Imagem de As 4 aterrisagens espaciais mais estranhas de todos os tempos no site Mega Curioso

Colocar uma pessoa no espaço é, em teoria, muito simples. O complicado mesmo, além de mantê-la viva no espaço, é trazê-la de volta com segurança.

Na semana passada, a NASA come&ccedil;ou uma sess&atilde;o de treinamento para recuperar a c&aacute;psula Orion de um poss&iacute;vel pouso for&ccedil;ado em pleno oceano. Se tudo correr bem, essa ser&aacute; a nave que enviar&aacute; os pr&oacute;ximos astronautas para a Lua, em 2020. E como todos sabem, colocar algu&eacute;m no espa&ccedil;o &eacute;, em teoria, muito simples: dif&iacute;cil mesmo &eacute; trazer de volta, com vida e em seguran&ccedil;a.
No momento da reentrada &agrave; atmosfera terrestre, qualquer desvio m&iacute;nimo de c&aacute;lculo ou evento inesperado pode ser fatal, como j&aacute; nos provou algumas vezes a hist&oacute;ria da explora&ccedil;&atilde;o espacial. Por isso, existem alguns casos curiosos de pousos de aeronaves que valem a pena ser compartilhadas. Confira.
<h2>1. Vostok 1 foi ao solo sem Gagarin</h2>
A c&aacute;psula Vostok 1 foi a que levou, pela primeira vez, um ser humano ao espa&ccedil;o: Yuri Gagarin completou uma &oacute;rbita ao redor da Terra em 12 de abril de 1961. Na imagem abaixo, voc&ecirc; pode ver a espa&ccedil;onave exposta em um museu, na R&uacute;ssia. Mas o que nem todos sabem &eacute; que o cosmonauta n&atilde;o estava presente na c&aacute;psula quando a mesma aterrissou.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2013/8/materias/442938427281830.jpg" alt="" />Vostok 1 em exibi&ccedil;&atilde;o em museu na R&uacute;ssia Fonte da imagem: <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/File:Gagarin_Capsule.jpg" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Wikipedia</a>
Na &eacute;poca, os engenheiros ainda n&atilde;o haviam conseguido fazer com que o pouso fosse seguro para quem estivesse dentro da Vostok 1 e, de fato, testemunhas contam que a espa&ccedil;onave n&atilde;o apenas chegou a quicar quando se chocou contra o solo, mas tamb&eacute;m deixou um grande buraco no mesmo local.
Felizmente, Gagarin usou o assento ejet&aacute;vel antes do impacto, como estava previamente combinado, e pousou de paraquedas, no meio de um campo. O pr&oacute;prio cosmonauta conta que alguns moradores da regi&atilde;o fugiram de medo ao verem que ele descia do c&eacute;u, com trajes &ldquo;estranhos&rdquo;. Ele precisou gritar dizendo que era um soviete e que precisava telefonar para Moscou. Tarefa nada f&aacute;cil para o primeiro homem a ir ao espa&ccedil;o.
<h2>2. Voskhod 2 pousa em meio a ursos e lobos</h2>
A c&aacute;psula Voskhod 2 tamb&eacute;m marcou a hist&oacute;ria da explora&ccedil;&atilde;o espacial: foi a primeira miss&atilde;o a prover uma space walk, ou seja, pela primeira vez, o ser humano saiu da espa&ccedil;onave e realizou algumas tarefas no ambiente externo, antes de retornar.
Na ocasi&atilde;o, isso foi at&eacute; mesmo assustador, pois em pleno 1965, o cosmonauta Alexey Leonov teve alguns problemas para voltar &agrave; nave. Descobriu, por exemplo, que se traje tinha inflado e que ele n&atilde;o conseguia passar pela escotilha. A solu&ccedil;&atilde;o foi despressurizar o um pouco o traje espacial para ent&atilde;o retornar &agrave; Voskhod 2.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2013/8/materias/4429384272818641.jpg" alt="" />Fonte da imagem: <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/File:Grauwolf_P1130275.jpg" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Wikipedia</a>
Como se n&atilde;o bastasse, a escotilha prim&aacute;ria n&atilde;o ficou totalmente selada ap&oacute;s o retorno para a nave, o que poderia ter causada um grande inc&ecirc;ndio, por causa da mistura de oxig&ecirc;nio e nitrog&ecirc;nio, junto com as condi&ccedil;&otilde;es de press&atilde;o da c&aacute;psula. Esses imprevistos fizeram com que eles se atrasassem 46 segundos para retornar &agrave; Terra, o que quase lhes custou as vidas.
Mas a melhor &mdash; ou pior &mdash; parte da aventura de Leonov e seu colega de trabalho foi o fato de que a espa&ccedil;onave pousou mais de 300 km de dist&acirc;ncia do local planejado, em uma floresta gelada repleta de lobos e ursos em per&iacute;odo de acasalamento. E n&atilde;o adiantava esperar quieto dentro da c&aacute;psula, pois no volta para a Terra os parafusos que fixavam a escotilha acabaram sendo inutilizados, o que deixou a dupla &agrave; merc&ecirc; de animais e de um frio de -30 °C.
Os cosmonautas foram encontrados um dia depois, mas as dificuldades n&atilde;o terminaram: a floresta era t&atilde;o fechada que n&atilde;o permitia a presen&ccedil;a de helic&oacute;pteros e, portanto, eles ainda precisaram posar mais uma noite na natureza, mas desta vez com uma cabine e uma fogueira improvisadas com as &aacute;rvores do local. Depois disso, eles foram finalmente resgatados.
<h2>3. &Ocirc;nibus espacial no deserto</h2>
A terceira miss&atilde;o da NASA envolvendo um &ocirc;nibus espacial aconteceu em 1982, com uma equipe ainda em teste. Dois astronautas estavam a bordo e, como &eacute; de esperar, a ag&ecirc;ncia n&atilde;o tinha muita experi&ecirc;ncia ainda com esse tipo miss&atilde;o, tampouco algu&eacute;m para ser consultado em caso de d&uacute;vidas.
O primeiro local estipulado para o pouso foi a Base A&eacute;rea de Edwards, mas que acabou inundada devido &agrave; quantidade de chuva. Por isso, um novo local deveria ser encontrado. Mas em vez dos astronautas Jack Lousma e Gordon Fullerton voltarem para o Cabo Canaveral, na Fl&oacute;rida, eles escolheram o deserto de White Sands, no Novo M&eacute;xico.
<iframe width="640" height="360" allowfullscreen="allowfullscreen" frameborder="0" src="http://www.youtube.com/embed/OaHSrqa3a_s?version=3&amp;hl=en_US&amp;rel=0"></iframe>
At&eacute; o momento, tudo parecia um bom plano, n&atilde;o fosse a decis&atilde;o de Lousma e Fullerton de testar a fun&ccedil;&atilde;o de piloto autom&aacute;tico da espa&ccedil;onave, que n&atilde;o est&aacute; pronta para uso. Isso causou uma descida muito tensa, j&aacute; que o sistema acelerava e freava o &ocirc;nibus espacial repetidas vezes ao longo da descida, o que causou muito desconforto e tens&atilde;o. Se desejar, assista o v&iacute;deo acima para sentir a emo&ccedil;&atilde;o do pouso.
<h2>4. Soyuz 23 mergulha no frio</h2>
Para fechar a lista, mais uma hist&oacute;ria do programa espacial russo. Outra espa&ccedil;onave que teve um pouso complicado foi a Soyuz 23, que trazia a bordo os cosmonautas Vyacheslav Zudov e Valery Rozhdestvensky. For&ccedil;ada a descer durante uma tempestade de neve, os dois acabaram &ldquo;estacionando&rdquo; em um lago congelado. Ou melhor, afundando, j&aacute; que a por&ccedil;&atilde;o de gelo n&atilde;o foi capaz de segurar a c&aacute;psula.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2013/8/materias/44293842728181349.jpg" alt="" />Fonte da imagem: <a href="http://www.epizodsspace.narod.ru/bibl/davydov/text/12.htm" target="_blank">EpizodsSpace</a>
Felizmente, ao contr&aacute;rio da Voskhod 2, a Souyuz 23 estava com a escotilha muito bem selada e, portanto, a tripula&ccedil;&atilde;o n&atilde;o correu maiores riscos. Mas teve que esperar o resgate por mais de nove horas em uma temperatura nada agrad&aacute;vel.
*Publicado originalmente em 28/08/2013.
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As 4 aterrisagens espaciais mais estranhas de todos os tempos

