Nuvem de partículas invisíveis pode ter desaparecido da Via Láctea

17/04/2020 às 03:002 min de leitura

O espaço é um ambiente que intriga cientista mundo afora e acaba gerando debates entre os astrônomos que concordam e discordam sobre alguma nova descoberta. O atual debate que está aquecendo os bastidores da ciência é o possível desaparecimento de um halo brilhante que estava na Via Láctea.

(Fonte: Pexels)(Fonte: Pexels)

Os dois lados da discussão

O que está causando rebuliço entre os astrônomos é que: quem faz parte da pesquisa defende de pé junto o sumiço da nuvem brilhante, enquanto os físicos que não participaram do estudo são extremamente céticos com a possibilidade de que a nuvem possa ter desaparecido.

O possível desaparecimento, na verdade, acontece pela forma como a pesquisa foi feita. Os pesquisadores da Universidade de Michigan, UC Berkeley e do Lawrence Berkeley National Laboratory, acreditam ter encontrado a forma certa de analisar os astros e, nesta análise, não apareceu nenhuma enorme nuvem brilhante que deveria estar lá.

Esta nuvem buscada, segundo cientistas opositores à nova pesquisa, deve ser formada pelos neutrinos estéreis, que são as partículas presentes na matéria escura. Estas partículas, com o passar do tempo, decaem em muitas outras, entre elas os prótons de raio-X. Assim, acredita-se que as partículas decaídas de neutrinos estéreis acabam formando uma nuvem brilhante em um comprimento de onda específico no espectro de raios-X.

A organização de uma Matéria Escura. (Fonte: Institute for the Physics and Mathematics of the Universe/Reprodução)A organização de uma Matéria Escura. (Fonte: Institute for the Physics and Mathematics of the Universe/Reprodução)

Desta forma, o embate é tão forte porque, caso o desaparecimento seja verídico, iria significar que a teoria defensora da existência dos neutrinos estéreis está errada.

Declarações de ambos os lados

Segundo os pesquisadores envolvidos no novo estudo, é natural o descontentamento e o ceticismo dos colegas astrofísicos. O coautor do estudo, Nicholas Rodd, da Universidade da Califórnia, diz que eles estão indo com uma ideia inovadora que não inclui o raio-X na busca pelos neutrinos. Rodd também comentou que, quando surge alguém como uma ideia inovadora que vai contra o que tem sido feito há anos, é normal que apareçam céticos e críticos do trabalho.

No outro lado da discussão, Kevork Azabajian acredita que o principal problema da pesquisa feita por Rodd e seus companheiros é o fato de que eles não utilizaram os métodos aceitos pela comunidade dos estudos de raios-X. E, portanto, fica extremamente difícil ser uma pesquisa aceitável ou até mesmo confiável.

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