Imagem de A Teoria de Tudo: modelo indica "partícula do tempo" no megacurioso

Nova teoria indica propriedade do Universo que pode nos fazer compreender melhor o conceito de tempo e espaço

<head></head><body>Pesquisadores da Universidade Estadual da Pensilvânia, nos Estados Unidos, criaram uma nova teoria que poderia ajudar na compreensão da chamada "Teoria de Tudo". De acordo com os físicos americanos, o Universo trabalha com propriedades parecidas com um relógio fundamental, o qual interagiria com os relógios atômicos desenvolvidos na Terra e traria esclarecimentos sobre a nossa compreensão de tempo.Essa é uma concepção que ajudaria a reconciliar dois pilares da física moderna elaboradas no século 20: a mecânica quântica, que aborda as partículas em escala subatômica, e a <a href="https://www.megacurioso.com.br/teoria-da-relatividade/56607-6-provas-da-teoria-da-relatividade-em-nosso-cotidiano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Teoria da Relatividade</a> de Albert Einstein, a qual descreve as particularidades dos objetos mais massivos do Espaço.Dessa forma, os cientistas finalmente poderiam explicar as divergências que consistem na nossa compreensão sobre o tempo e sobre como cada indivíduo pode ter uma interpretação diferente do passar das horas.<h2>A interpretatividade do conceito de tempo</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/15/15040553517004.png" alt="Modelo da deformação no espaço-tempo causada pela massa planetária descrito na teoria da relatividade (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)">Modelo da deformação no espaço-tempo causada pela massa planetária descrito na teoria da relatividade (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)Até os dias de hoje, a comunidade científica ainda não alcançou um consenso sobre como descrever o que é o tempo. O físico Martin Bojowald, em entrevista para o portal Live Science,&nbsp;explicou que os seres humanos não conseguem descrever corretamente o sentido do termo, e acabamos por utilizá-lo para descrever as mudanças que ocorrem constantemente no Universo.Dessa forma, a teoria da mecânica quântica descreveria o tempo como uma medida exata e que ocorre de forma linear, enquanto a teoria da relatividade o denominaria como um fator variante dependendo da perspectiva do objeto. Então, como esses dois conceitos poderiam coexistir?Na maioria das vezes, essa discrepância não geraria um conflito de interesses. Porém, objetos como os buracos negros — que conservam uma grande quantidade de massa em um curto espaço minúsculo — &nbsp;não poderiam ser explicados sem um conceito pleno como a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/41777-confira-5-teorias-sobre-a-origem-da-vida.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Teoria de Tudo</a>.<h2>A partícula do tempo</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/15/15040417516002.jpg" alt="(Fonte: Pixabay/Reprodução)">(Fonte: Pixabay/Reprodução)Segundo o experimento da Universidade da Pensilvânia, existe a possibilidade do Universo ser o gerador de uma nova partícula que aumentaria as interpretações sobre a vida: a partícula do tempo.Assim como o <a href="https://www.megacurioso.com.br/boson-de-higgs/35873-cientistas-do-cern-estao-certos-que-encontraram-o-boson-de-higgs.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Bóson de Higgs</a>, — também conhecido como a partícula de Deus — que é descrito como a partícula originária de todos os objetos com massa, também existiria uma partícula descrita como um relógio universal, que aplicaria o conceito de tempo a todos os outros objetos existentes.Ao modelar esse relógio universal, Bojowald e seus colegas identificaram uma certa divergência entre o período de tempo marcado nestes ponteiros em comparação com os relógios atômicos construídos pelos seres humanos. A falta de sincronia entre essas duas realidades explicaria o porquê de não existir uma precisão na observação do passar das horas.Os relógios atômicos conseguem medir o tempo em um milionésimo de um bilionésimo de um bilionésimo de um bilionésimo de segundo, o que ainda não seria suficiente para alcançar o cronômetro do relógio universal.&nbsp;<h2>Pioneirismo em um modelo de compreensão temporal</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/15/15040442969003.jpg" alt="Modelo de colisão atômica chamado de Bóson de Higgs (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)">Modelo de colisão atômica chamado de Bóson de Higgs (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)Essa seria a primeira vez que uma equipe conseguiu gerar um modelo de análise de um conceito tão abstrato quanto o tempo, o que demonstra a importância do artigo publicado. O estudo publicado no Physical Review Letters&nbsp;abre espaço para resultados concretos sobre a física quântica e outros temas extremamente delicados.Além disso, a Universidade da Pensilvânia é a primeira a demonstrar que as ferramentas humanas desenvolvidas para a quantificação do tempo ainda não atingiram a escala máxima exigida para o entendimento pleno do conceito de tempo no Universo.Até hoje, a ciência conseguiu chegar em uma teoria conhecida como Tempo de Planck, ou "velocidade da luz". Essa seria a escala de tempo mínima conhecida pelos seres humanos e que ainda gera debates.Ao compreender o Universo como um objeto massivo que se expandiu rapidamente, Bojowald acredita que as análises cosmológicas de fenômenos como o Big Bang podem ajudar a comunidade científica a alcançar medidas de tempo ainda inferiores aos dados obtidos nos dias de hoje em uma temática que ainda deve ser centro das atenções de físicos pelos próximos séculos. </body>

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A Teoria de Tudo: modelo indica 'partícula do tempo'

Imagem de Cientistas calculam menor fração de tempo possível no Universo no megacurioso

