Imagem de Judeus asquenazes tinham DNA mais diverso que seus descendentes no megacurioso

Análise feita sobre o DNA antigo dos dentes de judeus asquenazes medievais revelaram que esse grupo era diversamente mais genético há 800 anos do que hoje

<head></head><body><p>Um estudo recente feito sobre a genética dos judeus asquenazes, que viveram na Alemanha medieval, relevou que esse grupo tinha mais diversidade genética há 600 anos do que hoje em dia. A descoberta reafirma um estudo recente sobre a existência de um "gargalo genético" dessa população antes da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123396-como-o-mito-da-terra-plana-dura-desde-a-idade-media-ate-hoje.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Idade Média</a>.</p><p>Antigamente, as leis religiosas proibiam qualquer tipo de pesquisa sobre cadáveres judeus. No entanto, esse novo estudo trabalhou em conjunto com uma comunidade judaica moderna da região para encontrar uma solução para o caso. Dessa forma, foi possível estudar o DNA secular em dentes desenterrados em sepultamentos recuperados nas escavações de Erfurt, uma cidade no centro da Alemanha.</p><h2>Driblando normas religiosas</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Escritório do Estado da Turíngia para Gestão do Patrimônio e Arqueologia/Ronny Krause&nbsp;" data-fonte-url="https://cdn.mos.cms.futurecdn.net/kzh4neWWrheBCh47ddGj98-1200-80.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/15/15012319243002.jpg" alt="(Fonte: Escritório do Estado da Turíngia para Gestão do Patrimônio e Arqueologia/Ronny Krause)"><span class="desc">(Fonte: Escritório do Estado da Turíngia para Gestão do Patrimônio e Arqueologia/Ronny Krause)</span></span></p><p>Em entrevista à Live Science, a geneticista populacional da Universidade Hebraica de Jerusalém, Shai Carmi, explicou que os dentes não possuem o mesmo significado religioso que outros restos humanos para o judaísmo. Dento da lei judaica, o resto do corpo precisa ser enterrado novamente e não pode ser destruído depois que for descoberto por arqueólogos, mas o mesmo não vale para os dentes.</p><p>No entanto, a solução alternativa até agora só se aplica para o estado alemão da Turíngia, onde existiam grandes populações de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123091-fragata-valk-os-judeus-expulsos-do-brasil-ajudaram-a-fundar-nova-york.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">judeus</a>. Carmi, porém, espera que as novas descobertas abram portas para que estudos genéticos de antigas populações judaicas possam acontecem em outros lugares no mundo.</p><p>O cemitério judaico de Erfurt foi usado pela população medieval desde o final do século XI até o ano de 1454, quando os judeus foram expulsos da cidade. Essa região era lar de uma próspera comunidade judaica, que sofreu um massacre brutal em 1349 — o qual matou mais de 100 judeus acusados injustamente de ter causado a Peste Negra.</p><h2>Evolução dos asquenazes</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Shutterstock&nbsp;" data-fonte-url="https://www.shutterstock.com/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/16/16161845383378.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)"><span class="desc">(Fonte: Shutterstock)</span></span></p><p>Em 1454, um celeiro foi construído no local do cemitério judeu. Por conta disso, a maioria dos corpos enterrados ali só foram ser redescobertos em 2013, quando 47 sepulturas judaicas foram encontradas em uma escavação arqueológica antes da transformação do lugar em um estacionamento de vários andares.</p><p>Em 2021, esses restos mortais foram enterrados em um cemitério do século XIX usado pela comunidade judaica local. Antes desse enterro, os pesquisadores conseguiram coletar o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122816-provavelmente-ha-uma-copia-sua-por-ai-e-ela-pode-ter-o-seu-dna.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">DNA</a> antigo dos dentes de 33 dessas pessoas, mostrando que esses indivíduos tinham composições genéticas muito semelhantes aos judeus asquenazes modernos que vivem na Europa e nos Estados Unidos.&nbsp;</p><p>Os cientistas acreditam que os ancestrais dos judeus asquenazes foram forçados a migrar da Itália para a Renânia, onde hoje é a Alemanha, e depois para a Europa Oriental durante o início do período medieval. Atualmente, cerca de metade dos judeus que se identificam como asquenazes também são descendentes de judeus sefarditas — que moravam no que hoje são Portugal e Espanha.</p><p>Na visão dos pesquisadores, o chamado "gargalo genético" que diminui a diversidade de DNA entre os asquenazes provavelmente ocorreu há cerca de 1 mil anos, quando essas primeiras comunidades judaicas foram estabelecidas e os membros desse grupo só podiam se relacionar entre si.&nbsp;</p></body>

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Judeus asquenazes tinham DNA mais diverso que seus descendentes

Imagem de Por que os indianos são mais vulneráveis a doenças genéticas raras? no megacurioso

Genética e uma série de fatores comportamentais podem ajudar a explicar essa questão

