Imagem de O que causa as covinhas que algumas pessoas têm quando sorriem? no megacurioso

Saiba o que são e como são formadas as covinhas que marcam o sorriso de várias pessoas em todo o mundo

<head></head><body>Já reparou como algumas pessoas têm covinhas no&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121981-como-nossos-genes-determinam-a-aparencia-do-nosso-rosto.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">rosto</a> quando sorriem ou soltam uma gostosa gargalhada? Além de serem consideradas bastante charmosas por muita gente, em algumas culturas do mundo elas também são tidas como um sinal de boa sorte.Mas afinal de contas o que são esses "furinhos" formados no rosto pelos <a href="https://www.megacurioso.com.br/comportamento/45571-voce-sabe-a-diferenca-entre-um-sorriso-sincero-e-um-falso.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sorrisos</a>? Seriam eles resultados de ferimentos? Ou talvez falhas genéticas?<h2>O que são as covinhas de sorrisos?</h2>Para começar, os furinhos característicos de sorrisos são formações totalmente naturais. De acordo com uma análise feita pelo Journal of Craniofacial Surgery em 2019, cerca de 1 em cada 5 pessoas apresenta uma ou mais covinhas no rosto, geralmente localizadas na região das bochechas.Nas bochechas, os furinhos são formados quando há uma variação na formação do músculo zigomático maior, um dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121286-fadiga-muscular-o-que-e-e-como-evita-la.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">músculos</a> da nossa anatomia bucal. Enquanto a maioria das pessoas tem apenas um desses músculos de cada lado do rosto, algumas felizardas nascem com o músculo zigomático maior duplicado — podendo esta alteração acontecer em apenas um ou nos dois lados do rosto.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/01/01235158640314.jpg" alt="Covinhas de sorriso são na verdade resultado de um músculo facial duplicado">Covinhas de sorriso são na verdade resultado de um músculo facial duplicadoAssim, quando sorriem ou movimentam o rosco, estas pessoas movem os músculos duplicados de forma que&nbsp;um vão se forma entre eles, com esta depressão sendo preenchida pela pele e formando a famosa covinha.&nbsp;Segundo o Live Science, uma pesquisa publicada em 2015 pelo periódico Innovative Journal of Medical and Health Science afirmou que casais nos quais uma das pessoas tem covinhas têm de 25% a 50% de chance de gerar um bebê com covinha. Já quando tanto a mãe quanto o pai têm o músculo zigomático maior duplicado, as chances de a criança herdar as covinhas é de 50% a 100%.<h2>É possível ter covinhas em outras partes do corpo?</h2>Ainda que sejam muito comuns nas bochechas, as covinhas podem existir em diversas partes do corpo humano, como no <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119422-por-que-os-seres-humanos-tem-queixos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">queixo</a> e até mesmo nas costas, na região lombar.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/01/01235246488315.jpg" alt="Furinho no queixo é resultado de uma falha na conexão de músculos do maxilar">Furinho no queixo é resultado de uma falha na conexão de músculos do maxilarEm relação às covinhas no queixo, também conhecidas como&nbsp;queixo partido ou furinhos no queixo, a formação se dá de forma diferente. Neste caso, o que acontece é que os músculos do maxilar do feto podem não se fundir completamente, deixando um espaço "aberto" ali na região central do queixo. Quando coberta pela pele, aquela área apresenta uma depressão, muitas vezes resultando em uma espécie de furo ou formato de Y.Já nas costas, os furinhos popularmente conhecidos como "covinhas de Vênus" também são resultado da formação "incorreta" de certos músculos. Neste caso, os ligamentos que conectam a bacia aos músculos e à pele das costas podem ser um pouco menores, resultando em um recuo que dá a impressão de haver dois buracos na região <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121405-lordose-5-fatos-para-voce-entender-a-condicao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">lombar</a>.</body>

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O que causa as covinhas que algumas pessoas têm quando sorriem?

Imagem de DNA revela história de novos povos da Europa no fim da Era do Gelo no megacurioso

Novos estudos mostram que a atual população europeia surgiu de várias ondas migratórias com uma grande diversidade genética