Imagem de Jeff Bezos deve cobrar pelo menos US$ 200 mil por viagens espaciais no megacurioso

Fontes internas afirmam que os voos turísticos na altitude suborbital da Terra estão muito próximos de acontecer

Prontos para os primeiros rol&ecirc;s tur&iacute;sticos espaciais? A companhia&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/108050-blue-origin-planeja-enviar-nave-tripulada-para-a-lua-ate-2023-afirma-site.htm" target="_blank" title="Blue Origin planeja enviar nave tripulada para a Lua at&eacute; 2023, afirma site">Blue Origin</a>, do rica&ccedil;o dono da&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/107282-os-10-mais-bilionarios-do-mundo-da-tecnologia.htm" target="_blank" title="Os 10 mais bilion&aacute;rios do mundo da tecnologia">Amazon</a>,&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/107456-jeff-bezos-que-tirar-industria-pesada-da-terra-e-colonia-permanente-na-lua.htm" target="_blank" title="Jeff Bezos quer ind&uacute;stria pesada fora da Terra e col&ocirc;nia permanente na Lua">Jeff Bezos</a>, planeja realizar os primeiros voos muito em breve e as passagens deve custar entre US$ 200 mil e US$ 300 mil. As informa&ccedil;&otilde;es teriam sido reveladas por duas fontes internas da companhia &agrave;&nbsp;<a href="https://www.reuters.com/article/us-space-blueorigin-exclusive/exclusive-jeff-bezos-plans-to-charge-at-least-200000-for-space-rides-sources-idUSKBN1K301R">Reuters</a>.
O transporte seria feito por meio da nave New Shepard, que comporta seis passageiros a uma altura de 100 quil&ocirc;metros, no espa&ccedil;o suborbital da Terra. A c&aacute;psula possui janelas grandes, para oferecer uma bela vista de nosso lar. A essa altitude j&aacute; &eacute; poss&iacute;vel experimentar alguns minutos de aus&ecirc;ncia de peso e contemplar a curvatura do planeta, antes de retornar ao solo com o aux&iacute;lio de um p&aacute;ra-quedas.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/07/13/blue-origin-13102441889535.jpg" alt="blue origin" />
A Blue Origin completou oito voos de teste de decolagem vertical e desembarque com o New Shepard em sua plataforma de lan&ccedil;amento no Texas &mdash; ainda sem pessoas a bordo. Duas viagens inclu&iacute;ram um boneco de testes que a empresa chama de &ldquo;Manequim Skywalker&rdquo;. Antes de subir com gente dentro, o grupo deve realizar nas pr&oacute;ximas semanas uma avalia&ccedil;&atilde;o do sistema de fuga, que impulsiona a tripula&ccedil;&atilde;o para um local seguro no caso de explos&atilde;o.
<h2>Blue Origin, Virgin Galactic e SpaceX est&atilde;o na briga</h2>
As tr&ecirc;s mais populares empresas espaciais est&atilde;o bem perto de realizar suas primeiras viagens tripuladas e a cada temporada mostram melhor os seus planos. A Blue Origin, como dito acima, planeja explorar inicialmente o espa&ccedil;o suborbital nos pr&oacute;ximos dois anos.
A Virgin Galactic, de Richard Branson, afirma que j&aacute; vendeu cerca de 650 t&iacute;quetes pela bagatela de US$ 250 mil cada &mdash; com um pre&ccedil;o alinhado com &nbsp;o que a companhia de Jeff Bezos deve cobrar pela voltinha, tamb&eacute;m na &aacute;rea suborbital. J&aacute; a&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/107944-possibilidade-de-estarmos-sozinhos-no-universo-anima-elon-musk.htm" target="_blank" title="Possibilidade de estarmos sozinhos no Universo anima Elon Musk">SpaceX</a>&nbsp;de&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/107323-elon-musk-quer-que-voce-de-volta-ao-mundo-em-1-hora-voce-duvida.htm" target="_blank" title="Elon Musk quer que voc&ecirc; d&ecirc; volta ao mundo em 1 hora &mdash; voc&ecirc; duvida?">Elon Musk</a>, ainda que tenha em mente voos tur&iacute;sticos, parece estar mesmo mais dedicada &agrave;&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/106643-e-agora-musk-neil-degrasse-tyson-diz-que-humanos-nunca-vao-colonizar-marte.htm" target="_blank" title="E agora Musk? Neil deGrasse Tyson diz que humanos nunca v&atilde;o colonizar Marte">coloniza&ccedil;&atilde;o de Marte</a> e alimenta&ccedil;&atilde;o de infraestrutura para as esta&ccedil;&otilde;es espaciais.
Todas ainda procuram por maneiras de reduzir os custos, a partir de naves e pe&ccedil;as reutiliz&aacute;veis. Ter foguetes que podem ser usados novamente j&aacute; diminuiu consideravelmente a quantia gasta para ir ao espa&ccedil;o, contudo, a Blue Origin, por exemplo, deve gastar US$ 10 milh&otilde;es a cada deslocamento com passageiros. O lucro com o turismo espacial s&oacute; deve vir mesmo quando grande parte do processo puder ser recicl&aacute;vel.
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Jeff Bezos deve cobrar pelo menos US$ 200 mil por viagens espaciais

