Imagem de O que havia antes do Big Bang? no megacurioso

A teoria do Grande Salto, que fala de um Universo cíclico, pode estar correta; só falta uma física nova para testá-la

&ldquo;No princ&iacute;pio, Deus criou os c&eacute;us e a terra. A terra estava informe e vazia; as trevas cobriam o abismo e o Esp&iacute;rito de Deus pairava sobre as &aacute;guas. E Deus disse: Fa&ccedil;a-se a luz! E a luz foi feita.&rdquo; Esse trecho b&iacute;blico do Livro de G&ecirc;nesis instiga muita gente a perguntar o que existia antes de Deus criar a luz e, na sequ&ecirc;ncia, os dias e as noites, o c&eacute;u e a terra, os animais e vegetais e, por fim, o homem. O que havia antes?
Se formos hereges o bastante para fazer um paralelo entre Deus e o Universo, a resposta (ao menos, uma parte dela e mais cient&iacute;fica) pode estar no artigo dos f&iacute;sicos Robert Brandenberger e Ziwei Wang, ambos da Universidade McGill, no Canad&aacute;, publicado em janeiro no reposit&oacute;rio de artigos arXiv.
<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/HdPzOWlLrbE" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
A teoria do Big Bang &eacute; t&atilde;o popular que d&aacute; nome at&eacute; a uma s&eacute;rie de TV. Segundo ela, o Universo inteiro estava condensado em uma singularidade do tamanho de uma bola de t&ecirc;nis, h&aacute; 13,8 milh&otilde;es de anos e a quatrilh&otilde;es de graus. Em minutos, a bola explodiu, formando mat&eacute;ria e antimat&eacute;ria, dia e noite, a humanidade, as estrelas e o cosmos como o conhecemos.
<h2>Evid&ecirc;ncias, s&oacute; do nascimento</h2>
&ldquo;Os astr&ocirc;nomos fizeram de tudo, desde observar a radia&ccedil;&atilde;o eletromagn&eacute;tica restante do jovem Universo at&eacute; medir a abund&acirc;ncia dos elementos mais leves, e descobriram que tudo se alinha com o que o Big Bang prev&ecirc;. Tanto quanto podemos dizer, esse &eacute; um retrato preciso do nosso Universo primitivo&rdquo;, diz o astrof&iacute;sico Paul Sutter em um artigo para o site Space.
Esse teria sido o nascimento do Universo. Quanto &agrave; morte, os cientistas divergem. Entre as teorias, a do Big Crunch (ou o Grande Colapso) diz que o Universo come&ccedil;aria a encolher por conta da atra&ccedil;&atilde;o gravitacional entre seus corpos, concentrando toda a energia de 10 trilh&otilde;es de bilh&otilde;es de estrelas e colapsando em um &uacute;nico ponto &ndash; uma bola de t&ecirc;nis densa e quente, pronta para explodir. Isso lembra alguma coisa?
Big Bang e Big Crunch, unidas, formam uma terceira teoria, a do Big Bounce, ou o Grande Salto. Com a explos&atilde;o (de novo) do Universo, o ciclo se repetiria, e a mat&eacute;ria escura seguiria em seu papel de espalhar energia e mat&eacute;ria pelo Universo para que, aqui e talvez ali, a vida surgisse. &Eacute; a teoria de um ciclo c&oacute;smico, que foi deixada de lado por falta de evid&ecirc;ncias ou novas ideias &ndash; at&eacute; o artigo de Brandenberger e Wang.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/28/28192025389170.jpg" alt="O Big Bounce seria o recome&ccedil;o c&iacute;clico do nosso Universo." />O Big Bounce seria o recome&ccedil;o c&iacute;clico do nosso Universo.
Se a&nbsp;<a href="http://www.tecmundo.com.br/fisica/" target="_blank" title="F&iacute;sica">f&iacute;sica</a> e a cosmologia conseguiram retroceder at&eacute; quando o Universo tinha 380 mil anos de idade, falta saber o que havia entre esse momento e marco zero &ndash; os primeiros momentos do cosmos. N&atilde;o existe (ainda) uma f&iacute;sica que os explique. O trabalho dos dois pesquisadores mostra que a teoria do Big Bounce n&atilde;o est&aacute; errada &ndash; os cientistas &eacute; que ainda n&atilde;o t&ecirc;m as ferramentas certas para estrutur&aacute;-la corretamente.
&ldquo;Robert Brandenberger e Ziwei Wang descobriram que, para explicar o momento do Grande Salto, &eacute; poss&iacute;vel alinhar tudo para obter o resultado apropriado e observacionalmente testado. Mas, para testar esse modelo, teremos que esperar uma nova gera&ccedil;&atilde;o de experimentos de cosmologia,&rdquo; diz Paul Sutter em seu artigo.
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114178-neutrinos-podem-explicar-um-dos-maiores-misterios-da-fisica.htm" target="_blank" title="Neutrinos podem explicar um dos maiores mist&eacute;rios da f&iacute;sica">Neutrinos podem explicar um dos maiores mist&eacute;rios da f&iacute;sica</a><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/152615-havia-big-bang.htm">O que havia antes do Big Bang?</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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O que havia antes do Big Bang?