<head></head><body>Dois estudos recentes publicados na renomada revista científica Nature trouxeram novas descobertas sobre a história genética das populações de caçadores-coletores que viveram na Europa pré-histórica, entre 35 mil e 5 mil anos atrás.Os pesquisadores analisaram o DNA extraído de restos mortais de 357 europeus antigos e identificaram a existência de pelo menos oito populações distintas, algumas das quais eram mais geneticamente diferentes umas das outras do que os europeus e asiáticos atuais.Essas populações coexistiram na Europa durante milhares de anos, algumas sobrevivendo à <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/105931-cientistas-afirmam-que-cometa-causou-era-do-gelo-ha-12-mil-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Era do Gelo</a>, enquanto outras desapareceram possivelmente por conflitos com outros grupos.<h2>Complexidade genética</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/04/04183224091027.jpeg" alt="Novo método de análise de DNA a partir de ossos permitiu identificar variedade genética das populações antigas da Europa. (Fonte: Volker Minkus/Reprodução)">Novo método de análise de DNA a partir de ossos permitiu identificar variedade genética das populações antigas da Europa. (Fonte: Volker Minkus/Reprodução)As descobertas revelam a complexidade da história genética da Europa pré-histórica, que não era simplesmente habitada por uma única população de caçadores-coletores que deu lugar aos agricultores.Quando os agricultores chegaram à <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123450-6-das-linguas-mais-antigas-da-europa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Europa</a> há cerca de 8 mil anos, vindos da Turquia, encontraram descendentes dessa longa história de múltiplas migrações de caçadores-coletores, com diferentes características físicas e culturais.Esses grupos diferentes se misturaram e se deslocaram pelo continente, resultando em uma diversidade genética significativa. Essa complexidade de genes sugere que houve algum contato cultural esporádico entre as populações, que podem ter compartilhado ideias e artefatos.<h2>História das principais linhagens</h2>Os cientistas descobriram que duas principais populações que viveram na Europa há cerca de 30 mil anos pertenciam a duas ondas migratórias distintas que chegaram ao continente separadamente.&nbsp;Os grupos, chamados Fournol e Vestonice, praticavam a mesma cultura, mas foram encontrados em regiões diferentes da Europa e tinham diferenças genéticas significativas. Os descendentes dos Fournol continuaram a viver na Península Ibérica após o último período glacial, enquanto outros se espalharam para o norte e se tornaram uma nova população chamada GoyetQ2.Os Vestonice não sobreviveram à Era Glacial e foram substituídos pelos Villabruna, que se expandiram pela Europa e encontraram os GoyetQ2, formando uma nova população chamada Oberkassel.Há cerca de 14 mil anos, um pulso de forte aquecimento produziu florestas em grande parte da Europa. Os povos Oberkassel podem ter sido melhores em caçar nas florestas, enquanto os GoyetQ2 recuaram com a diminuição das estepes. Os Oberkassel se depararam com um novo grupo de caçadores-coletores, os Sidelkino, que provavelmente chegaram da Rússia.<h2>Aparência física</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/04/04182828830026.jpg" alt="Desenho artístico com base em análise DNA mostra que populações ancestrais da Europa tinham pele escura. (Fonte: Tom Bjoerklund/Reprodução)">Desenho artístico com base em análise DNA mostra que populações ancestrais da Europa tinham pele escura. (Fonte: Tom Bjoerklund/Reprodução)A nova técnica de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119251-quais-sao-os-limites-dos-testes-de-dna-de-ancestralidade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">extração de DNA</a> humano de sedimentos de cavernas é uma ferramenta promissora para a reconstrução da história genética de populações antigas de caçadores-coletores e pode ajudar a responder a algumas dessas questões no futuro.A tecnologia permitiu que os pesquisadores chegassem a detalhes surpreendentes sobre a aparência física dessas populações antigas e a entender como elas se adaptaram a diferentes ambientes. Segundo a análise dos genes, os Sidelkino provavelmente tinham olhos escuros e pele clara, enquanto os Oberkassel tinham olhos azuis e talvez pele escura.Essas características são apenas indicativos de acordo com a análise genética. A aparência física dessas populações pode ter influenciada também por outros fatores, como dieta e condições ambientais.</body>

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DNA revela história de novos povos da Europa no fim da Era do Gelo

Imagem de Anticoncepcional masculino já está em estudos e é muito promissor no megacurioso

A ideia é que os homens tomem o remédio uma hora antes 'do ato', voltando a ser férteis já no dia seguinte

Os homens s&oacute; tem duas op&ccedil;&otilde;es para evitar uma gravidez indesejada: o uso de preservativos ou a vasectomia. Al&eacute;m disso, existem diversos tipos de p&iacute;lulas anticoncepcionais &mdash; mas elas s&atilde;o tomadas pelas mulheres. Por serem baseadas nos horm&ocirc;nios, a maioria delas t&ecirc;m muitos efeitos colaterais e devem ser usadas continuamente.
Essa situa&ccedil;&atilde;o pode mudar no futuro, com o desenvolvimento de um anticoncepcional para homens. Uma pesquisa publicado em fevereiro de 2023, na renomada revista Nature, traz resultados bastante promissores. O rem&eacute;dio n&atilde;o &eacute; hormonal e teria poucos efeitos colaterais, al&eacute;m de ser utilizado sob demanda, tomando uma p&iacute;lula antes do ato.
<ul>
<li>Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="http://6%20sinais%20de%20que%20voc%C3%AA%20pode%20estar%20gr%C3%A1vida" rel="noopener noreferrer" target="_blank">6 sinais de que voc&ecirc; pode estar gr&aacute;vida</a></li>
</ul>
<h2>Rem&eacute;dio impede a movimenta&ccedil;&atilde;o dos espermatozoides</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/24/a-24173923390659.jpg" alt="a" />(Fonte: Getty Images)
Tudo come&ccedil;ou quando os cientistas estavam estudando um rem&eacute;dio para uma doen&ccedil;a rara nos olhos e descobriram que a subst&acirc;ncia tamb&eacute;m bloqueava uma enzima chamada adenilil ciclase sol&uacute;vel (sAC, na sigla em ingl&ecirc;s). Os homens que n&atilde;o produzem sAC s&atilde;o inf&eacute;rteis, j&aacute; que a enzima &eacute; essencial para a movimenta&ccedil;&atilde;o dos espermatozoides at&eacute; o &oacute;vulo.
Sem essa enzima, os espermatozoides n&atilde;o s&atilde;o capazes de nadar. Logo, tornam-se in&uacute;teis.
A partir da&iacute;, surgiu a ideia de testar a subst&acirc;ncia bloqueadora de sAC como anticoncepcional masculino. Nos testes com camundongos, uma &uacute;nica dose do rem&eacute;dio horas antes de acasalar impediu que eles engravidassem. Com o passar das horas, o efeito do rem&eacute;dio cessava &mdash; e, em 24 horas, todos estavam f&eacute;rteis novamente.
Ou seja, o bloqueador de sAC poderia ser tomado um pouco antes do ato, sem qualquer efeito de longo prazo na fertilidade. Ele age rapidamente, sendo revertido com rapidez semelhante. E outro estudo, de 2019, aponta que o maior problema para homens sem essa enzima &eacute; um risco de desenvolver pedras no rim.&nbsp;
Isso &eacute; muito diferente de outras drogas hormonais que estavam sendo testadas &mdash; ou mesmo <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123103-anticoncepcional-uso-indiscriminado-traz-riscos-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">daquelas que est&atilde;o dispon&iacute;veis para mulheres</a> &mdash;, que demandam tratamento cont&iacute;nuo, levam muito mais tempo para fazer efeito e tem mais contraindica&ccedil;&otilde;es. Tamb&eacute;m &eacute; bem diferente da vasectomia, que at&eacute; pode ser revertida, por&eacute;m &eacute; mais complicada.&nbsp;
<h2>Anticoncepcional masculino ainda vai demorar</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/24/w-24174053710661.jpg" alt="w" />(Fonte: Getty Images)
Os testes com camundongos foram muito promissores, mas o artigo na revista Nature explica que s&atilde;o apenas uma "prova-de-conceito": um primeiro teste em seres vivos, para provar que a ideia tem fundamento. Muitos outros testes s&atilde;o necess&aacute;rios: uma das pr&oacute;ximas etapas &eacute; testar o rem&eacute;dio em coelhos, por exemplo.
Os testes em humanos, se tudo der certo, devem ocorrer s&oacute; em 2025. Al&eacute;m disso, os autores salientam que o rem&eacute;dio busca evitar somente a gravidez &mdash; portanto, <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122468-dst-ou-ist-qual-e-a-nomenclatura-correta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o preservativo continua sendo importante para evitar ISTs</a>.&nbsp;