Imagem de Quanto tempo levaria para atravessar a Via Láctea? no megacurioso

Novas descobertas científicas mostram que ela é bem maior do que se imaginava

Expandiram-se os limites da nossa gal&aacute;xia! Uma nova an&aacute;lise voltada aos pontos mais distantes da <a href="https://www.megacurioso.com.br/astronomia/37834-voce-sabe-por-que-a-via-lactea-tem-esse-nome-.htm">Via L&aacute;ctea</a>&nbsp; e publicada no per&iacute;odico cient&iacute;fico "Astronomia e Astrof&iacute;sica" mostrou que ela &eacute; ainda maior do que se acreditava.
Ao estudarem os &iacute;ndices de metalicidade de estrelas al&eacute;m do que at&eacute; ent&atilde;o se considerava a fronteira da Via L&aacute;ctea, cientistas do Instituto de Astrof&iacute;sica de Can&aacute;rias perceberam que mesmo fora desses limites h&aacute; astros compostos por uma grande abund&acirc;ncia de metais semelhantes aos encontrados nas estrelas mais pr&oacute;ximas ao Sol.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/07/08/08151011942012.jpg" alt="" />
Para chegar a novas conclus&otilde;es a respeito das demais estrelas nas beiras da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/107029-novo-mapa-estelar-mostra-detalhes-da-nossa-via-lactea-e-outras-estrelas.htm">gal&aacute;xia</a>, os pesquisadores investigaram o espectro de luz delas, ou seja, sua quebra em diferentes cores, cujos padr&otilde;es de tonalidades s&atilde;o capazes de sugerir elementos que as comp&otilde;em.
Essa an&aacute;lise que muda os padr&otilde;es da gal&aacute;xia foi feita a partir de dados coletados de duas formas: por meio do Experimento de Evolu&ccedil;&atilde;o Gal&aacute;ctica do Observat&oacute;rio Apache Point&nbsp; (APOGEE) e do telesc&oacute;pio LAMOST, um projeto de observa&ccedil;&atilde;o espectrosc&oacute;pica voltado para multiobjetos que ocupam grandes &aacute;reas do c&eacute;u.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/07/08/08151052708014.jpg" alt="" />
Segundo um dos coautores do artigo que apresenta as recentes evid&ecirc;ncias, o astrof&iacute;sico Carlos Allende, a nova percep&ccedil;&atilde;o da Via L&aacute;ctea aponta que ela tem 200 mil anos-luz, e n&atilde;o entre 100 mil e 160 mil como se supunha.
Lembrando que 1 ano-luz, a dist&acirc;ncia que a luz consegue viajar em 1 ano, corresponde a cerca de 10 trilh&otilde;es de quil&ocirc;metros &mdash; s&atilde;o zeros demais at&eacute; para imaginarmos!
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/07/08/08151039426013.jpg" alt="" />
A descoberta tamb&eacute;m n&atilde;o significa que esse novo limite seja definitivo, ent&atilde;o outras estrelas com caracter&iacute;sticas similares poderiam existir ainda mais longe. Se as estrelas consideradas agora est&atilde;o tr&ecirc;s vezes mais longe do centro da gal&aacute;xia do que o Sol, os autores dizem que &eacute; poss&iacute;vel que haja outra fileira quatro vezes mais distante.
Isso mostra, ainda, que a&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/astronomia/99738-voce-sabe-o-que-existe-bem-no-centro-da-via-lactea.htm">Via L&aacute;ctea</a>&nbsp;tem o mesmo tamanho que a Andr&ocirc;meda, ou at&eacute; mesmo maior &mdash; embora se tenha acreditado por bastante tempo que Andr&ocirc;meda fosse mais robusta.
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thumb-image-2024-02-29T14:03:28.991Z

Quanto tempo levaria para atravessar a Via Láctea?