Imagem de Cientistas recriam rara tinta azul do período medieval no megacurioso

A tinta era bastante usada na época e sua fórmula havia se perdido na história

<head></head><body>Cientistas portugueses podem ter resolvido um grande mistério que já durava mil anos: eles conseguiram descobrir a "receita" de uma misteriosa tonalidade de tinta azul-púrpura, muito utilizada na época medieval para tingir peças de roupas e para adornar manuscritos. De todas as tintas usadas na Idade Média, esta era a única que ainda tinha sua receita perdida na história.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/29/29145135753563.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)">(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)<h2>O pigmento azul perdido</h2>A misteriosa tonalidade possuía um pigmento chamado folium e era muito utilizada para iluminar manuscritos. A iluminura é uma técnica de pintura decorativa usada nestes manuscritos da época. No entanto, a técnica acabou caindo em desuso após Gutenberg inventar a primeira máquina de impressão. Já o folium, obtido através de plantas, foi substituído por outros elementos de origens minerais para a produção de tintas.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/29/29145448956565.jpg" alt="A letra P, iluminada em uma Bíblia antiga. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)">A letra P, iluminada em uma Bíblia antiga. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)Um grupo de pesquisadores, liderado por Maria Melo, cientista da Universidade Nova de Lisboa em Caparica, Portugal, começou, então, uma pesquisa para tentar descobrir a origem da cor. A equipe iniciou uma jornada através de textos medievais, onde buscava informações sobre a planta desconhecida que continha o pigmento azul utilizado para a fabricação da tinta. Os cientistas acabaram encontrando um livro com um título bem direto: O livro sobre como fazer todas as tintas coloridas para livros iluminados.No entanto, a equipe encontrou dificuldades em conseguir as informações necessárias, visto que o livro estava escrito em português, mas com fonética hebraica. Mesmo sem conseguir traduzir todas as páginas, no final, o grupo conseguiu informações suficientes que levaram à misteriosa planta.<h2>De valorizada à erva-daninha</h2>Com a ajuda de um botânico, a equipe chegou até à Chrozophora tinctoria, a planta que possuía o pigmento perdido. Ela foi encontrada em uma vila no sul de Portugal e um fato curioso é que a outrora tão valorizada planta hoje é considerada uma erva-daninha, que cresce nos campos após a colheita de outras plantações.&nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/29/29150131503571.jpg" alt="(Fonte: Paula Nabais/Nova Univ./Reprodução)">(Fonte: Paula Nabais/Nova Univ./Reprodução)Após encontrarem a planta, os pesquisadores voltaram ao laboratório para seguir os passos contidos no livro e extrair o pigmento.Para finalizar, o grupo realizou alguns testes para analisar a estrutura molecular das tintas — tanto a original, quando a fabricada por eles — &nbsp;e chegaram à conclusão que são as mesmas. Mistério resolvido!</body>

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Cientistas recriam rara tinta azul do período medieval

Imagem de Cientistas de Hong Kong criam desinfetante antivírus que dura 90 dias no megacurioso

Lembrando que a solução funciona apenas em superfícies de objetos e não deve ser ingerida nem utilizada no corpo humano 

Higieniza&ccedil;&atilde;o &eacute; fundamental no combate &agrave; covid-19, causada pelo novo <a href="http://www.tecmundo.com.br/coronavirus/" target="_blank" title="Coronav&iacute;rus">coronav&iacute;rus</a>, e a outras doen&ccedil;as infecciosas, e cientistas de Hong Kong podem ter trazido uma solu&ccedil;&atilde;o inovadora para o problema. Pesquisadores de uma universidade local desenvolveram um desinfetante antiviral de alta tecnologia que pode manter <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/151126-saiba-tempo-vida-coronavirus-diferentes-superficies.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">superf&iacute;cies livres de v&iacute;rus</a> e bact&eacute;rias por at&eacute; 90 dias.
A novidade, entretanto, n&atilde;o foi uma resposta &agrave; pandemia, j&aacute; que est&aacute; sendo desenvolvida h&aacute; 10 anos. Chamada de MAP-1, pode ser aplicada em <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/152543-cientistas-detectam-coronavirus-ar-dentro-hospitais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">lugares p&uacute;blicos</a>, como bot&otilde;es de elevadores e corrim&atilde;os. &ldquo;Esses locais s&atilde;o frequentemente tocados e, ao mesmo tempo, servem como um meio de transmiss&atilde;o de doen&ccedil;as&rdquo;, declarou Joseph Kwan, pesquisador principal.&nbsp;
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/29/29101523799339.jpg" alt="Desinfetante pode ser utilizado em locais p&uacute;blicos." />Desinfetante pode ser utilizado em locais p&uacute;blicos.
Um &ldquo;manto de prote&ccedil;&atilde;o&rdquo; &eacute; formado por milh&otilde;es de nanoc&aacute;psulas contendo desinfetantes eficazes contra microrganismos mesmo depois de o produto ter secado. O segredo est&aacute; em seus pol&iacute;meros sens&iacute;veis ao calor, que liberam a subst&acirc;ncia protetora com o contato humano. De acordo com os cientistas, o produto &eacute; amig&aacute;vel ao&nbsp;<a href="http://www.tecmundo.com.br/meio-ambiente/" target="_blank" title="Meio ambiente">meio ambiente</a> e &agrave; pele humana.
<h2>Uma nova forma de seguran&ccedil;a</h2>
Ap&oacute;s testes cl&iacute;nicos serem bem-sucedidos em institui&ccedil;&otilde;es locais, como hospitais e lares de idosos, a produ&ccedil;&atilde;o em massa do desinfetante foi aprovada e ele deve chegar aos mercados de Hong Kong ainda em maio. Ainda assim, com o aux&iacute;lio de entidades, sua aplica&ccedil;&atilde;o j&aacute; foi feita nas casas de mais de mil fam&iacute;lias de baixa renda.&nbsp;
Apesar de sua utilidade em shoppings, escolas e centros de esporte, uma maior ades&atilde;o pode ter um obst&aacute;culo e tanto: o pre&ccedil;o alto. A embalagem com 50 ml do produto custa cerca de US$ 70 &ndash; e a aplica&ccedil;&atilde;o em escolas pode chegar a US$ 6,4 mil, dependendo do tamanho da superf&iacute;cie (em convers&atilde;o direta, R$ 34,9 mil). De qualquer forma, &eacute; uma nova estrat&eacute;gia de lutar contra a pandemia atual e as eventuais do futuro.
Lembrando que esse tipo de subst&acirc;ncia n&atilde;o deve ser ingerido nem utilizado para higieniza&ccedil;&atilde;o do corpo humano.
<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/CG6SdMR9bbY" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/152617-cientistas-hong-kong-criam-desinfetante-antivirus-dura-90-dias.htm">Cientistas de Hong Kong criam desinfetante antivírus que dura 90 dias</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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Cientistas de Hong Kong criam desinfetante antivírus que dura 90 dias