F&iacute;sicos da Universidade Estadual da Pensilv&acirc;nia, nos Estados Unidos, calcularam qual seria a menor unidade fundamental de tempo que poderia existir no Universo; e, para a grande maioria de n&oacute;s, que est&aacute; acostumada a entender a passagem do tempo em segundos, minutos e horas, o resultado ao qual o time chegou pode ser imposs&iacute;vel de imaginar.
<h2>Tic-tac...</h2>
De acordo com Adam Mann, do site <a href="https://www.livescience.com/what-are-smallest-ticks-of-time.html" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Live Science</a>, os modelos te&oacute;ricos desenvolvidos pelos f&iacute;sicos apontaram que o menor valor para a varia&ccedil;&atilde;o do tempo seria 1 milion&eacute;simo de bilion&eacute;simo de bilion&eacute;simo de bilion&eacute;simo de segundo, o equivalente a 10^-33 s. Para qual finalidade os cientistas investiram tempo e desenvolveram c&aacute;lculos complexos para descobrir essa min&uacute;scula fra&ccedil;&atilde;o?
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;The Independent / Reprodu&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://www.independent.co.uk/news/science/time-crystals-new-matter-atoms-law-physics-break-perpetual-motion-theory-electrons-snowflakes-a7618041.html"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/13/13234053977450.jpg" alt="1 milion&eacute;simo de bilion&eacute;simo de bilion&eacute;simo de bilion&eacute;simo de segundo!" />1 milion&eacute;simo de bilion&eacute;simo de bilion&eacute;simo de bilion&eacute;simo de segundo.
Voc&ecirc; j&aacute; deve ter ouvido falar nos rel&oacute;gios at&ocirc;micos. Basicamente, esses dispositivos consistem em aparatos que detectam a oscila&ccedil;&atilde;o de energia de determinados &aacute;tomos, como se a sua varia&ccedil;&atilde;o de energia fosse um p&ecirc;ndulo; portanto, permitem que a passagem do tempo possa ser medida de maneira extraordinariamente precisa.
Os rel&oacute;gios at&ocirc;micos mais avan&ccedil;ados que existem atualmente s&atilde;o capazes de aferir o transcorrer do tempo na ordem de 10^-19 segundos ou 1 d&eacute;cimo de bilion&eacute;simo de bilion&eacute;simo de segundo. No nosso dia a dia, pouco importa se n&atilde;o atingirmos esse n&iacute;vel absurdo de exatid&atilde;o para contabilizarmos a nossa percep&ccedil;&atilde;o de como o tempo passa, mas, quando se trata de estudar fen&ocirc;menos na escala qu&acirc;ntica, que avaliam o Universo no &acirc;mbito das part&iacute;culas fundamentais, saber qual &eacute; a menor unidade de tempo poss&iacute;vel faz toda a diferen&ccedil;a, uma vez que discrep&acirc;ncias nos valores poderiam levar os rel&oacute;gios at&ocirc;micos a ficarem fora de sincronia e resultar em inconsist&ecirc;ncias nas medi&ccedil;&otilde;es.
Al&eacute;m disso, determinar qual &eacute; a menor fra&ccedil;&atilde;o de tempo conceb&iacute;vel pode permitir a cria&ccedil;&atilde;o de um rel&oacute;gio at&ocirc;mico universal, que poderia ajudar no desenvolvimento da t&atilde;o almejada Teoria de Tudo, que possibilitaria que a mec&acirc;nica qu&acirc;ntica e a Teoria da Relatividade finalmente fizessem as pazes e conversassem entre si. Isso porque a segunda, al&eacute;m de tratar das quest&otilde;es cosmol&oacute;gicas na escala de planetas, estrelas e gal&aacute;xias, considera o tempo como uma "entidade" que pode ser comprimida, esticada e distorcida dependendo das circunst&acirc;ncias; sendo assim, a defini&ccedil;&atilde;o de um "rel&oacute;gio universal" seria de grande ajuda.
Agora os f&iacute;sicos t&ecirc;m o desafio de encontrar uma forma de testar experimentalmente como medir essa fra&ccedil;&atilde;o de tempo t&atilde;o &iacute;nfima. E ser&aacute; bem interessante ver como eles far&atilde;o isso.<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/155183-cientistas-calculam-menor-fracao-tempo-possivel-universo.htm">Cientistas calculam menor fração de tempo possível no Universo</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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Cientistas calculam menor fração de tempo possível no Universo

Imagem de Engenheiros desenvolvem nova técnica de dessalinização de água no megacurioso

Método proporciona uma economia de 75% de energia comparado a abordagens convencionais e pode ser aplicado fora do litoral

Uma nova t&eacute;cnica de&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/36195-por-que-nao-podemos-beber-agua-salgada-.htm" target="_blank" title="Por que n&atilde;o podemos beber &aacute;gua salgada?">dessaliniza&ccedil;&atilde;o de &aacute;gua</a> que consegue lidar com salmouras com alt&iacute;ssimo grau de salinidade foi desenvolvida por engenheiros da Universidade de Col&uacute;mbia, nos Estados Unidos. Utilizando uma mistura com 292.500 partes por milh&atilde;o de s&oacute;lidos dissolvidos, a equipe por tr&aacute;s do projeto foi capaz de precipitar mais de 90% do sal na solu&ccedil;&atilde;o original.
Batizada de &ldquo;extra&ccedil;&atilde;o por solvente com temperatura oscilante&rdquo;, a metodologia se difere de procedimentos convencionais por ser baseada em absor&ccedil;&atilde;o de &aacute;gua por meio de solvente, sem mudan&ccedil;a de fase evaporativa ou uso de membranas. Al&eacute;m disso, proporciona uma&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115140-geracao-de-energia-solar-triplicou-em-12-meses-no-brasil.htm" target="_blank" title="Gera&ccedil;&atilde;o de energia solar triplicou em 12 meses no Brasil">economia de energia</a> de at&eacute; 75% em compara&ccedil;&atilde;o com a evapora&ccedil;&atilde;o t&eacute;rmica.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Reprodu&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=criada-nova-tecnica-dessalinizacao&amp;id=010170200708#.XwisxihKiUk"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/10/10170830423091.jpg" alt="Esquema de dessaliniza&ccedil;&atilde;o in&eacute;dito proporciona economia de 75% de energia." />Esquema de dessaliniza&ccedil;&atilde;o in&eacute;dito proporciona economia de 75% de energia.
Ngai Yip, professor respons&aacute;vel pela novidade, explica o motivo que o leva a crer que a tecnologia transformar&aacute; a ind&uacute;stria global da &aacute;gua: &ldquo;A descarga de l&iacute;quido zero &eacute; a &uacute;ltima fronteira da dessaliniza&ccedil;&atilde;o. Evaporar e condensar a &aacute;gua &eacute; a pr&aacute;tica atual desta t&eacute;cnica, mas <a href="https://www.tecmundo.com.br/energia-solar/30502-calor-dissipado-de-processadores-pode-ajudar-a-purificar-agua-em-deserto-americano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">consome muita energia</a> e &eacute; proibitivamente caro. Conseguimos alcan&ccedil;&aacute;-la sem ferver a &aacute;gua &ndash; e este &eacute; um grande avan&ccedil;o para dessalinizar as salmouras de salinidade ultra-alta.&rdquo;
<h2>Avan&ccedil;o tecnol&oacute;gico</h2>
Tudo se inicia com a mistura de um solvente de baixa polaridade com a salmoura de alta salinidade. Em <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/111868-como-nos-humanos-e-os-animais-sentimos-frio.htm" target="_blank" title="Como humanos e animais sentem frio?">baixas temperaturas</a>, o componente extrai a &aacute;gua, mas n&atilde;o os sais, presentes na forma de &iacute;ons &ndash; sendo que a equipe realizou testes a 5 &deg;C. A partir do controle da propor&ccedil;&atilde;o entre subst&acirc;ncia e l&iacute;quido, &eacute; poss&iacute;vel extrair toda a &aacute;gua &ndash; que, depois de &ldquo;sugada&rdquo;, permite que cristais s&oacute;lidos resultantes dos sais sejam peneirados, uma vez que se depositam no fundo do recipiente.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/10/10170959111092.jpg" alt="Ngai Yip, professor da Universidade de Col&uacute;mbia, nos Estados Unidos." />Ngai Yip, professor da Universidade de Col&uacute;mbia, nos Estados Unidos.
Ap&oacute;s a separa&ccedil;&atilde;o, basta aquecer o solvente a 70 &deg;C. Assim, a solubilidade do composto &ldquo;cai&rdquo; e a <a href="https://www.tecmundo.com.br/conceito/43650-puri-garrafa-transforma-agua-salgada-em-potavel-video-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&aacute;gua pode ser retirada</a>, como se o solvente fosse uma esponja, podendo ser reutilizado. &ldquo;Com o solvente certo e as condi&ccedil;&otilde;es de temperatura adequadas, podemos fornecer op&ccedil;&otilde;es de gerenciamento de concentrado econ&ocirc;micas e ambientalmente sustent&aacute;veis para instala&ccedil;&otilde;es de dessaliniza&ccedil;&atilde;o do interior, utilizando &aacute;gua subterr&acirc;nea salobra para aliviar o estresse h&iacute;drico atual e futuro&rdquo;, comemora Ngai.
Por fim, al&eacute;m das vantagens j&aacute; apresentadas, a t&eacute;cnica permite dessalinizar &aacute;guas salgadas fora do litoral, assim como reciclar &aacute;gua de retorno (fraturamento hidr&aacute;ulico), produzida durante a extra&ccedil;&atilde;o de petr&oacute;leo e g&aacute;s, e resultante de fluxos de res&iacute;duos de usinas el&eacute;tricas movidas a vapor, descargas de instala&ccedil;&otilde;es de carv&atilde;o e aterros sanit&aacute;rios.<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/155086-engenheiros-desenvolvem-nova-tecnica-dessalinizacao-agua.htm">Engenheiros desenvolvem nova técnica de dessalinização de água</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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Engenheiros desenvolvem nova técnica de dessalinização de água