Imagem de Pesquisa tenta explicar a posição peculiar do eixo de rotação de Urano no megacurioso

Grande colisão pode ter alterado os rumos do planeta

Apesar de seu tamanho&nbsp;&mdash; com 14 vezes mais massa e um di&acirc;metro 4 vezes maior que o da Terra &mdash;, a peculiaridade de Urano fez com que astr&ocirc;nomos da Antiguidade n&atilde;o o reconhecessem como planeta; isso ocorreu somente em 1781.
Ele praticamente n&atilde;o possui caracter&iacute;sticas na luz vis&iacute;vel, fato confirmado pela Sonda Voyager 2, lan&ccedil;ada em 1986. Sua velocidade orbital tamb&eacute;m &eacute; relativamente lenta, levando pouco mais de 84 anos para completar uma volta ao redor do Sol.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/07/06/06115440648097.jpg" alt="" />
Outro fato curioso &eacute; que seu eixo de rota&ccedil;&atilde;o &eacute; muito inclinado, tanto que fica quase no plano de transla&ccedil;&atilde;o. Se fizermos uma analogia com a Terra, em Urano os polos Norte e Sul ficam onde deveria estar o Equador. Essa condi&ccedil;&atilde;o &eacute; algo que sempre intrigou os astr&ocirc;nomos, pois n&atilde;o faz sentido que ele tenha se formado j&aacute; nessa posi&ccedil;&atilde;o.
<h2 dir="ltr">Choque de planetas</h2>
Uma nova pesquisa, publicada no <a href="http://iopscience.iop.org/article/10.3847/1538-4357/aac725/meta">The Astrophysical Journal</a>, sugere que Urano pode ter sido atingido por outro planeta, que teria o dobro do tamanho da Terra, h&aacute; bastante tempo. As dimens&otilde;es foram estimadas ao considerar que algo muito pequeno n&atilde;o geraria tantas consequ&ecirc;ncias, e algo maior teria destru&iacute;do o planeta.
De acordo com a pesquisa, o objeto possu&iacute;a esse tamanho porque seria o ideal para o aumento da libera&ccedil;&atilde;o de g&aacute;s e poeira pela colis&atilde;o, acarretando a forma&ccedil;&atilde;o das luas internas. Parte da massa do planeta que colidiu teria sido incorporada por Urano, e o resto teria acabado nas luas ou escapado para o espa&ccedil;o sideral.
Durante a forma&ccedil;&atilde;o do Sistema Solar, situa&ccedil;&otilde;es como essa n&atilde;o eram incomuns. A nossa pr&oacute;pria Lua tem uma hist&oacute;ria parecida; uma das explica&ccedil;&otilde;es sobre sua forma&ccedil;&atilde;o envolve o choque de um protoplaneta com a jovem Terra. Para n&oacute;s, a consequ&ecirc;ncia desse evento foi ben&eacute;fica, considerando as influ&ecirc;ncias que o astro exerce sobre o nosso planeta.
O choque que Urano recebeu possivelmente foi forte demais, se tornando o motivo para a altera&ccedil;&atilde;o de toda a din&acirc;mica do planeta. Essa &eacute; a prov&aacute;vel causa da sua inclina&ccedil;&atilde;o incomum, assim como do fato de se mostrar mais fr&iacute;gido do que Netuno, que se localiza a uma dist&acirc;ncia maior do Sol.
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thumb-image-2024-02-29T14:03:28.794Z

Pesquisa tenta explicar a posição peculiar do eixo de rotação de Urano

Imagem de Robô da Airbus vai coletar amostras de solo em Marte e enviar para a Terra no megacurioso

Além de autonomia para traçar suas rotas, ele precisará de um braço mecânico para coletar e armazenar as amostras

Uma parceria entre a&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/tags/exploracao-espacial" target="_blank" title="Explora&ccedil;&atilde;o Espacial">NASA</a>&nbsp;e a Ag&ecirc;ncia Espacial Europeia (ESA) vai mandar mais um rob&ocirc; para Marte com o objetivo de coletar e analisar amostras de solo do planeta. Um contrato no valor de US$ 5,2 milh&otilde;es foi fechado com a companhia francesa Airbus para desenvolver o conceito do rob&ocirc;, que j&aacute; teve seu design inicial apresentado.
Esse trabalho ser&aacute; feito pela equipe da Airbus localizada na cidade de Stevenage, na Inglaterra. Eles foram escolhidos por j&aacute; estarem trabalhando no ExoMars, que tem previs&atilde;o de ser enviado para explorar Marte em 2021.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/07/09/um-robo-09154458047000.jpg" alt="Um rob&ocirc;." />Design inicial do rob&ocirc; da Airbus que poder&aacute; ser utilizado na miss&atilde;o.
A nova miss&atilde;o vai funcionar em conjunto com a Mars 2020, que vai pegar amostras de solo do planeta, coloc&aacute;-las em tubos e deixar as unidades espalhadas em pontos pr&eacute;-determinados. O rob&ocirc; da Airbus teria a fun&ccedil;&atilde;o de ir at&eacute; os locais corretos e recolher esses tubos com um bra&ccedil;o mec&acirc;nico, al&eacute;m de ter um local adequado para o armazenamento da amostra.
A previs&atilde;o &eacute; que o rob&ocirc; demore cerca de 150 dias para coletar todos os tubos. Depois disso, ele precisaria encontrar o local do foguete que o levou para o planeta para ent&atilde;o voltar &agrave; Terra com as amostras. A principal dificuldade no desenvolvimento ser&aacute; exatamente o n&iacute;vel de autonomia necess&aacute;rio para que o rob&ocirc; consiga planejar essas trajet&oacute;rias de navega&ccedil;&atilde;o enquanto est&aacute; em Marte.
Essa miss&atilde;o &eacute; importante porque muitas d&uacute;vidas dos cientistas sobre o planeta s&oacute; podem ser respondidas trazendo peda&ccedil;os do solo para an&aacute;lise em laborat&oacute;rios na Terra. Esse contrato atual &eacute; para que a equipe da Airbus verifique a viabilidade do projeto. Caso tudo d&ecirc; certo, o rob&ocirc; deve ser mandado para Marte em 2026. &nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/132031-airbus-desenvolve-robo-coletar-amostras-solo-marte.htm">Robô da Airbus vai coletar amostras de solo em Marte e enviar para a Terra</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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Robô da Airbus vai coletar amostras de solo em Marte e enviar para a Terra

Imagem de Kepler entra em estado de hibernação antes de sua última missão heroica no megacurioso