<p>Voc&ecirc; j&aacute; reparou que, quando o assunto envolve <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123649-e-possivel-sentir-o-cheiro-de-alguem-doente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank"><strong>doen&ccedil;as raras</strong></a>, a &Iacute;ndia quase sempre aparece na lista? Isso n&atilde;o &eacute; coisa de sua imagina&ccedil;&atilde;o &mdash; algumas estimativas independentes apontam que, de todos os<strong>&nbsp;casos de doen&ccedil;as raras existentes no mundo, cerca de um ter&ccedil;o surgem na &Iacute;ndia.</strong></p>
<h2>Pouca aten&ccedil;&atilde;o do governo</h2>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;(Fonte: New York Post/ Caters News Agency/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)&nbsp;" data-fonte-url="https://nypost.com/2012/02/09/siblings-from-india-dont-expect-to-marry-due-to-werewolf-syndrome/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/07/07175139631375.jpg" alt="As irm&atilde;s Raut da &Iacute;ndia sofrem de uma doen&ccedil;a extremamente rara conhecida como &ldquo;s&iacute;ndrome do lobisomem&rdquo;." /><span class="desc">As irm&atilde;s Raut da &Iacute;ndia sofrem de uma doen&ccedil;a extremamente rara conhecida como &ldquo;s&iacute;ndrome do lobisomem&rdquo;.</span></span></p>
<p>Como se isso j&aacute; n&atilde;o fosse suficientemente preocupante, essas doen&ccedil;as consideradas raras afetam uma parcela m&iacute;nima da popula&ccedil;&atilde;o indiana, por isso, recebem pouca aten&ccedil;&atilde;o das autoridades.</p>
<p>Tamb&eacute;m precisamos considerar que estamos tratando de um pa&iacute;s com grandes <strong>limita&ccedil;&otilde;es em termos de recursos financeiros e m&eacute;dicos</strong>. Ali&aacute;s, esse fato contribui para o atraso na conscientiza&ccedil;&atilde;o das pessoas, especialmente sobre a import&acirc;ncia do <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123601-alzheimer-como-identificar-a-doenca-precocemente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">diagn&oacute;stico precoce</a>.</p>
<p>Sem contar que as restri&ccedil;&otilde;es financeiras impedem que novos medicamentos sejam desenvolvidos, assim como pesquisas no campo sejam realizadas.</p>
<p>Em 2017, a &Iacute;ndia at&eacute; chegou a criar uma Pol&iacute;tica Nacional sobre Doen&ccedil;as Raras. O problema &eacute; que faltava clareza sobre quais doen&ccedil;as seriam consideradas raras, onde elas estavam no pa&iacute;s e como elas seriam cobertas.&nbsp;</p>
<p>Tamb&eacute;m notaram-se problemas quanto a elegibilidade do paciente e o compartilhamento dos custos. Uma pol&iacute;tica revisada sobre essa quest&atilde;o foi apresentada em mar&ccedil;o de 2021, mas sem grandes resultados efetivos, na pr&aacute;tica.</p>
<h2>A base do problema</h2>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;(Fonte: wwhtodo/Reprodu&ccedil;&atilde;o)&nbsp;" data-fonte-url="https://wwhtodo.blogspot.com/2018/09/rarestdiseases.html"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/07/07190812973410.jpg" alt="(Fonte: wwhtodo/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" /><span class="desc">(Fonte: wwhtodo/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</span></span></p>
<p>Pesquisadores que analisam os fatores que tornam o povo indiano mais vulner&aacute;vel a desenvolver alguns<strong>&nbsp;tipos de doen&ccedil;as raras</strong> j&aacute; conseguiram avaliar alguns pontos fundamentais.</p>
<p>Por exemplo, a<strong>&nbsp;pr&aacute;tica de se casar dentro da comunidade</strong> foi apontada como um poss&iacute;vel potencializador para o surgimento das doen&ccedil;as raras entre os indianos.</p>
<p>Conforme uma estimativa do Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de e bem-estar da Fam&iacute;lia do pa&iacute;s, a &Iacute;ndia pode ter <strong>mais de 8 milh&otilde;es de pessoas afetadas por essas condi&ccedil;&otilde;es</strong>. Vale ressaltar que estamos falando de um espectro superior a 5 mil doen&ccedil;as, consideradas raras, e de base gen&eacute;tica.</p>
<h2>O que sabemos?</h2>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;(Fonte: Chokniti Khongchum/ Pexels/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)&nbsp;" data-fonte-url="https://www.pexels.com/pt-br/foto/pessoa-segurando-frasco-de-laboratorio-2280571/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/07/07191206270415.jpg" alt="(Fonte: Chokniti Khongchum/ Pexels/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)" /><span class="desc">(Fonte: Chokniti Khongchum/ Pexels/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)</span></span></p>
<p>Agora, em 2022, o <em>Center for DNA Fingerprinting and Diagnostics (CDFD)</em>, na &Iacute;ndia, promoveu um amplo estudo com a finalidade de procurar e mapear doen&ccedil;as raras gen&eacute;ticas. As amostras tiveram origem em v&aacute;rios segmentos, como regi&otilde;es espec&iacute;ficas do pa&iacute;s, grupos lingu&iacute;sticos e at&eacute; as castas aos quais os indianos pertencem.</p>
<p>K. Thangaraj, diretor do respectivo centro, comentou durante um evento p&uacute;blico que, pelo pa&iacute;s, h&aacute; em torno de 20 outros centros que est&atilde;o usando animais e pesquisas em laborat&oacute;rios para descobrir a real causa das doen&ccedil;as raras entre certos grupos de indianos e como combat&ecirc;-las.</p>
<p>O geneticista respons&aacute;vel pela pesquisa levantou outro dado importante: existe uma quantidade muito maior de doen&ccedil;as raras espec&iacute;ficas entre os povos indianos e do sul da &Aacute;sia.</p>
<p>K. Thangaraj aponta que uma das <strong>principais raz&otilde;es s&atilde;o os chamados casamentos endog&acirc;micos</strong>, isto &eacute;, relacionamentos entre membros de uma mesma comunidade. Uma observa&ccedil;&atilde;o importante aqui &eacute; haver muito poucos estudos sobre esse ponto.</p>
<p>Conforme explica o especialista em gen&eacute;tica &ldquo;Se a muta&ccedil;&atilde;o causadora da doen&ccedil;a for dominante, ela surgir&aacute;, mas em muta&ccedil;&otilde;es recessivas, ela ser&aacute; transmitida por gera&ccedil;&otilde;es e poder&aacute; surgir posteriormente, mesmo que n&atilde;o sejam parentes, mas perten&ccedil;am &agrave; mesma comunidade&rdquo;.</p>
<p>Outro fator que n&atilde;o pode ser desconsiderado no estudo das doen&ccedil;as raras entre os indianos &eacute; que cada popula&ccedil;&atilde;o apresenta <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123616-angioedema-hereditario-a-doenca-rara-que-pode-matar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank"><strong>caracter&iacute;sticas gen&eacute;ticas marcantes</strong></a> e bem espec&iacute;ficas.</p>
<p>Sem contar os aspectos comportamentais, como as citadas rela&ccedil;&otilde;es endog&acirc;micas, que se tornaram um padr&atilde;o/norma a cerca de 2 mil anos atr&aacute;s.</p>
<p>Segundo o pesquisador indiano, para se compreender melhor como muitas popula&ccedil;&otilde;es indianas est&atilde;o mais vulner&aacute;veis a doen&ccedil;as raras, uma sa&iacute;da seria seguir o m&eacute;todo de pesquisa gen&eacute;tico judaico. Ou seja, <strong>estudar grupos com base na gen&eacute;tica em busca de muta&ccedil;&otilde;es</strong>. E, claro, aconselhar os casais que planejam ter filhos, para evitar a propaga&ccedil;&atilde;o da doen&ccedil;a.</p>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;(Fonte: Scroll In/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)&nbsp;" data-fonte-url="https://scroll.in/pulse/906885/longer-wait-for-patients-as-the-government-calls-its-own-rare-disease-policy-impractical"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/07/07191754950419.jpg" alt="(Fonte: Scroll In/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)" /><span class="desc">(Fonte: Scroll In/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)</span></span></p>
<p>Outro estudo, tamb&eacute;m com base em an&aacute;lise gen&ocirc;mica, da Harvard Medical School (HMS), nos Estados Unidos, feito em parceria com o CSIR &ndash; Center for Cellular and Molecular Biology (CCMB) em Hyderabad, chegou &agrave;s mesmas conclus&otilde;es apontadas pela pesquisa indiana: a de que indianos e pessoas que vivem em regi&otilde;es ao sul da &Aacute;sia est&atilde;o mais propensas a desenvolverem doen&ccedil;as raras.</p>
<p>At&eacute; agora, muitas condi&ccedil;&otilde;es foram identificadas e o conhecimento sobre elas ampliado. Contudo, as causas gen&eacute;ticas por tr&aacute;s da grande maioria ainda &eacute; um mist&eacute;rio para os pesquisadores.</p>
<p>As<strong>&nbsp;doen&ccedil;as raras afetam cerca de 350 milh&otilde;es de pessoas em todo o mundo</strong>. Nesse n&uacute;mero, est&atilde;o inclusos 70 milh&otilde;es de indianos. Cada doen&ccedil;a pode afetar um pequeno grupo com algumas centenas de pessoas, enquanto outras, alguns milhares.</p>
<p>Por fim, temos a quest&atilde;o monet&aacute;ria: doen&ccedil;as raras afetam poucas pessoas, logo, os financiamentos para estudos e desenvolvimento de tratamentos s&atilde;o extremamente dif&iacute;ceis de se obter.&nbsp;</p>
<p>Ali&aacute;s, esse &eacute; um dos maiores problemas enfrentados pelos indianos, que j&aacute; sofrem com um sistema de sa&uacute;de prec&aacute;rio e mal conseguem dinheiro para ajudar quem precisa.</p>

thumb-image-2024-02-29T14:06:34.713Z

Por que os indianos são mais vulneráveis a doenças genéticas raras?

Imagem de O comportamento homossexual surgiu antes ou depois na natureza? no megacurioso

A ciência já observou diversos animais em comportamentos homossexuais, mas há diversas teorias para explicar como isso começou

<head></head><body><p>Embora muitos homofóbicos insistam em dizer que o comportamento homossexual "é contra as leis da natureza", a ciência já observou relações entre animais do mesmo sexo em diversas espécies, em inúmeras ocasiões.&nbsp;</p><p>É claro que o comportamento sexual em animais difere da orientação sexual em humanos, que envolve outros fatores e estímulos, mas isso é, sim, indicativo de que a <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/99489-20-animais-que-apresentam-comportamentos-homossexuais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">homossexualidade é natural</a>. Por outro lado, considerando que os animais sempre buscam se reproduzir e garantir a sobrevivência da espécie, que vantagem eles teriam no comportamento homossexual?</p><ul><li><strong>Leia também:&nbsp;</strong><a href="https://www.megacurioso.com.br/sexo/91706-5-provas-historicas-de-que-a-homossexualidade-sempre-existiu.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank"><strong>5 provas históricas de que a homossexualidade sempre existiu</strong></a></li></ul><h2>A homossexualidade como estratégia reprodutiva</h2><p>O <a href="https://twitter.com/DhiordanLove/status/1338950108461883396" rel="noopener noreferrer" target="_blank">biólogo e divulgador científico Dhiordan Lovestain</a> explica que, em primeiro lugar, os animais homossexuais não deixam de se reproduzir por isso. Na realidade, isso é mais uma estratégia de perpetuação da espécie.</p><p>Para animais que vivem em grandes haréns, como cavalos e morsas, as fêmeas podem copular entre si para atrair a atenção dos machos alfa do bando. Enquanto isso, as leoas podem entrar em uma união homossexual para proteger seus filhotes de machos estranhos.&nbsp;</p><p>Entre os machos, babuínos podem copular entre si para formar alianças e vencer inimigos em comum. Assim, ambos têm acesso a mais fêmeas para se reproduzirem. De forma parecida, os bonobos fazem sexo para estabelecer relações sociais e resolver conflitos —um contexto onde as relações homossexuais são muito comuns.&nbsp;</p><p>Em algumas espécies de cabras da montanha, há uma rígida hierarquia social, onde apenas os machos no topo da estrutura têm acesso às fêmeas —e os outros precisam copular entre si se quiserem subir na hierarquia.</p><p>Há ainda o caso das espécies que não sabem diferenciar fêmeas de machos. Aí é melhor fazer sexo com todos, para aumentar as chances de reprodução. Isso nos leva ao próximo tópico.</p><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://en.wikipedia.org/wiki/Bonobo"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/11/11180324643002.jpg" alt="Fonte: Wikimedia Commons"><span class="desc">Fonte: Wikimedia Commons</span></span></p><h2>A homossexualidade veio antes ou depois?</h2><p>Lovestain explica que, para ter um comportamento exclusivamente heterossexual, os animais precisam diferenciar os machos das fêmeas. E isso exige bastante do seu organismo.&nbsp;</p><p>Em primeiro lugar, porque implica em diferenças corporais: forma, cor, tamanho, produção de hormônios... Além disso, é preciso ter um complexo sistema de processamento de informação para entender essas diferenças. A partir disso, a cientista Julia D. Monk e seus colaboradores publicaram um artigo na famosa revista científica <em>Nature Ecology &amp; Evolution</em>, com a teoria do comportamento indiscriminado.&nbsp;</p><p>Pensando em uma espécie ancestral, que teria dado origem a todas as outras, a complexidade necessária para um comportamento exclusivamente heterossexual não seria possível. Logo, as espécies ancestrais teriam um comportamento sexual indiscriminado: melhor cruzar com todos os indivíduos, sejam machos ou fêmeas, para aumentar suas chances de reprodução.</p><p>Esse artigo trouxe uma nova perspectiva para o estudo dos comportamentos sexuais no reino animal —e ajuda a entender a diversidade existente na natureza. Também é válido lembrar que existem animais hermafroditas e até <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/99676-7-animais-que-mudam-de-sexo-e-nao-se-enquadram-em-um-genero-especifico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">aqueles que "mudam de sexo" ao longo da vida</a>.&nbsp;</p><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://en.wikipedia.org/wiki/Lion"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/11/11180414163003.jpg" alt="Fonte: Wikimedia Commons"><span class="desc">Fonte: Wikimedia Commons</span></span></p><h2>A homossexualidade na evolução humana</h2><p>Sendo os humanos animais muito mais complexos, será que a homossexualidade teria alguma função na nossa espécie? Alguns pesquisadores acreditam que sim.&nbsp;</p><p>Isso porque, entre os mamíferos, o sexo tem um papel muito além da reprodução: ele ajuda na criação de laços entre indivíduos, na resolução de conflitos, entre outras questões... O biólogo Lovestain explica que os humanos evoluíram para serem mais sociáveis — com características como uma aparência mais juvenil, desenvolvimento cognitivo prolongado, menos respostas a ameaças sociais, menos agressividade e maior capacidade de cooperação.</p><p>Conforme as relações se tornavam mais complexas, o sexo também passou a ter função social — e a homossexualidade também tem seu papel. As relações entre indivíduos do mesmo sexo serviriam para criar laços, integrar-se em grupos e diminuir os conflitos.&nbsp;</p><p>Além disso, o cérebro humano é único entre os primatas por sua sinalização elevada de dopamina e serotonina (hormônios ligados ao prazer). Isso está diretamente conectado aos níveis de socialização e, segundo pesquisas, seria proporcional à incidência da homossexualidade.</p><p>Em vista disso, alguns estudos argumentam até que a bissexualidade seria o comportamento mais lógico, do ponto de vista evolutivo — pois permitiria gerar essa afiliação sócio sexual com indivíduos de ambos os sexos. Contudo, muitos experimentos ainda analisam essa questão de forma binária, quando é mais provável que a sexualidade seja um espectro contínuo.&nbsp;</p><p>Além disso, não somos capazes de medir a incidência de comportamentos homossexuais em humanos de forma plena, por conta das visões culturais sobre a homossexualidade. Afinal, são orientações reprimidas em muitas culturas — e que continuam sendo criminalizadas em mais de 70 países. Desse modo, nem sempre as tendências homossexuais podem aflorar.&nbsp;</p><ul><li><strong>Leia também:&nbsp;</strong><a href="https://www.megacurioso.com.br/comportamento/99069-por-que-existem-homens-e-mulheres-homossexuais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank"><strong>Por que existem homens e mulheres homossexuais?</strong></a></li></ul></body>