Imagem de Campo magnético da Terra muda com velocidade maior que a esperada no megacurioso

Segundo novo estudo, mudanças na direção do campo magnético ocorrem até dez vezes mais rápido do que se imaginava

<head></head><body>Um estudo recente publicado na última segunda-feira (6), pelo periódico Nature Communications foi capaz de descobrir novos dados acerca do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114200-idade-do-campo-magnetico-da-terra-divide-a-ciencia.htm">campo magnético</a> da Terra. Os pesquisadores da Universidade de Leeds, na Inglaterra em parceria com a Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos analisaram dados do comportamento do núcleo terrestre por meio de sistemas de computadores em cerca de 100 mil anos.O <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114666-campo-magnetico-esta-se-enfraquecendo-na-regiao-do-atlantico-sul.htm">campo magnético</a> nada mais é do que uma espécie de manto formado por correntes elétricas criado ao redor do núcleo do planeta devido ao constante movimento das substâncias que por lá estão presentes.&nbsp;Esse campo é importante para o nosso cotidiano ao nos ajudar a guiar alguns dos nossos sistemas de localização, como a bússola e o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115026-spacex-lanca-satelite-gps-da-forca-espacial-dos-eua-veja-ao-vivo.htm">GPS</a>. Sua direção acaba sendo afetada diretamente por conta movimento constante ao qual é submetido. Sendo assim, é possível que, conforme muitos anos se passem, o norte magnético se torne o sul magnético e assim sucessivamente.&nbsp;A pesquisa publicada nesta semana, apura, nesse sentido, que essa mudança de direção pode ocorrer até dez vezes mais rápido do que o que se pensava anteriormente.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Nature Communications&nbsp;" data-fonte-url="https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2020/07/campo-magnetico-da-terra-pode-mudar-mais-rapido-do-que-se-imagina.html"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/08/08023540025069.jpg" alt="(Nature Communications/Reprodução)">(Nature Communications/Reprodução)<h2 dir="ltr">Forças do campo magnético</h2>A descoberta pode ajudar em novas pesquisas acerca de como as mudanças no campo magnético afetam diretamente a vida na Terra. Sobretudo, porque as mudanças efetivas no núcleo do planeta deixam vestígios grandiosos e podem ser visualizados em sedimentos, fluxos de lava e até materiais desenvolvidos por seres humanos.De acordo com o estudo recente, no entanto, essas mudanças rápidas na direção do campo acabam colaborando para o enfraquecimento local de sua força. Chris Davies, principal autor do artigo, disse, por meio de um comunicado, que as lacunas sobre esse assunto ainda precisam ser preenchidas com novas informações que poderão ajudar a entender melhor o sistema por trás do núcleo terrestre.&nbsp;<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;ESA/NASA&nbsp;" data-fonte-url="https://www.nationalgeographicbrasil.com/meio-ambiente/2019/10/campo-magnetico-terra-muda-frequencia-polo-nucleo-planeta-escudo-radiacao"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/08/08023623322070.jpg" alt="(ESA/NASA/Reprodução)">(ESA/NASA/Reprodução)"Temos um conhecimento ainda incompleto sobre nosso campo magnético de 400 anos atrás", afirmou o pesquisador. Sua colega Catherine Constable, coautora do estudo, ressaltou a importância de se continuar investigando aspectos mais profundos do campo magnético para que novas descobertas sejam realizadas sobre o assunto.Ter um conhecimento maior sobre como as mudanças e oscilações ocorrem no núcleo terrestre, o que inclui sua velocidade, é importante para que reconfigurações de satélites sejam possíveis, assim como o tratamento das mudanças na exposição à radiação que podem resultar de uma reversão do campo, já que ele nos protege dos raios solares.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:04:48.767Z

Campo magnético da Terra muda com velocidade maior que a esperada

Imagem de A "revolta do nylon" levou milhares às ruas em 1941 no megacurioso

As meias finas sintéticas significaram uma revolução histórica, porém a falta delas causou bastante barulho

