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Em algum momento da nossa história viveu uma pessoa que conecta todos os seres humanos vivos de planeta atualmente

<head></head><body>Carlos Magno ficou conhecido como “Pai da Europa” por ter conseguido unir a maior parte do continente europeu desde o apogeu do Império Romano. Por isso, não é uma surpresa saber que existem muitos descendentes dele espalhados pelo mundo. Mas quantas pessoas estão ligadas ao antigo rei dos francos?De acordo com o geneticista Adam Rutherford, literalmente todos com ascendência europeia descendem diretamente de Carlos Magno. E não para por aí. <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/106389-sera-que-voce-e-parente-do-genghis-khan.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Genghis Khan também é conhecido por ter deixado muitos descendentes</a>, enquanto a linhagem de Vlad, o Empalador — que inspirou o Drácula — <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122953-a-rainha-elizabeth-era-descendente-de-dracula.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">está conectada à família real britânica</a>.<h2>Todas as pessoas têm um mesmo antepassado?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/27/27154907754275.jpg" alt="Carlos Magno, o &quot;Pai da Europa&quot;.">Carlos Magno, o "Pai da Europa".Se você já se perguntou qual é a relação que você pode ter com seus amigos, com celebridades ou com <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121427-milhares-de-pessoas-descendem-da-realeza-e-nao-fazem-ideia-disso.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">nobres do passado</a>, saiba que pode ser maior que imagina. Considere que sua árvore genealógica cresce exponencialmente a cada geração que você retorna. Começa com dois para seus pais, quatro para seus avós, oito para os bisavós e assim por diante. Na 33ª geração — algo entre 800 e 1.000 anos atrás — você tem mais de oito bilhões de ramificações diretas.&nbsp;Esse número é maior que a população mundial hoje. Então, como isso é possível? A explicação desse aparente paradoxo é que a árvore genealógica de uma pessoa não segue linhas diretas. Em vez disso, elas começam a se conectar em diferentes níveis. O resultado disso é que uma mesma pessoa pode ocupar mais de um espaço na sua árvore.Mas se você está pensando em Dark ou qualquer outra história confusa de ficção científica e viagem no tempo, pode se tranquilizar. A realidade, embora pareça complicada, é bem menos complexa. O que acontece é que uma pessoa que foi pai de um antepassado seu há 15 gerações, também pode ter sido tio de outro antepassado em outro nível.<h2>Um ancestral comum</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/27/27155132916279.jpg" alt="Na época de Nefertiti, alguém de quem todos descendemos estava vivo em algum lugar do mundo.">Na época de Nefertiti, alguém de quem todos descendemos estava vivo em algum lugar do mundo.Embora não seja possível afirmar com exatidão em que momento da história humana viveu o antepassado de qual todos nós somos descendentes, é possível estimar um período. Usando modelagem matemática e simulações de computador, um grupo de estatísticos do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), calculou que nosso (ou nossa) ancestral comum mais recente provavelmente viveu entre 1400 a.C. e 55 d.C. — possivelmente mais perto desta última data.E se voltarmos um pouco mais é possível chegar a uma data em que nossas árvores genealógicas compartilham não apenas um ancestral em comum, mas vários. Nesta data — em algum momento entre 5300 e 2200 a.C. —, chamada de isoponto genético, as árvores genealógicas de quaisquer duas pessoas na Terra agora, não importa quão distantes pareçam, remontam ao mesmo conjunto de indivíduos.&nbsp;E como o isoponto genético ocorreu tão recentemente, é possível afirmar com certeza que a ideia de pureza de linhagem, além de uma besteira, é conceitualmente equivocada. Nenhuma pessoa tem antepassados de apenas uma origem étnica ou região do mundo. Embora muitos traços genéticos se percam ao longo da linhagem, pois nós recebemos apenas metade do material genético dos nossos pais, as conexões genealógicas com o globo inteiro significam que não muito tempo atrás seus ancestrais estiveram envolvidos em todos os eventos da história mundial.</body>

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Todas as pessoas do mundo têm um antepassado comum?