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Anticoncepcional masculino já está em estudos e é muito promissor

Imagem de Aproximação facial revela rosto de brasileiro de 9.600 anos no megacurioso

Zuzu, como foi batizado o esqueleto, foi descoberto em 1997, mas somente agora sua idade foi confirmada com mais precisão

<head></head><body>Em 1997, o esqueleto de um homem foi descoberto na Toca dos Coqueiros, um <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122061-5-sitios-arqueologicos-que-foram-campos-de-batalha-pre-historicos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sítio arqueológico</a> no Parque Nacional da Serra da Capivara, no Piauí. Ele estava enterrado em posição fetal e foi identificado como uma mulher que viveu há 11 mil anos. Na ocasião, a equipe de arqueólogos responsável pela descoberta, batizou o esqueleto de Zuzu.Agora, com novas técnicas de análise, foi possível fazer uma estimativa mais precisa da idade. Além disso, um estudo que envolveu aproximação facial — um método forense que busca criar uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123992-cranio-de-9-mil-anos-tem-rosto-reconstruido-por-brasileiros.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">expressão facial a partir de um crânio</a> — fez com que os pesquisadores considerassem a possibilidade de Zuzu ter sido um homem.<h2>Um brasileiro muito antigo</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/17/17025408427002.png" alt="Esqueleto de Zuzu quando foi descoberto, em 1997. (Fonte: Revista Pesquisa FAPESP)">Esqueleto de Zuzu quando foi descoberto, em 1997. (Fonte: Revista Pesquisa FAPESP)Quando Zuzu foi descoberto, não havia colágeno e outros tecidos que permitissem <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114129-cranio-de-crianca-pode-ser-o-fossil-mais-antigo-de-homo-erectus.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">determinar a sua idade.</a> Isso fez com que a equipe optasse por estabelecer a idade a partir de um pedaço de carvão embutido no calcanhar direito do esqueleto. O material tinha aproximadamente 11 mil anos e essa foi a primeira idade atribuída ao esqueleto.&nbsp;Existem poucos esqueletos encontrados no Brasil com essa idade. Atualmente, o mais antigo é o de Luzia, uma mulher adulta que morreu entre 12,5 mil e 13 mil anos atrás no que hoje é o município de Lagoa Santa, na região central de Minas Gerais.“Com exceção de Luzia e mais um ou dois casos, quase todo o material humano encontrado em Lagoa Santa tem entre 9 mil e 10 mil anos, a mesma idade agora atribuída a Zuzu”, explica o bioantropólogo Walter Neves, do Laboratório de Estudos Evolutivos Humanos da USP.&nbsp;Para conseguir estabelecer com mais precisão o período que Zuzu viveu, foi feita a datação direta de íons de carbonato (CO3) do esmalte dentário. A partir de isótopos radioativos de carbono encontrados em dois molares, os cientistas conseguiram afirmar que o esqueleto tem algo entre 9.526 e 9.681 anos. Essa data também é uma aproximação, uma vez que o carbonato de material do ambiente mais recente que o esqueleto pode ter se integrado aos dentes após a morte.<h2>Aproximação facial</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/17/17025514165003.png" alt="(Fonte: Revista Pesquisa FAPESP)">(Fonte: Revista Pesquisa FAPESP)Desde a descoberta do esqueleto, muitos arqueólogos questionaram a definição de Zuzu como mulher. Para tentar responder essa questão, os pesquisadores tiraram dezenas de fotos de diferentes ângulos do crânio de Zuzu. Usando uma técnica conhecida como fotogrametria, foi possível juntar as imagens para criar um modelo 3D virtual do crânio para revelar sua possível face.“Embora o crânio tenha afinidade com uma população asiática, entre os indivíduos de tal ancestralidade há um grande número de diferenças estruturais, que são contornadas fechando as pálpebras”, escreveram os pesquisadores no estudo. "A imagem também foi renderizada em tons de cinza (preto e branco), pois não há informações precisas sobre a cor da pele. Portanto, essa imagem seria a mais próxima do que o rosto real poderia ser".</body>