Imagem de Químico ucraniano cria laboratório de drogas para vendas online no megacurioso

Alguém andou assistindo muito Breaking Bad na Ucrânia...

Um professor de qu&iacute;mica ucraniano foi preso por construir dois laborat&oacute;rios de produ&ccedil;&atilde;o de drogas para fabricar e revender os produtos online. O que poderia ser apenas mais um dia de buscas da equipe de Narc&oacute;ticos local ganhou in&uacute;meros tons de curiosidade n&atilde;o apenas pela situa&ccedil;&atilde;o, mas pelas impressionantes semelhan&ccedil;as com os eventos da renomada s&eacute;rie Breaking Bad, da AMC, retratando a vida do professor de qu&iacute;mica Walter White que ascendeu socialmente ap&oacute;s construir laborat&oacute;rios de metanfetamina e fabricar os produtos para a comercializa&ccedil;&atilde;o.
Segundo informado pelo Servi&ccedil;o de Seguran&ccedil;a da Ucr&acirc;nia (SBU), o caso ocorreu durante uma abordagem no tr&aacute;fico de drogas em Kiev, capital do pa&iacute;s. Atrav&eacute;s de meses de investiga&ccedil;&atilde;o e den&uacute;ncias, a equipe conseguiu capturar o veterano professor de qu&iacute;mica, que seria o l&iacute;der de uma rede traficante e o "cabe&ccedil;a" que estaria passando as principais informa&ccedil;&otilde;es aos seus contatos e os m&eacute;todos de fabrica&ccedil;&atilde;o, incluindo as receitas completas, e transporte de drogas sint&eacute;ticas como <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112550-analise-de-esgoto-revela-as-drogas-mais-usadas-em-diversos-paises.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">metanfetamina</a> e metacatinona.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/28/28102757057488.jpg" alt="(Fonte: SBU/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: SBU/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Os produtos estavam sendo produzidos em dois laborat&oacute;rios constru&iacute;dos separadamente e posicionados em locais diferentes da capital, um no apartamento do cozinheiro e outro em uma garagem de uma casa, que realizavam suas vendas atrav&eacute;s de negocia&ccedil;&otilde;es em f&oacute;runs online e em redes sociais. Segundo informado pelo copiador de Walter White, as drogas eram trazidas atrav&eacute;s de postagens internacionais com origem chinesa e do oeste europeu, sendo armazenadas em um dep&oacute;sito na periferia de Kiev.
No total, mais de 15 quilos de anfetamina, catinona e fenil-nitropropeno foram apreendidos pela opera&ccedil;&atilde;o policial. Al&eacute;m disso, mais de 80 litros de componentes de fabrica&ccedil;&atilde;o tamb&eacute;m foram encontrados no dep&oacute;sito, resultando em um total de mais de uma tonelada de produtos qu&iacute;micos que estavam sendo amplamente utilizados para fortalecer a rede de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114036-cientistas-testam-nova-droga-para-tratamento-da-covid-19.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">drogas</a> no local.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/28/28102906369492.jpg" alt="(Fonte: SBU/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: SBU/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Com as investiga&ccedil;&otilde;es ainda em curso para quebrar os principais contatos da rede de tr&aacute;fico, poucas informa&ccedil;&otilde;es foram repassadas ao p&uacute;blico, sugerindo que o combate ao esquema do Walter White da vida real ainda est&aacute; a todo vapor na Ucr&acirc;nia. O professor de qu&iacute;mica e cozinheiro, j&aacute; capturado pelo departamento local, dever&aacute; passar uns anos preso, j&aacute; que foi enquadrado em tr&ecirc;s artigos do c&oacute;digo criminal local e n&atilde;o voltar&aacute; a ativar seu neg&oacute;cio por um bom tempo.
N&atilde;o foi dessa vez que a vida conseguiu imitar a arte.