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O comportamento homossexual surgiu antes ou depois na natureza?

Imagem de Cromossomo Y está desaparecendo nos homens: o que pode acontecer? no megacurioso

Cientistas ainda tentam entender o que esse evento poderia ocasionar para o futuro da humanidade

<head></head><body><p>Pode-se dizer seguramente que o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123423-peixes-possuem-habilidades-surpreendentes-de-mudanca-de-sexo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank"><strong>sexo biológico humano é definido</strong></a> há milhares de anos pelos chamados cromossomos X e Y. No caso das mulheres, elas nascem com dois cromossomos X (XX), enquanto os homens têm um cromossomo X e um Y (XY).</p><p>A grande questão é que algo no futuro pode estar mudando, pois os<strong>&nbsp;cromossomos Y</strong><strong>&nbsp;estão desaparecendo</strong> gradualmente. Aliás, estudos recentes e outros feitos nos últimos anos apontam que isso está ocorrendo com várias espécies de mamíferos.</p><h2>A perda do cromossomo Y pelos homens</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;(Fonte: swiftsciencewriting/ Pixabay/ Reprodução)&nbsp;" data-fonte-url="https://tinyurl.com/3x3hctv2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/11/11202531762004.jpg" alt="(Fonte: swiftsciencewriting/ Pixabay/ Reprodução)"><span class="desc">(Fonte: swiftsciencewriting/ Pixabay/ Reprodução)</span></span></p><p>Em termos gerais, é fácil entender a posição do Y quando consideramos a evolução humana. Houve um tempo em que os cromossomos X e Y constituíam apenas um único par comum. Então, em algum ponto, um gene variante denominado SRY, que determina a masculinidade, apareceu na história.</p><p>Outros genes importantes para os machos se acumularam e, com o objetivo de garantir que o “pacote de genes” masculino permanecesse intacto, o Y parou de fazer troca de “dados” com o cromossomo X.</p><p>Em outras palavras, ele entrou em uma rotina cíclica deixando de conseguir se reparar. Levando-se em consideração a rápida degeneração, as diversas deleções e mutações, esse cromossomo chegou ao estado atual. Mas seria possível viver sem o cromossomo Y?</p><h2>Ratos evoluídos</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;(Fonte: brgfx/ Freepik/ Reprodução)&nbsp;" data-fonte-url="https://tinyurl.com/2dj9b8um"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/11/11203540241006.jpg" alt="(Fonte: brgfx/ Freepik/ Reprodução)"><span class="desc">(Fonte: brgfx/ Freepik/ Reprodução)</span></span></p><p>De um lado, os cientistas se preocupam com o que pode acontecer com os seres humanos. Afinal, do jeito que as coisas estão, muito provavelmente, seremos a próxima espécie a perder o <a href="https://www.megacurioso.com.br/comportamento/20959-a-moral-pode-ser-decidida-pelos-seus-genes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank"><strong>cromossomo Y</strong></a>.</p><p>Porém, a comunidade científica global já fez descobertas curiosas nesse sentido. Por exemplo, a existência de mamíferos que <strong>conseguem determinar seus sexos mesmos após a perda dos cromossomos Y</strong>. Na realidade, estamos falando de duas espécies de roedores.</p><p>Uma é uma ratazana da Europa Oriental e a outra, os ratos-espinhosos do Japão. Ambos os animais não contam mais com o cromossomo Y há milhares de anos, visto que ele desapareceu por completo como um resultado natural do processo de evolução.</p><p>No caso dos ratos-espinhosos, por exemplo, eles podem produzir filhotes tanto machos quanto fêmeas sem nenhum problema graças a uma alteração que sofreram no chamado cromossomo 3.</p><p>É claro que os cientistas continuam usando esses animais para entender melhor como tudo aconteceu e quais as possíveis consequências para o caso dos seres humanos. No entanto, apesar de todos os esforços, ainda muito pouca coisa foi descoberta.</p><h2>O homem do futuro</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;(Fonte: Michelangelo Buonarroti/ Pexels/ Reprodução)&nbsp;" data-fonte-url="https://www.pexels.com/pt-br/foto/conceitual-abstrato-moda-tendencia-8721725/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/11/11204127570009.jpg" alt="(Fonte: Michelangelo Buonarroti/ Pexels/ Reprodução)"><span class="desc">(Fonte: Michelangelo Buonarroti/ Pexels/ Reprodução)</span></span></p><p>Se, por acaso, o homem perder mesmo o<strong>&nbsp;cromossomo Y</strong>, boa parte dos cientistas acredita que a natureza encontrará uma forma de lidar com a situação. Isto é, garantindo a sobrevivência do homem quando chegar a hora.</p><p>Ainda são necessários mais estudos para entender a degeneração do cromossomo Y, bem como o desenvolvimento de técnicas para o monitoramento das taxas de perda desse cromossomo.</p><p>Mas já dá para adiantar algumas possíveis teorias sobre o futuro. Por exemplo, a reprodução humana e também de alguns outros mamíferos poderia passar a ser feita por meio de modalidades avançadas artificiais, pois daqui a alguns milhões de anos, quando o cromossomo Y deixar de existir nos homens, a reprodução dificilmente seria algo natural.</p><p>Por outro lado, alguns estudiosos do tema apostam na ideia de que os <strong>humanos conseguiriam desenvolver um novo gene</strong> com atuação específica e definidora do sexo. O problema é que isso vem com riscos, especialmente levando a separações de espécies, a exemplo do que ocorreu entre os ratos-espinhosos e as ratazanas-toupeiras.</p><p>Nós não estaremos por aqui. Mas quem passar pela Terra daqui a uns 10 ou 11 milhões de anos poderá não encontrar nenhum “humano”. Ou, encontrar<strong>&nbsp;</strong><a href="https://www.megacurioso.com.br/genetica/20714-descoberta-na-china-uma-nova-especie-de-humanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank"><strong>várias espécies de humanos</strong></a> que se desenvolveram e se separaram baseadas em seus sistemas de determinação de sexo distintos.</p><p><br></p><p><br></p></body>

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Cromossomo Y está desaparecendo nos homens: o que pode acontecer?