<head></head><body>Em meados de 1935, o químico Wallace Hume Carothers inventou a primeira fibra têxtil sintética da história usando carbono, água e ar. Ele a nomeou de nylon (nome genérico para a família das poliamidas) e autorizou que fossem desenvolvidos produtos com esse material na empresa DuPont — até hoje a segunda maior companhia química norte-americana.Carothers confeccionou o primeiro par de meias finas feitas de nylon. Depois, uma remessa de pares destinados a teste foi distribuída entre as esposas dos funcionários da fábrica para que elas experimentassem o produto. A aprovação foi unânime, então eles decidiram fabricar 4 mil pares, os quais esgotaram em apenas três horas de venda nas lojas de Wilmington, Delaware (EUA), onde até hoje é a sede da empresa.Em 1939, a DuPont selecionou modelos para desfilarem com seu mais novo produto na Feira Mundial de Nova York. Reafirmando o sucesso, as mulheres ficaram fascinadas com o alongamento, durabilidade e elegância dessas meias.&nbsp;Por isso, não foi uma surpresa a sociedade ficar indignada quando a produção simplesmente parou.<h2>Vendendo como água</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/19/19235717034004.jpg" alt="(Fonte: The Coven/Reprodução)">(Fonte: The Coven/Reprodução)Em 16 de maio de 1940, atualmente conhecido como “Dia do Nylon”, mais de 4 milhões de pares de meias marrons feitas de nylon chegaram às prateleiras da maioria das lojas de departamento dos Estados Unidos a míseros US$ 1,15. A DuPont sabia do potencial do novo produto, uma vez que o mercado das meias femininas estava cada vez mais em alta. Ao longo de 30 anos, com as bainhas das saias subindo cada vez mais, as meias finas foram se tornando um componente essencial em qualquer guarda-roupa feminino.Eles não poderiam estar mais certos: os estoques esgotaram em apenas dois dias. Aos poucos, as mulheres deixavam de lado as meias de seda e rayon,&nbsp;que rasgavam facilmente, não esticavam e eram difíceis de lavar. Elas integraram um amplo movimento de desapego para que o velho tecido fosse reutilizado na manufatura militar.<h2>O congelamento das máquinas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/19/19235955737005.jpg" alt="(Fonte: Hour Detroit Magazine/Reprodução)">(Fonte: Hour Detroit Magazine/Reprodução)Quando Pearl Harbor foi bombardeado, em 7 dezembro de 1941, e os Estados Unidos entraram na Segunda Guerra Mundial, a produção do nylon foi racionada e canalizada para os esforços de guerra na fabricação de paraquedas, cabos de pneus, cordas, tanques de combustível de aeronaves, cadarços e redes mosquiteiras. Isso aconteceu porque o proprietário da DuPont, Eleuthère Irénée du Pont, ofereceu a fibra sintética para o exército americano, visto que o país dependia de 90% da importação de sua seda para o Japão.Logo, as meias finas pararam de chegar às lojas e boutiques destinadas ao público civil, e não demorou muito para que essa falta fosse sentida e uma avalanche de reclamações começasse. Sem as peças desejadas, as mulheres passaram a aplicar loção de bronzeamento, delineador e tintura de cabelo nas antigas meias para tentar obter a aparência das de nylon. Por todo o país, houve roubo e falsificação do produto.Proibidos de produzir nada além do ordenado, a DuPont lucrou mais de US$ 100 mil em desvios de meias de nylon por meio de empresários que as compravam para revenda. No mercado clandestino, os pares de meias eram encontrados por até US$ 20.<h2>A revolta</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/20/20000257175019.jpg" alt="(Fonte: Smithsonian Magazine/Reprodução)">(Fonte: Smithsonian Magazine/Reprodução)Foi só no final de 1945 que a fábrica retomou o maquinário, porém eles sozinhos já não podiam mais acompanhar o sucesso da própria obra, visto que praticamente todas as mulheres do país usavam as meias. A empresa estimou que cerca de 360 milhões de pares teriam que ser produzidos por ano para suprir a demanda, porém essa era uma meta ilusória.Empenhadas em conseguir "pôr as mãos nas meias" depois de tanto tempo tentando conseguir alguma, em novembro daquele ano, apenas no bairro de East Liberty, em Pittsburgh, mais de 40 mil pessoas fizeram fila na frente de uma loja para comprá-las — foram vendidos 13 mil pares. Naquele dia, enquanto tentavam adquirir o produto, aconteceu o primeiro grande tumulto, que resultou em milhares de pessoas feridas.Incapaz de encher os estoques a tempo, a DuPont foi fortemente acusada de atrasar a fabricação das meias para aumentar ainda mais a procura. Jornais da época dispararam manchetes alegando que a empresa estava sendo ambiciosa demais e antipatriótica ao manter os direitos exclusivos de patente sob uma fibra que possuía alta demanda e versatilidade.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;SlideShare&nbsp;" data-fonte-url="https://image.slidesharecdn.com/thenylonstockingis75yearsold-141108153320-conversion-gate01/95/the-nylon-stocking-is-75-years-old-26-638.jpg?cb=1415531577"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/20/20000518081020.jpg" alt="(Fonte: SlideShare/Reprodução)">(Fonte: SlideShare/Reprodução)"O motivo desses tumultos e divergências são de responsabilidade das mulheres, que não tem nada de melhor para fazerem do que ficar formando filas intermináveis na porta dos comércios. Nós estamos fazendo a nossa parte", foi o que a DuPont declarou em sua defesa, preferindo colocar a culpa em seu público-alvo do que assumir que não dava mais conta de produzir sozinha o próprio produto.Os motins organizados em várias cidades encheram os leitos de hospitais com pessoas feridas e causaram danos ao patrimônio público e privado. Somente em março de 1946 que tudo foi normalizado, quando a DuPont — ainda obstinada em não abrir mão dos lucros integrais — começou a produzir mais de 30 milhões de pares de meias por mês, exigindo mais de seus funcionários e do maquinário do que deveria.Por volta de 1951, a empresa foi ameaçada por uma Ação Antitruste (Direito da Concorrência), caso não compartilhasse o licenciamento do nylon para outras companhias. À perspectiva de perder tudo de uma vez por todas, a DuPont logo concordou com os termos e vendeu os direitos de reprodução à Chermstrand Corporation.Depois do nylon, surgiram outros sintéticos da empresa que também eram de fácil manutenção, como o Dacron, Orlon, Bri-nylon e o Tricel. Visando conquistar ainda mais o mercado têxtil, a DuPont enviou roupas contendo fios de nylon para os estilistas famosos.Em 1955, o nylon já era usado em vestidos de Coco Chanel e Christian Dior, marcando a consolidação de um material que foi motivo de muito conflito.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:04:48.401Z

A 'revolta do nylon' levou milhares às ruas em 1941

Imagem de Por que alguns físicos acreditam na teoria do Universo-Espelho? no megacurioso