Imagem de É verdade que todas as células do corpo se renovam a cada 7 anos? no megacurioso

Apesar de interessante, essa teoria não explica o que realmente ocorre em nosso organismo

<head></head><body>A ideia de que o nosso corpo passa por um processo de renovação celular a cada sete anos pode ser um tanto quanto interessante, mas ela não explica o que ocorre de fato no interior do nosso organismo. &nbsp;Mas se você tinha certeza de que essa informação era verdadeira, não se sinta mal por isso! A verdade é que a composição das <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122789-atlas-de-celulas-humanas-o-projeto-que-vai-mapear-37-trilhoes-de-celulas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">células</a> do corpo conta com uma ampla gama de particularidades e, claro, isso ocorre porque existem diferentes tipos de células nos seres vivos. &nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/12/12085942556064.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)Quando falamos em seres humanos, o tempo de vida das células, por sua vez, também é variado. Enquanto as células que compõem a nossa pele se renovam a cada três semanas, em média, por exemplo, as <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121763-celulas-humanas-recem-descobertas-sao-cruciais-para-a-respiracao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">células</a> de gordura ou mesmo dos ossos podem chegar a levar dez anos para se regenerarem. &nbsp;Ou seja, na prática, em sete anos, podem ocorrer muitas mudanças em nosso interior, sim! Mas nem todas as células cerebrais, por exemplo, se regeneram com o passar do tempo. As lentes dos nossos olhos, por sua vez, também nos acompanham ao longo da vida. &nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/12/12092617874071.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)">(Fonte: Pixabay)Para os mais românticos, sete anos também não são o bastante para as células do <a href="https://www.megacurioso.com.br/medicina-e-psicologia/33884-medicos-convertem-celulas-cardiacas-em-musculares-para-tratar-coracoes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">coração</a> se renovarem. Acredita-se que cerca de 40% delas se regenerem durante a vida. Ou seja, pode ser preciso adaptar bem esse discurso antes de espalhar essa informação por aí! &nbsp;E mesmo em áreas em que as células envelhecem e se renovam, não significa que elas irão impedir que o processo de envelhecimento ocorra ou algo do tipo. Afinal, nosso corpo reflete a idade biológica que possui.&nbsp;Isso também quer dizer que o processo de renovação das células realizado por replicação, como a mutação, pode acumular falhas com os anos, podendo resultar em células cancerígenas, por exemplo. E para encerrar de vez esse assunto: não, a renovação das células não ocorre de forma simultânea no corpo inteiro, o que coloca por água abaixo de vez essa teoria.</body>

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É verdade que todas as células do corpo se renovam a cada 7 anos?

Imagem de Afinal, como os cavalos-marinhos dão à luz seus filhotes? no megacurioso

Nesta espécie, a gestação ocorre de forma bem diferente de outras!

<head></head><body>Os cavalos-marinhos podem dar à luz de uma maneira única, e isso não era um fato inteiramente desconhecido, já que entre eles, quem engravida é o macho. Segundo uma pesquisa realizada pela Universidade de Sidney e de Newcastle, existem alguns motivos que podem ajudar a explicar melhor como tudo isso ocorre.O estudo realizado pela equipe buscou analisar tanto a anatomia do animal quanto o processo de dar à luz os filhotes. E até esse último passo ocorrer, há algumas etapas complexas envolvidas, começando pelo próprio desenvolvimento embrionário.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/09/09184822399398.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)<h2>A gestação nos cavalos-marinhos&nbsp;</h2>Nos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/108665-cavalo-marinho-fofo-ver-hoje.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cavalos-marinhos</a>, a gestação dura em torno de 10 a 25 dias. Os machos, responsáveis por receber os ovos, são quem os fertiliza e realizam a gestação de até 2 mil filhotes. Após o nascimento deles, poucos sobrevivem – &nbsp;já que ficam muito suscetíveis ao ataque de predadores no mar.O corpo dos machos é dotado de particularidades que auxiliam desde no início, no momento em que eles recebem os ovos numa espécie de bolsa abdominal logo após o ritual de acasalamento. Ali, é possível regular a temperatura e promover as melhores condições para o nascimento dos filhotes, seja fornecendo nutrientes ou mesmo regulando a troca entre oxigênio e gás carbônico graças à contração de músculos esqueléticos. &nbsp;Já o nascimento, por sua vez, é realizado graças à contração de músculos esqueléticos desenvolvidos justamente para essa finalidade, e é a ocitocina é o hormônio que auxilia nisso. Enquanto com outras espécies de vertebrados esse <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121138-qual-a-relacao-entre-hormonios-sexuais-e-gordura-localizada.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">hormônio</a> atua na contração dos músculos lisos, controlados involuntariamente, o parto ocorre de forma diferente com o grupo de animais do mar.&nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/09/09185351773399.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)<h2>Descobertas sobre a espécie &nbsp;</h2>Nos cavalos marinhos, o hormônio atua como se fosse uma espécie de gatilho fisiológico, estimulando que as contrações ocorram e o animal dê à luz de forma consciente, o que surpreendeu os pesquisadores.Essa descoberta foi possível graças à comparação do papel da ocitocina nos animais para verificar como o músculo liso presente reagia na presença do hormônio e mesmo da observação dos movimentos que a espécie realiza durante o parto. Com os cavalos-marinhos, a bolsa incubadora dos animais não se contraiu na presença da ocitocina.&nbsp;A observação anatômica dos cavalos marinhos também possibilitou verificar que os machos possuem uma estrutura óssea diferente e ligada a grandes músculos, sendo maior que a encontrada nas fêmeas da mesma espécie.Apesar de serem descobertas revelantes, os pesquisadores acreditam que ainda há muito o que ser estudado e investigado sobre estes fantásticos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121988-5-maneiras-bizarras-de-como-os-animais-marinhos-se-reproduzem.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">animais marinhos</a>.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:24.065Z