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Aproximação facial revela rosto de brasileiro de 9.600 anos

Imagem de Quais são as cores mais raras de olhos no mundo? no megacurioso

Embora muitos achem que o azul é uma cor exótica, ela não é mais rara nos humanos

<head></head><body>A maioria das pessoas tem a noção de que os olhos castanhos são os mais comuns ao redor do mundo, mas acaba não sendo tão óbvio qual cor é a mais rara em nossa espécie. Embora muitos achem os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121382-olhos-verdes-ou-azuis-afinal-o-que-da-cor-as-nossas-iris.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">olhos azuis</a> mais atraentes ou incomuns, esse é a segunda cor mais encontrada nos humanos.De acordo com a Academia Americana de Oftalmologia (AAO), a cor mais rara encontrada, no geral, é o verde, que aparece apenas em 2% dos olhos da população mundial. O interessante é que o motivo para essa raridade não é tão simples, pelo menos é o que diz a Dra. Julie Kaplan, que trabalha em uma clínica especializada em cuidados genéticos no estado de Cleveland, nos Estados Unidos.Segundo a médica, antigamente se acreditava que um único gene determinava a cor de nossos olhos, mas que a verdade se mostrou mais complicada que isso ao longo dos anos. Agora se sabe que 75% do que constitui essa cor se deve a um gene conhecido como OCA2, que faz a melanina, a substância que produz a pigmentação da nossa pele, cabelo e, é claro, dos olhos.&nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/02/02182858308281.jpg" alt="Apesar dos olhos azuis fazerem mais sucesso, são os verdes que possuem uma grande raridade. (Fonte: Shutterstock)">Apesar dos olhos azuis fazerem mais sucesso, são os verdes que possuem uma grande raridade. (Fonte: Shutterstock)Basicamente, se você tiver duas cópias não funcionais dos genes OCA2 dos seus pais, há grandes chances de ter olhos azuis, mas se tiver pelo menos uma cópia funcional, os olhos serão mais escuros, sejam eles no tom verde, castanho ou avelã. É claro que há outros fatores que podem ajudar a definir a cor dos olhos de alguém, o que torna muito difícil de prever esse traço, que não pode ser alterado nem com <a href="https://www.megacurioso.com.br/produto/124048-6-procedimentos-esteticos-curiosos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">procedimentos estéticos</a>.Outro dado interessante é que muitos cientistas acreditam que há pelo menos 10 mil anos, todos os humanos tinham exclusivamente olhos castanhos. Essa era uma proteção importante contra os efeitos negativos dos raios solares no continente africano e asiático. Já a parte da população que se locomoveu para regiões mais frias da Europa não teriam a mesma necessidade, o que pode ter causado a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121460-6-mutacoes-geneticas-tipicas-dos-seres-humanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mutação genética</a> que possibilitou uma produção menor da melanina, resultando em peles mais pálidas e cabelos e olhos mais claros.</body>

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Quais são as cores mais raras de olhos no mundo?

Imagem de Evolução: é possível voltar a um estágio anterior da espécie? no megacurioso

Veja o que cientistas descobriram sobre as possibilidades de se desfazer aspectos da evolução, levando espécies a voltar a estágios pré-evolutivos