Muito além da ficção científica, embora inicialmente mal interpretada, a teoria do Universo-Espelho faz sentido

Os universos paralelos chamam aten&ccedil;&atilde;o de diversos roteiristas de cinema, escritores da literatura e at&eacute; mesmo os estudiosos da <a href="https://www.megacurioso.com.br/fisica-e-quimica/">f&iacute;sica</a>. Embora pare&ccedil;a ser um elemento da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/113949-10-invencoes-da-ficcao-cientifica-que-se-tornaram-realidade.htm">fic&ccedil;&atilde;o cient&iacute;fica</a>, na vida real muita gente desenvolve pesquisas que, de certa forma, apelam para a exist&ecirc;ncia desses universos paralelos.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/25/25032056289195.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
Para se ter uma no&ccedil;&atilde;o, alguns anos atr&aacute;s, algumas not&iacute;cias sensacionalistas surgiram na internet, sem nenhuma comprova&ccedil;&atilde;o cient&iacute;fica atestada por um peri&oacute;dico, afirmando que a NASA havia descoberto part&iacute;culas de um outro universo paralelo, no qual, inclusive, o tempo retrocederia. Essas not&iacute;cias ainda argumentavam que o <a href="https://www.megacurioso.com.br/universo/novidades/">universo</a> que conhecemos teria uma esp&eacute;cie de espelho que teria sido refletido ao longo do tempo. <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114621-os-fatos-por-tras-do-universo-paralelo-recem-descoberto-pela-nasa.htm">Ser&aacute; que os sinais misteriosos vindos da Ant&aacute;rtida t&ecirc;m a ver com isso?</a>
<h2 dir="ltr">Mas de onde surgiu toda essa hist&oacute;ria?</h2>
Segundo algumas apura&ccedil;&otilde;es realizadas posteriormente, o tabl&oacute;ide brit&acirc;nico The Daily Star, que inicialmente espalhou as informa&ccedil;&otilde;es, teria se baseado em uma publica&ccedil;&atilde;o cient&iacute;fica lan&ccedil;ada em 2018. O artigo &eacute; do f&iacute;sico Latham Boyle e de seus colegas, do Instituto Perimeter, no Canad&aacute; e data de dezembro de 2018 para a revista cient&iacute;fica Physical Review Letters. Nela, os estudiosos prop&otilde;em o que eles chamam de universo espelho, um reflexo do nosso universo ao longo do tempo.&nbsp;
No entanto, o trabalho de Boyle teria sido interpretado de uma forma incorreta, j&aacute; que trata-se de uma investiga&ccedil;&atilde;o aprofundada que seria capaz de reescrever um conceito acerca de uma explica&ccedil;&atilde;o dominante sobre a origem do universo: o Lambda-Cold Dark Matter ou Lambda-Mat&eacute;ria Escura Fria (&Lambda;CDM).&nbsp;
E esse conceito possui duas ideias principais para sua compreens&atilde;o. A primeira delas afirma que uma energia escura desconhecida pode fazer com que o universo entre em expans&atilde;o. Mas se essa expans&atilde;o for revertida no tempo, todo o universo pode ocupar um &uacute;nico ponto no espa&ccedil;o, que seria o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114348-o-que-havia-antes-do-big-bang.htm">Big Bang</a>. J&aacute; a segunda ideia, prop&otilde;e que esse universo seria composto por uma mat&eacute;ria escura invis&iacute;vel, capaz de puxar gravitacionalmente o universo inteiro.&nbsp;
Nesse sentido, a pesquisa de Boyle e seus colegas aprofunda-se nesses elementos para corrigir algumas falhas encontradas no &Lambda;CDM, pensando um pouco al&eacute;m do Big Bang, a principal teoria sobre a cria&ccedil;&atilde;o do universo. Para entender um pouco melhor, observe as ilustra&ccedil;&otilde;es abaixo:
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/25/25021610985180.jpg" alt="&quot;Hoje e o come&ccedil;o do tempo&quot;, em uma tradu&ccedil;&atilde;o do ingl&ecirc;s. (Meghan McCarter/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />"Hoje e o come&ccedil;o do tempo", em uma tradu&ccedil;&atilde;o do ingl&ecirc;s. (Meghan McCarter/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
O universo de hoje seria como o c&iacute;rculo mais amplo e plano, j&aacute; o ontem seria um c&iacute;rculo um pouco menor e o dia anterior, seria o c&iacute;rculo ainda menor. Agora, imagine que todos esses c&iacute;rculos sejam empilhados. Ao final de um longo per&iacute;odo (no caso, o Big Bang) ter&iacute;amos um cone.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/25/25023430291182.jpg" alt="(Meghan McCarter/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Meghan McCarter/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
O curioso, nesse sentido, &eacute; que os telesc&oacute;pios conseguem observar o espa&ccedil;o muito longe e, dessa forma, tamb&eacute;m o tempo. No entanto, eles n&atilde;o s&atilde;o capazes de visualizar o momento da cria&ccedil;&atilde;o do universo &mdash; o ponto mais distante conhecido &eacute; o Fundo C&oacute;smico de Microondas (CMB), que se formou cerca de 370.000 anos ap&oacute;s o Big Bang. E para conseguir, de alguma maneira, ir mais longe, Boyle e sua equipe resolveram cruzar as linhas.
<h2 dir="ltr">Um universo espelhado?</h2>
A hip&oacute;tese de Boyle faz sentido, justamente, porque essa vis&atilde;o do espa&ccedil;o-tempo tem um Big Bang escondido atr&aacute;s do CMB. E, dessa forma, caso exista um novo universo exatamente como o que conhecemos, o tempo n&atilde;o iria retroceder, como podemos pensar que aconte&ccedil;a. "Parece ser a extens&atilde;o mais simples e natural das equa&ccedil;&otilde;es que parecem descrever o universo como o vemos", comentou o pesquisador em entrevista &agrave; Live Science, esclarecendo sua tese.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/25/25032213568196.jpg" alt="(Meghan McCarter/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Meghan McCarter/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
E Boyle ainda argumenta que n&atilde;o existem evid&ecirc;ncias sobre esse universo-espelho realmente existir. Mas para ele, a simetria extra est&aacute; clara quando o cone &eacute; observado e isso ajudaria, inclusive, a compreender algumas poss&iacute;veis falhas na teoria da simetria de carga que incomoda os f&iacute;sicos h&aacute; muitos anos. Essa simetria, tamb&eacute;m conhecida como CPT (carga, paridade e tempo) garante que mesmo que as part&iacute;culas sejam invertidas elas ainda continuam, em sua ess&ecirc;ncia, as mesmas &mdash; e obedecendo &agrave;s mesmas leis.
O pr&oacute;prio modelo de &Lambda;CDM ainda carece de certezas com rela&ccedil;&atilde;o &agrave; simetria da CPT. Mas com o estudo proposto por Boyle, no entanto, a simetria se preserva mesmo com a adi&ccedil;&atilde;o de um segundo cone ao espa&ccedil;o-tempo.&nbsp;
Ent&atilde;o, depois de toda essa explica&ccedil;&atilde;o, por que o boato se espalhou de outra forma? O sensacionalismo esteve &agrave; solta! H&aacute; quatro anos, um detector de part&iacute;culas do projeto Antita Impulsiva Transiente Ant&aacute;rtica (ANITA) foi capaz de acusar a presen&ccedil;a de sinais de alta energia que pareciam vir diretamente do gelo ant&aacute;rtico. E essas part&iacute;culas, no entanto, n&atilde;o deveriam existir.&nbsp;
Os estudos mais recentes buscaram pela compreens&atilde;o do que poderia ter ocorrido e chegaram &agrave; conclus&atilde;o que o ANITA teria detectado neutrinos est&eacute;reis, com um valor estimado em 480 picoel&eacute;tron-volts (PeV). Mas ainda h&aacute; muita coisa que n&atilde;o parece fazer muito sentido dentro de todas as hip&oacute;teses j&aacute; levantadas. E para Boyle, sua teoria do universo-espelho ainda tem muito para se estudar. &ldquo;Meu palpite pessoal &eacute; que [a teoria] estando correta ou n&atilde;o, estamos no caminho certo", concluiu ele.