“Caçador de exoplanetas” pode fazer sua missão final, antes do seu tanque de combustível secar

O Kepler &eacute; um verdadeiro lutador. O guerreirinho da&nbsp;<a href="http://www.tecmundo.com.br/nasa/" target="_blank" title="NASA">NASA</a>&nbsp;sofreu bastante durante sua busca por corpos rochosos e potencialmente habit&aacute;veis pelo espa&ccedil;o. Lan&ccedil;ado em 2009, ele partiu para uma nova fase em 2013 e j&aacute; vai dando seu adeus, por falta de combust&iacute;vel, desde mar&ccedil;o deste ano. Agora, a ag&ecirc;ncia espacial norte-americana o coloca em estado de hiberna&ccedil;&atilde;o antes de comandar o que pode ser a &uacute;ltima miss&atilde;o&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/128242-obrigado-kepler-cacador-exoplanetas-nasa-dara-adeus.htm">do mais eficiente ca&ccedil;ador de exoplanetas da Hist&oacute;ria</a>.
O an&uacute;ncio&nbsp;<a href="https://www.nasa.gov/feature/ames/nasa-s-kepler-spacecraft-pauses-science-observations-to-download-science-data">foi feito hoje (06)</a>. O Kepler vem desempenhando sua 18&ordf; campanha desde o dia 12 de maio, analisando um trecho em dire&ccedil;&atilde;o &agrave; constela&ccedil;&atilde;o de C&acirc;ncer, que j&aacute; havia estudado em 2015. Esses dados podem confirmar alguns exoplanetas, at&eacute; ent&atilde;o candidatos &mdash; e possivelmente encontrar alguns novos.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/07/06/kepler-nasa-06175329180245.jpg" alt="kepler nasa" />
Posicionar a antena corretamente em dire&ccedil;&atilde;o &agrave; Terra, para transmitir esses dados, &eacute; o que mais consome seu tanque e &eacute; exatamente que os astr&ocirc;nomos querer fazer em breve. Por isso &eacute; que eles est&atilde;o colocando a sonda espacial para &ldquo;dormir&rdquo;, em um estado sem uso de energia: para poder se preparar adequadamente para um poss&iacute;vel &uacute;ltimo disparo, que deve acontecer no dia 2 de agosto.
<h2>A jornada do her&oacute;i</h2>
O Kepler est&aacute; a mais de 94 milh&otilde;es de milhas distante da Terra, varreu cerca de 150 mil estrelas e encontrou nada menos do que 4,5 mil exoplanetas candidatos, dos quais 2.650 foram confirmados pela NASA. Em 2013, ele sofreu uma grande baixa. A segunda das quatro rodas de rea&ccedil;&atilde;o, essenciais para a orienta&ccedil;&atilde;o, falhou, o que diminuiu sua precis&atilde;o. Por&eacute;m, os cientistas encontraram uma maneira de estabilizar o ve&iacute;culo usando a press&atilde;o solar e assim nasceu o derivado K2.
Ele j&aacute; entrou em hiberna&ccedil;&atilde;o algumas vezes, justamente para resolver problemas. Em 2016, a ag&ecirc;ncia norte-americana chegou a declarar emerg&ecirc;ncia tempor&aacute;ria, enquanto a equipe trabalhava para colocar o telesc&oacute;pio mais uma vez online. Como a nave est&aacute; em &oacute;rbita solar, n&atilde;o h&aacute; como reabastec&ecirc;-la.
Agora, se o Kepler conseguir enviar os dados registrados em sua 18&ordf; miss&atilde;o, o que pode esgotar completamente suas &uacute;ltimas energias, ele j&aacute; tem uma improv&aacute;vel 19&ordf; aventura. A NASA chama esse poss&iacute;vel esfor&ccedil;o de &ldquo;discreta campanha de observa&ccedil;&atilde;o&rdquo;. Mas n&oacute;s j&aacute; podemos chamar de consagra&ccedil;&atilde;o de um her&oacute;i.

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Kepler entra em estado de hibernação antes de sua última missão heroica

Imagem de NASA se prepara para ‘encostar no Sol’ no megacurioso

A NASA acredita que o escudo vai manter as peças internas da nave em uma temperatura “confortável” de 30° C

A humanidade vai chegar bem perto do&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/tags/sol" target="_blank" title="Sol">Sol</a> e a NASA &eacute; a respons&aacute;vel pela fa&ccedil;anha. De acordo com a ag&ecirc;ncia espacial, isso ser&aacute; poss&iacute;vel por meio de um &ldquo;escudo de calor de alta tecnologia&rdquo; instalado em uma nave espacial n&atilde;o tripulada.
O ent&atilde;o chamado Sistema de Prote&ccedil;&atilde;o Termal ajudar&aacute; a sonda &lsquo;encostar no Sol&rsquo; com 6,4 milh&otilde;es de quil&ocirc;metros de dist&acirc;ncia da estrela. Isso &eacute; bem perto: Merc&uacute;rio, quando est&aacute; bem pr&oacute;ximo do Sol, s&atilde;o 46 milh&otilde;es de quil&ocirc;metros de dist&acirc;ncia.
A sonda ser&aacute; lan&ccedil;ada para encostar no Sol em agosto
Segundo a NASA, o escudo &eacute; feito de um composto de carbono prensado, com um n&uacute;cleo leve de espuma de carbono. Ainda, ele possui uma camada branca especialmente formulada para refletir a energia do Sol o m&aacute;ximo poss&iacute;vel.
<a href="https://www.nasa.gov/feature/goddard/2018/cutting-edge-heat-shield-installed-on-nasa-s-parker-solar-probe" target="_blank">Como a pr&oacute;pria NASA nota</a>, o escudo servir&aacute; para prevenir que as temperaturas internas da sonda cheguem at&eacute; 1.370&deg; C. Dessa maneira, a ag&ecirc;ncia acredita que o escudo vai manter as pe&ccedil;as internas em uma temperatura &ldquo;confort&aacute;vel&rdquo; de 30&deg; C.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/07/06/sonda-06110228642044.jpg" alt="sonda" />Sonda
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<li>A sonda ser&aacute; lan&ccedil;ada para encostar no Sol em agosto</li>
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NASA se prepara para ‘encostar no Sol’