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Químico ucraniano cria laboratório de drogas para vendas online

Imagem de Idade do campo magnético da Terra divide a ciência no megacurioso

Como ou quando ele realmente nasceu ainda permanece um mistério

Em <a href="http://www.tecmundo.com.br/ciencia/" target="_blank" title="Ci&ecirc;ncia">ci&ecirc;ncia</a>, certezas n&atilde;o existem porque, a qualquer momento, novas evid&ecirc;ncias surgem para implodir tudo o que se acreditava como certo. Dessa vez, elas apareceram em Jack Hill (Austr&aacute;lia), um afloramento rochoso conhecido por reunir as rochas mais antigas do planeta, contendo min&uacute;sculos cristais de um mineral resistente chamado zirc&atilde;o. Por sua vez, estes s&atilde;o lascas de um bloco ainda mais antigo, as chamadas rochas hadeanas, que datam de 4,2 bilh&otilde;es de anos, formadas a partir do magma resfriado.
Esses cristais preservam evid&ecirc;ncias de um antigo campo magn&eacute;tico, de acordo com uma equipe internacional de pesquisadores, liderada pelo geof&iacute;sico da Universidade de Rochester John Tarduno. Segundo as an&aacute;lises do grupo publicadas em janeiro, nosso escudo protetor surgiu 750 milh&otilde;es de anos antes do que hoje se acredita.
"Nem todos est&atilde;o convencidos desse resultado, porque isso jogaria para tr&aacute;s a data de nascimento aceita do campo magn&eacute;tico da Terra, que &eacute; de 3,5 bilh&otilde;es de anos. H&aacute; pesquisadores tentando provar que nossas conclus&otilde;es est&atilde;o erradas, mas isso faz parte da ci&ecirc;ncia", disse Tarduno &agrave; Science Mag.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/15/15205929936330.jpg" alt="Zirc&otilde;es s&atilde;o cristais encontrados nas rochas mais antigas do planeta." />Zirc&otilde;es s&atilde;o cristais encontrados nas rochas mais antigas do planeta.
O grupo citado &eacute; formado por cientistas do Massachusetts Institute of Technology (MIT), que conclu&iacute;ram que zirc&otilde;es talvez n&atilde;o sejam confi&aacute;veis como gravadores de campos magn&eacute;ticos antigos.
Um dos autores do artigo publicado agora na Science Advances, Caue Borlina (Ph.D. em Ci&ecirc;ncia Planet&aacute;ria e, atualmente, aluno do Departamento de Ci&ecirc;ncias da Terra, Atmosf&eacute;ricas e Planet&aacute;rias do MIT) explica que &ldquo;entre 4,4 bilh&otilde;es e 3,5 bilh&otilde;es de anos, a vida surgiu na Terra. O fato de existir nessa &eacute;poca um campo magn&eacute;tico tem implica&ccedil;&otilde;es para o ambiente no qual a vida floresceu no planeta.&rdquo;
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/17/campo-magnetico-17182437855013.gif" alt="Campo magn&eacute;tico" />
<h2>Mist&eacute;rio sobre o que havia antes</h2>
A cada segundo, o Sol lan&ccedil;a em nossa dire&ccedil;&atilde;o 1,5 milh&atilde;o de toneladas de material &ndash; plasma e g&aacute;s eletrificado. Viajando a centenas de quil&ocirc;metros por segundo, esse incessante vento solar atinge a Terra h&aacute; mais de 4 bilh&otilde;es de anos mas, gra&ccedil;as ao campo magn&eacute;tico do planeta, ele &eacute; desviado para o espa&ccedil;o aberto.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/17/gif-17182538058014.gif" alt="GIF" />
Primeiro, acreditou-se que o campo magn&eacute;tico teria sido gerado quando o n&uacute;cleo do planeta esfriou e se cristalizou, h&aacute; um bilh&atilde;o de anos. O ferro l&iacute;quido onde est&aacute; mergulhado o cora&ccedil;&atilde;o da Terra acompanha a rota&ccedil;&atilde;o do planeta, criando correntes el&eacute;tricas que s&atilde;o a origem do campo de ondas magn&eacute;ticas que se estende espa&ccedil;o adentro.
Por&eacute;m, se o campo existe h&aacute; 3,5 bilh&otilde;es de anos, algo antes de o n&uacute;cleo tornar-se s&oacute;lido gerava as ondas magn&eacute;ticas, e &eacute; isso que os cientistas est&atilde;o tentando descobrir: quando nosso escudo protetor se formou. "N&atilde;o h&aacute; ainda evid&ecirc;ncias s&oacute;lidas de um campo magn&eacute;tico antes de 3,5 bilh&otilde;es de anos atr&aacute;s e, mesmo que houvesse um, ser&aacute; muito dif&iacute;cil encontrar evid&ecirc;ncias&rdquo;, explica Borlina.
<h2>Hipn&oacute;tica mar&eacute; de metal l&iacute;quido</h2>
Na impossibilidade de se estudar in loco o interior da Terra, resta aos cientistas criarem simula&ccedil;&otilde;es no computador. Uma das mais conhecidas foi feita por pesquisadores do Instituto de Ci&ecirc;ncias da Terra, na Fran&ccedil;a, e mostra a sopa de ferro e n&iacute;quel fundidos em diferentes temperaturas formando v&oacute;rtices e fluxos de material nem sempre uniformes.
O trabalho, posteriormente publicado no&nbsp;Geophysical Journal International, ajudou a entender melhor como se comporta o campo magn&eacute;tico terrestre, que n&atilde;o &eacute; gerado de maneira igual por todo o planeta. &nbsp;Confira:
<iframe width="640" height="640" src="https://player.vimeo.com/video/223309160" frameborder="0" allow="autoplay; fullscreen" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/152236-idade-campo-magnetico-terra-divide-ciencia.htm">Idade do campo magnético da Terra divide a ciência</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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Idade do campo magnético da Terra divide a ciência

Imagem de Moedas podem impedir a propagação de germes melhor do que cédulas no megacurioso

Um estudo realizado por pesquisadores na Alemanha documentou a capacidade antimicrobiana do cobre, metal utilizado em moedas