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Por que alguns físicos acreditam na teoria do Universo-Espelho?

Imagem de Turismo atômico: testes nucleares na Las Vegas de 1950 no megacurioso

Ver as bombas atômicas detonarem no deserto se tornou turismo de milhares de dólares e teve consequências mortais

Em 16 de julho de 1945, a Experiência Trinity marcou o início da era atômica, com a detonação da primeira arma nuclear da história. A reação em cadeia do uso da tecnologia nuclear causou mudanças drásticas no pensamento sociopolítico mundial tanto quanto significou o início do progresso para a modernidade, apesar de ter sido motivo para destruição em guerras que inviabilizaram o uso pacífico e adequado da energia para a evolução da indústria global de exportação.Para explorar os locais que serviram como zona nuclear, surgiu o turismo atômico. Com visitações a sítios onde aconteceram testes, museus com armas nucleares e outros lugares que foram importantes nos tempos da guerra, é possível aprender sobre a ambígua história cultural de uma nação.Apesar de esse tipo de atração ser considerado novo, em 1950, no apogeu da Guerra Fria, já acontecia de uma forma totalmente equivocada em Las Vegas.<h2>A cidade das luzes</h2><figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/18/18161016239399.jpg" alt="(Fonte: Daily Mail/Reprodução)"><figcaption style="text-align: center;">(Fonte: Daily Mail/Reprodução)</figcaption></figure>Em 27 de janeiro de 1951, a detonação de uma ogiva na Área de Testes de Nevada, uma região desértica a cerca de 105 quilômetros a noroeste de Las Vegas, causou um espetáculo no céu com a famosa nuvem em formato de cogumelo e marcou o início de milhares de testes nucleares realizados pelo Departamento de Energia dos Estados Unidos em 40 anos de atividade.Rapidamente, a Câmara de Comércio de Las Vegas passou a imprimir calendários para anunciar os horários e melhores locais para assistir ao "show de luzes". A imprensa foi mobilizada para divulgar detalhes e promover comerciais que enalteciam os testes nucleares com um slogan parecido com "nós trabalhamos e você se diverte". Não demorou para que Vegas fosse apelidada de Cidade Atômica, atraindo cerca de 25 mil pessoas todos os meses.Naquele tempo, a indústria de cassinos na Cidade do Pecado ainda estava dando seus primeiros passos, então os empresários usavam seus bares de extremo luxo para exibir a melhor vista do norte, onde aconteciam as detonações. "Coquetéis atômicos" eram servidos enquanto belas mulheres disputavam o título de Senhorita Energia Atômica. Para muitos magnatas, a melhor coisa que aconteceu na cidade foi a bomba atômica.<h2>A explosiva economia</h2><figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/18/18161238068404.png" alt="(Fonte: Research Gate/Reprodução)"><figcaption style="text-align: center;">(Fonte: Research Gate/Reprodução)</figcaption></figure>Entre 1951 e 1960, a população de Las Vegas cresceu 161%, quando a cidade se tornou o mais novo ponto turístico da América. Guias cobravam até US$ 3 para que as pessoas assistissem à atração, e viagens internacionais eram feitas tendo o local como destino principal.A economia explodiu, e o comércio cresceu exponencialmente com a venda de todo tipo de quinquilharia produzida para fomentar a nova indústria. Donos de cafés entraram com petições para mudar o nome dos estabelecimentos para algo que fosse mais temático, o que causou um conflito ferrenho por conta de ideias iguais. Joe Sobchki, proprietário do antigo Virginia's Eatery, renomeou a lanchonete para Café Atômico, passando a servir comidas e bebidas ultrassecretas e nucleares enquanto os clientes aproveitavam a vista que o telhado do local proporcionava.Obcecadas pelas nuvens de cogumelo geradas pelas bombas, as pessoas discutiam sobre o apocalipse e as tensões e reforçavam as paranoias sobre o futuro incerto. Em um tempo de guerra marcado pelo medo, aquele espetáculo fascinante no céu tinha como significado um anúncio de morte para a população de Hiroshima e Nagasaki.<h2>Atração mortal</h2><figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/18/18162553528413.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodução)"><figcaption style="text-align: center;">(Fonte: Pinterest/Reprodução)</figcaption></figure>As explosões aconteciam em Yucca Flat, uma bacia de drenagem fechada em meio ao deserto norte-americano, o que os cientistas acreditavam que diminuiria as ameaças às pessoas que moravam perto e preservaria uma visão do tão aguardado espetáculo. As escolas colocaram placas de identificação para as crianças, em caso de ocorrer algum acidente nas instalações em que aconteciam os testes nucleares. Os pequenos foram instruídos a se esconderem embaixo das mesas, se necessário.Muito embora as pessoas fossem conscientes do estrago causado por uma bomba, praticamente ninguém sabia dos malefícios provocados pela radiação emitida por ela. Os soldados foram os primeiros expostos aos riscos; muitos desenvolveram câncer e tiveram a capacidade reprodutiva afetada. Na época, os oficiais militares disseram que qualquer um que fosse exposto demais às ondas radioativas poderia simplesmente tomar um banho logo em seguida e tudo ficaria bem.<figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/18/18163527416419.jpg" alt="(Fonte: Atomic Heritage Foundation/Reproudção)"><figcaption style="text-align: center;">(Fonte: Atomic Heritage Foundation/Reprodução)</figcaption></figure>Aparentemente, o Departamento de Energia dos EUA não levou em consideração que, apesar de o sítio atômico ter sido colocado no meio do deserto, os fortes ventos carregariam as cinzas nucleares até a população. A cidade de St. George, em Utah, no nordeste de Las Vegas, sofreu com uma enorme incidência de câncer e doenças pulmonares que levaram milhares de pessoas à morte até meados de 1980.O último teste aberto aconteceu em 1962. No ano seguinte, após a Crise dos Mísseis em Cuba, entrou em vigor o Tratado de Proibição Limitada de Testes Nucleares, que encerrou a detonação de bombas na superfície terrestre; contudo, durante 30 anos, elas continuaram acontecendo no subsolo. Entre 1951 e 1992, estima-se que o governo norte-americano tenha conduzido 1.021 testes nucleares na base de Nevada.Por um tempo, o turismo da região cessou e a economia despencou, tornando a cidade o lar de empresários e magnatas que fizeram a indústria dos cassinos acontecer. Os comerciantes voltaram a usar os antigos nomes em suas lojas e houve um êxodo das pessoas que tinham se mudado apenas para ficar mais perto da maior atração da cidade.Atualmente, a área na qual os dispositivos eram detonados sustenta apenas as sóbrias marcas de uma era em que a diversão consistia em não pensar por alguns minutos nas incertezas do futuro que a guerra causava, ainda que isso significasse assistir ao próprio medo de camarote.