<head></head><body>A gente aprende na escola que há muito tempo, em 1859, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120570-darwin-realmente-disse-que-o-homem-veio-do-macaco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Charles Darwin</a>&nbsp;apresentou a Teoria da Evolução que é até hoje aceita e usada como base por cientistas em todo o mundo. Darwin nos ensinou que espécies podem se adaptar a mudanças no ambiente, muitas vezes passando por grandes mudanças em sua fisiologia.Mas será que é possível "voltar atrás" e retornar a estágios pré-evolutivos? Já se perguntou se uma espécie pode se adaptar para voltar a um estágio antes de sua evolução?<h2>É possível evoluir "ao contrário"?</h2>Há anos, cientistas vêm se perguntando e estudando tais possibilidades. Em 2003, por exemplo, foi descoberta uma espécie de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120282-os-7-insetos-mais-surpreendentemente-irados-do-reino-animal.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">inseto</a> que precisou se adaptar às alterações no meio onde vivia e, ao longo de milhões de anos,&nbsp;ganhou, perdeu e ganhou novamente um par de asas. Teria a evolução sido feita, desfeita e refeita?Por outro lado, alguns anos depois, um outro grupo de cientistas descobriu que uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122673-como-a-ativacao-de-uma-proteina-pode-desencadear-o-cancer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">proteína</a> que auxilia a resposta ao estresse nas células de controle as&nbsp;impede de retornar à sua forma original. Ou seja: uma vez alterada, a célula não pode voltar ao estado que estava anteriormente. Como podemos ver, as informações descobertas pelos diferentes times de estudiosos parecem desencontradas.A verdade é que talvez estejamos olhando a coisa toda pelo ângulo errado. Pelo menos é isto o que sugere Jeff Gore, professor assistente de física no <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/109362-sabia-que-um-programa-criado-pelo-mit-previu-o-fim-do-mundo-para-2040.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Massachusetts Institute of Technology (MIT)</a>. Segundo ele, não deveríamos estar nos perguntando se é ou não possível reverter a evolução, mas sim em quais circunstâncias tal alteração seria possível.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/24/24180205434538.jpg" alt="A evolução ocorre quando há necessidade de adaptação ao meio, mas será que é possível reverter o processo?">A evolução ocorre quando há necessidade de adaptação ao meio, mas será que é possível reverter o processo?Em um artigo publicado no site do MIT, Gore disse que "é de nosso conhecimento que a evolução pode ser irreversível," mas também sabemos que "é possível reverter a evolução em alguns casos." Percebe como a afirmação do professor bate com as descobertas citadas nos parágrafos anteriores?Vale lembrar que o termo "evolução" tem origem em uma palavra latina que significa "desenrolar". Ou seja, essa concepção que temos de que "evoluir" é sempre avançar, melhorar, não é necessariamente correta.Gore prossegue então com um novo questionamento: em qual espaço de tempo é possível reverter a evolução?<h2>Evolução reversa</h2>Utilizando equipamento de ponta, Gore e seus alunos realizaram diversos experimentos em <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121443-6-doencas-causadas-por-bacterias.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bactérias</a>. A intenção era verificar a evolução de sua resistência a drogas e se era possível de alguma forma fazer a imunidade desses seres aos medicamentos voltar a cair.O professor e seus estudantes conseguiram então calcular a probabilidade de uma adaptação evolutiva específica voltar atrás, revertendo a si mesma, mas que isto só era possível se quatro mutações genéticas específicas estivessem envolvidas no processo. O experimento girava em torno do fortalecimento de bactérias a uma substância chamada cefotaxima, forçando sua evolução.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/24/24180207594539.jpg" alt="Cientistas do MIT testaram a capacidade de bactérias evoluírem e retornarem ao seu estado anterior">Cientistas do MIT testaram a capacidade de bactérias evoluírem e retornarem ao seu estado anteriorPara se tornar <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120312-exposicao-a-sujeira-aumenta-nossa-imunidade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">imune</a> à droga, a bactéria precisaria de cinco etapas evolutivas específicas que só são alcançadas quando o organismo percebe se tratar de uma vantagem para a espécie capaz de preservar sua sobrevivência. Então os cientistas do MIT inseriram a bactéria em um ambiente hostil, onde precisaram evoluir para se proteger da cefotaxima. Em seguida, estas mesmas bactérias foram retiradas dali e inseridas imediatamente em um ambiente onde a resistência à substância na verdade era prejudicial à sua chance de sobreviver. Como esperado, a adaptação foi revertida.Eles descobriram então que as mutações genéticas de apenas um estágio sempre podem ser revertidas se o organismo perceber isto como uma vantagem. Já quando há mais e uma mutação, o potencial de perda de adaptações vai diminuindo. Ou seja, é possível reverter a evolução, mas as chances para que isto aconteça vão caindo quando o organismo já passou por várias adaptações.Segundo Gore,&nbsp;a reversão à forma original só é impossível após quatro adaptações evolutivas. "Percebemos que uma vez que o sistema passa por quatro mutações ele fica impossibilitado de voltar ao seu estado inicial".</body>

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Evolução: é possível voltar a um estágio anterior da espécie?

Imagem de Cérebros de lulas e humanos evoluíram da mesma maneira, diz estudo no megacurioso

Apesar da divergência de 500 milhões de anos entre as espécies, modelo de desenvolvimento complexo do cérebro parece o mesmo