<head></head><body>O cobre é muito conhecido por suas incríveis propriedades antibacterianas desde a antiguidade, sendo que os egípcios antigos usavam limalhas de bronze – uma liga metálica formada por cobre e estanho - de suas espadas para tratar feridas. Na atualidade, ninguém mais carrega espadas de bronze por aí (eu espero), mas ainda temos um objeto cotidiano feito de cobre que está presente na carteira de muitas pessoas: as moedas.Dinheiro é provavelmente um dos objetos com a maior manipulação diária, e por este motivo, acredita-se que ele pode estar envolvido na transmissão de diversos patógenos.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/17/17145342195472.jpg" alt="(Fonte: Pixabay/Reprodução)">(Fonte: Pixabay/Reprodução)<h2>A propagação bacteriana em moedas e cédulas</h2>O professor Johannes Knobloch e seus colegas do Centro Médico da Universidade de Hamburgo-Eppendorf, na Alemanha, decidiram realizar um estudo para documentar a capacidade antimicrobiana do cobre, particularmente em relação a outras formas monetárias.A experiência apontou que as cédulas europeias podem ser mais facilmente contaminadas por micróbios do que moedas, porém, os pesquisadores também deixaram claro que as moedas abrigaram sim algumas bactérias, permanecendo como uma fonte de contaminação viável após 24 horas.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/17/17145530758473.jpg" alt="(Fonte: Pixabay/Reprodução)">(Fonte: Pixabay/Reprodução)O estudo foi realizado contaminando três tipos de moedas de euro - 5 centavos, 50 centavos e 1 euro (cada um contendo pelo menos, 75% de cobre) – e notas de 5 euros, que são compostas de fibra de algodão. As bactérias escolhidas foram Staphylococcus aureus e Enterococcus faecium, muito conhecidas por causarem infecções. Além disso, ladrilhos cerâmicos também passaram pela contaminação, para servirem como superfícies de controle.Após a utilização das bactérias, todos itens foram armazenados por 24 horas, e só então a contagem bacteriana foi realizada novamente.De nove experimentos independentes, sendo quatro com E. faecium e cinco com S. aureus, os pesquisadores notaram que após o período de 24 horas, as notas e a superfície de controle possuíam contagens celulares bacterianas muito parecidas. Já nas moedas, o S. aureus foi reduzido cerca de 98,7 a 99,5% (dependendo do tipo) e o E. faecium de 96,8 a 99,0%.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/17/17145629023476.jpg" alt="(Fonte: Pixabay/Reprodução)">(Fonte: Pixabay/Reprodução)“Ao contrário da nota de 5 euros, as moedas que contêm cobre exibem uma atividade antimicrobiana detectável. No entanto, na maioria dos experimentos, as bactérias não foram completamente eliminadas. Portanto, até elas podem atuar como vetores para a transmissão de micróbios”, concluíram os autores do estudo.A pesquisa de Knobloch e seus colegas deveria ser apresentada no Congresso Europeu de Microbiologia Clínica e Doenças Infecciosas (ECCMID), que acabou sendo cancelado devido à recente pandemia da covid-19. Sendo assim, o estudo ainda precisa ser revisto por outros especialistas na área, e certos detalhes ainda não foram totalmente abordados, como por exemplo, uma comparação entre o número de bactérias encontradas nas moedas em relação à superfície de controle.<h2>A pesquisa vale para o coronavírus?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/17/17145726617477.jpg" alt="(Fonte: Pixabay/Reprodução)">(Fonte: Pixabay/Reprodução)Também é preciso enfatizar que a pesquisa foi realizada com bactérias e não vírus. Por isso, no que diz respeito ao SARS-CoV-2, causador da covid-19, não é possível estender os resultados de forma direta.Um estudo publicado no mês passado no The New England Journal of Medicine (NEJM), descobriu que o novo coronavírus ainda era detectável no cobre até quatro horas depois da contaminação.“Se você tocar em itens que outra pessoa manipulou recentemente, saiba que eles podem estar contaminados, então, lave as mãos”, afirmou James Lloyd-Smith, co-autor do estudo apresentado no NEJM, e professor de ecologia e biologia evolutiva da UCLA.</body>

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Moedas podem impedir a propagação de germes melhor do que cédulas

Imagem de Nuvem de partículas invisíveis pode ter desaparecido da Via Láctea no megacurioso

O estudo, que tem muitos cientistas opositores, está dando o que falar no ramo da ciência