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Turismo atômico: testes nucleares na Las Vegas de 1950

Imagem de CERN aprova a construção do supercolisor de € 21 bilhões no megacurioso

O novo equipamento terá 100 quilômetros de extensão e até 10 vezes mais potência que o LHC

<head></head><body>A Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (<a href="http://tecmundo.com.br/cern" rel="noopener noreferrer" target="_blank">CERN</a>) anunciou nesta sexta-feira (19) a aprovação do plano para construir um <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/138111-cern-pretende-construir-colisor-particulas-ainda-maior-lhc.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">novo supercolisor circular de 100 quilômetros</a>. O próximo desafio é conseguir o financiamento para o projeto, que deve custar pelo menos 21 bilhões de euros, o equivalente a R$ 124 bilhões, pela cotação do dia.O novo colisor de partículas será muito mais extenso que o Grande Colisor de Hádrons (<a href="https://www.tecmundo.com.br/lhc" rel="noopener noreferrer" target="_blank">LHC</a>), considerado o maior do mundo, com 27 quilômetros de circunferência, instalado em um túnel a 175 metros abaixo do nível do solo, em Genebra (Suíça). Além disso, terá 10 vezes mais energia.Chamada de Future Circular Collider (FCC), a máquina também deve ser construída nas proximidades de Genebra, dando aos físicos a possibilidade de estudar melhor as propriedades do <a href="https://www.tecmundo.com.br/mega-curioso/26100-como-o-boson-de-higgs-pode-mudar-a-fisica-como-a-conhecemos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Bóson de Higgs</a>, também conhecido como "partícula de Deus", além de facilitar a descoberta de novas partículas subatômicas.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/19/19195207639475.jpg" alt="Com 27 km de circunferência, o LHC é pequeno se comparado ao novo equipamento.">Com 27 km de circunferência, o LHC é pequeno se comparado ao novo equipamento.A previsão é de que o FCC comece a ser construído em 2038, ficando pronto para funcionar por volta de 2050, em seu primeiro estágio. Até lá, o CERN continuará operando o LHC, que vai passar por uma atualização em breve.<h2>Construção em duas etapas</h2>De acordo com a Nature, o documento aprovado pelo CERN descreve dois estágios de desenvolvimento para a construção do supercolisor. No primeiro, que deve estar pronto em 2050, ele funcionaria colidindo elétrons e pósitrons, para estudar o Bóson de Higgs.Em seguida, haveria a possibilidade de colidir prótons com elétrons, em preparação para o estágio final, que envolveria a colisão prótons-prótons, quando o equipamento teria uma capacidade 10 vezes maior de energia que o LHC. A última etapa só deve ocorrer no fim deste século.&nbsp;Grande parte da tecnologia exigida para colocar a máquina em funcionamento ainda não foi desenvolvida, sendo objeto de estudo nas próximas décadas.</body><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/154371-cern-aprova-construcao-supercolisor-21-bilhoes.htm">CERN aprova a construção do supercolisor de € 21 bilhões</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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CERN aprova a construção do supercolisor de € 21 bilhões

Imagem de ISS permite a criação do 5º estado da matéria no megacurioso

A falta de gravidade dentro da ISS e o Cold Atom Laboratory criaram condições para a geração do quinto estado da matéria no espaço

