Imagem de Cientistas descobrem o sequenciamento do cromossomo Y no megacurioso

Depois de mais de 100 anos de descoberta do cromossomo Y, pesquisadores fizeram o sequenciamento do último cromossomo desconhecido

<head></head><body>Cientistas anunciaram nesta quarta-feira (23) que preencheram as lacunas que faltavam no cromossomo Y humano, que está entre os menores dos 46 presentes no genoma humano. A descoberta foi feita 20 anos após a publicação do primeiro "rascunho" que foi realizado do seu código.O Y é o cromossomo sexual masculino e foi o último a ser sequenciado pela ciência. Dentro do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121199-o-que-e-o-dna-e-como-ele-se-parece.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">DNA</a> de uma pessoa do sexo masculino, ele representa apenas 2% do total de cada uma das células.<h2>O que foi descoberto</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/24/24112842339097.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)As descobertas dos cientistas foram publicadas em dois artigos na revista Nature&nbsp;no dia 23 de agosto de 2023. O consórcio internacional científico Telômero-Telômero (T2T) recebeu dados de 30 milhões de novos pares de cromossomos e identificou 41 novos genes codificadores de proteína. O primeiro artigo analisa essas descobertas e começa a explicar como o cromossomo Y pode afetar vários aspectos de um indivíduo. Acredita-se que agora será possível identificar melhor as variantes genéticas do cromossomo Y, o que pode também trazer avanços em terapias para doenças genéticas ligadas ao <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126985-a-testosterona-faz-com-que-os-homens-chorem-menos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sexo masculino</a>.Outro artigo complementar, que também foi publicado na Nature, revelou ter sequenciado os cromossomos Y de mais de 40 homens espalhados pelo mundo. A pesquisa então verificou que este cromossomo evoluiu, e se apresenta em uma grande quantidade de variações e tamanhos entre estes indivíduos.Dianne Newbury, que é professora de genética médica e genômica da Universidade Oxford Brookes (e que não esteve vinculada aos estudos), afirmou à Live Science que estas descobertas são muito importantes dentro da genética. “O sequenciamento desta unidade (o cromossomo Y) fornece uma imagem completa de todo o <a href="https://www.megacurioso.com.br/genetica/29612-pesquisadores-revelam-guia-para-o-genoma-humano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">genoma humano</a> e dará início a muitos estudos sobre o cromossomo sexual que não eram possíveis anteriormente”.&nbsp;Anteriormente, os cientistas em geral tinham uma ideia de que o cromossomo Y era apenas um "deserto genético", nome que costuma ser dado a um DNA sem muita função, ou que serve apenas como material de reserva para reparar falhas nos genes. Mas agora já se sabe que não é bem assim.<h2>Possíveis desdobramentos da pesquisa genética</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/24/24112910976099.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)O <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116288-cromossomo-y-poderia-determinar-mais-do-que-so-o-genero-biologico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cromossomo Y</a> foi descoberto em 1905, e levou mais de 100 anos — em 2003 — para que houvesse a primeira montagem completa da estrutura de um cromossomo. Contudo, ficaram algumas lacunas em aberto, sobretudo em relação ao Y.Isso gerou uma espécie de "corrida" entre os cientistas que trabalham com pesquisa genética. De modo geral, os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122481-a-curiosa-mutacao-que-faz-mulheres-nascerem-geneticamente-homens.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cromossomos</a> têm repetições entre os genes, mas o Y tem uma quantidade de repetições muito alta. Isso tornou o processo de desvendamento da sua sequência mais caro e difícil. “Os pesquisadores tiveram dificuldade em estudar isto no passado porque simplesmente não tínhamos as ferramentas certas para reconstruir estas repetições realmente complexas”, afirma Karen Miga, diretora do Instituto de Genômica de Santa Cruz da Universidade da Califórnia e co-líder do consórcio T2T.Os cientistas agora demonstram muito entusiasmo pelas descobertas que podem surgir. Há indícios que associam a perda do cromossomo Y em homens mais velhos ao risco aumentado para o <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123573-por-que-tantas-pessoas-estao-tendo-cancer-antes-dos-50-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">câncer</a> e outras doenças crônicas. De acordo com Chris Lau, que é professor de medicina da Universidade da Califórnia, as descobertas abrem muitas portas para a comunidade científica. "A novidade beneficiará a investigação em evolução humana, ciência forense e muitas aplicações translacionais no desenvolvimento de diagnóstico e prognóstico em doenças humanas", explicou ao portal Popular Science.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:06.173Z

Cientistas descobrem o sequenciamento do cromossomo Y

Imagem de Ötzi, o "Homem de Gelo", tem detalhes de sua aparência revelados por cientistas no megacurioso

Estudo revelou que a famosa múmia europeia encontrada nos Alpes austro-italianos era um adulto de meia-idade com tendência à calvície e diabetes