Imagem de Blue Origin planeja enviar nave tripulada para a Lua até 2023, afirma site no megacurioso

A empresa-irmã da Amazon tem planos ousados

Uma das empresas fundadas pelo criador da Amazon Jeff Bezos, a companhia aeroespacial&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/107268-estas-fotos-resumem-sete-decadas-de-lancamentos-de-veiculos-espaciais.htm" target="_blank" title="Estas fotos resumem sete d&eacute;cadas de lan&ccedil;amentos de ve&iacute;culos espaciais">Blue Origin</a>&nbsp;vem ganhando destaque como uma grande entusiasta do retorno da humanidade &agrave; <a href="https://www.megacurioso.com.br/tags/lua" target="_blank" title="Lua">Lua</a>. A diferen&ccedil;a &eacute; que, desta vez a ideia &eacute; ir at&eacute; l&aacute; como colonizadores, n&atilde;o apenas como meros visitantes &mdash; e o primeiro passo dessa empreitada deve acontecer nos pr&oacute;ximos cinco anos.
Durante uma confer&ecirc;ncia sobre explora&ccedil;&atilde;o espacial, o diretor de desenvolvimento de neg&oacute;cios da Blue Origin, A.C. Charania, falou um pouco sobre os planos da companhia. Segundo ele, o programa intitulado Blue Moon (&ldquo;Lua Azul&rdquo;, em tradu&ccedil;&atilde;o livre) &ldquo;&eacute; o primeiro passo para desenvolver, a capacidade de pousar na Lua para o pa&iacute;s e, para os nosso consumidores internacionais, de pousar toneladas m&eacute;tricas sobre a superf&iacute;cie lunar.&rdquo;
E o plano &eacute; ousado: Charania afirma que a inten&ccedil;&atilde;o &eacute; que o Blue Moon realize o seu primeiro voo tripulado at&eacute; &agrave; Lua at&eacute; 2023, ou seja, nos pr&oacute;ximos cinco anos. Para isso, a companhia j&aacute; costura algumas parcerias internacionais e tamb&eacute;m busca o apoio da <a href="https://www.megacurioso.com.br/tags/exploracao-espacial" target="_blank" title="Explora&ccedil;&atilde;o Espacial">NASA</a>, a ag&ecirc;ncia espacial dos Estados Unidos.
O site <a href="https://www.geekwire.com/2018/blue-origin-targets-moon-landing-2023-early-step-toward-lunar-settlement/" target="_blank">GeekWire</a> lembra que, em maio, uma fala de outro executivo da Blue Origin, Ted McFarland, sugeriu que um grupo internacional formado por Bezos e outros figur&otilde;es da ind&uacute;stria aeroespacial deve anunciar em setembro uma nova iniciativa para voltar &agrave; Lua. O an&uacute;ncio aconteceria durante a edi&ccedil;&atilde;o deste ano do Congresso Internacional de Astron&aacute;utica que acontece em setembro, na Alemanha.
<h2>A coloniza&ccedil;&atilde;o da Lua e o salto para o espa&ccedil;o</h2>
Tamb&eacute;m em maio deste ano, Bezos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/107456-jeff-bezos-que-tirar-industria-pesada-da-terra-e-colonia-permanente-na-lua.htm" target="_blank" title="Jeff Bezos quer ind&uacute;stria pesada fora da Terra e col&ocirc;nia permanente na Lua">j&aacute; havia concedido uma entrevista</a>&nbsp;na qual falava sobre a humanidade deixando a Terra. &ldquo;Teremos que sair deste planeta. Vamos deix&aacute;-lo e isso vai torn&aacute;-lo melhor. N&oacute;s vamos e quem quiser pode ficar&rdquo;, afirmou o executivo. Na sua vis&atilde;o, a Lua poderia se tornar uma base espacial a partir da qual os seres humanos poderiam ganhar o espa&ccedil;o.
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Blue Origin planeja enviar nave tripulada para a Lua até 2023, afirma site

Imagem de Você sabe onde ficam as montanhas mais altas do Sistema Solar? no megacurioso

