute;rios!

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7 sinais de que os seres humanos não seriam originários da Terra

Imagem de Linguagem e imaginação do ser humano foram desenvolvidas só há 70 mil anos no megacurioso

De acordo com a 'teoria de Rômulo e Remo', o homem adquiriu as capacidades de linguagem recursiva e imaginação devido a uma mutação genética

O homem n&atilde;o cansa de teorizar para explicar como o ser humano foi capaz de adquirir a linguagem recursiva e a imagina&ccedil;&atilde;o moderna h&aacute; 70 mil anos, dando um salto na evolu&ccedil;&atilde;o da humanidade. Agora, uma nova teoria chamada &ldquo;hip&oacute;tese de R&ocirc;mulo e Remo&rdquo; sugere que a respons&aacute;vel principal pelo desenvolvimento foi uma muta&ccedil;&atilde;o gen&eacute;tica que desencadeou diversas transforma&ccedil;&otilde;es, levando ao desenvolvimento da intelig&ecirc;ncia humana.
O nome da teoria foi inspirado na lenda dos g&ecirc;meos R&ocirc;mulo e Remo, que eram criados e cuidados por um lobo, obviamente sem as mesmas habilidades de comunica&ccedil;&atilde;o. Assim, na nova teoria, os pais das crian&ccedil;as com a muta&ccedil;&atilde;o n&atilde;o tinham as mesmas habilidades que elas.
A evolu&ccedil;&atilde;o da linguagem recursiva e da imagina&ccedil;&atilde;o moderna iniciou h&aacute; muito tempo. Evid&ecirc;ncias arqueol&oacute;gicas e gen&eacute;ticas apontam que h&aacute; 600 mil anos j&aacute; havia um mecanismo inicial para o desenvolvimento da linguagem humana. As primeiras verbaliza&ccedil;&otilde;es que evolu&iacute;ram para a comunica&ccedil;&atilde;o humana nas l&iacute;nguas modernas j&aacute; existiam. J&aacute; a imagina&ccedil;&atilde;o moderna s&oacute; surgiu h&aacute; 70 mil anos.
<img alt="" height="640" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/08/11/11194912885082.jpg" width="960" />
<h2 style="margin-bottom: 11px;">Como aconteceu a muta&ccedil;&atilde;o?</h2>
O pesquisador Andrey Vyshedskiy, da Universidade de Boston, descobriu que existe um limite temporal para o desenvolvimento de um componente da imagina&ccedil;&atilde;o, a s&iacute;ntese pr&eacute;-frontal, imagina&ccedil;&atilde;o construtiva fundamental para justapor objetos mentais. A justaposi&ccedil;&atilde;o aliada &agrave; recursividade &eacute; capaz de produzir o entendimento entre diferen&ccedil;as nas aplica&ccedil;&otilde;es da linguagem.
Vyshedskiy observou que o desenvolvimento desse tipo de imagina&ccedil;&atilde;o s&oacute; &eacute; poss&iacute;vel quando crian&ccedil;as at&eacute; cinco anos de idade s&atilde;o expostas &agrave; linguagem recursiva. &nbsp;Se o per&iacute;odo cr&iacute;tico em crian&ccedil;as pr&eacute;-modernas tivesse terminado antes dos cinco anos de idade n&atilde;o haveria chance de aquisi&ccedil;&atilde;o da habilidade. A teoria prev&ecirc; ent&atilde;o que a muta&ccedil;&atilde;o que atrasou o desenvolvimento do c&oacute;rtex pr&eacute;-frontal foi o que desencadeou a aquisi&ccedil;&atilde;o de s&iacute;ntese pr&eacute;-frontal e linguagem recursiva de forma simult&acirc;nea.