Imagem de Cão salsicha pode ter participado de lutas de animais no Coliseu no megacurioso

Restos mortais de ancestrais da raça dachshund foram encontrados nos drenos do famoso anfiteatro da Roma antiga

<p>Al&eacute;m de le&otilde;es, tigres e outros animais, os <strong>cachorros salsicha</strong> tamb&eacute;m podem ter participado dos eventos que divertiam o p&uacute;blico no <strong>Coliseu da Roma antiga</strong>, juntamente com as <strong>batalhas de gladiadores</strong>. &Eacute; o que sugere uma descoberta recente feita por arque&oacute;logos italianos.</p>
<p>Pela primeira vez, foram encontrados restos mortais de c&atilde;es de porte pequeno semelhantes &agrave; <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122796-as-6-racas-de-cachorro-com-maior-expectativa-de-vida.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ra&ccedil;a dachshund</a> moderna, como os especialistas contaram em entrevista ao <em>The Telegraph</em> na sexta-feira (25). O material foi achado durante escava&ccedil;&otilde;es feitas nos drenos e esgotos do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118636-coliseu-vai-ganhar-novo-piso-retratil-veja-como-vai-ficar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">anfiteatro romano de 2 mil anos</a>.</p>
<p>De acordo com a diretora do <strong>Coliseu</strong>, Alfonsina Russo, as ossadas encontradas no local pertenciam a c&atilde;es com menos de 30 cm de altura. Uma das possibilidades levantadas pelos especialistas &eacute; que os ancestrais do <strong>c&atilde;o salsicha</strong> participavam de eventos para animar os espectadores.</p>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Shutterstock&nbsp;" data-fonte-url="https://www.shutterstock.com/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/08/08151137479075.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" /><span class="desc">(Fonte: Shutterstock)</span></span></p>
<p>&ldquo;<strong>Achamos que eles podem ter sido usados para realizar truques acrob&aacute;ticos</strong>, assim como voc&ecirc; veria em um circo hoje. <strong>Ou pode ser que eles tenham sido usados como parte de ca&ccedil;adas encenadas ou mesmo lan&ccedil;ados contra ursos e animais assim</strong>. N&atilde;o sabemos ao certo&rdquo;, disse ela ao ve&iacute;culo brit&acirc;nico.</p>
<h2>Pequenos e ferozes</h2>
<p>Origin&aacute;rio da Alemanha, o <strong>cachorro dachshund</strong> foi criado com o objetivo de ca&ccedil;ar texugos. Suas caracter&iacute;sticas f&iacute;sicas marcantes, incluindo as pernas curtas e o corpo comprido, que levaram ao popular apelido de salsicha, permitiam entrar e sair dos buracos facilmente, em busca do seu alvo.</p>
<ul>
<li><strong>Leia mais:&nbsp;<a href="https://amzn.to/3VjIZBp" target="_blank" rel="sponsored">A Enciclop&eacute;dia Ilustrada de Ra&ccedil;as de C&atilde;es</a></strong></li>
</ul>
<p>Os antigos romanos provavelmente aproveitaram tais caracter&iacute;sticas, juntamente com as habilidades de ca&ccedil;a do pequeno animal, que ao encontrar o alvo pode se tornar feroz, para coloc&aacute;-lo em desafios contra outros bichos de porte muito maior. Acostumado a lidar com presas perigosas, ele n&atilde;o teria medo ao ficar frente a frente com os oponentes.</p>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Shutterstock&nbsp;" data-fonte-url="https://www.shutterstock.com/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/08/08151139464076.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" /><span class="desc">(Fonte: Shutterstock)</span></span></p>
<p>As <strong>escava&ccedil;&otilde;es nos drenos do Coliseu</strong> tamb&eacute;m revelaram ossadas de outros animais igualmente utilizados nos eventos para entreter os cidad&atilde;os romanos. Entre eles, estavam restos mortais de outros tipos de cachorros, com porte grande, ursos, leopardos, le&otilde;es e avestruzes.</p>
<p>Essas descobertas surgiram durante o per&iacute;odo de um ano no qual os arque&oacute;logos passaram escavando as &aacute;reas subterr&acirc;neas da edifica&ccedil;&atilde;o que tinha capacidade para cerca de 50 mil pessoas. O trabalho envolveu a explora&ccedil;&atilde;o de 70 metros de drenos e esgotos, que muitas vezes estavam cheios de lama.</p>
<h2>Comportamento do p&uacute;blico</h2>
<p>Al&eacute;m das ossadas dos bichos usados nas <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118754-luta-livre-com-polvos-o-bizarro-esporte-da-decada-de-1960.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">lutas entre animais</a>, as escava&ccedil;&otilde;es tamb&eacute;m renderam outros achados importantes, que mostraram um pouco do <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122527-conheca-as-esquisitices-da-vida-cotidiana-dos-romanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">comportamento de quem ia ao Coliseu</a>. Os arque&oacute;logos encontraram, por exemplo, restos dos lanches saboreados nas arquibancadas, como nozes, azeitonas, figos, p&ecirc;ssegos, uvas, mel&otilde;es e sementes de cerejas.</p>
<p>Dados usados para entreter os espectadores antes do in&iacute;cio dos jogos foram outros objetos achados, assim como dezenas de moedas de bronze do <strong>fim do per&iacute;odo romano</strong> e uma moeda de prata comemorativa aos 10 anos de administra&ccedil;&atilde;o do <strong>imperador Marco Aur&eacute;lio</strong>.</p>

thumb-image-2024-02-29T14:06:34.077Z

Cão salsicha pode ter participado de lutas de animais no Coliseu

Imagem de Qual é a explicação científica para a existência de sósias sem parentesco? no megacurioso

Saiba o que a ciência diz sobre a existência de pessoas que, apesar de não serem parentes, apresentam incrível semelhança física