<head></head><body>Imagine viajar no tempo e dar de cara com Ötzi, o "Homem de Gelo", que viveu há cerca de 5.300 anos nos Alpes de Venoste, entre a Áustria e a Itália. Agora, graças a avanços em <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120461-as-origens-e-a-incrivel-historia-da-genetica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pesquisas genéticas</a>, podemos ter uma visão mais clara de quem ele realmente era, como ele se parecia e até mesmo algumas das peculiaridades de sua saúde.Ötzi, cujo corpo foi encontrado por turistas alemães em 1991 após o derretimento do gelo da montanha continua a nos surpreender com sua vida intrigante.<h2 style="text-align: justify;">Careca e gordo?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/22/22094636674068.jpg" alt="Reproducão do Ötzi exposta no Museu de Arqueologia de Tirol do Sul. (Fonte: Iceman - Museu de Arqueologia de Tirol do Sul / Divulgação)">Reproducão do Ötzi exposta no Museu de Arqueologia de Tirol do Sul. (Fonte: Iceman - Museu de Arqueologia de Tirol do Sul / Divulgação)De acordo com um novo estudo publicado na revista Cell Genomics, os cientistas sequenciaram o genoma de Ötzi, revelando que ele tinha olhos castanhos, cabelos escuros e um tom de pele mais escuro do que os pesquisadores achavam anteriormente.Esses traços não só contradizem as representações tradicionais do europeu de pele clara e cabelos louros, mas também destacam suas raízes ancestrais. A análise genética sugere que Ötzi descendia dos primeiros agricultores da Anatólia, atual Turquia, que migraram para a Europa há cerca de 9 mil anos.Curiosamente, o estudo também aponta para uma característica que muitos de nós considerávamos moderna, mas que parece atormentar os homens desde o início da espécie: a calvície masculina — Ötzi tinha predisposição genética para ficar careca, algo que ele compartilhava com muitos homens de meia-idade de hoje em dia (e até mais jovens, infelizmente). Assim, ele pode ou não ter tido cabelos longos e rebeldes, mas certamente poderia estar na fila do <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120029-transplante-capilar-entenda-como-funciona-e-quais-cuidados-ter.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">transplante capilar</a> milênios depois.Além de suas características físicas, a pesquisa nos fornece dicas interessantes sobre sua saúde. Segundo ficou demonstrado na análise de DNA, Ötzi teria predisposição para doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2 e obesidade.No entanto, é preciso lembrar que a época do Homem de Gelo não é cheia de comodidades como a nossa. Seu estilo de vida ativo e sua dieta parecem ter superado essas predisposições genéticas, mostrando como os fatores ambientais podem desempenhar um papel crucial na saúde, mesmo em tempos antigos.<h2 style="text-align: justify;">Dúvidas no ar</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/22/22095122432071.jpg" alt="Pesquisadores buscam entender a realidade da região na época de Ötzi. (Fonte: Cell Genomics - We Wang / Divulgação)">Pesquisadores buscam entender a realidade da região na época de Ötzi. (Fonte: Cell Genomics - We Wang / Divulgação)<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127045-6-fatos-interessantes-sobre-a-mumia-de-otzi-o-mais-famoso-homem-do-gelo-da-idade-do-bronze.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Embora saibamos muito sobre Ötzi</a>, ainda há mistérios a serem desvendados. Sua genética nos dá uma visão de sua história pessoal, mas não podemos esquecer que ele viveu cercado por outros que tiveram suas próprias histórias para contar.Os pesquisadores estão trabalhando para coletar mais dados genéticos de outros indivíduos da região, na esperança de entender melhor o contexto em que Ötzi viveu e como ele se encaixa na narrativa mais ampla da humanidade.Suas características físicas, suas origens ancestrais e até mesmo suas condições de saúde nos lembram que, apesar das distâncias no tempo, temos muito mais em comum com nossos antepassados do que imaginávamos. A história de Ötzi é uma janela para nossa própria história evolutiva.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:05.683Z

Ötzi, o 'Homem de Gelo', tem detalhes de sua aparência revelados por cientistas

Imagem de Cobra de duas cabeças rara aparece em exibição nos EUA no megacurioso

Pancho e Lefty, como foi apelidado o animal, já se curou de uma lesão que sofreu há mais de dois anos e agora podem ser vistos em um zoológico no Texas