Ao observar c&eacute;lulas nervosas se conectando dentro dos olhos de lulas, um grupo de cientistas descobriu um segredo not&aacute;vel: o <a href="https://www.megacurioso.com.br/produto/124083-microbios-no-cerebro-bacterias-causam-doencas-neuropsiquiatricas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">c&eacute;rebro</a> desses cefal&oacute;podes evolu&iacute;ram independentemente para se desenvolver da mesma forma que o nosso, seres humanos. A descoberta foi feita por meio de c&acirc;meras de alta resolu&ccedil;&atilde;o focadas nas retinas de embri&otilde;es de lulas longfin (Doryteuthis pealeii).
Segundo os pesquisadores, mesmo que a evolu&ccedil;&atilde;o das duas esp&eacute;cies tenha uma diverg&ecirc;ncia de 500 milh&otilde;es de anos, o modelo b&aacute;sico de como c&eacute;rebros complexos e sistemas nervosos evoluem pode ser o mesmo em uma ampla gama de esp&eacute;cies. Por esse motivo, a intelig&ecirc;ncia dos cefal&oacute;podes &mdash; como polvos, lulas e chocos &mdash; tem sido um assunto de fasc&iacute;nio entre os bi&oacute;logos.
<h2>Evolu&ccedil;&atilde;o dos cefal&oacute;podes</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/23/23121809366150.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Ao contr&aacute;rio da maioria dos invertebrados, os cefal&oacute;podes s&atilde;o conhecidos por serem animais com mem&oacute;rias not&aacute;veis, conseguirem usar ferramentas para resolver problemas, excelentes em desenvolverem sistemas de camuflagem e criaturas extremamente curiosas. Al&eacute;m disso, esses animais s&atilde;o capazes de sonhar.
Publicado no dia 5 de dezembro de 2022 na revista Current Biology, o novo estudo conduzido pela Universidade de Harvard, dos Estados Unidos, sugere que as partes principais da f&oacute;rmula para <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123502-estamos-ficando-mais-burros-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">intelig&ecirc;ncia</a> avan&ccedil;ada, ao menos no planeta Terra, permanecem as mesmas. &ldquo;Nossas conclus&otilde;es foram surpreendentes, porque muito do que sabemos sobre o desenvolvimento do sistema nervoso em vertebrados h&aacute; muito se pensa ser especial para essa linhagem&rdquo;, afirmou a autora do estudo, Kristen Koenig.&nbsp;
Para analisar de perto os c&eacute;rebros em desenvolvimento dos embri&otilde;es de lula, os cientistas usaram corantes fluorescentes para marcar um tipo especial de c&eacute;lula-tronco chamado c&eacute;lulas progenitoras neurais. As c&acirc;meras examinaram as retinas dessas <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123921-as-10-criaturas-mais-bizarras-do-fundo-do-mar-encontradas-em-2022.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">criaturas</a>, onde cerca de dois ter&ccedil;os do tecido neural de uma lula pode ser encontrado.
<h2>Organiza&ccedil;&atilde;o celular</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/23/23121811538151.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Assim como acontece com os vertebrados, os pesquisadores notaram que as c&eacute;lulas progenitoras das lulas se organizam em uma estrutura chamada epit&eacute;lio pseudoestratificado &mdash; uma estrutura longa e compacta que se forma como uma etapa crucial no crescimento de tecidos grandes e complexos.
Os cientistas tamb&eacute;m notaram que o tamanho, a organiza&ccedil;&atilde;o e o movimento do n&uacute;cleo dessa estrutura era notavelmente semelhante aos mesmos epit&eacute;lios neurais dos vertebrados, algo que j&aacute; foi considerado previamente como uma caracter&iacute;stica &uacute;nica que permitia animais com espinhas dorsais desenvolverem c&eacute;rebros e olhos sofisticados.
Essa n&atilde;o &eacute; a primeira vez que cientistas observaram cefal&oacute;podes compartilhando projetos neurol&oacute;gicos com os seres humanos. Assim como n&oacute;s, polvos e lulas tamb&eacute;m possuem uma grande variedade de microRNAs, pequenas mol&eacute;culas que controlam como os genes s&atilde;o expressos, encontrados dentro de seu tecido neural.
Para as pr&oacute;ximas etapas, a equipe pretende observar como e quando diferentes tipos de c&eacute;lulas das lulas emergem &agrave; medida que o tecido epitelial cresce e comparar esse processo com o observado em embri&otilde;es vertebrados. Caso o plano de crescimento seja o mesmo, &eacute; bem poss&iacute;vel que o cronograma tamb&eacute;m possa ser.

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Cérebros de lulas e humanos evoluíram da mesma maneira, diz estudo

Imagem de Paradoxo de Peto: a evolução e o câncer em grandes animais no megacurioso

Segundo o Paradoxo de Peto, seres vivos com um corpo maior ou que vivem por mais tempo, tem menos chances de desenvolver câncer devido a um mecanismo evolutivo