<p>Você provavelmente já encontrou<strong>&nbsp;alguém <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118002-10-sosias-que-se-parecem-muito-com-as-celebridades-reais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">parecido com uma celebridade</a> ou até mesmo com outra pessoa que você conheça</strong>. Ou, ainda, viu uma daquelas postagens bastante interessantes comparando famosos com seus sósias. Mas em algum momento você já parou para pensar <strong>como isto funciona cientificamente falando?</strong></p><p>Pois saiba que há cientistas por aí buscando uma explicação para o curioso "fenômeno": segundo a <em>BBC</em>, um grupo de especialistas do Instituto Josep Carreras de Pesquisa em Leucemia de Barcelona, na Espanha, está tentando <strong>desvendar o mistério por trás da existência dos&nbsp;</strong><a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122816-provavelmente-ha-uma-copia-sua-por-ai-e-ela-pode-ter-o-seu-dna.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank"><strong>sósias</strong></a>, indivíduos muito parecidos mas sem qualquer grau de parentesco.</p><h2>Estudando os sósias</h2><p>Segundo a reportagem da rede <em>BBC</em>, quem liderou o estudo foi Manel Esteller, diretor e professor de Genética na Faculdade de Medicina da Universidade de Barcelona. Os resultados da pesquisa encabeçada por Esteller, que teve início em 2016, foram publicados somente em agosto deste ano na revista científica <em>Cell Reports</em>.</p><p>O texto explica que o estudo tinha a intenção de "caracterizar seres humanos aleatórios que compartilhavam objetivamente características faciais" ao nível molecular, visando <strong>encontrar uma explicação científica para a existência de sósias</strong>.</p><p>Para auxiliar o desenrolar do processo, os pesquisadores buscaram contato com o <a href="https://www.megacurioso.com.br/fotografia/37122-todo-mundo-tem-um-duble-fotografo-clica-pessoas-muito-parecidas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fotógrafo canadense <strong>François Brunelle</strong></a><strong>, famoso por clicar indivíduos muito parecidos mas sem qualquer relação familiar</strong>. Além de Brunelle, participaram como voluntárias da pesquisa um total de 64 pessoas, separadas em 32 duplas de "<a href="https://www.megacurioso.com.br/bizarro/85631-no-reino-unido-homem-em-um-aviao-senta-ao-lado-de-alguem-identico-a-ele.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">doppelgangers</a>".</p><p style="text-align: center;"><br></p><blockquote class="instagram-media" data-instgrm-permalink="https://www.instagram.com/p/B-tNpb2JnKT/?utm_source=ig_embed&utm_campaign=loading" data-instgrm-version="14" style=" background:#FFF; border:0; border-radius:3px; box-shadow:0 0 1px 0 rgba(0,0,0,0.5),0 1px 10px 0 rgba(0,0,0,0.15); margin: 1px; max-width:540px; min-width:326px; padding:0; width:99.375%; width:-webkit-calc(100% - 2px); width:calc(100% - 2px);"><div style="padding:16px;"><a href="https://www.instagram.com/p/B-tNpb2JnKT/?utm_source=ig_embed&utm_campaign=loading" style=" background:#FFFFFF; line-height:0; padding:0 0; text-align:center; text-decoration:none; width:100%;" target="_blank"><div style=" display: flex; flex-direction: row; align-items: center;"><div style="background-color: #F4F4F4; border-radius: 50%; flex-grow: 0; height: 40px; margin-right: 14px; width: 40px;"><br></div><div style="display: flex; flex-direction: column; flex-grow: 1; justify-content: center;"><div style=" background-color: #F4F4F4; border-radius: 4px; flex-grow: 0; height: 14px; margin-bottom: 6px; width: 100px;"><br></div><div style=" background-color: #F4F4F4; border-radius: 4px; flex-grow: 0; height: 14px; width: 60px;"><br></div></div></div><div style="padding: 19% 0;"><br></div><div style="display:block; height:50px; margin:0 auto 12px; width:50px;"><br></div><div style="padding-top: 8px;"><div style=" color:#3897f0; font-family:Arial,sans-serif; font-size:14px; font-style:normal; font-weight:550; line-height:18px;">Ver essa foto no Instagram</div></div><div style="padding: 12.5% 0;"><br></div><div style="display: flex; flex-direction: row; margin-bottom: 14px; align-items: center;"><div><div style="background-color: #F4F4F4; border-radius: 50%; height: 12.5px; width: 12.5px; transform: translateX(0px) translateY(7px);"><br></div><div style="background-color: #F4F4F4; height: 12.5px; transform: rotate(-45deg) translateX(3px) translateY(1px); width: 12.5px; flex-grow: 0; margin-right: 14px; margin-left: 2px;"><br></div><div style="background-color: #F4F4F4; border-radius: 50%; height: 12.5px; width: 12.5px; transform: translateX(9px) translateY(-18px);"><br></div></div><div style="margin-left: 8px;"><div style=" background-color: #F4F4F4; border-radius: 50%; flex-grow: 0; height: 20px; width: 20px;"><br></div><div style=" width: 0; height: 0; border-top: 2px solid transparent; border-left: 6px solid #f4f4f4; border-bottom: 2px solid transparent; transform: translateX(16px) translateY(-4px) rotate(30deg);"><br></div></div><div style="margin-left: auto;"><div style=" width: 0px; border-top: 8px solid #F4F4F4; border-right: 8px solid transparent; transform: translateY(16px);"><br></div><div style=" background-color: #F4F4F4; flex-grow: 0; height: 12px; width: 16px; transform: translateY(-4px);"><br></div><div style=" width: 0; height: 0; border-top: 8px solid #F4F4F4; border-left: 8px solid transparent; transform: translateY(-4px) translateX(8px);"><br></div></div></div><div style="display: flex; flex-direction: column; flex-grow: 1; justify-content: center; margin-bottom: 24px;"><div style=" background-color: #F4F4F4; border-radius: 4px; flex-grow: 0; height: 14px; margin-bottom: 6px; width: 224px;"><br></div><div style=" background-color: #F4F4F4; border-radius: 4px; flex-grow: 0; height: 14px; width: 144px;"><br></div></div></a><p style=" color:#c9c8cd; font-family:Arial,sans-serif; font-size:14px; line-height:17px; margin-bottom:0; margin-top:8px; overflow:hidden; padding:8px 0 7px; text-align:center; text-overflow:ellipsis; white-space:nowrap;"><a href="https://www.instagram.com/p/B-tNpb2JnKT/?utm_source=ig_embed&utm_campaign=loading" style=" color:#c9c8cd; font-family:Arial,sans-serif; font-size:14px; font-style:normal; font-weight:normal; line-height:17px; text-decoration:none;" target="_blank">Uma publicação compartilhada por François Brunelle (@francoisbrunelle.doubles)</a></p></div></blockquote><p><br></p><p>Utilizando um software de reconhecimento facial, os pesquisadores analisaram os rostos dos voluntários para verificar o quão parecidos eram os sósias e descobriram que, segundo os programas, <strong>16 pares eram considerados extremamente semelhantes</strong>. A próxima etapa foi coletar material biológico dos voluntários, com amostras de DNA da saliva dos participantes vindo de diversos países diferentes.</p><p>O resultado da análise surpreendeu ao mostrar que, embora não tenham nenhum grau de parentesco, <strong>os "doppelgangers" têm genética muito parecida</strong> — algo que os pesquisadores atribuem ao "acaso".</p><p>Acontece que, de forma totalmente aleatória, pessoas em diferentes partes do globo acabam <strong>compartilhando similaridades em diversas sequências do DNA</strong> que lhes conferem determinados atributos físicos. Em alguns casos, as semelhanças na cadeia de DNA são tão grandes que duas pessoas totalmente distintas e sem qualquer relação acabam <strong>nascendo tão parecidas quanto gêmeos idênticos</strong>.&nbsp;</p><p style="text-align: center;"><br></p><blockquote class="instagram-media" data-instgrm-permalink="https://www.instagram.com/p/B-v4Z1Mpwno/?utm_source=ig_embed&utm_campaign=loading" data-instgrm-version="14" style=" background:#FFF; border:0; border-radius:3px; box-shadow:0 0 1px 0 rgba(0,0,0,0.5),0 1px 10px 0 rgba(0,0,0,0.15); margin: 1px; max-width:540px; min-width:326px; padding:0; width:99.375%; width:-webkit-calc(100% - 2px); width:calc(100% - 2px);"><div style="padding:16px;"><a href="https://www.instagram.com/p/B-v4Z1Mpwno/?utm_source=ig_embed&utm_campaign=loading" style=" background:#FFFFFF; line-height:0; padding:0 0; text-align:center; text-decoration:none; width:100%;" target="_blank"><div style=" display: flex; flex-direction: row; align-items: center;"><div style="background-color: #F4F4F4; border-radius: 50%; flex-grow: 0; height: 40px; margin-right: 14px; width: 40px;"><br></div><div style="display: flex; flex-direction: column; flex-grow: 1; justify-content: center;"><div style=" background-color: #F4F4F4; border-radius: 4px; flex-grow: 0; height: 14px; margin-bottom: 6px; width: 100px;"><br></div><div style=" background-color: #F4F4F4; border-radius: 4px; flex-grow: 0; height: 14px; width: 60px;"><br></div></div></div><div style="padding: 19% 0;"><br></div><div style="display:block; height:50px; margin:0 auto 12px; width:50px;"><br></div><div style="padding-top: 8px;"><div style=" color:#3897f0; font-family:Arial,sans-serif; font-size:14px; font-style:normal; font-weight:550; line-height:18px;">Ver essa foto no Instagram</div></div><div style="padding: 12.5% 0;"><br></div><div style="display: flex; flex-direction: row; margin-bottom: 14px; align-items: center;"><div><div style="background-color: #F4F4F4; border-radius: 50%; height: 12.5px; width: 12.5px; transform: translateX(0px) translateY(7px);"><br></div><div style="background-color: #F4F4F4; height: 12.5px; transform: rotate(-45deg) translateX(3px) translateY(1px); width: 12.5px; flex-grow: 0; margin-right: 14px; margin-left: 2px;"><br></div><div style="background-color: #F4F4F4; border-radius: 50%; height: 12.5px; width: 12.5px; transform: translateX(9px) translateY(-18px);"><br></div></div><div style="margin-left: 8px;"><div style=" background-color: #F4F4F4; border-radius: 50%; flex-grow: 0; height: 20px; width: 20px;"><br></div><div style=" width: 0; height: 0; border-top: 2px solid transparent; border-left: 6px solid #f4f4f4; border-bottom: 2px solid transparent; transform: translateX(16px) translateY(-4px) rotate(30deg);"><br></div></div><div style="margin-left: auto;"><div style=" width: 0px; border-top: 8px solid #F4F4F4; border-right: 8px solid transparent; transform: translateY(16px);"><br></div><div style=" background-color: #F4F4F4; flex-grow: 0; height: 12px; width: 16px; transform: translateY(-4px);"><br></div><div style=" width: 0; height: 0; border-top: 8px solid #F4F4F4; border-left: 8px solid transparent; transform: translateY(-4px) translateX(8px);"><br></div></div></div><div style="display: flex; flex-direction: column; flex-grow: 1; justify-content: center; margin-bottom: 24px;"><div style=" background-color: #F4F4F4; border-radius: 4px; flex-grow: 0; height: 14px; margin-bottom: 6px; width: 224px;"><br></div><div style=" background-color: #F4F4F4; border-radius: 4px; flex-grow: 0; height: 14px; width: 144px;"><br></div></div></a><p style=" color:#c9c8cd; font-family:Arial,sans-serif; font-size:14px; line-height:17px; margin-bottom:0; margin-top:8px; overflow:hidden; padding:8px 0 7px; text-align:center; text-overflow:ellipsis; white-space:nowrap;"><a href="https://www.instagram.com/p/B-v4Z1Mpwno/?utm_source=ig_embed&utm_campaign=loading" style=" color:#c9c8cd; font-family:Arial,sans-serif; font-size:14px; font-style:normal; font-weight:normal; line-height:17px; text-decoration:none;" target="_blank">Uma publicação compartilhada por François Brunelle (@francoisbrunelle.doubles)</a></p></div></blockquote><p><br></p><p>Outro ponto bastante interessante percebido pelos pesquisadores foi que não apenas várias destas pessoas eram fisicamente semelhantes, com peso, idade e altura parecidos, mas também <strong>compartilhavam traços comportamentais bastante similares,</strong> como hábitos e vícios parecidos. O estudo sugere que <strong>tais similaridades se dão muito mais por fatores genéticos</strong> do que por desenvolvimento e experiências vividas durante a infância e a adolescência, por exemplo.</p><p>Com a população do planeta passando agora dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123177-populacao-da-terra-devera-chegar-a-8-bilhoes-em-breve-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">8 bilhões de habitantes</a>, <strong>é bem provável que exista por aí alguém bem parecido com você e comigo</strong> — quem sabe até mesmo compartilhando os mesmos gostos pessoais, qualidades e defeitos. A ideia de encontrar nossos sósias totalmente ao acaso é um pouco assustadora, mas muito fascinante!</p>

thumb-image-2024-02-29T14:06:32.891Z

Qual é a explicação científica para a existência de sósias sem parentesco?