<head></head><body>Após passar dois anos se recuperando de uma lesão, uma raríssima cobra duas cabeças está de volta à exibição em um zoológico do Texas, nos Estados Unidos. O extraordinário animal recebeu dois nomes, sendo um para cada cabeça: Pancho e Lefty. Atualmente, o réptil está em um recinto especialmente projetado no Cameron Park Zoo em Waco.&nbsp;Pancho e Left chegaram ao zoológico pela primeira vez em 2016 e logo se tornaram uma grande atração para o público. Uma mulher que morava perto de Waco avistou a cobra em seu quintal quando ela era apenas um bebê e rapidamente contactou as autoridades locais.<h2>Condição rara</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/16/16192327272463.jpg" alt="(Fonte: Cameron Park Zoo)">(Fonte: Cameron Park Zoo)Quando foram encontrados, Pancho e Lefty possuíam apenas 20 centímetros de comprimento e tinham entre 18 e 20 semanas de vida. O réptil, que é um espécime de cobra-rato ocidental (Pantherophis obsoletus) passou por uma quarentena de 18 meses antes de entrar em exibição no zoológico em 2018.&nbsp;O animal tem uma condição rara chamada bicefalia, que ocorre quando um único embrião começa a se dividir em gêmeos idênticos, mas não consegue se separar completamente. Quando essa situação ocorre em humanos, acabamos apelidando de <a href="https://www.megacurioso.com.br/bizarro/42225-conheca-4-dos-gemeos-siameses-mais-famosos-da-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">gêmeos siameses</a>.Esse é um fenômeno que ocorre na natureza há pelo menos 150 milhões de anos, o que foi possível comprovar através da descoberta de um fóssil de <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/48007-9-dos-repteis-mais-incriveis-e-bizarros-do-planeta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">réptil</a> de duas cabeças na China. Embora Pancho e Lefty atualmente sejam criaturas saudáveis, tal condição de vida acarreta algumas dificuldades.<h2>Processo de recuperação</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Cameron Park Zoo&nbsp;" data-fonte-url="https://scontent-gru2-1.xx.fbcdn.net/v/t1.18169-9/14520481_10157416140935431_5671123973752030644_n.jpg?_nc_cat=109&amp;ccb=1-7&amp;_nc_sid=8bfeb9&amp;_nc_eui2=AeF-QLixkqQWs6_-uhqbNBtZBxJrY91nnC0HEmtj3WecLdrcECaNMkvm4xOBrewH_GTPUWX8CacnCffMU7o4phd1&amp;_nc_ohc=VOeqi0gjOp4AX8gZSld&amp;_nc_ht=scontent-gru2-1.xx&amp;oh=00_AfAjih_jsin4FDeFLPY9QqwJsXiHT3G8Qh_3D5NU66saag&amp;oe=6504A50E"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/16/16192413869464.jpg" alt="(Fonte: Cameron Park Zoo)">(Fonte: Cameron Park Zoo)Como dito anteriormente, navegar pelo mundo com duas cabeças — e dois cérebros — não é exatamente a coisa mais fácil de todas. Como o corpo de Pancho e Lefty recebem sinais de dois centros de comando diferentes, seus movimentos são descoordenados e desajeitados. Por conta disso, a cobra machucou o pescoço esquerdo ao tentar se mover em duas direções opostas em 2021.Então, o animal teve que ser retirado de exibição para poder se recuperar. A ferida demorou mais de um ano para estar completamente cicatrizada. Agora, tendo maior conhecimento da situação, o aquário onde os irmãos siameses estão expostos não possui qualquer tipo de pedra ou galho em que seu pescoço possa ficar preso.Quando Pancho e Lefty chegaram ao zoológico, sua cabeça esquerda era o lado mais dominante e geralmente o que consumia maior parte das refeições da criatura. Anos depois, no entanto, o lado direito do cérebro parece ter assumido essa função. Em geral, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125087-as-6-maiores-cobras-e-serpentes-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cobras</a> nascidas com duas cabeças não conseguem sobreviver direito na natureza.Como trabalham com dois cérebros, esse tipo de animal pode enfrentar sérios problemas na hora de decidir em que direção fugir de um predador, por exemplo. Nesse sentido, nem sempre duas cabeças pensam melhor do que uma.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:05.134Z

Cobra de duas cabeças rara aparece em exibição nos EUA

Imagem de Cientistas fazem moscas gerarem filhotes sem relação sexual no megacurioso

Graças a uma mutação genética feita em laboratório, moscas conseguiram gerar descendentes saudáveis sem que fosse preciso a cruza com um macho

<head></head><body>Você deve ter aprendido nas aulas de biologia que existem dois tipos de reprodução de seres vivos: a sexuada e a assexuada. A <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120047-sexo-animal-apenas-reproducao-ou-prazer-envolvido.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">reprodução sexuada</a> é aquela em que os gametas masculino e feminino se unem para gerar um novo indivíduo. Nesse caso, os animais dependem do acasalamento. Uma das vantagens dessa reprodução é a variedade genética que os animais ganham.Por outro lado, a reprodução assexuada é feita de forma diferente, com o organismo vivo se duplicando. Esse é o caso das bactérias, que praticamente se clonam.Mas mesmo animais que se reproduzem de forma sexuada podem, em casos raros, darem à luz filhotes saudáveis que não vieram de um óvulo fecundado por um espermatozoide. Essa condição é chamada de partenogênese e ocorre em insetos, anfíbios e até em répteis, como crocodilos.Os casos mais famoso de partenogênese aconteceram em zoológicos, com fêmeas que ficaram sozinhas por anos e que, sem esperança de cruzarem com machos, acabaram tendo filhotes sozinhas. Em 2019, isso ocorreu com um lagarto nos EUA.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Reprodução: Divulgação Museu Smithsonian&nbsp;" data-fonte-url="https://s2.glbimg.com/THAhEVNsLPKZo5SnYTtOIBOQjYo=/e.glbimg.com/og/ed/f/original/2019/06/08/20181114-skipbrown033.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/12/12181955500038.jpg" alt="Lagarto da esquerda deu à luz o lagarto da direita sem que houvesse fecundação. Reprodução: Divulgação Museu Smithsonian">Lagarto da esquerda deu à luz o lagarto da direita sem que houvesse fecundação. Reprodução: Divulgação Museu Smithsonian<h2>Cientistas modificaram mosca para que ela gerasse filhotes sendo virgem</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/12/12182451317041.jpg" alt="Fonte: Getty Images">Fonte: Getty ImagesA partenogênese é um fenômeno que, apesar de raro, é natural. Não seria possível induzir que animais tivessem filhotes dessa forma sem que isso já estivesse registrado em seu DNA. Na verdade, essa afirmação deixou de estar correta neste ano, pois cientistas conseguiram induzir uma espécie de mosca a gerar filhotes saudáveis, mesmo ela sendo virgem.Pesquisadores da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, conseguiram fazer com que moscas-da-fruta (Drosophila melanogaster) se reproduzissem dessa forma alterando os genes desses animais."Somos os primeiros a mostrar que nascimentos virginais podem ser modificados para ocorrer em um animal. Foi muito emocionante ver uma mosca virgem produzir um embrião capaz de se desenvolver até a idade adulta e depois repetir o processo", afirmou a bióloga Alexis Sperling, líder da pesquisa.O estudo durou seis anos. Foram usadas mais de 220 mil <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120759-como-as-moscas-sabem-para-onde-estao-indo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">moscas</a> durante todo o experimento.O resultado mostrou que as moscas fêmeas geneticamente modificadas eram capazes de gerar outras moscas fêmeas com a mesma característica de reprodução virginal, em que não há necessidade de acasalamento. Essas moscas são incapazes de gerarem machos.As moscas só optaram por esse tipo de reprodução quando não havia machos disponíveis e só depois de um período de 40 dias, que corresponde a metade da vida desses animais.<h2>Nascimento virginal pode enfraquecer a espécie</h2>Apesar de conseguir criar uma nova <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-e-beleza/102450-uma-mosca-pousa-na-comida-e-agora-continuar-comendo-ou-jogar-tudo-fora.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">geração de moscas</a>, essa característica pode gerar problemas para os insetos, pois enfraquece a espécie geneticamente. Dessa forma, as novas moscas seriam incapazes de lidarem com novos desafios ambientais.Ao mesmo tempo, esses animais poderiam se tornar um problema para a sociedade, pois conseguiriam se reproduzir em escala, o que poderia ser um desafio para a agricultura.“Se houver pressão de seleção contínua para nascimentos virginais em pragas de insetos, que parece existir, isso as levará a se reproduzir apenas dessa maneira. Isso pode se tornar um problema real para a agricultura, porque as fêmeas só produzem fêmeas, então sua capacidade de propagação é duplicada”, explicou Sperling à BBC.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:04.637Z