<head></head><body>O espaço é um ambiente que intriga cientista mundo afora e acaba gerando debates entre os astrônomos que concordam e discordam sobre alguma nova descoberta. O atual debate que está aquecendo os bastidores da ciência é o possível desaparecimento de um halo brilhante que estava na Via Láctea.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/14/14141532742237.jpg" alt="(Fonte: Pexels)">(Fonte: Pexels)<h2>Os dois lados da discussão</h2>O que está causando rebuliço entre os astrônomos é que: quem faz parte da pesquisa defende de pé junto o sumiço da nuvem brilhante, enquanto os físicos que não participaram do estudo são extremamente céticos com a possibilidade de que a nuvem possa ter desaparecido.O possível desaparecimento, na verdade, acontece pela forma como a pesquisa foi feita. Os pesquisadores da Universidade de Michigan, UC Berkeley e do Lawrence Berkeley National Laboratory, acreditam ter encontrado a forma certa de analisar os astros e, nesta análise, não apareceu nenhuma enorme nuvem brilhante que deveria estar lá.Esta nuvem buscada, segundo cientistas opositores à nova pesquisa, deve ser formada pelos neutrinos estéreis, que são as partículas presentes na matéria escura. Estas partículas, com o passar do tempo, decaem em muitas outras, entre elas os prótons de raio-X. Assim, acredita-se que as partículas decaídas de neutrinos estéreis acabam formando uma nuvem brilhante em um comprimento de onda específico no espectro de raios-X.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/14/14141419761236.jpg" alt="A organização de uma Matéria Escura. (Fonte: Institute for the Physics and Mathematics of the Universe/Reprodução)">A organização de uma Matéria Escura. (Fonte: Institute for the Physics and Mathematics of the Universe/Reprodução)Desta forma, o embate é tão forte porque, caso o desaparecimento seja verídico, iria significar que a teoria defensora da existência dos neutrinos estéreis está errada.<h2>Declarações de ambos os lados</h2>Segundo os pesquisadores envolvidos no novo estudo, é natural o descontentamento e o ceticismo dos colegas astrofísicos. O coautor do estudo, Nicholas Rodd, da Universidade da Califórnia, diz que eles estão indo com uma ideia inovadora que não inclui o raio-X na busca pelos neutrinos. Rodd também comentou que, quando surge alguém como uma ideia inovadora que vai contra o que tem sido feito há anos, é normal que apareçam céticos e críticos do trabalho.No outro lado da discussão, Kevork Azabajian acredita que o principal problema da pesquisa feita por Rodd e seus companheiros é o fato de que eles não utilizaram os métodos aceitos pela comunidade dos estudos de raios-X. E, portanto, fica extremamente difícil ser uma pesquisa aceitável ou até mesmo confiável.</body>

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Nuvem de partículas invisíveis pode ter desaparecido da Via Láctea

Imagem de Neutrinos podem explicar um dos maiores mistérios da física no megacurioso

Até hoje, o desequilíbrio entre matéria e antimatéria no universo é um dos maiores enigmas da ciência

O conceito de mat&eacute;ria e antimat&eacute;ria &eacute; conhecido por todo f&atilde; de fic&ccedil;&atilde;o cient&iacute;fica, em que mundos paralelos, com c&oacute;pias inversas do que somos, j&aacute; fez a alegria de cada trekker deste universo: uma &eacute; igual &agrave; outra, mas com algumas propriedades f&iacute;sicas opostas, como carga el&eacute;trica (el&eacute;tron, com carga negativa, e seu semelhante antimat&eacute;ria p&oacute;sitron, carregado positivamente).
A&nbsp;<a href="http://www.tecmundo.com.br/fisica/" target="_blank" title="F&iacute;sica">f&iacute;sica</a> diz que as duas s&atilde;o a cria&ccedil;&atilde;o primeira do Big Bang, h&aacute; 13,8 bilh&otilde;es de anos, surgindo em quantidades iguais depois da grande explos&atilde;o que formou nosso universo. O que n&atilde;o se consegue entender &eacute; por que, hoje, h&aacute; mais mat&eacute;ria do que antimat&eacute;ria &mdash; se as quantidades fossem iguais, elas se aniquilariam, convertendo-se em energia pura; ser&iacute;amos uma grande sopa de f&oacute;tons e mat&eacute;ria escura.
Esse excesso de mat&eacute;ria sobre antimat&eacute;ria se resume a uma &uacute;nica part&iacute;cula por bilh&atilde;o de pares de mat&eacute;ria/antimat&eacute;ria, mas &eacute; o suficiente para estarmos aqui.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/16/16155145227135.jpg" alt="Apesar de terem sido formados juntas pelo Big Bang, h&aacute; mais mat&eacute;ria do que antimat&eacute;ria no universo." />Apesar de terem sido formados juntas pelo Big Bang, h&aacute; mais mat&eacute;ria do que antimat&eacute;ria no universo.