Elas têm quase 3 vezes o tamanho do Monte Everest

N&atilde;o precisamos sair da atmosfera terrestre para encontrar belezas naturais e paisagens de tirar o f&ocirc;lego, mas caso essa seja uma op&ccedil;&atilde;o, o Sistema Solar pode ser uma grande fonte de novidades.
Sejam as nuvens venusianas de &aacute;cido sulf&uacute;rico, o tamanho de J&uacute;piter ou os an&eacute;is de Saturno, essas paisagens &uacute;nicas encantam por sua magnitude. E Marte tamb&eacute;m possui belezas singulares&nbsp;&mdash; o Olympus Mons &eacute; uma delas.
<h2 dir="ltr">Primeiros registros</h2>
A forma&ccedil;&atilde;o foi identificada pela primeira vez em 1877, quando o astr&ocirc;nomo italiano Giovanni Schiaparelli estudou a superf&iacute;cie do planeta. Em seus registros, ele indicou ter encontrado uma s&eacute;rie de canais e um ponto mais claro, que parecia ser o pico de algo grande.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/06/28/28075512736151.jpg" alt=" />
Atrav&eacute;s da melhoria dos telesc&oacute;pios utilizados, ele mesmo conseguiu perceber que n&atilde;o existiam os canais identificados anteriormente, mas teve certeza sobre o pico de uma enorme estrutura montanhosa.
Ele a batizou de Nix Olympica, que significa neve ol&iacute;mpica em latim, por&eacute;m o nome foi alterado nos anos 1970. Por meio da sonda Mariner 9, lan&ccedil;ada em 1971 para explorar a superf&iacute;cie do planeta vermelho, a NASA constatou que as observa&ccedil;&otilde;es de Schiaparelli estavam corretas.
<iframe width="853" height="480" src="https://www.youtube.com/embed/1BPNVtCgAbk?start=0" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
O &uacute;nico detalhe &eacute; que o ponto n&atilde;o era o topo de uma simples cadeia de montanhas, mas sim de um vulc&atilde;o. Neve e lava n&atilde;o combinam, por isso a ag&ecirc;ncia renomeou a montanha para Olympus Mons, que significa Monte Olimpo em latim, refletindo melhor a realidade da forma&ccedil;&atilde;o.
<h2 dir="ltr">Tr&ecirc;s vezes o Everest</h2>
Localizado na regi&atilde;o central de Marte, no que equivale &agrave; nossa Linha do Equador, o Olympus Mons &eacute; um vulc&atilde;o que se estende por cerca de 600 quil&ocirc;metros. Com incr&iacute;veis 21.229 metros acima do n&iacute;vel m&eacute;dio da superf&iacute;cie, ele mede quase o equivalente a tr&ecirc;s vezes o Monte Everest, que possui 8.848 metros acima do n&iacute;vel do mar.
Quando s&atilde;o comparados os tamanhos da base, tamb&eacute;m ficamos para tr&aacute;s. O vulc&atilde;o marciano ocupa uma &aacute;rea de 311 mil quil&ocirc;metros quadrados, contra os 260 mil quil&ocirc;metros quadrados do Tamu Massif, maior vulc&atilde;o do nosso planeta, que est&aacute; escondido sob o oceano Pac&iacute;fico.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/06/28/28075528471152.jpg" alt=" />
Para se ter uma no&ccedil;&atilde;o de sua grandiosidade, a imagem acima mostra a &aacute;rea equivalente do vulc&atilde;o marciano projetada sobre a Fran&ccedil;a. Na de baixo, foram colocados, lado a lado, o Olympus Mons, o Monte Everest e o Mauna Kea, vulc&atilde;o mais alto do Hava&iacute;.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/06/28/28075643127153.jpg" alt=" />
A montanha marciana &eacute; relativamente recente: o in&iacute;cio de sua forma&ccedil;&atilde;o &eacute; estimado em 3,5 bilh&otilde;es de anos, e as regi&otilde;es mais novas existem h&aacute; apenas alguns milh&otilde;es de anos. Por isso, alguns cientistas acreditam que o vulc&atilde;o talvez ainda esteja ativo.
Infelizmente, caso ele volte a entrar em erup&ccedil;&atilde;o, n&atilde;o proporcionar&aacute; um show de explos&otilde;es, pois &eacute; classificado como um vulc&atilde;o em escudo. Esse tipo de forma&ccedil;&atilde;o tem como caracter&iacute;stica o fluxo constante de lava, sem explos&otilde;es, e por longos per&iacute;odos. Esse &eacute; o motivo de o Olympus Mons n&atilde;o possuir um pico t&atilde;o proeminente, fazendo com que sua inclina&ccedil;&atilde;o seja bem pequena: apenas 5%.
O vulc&atilde;o chegou ao tamanho que possui atualmente por caracter&iacute;sticas espec&iacute;ficas do planeta. A superf&iacute;cie de Marte possui uma gravidade menor do que a da Terra, fato que permite a acumula&ccedil;&atilde;o de mais lava ao longo do tempo. Al&eacute;m disso, os vulc&otilde;es de l&aacute; expelem mais magma e por muito mais tempo, quando comparados aos nossos.
Outro fator importante &eacute; que, no planeta vermelho, o movimento das placas tect&ocirc;nicas &eacute; bem menor, proporcionando condi&ccedil;&otilde;es mais favor&aacute;veis para longos per&iacute;odos de erup&ccedil;&atilde;o. Por aqui, esses deslocamentos fazem com que o comum seja a forma&ccedil;&atilde;o de uma cadeia de montanhas vulc&acirc;nicas, e n&atilde;o uma &uacute;nica forma&ccedil;&atilde;o gigante.
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Você sabe onde ficam as montanhas mais altas do Sistema Solar?

Imagem de Conheça 5 estranhas alternativas para explicar buracos negros no megacurioso