Cientistas fazem moscas gerarem filhotes sem relação sexual

Imagem de Erros cromossômicos podem impedir alguns tumores agressivos, diz estudo no megacurioso

Avaliações clínicas revelam que erros cromossômicos podem, na verdade, ajudar no tratamento de alguns tipos de câncer

<head></head><body>Um estudo divulgado recentemente na revista médica Cell Reports Medicine revelou uma espécie de "freio" usado por <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/125518-5-grandes-avancos-historicos-na-luta-contra-o-cancer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">células tumorais</a>, que possibilita que elas sobrevivam à alta instabilidade cromossômica, se tornem mais agressivas e prejudiquem os tumores.As verificações em questão foram conduzidas pela equipe da Dra. Veronica Rodriguez-Bravo, bióloga molecular e em células cancerígenas da Mayo Clinic. Com sua equipe, ela também descobriu que os tumores de câncer de próstata resistente a terapias demonstram a maior instabilidade cromossômica em comparação com outros tipos de tumor.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/12/12013912582004.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)“O estudo desafia ainda mais o dogma de que os erros cromossômicos são, principalmente, promotores de tumores e propõe que os erros podem realmente ser o calcanhar de Aquiles de tumores agressivos como os do câncer de próstata metastático”, explica a Dra. Rodriguez-Bravo.&nbsp;“Tipicamente, esses tumores são considerados ‘invencíveis’, por isso, foi muito importante descobrir que eles são seletivamente sensíveis a medicamentos que levam a aberrações cromossômicas ainda maiores em células tumorais.&nbsp;Por muitos anos, os erros cromossômicos foram considerados principalmente promotores de tumores porque estão associados à progressão agressiva de tumores”, continuou a pesquisadora.<ul><li style="font-weight: bold;">Veja também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/126766-tecnica-usada-em-camundongo-transparente-detecta-tumor-em-estagio-inicial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Técnica usada em camundongo transparente revela tumor em estágio inicial</a></li></ul><h2>Novo avanço</h2>Os pesquisadores estudaram modelos experimentais como células de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/105416-homens-voces-vao-gostar-muito-deste-jeito-de-prevenir-o-cancer-de-prostata.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">câncer de próstata</a> e modelos pré-clínicos derivados de pacientes, combinados com análise de dados do paciente.&nbsp;Ao observar esses materiais, a equipe descobriu que as células de câncer de próstata com alto nível de instabilidade cromossômica ativam genes específicos que impedem que as células adquiram mais erros cromossômicos,&nbsp;garantindo que as células cancerígenas sobrevivam e continuem a promover o crescimento do tumor.&nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/12/12014224482006.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages) “O estudo mostra que prejudicar o ‘freio’ de maneira terapêutica como uma estratégia para forçar as células cancerígenas a acumular níveis de erro cromossômico fatais leva à morte de células tumorais resistentes a terapias e melhora a sobrevida de modelos pré-clínicos derivados de pacientes”, complementa a Dra. Rodriguez-Bravo, ressaltando que essa pode ser uma nova estratégia terapêutica.“O principal objetivo da nossa pesquisa foi revelar vulnerabilidades cromossômicas de tumores agressivos como o de câncer de próstata metastático para ajudar a desenvolver uma nova combinação de terapias para os pacientes”, afirmou o Dra. Rodriguez-Bravo.&nbsp;<ul><li>Veja também: <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123573-por-que-tantas-pessoas-estao-tendo-cancer-antes-dos-50-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Por que tantas pessoas estão tendo câncer antes dos 50 anos?</a></li></ul>“Estudar os processos fundamentais usando a pesquisa básica e translacional em câncer é de extrema importância para alcançar esse objetivo e encontrar oportunidades ocultas”, concluiu a pesquisadora.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:04.538Z