Imagem de Casal tem gêmeos de embriões congelados há 30 anos no megacurioso

Este é o embrião congelado há mais tempo que resultou em um nascimento

<head></head><body><p>Um casal do Oregon recorreu ao Centro Nacional de Doação de Embriões (NEDC) em Knoxville, Tennessee, para tentar engravidar novamente. A doação deu certo e Rachel e Philip Ridgeway tiveram um casal de gêmeos.</p><p>Teria tudo para ser mais um nascimento a partir de uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/genetica/42008-trigemeos-nascem-com-diferenca-de-cinco-anos-na-inglaterra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fertilização in vitro</a>, não fosse por um detalhe: os embriões foram congelados no dia 22 de abril de 1992. Ou seja, a concepção deles aconteceu há 30 anos.</p><h2>Congelados por três décadas</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Shutterstock&nbsp;" data-fonte-url="https://www.shutterstock.com/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/22/22103213740132.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)"><span class="desc">(Fonte: Shutterstock)</span></span></p><p>Em 1992, um casal recorreu à fertilização in vitro para poder ter filhos. <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115966-quando-teremos-embrioes-humanos-com-genes-editados.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Foram produzidos embriões</a> a partir dos espermatozoides do marido com os óvulos de uma doadora. Como o processo resultou em mais óvulos fertilizados do que o necessário, os embriões extras foram congelados para uso futuro.</p><p>Eles foram congelados em 22 de abril daquele ano e, por quase três décadas, ficaram armazenados em nitrogênio líquido a quase 200 graus abaixo de zero. Os embriões foram mantidos em um laboratório de fertilidade na Costa Oeste até 2007. Sabendo que não iriam ter outro filho, o casal que criou os embriões fez uma doação ao NEDC em Knoxville, Tennessee, para que outro casal pudesse usá-los.&nbsp;</p><p>O descongelamento aconteceu no dia 28 de fevereiro, pela Southeastern Fertility, uma clínica de fertilidade parceira do NEDC. Ao todo, dos cinco embriões, dois foram descartados por não serem viáveis. Os três restantes foram transferidos para Rachel e dois deles resultaram nos gêmeos: Lydia e Timothy Ridgeway.</p><h2>Filhos caçulas, porém, mais velhos</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;CNN&nbsp;" data-fonte-url="https://edition.cnn.com/2022/11/21/health/30-year-old-embryos-twins/index.html"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/21/21174137510528.png" alt="Philip e Rachel Ridgeway com a foto dos embriões congelados por 30 anos (Fonte: CNN)."><span class="desc">Philip e Rachel Ridgeway com a foto dos embriões congelados por 30 anos (Fonte: CNN).</span></span></p><p>Segundo o NEDC, os gêmeos Timothy e Lydia estabeleceram um novo recorde para um embrião congelado que resultou em um nascimento. Antes deles, o recorde pertencia a uma criança que nasceu em 2020, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116967-recorde-bebe-nasce-de-embriao-congelado-ha-27-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a partir de embrião de 27 anos</a>.&nbsp;</p><p>O novo recorde é tão peculiar, que por pouco o casal não deu à luz a embriões fecundados antes deles mesmos. Rachel e Philip Ridgeway tinham apenas três e cinco anos, respectivamente, quando seus gêmeos foram concebidos pelo casal anônimo.</p><p>Enquanto procuravam nos bancos de dados de doadoras de óvulos, o casal focou em uma categoria chamada “consideração especial”. Essa escolha foi porque eles sabiam serem embriões mais difíceis de conseguir encontrar receptoras. Apesar disso, Philip afirma que não esperava bater um recorde. O próprio banco de dados não divulga por quanto tempo os embriões foram congelados.</p><p>“Não queríamos obter os embriões que estão congelados há mais tempo no mundo”, disse Philip à CNN. “Só queríamos aqueles que estavam esperando há mais tempo”.</p><p>Os Ridgeway já eram pais antes da fertilização in vitro. Eles têm outros quatro filhos — de oito, seis, três e dois anos. Os caçulas da família nasceram saudáveis no dia 31 de outubro. Philip comentou que "De certa forma, eles são nossos filhos mais velhos, embora sejam nossos filhos menores".</p></body>

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Casal tem gêmeos de embriões congelados há 30 anos

Imagem de Peixes possuem habilidades surpreendentes de mudança de sexo no megacurioso

Mestres do reino animal na mudança de sexo, peixes têm capacidades adaptativas essencialmente impulsionadas pelo meio social

<head></head><body><p>No planeta, cerca de dois por cento das espécies de <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121802-6-dos-tipos-de-peixe-mais-lindos-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">peixes</a> apresentam algum tipo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/99676-7-animais-que-mudam-de-sexo-e-nao-se-enquadram-em-um-genero-especifico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">hermafroditismo</a>. Ao todo, 500 espécies distintas se destacam por apresentarem propriedades únicas, como resultado de adaptações históricas baseadas no comportamento social, na hierarquia e na necessidade de se ajustar às diferentes condições ambientais. Mas como eles desenvolveram essas habilidades especiais de flexão de gênero?&nbsp;</p><p>Segundo o professor Charles Tyler, fisiologista reprodutivo da Universidade de Exeter, o segredo para a mudança de sexo está no grande número e diversidade de espécies. Vivos há 500 milhões de anos, os peixes foram ramificados em cerca de 26 mil espécies, conferindo uma adaptação poderosa em uma ampla gama de nichos ambientais. E essas questões trouxeram impactos diretos ao modo como os indivíduos se reproduzem.</p><p>Caso um peixe se reproduza como fêmea durante a primeira parte de sua vida e agir como um macho pelo restante de seu tempo no planeta, ele efetivamente dobra sua produção de filhotes. Assim, transitar entre os gêneros maximiza a capacidade de transmitir genes, mesmo que as circunstâncias ambientais ou sociais se alterem consideravelmente.&nbsp;</p><p>Basicamente, há dois tipos de “hermafroditas sequenciais”, ou seja, peixes que podem mudar permanentemente de sexo em algum momento de suas vidas. Os “protogínicos” se transformam de indivíduos femininos para masculinos e incluem o kobudai (<em>Semicossyphus reticulatus</em>), o peixe-papagaio (<em>Amphilophus citrinellus</em>) e outros espécimes habitantes de recifes de corais. Porém, a regra não funciona essencialmente para todos, já que alguns deles podem permanecer como fêmeas pelo resto de seu ciclo.</p><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;BBC&nbsp;" data-fonte-url="https://www.bbc.com/portuguese"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/07/07105210961098.jpg" alt="(Fonte: BBC / Reprodução)"><span class="desc">(Fonte: BBC / Reprodução)</span></span></p><p>Enquanto isso, os "protândricos" fazem o caminho contrário. O barramundi-australiano (<em>Lates calcarifer</em>), a dourada (<em>Sparus aurata</em>) e o pargo-preto (<em>Acantopagrus schlegeli</em>) são alguns dos exemplos desse grupo e chamam a atenção por viverem ao lado de vários peixes não reprodutores subordinados. Devido às limitações de espaço, indivíduos do grupo raramente permitem a existência de dois reprodutores; quando a fêmea dominante morre, o maior macho se transforma em fêmea.</p><p>Em espécies de ambos os grupos, a “hipótese da vantagem do tamanho” parece explicar os fundamentos por trás da mudança. Assim, é possível que fêmeas se tornem machos, quando maiores, para dominar fêmeas menores, enquanto a transformação de machos para fêmeas permite a geração de ovos mais eficiente e em maior escala. No entanto, há um terceiro time: “hermafroditas bidirecionais”. Habitantes de recifes de coral, eles se movem pouco na vida e podem ser machos ou fêmeas quando bem entenderem, segundo o que for mais vantajoso.</p><h2>Como o sexo é determinado?</h2><p>Frequentemente, a temperatura determina o sexo — a maioria dos peixes se desenvolverá preferencialmente como macho em águas mais quentes, por exemplo. Tudo isso se resume à existência de uma enzima chamada aromatase, que transforma hormônios "<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122481-a-curiosa-mutacao-que-faz-mulheres-nascerem-geneticamente-homens.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">andrógenos</a>" em hormônios estrogênicos capazes de gerar ovários por meio de gônadas. Rapidamente, essa substância desenvolve novos tecidos e resulta em transições em até oito dias.</p><p>Além disso, essa enzima também é crucial em relação aos fatores ambientais. “Como essa enzima é sensível à <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122678-aclimatacao-o-fenomeno-que-explica-as-diferentes-percepcoes-a-temperatura.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">temperatura</a>, ela pode ser ligada ou desligada dependendo da temperatura da água”, explica o professor Stefano Mariani, da Universidade de Salford, reforçando também o impacto de poluentes químicos, níveis de acidez da água e a presença do parasita intestinal bacteriano <em>Wolbachia</em> como determinantes para a ação da aromatase.</p><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Getty Images&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/07/07105322811099.jpg" alt="(Fonte: Getty Images / Reprodução)"><span class="desc">(Fonte: Getty Images / Reprodução)</span></span></p><p>Ainda há poucas evidências sobre o efeito de poluentes sintéticos em animais marinhos, porém suas implicações na temperatura do planeta são uma realidade. Um estudo de 2008, publicado na revista <em>PLoS ONE</em>, pesquisou o comportamento de 59 espécies e descobriu que um aumento na temperatura da água de apenas um a dois graus Celsius pode alterar a proporção sexual de três machos para cada fêmea, tanto em grupos oceânicos quanto aquáticos.</p><p>“A faixa térmica em que os ovos se desenvolvem é relativamente estreita – se as temperaturas na areia forem muito baixas ou muito altas, os ovos não se desenvolverão adequadamente e o embrião morrerá”, conclui o Dr. Jacques-Olivier Laloë, da Universidade Deakin, na Austrália. “Chega um ponto em que, apesar de ter uma grande população feminina, os ninhos simplesmente não serão viáveis – os ovos estarão essencialmente cozinhando na areia.”</p></body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:30.326Z