Eles podem não ser exatamente como estamos imaginando

O conceito de buraco negro ainda &eacute; algo muito discutido entre especialistas da &aacute;rea. &Eacute; at&eacute; dif&iacute;cil imaginar a magnitude de um ponto onde a densidade &eacute; infinita, tanto que distorce o espa&ccedil;o-tempo ao seu redor, em um n&iacute;vel em que nem a luz escapa. Ainda mais se levarmos em conta o destino de tudo que &eacute; &ldquo;sugado&rdquo; por ele.
O fato &eacute; que eles existem, mas talvez n&atilde;o da forma como imaginamos atualmente. Aqui est&atilde;o cinco poss&iacute;veis alternativas para o que chamamos de buraco negro:
<h2 dir="ltr">1. Buraco de minhoca</h2>
A singularidade, ponto infinitesimal que existe dentro de um buraco negro, ainda &eacute; um mist&eacute;rio para os cientistas. Albert Einstein e Nathan Rosen indicaram, em 1925, que voc&ecirc; poderia evitar o conceito de singularidade se pudesse estender um buraco negro para outro ponto, criando o chamado buraco de minhoca.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/06/29/29161059157480.jpg" alt="" />
Essas estruturas n&atilde;o possuiriam um horizonte de eventos, ponto onde nada mais consegue escapar da intensa for&ccedil;a gravitacional, gerando um paradoxo onde as leis da f&iacute;sica, como as conhecemos, perdem o sentido.
Os buracos de minhoca n&atilde;o teriam esse problema, pois algo que foi capturado por um dos lados sairia em outro ponto sem problemas. As ondas gravitacionais, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/102823-ondas-gravitacionais-confira-3-descobertas-fascinantes-sobre-elas.htm">detectadas</a> em 2015, poderiam n&atilde;o ser resultado da movimenta&ccedil;&atilde;o de dois buracos negros, mas sim de dois buracos de minhoca.
Cientistas da B&eacute;lgica e da Espanha <a href="https://journals.aps.org/prd/abstract/10.1103/PhysRevD.97.024040">divulgaram</a> recentemente c&aacute;lculos indicando que as ondas gravitacionais produzidas pela intera&ccedil;&atilde;o de ambas as estruturas seriam semelhantes; a diferen&ccedil;a apareceria no eco gerado nos momentos finais.
Os equipamentos utilizados em 2015 para a detec&ccedil;&atilde;o das ondas n&atilde;o eram potentes o suficiente para registrar esses ecos, mas os pesquisadores acreditam que isso &eacute; poss&iacute;vel e esperam que essas informa&ccedil;&otilde;es sejam obtidas em um futuro pr&oacute;ximo.
<h2 dir="ltr">2. Emaranhado de cordas</h2>
Pode parecer estranho, mas no final essa alternativa tem sentido. Ela &eacute; baseada na teoria das cordas, que imagina cada part&iacute;cula no Universo como uma pequena corda. Segundo ela, o que diferencia, por exemplo, um el&eacute;tron de um pr&oacute;ton &eacute; a frequ&ecirc;ncia da vibra&ccedil;&atilde;o desses elementos. Nesse contexto, um buraco negro poderia ser imaginado como um grande emaranhado de &ldquo;cordas&rdquo;, mais semelhante a um planeta do que a um buraco.
Nessa proposi&ccedil;&atilde;o, caso voc&ecirc; ca&iacute;sse nesse &ldquo;emaranhado de cordas&rdquo;, dificilmente perceberia. Alguns cientistas dizem que as &ldquo;cordas&rdquo; que comp&otilde;em as part&iacute;culas subat&ocirc;micas do seu corpo se combinariam com outras, criando uma c&oacute;pia sua na superf&iacute;cie do emaranhado. &Eacute; at&eacute; dif&iacute;cil imaginar algu&eacute;m nessa situa&ccedil;&atilde;o.
<h2 dir="ltr">3. Estrela de B&oacute;sons</h2>
Existe uma &aacute;rea da f&iacute;sica que estuda as part&iacute;culas fundamentais, elementos que n&atilde;o possuem nenhuma subestrutura. Enquanto estrelas ordin&aacute;rias s&atilde;o compostas por f&eacute;rmions, que precisam se organizar de uma forma espec&iacute;fica, o que identificamos como buracos negros seriam, na verdade, estrelas de b&oacute;sons. Ao contr&aacute;rio dos f&eacute;rmions, os b&oacute;sons conseguem se agrupar com uma for&ccedil;a excepcional, criando uma &uacute;nica part&iacute;cula chamada Condensado de Bose-Einstein.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/06/29/29161108110481.jpg" alt="" />
Ele teria a forma de um donut transparente com uma for&ccedil;a gravitacional intensa. Estruturas como essa j&aacute; foram <a href="https://curiosity.com/topics/a-wild-fusion-of-light-and-matter-called-the-polariton-could-power-the-next-supercomputers-curiosity">simuladas</a> em laborat&oacute;rio e, <a href="https://www.newscientist.com/article/mg23531340-600-when-is-a-black-hole-not-a-black-hole-when-its-a-boson-star/">segundo</a> o te&oacute;rico Steve Liebling, &ldquo;estrelas de b&oacute;sons poderiam imitar buracos negros, e poder&iacute;amos estar sendo enganados por elas&rdquo;. A confirma&ccedil;&atilde;o dessa proposi&ccedil;&atilde;o se daria tamb&eacute;m atrav&eacute;s da an&aacute;lise dos ecos de ondas gravitacionais.
<h2 dir="ltr">4. Gravastar</h2>
A forma&ccedil;&atilde;o de um buraco negro acontece atrav&eacute;s do colapso de uma estrela, que tem sua massa concentrada em um s&oacute; ponto, a chamada singularidade. A diferen&ccedil;a dele para um Gravastar &eacute; que este geraria uma &ldquo;mat&eacute;ria ex&oacute;tica&rdquo; logo no in&iacute;cio do processo, fato que impediria o colapso completo. O processo seria suficiente para configurar o que conhecemos como buraco negro, mas nesse caso sem o horizonte de eventos.
Tamb&eacute;m atrav&eacute;s da an&aacute;lise de ondas gravitacionais, Luciano Rezzolla, professor da Universidade Goethe, na Alemanha, n&atilde;o se mostrou muito otimista, pois os dados dispon&iacute;veis atualmente indicam que a realidade n&atilde;o condiz com essa teoria.
<h2 dir="ltr">5. Colapsos eternos de objetos magnetosf&eacute;ricos</h2>
Essa possibilidade foi levantada por alguns pesquisadores que, em 2006, faziam observa&ccedil;&otilde;es de um quasar. Esse tipo de objeto astron&ocirc;mico emite uma luz intensa, que se acredita ser gerada por um buraco negro voraz. Eles perceberam algo estranho quando a estrutura aparentou ter um campo magn&eacute;tico, algo incompat&iacute;vel com as condi&ccedil;&otilde;es encontradas.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/06/29/29161116860483.jpg" alt="" />
Isso fez com que considerassem a ideia de objetos magnetosf&eacute;ricos entrando em colapso eternamente. Quando um objeto est&aacute; nessa situa&ccedil;&atilde;o, se torna extremamente denso e quente, com a radia&ccedil;&atilde;o que ele produz criando uma press&atilde;o externa que impede seu desmoronamento. Isso geraria uma enorme bola de plasma, que possui as caracter&iacute;sticas de um buraco negro.
Essa &eacute; mais uma hip&oacute;tese sobre algo que ainda &eacute; um grande mist&eacute;rio, assim como foi at&eacute; para as mentes mais brilhantes que j&aacute; viveram. O assunto &eacute; complexo, e a obten&ccedil;&atilde;o de informa&ccedil;&otilde;es &eacute; t&atilde;o complicada quanto; por&eacute;m, com novas tecnologias essa quest&atilde;o est&aacute; cada vez mais pr&oacute;xima de, pelo menos, algum direcionamento.
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