Erros cromossômicos podem impedir alguns tumores agressivos, diz estudo

Imagem de Segredos de Beethoven são desvendados 200 anos depois por meio do DNA no megacurioso

Descobertas genéticas trazem novas perspectivas sobre a vida e a morte do famoso compositor

<head></head><body>Em uma noite fatídica de março de 1827, o mundo perdeu o famoso compositor alemão Ludwig van Beethoven. Agora, quase dois séculos depois, uma equipe de pesquisadores revelou surpresas inesperadas ao analisar geneticamente amostras autenticadas de seu cabelo.<h2>A saúde de Beethoven: um grande mistério</h2><a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/125259-5-agencias-dos-correios-deslumbrantes-ao-redor-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Beethoven</a>, que ficou funcionalmente surdo em meados dos 40 anos, sofreu de vários problemas de saúde ao longo de sua vida. Além da perda auditiva, ele enfrentou dores abdominais graves e diarreia crônica. Seis anos antes de sua morte, surgiram os primeiros indícios de doença hepática, que se acredita ter contribuído para seu falecimento aos 56 anos.Em 2007, uma investigação forense sugeriu que o envenenamento por chumbo poderia ter acelerado o processo. No entanto, um estudo mais recente, publicado em março deste ano, refuta essa teoria.<h2>A verdadeira causa da morte</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/09/09171711156322.jpg" alt="(Fonte: Current Biology/Reprodução)">(Fonte: Current Biology/Reprodução)O estudo revelou que o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124937-5-coisas-que-o-cabelo-nos-ensinou-sobre-figuras-historicas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cabelo</a> analisado anteriormente não era de Ludwig, mas de uma mulher desconhecida. Além disso, várias mechas confirmadas como sendo do compositor indicam que seu óbito foi provavelmente resultado de uma infecção por hepatite B, agravada pelo consumo de álcool e diversos fatores de risco para a doença.Quanto às outras condições de saúde dele, o bioquímico Johannes Krause, do Instituto Max Planck de Antropologia Evolutiva na Alemanha, afirmou: "Não conseguimos encontrar uma causa definitiva para a surdez ou problemas gastrointestinais de Beethoven."<h2>Surpresas genéticas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/09/09171757388323.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)A análise genética não apenas trouxe esclarecimentos sobre a sua saúde, mas também revelou uma surpresa em sua linhagem. A comparação do cromossomo Y nas amostras de cabelo com os de parentes modernos que descendem da família paterna do músico apontou para uma incompatibilidade. Isso sugere uma atividade sexual extraconjugal nas gerações que antecederam o nascimento dele.Tristan Begg, antropólogo biológico da Universidade de Cambridge no Reino Unido, explicou: "Isso aponta um evento extraconjugal na linhagem paterna entre a concepção de Hendrik van Beethoven em Kampenhout, Bélgica, em 1572, e a concepção de Ludwig van Beethoven sete gerações depois, em 1770, em Bonn, Alemanha".<h2>O mistério continua</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/09/09171829261324.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)A pesquisa, inspirada pelo desejo do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124667-como-funciona-o-cerebro-dos-genios.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">compositor</a> de que o mundo entendesse sua perda auditiva, trouxe respostas, mas também deixou novas perguntas. Como ele contraiu hepatite? Como o cabelo de uma mulher foi confundido com o dele por séculos? E qual foi a verdadeira causa de suas dores abdominais e de sua surdez?O estudo atual, embora não tenha respondido tudo, oferece uma visão única da vida e morte de um dos maiores músicos que o mundo já conheceu, revelando segredos que Beethoven nunca poderia ter imaginado.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:04.155Z

Segredos de Beethoven são desvendados 200 anos depois por meio do DNA

Imagem de Como a evolução determinou quanto tempo cada animal vive? no megacurioso

A quantidade máxima de anos que um animal vive está determinada em seus genes, com base na vida de seus antepassados