<head></head><body>Considerado o quinto estado da matéria, o condensado de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113674-identificada-nova-particula-subatomica-candidata-a-materia-escura.htm">Bose-Einstein</a> (BEC) é uma fase da matéria que ocorre após o resfriamento, a uma temperatura muito próxima do zero absoluto, dos átomos de gás com densidade baixa. Nessas condições, os átomos se agrupam e os efeitos quânticos podem ser observados numa escala macroscópica.&nbsp;Esse estado foi criado pela <a href="https://www.megacurioso.com.br/fisica-e-quimica/novidades/">primeira vez</a> fora do ambiente terrestre em janeiro de 2017, como parte da missão MAIUS1, lançada no foguete brasileiro VSB-30. e relatado em outubro de 2018 na revista Nature.&nbsp;A façanha, repetida agora dentro da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114680-astronautas-da-crew-dragon-tem-encontro-historico-na-iss.htm">Estação Espacial Internacional</a> (ISS na sigla em inglês), só foi possível em virtude do lançamento, em maio de 2018, do CAL (Cold Atom Laboratory), um experimento que cria condições extremas de frio no ambiente de microgravidade da ISS.CAL é com certeza o lugar mais frio do espaço conhecido. Com uma temperatura de uma fração de grau acima do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113674-identificada-nova-particula-subatomica-candidata-a-materia-escura.htm">zero absoluto</a>, o laboratório foi projetado para permitir a formação de condensados de Bose-Einstein numa magnitude mais fria do que aquelas simuladas em laboratórios da Terra.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/11/11002701117348.jpg" alt="CAL - Cold Atom Laboratory">CAL - Cold Atom Laboratory<h2>Experimentos com gravidade reduzida</h2>Outro elemento fundamental para a boa condução do estudo do BEC é a eliminação da ação da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114757-fisicos-identificam-possivel-discrepancia-no-peso-do-universo.htm">gravidade</a> em pessoas ou experimentos. Esse ambiente é obtido através do movimento da ISS que, além de estar em constante queda livre, atinge uma velocidade média de 7,66 quilômetros por segundo.&nbsp;Nesse ambiente de microgravidade, o chamado tempo de expansão livre do BEC é maior que o da Terra. Como os condensados são criados em armadilhas magneto-ópticas, estas devem ser desativadas para que os pesquisadores estudem suas mudanças. Esse tempo dura milissegundos na Terra, devido à gravidade, e mais de um segundo no CAL, permitindo medições mais precisas.&nbsp;Além disso, a gravidade reduzida possibilita temperaturas mais baixas. Enquanto as armadilhas têm forças mais fortes na Terra, no espaço elas são mais fracas e acrescentam pouca energia ao sistema. Isso permite que os pesquisadores consigam investigar estados quânticos ainda mais <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/107959-conheca-5-estranhas-alternativas-para-explicar-buracos-negros.htm">exóticos</a>.Em estudo publicado na revista Nature, cientistas afirmaram que "esses experimentos formam o começo de anos com potencial para operações científicas, com a capacidade adicional de que o instrumento seja utilizado ao longo do tempo."O estudo das mudanças de propriedade dos condensados de Bose-Einstein no espaço serão fundamentais no desenvolvimento de uma série de tecnologias de sensoriamento remoto em satélites.&nbsp;</body>

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ISS permite a criação do 5º estado da matéria

Imagem de Lua pode ser o melhor lugar para um acelerador de partículas no megacurioso

Físico diz que a Lua reúne condições ideais para a realização de pesquisas de alta energia com partículas subatômicas

A ci&ecirc;ncia do mundo real tem se debru&ccedil;ado em pesquisas buscando formas de construir instala&ccedil;&otilde;es na Lua, mas isso ainda n&atilde;o &eacute; poss&iacute;vel. No entanto, o f&iacute;sico Nikolai Zaitsev j&aacute; apresentou sua ideia: ele aponta o sat&eacute;lite natural da Terra como o lugar ideal para a constru&ccedil;&atilde;o de uma instala&ccedil;&atilde;o para estudar a <a href="https://www.megacurioso.com.br/acelerador-de-particulas/69482-grande-colisor-de-hadrons-sera-usado-para-testar-origem-da-materia-escura.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">acelera&ccedil;&atilde;o de part&iacute;culas</a>.&nbsp;
O estudo das part&iacute;culas subat&ocirc;micas &eacute; a chave para a compreens&atilde;o de algumas das quest&otilde;es mais importantes da f&iacute;sica, pois permite que a ci&ecirc;ncia construa um entendimento sobre o que &eacute; a mat&eacute;ria e como ela funciona, abrindo caminho para v&aacute;rias outras quest&otilde;es.
As part&iacute;culas subat&ocirc;micas, tamb&eacute;m conhecidas como part&iacute;culas elementares, s&atilde;o as menores unidades de mat&eacute;ria ou energia &mdash; ainda menores que um &aacute;tomo.&nbsp;
<h2>Mas por que construir um acelerador na Lua?</h2>
A ideia de um acelerador lunar levantada por Zaitsev em um estudo publicado no in&iacute;cio do ano, tem como base aspectos fundamentais para que pesquisas com part&iacute;culas elementares possam ser conduzidas mais eficientemente. E isso, tem a ver com tr&ecirc;s fatores fundamentais:
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/09/09102553066061.jpg" alt="O mundo qu&acirc;ntico, habitado pelas part&iacute;culas subat&ocirc;micas ainda &eacute; um mist&eacute;rio para a ci&ecirc;ncia" />O mundo qu&acirc;ntico, habitado pelas part&iacute;culas subat&ocirc;micas ainda &eacute; um mist&eacute;rio para a ci&ecirc;ncia
O primeiro &eacute; o frio lunar. A temperatura m&iacute;nima pode chegar a -233&deg;C, sendo que a m&eacute;dia da temperatura na noite &eacute; em torno dos -153&deg;C.
Temperaturas extremamente baixas s&atilde;o fundamentais para o estudo de part&iacute;culas: quanto mais frio, menor ser&aacute; a chance de os im&atilde;s supercondutores derreterem &mdash; eles s&atilde;o respons&aacute;veis por impulsionar as part&iacute;culas dentro do acelerador.
O segundo ponto que levou o f&iacute;sico a pensar nessa hip&oacute;tese &eacute; a atmosfera ou melhor, a falta dela. O v&aacute;cuo lunar &eacute; 10 vezes melhor do que qualquer coisa que os cientistas j&aacute; tenha conseguido construir para as pesquisas com part&iacute;culas. &Eacute; por isso que o c&eacute;u lunar &eacute; sempre escuro, ou seja, ao contr&aacute;rio da Terra, n&atilde;o h&aacute; difra&ccedil;&atilde;o da luz na atmosfera. &nbsp;
O terceiro ponto tem a ver com a face da Lua que &eacute; sempre a mesma voltada para a Terra. Isso permitiria que a dist&acirc;ncia entre o sat&eacute;lite e o planeta fosse usada sem que houvessem complica&ccedil;&otilde;es com o alinhamento, de forma que seria poss&iacute;vel direcionar um feixe de part&iacute;culas da Lua direto para um laborat&oacute;rio de detec&ccedil;&atilde;o por aqui.
<h2>Pequenas part&iacute;culas, grandes m&aacute;quinas</h2>
O estudo de Zaitsev &eacute; interessante. Por&eacute;m, h&aacute; uma complica&ccedil;&atilde;o extrema: mesmo considerando que as part&iacute;culas que comp&otilde;e o universo sejam min&uacute;sculas, as m&aacute;quinas para estud&aacute;-las s&atilde;o gigantescas. Um exemplo &eacute; o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/109495-experimento-feito-em-acelerador-de-particulas-poderia-comprimir-a-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">LHC (Large Hadron Collider</a>), que conta com 27 quil&ocirc;metros de di&acirc;metro. Pensar em uma instala&ccedil;&atilde;o desse tipo fora da Terra, ainda exige um enorme exerc&iacute;cio de criatividade.

Física e Química

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