Peixes possuem habilidades surpreendentes de mudança de sexo

Imagem de 15 fotos de animais ainda no útero no megacurioso

Se você está precisando ver imagens fofas de animais que ainda não nasceram, este texto é a escolha certa

<head></head><body><p>Tem momentos em que tudo o que a gente precisa é contemplar algumas imagens fofas que irão aquecer o <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/37031-por-que-o-simbolo-do-coracao-tem-esse-formato-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">coração</a>. E talvez não tenha nada mais enternecedor do que ver fotos de bebês, certo? E quando eles ainda estão dentro do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/104771-como-fetos-fazem-suas-necessidades-quando-ainda-estao-no-utero.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">útero</a>, pode ser mais comovente ainda.</p><p>A National Geographic possui em seu acervo um documentário chamado <em>Extraordinary Animals in the Womb,&nbsp;</em> realizado em 2006 pelo diretor Peter Chinn. O filme nos permite dar uma espiada no surgimento da vida antes mesmo de ela vir habitar a terra. São imagens fascinantes de <a href="https://www.megacurioso.com.br/evolucao/21694-paleontologos-descobrem-os-embrioes-mais-antigos-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">embriões</a> de animais dentro do útero de suas mães, que nos deixam maravilhados ao testemunhar este processo biológico incrível.</p><p>As imagens foram captadas a partir de um uso de uma tecnologia incrível, que combina a digitalização em quatro dimensões e o emprego de câmeras minúsculas. A partir desta técnica, o diretor e sua equipe buscaram atingir o máximo de realismo. Nem todos as imagens mostram animais reais, mas buscou-se chegar ao mais próximo da autenticidade o quanto foi possível.</p><p>“Onde conseguimos filmar usando câmeras de alta tecnologia, nós o fizemos”, explicou Peter Chinn ao portal The Telegraph. "Por exemplo, conseguimos inserir uma minúscula câmera médica na bolsa de um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121842-7-fatos-que-provam-como-o-canguru-e-um-animal-excentrico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">canguru</a> sem perturbar o filhote. Mas onde não podíamos filmar as coisas, como dentro do útero do <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122629-6-curiosidades-sobre-os-gigantes-tubaroes-da-groenlandia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tubarão</a>, construímos modelos de silicone, operados por fios finos que foram esfregados depois em um computador, como nos filmes".</p><p>O resultado são cenas que parecem traduzir a paz presente no descanso destes bebês. Então acompanhe estas imagens belíssimas que vão melhorar o seu dia.</p><h2>1. Um pinguim dentro do ovo</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Peter Chinn / National Geographic&nbsp;" data-fonte-url="https://hips.hearstapps.com/prima.cdnds.net/assets/15/40/1280x853/gallery-1443455170-penguin-embryo.jpeg?resize=768:*"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/07/07183033059324.jpg" alt="(Fonte: Peter Chinn / National Geographic)"><span class="desc">(Fonte: Peter Chinn / National Geographic)</span></span></p><h2>2. Um golfinho que parece sorrir</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Peter Chinn / National Geographic&nbsp;" data-fonte-url="https://hips.hearstapps.com/prima.cdnds.net/assets/15/40/1600x1066/gallery-1443454826-dolphin-womb.jpg?resize=768:*"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/07/07183506505327.jpg" alt="(Fonte: Peter Chinn / National Geographic)"><span class="desc">(Fonte: Peter Chinn / National Geographic)</span></span></p><h2>3. Ursos polares gêmeos</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Peter Chinn/ National Geographic&nbsp;" data-fonte-url="https://hips.hearstapps.com/prima.cdnds.net/assets/15/40/1280x852/gallery-1443455243-polar-bears.jpg?resize=768:*"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/07/07183614450328.jpg" alt="(Fonte: Peter Chinn / National Geographic)"><span class="desc">(Fonte: Peter Chinn / National Geographic)</span></span></p><h2>4. Um mini gambá agarrado no pelo de sua mãe</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Peter Chinn / National Geographic&nbsp;" data-fonte-url="https://hips.hearstapps.com/prima.cdnds.net/assets/15/40/768x768/square-1443455580-possum.jpg?resize=768:*"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/07/07183709230329.jpg" alt="(Fonte: Peter Chinn / National Geographic)"><span class="desc">(Fonte: Peter Chinn / National Geographic)</span></span></p><h2>5. Um guepardo dormindo tranquilamente</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Peter Chinn / National Geographic&nbsp;" data-fonte-url="https://hips.hearstapps.com/prima.cdnds.net/assets/15/40/1024x682/gallery-1443455666-cheetah-womb.jpg?resize=768:*"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/07/07183825425330.jpg" alt="(Fonte: Peter Chinn / National Geographic)"><span class="desc">(Fonte: Peter Chinn / National Geographic)</span></span></p><h2>6. Três morcegos fechados em suas asas ainda em desenvolvimento</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Peter Chinn / National Geographic&nbsp;" data-fonte-url="https://hips.hearstapps.com/prima.cdnds.net/assets/15/40/640x426/gallery-1443455966-bats.jpg?resize=768:*"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/07/07184245062331.jpg" alt="(Fonte: Peter Chinn / National Geographic)"><span class="desc">(Fonte: Peter Chinn / National Geographic)</span></span></p><h2>7. Um potrinho bebê que parece estar sonhando</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Peter Chinn / National Geographic&nbsp;" data-fonte-url="https://cdn.lifehack.org/wp-content/uploads/2016/08/03115019/862655-850-1449558789-embryo-day-85horse.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/07/07184841395333.jpg" alt="(Fonte: Peter Chinn / National Geographic)"><span class="desc">(Fonte: Peter Chinn / National Geographic)</span></span></p><h2>8. Um gatinho de boca aberta e língua de fora</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Peter Chinn / National Geographic&nbsp;" data-fonte-url="https://cdn.lifehack.org/wp-content/uploads/2016/08/03115026/862805-850-1449558789-article-1076305-02F488C900000578-342_468x286_popupkitten.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/07/07184938532334.jpg" alt="(Fonte: Peter Chinn / National Geographic)"><span class="desc">(Fonte: Peter Chinn / National Geographic)</span></span></p><h2>9. Um elefante no útero que parece flutuar</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Peter Chinn / National Geographic&nbsp;" data-fonte-url="https://cdn.lifehack.org/wp-content/uploads/2016/08/03115030/862855-850-1449558789-164509_original.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/07/07185039402335.jpg" alt="(Fonte: Peter Chinn / National Geographic)"><span class="desc">(Fonte: Peter Chinn / National Geographic)</span></span></p><h2>11. Uma cobra bebê enrolando o próprio rabo</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Peter Chinn / National Geographic&nbsp;" data-fonte-url="https://cdn.lifehack.org/wp-content/uploads/2016/08/03115042/863205-850-1449558789-zmeysnake.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/07/07185304661342.jpg" alt="(Fonte: Peter Chinn / National Geographic)"><span class="desc">(Fonte: Peter Chinn / National Geographic)</span></span></p><h2>12. Um filhotinho de chihuahua</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Peter Chinn / National Geographic&nbsp;" data-fonte-url="https://cdn.lifehack.org/wp-content/uploads/2016/08/03115058/chihuahua.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/07/07185419941343.jpg" alt="(Fonte: Peter Chinn / National Geographic)"><span class="desc">(Fonte: Peter Chinn / National Geographic)</span></span></p><h2>13. Um leão com patas bem grandes</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Peter Chinn / National Geographic&nbsp;" data-fonte-url="https://cdn.lifehack.org/wp-content/uploads/2016/08/03115102/lion.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/07/07185523036344.jpg" alt="(Fonte: Peter Chinn / National Geographic)"><span class="desc">(Fonte: Peter Chinn / National Geographic)</span></span></p><h2>14. Um filhote de tubarão que parece encarar a câmera</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Peter Chinn / National Geographic&nbsp;" data-fonte-url="https://cdn.lifehack.org/wp-content/uploads/2016/08/03115114/shark.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/07/07185653843345.jpg" alt="(Fonte: Peter Chinn / National Geographic)"><span class="desc">(Fonte: Peter Chinn / National Geographic)</span></span></p><h2>15. Um tubarão limão (que, quando adulto, pode medir até 3 metros)</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Peter Chinn / National Geographic&nbsp;" data-fonte-url="https://super.abril.com.br/wp-content/uploads/2017/08/tubarc3a3o.png?w=920&amp;w=636"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/07/07190034063347.jpg" alt="(Fonte: Peter Chinn / National Geographic)"><span class="desc">(Fonte: Peter Chinn / National Geographic)</span></span></p><p><br></p></body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:27.436Z