<head></head><body><a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/103793-25-dados-interessantes-e-assustadores-relacionados-com-o-cancer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Câncer</a> é o termo genérico utilizado para diferentes doenças causadas por um crescimento descontrolado de células. Isso acontece porque sempre que ocorre o processo de divisão celular, um grande número de pares de bases de DNA precisam ser copiados — em humanos são cerca de 6 bilhões de pares.&nbsp;Assim, é relativamente comum que alguns erros ocorram durante a divisão, criando mutações nas nossas células. Na maioria dos casos, esses erros afetam genes que não impactam diretamente na nossa vida. Porém, em algumas situações, podem ocorrer mutações em genes que controlam a proliferação celular, reparo do DNA ou apoptose (morte celular).&nbsp;Nesses casos, <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122673-como-a-ativacao-de-uma-proteina-pode-desencadear-o-cancer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a consequência pode ser o desenvolvimento de um tumor</a> (benigno ou maligno). E foi isso que fez com que alguns cientistas decidissem observar se havia alguma relação entre tamanho corporal e <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115136-prevencao-do-cancer-chave-pode-estar-no-rato-toupeira-pelado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tempo de vida</a> com a incidência de câncer em diferentes espécies. Por mais que em um primeiro momento essa associação possa fazer sentido, na prática isso ela não é observada.<h2>O Paradoxo de Peto</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/17/17093523083031.jpg" alt="Richard Peto. (Fonte: BBC)">Richard Peto. (Fonte: BBC)Richard Peto é um epidemiologista britânico que decidiu verificar a relação entre o tempo e o câncer quando estudava tumores em camundongos. Toda a ideia por trás do paradoxo é que, na teoria, espécies que vivem mais, teriam mais tempo para desenvolver câncer. A mesma lógica deveria ser observada em animais maiores, que por possuírem mais células, também poderiam ter mais chance de ter algum tipo de câncer.Peto se perguntou por que os humanos contêm 1.000 vezes mais células e tem uma média de vida 30 vezes maior que a dos camundongos, mas não sofrem probabilidades muito maiores de desenvolver câncer. Foi esse questionamento que deu origem ao Paradoxo de Peto, e a sua explicação tem a ver com a evolução das espécies.Ao longo da evolução, os animais desenvolveram alguns mecanismos para <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122016-primeiro-humano-recebe-injecao-experimental-para-matar-cancer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">impedir — ou dificultar — o surgimento ou o desenvolvimento de câncer</a>. Um desses mecanismos é a proteína P53 (também conhecido como TP53 ou proteína de tumor). Ela possui um gene que ajuda a controlar todo o processo de divisão celular e pode inibir o crescimento descontrolado.O genoma humano contém apenas uma cópia da P53, sendo que os dois alelos precisam ser funcionais para acontecer uma verificação adequadas da progressão do câncer. Já um elefante africano contém 20 cópias da proteína P53. Isso significa que a genética desses animais é muito mais eficaz no combate a erros celulares que podem resultar em um câncer. E esse é um padrão que se repete em outros animais.&nbsp;<h2>Por que não acontece com todos os seres vivos?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/17/17093247683030.jpg" alt="Baleia-da-groelândia. (Fonte: Wikimedia Commons)">Baleia-da-groelândia. (Fonte: Wikimedia Commons)A baleia-da-groelândia, por exemplo, é capaz de viver mais de 200 anos e pode chegar a 18 metros de comprimento. Esses mamíferos — assim como a maior parte dos cetáceos — desenvolveram diferentes recursos genéticos para poder combater o câncer, assim como aconteceu com os elefantes.O problema é que esses mecanismos naturais cobram um preço. O funcionamento desses genes demanda um gasto energético considerável. Baleias são seres vivos que possuem um metabolismo lento, e isso ajuda a compensar a energia necessária para a ativação de mais genes que podem combater um câncer.Para pequenos mamíferos, que vivem menos ou possuem menos células, desenvolver vários genes com essa capacidade não seria vantajoso. Ou seja, há uma certa compensação evolutiva para que animais possam crescer ou viver mais. Mas no caso de animais que consomem mais energia por outros motivos, o risco de desenvolver um câncer não justificaria ter mais genes para evitar essas doenças.</body>

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Paradoxo de Peto: a evolução e o câncer em grandes animais

Imagem de Bajau: o povo asiático que evoluiu para mergulhar por mais tempo no megacurioso

Necessidade de prender a respiração por muito tempo durante mergulhos teria feito forçado evolução de importante órgão do corpo

<head></head><body>Quando vamos à praia ou à piscina, é muito comum dar um mergulho e nadar por alguns instantes por debaixo d'água. Geralmente esta ação dura poucos momentos, já que o ser-humano é capaz de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123173-6-animais-que-conseguem-prender-a-respiracao-por-muito-tempo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">prender a respiração</a>&nbsp;em média por apenas 2 minutos.Isto, porém, não se aplica aos bajau, um povo que vive ao sul das Filipinas, Indonésia e Malásia, e que evoluiu para conseguir mergulhar por mais tempo. Tradicionalmente nômades, os membros deste grupo vivem basicamente da coleta de crustáceos no fundo do mar — tarefa esta que fazem sem o uso de equipamentos de mergulho modernos.<h2>Bajau, o povo que evoluiu para mergulhar melhor</h2>Ao <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120559-6-lugares-mortais-ao-redor-do-mundo-para-mergulho.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mergulhar</a> sem utilizar tanques de oxigênio, os bajau dependem única e exclusivamente do próprio fôlego. A necessidade de passar tanto tempo debaixo d'água em busca do próprio sustento teria sido responsável pela evolução de um importante órgão do corpo: o baço.Acontece que cientistas descobriram que este órgão dos membros da tribo nômade (que segundo estimativas aproximadas hoje totalizam cerca de 1 milhão de pessoas) pareciam maior do que o habitual. Quando comparados a outros povos, cujo estilo de vida envolve por exemplo atividades agrícolas, um estudo revelou que o baço dos bajau era em média 50% maior em relação aos dos membros de grupos vizinhos.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/22/22173642458308.jpg" alt="Povo asiático é nômade e vive basicamente da coleta de crustáceos">Povo asiático é nômade e vive basicamente da coleta de crustáceosE isto faz bastante sentido: embora pequeno, o&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116845-mulher-com-dor-na-barriga-descobre-que-baco-saiu-do-lugar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">baço</a>&nbsp;é o órgão responsável por filtrar o sangue, removendo as células velhas. Ter o baço maior seria portanto uma grande vantagem, já que ele conseguiria filtrar uma quantidade maior de sangue, consequentemente permitindo segurar o fôlego e mergulhar por mais tempo.Segundo Melissa Ilardo, que liderou o estudo pela Universidade de Copenhague, da Dinamarca, a resposta para tal&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/evolucao/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">evolução</a> estaria justamente nos hábitos da tribo asiática. "Por possivelmente milhares de anos, eles vivem em barcos-casa, viajando de um lugar para outro nas águas do Sudeste Asiático e parando em terra firme só de vez em quando. Então, tudo o que precisam, eles obtêm do mar," explicou a pesquisadora em entrevista à BBC.Ainda de acordo com Ilardo, os bajau chegam a mergulhar repetidamente a profundidades de mais de 70 metros por mais ou menos oito horas por dia, passando cerca de 60% do tempo debaixo d'água em diversos mergulhos que podem durar entre 30 segundos e "vários minutos".<h3>Evolução</h3>Ilardo explica haver uma "resposta humana ao mergulho que é acionada quando você prende a respiração e fica submerso na água," sendo possível acionar tal mecanismo até mesmo simplesmente afundando o rosto em água fria. Quando ativado, nossa frequência cardíaca diminui, causando "vasoconstrição periférica, em que os vasos sanguíneos em suas extremidades ficam menores para preservar o sangue oxigenado de seus órgãos vitais e, então, a última coisa que acontece é uma contração do baço."<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/22/22173644709309.jpg" alt="Os bajau mergulham cerca de oito horas por dia e podem ficar vários minutos debaixo d'água">Os bajau mergulham cerca de oito horas por dia e podem ficar vários minutos debaixo d'águaE é daí que viria a evolução do órgão dos bajau. Como os mergulhos profundos são realizados sem aparatos modernos, usando apenas um cinto de peso para ajudar o mergulhador a afundar e máscaras de madeira ou óculos de proteção,&nbsp;o baço faz basicamente o papel de "tanque de mergulho biológico." De acordo com Ilardo, "o baço é um reservatório de glóbulos vermelhos oxigenados e que, por isso, quando é contraído, dá à pessoa um reforço de oxigênio".Um fato curioso é que o órgão não é maior apenas nos mergulhadores da tribo, mas sim uma característica comum a todo o povo — reforçando que o crescimento do baço não era uma consequência do hábito de indivíduo de mergulhar, mas sim uma potencial&nbsp;característica evolutiva.</body>