Afinal, como os cavalos-marinhos dão à luz seus filhotes?

Imagem de O que é o nanismo? Entenda a condição genética no megacurioso

Conheça mais sobre a condição que faz com que as pessoas tenham baixa estatura

<head></head><body>Aclamado pelo seu papel como Tyrion Lannister na série Game of Thrones, o ator Peter Dinklage é um ilustre exemplo de uma pessoa com nanismo. Mas o que é essa condição? Resumidamente, o nanismo é o resultado de uma mutação genética que faz uma pessoa ter baixa estatura.Sendo assim, esse indivíduo será consideravelmente menor do que a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122773-por-que-a-media-de-altura-das-pessoas-muda-conforme-o-pais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">média de altura</a> de um homem ou de uma mulher. Em geral, uma pessoa com nanismo possui entre 1,21 metro a 1,47 metro de altura. Embora a palavra "anão" seja usada corriqueiramente pelo público geral, o termo correto para se referir a alguém com essa condição é "baixa estatura" ou "pessoa pequena".<h2>Quais são os tipos de nanismo?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/30/30121020356131.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Apesar de o<a href="https://www.megacurioso.com.br/papo-de-bar/46960-despedida-de-solteiro-mulher-tem-bebe-com-nanismo-e-confessa-caso-com-anao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">nanismo</a> poder ser causado por uma grande variedade de fatores, existem dois tipos principais que qualificam essa condição: proporcional e desproporcional. Entenda quais são as diferenças entre cada um deles.<h3>Proporcional</h3>Esse é o nome dado para quando a cabeça, o tronco e os membros de uma pessoa com nanismo são proporcionais entre si, mas bem menores do que os de uma pessoa com tamanho médio. Normalmente, esses casos resultam de alguma deficiência hormonal e até mesmo pode ser tratada com injeções de hormônio na infância.Através desses tratamentos, alguém nascido com nanismo proporcional pode até atingir uma altura média ou chegar perto dela.<h3>Desproporcional</h3>O tipo mais comum de nanismo é o desproporcional, que ocorre quando as partes do corpo de um indivíduo possuem tamanhos discrepantes. Por exemplo, uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/genetica/37506-voce-sabia-que-existe-uma-condicao-genetica-capaz-de-deixar-a-pele-azul-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">condição genética</a> chamada acondroplasia faz com que os braços e pernas dessa pessoa sejam significantemente mais curtos do que os de uma pessoa de tamanho normal, porém, o tronco não é afetado.Em outros casos, a cabeça de uma pessoa com nanismo é desproporcional e pode ser ligeiramente maior do que a de um indivíduo de altura média.&nbsp;<h2>O que causa o nanismo?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/30/30121303962138.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)">(Fonte: Pixabay)Como citado anteriormente, existem diversas condições que podem gerar o nanismo e esse número pode ultrapassar a casa de 300 fatores, sendo a maioria das causas genéticas. As mais comuns delas são:<ul><li>Acondroplasia:&nbsp;quatro a cada cinco pessoas com essa condição possuem dois pais de tamanho médio;</li><li>Síndrome de Turner: afeta apenas mulheres. A pessoa herda um cromossomo X incompleto;</li><li>Deficiência hormonal: pode ocorrer por mutação genética, mas tende não possui diagnóstico facilitado;</li><li>Hipotireoidismo:&nbsp;problemas na tireoide, sobretudo na juventude, podem causas crescimento limitado;</li><li>Retardo no crescimento intra-uterino: problema na gravidez faz com que o bebê seja muito menor que a média.&nbsp;</li></ul><h2>Curiosidade sobre o nanismo</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/30/30121223539137.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Uma coisa que muitas pessoas não sabem é que dois indivíduos com nanismo causado por acondroplasia podem ter um filho de tamanho médio. E qual o motivo para isso acontecer? Para isso, basta compreender um pouco sobre genética.O gene FGFR3 resulta em altura média para a maioria das pessoas, mas pode causar o nanismo chamado acondroplasia — que por sua vez é uma condição dominante. Pessoas com nanismo acondroplásico têm uma cópia do gene FGFR3 que causa nanismo e outra que não.Logo, se juntarmos dois pais com nanismo acondroplástico, existe a chance de cada um deles passar para seu filho uma cópia que não leva o nanismo. Com isso, a probabilidade dessa criança nascer com altura média é de 25%.&nbsp; </body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:22.729Z