15 fotos de animais ainda no útero

Imagem de 5 fatos curiosos sobre a saúde dos animais no megacurioso

Conheça 5 avanços científicos que já existem e proporcionam uma melhor qualidade de vida aos bichinhos

<p>A ci&ecirc;ncia hoje est&aacute; t&atilde;o avan&ccedil;ada que j&aacute; consegue trazer melhorias para a vida e para a sa&uacute;de de milh&otilde;es de seres vivos. Talvez voc&ecirc; n&atilde;o saiba, mas os animais tamb&eacute;m recebem procedimentos muito evolu&iacute;dos que garantem que eles se desenvolvam bem. Neste texto, com aux&iacute;lio da MSD Sa&uacute;de Animal, contamos 5 curiosidades sobre a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122749-os-6-animais-mais-injusticados-pela-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sa&uacute;de animal</a> que provavelmente voc&ecirc; ainda n&atilde;o conhe&ccedil;a.</p>
<h2>1. Aves que s&atilde;o vacinadas antes de sair do ovo</h2>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;NPR&nbsp;" data-fonte-url="https://media.npr.org/assets/img/2018/04/17/thumb2_00000-2fd9de1d0cc7d2c37952384b1551c0f0be9f6f3c.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/22/22091207673657.jpg" alt="(Fonte: NPR)" /><span class="desc">(Fonte: NPR)</span></span></p>
<p>Desde 1982, existe um conceito chamado de "vacina&ccedil;&atilde;o in ovo", que garante que as aves sejam imunizadas ainda quando est&atilde;o em incubadoras, sem ainda ter eclodido de seus ovos. Este procedimento come&ccedil;ou com o desenvolvimento da vacina contra a doen&ccedil;a de Marek, uma patologia letal que atinge principalmente galinhas e perus.</p>
<p>A vacina feita nos <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122543-o-que-aconteceria-se-voce-parasse-de-comer-ovos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ovos</a> &eacute; injetada por meio de m&aacute;quinas automatizadas que atravessam a casca, depositando a dose pr&oacute;xima ao l&iacute;quido amni&oacute;tico ou do tecido embrion&aacute;rio da ave. Isso garante um maior controle de qualidade e um menos estresse para os pintinhos.</p>
<h2>2. O curioso processo de vacina&ccedil;&atilde;o dos peixes</h2>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;The Fish Site&nbsp;" data-fonte-url="https://images.thefishsite.com/fish/articles/AE2017/tilapia-vaccination.jpg?profile=article-full"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/22/22091256915658.jpg" alt="(Fonte: The Fish Site)" /><span class="desc">(Fonte: The Fish Site)</span></span></p>
<p>Parece dif&iacute;cil imaginar que peixes sejam tamb&eacute;m vacinados, n&atilde;o? Mas isto acontece. Estes animais recebem a imuniza&ccedil;&atilde;o para a preven&ccedil;&atilde;o de doen&ccedil;as como a estreptococose, que atinge o sistema nervoso central e pode causar les&otilde;es dos olhos e &uacute;lceras na pele dos peixes.</p>
<p>O processo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120934-conheca-6-mitos-sobre-as-vacinas-que-devem-ser-combatidos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vacina&ccedil;&atilde;o</a> dos peixes &eacute; bem curioso. Para come&ccedil;ar, eles recebem uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/119551-o-que-os-medicos-usavam-antes-de-existir-anestesia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">anestesia</a>, feita com uma solu&ccedil;&atilde;o natural contendo &aacute;gua e &oacute;leo de cravo. Isto ajuda a diminuir o seu metabolismo, como sua respira&ccedil;&atilde;o e os movimentos, fazendo com que os peixes tenham menos estresse na hora de tomar a vacina, que &eacute; injetada em sua cavidade abdominal.</p>
<h2>3. H&aacute; tratamento para a diabetes em animais de estima&ccedil;&atilde;o</h2>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Sa&uacute;de Abril&nbsp;" data-fonte-url="https://saude.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/10/cachorro-vacina-veterinario-117071.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/22/22091351616659.jpg" alt="(Fonte: Sa&uacute;de Abril)" /><span class="desc">(Fonte: Sa&uacute;de Abril)</span></span></p>
<p>Assim como os humanos, c&atilde;es e gatos tamb&eacute;m podem desenvolver <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121697-tipos-de-diabetes-saiba-quais-sao-e-como-prevenir.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">diabetes</a>. Isto acontece quando estes animais param de produzir insulina ou t&ecirc;m alguma defici&ecirc;ncia nos receptores de horm&ocirc;nios. Embora esta seja uma doen&ccedil;a cr&ocirc;nica, eles recebem tratamento de insulinoterapia, que &eacute; a aplica&ccedil;&atilde;o de insulina feita por seu tutor.</p>
<p>Antigamente, isto era feito com insulina humana, mas j&aacute; h&aacute; produtos espec&iacute;ficos com insulina veterin&aacute;ria, que &eacute; mais eficiente e traz efeito mais duradouro aos bichinhos.</p>
<h2>4. Intelig&ecirc;ncia artificial na produ&ccedil;&atilde;o animal</h2>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Digital Agro&nbsp;" data-fonte-url="https://digitalagro.com.br/wp-content/uploads/2020/12/Inteligencia-Artificial-e-avaliacao-de-escore-corporal.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/22/22091653106661.jpg" alt="(Fonte: Digital Agro)" /><span class="desc">(Fonte: Digital Agro)</span></span></p>
<p>Outra &aacute;rea que j&aacute; est&aacute; tirando vantagem de novos avan&ccedil;os cient&iacute;ficos &eacute; a cria&ccedil;&atilde;o. Os processos de produ&ccedil;&atilde;o animal j&aacute; fazem uso de tecnologias que auxiliam na preven&ccedil;&atilde;o e identifica&ccedil;&atilde;o de doen&ccedil;as por meio de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122476-inteligencias-artificiais-estao-reproduzindo-os-preconceitos-humanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">intelig&ecirc;ncia artificial</a>. Estes dispositivos identificam, monitoram e acompanham os animais.&nbsp;</p>
<p>Al&eacute;m disso, as m&aacute;quinas que usam IA ainda conseguem proporcionar uma melhor rastreabilidade de dados para os produtores, fazendo com que todo o sistema se torne mais eficiente. Isto traz uma melhor qualidade de vida para os animais e colabora para que haja menos desperd&iacute;cio e perda financeira na produ&ccedil;&atilde;o.</p>
<h2>5. Intelig&ecirc;ncia de dados para prevenir doen&ccedil;as de animais dom&eacute;sticos</h2>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Freepik&nbsp;" data-fonte-url="https://img.freepik.com/vetores-premium/personagem-robotica-e-homem-andando-com-caes-robo-vs-humano-em-pe-junto-com-animais-de-estimacao-inteligencia-artificial-tecnologia-conceito-apartamento-comprimento-total-horizontal_48369-23122.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/22/22091614746660.jpg" alt="(Fonte: Freepik)" /><span class="desc">(Fonte: Freepik)</span></span></p>
<p>Mas a tecnologia est&aacute; &agrave; disposi&ccedil;&atilde;o n&atilde;o apenas para os grandes produtores. A intelig&ecirc;ncia de dados j&aacute; est&aacute; dispon&iacute;vel para melhorar a <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/119881-6-animais-que-ajudaram-a-desenvolver-a-saude-moderna.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sa&uacute;de</a> dos <em>pets</em> dom&eacute;sticos. J&aacute; existem no Brasil solu&ccedil;&otilde;es tecnol&oacute;gicas que registram as atividades de um cachorro ou gato durante 24 horas por dia, sinalizando qualquer altera&ccedil;&atilde;o pelo celular - para o tutor e o veterin&aacute;rio.</p>
<p>E pasme: j&aacute; h&aacute; tecnologias surgindo que oferecem uma esp&eacute;cie de <em>"</em><em>pet commerce"</em>. Ou seja, um dispositivo que mapeia a rea&ccedil;&atilde;o e o comportamento do seu animalzinho quando ele se depara com algum produto em uma tela, por exemplo. Assim, voc&ecirc; consegue ter uma no&ccedil;&atilde;o melhor se o seu c&atilde;o gostou daquele item (um brinquedo, por exemplo) e sabe se aquilo que vai agrad&aacute;-lo antes de comprar. N&atilde;o &eacute; magia, &eacute; tecnologia!</p>
<p></p>

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