<head></head><body>É possível que você não acredite em destino. Mas saiba que muitos animais têm o seu futuro selado ao nascerem — e dificilmente conseguirão fugir disso. Por isso, se uma pessoa pegasse um rato de laboratório em suas mãos e afirmasse que aquele animal não chegaria aos quatro anos, pouco adiantaria ao ratinho dizer que não acredita na profecia, pois as chances dela se cumprir são altas.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/03/03165131090399.jpg" alt="Fonte: Getty Images">Fonte: Getty ImagesO destino dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/oriente-bizarro/42022-mais-uma-bizarrice-do-japao-leitura-de-mamilos-para-prever-a-sorte.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">animais não está escrito nas estrelas,</a> nos búzios ou na borra do café. Ele está escrito em seus genes — e foi escrito há muito tempo, pela evolução de sua espécie.Os antepassados do rato de laboratório perceberam que o mundo era um lugar cruel para eles. Considerados deliciosos pelos muitos predadores, esses ratos não costumavam durar muito na natureza. Logo, eles não evoluíram pensando em envelhecer, já que a maioria nunca chegava à avançada idade. Em vez disso, eles evoluíram para se reproduzir.Dessa forma, esses animais passaram a atingir a maturidade sexual cada vez mais cedo e terem cada vez mais filhotes. Uma ninhada desses ratos tem em média oito filhotes, mas há casos em que 16 ratinhos nascem de uma única vez.<h2>Ao contrário do rato de laboratório, o rato-toupeira-pelado pode se tornar um velhinho</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/03/03164945601397.jpg" alt="Rato-toupeira Fonte: Getty Images">Rato-toupeira Fonte: Getty ImagesNem todo roedor precisa se preocupar com a passagem do tempo. O rato-toupeira-pelado evoluiu pensando na velhice. Eles vivem até os 30 anos, o que é muito para um roedor.Esses animais são geneticamente parecidos com os ratos de laboratório, mas o ambiente em que vivem moldou a forma como os seus corpos reagem à passagem do tempo.Como são criaturas subterrâneas, os ratos-toupeiras-pelados quase não têm predadores. Dessa forma, o organismo desses bichinhos precisou se adaptar à velhice, em vez da reprodução, pois essa é a sua realidade.Essa espécie vive em colônias e uma fêmea assume o papel de rainha, como se fossem abelhas. Apenas ela se reproduz e os outros <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122814-6-curiosidades-insanas-sobre-ratos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ratos trabalham para o bem-estar do grupo</a>. A ninhada pode ter cerca de dez filhotes e ela dá à luz a cada 70 dias.Portanto, mesmo animais semelhantes podem ter uma expectativa de vida muito diferente, dependendo daquilo que for menos vantajoso sob o ponto de vista evolutivo.No caso dos ratos de laboratório, isso quer dizer que mesmo em um ambiente sem predadores, esses animais não viveriam mais do que os três anos esperados. Suas células não evoluíram para se reproduzir por tantos anos. Logo, eles iriam contrair doenças que os matariam.<h2>O que mais influencia a longevidade dos mamíferos?</h2>Além da incidência de predadores, a temperatura também pode influenciar na quantidade de anos que um animal viverá na Terra. As baleias-do-Ártico vivem dois séculos.Elas não têm problemas com predadores e evoluíram para lidar com as baixas temperaturas do Ártico. Embora existam exceções, quanto mais grande, mais lento e mais inteligente é o mamífero, mais tempo de vida ele terá.A lentidão é importante porque metabolismos acelerados exigem muito do corpo, o que contribui para problemas de saúde. Não por acaso, os répteis costumam viver mais do que os mamíferos. </body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:03.610Z

Como a evolução determinou quanto tempo cada animal vive?

Imagem de Adolescente cego volta a enxergar após usar colírio inovador no megacurioso

O menino de 14 anos tinha cegueira causada pela epidermólise bolhosa distrófica

<head></head><body>Um adolescente com deficiência visual causada por condição genética rara voltou a enxergar após ser submetido a um tratamento experimental com colírio desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Miami, nos Estados Unidos. O caso foi revelado na segunda-feira (24) pela Associated Press.O cubano Antonio Vento Carvajal tem epidermólise bolhosa distrófica, uma doença genética que impede as células de produzirem um tipo específico de colágeno. Com a falta desta estrutura essencial, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/104592-garoto-sobrevive-a-doenca-rara-gracas-a-substituicao-de-80-de-sua-pele.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a pele se torna extremamente sensível ao toque</a>, facilitando a formação de bolhas e feridas em todo o corpo.Como o colágeno também é um componente importante da córnea, a sua ausência propicia o surgimento de bolhas nos olhos. Em alguns casos, como aconteceu com o garoto de 14 anos, as cicatrizes cobrem os globos oculares, podendo levar à <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123265-deficiencia-visual-entenda-o-amplo-espectro-da-cegueira.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cegueira</a>.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Universidade de Miami/Divulgação&nbsp;" data-fonte-url="https://physician-news.umiamihealth.org/teen-regains-vision-after-receiving-first-topical-gene-therapy-at-bascom-palmer-eye-institute-at-uhealth/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/27/27171035695606.jpg" alt="(Fonte: Universidade de Miami/Divulgação)">(Fonte: Universidade de Miami/Divulgação)Denominada Vyjuvek, a terapia genética para epidermólise bolhosa distrófica é um gel tópico com capacidade de prevenir a formação de bolhas à medida que a pele cicatriza. Para o tratamento do adolescente, foi desenvolvida uma versão em <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118575-mulher-usa-cola-de-unha-em-vez-de-colirio-e-vai-parar-no-hospital.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">colírio</a>, aplicado diretamente nos olhos.<h2>Como funciona o tratamento?</h2>Aprovado em maio pela Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora dos Estados Unidos, o Vyjuvek traz, em sua fórmula, o vírus da herpes inativado, que é responsável por fornecer cópias funcionais do gene que auxilia na produção do colágeno 7. Essa proteína mantém unida a córnea e a pele.Para tratar a cegueira causada pela “<a href="https://www.megacurioso.com.br/medicina-e-psicologia/71432-voce-ja-ouviu-falar-na-doenca-da-borboleta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pele de borboleta</a>”, como a epidermólise também é conhecida, o menino cubano passou primeiro por uma cirurgia que retirou tecido cicatricial do olho direito, no ano passado. Participando do ensaio clínico, ele começou a usar a versão em colírio após o procedimento, simultaneamente à aplicação do gel em sua pele.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Universidade de Miami/Divulgação&nbsp;" data-fonte-url="https://physician-news.umiamihealth.org/teen-regains-vision-after-receiving-first-topical-gene-therapy-at-bascom-palmer-eye-institute-at-uhealth/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/27/27171130388607.jpg" alt="(Fonte: Universidade de Miami/Divulgação)">(Fonte: Universidade de Miami/Divulgação)Usando o colírio uma vez a cada 30 dias, Antonio tem apresentado melhorias constantes, de acordo com o professor de oftalmologia Alfonso Sabater, líder do estudo. As cicatrizes causadas pela doença não surgiram mais e ele voltou a enxergar do olho direito, apresentando uma acuidade visual considerada quase perfeita pelos profissionais.No início de 2023, os mesmos procedimentos foram feitos no olho esquerdo do jovem, que tem apresentado resultados semelhantes. Mesmo ainda não tendo recuperado 100% da visão, o adolescente já se sente seguro para andar sozinho e jogar videogame com os amigos.<h2>Tratamento para outras doenças</h2>Os resultados apresentados pelo adolescente que voltou a enxergar após usar o colírio de terapia genética deixaram os pesquisadores bastante animados. Eles já planejam usar a fórmula para tratar outras doenças, fazendo a modificação do gene codificado pelo vírus inativado.De acordo com Sabater, a troca do gene permitiria tratar, por exemplo, a distrofia de Fuchs, que atinge a córnea e pode levar à perda parcial da visão. Cerca de 18 milhões pessoas têm esse problema nos EUA e seriam beneficiadas com o novo tratamento.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:02.758Z