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Bajau: o povo asiático que evoluiu para mergulhar por mais tempo

Imagem de Clitóris é encontrado pela 1ª vez em espécime de cobra fêmea no megacurioso

Descoberta surpreendente quebra estigma sobre os répteis que permanece há anos entre a comunidade científica

<head></head><body>Em um estudo revolucionário, cientistas da Universidade de Adelaide, na <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/123681-australia-ocidental-a-regiao-que-e-um-pesadelo-para-navegadores.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Austrália</a>, identificaram, pela primeira vez, um clitóris em um espécime de cobra fêmea. A pesquisa surge como uma destruidora de estigma e comprova que, há anos, se perpetua um entendimento equivocado sobre a genitália de répteis intersexuais.De acordo com Megan Folwell, líder e autora principal do projeto, o órgão sexual foi encontrado na cauda de uma cobra fêmea e aparece como resultado de esforços contínuos para compreender a anatomia do organismo feminino das serpentes. Isso porque, em contrapartida, os pênis desses animais rastejantes, conhecidos como hemipênis, têm um amplo foco de pesquisas científicas e já possuem suas anatomias detalhadas — invertidos, bifurcados e, em alguns casos, com espinhos.Através de uma publicação compartilhada na revista Proceedings of the Royal Society B, foi comprovado que as cobras têm dois clitóris individuais, ambos separados por tecidos e escondidos na porção inferior da cauda. Além disso, eles são compostos por nervos, colágeno e <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121074-6-fatos-pouco-conhecidos-sobre-o-sangue-humano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">glóbulos vermelhos</a> e variam de tamanho, segundo dissecações realizadas em nove espécies, incluindo a píton-tapete (Morelia spilotes variegata), a biúta (Bitis arietans ou Bitis lachesis) e a cobra-cantil (Agkistrodon bilineatus).&nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/18/18213520188028.jpg" alt="(Fonte: Megan Folwell — BBC / Reprodução)">(Fonte: Megan Folwell — BBC / Reprodução)"Era uma combinação de a genitália feminina ser um tabu, cientistas não serem capazes de encontrá-la e de um entendimento errôneo sobre a anatomia genital das cobras intersexuais", diz Folwell. "Sei que [o clitóris] está em muitos animais e não faz sentido que não esteja em todas as cobras. Só tinha que dar uma olhada para ver se essa estrutura estava lá ou se apenas foi perdida (com a evolução)".<h2 dir="ltr">Pesquisa contraria estudos anteriores</h2>Em comunicado, a autora do projeto revelou que se interessou em entender a anatomia das cobras por não concordar com pesquisas que supostamente ignoraram o órgão feminino em detrimento do masculino. Suas dúvidas foram impulsionadas por desconfianças sobre a literatura atual, onde textos afirmaram, sem muito embasamento prático, que esses animais não tinham <a href="https://www.megacurioso.com.br/medicina-e-psicologia/70080-os-misterios-do-clitoris-sera-que-voce-sabe-tudo-sobre-vagina.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">clitóris</a> ou que a estrutura simplesmente desapareceu com a evolução.Com isso, os responsáveis pelo estudo acreditam que será possível compreender como ocorrem certos comportamentos, como o estímulo e o prazer das cobras fêmeas. Pelos espécimes machos serem mais agressivos e proativos durante o <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/67261-sexo-animal-como-e-que-as-cobras-fazem.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ato sexual</a>, muito era comentado sobre seu papel fundamental como pilar do acasalamento. Porém, com as novas pesquisas, é possível acreditar que há chances de haver um jogo de sedução e estímulo iniciado pelo indivíduo feminino.Folwell diz que o projeto também pode oferecer uma nova luz sobre as "preliminares". Como as cobras machos geralmente se enrolam na cauda de suas parceiras e exercem uma pressão no local, faz sentido que essa perspectiva esclareça pontos de conexão entre os sexos opostos dos répteis, destacando um comportamento fundamental para sua sobrevivência.</body>

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