<h2>A pista est&aacute; nos neutrinos</h2>
O pretenso desequil&iacute;brio vem sendo pensado desde 1956, quando os f&iacute;sicos nucleares Clyde Cowan e Frederick Reines descobriram os neutrinos, que s&atilde;o part&iacute;culas subat&ocirc;micas sem carga el&eacute;trica e muito dif&iacute;ceis de detectar porque quase n&atilde;o interagem com outras formas de mat&eacute;ria, e sua contrapartida, os antineutrinos.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/16/16155419039138.jpg" alt="Uma c&acirc;mara de bolhas mostra vest&iacute;gios de neutrinos, durante experimento realizado em 16 de janeiro de 1978, no Acelerador Fermi, em Chicago, EUA.." />Uma c&acirc;mara de bolhas mostra vest&iacute;gios de neutrinos durante experimento realizado em 16 de janeiro de 1978, no Acelerador Fermi, em Chicago (EUA).
Nos anos 1960, outra descoberta: quarks e antiquarks n&atilde;o se comportam exatamente da mesma maneira. Os ind&iacute;cios existiam, mas n&atilde;o para explicar a disparidade entre mat&eacute;ria e antimat&eacute;ria. Em 1964, o f&iacute;sico russo Andrei Sakharov sugeriu que a simetria c&oacute;smica n&atilde;o seria perfeita, afinal, com cada componente exibindo propriedades um pouco diferentes.
<h2>Experimento subterr&acirc;neo costa a costa</h2>
&Eacute; nesse conceito de desequil&iacute;brio que pesquisadores se apoiam para tentar explicar um dos mais renitentes mist&eacute;rios da f&iacute;sica, e para isso usam as diferen&ccedil;as entre neutrinos e antineutrinos. O experimento, chamado de Tokai to Kamioka (ou T2K), publicado na Nature, reuniu centenas de cientistas no Complexo de Pesquisa do Acelerador de Pr&oacute;tons do Jap&atilde;o, em Tokai, na costa leste do pa&iacute;s.
Foram disparados neutrinos no subsolo (n&atilde;o h&aacute; nenhum problema: neutrinos passam atrav&eacute;s de tudo todo o tempo) em dire&ccedil;&atilde;o ao Super-Kamiokande, um observat&oacute;rio de neutrinos localizado a 295 quil&ocirc;metros, na costa oeste japonesa, e cuja parte principal comp&otilde;e-se de um tanque de &aacute;gua gigante alinhado com milhares de detectores que capturam a luz emitida quando os neutrinos interagem com a &aacute;gua.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/16/16154118242130.jpg" alt="O interior do Observat&oacute;rio de Neutrinos Super Kamiokande, quase um quil&ocirc;metro abaixo do Monte Ikeno, no Jap&atilde;o." />O interior do Observat&oacute;rio de Neutrinos Super-Kamiokande, quase 1 quil&ocirc;metro abaixo do Monte Ikeno, no Jap&atilde;o.
Foi um exerc&iacute;cio de paci&ecirc;ncia e perseveran&ccedil;a: levou 1 d&eacute;cada para que o T2K conseguisse detectar 90 neutrinos e 15 antineutrinos e medisse as chances de um neutrino oscilar entre diferentes propriedades f&iacute;sicas durante a viagem atrav&eacute;s do Jap&atilde;o. O mesmo foi feito com antineutrinos.
Se mat&eacute;ria e antimat&eacute;ria est&atilde;o simetricamente em equil&iacute;brio, as probabilidades deveriam ser as mesmas; os resultados sugerem que n&atilde;o s&atilde;o. O T2K registrou que existe uma chance mais alta de os neutrinos oscilarem entre propriedades f&iacute;sicas no trajeto costa a costa do que sua contrapartida.
<h2>De hip&oacute;tese a teoria</h2>
Como tudo na <a href="http://www.tecmundo.com.br/ciencia/" target="_blank" title="Ci&ecirc;ncia">ci&ecirc;ncia</a>, essa experi&ecirc;ncia precisar&aacute; ser replicada, e isso ainda levar&aacute; alguns anos. Al&eacute;m disso, o resultado alcan&ccedil;ado n&atilde;o satisfez o n&iacute;vel de confian&ccedil;a necess&aacute;rio em f&iacute;sica de part&iacute;culas (o chamado de 5-sigma ou 5s) para que os dados conseguidos sejam considerados "uma descoberta". Os resultados do T2K ganharam um 3s (2s, se a simetria mat&eacute;ria/antimat&eacute;ria for completamente descartada).
Para chegar a 5s, os f&iacute;sicos ter&atilde;o que usar a pr&oacute;xima gera&ccedil;&atilde;o de detectores de neutrinos que ainda nem est&aacute; em opera&ccedil;&atilde;o. Tr&ecirc;s deles devem estar funcionando em breve: o chin&ecirc;s Jiangmen Underground Neutrino Observatory &mdash; JUNO (2022), o Deep Underground Neutrino Experiment &mdash; DUNE, nos EUA (2025), e o Hyper-Kamiokande, que vai funcionar ao lado do irm&atilde;o mais velho, o Super-Kamiokande (2027).<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/152179-neutrinos-explicar-maiores-misterios-fisica.htm">Neutrinos podem explicar um dos maiores mistérios da física</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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Neutrinos podem explicar um dos maiores mistérios da física