Adolescente cego volta a enxergar após usar colírio inovador

Imagem de Após 40 mil anos, os neandertais ainda vivem em nosso DNA no megacurioso

O DNA dos neandertais, extintos há 40 mil anos, nunca esteve tão presente na Terra

<head></head><body>Embora os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125686-qual-era-a-lingua-falada-pelos-neandertais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">neandertais</a> tenham se extinguido há cerca de 40 mil anos, a quantidade de seu DNA presente na Terra nunca foi tão grande. Estudos sugerem que 99,7% do material genético dos ancestrais e dos humanos modernos é idêntico, tornando-os nossos parentes extintos mais próximos.Os membros da espécie Homo neanderthalensis, que evoluíram há mais de 400 mil anos, foram extremamente bem-sucedidos e se espalharam por uma área que se estende do Mediterrâneo à Sibéria. Eles eram altamente inteligentes, com cérebros em média maiores do que os dos Homo sapiens.<h2>A vida e os hábitos dos neandertais</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/24/24151520582258.jpg" alt="">Esses antigos hominídeos caçavam grandes animais, coletavam plantas, fungos e frutos do mar, controlavam o fogo para cozinhar, faziam ferramentas compostas, roupas de peles de animais, contas de conchas e eram capazes de esculpir símbolos nas paredes das cavernas. Eles cuidavam de seus jovens, idosos e fracos, criavam abrigos para proteção, viviam por invernos rigorosos e verões quentes, e enterravam seus mortos.&nbsp;Os membros dessa espécie encontraram nossos ancestrais em várias ocasiões ao longo de dezenas de milhares de anos e as duas linhas de evolução compartilharam o continente europeu por pelo menos 14 mil anos, chegando até a se acasalarem.<h2>A extinção dos neandertais</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/24/24151846984262.jpg" alt="">A extinção dos neandertais, no entanto, ainda é um mistério. Acredita-se que tenha sido o resultado de uma combinação de fatores, incluindo as mudanças climáticas da última era do gelo, que pressionaram as fontes de alimentos animais e vegetais e exigiram que eles se adaptassem constantemente às mudanças ambientais.&nbsp;Além disso, nunca houve muitos, com a população total nunca excedendo dezenas de milhares. Eles viviam em grupos de cinco a 15 indivíduos, em comparação com os Homo sapiens que tinham grupos de até 150. Essas pequenas populações isoladas podem ter se tornado geneticamente insustentáveis.&nbsp;Outro fator que pode ter contribuído para a extinção foi a competição com outros predadores, particularmente os grupos de humanos modernos que emergiram da África cerca de 60 mil anos atrás. Especula-se que muitos deles podem ter sido assimilados pelos grupos maiores de Homo sapiens.&nbsp;<h2>O legado</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/24/24152033500264.jpg" alt="">Os neandertais deixaram <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125649-6-descobertas-que-mudam-muito-do-que-sabemos-sobre-o-passado-da-humanidade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">numerosos vestígios</a> para nós examinarmos dezenas de milhares de anos depois. Ao longo dos últimos 150 anos, coletamos ossos fósseis, ferramentas de pedra e madeira, encontramos bugigangas e joias que deixaram para trás, descobrimos sepultamentos e agora mapeamos seu genoma a partir de DNA antigo.&nbsp;Talvez o fato mais surpreendente seja a evidência de cruzamento que deixou vestígios de material genético em humanos vivos hoje. Muitos europeus e asiáticos carregam entre 1% e 4% de sequência genética neandertal, enquanto as pessoas africanas ao sul do Saara têm quase nenhuma. De forma surpreendente, considerando a atual população mundial de cerca de 8 bilhões, podemos dizer que a presença do genoma deles nunca foi tão ampla no planeta.O genoma desses <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125520-cientistas-tem-nova-hipotese-sobre-origem-dos-humanos-uma-avancada-miscigenacao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">antigos hominídeos</a> também nos ajuda a entender mais sobre sua aparência, pois há evidências de que alguns deles desenvolveram pele pálida e cabelo ruivo muito antes dos Homo sapiens. A vasta quantidade de genes compartilhados entre esses hominídeos e os humanos modernos estão ligados a uma variedade de características, desde a capacidade de provar alimentos amargos até a de falar.<h2>O impacto do DNA neandertal na saúde humana moderna</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/24/24152237413265.jpg" alt="">Também aumentamos nosso conhecimento sobre a saúde humana. Por exemplo, algum DNA neandertal que pode ter sido benéfico dezenas de milhares de anos atrás, agora parece causar problemas quando combinado com um estilo de vida ocidental moderno.Existem associações para alcoolismo, obesidade, alergias, coagulação do sangue e depressão. Recentemente, cientistas sugeriram que esta herança pode aumentar o risco de complicações graves ao contrair covid-19.Enquanto continuamos a explorar o legado genético deixado por esses antigos hominídeos, é importante lembrar que eles não são apenas uma parte distante de nossa história evolutiva, mas também uma parte integral de quem somos hoje.&nbsp;À medida que enfrentamos desafios globais, desde mudanças climáticas até pandemias, a extinção dessa espécie nos lembra que nunca devemos dar nossa existência como garantida. Se não quisermos acabar da mesma forma, é preciso esforço para criar um futuro mais sustentável.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:02.252Z