O que é o nanismo? Entenda a condição genética

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Pesquisadores concluíram que pessoas muito parecidas também possuem DNA semelhante

Pesquisadores do Leukemia Research Institute, em Barcelona, analisaram o DNA dos participantes de um ensaio fotogr&aacute;fico com s&oacute;sias e descobriram que as semelhan&ccedil;as v&atilde;o muito al&eacute;m dos tra&ccedil;os f&iacute;sicos.
<h2>O ensaio fotogr&aacute;fico</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/26/26094011475048.jpg" alt="Uma das duplas de doppelg&auml;ngers fotografadas por Brunelle. (Fonte: Fran&ccedil;ois Brunelle / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Uma das duplas de doppelg&auml;ngers fotografadas por Brunelle. (Fonte: Fran&ccedil;ois Brunelle / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A partir da sua pr&oacute;pria semelhan&ccedil;a com o ator Rowan Atkinson, famoso pelo personagem Mr. Bean, o fot&oacute;grafo canadensse Fran&ccedil;ois Brunelle teve a ideia de criar um ensaio com pessoas que se parecem, mas n&atilde;o t&ecirc;m nenhum tipo de parentesco. O ensaio intitulado &ldquo;Eu n&atilde;o sou s&oacute;sia!&rdquo; reuniu centenas de <a href="https://www.megacurioso.com.br/sobrenatural/46749-10-figuras-historicas-que-constantemente-viam-copias-de-si-mesmas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">duplas id&ecirc;nticas</a> e foi um sucesso nas redes sociais.&nbsp;
Tal sucesso chamou aten&ccedil;&atilde;o do Dr. Manel Esteller, pesquisador do Leukemia Research Institute, que j&aacute; havia estudado as diferen&ccedil;as f&iacute;sicas em g&ecirc;meos id&ecirc;nticos e achou interessante se debru&ccedil;ar sobre o inverso: as semelhan&ccedil;as de pessoas que n&atilde;o s&atilde;o parentes.
Para realizar a pesquisa, a equipe de Esteller utilizou um software de reconhecimento facial que analisou os rostos de 32 pares de participantes do ensaio fotogr&aacute;fico de Brunelle. Al&eacute;m disso, os cientistas coletaram o DNA desses participantes e dados sobre estilo de vida.
<h2>O estudo</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/30/30171921434370.jpg" alt="Software identificou alguns dos participantes como g&ecirc;meos. (Fonte: Shutterstock)" />Software identificou alguns dos participantes como g&ecirc;meos. (Fonte: Shutterstock)
Dos 32 pares, o software indicou pontua&ccedil;&otilde;es de g&ecirc;meos id&ecirc;nticos para 16. Assim, esses 16 pares de <a href="https://www.megacurioso.com.br/bizarro/85631-no-reino-unido-homem-em-um-aviao-senta-ao-lado-de-alguem-identico-a-ele.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">doppelg&auml;ngers</a> tiveram os seus DNAs analisados. Os resultados do estudo foram publicados recentemente na revista Cell Reports e indicaram que os 16 participantes que o software identificou como g&ecirc;meos compartilham muito mais genes entre si do que aqueles que o software considerava menos parecidos.
De acordo com Esteller, os participantes mais parecidos entre si se parecem porque compartilham partes importantes do genoma ou a sequ&ecirc;ncia do DNA. Para o pesquisador, essa semelhan&ccedil;a at&eacute; certo ponto s&atilde;o um capricho do destino que ocorre devido ao crescimento populacional. &ldquo;Agora existem tantas pessoas no mundo que o sistema est&aacute; se repetindo&rdquo;, afirmou o pesquisador em entrevista ao The New York Times.
<h2>E as experi&ecirc;ncias de vida?</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/30/30171923702372.jpg" alt="O DNA &eacute; o fator decisivo quando o assunto &eacute; semelhan&ccedil;a. (Fonte: Shutterstock)" />O DNA &eacute; o fator decisivo quando o assunto &eacute; semelhan&ccedil;a. (Fonte: Shutterstock)
As nossas experi&ecirc;ncias de vida e as dos nossos ancestrais influenciam os nossos genes e a isso os cientistas d&atilde;o o nome de epigenoma. J&aacute; a influ&ecirc;ncia do ambiente em nossas vidas &eacute; conhecida como microbioma. Em rela&ccedil;&atilde;o a essas duas &aacute;reas, a pesquisa teve resultados diferentes: enquanto o genoma dos participantes era semelhante, seus epigenomas e microbiomas eram distintos.
Ou seja, as semelhan&ccedil;as dos pares se devem mais ao <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112548-duas-pessoas-podem-ter-o-mesmo-dna.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">seu DNA&nbsp;</a>do que &agrave;s suas experi&ecirc;ncias e modo como se desenvolveram desde a inf&acirc;ncia. Para Esteller a pesquisa pode contribuir para que no futuro m&eacute;dicos possam diagnosticar doen&ccedil;as, j&aacute; que se as pessoas compartilham genes o suficiente para se parecem, &eacute; poss&iacute;vel que compartilhem tamb&eacute;m o desenvolvimento de determinadas doen&ccedil;as.