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Linguagem e imaginação do ser humano foram desenvolvidas só há 70 mil anos

Imagem de Asteroide que exterminou os dinossauros quase acabou com os mamíferos no megacurioso

Estudos mostram que 93% das espécies de mamíferos sumiram com o impacto de um asteroide há mais de 65 milhões de anos, mas, mesmo assim, existe coisa boa para ser contada

Todo mundo sabe que a teoria mais aceita para o <a href="https://www.megacurioso.com.br/tags/terra" target="_blank" title="7 maneiras de como a Terra poderia ser destru&iacute;da">fim dos dinossauros</a>&nbsp;&eacute; a de que um asteroide gigante atingiu nosso planeta h&aacute; mais de 65 milh&otilde;es de anos e acabou com praticamente toda a exist&ecirc;ncia dos grandes lagartos. Um grande n&uacute;mero de animais menores e plantas tamb&eacute;m pereceu na cat&aacute;strofe, e novos estudos indicam que ela foi ainda pior do que imagin&aacute;vamos.
Anteriormente, acreditava-se que 75% dos mam&iacute;feros tamb&eacute;m havia sucumbido ao impacto, mas pesquisadores do Centro Milner de Evolu&ccedil;&atilde;o da Universidade de Bath, no Reino Unido, indicam que esse percentual foi bem maior: 93%! Ou seja, praticamente todas as esp&eacute;cies da &eacute;poca foram aniquiladas.
O estudo analisou f&oacute;sseis encontrados nos &uacute;ltimos 100 anos e ficou concentrado na Am&eacute;rica do Norte. Por&eacute;m, outro dado interessante foi descoberto: apesar da cat&aacute;strofe, os mam&iacute;feros se recuperaram muito rapidamente. Acredita-se que o n&uacute;mero duplicou em apenas 300 mil anos &ndash; algo &iacute;nfimo em termos evolutivos.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/06/23/23200927149245.jpg" />Queda de asteroide &eacute; a teoria mais aceita para o fim dos dinossauros
<h2>Uma quest&atilde;o de perspectiva</h2>
&ldquo;Como os mam&iacute;feros se recuperaram muito bem ap&oacute;s a extin&ccedil;&atilde;o, n&oacute;s tend&iacute;amos a assumir que eles n&atilde;o foram t&atilde;o impactados pela cat&aacute;strofe&rdquo;, analisou Nick Longrich, do Centro Milner. &ldquo;Por&eacute;m, nossos estudos mostram que eles sofreram muito mais que outros grupos de animais, como lagartos, tartarugas e crocodilos, mas, mesmo assim, souberam se adaptar muito bem &agrave;s adversidades&rdquo;, conclui o pesquisador.
O fato de que algumas esp&eacute;cies sobreviveram em diferentes cantos do continente pode ser uma explica&ccedil;&atilde;o para a evolu&ccedil;&atilde;o ter sido diferenciada entre uma mesma esp&eacute;cie. Essas evolu&ccedil;&otilde;es simult&acirc;neas foram respons&aacute;veis por uma diversidade enorme de mam&iacute;feros em pouqu&iacute;ssimo tempo.
Longrich concorda que tudo pode n&atilde;o passar de uma quest&atilde;o de perspectiva, j&aacute; que existem v&aacute;rios cientistas e paleont&oacute;logos que refutam a teoria do asteroide dizimando os dinossauros. &ldquo;Mas os dados em f&oacute;sseis de mam&iacute;feros apoiam fortemente essa hip&oacute;tese&rdquo;, reafirma o pesquisador. Resta saber se os mam&iacute;feros v&atilde;o se recuperar a <a href="https://www.megacurioso.com.br/biologia/71774-a-sexta-extincao-em-massa-da-terra-ja-comecou-e-nos-somos-os-culpados.htm" target="_blank" title="A sexta extin&ccedil;&atilde;o em massa da Terra j&aacute; come&ccedil;ou, e n&oacute;s somos os culpados">Sexta Extin&ccedil;&atilde;o</a>: a causada pelo homem.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/06/23/23200450901241.jpg" />Nick Longrich explica que os mam&iacute;feros quase desapareceram junto com os dinossauros

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