Após 40 mil anos, os neandertais ainda vivem em nosso DNA

Imagem de Por que primatas têm clitóris tão diversos e "estranhos"? no megacurioso

Pesquisa que utiliza técnicas sofisticadas de imagem revela um universo até então desconhecido sobre a variedade de clitóris

<head></head><body>Os clitóris dos primatas existem em mais formas e tamanhos do que jamais imaginamos — pelo menos é o que estão apontando algumas pesquisas. Um estudo recente, capitaneado pelo cientista brasileiro Daniel Varajão de Latorre, da Manchester Metropolitan University, vem revelar a magnífica diversidade da genitália feminina desses animais.&nbsp;Enquanto os <a href="https://www.megacurioso.com.br/polemica/75739-7-penis-extremamente-bizarros-do-mundo-animal.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pênis já foram extensivamente estudados</a>, o clitóris recebeu pouca atenção científica, apesar de desempenhar um papel fundamental na reprodução. Agora, os pesquisadores estão finalmente focando sua atenção nessa região negligenciada.<h2 style="text-align: justify;">Um mundo "novo"</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/13/13101454226059.jpg" alt="Dividimos muitos genes com os primatas, mas temos muitas diferenças também. (Fonte: GettyImages/Reprodução)">Dividimos muitos genes com os primatas, mas temos muitas diferenças também. (Fonte: GettyImages/Reprodução)A ciência já sabe que os pênis dos primatas são incrivelmente diversos. De fato, eles são tão diferentes que uma nova espécie de macaco foi identificada com base apenas em seus testículos. Essa variedade, ao que tudo indica, está relacionada a diferentes formas de acasalamento e de organizações sociais.Por outro lado, até pouco tempo atrás, sabíamos muito pouco sobre o clitóris humano, e menos ainda sobre o clitóris dos primatas. É como se estivéssemos perdendo uma parte essencial do quebra-cabeça da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121815-evolucao-humana-problemas-modernos-com-origem-no-passado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">evolução</a>. Mas agora, finalmente, estamos direcionando nossa atenção para essas regiões íntimas tão negligenciadas.A equipe de pesquisa, liderada pelo Dr. Varajão de Latorre e com a ajuda da Dra. Charlotte Brassey, também da Manchester Metropolitan University, decidiu utilizar técnicas de imagem avançadas para desvendar os segredos escondidos por trás das cortinas.&nbsp;Muitos dos tecidos que eles queriam estudar eram frágeis demais para serem dissecados manualmente sem causar danos. Então, eles recorreram à ressonância magnética e à tomografia computadorizada com contraste de iodo para obter uma visão em alta definição da diversidade de clitóris primatas.<h2 style="text-align: justify;">Múltiplas diferenças</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/13/13101638251060.jpg" alt="Clitóris de um Lêmure em 3D. (Fonte: Dr. Daniel Varajão de Latorre/Divulgação)">Clitóris de um Lêmure em 3D. (Fonte: Dr. Daniel Varajão de Latorre/Divulgação)Os resultados foram simplesmente fascinantes. Eles descobriram que os clitóris primatas vêm em todas as formas e tamanhos imagináveis, muito diferentes dos nossos próprios — cerca de 90% do clitóris humano fica na parte interna, de maneira oculta, o que pode não ocorrer em outros primatas.Alguns têm músculos ausentes, enquanto outros apresentam estruturas únicas e complexas. É uma verdadeira festa da diversidade morfológica. No entanto, o que ainda não se sabe é como essa diversidade se relaciona com os comportamentos de acasalamento dos primatas. Essa é uma pergunta que continua a desafiar os cientistas, mas eles estão empolgados com os primeiros passos que estão dando nessa direção.É importante destacar que, em toda a natureza, a genitália feminina tem sido historicamente menos estudada do que a masculina (seria um reflexo da sociedade?). Tanto que só recentemente descobrimos o clitóris das <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125087-as-6-maiores-cobras-e-serpentes-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cobras</a>, uma espécie de animal que não é novidade para ninguém.&nbsp;Os clitóris são uma janela para a diversidade e complexidade da sexualidade e reprodução não apenas dos demais animais, mas também de nós mesmos. Então, vamos celebrar essa gloriosa diversidade e continuar desbravando esse campo por muito tempo esquecido. A jornada está apenas começando!</body>

Genética

Novidades