Entenda mais sobre o seu DNA com o t<a href="https://click.linksynergy.com/deeplink?id=PcZhvZUGtEs&amp;mid=46682&amp;u1=MegacuriosoEditorial09&amp;murl=https%3A%2F%2Fwww.genera.com.br%2Fpacotes%2F" target="_blank">este de anscestralidade da Genera</a>!

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Provavelmente há uma cópia sua por aí e ela pode ter o seu DNA

Imagem de Células de porcos são revividas após animais sofrerem parada cardíaca no megacurioso

Reversibilidade da morte de porcos sugere um melhor aproveitamento de órgãos em processos de transplante humano

Pesquisadores da Universidade de Yale, Estados Unidos, conseguiram reviver c&eacute;lulas de porcos mortos horas depois dos animais sofrerem uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112939-mulher-e-ressuscitada-6-horas-apos-sofrer-parada-cardiaca.htm" target="_blank" title="Mulher &eacute; 'ressuscitada' 6 horas ap&oacute;s sofrer parada card&iacute;aca">parada card&iacute;aca</a>. A descoberta, publicada originalmente no peri&oacute;dico Nature, sugere que a morte celular pode ser adiada por mais tempo do que se imaginava, com potencial para trazer resultados a longo prazo em estudos sobre transplante de &oacute;rg&atilde;os.
Segundo relatos dos cientistas, os &oacute;rg&atilde;os n&atilde;o come&ccedil;aram a funcionar imediatamente e tiveram algumas de suas opera&ccedil;&otilde;es &mdash; como a emiss&atilde;o de atividade el&eacute;trica &mdash; iniciada cerca de seis horas ap&oacute;s o &oacute;bito. Entre eles, os cora&ccedil;&otilde;es foram os que obtiveram menos resultados, mas rins, f&iacute;gados e pulm&otilde;es mostraram claros sinais de recupera&ccedil;&atilde;o, gra&ccedil;as ao uso de uma m&aacute;quina capaz de bombear fluidos ricos em nutrientes.
O processo, conhecido como oxigena&ccedil;&atilde;o por membrana extracorp&oacute;rea (ECMO), &eacute; uma pr&aacute;tica alternativa da preserva&ccedil;&atilde;o de &oacute;rg&atilde;os e funciona de forma diferente do r&aacute;pido resfriamento das partes internas do corpo (modelo padr&atilde;o). Para ser aplicado, &eacute; necess&aacute;rio o uso de uma m&aacute;quina de bombeamento, onde o&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121841-william-thorton-tentou-ressuscitar-o-presidente-george-washington.htm" target="_blank" title="William Thornton tentou ressuscitar o presidente George Washington ">sangue &eacute; retirado do corpo</a> e tem o di&oacute;xido de carbono substitu&iacute;do por oxig&ecirc;nio, para depois retornar ao seu lugar de origem.
O sistema Yale, intitulado de OrganEx, &eacute; mais sofisticado que as m&aacute;quinas atuais e tamb&eacute;m &eacute; capaz de simular as fun&ccedil;&otilde;es dos rins &mdash; n&atilde;o apenas as dos cora&ccedil;&otilde;es e pulm&otilde;es. Por&eacute;m, enquanto a ECMO consegue retardar a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120392-quais-sao-as-fases-de-decomposicao-do-corpo-humano.htm" target="_blank" title="Quais s&atilde;o as fases de decomposi&ccedil;&atilde;o do corpo humano?">morte celular</a>, o OrganEx reverte algumas condi&ccedil;&otilde;es perdidas, identificando "express&otilde;es gen&eacute;ticas que refletem certos processos de reparo molecular", segundo esclarecimentos do pesquisador Brendan Parent.