Imagem de Radioatividade poderia permitir habitação em planetas congelados no megacurioso

Planetas não precisam, necessariamente, estar perto de estrelas para terem condições de vida

Um novo artigo proposto pela Universidade de Harvard trouxe conclus&otilde;es interessantes sobre as rela&ccedil;&otilde;es entre os n&iacute;veis de radia&ccedil;&atilde;o e a vida nos planetas. Apesar de j&aacute; ter sido estudado que h&aacute; uma quest&atilde;o de proximidade envolvendo a exist&ecirc;ncia de &aacute;gua l&iacute;quida nas superf&iacute;cies terrestres e a consequente habita&ccedil;&atilde;o no local, novas conclus&otilde;es sugerem que n&atilde;o h&aacute;, necessariamente, a obriga&ccedil;&atilde;o de tais condi&ccedil;&otilde;es somente existirem se houver uma estrela como fonte de energia por perto.
A pesquisa, publicada no The Astrophysical Journal Letters<a href="https://iopscience.iop.org/article/10.3847/2041-8213/ab68e5" rel="noopener noreferrer" target="_blank"></a>, relata que um poss&iacute;vel "substituto" para as fontes de calor estelares seria a pr&oacute;pria radioatividade, que poderia aquecer as superf&iacute;cies congeladas de planetas com altos n&iacute;veis de &aacute;gua em seu interior e fornecer, assim, condi&ccedil;&otilde;es plenas de vida.
Os pesquisadores acreditam que <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113749-planeta-com-chuva-de-ferro-liquido-e-descoberto-por-cientistas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">planetas</a> mais pr&oacute;ximos do centro da Via L&aacute;ctea, por exemplo, podem possuir is&oacute;topos radioativos &mdash; &aacute;tomos com excesso de energia nuclear &mdash; suficientes para aquecer sua superf&iacute;cie, produzindo calor necess&aacute;rio para a exist&ecirc;ncia de &aacute;gua em forma l&iacute;quida e, consequentemente, vida. Um exemplo disso seria o pr&oacute;prio planeta Terra, que conta com a presen&ccedil;a de ur&acirc;nio-238, t&oacute;rio-232 e pot&aacute;ssio-40 (radionucl&iacute;deos) em seu manto e crosta e geram uma quantidade de energia suficiente para que haja condi&ccedil;&otilde;es de vida.&nbsp;
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/13/13154015446221.jpg" alt="(Fonte: NASA/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: NASA/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
O estudo, que foi publicado sob autoria de Avi Loeb, astrof&iacute;sico da Universidade Harvard, e Manasvi Lingam, astrobi&oacute;logo do Instituto de Tecnologia da Fl&oacute;rida, colocou em an&aacute;lise tr&ecirc;s fontes de calor distintas para um planeta sem estrelas pr&oacute;ximas, observando o calor gerado durante a forma&ccedil;&atilde;o do corpo celeste, o decr&eacute;scimo dos n&iacute;veis de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113911-astronomos-investigam-evento-que-originou-o-sistema-solar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">is&oacute;topos</a> de longo ciclo durante os bilh&otilde;es de anos de vida e o mesmo decaimento para is&oacute;topos de curta dura&ccedil;&atilde;o de vida.&nbsp;
Os resultados, ent&atilde;o, surgiram de maneira surpreendente, indicando que planetas com massas similares &agrave; da Terra, por&eacute;m com um n&iacute;vel de radionucl&iacute;deos 100 vezes maior, conseguiam liberar calor o suficiente para abastecer todo o planeta, contribuindo com a possibilidade de habita&ccedil;&atilde;o especialmente em locais congelados, j&aacute; que possuem l&iacute;quidos abundantes em sua superf&iacute;cie. "Isso d&aacute; a liberdade de estar em qualquer lugar. Voc&ecirc; n&atilde;o precisa estar perto de uma estrela&rdquo;, diz Avi Loeb.
Por&eacute;m, apesar dos n&uacute;meros animadores apresentados no relat&oacute;rio, os pesquisadores conclu&iacute;ram que seria imposs&iacute;vel quaisquer seres pluricelulares sobreviverem a esses altos n&iacute;veis de radia&ccedil;&atilde;o, mesmo mantendo as subst&acirc;ncias l&iacute;quidas por milh&otilde;es de anos.

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Radioatividade poderia permitir habitação em planetas congelados

Imagem de Bactéria mutante pode tornar plásticos 100% recicláveis no megacurioso

Pesquisadores da Universidade de Toulouse descobriram que uma enzima bacteriana encontrava em pilhas de compostagem pode ser a chave para lidar com a 'praga do plástico'

<head></head><body>Um estudo publicado na revista Nature verificou que uma enzima bacteriana encontrada em pilhas de compostagem pode consumir mais do que apenas folhas em decomposição, propondo uma iniciativa verde para o processamento de garrafas plásticas, o que pode permitir que sejam reutilizadas.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/15/15075817856002.jpg" alt="(Fonte: Pixabay/Reprodução)">(Fonte: Pixabay/Reprodução)<h2>100% reciclável</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/15/15075851496003.jpg" alt="(Fonte: Pixabay/Reprodução)">(Fonte: Pixabay/Reprodução)A descoberta foi feita por pesquisadores da Universidade de Toulouse, após estudarem 100.000 microrganismos para encontrar possíveis candidatos para esta missão, e uma bactéria envolvida na compostagem provou ser muito eficiente. Os pesquisadores introduziram mutações como uma forma de aumentar ainda mais eficácia da enzima bacteriana no processamento do material. E ao ser testada em uma tonelada de garrafas plásticas, a enzima conseguiu degradar 90% delas em apenas 10 horas.O tereftalato de polietileno (PET) é o plástico de poliéster mais encontrado no mundo, com quase 70 milhões de toneladas fabricadas anualmente para todos os tipos de uso, desde embalagens a têxteis.&nbsp;As tecnologias de reciclagem existentes são capazes de processar as garrafas plásticas utilizadas para bebidas com gás ou água, mas até o momento, o produto final da reciclagem só servia para o uso em roupas ou tapetes. A enzima bacteriana descoberta pelos pesquisadores é capaz de quebrar essas embalagens em blocos químicos que podem ser manipulados para voltarem ao formato original, tornando as garrafas PET 100% recicláveis pela primeira vez.<h2 dir="ltr">A "praga do plástico"</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/15/15075932512004.jpg" alt="(Fonte: Pixabay/Reprodução)">(Fonte: Pixabay/Reprodução)É preciso lembrar que cerca de 359 milhões de toneladas de plástico são produzidas todos os anos, e 150 a 200 milhões acabam em aterros sanitários ou no meio ambiente, podendo ser encontrados em quase todos os lugares, desde praias remotas até no fundo do oceano. E embora a ideia de reduzir o uso deste material em nosso cotidiano seja muito importante para conter a "praga do plástico" que aflige o mundo inteiro, ele ainda desempenha um papel essencial na vida moderna. Afinal é leve e resistente, além de possuir certas funções que ainda não podem ser desempenhadas por alternativas “mais ecológicas”.Isso comprova a importância do estudo no rendimento do processo de reciclagem, mas a pesquisa ainda tem um logo caminho pela frente antes de estar verdadeiramente pronta para ser uma solução eficaz.Após a descoberta, a equipe de pesquisadores iniciou uma parceria com a Pepsi e a L'Oréal, na esperança de acelerar o refinamento dos detalhes do processo, para que este tipo de reciclagem &nbsp;possa ser atingida em escala industrial dentro de cinco anos. O tempo necessário para ampliar o processo realmente parece ideal, porém, ainda é preciso muito trabalho para poder realmente lidar com o excesso global de resíduos plásticos.</body>

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