&ldquo;Restauramos algumas fun&ccedil;&otilde;es de c&eacute;lulas em v&aacute;rios &oacute;rg&atilde;os vitais que deveriam estar mortos sem nossas interven&ccedil;&otilde;es&rdquo;, disse o autor Nenad Sestan, neurocientista de Yale. &ldquo;Essas c&eacute;lulas est&atilde;o funcionando horas depois do que n&atilde;o deveriam, e o que isso nos diz &eacute; que a morte das c&eacute;lulas pode ser interrompida e sua funcionalidade restaurada em v&aacute;rios &oacute;rg&atilde;os vitais, mesmo uma hora ap&oacute;s a morte&rdquo;.
<h2>Potencial para o uso em humanos</h2>
Deepali Kumar, presidente da Sociedade Americana de Transplantes e professor de medicina da Universidade de Toronto, diz que o refinamento da m&aacute;quina de Yale tem potencial para expandir o conjunto de &oacute;rg&atilde;os humanos dispon&iacute;veis para doa&ccedil;&atilde;o. Isso porque h&aacute; uma grande escassez de estruturas para transplantes, com cerca de 20% delas sendo descartados anualmente devido &agrave; m&aacute; qualidade (via Wiley Online Library).
Estimativas da Administra&ccedil;&atilde;o Federal de Recursos e Servi&ccedil;os de Sa&uacute;de dos Estados Unidos apontam que, apenas no pa&iacute;s, mais de 100 mil pessoas est&atilde;o em listas de espera para <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118757-john-brinkley-transplantava-testiculos-de-cabra-em-homens-impotentes.htm" target="_blank" title="John Brinkley transplantava test&iacute;culos de cabra em homens impotentes">transplante de &oacute;rg&atilde;os</a>. Assim, com a pesquisa, &eacute; poss&iacute;vel sugerir que qualquer tipo de circula&ccedil;&atilde;o estar&aacute; em condi&ccedil;&otilde;es de ser restabelecida ap&oacute;s a morte celular, antes que a parte do corpo em quest&atilde;o fique irreparavelmente danificada.
A "f&oacute;rmula secreta" de Yale, que consiste em um fluido de eletr&oacute;litos, vitaminas, amino&aacute;cidos e outros nutrientes, al&eacute;m de um coquetel de 13 medicamentos que reduzem a morte e o estresse celular e modulam os sistemas imunol&oacute;gico e nervoso, tamb&eacute;m pode ser usada em outros procedimentos. No estudo, os autores tamb&eacute;m especulam que &eacute; poss&iacute;vel tratar pacientes sob efeitos de ataque card&iacute;aco. Por&eacute;m, o projeto ainda est&aacute; longe de ser testado em humanos.
De acordo com a equipe, o pr&oacute;ximo passo &eacute; realizar transplantes em outros porcos para comparar etapas do processo com os de &oacute;rg&atilde;os preservados de maneira tradicional. &ldquo;Se isso continuar a demonstrar a&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115262-cartilagem-construida-na-estacao-espacial-vira-referencia-clinica.htm" target="_blank" title="Cartilagem constru&iacute;da na Esta&ccedil;&atilde;o Espacial vira refer&ecirc;ncia cl&iacute;nica">recupera&ccedil;&atilde;o celular</a> de maneiras sem precedentes, ser&aacute; muito importante focar primeiro no potencial de resposta de emerg&ecirc;ncia, para realmente determinar qu&atilde;o bem o sistema pode restaurar a qualidade de vida das pessoas que, em outras circunst&acirc;ncias, ter&iacute;amos dito que morreram&rdquo;, conclui Parent.

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Células de porcos são revividas após animais sofrerem parada cardíaca

Imagem de Pesquisadores podem ter desvendado a identidade do Homem de Somerton no megacurioso

Após 74 anos, um dos casos mais intrigantes e misteriosos do século XX sofreu um reviravolta

<head></head><body>"Tamam Shud", que em persa significa “acabou” ou “terminou”, são duas palavras que ecoam há 74 anos nos anais da história popular da cidade de Adelaide, na Austrália, sendo um dos maiores <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/122457-5-misterios-inexplicaveis-ao-redor-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mistérios</a> que o contexto caótico do século XX deixou.Pertencente ao livro de poesias Rubaiyat, de Omar Khayyam, uma celebração mista sobre melancolia, a vida e sua brevidade, a palavra recortada de uma cópia do livro foi encontrada em 30 de novembro de 1948, no bolso da calça de um homem morto na areia da praia de Somerton, em Adelaide.<ul><li style="font-weight: bold;">Leia mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/113959-tamam-shud-o-intrigante-caso-do-homem-de-somerton.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">"Tamám Shud": o intrigante caso do Homem de Somerton</a></li></ul>Tudo poderia indicar que não passava de um suicídio, principalmente a maneira imperturbável das expressões do homem, mas quando o corpo chegou ao Hospital Royal Adelaide, e foi inspecionado pelo médico John Barley Bennet, uma série de anomalias mudou todo o contexto da investigação.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/26/26171636812066.jpg" alt="(Fonte: The Occult Museum/Reprodução)">(Fonte: The Occult Museum/Reprodução)Sem qualquer tipo de identificação, o desconhecido foi chamado pela polícia de <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/113959-tamam-shud-o-intrigante-caso-do-homem-de-somerton.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O Homem de Somerton</a>, e os anos que embalaram a aura insólita de mistério só criaram perguntas: Por que ele foi morto? Quem o matou? Quem era ele? Por que nenhum familiar jamais entrou em contato? Será que era algum tipo de espião? Será que foi queima de arquivo?Essa quantidade de perguntas sem respostas diante de um caso extremamente confuso, nunca abandou a consciência popular, tampouco a mente do professor Derek Abbott, da Escola de Engenharia Elétrica e da Universidade de Adelaide – e isso pode ter valido a pena, pois hoje o caso ganhou uma reviravolta inesperada.<h2>A árvore genealógica</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/26/26171815656067.jpg" alt="(Fonte: Otago Daily Times/Reprodução)">(Fonte: Otago Daily Times/Reprodução)Após décadas se dedicando a desvendar o misterioso caso que assombra a Austrália, Abbott alega que o homem encontrado na praia de Somerton era Carl "Charles" Webb, um engenheiro elétrico e fabricante de instrumentos, nascido em Melbourne, capital costeira de Victoria, a sudeste da Austrália, em meados de 1905.Com ajuda da genealogista americana Colleen Fitzpatrick, foi feito um sequenciamento de DNA presente no corpo do Homem de Somerton, exumado em maio passado a pedido dos dois pesquisadores e da Forensic Science AS à polícia da Austrália do Sul.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/26/26172427078070.jpg" alt="Derek Abbott. (Fonte: The Somerton Man/Reprodução)">Derek Abbott. (Fonte: The Somerton Man/Reprodução)Durante anos, eles usaram fios de cabelo do homem presos em uma máscara de gesso feita pela polícia no final da década de 1940, para poder construir uma complexa <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122508-entenda-o-simbolismo-por-tras-da-arvore-da-vida.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">árvore genealógica</a> de cerca de 4 mil nomes que levaram a Webb, cuja data da morte ainda não havia sido registrada.Em entrevista à&nbsp;CNN, Abbott disse que a pesquisa foi tão profunda que sua equipe investigou até casos arquivados que poderiam ser considerados distantes, como o desaparecimento de <a href="https://www.megacurioso.com.br/personalidades/99439-amelia-earhart-a-piloto-de-aviao-cujo-sumico-e-um-misterio-ate-hoje.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Amelia Earhart</a>, em 1937, e o acidente do voo 422 da Northwest, no ano em que o homem foi encontrado em Somerton.<h2>Uma resposta, mil perguntas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/26/26172552813071.jpg" alt="(Fonte: The Unredacted/Reprodução)">(Fonte: The Unredacted/Reprodução)A investigação encontrou até uma conexão com o nome "T. Keane" impresso na gravata do Homem de Somerton, que pode ter pertencido ao seu cunhado, chamado Thomas Kean, que morava a apenas 20 minutos de carro dele em Victoria.Abbott também especula que o motivo de Webb estar em Adelaide no dia de sua morte é porque ele se separou de sua esposa e se mudou para a Austrália do Sul, então, possivelmente, ele foi localizá-la.Em 23 de julho desse ano, a equipe comparou o DNA obtido dos cabelos do cadáver com testes de DNA feito por parentes distantes de Webb através de bancos de dados genealógicos populares, como o Ancestry.com.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/26/26172751094072.jpg" alt="(Fonte: ABC/Reprodução)">(Fonte: ABC/Reprodução)Eles encontraram um primo paterno e materno, indicando uma triangulação de duas partes diferentes e totalmente distantes da árvore genealógica, o que é considerado muito convincente. Abbott rastreou e conversou com os parentes vivos, mas todos pertencem a uma geração bem distante de Webb, tanto que nenhum deles o conhecia e não possuíam fotos dele em álbuns de família, nem mesmo os antigos.Apesar da quantidade de descobertas feita pelo time de pesquisadores, a Polícia da Austrália do Sul e a Science Forense South Austrália ainda não verificaram a pesquisa. E muito embora algumas respostas tenham sido obtidas com os últimos desdobramentos do caso, mais perguntas foram adicionadas ao arquivo sobre o mistério.Mas como Abbott mesmo deixou claro, a descoberta é apenas o início de tudo, e serviu para mostrar que nenhum caso fica inconclusivo para sempre.</body>

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Pesquisadores podem ter desvendado a identidade do Homem de Somerton

Imagem de Os 200 anos de Mendel, o pai da Genética no megacurioso

Seus estudos foram fundamentais para a compreensão da hereditariedade

Considerado o Pai da&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120461-as-origens-e-a-incrivel-historia-da-genetica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Gen&eacute;tica</a>, Mendel fez estudos que foram fundamentais para a compreens&atilde;o da hereditariedade. E &eacute; para celebrar a vida e as descobertas desse cientista, que as empresas Mendelics e do meuDNA decidiram comemorar em 20 de julho, o Dia da Gen&eacute;tica.
<h2>Mendel e as ervilhas</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/25/25160734369372.jpg" alt="" />
Gregor Johann Mendel nasceu em 20 de julho de 1822 na pequena vila de Hyncice, no imp&eacute;rio Austr&iacute;aco. Ele nasceu em uma fam&iacute;lia de camponeses e desde pequeno j&aacute; tinha o costume de observar as plantas da sua casa. Na &eacute;poca, sua fam&iacute;lia n&atilde;o tinha condi&ccedil;&otilde;es de bancar os estudos, o que fez com que Mendel optasse por se juntar &agrave; Ordem de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122043-5-santos-que-viveram-longe-da-santidade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Santo Agostinho</a> em 1843, aos 21 anos.
A vida no monast&eacute;rio permitiu que o jovem tivesse acesso aos estudos, ampliando assim os seus conhecimentos. Em 1851, Mendel ingressou na Universidade de Viena, onde estudou hist&oacute;ria natural, matem&aacute;tica e f&iacute;sica por dois anos. Ao retornar ao mosteiro, ele passa a dar aulas no local e decide iniciar o seu famoso estudo com <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/108201-5-alimentos-falsificados-que-voce-consome-sem-saber.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ervilhas</a>.
Tentando compreender como funcionava a hereditariedade, Mendel analisou sete caracter&iacute;sticas da planta: altura da planta, posi&ccedil;&atilde;o da flor, cor da flor, cor da semente, forma da semente, cor da vagem e forma da vagem. A op&ccedil;&atilde;o por analisar ervilhas foi pelo r&aacute;pido desenvolvimento das plantas e pela facilidade de observar as caracter&iacute;sticas.
O que Mendel descobriu ao fazer os cruzamentos foi a domin&acirc;ncia de uma determinada caracter&iacute;stica sobre outras. Com as ervilhas, o que aconteceu foi que os cruzar plantas puras de caracter&iacute;sticas diferentes, resultava em descendentes com as caracter&iacute;sticas de apenas um dos parentais. J&aacute; em um cruzamento desses descendentes, era poss&iacute;vel observar uma terceira gera&ccedil;&atilde;o com todas as caracter&iacute;sticas, embora algumas em menor concentra&ccedil;&atilde;o. Foi assim que Mendel descobriu que algumas caracter&iacute;sticas s&atilde;o dominantes em rela&ccedil;&atilde;o a outras.
<h2>Legado</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/25/crawly-25130453385217.jpg" alt="" />
Mendel continuou seus estudos por muitos anos e chegou a enviar seus trabalhos para v&aacute;rios pesquisadores &mdash; inclusive Charles Darwin &mdash;, mas n&atilde;o recebeu a aten&ccedil;&atilde;o de nenhum deles. Ele faleceu em 6 de janeiro de 1884 sem o devido reconhecimento, que s&oacute; aconteceu anos mais tarde quando os pesquisadores europeus Hugo de Vries, Carl Correns e Erich Tschermak-Seysenegg encontraram os estudos de Mendel.
Com as suas descobertas, o estudo de hereditariedade se tornaram amplamente conhecidos, permitindo que a hist&oacute;ria da gen&eacute;tica pudesse avan&ccedil;ar muito. Entender sobre &nbsp;hereditariedade nos permite saber se um determinado grupo possui alguma predisposi&ccedil;&atilde;o gen&eacute;tica para desenvolver determinados tipos de doen&ccedil;a, como c&acirc;ncer e diabetes.
Estes estudos tamb&eacute;m s&atilde;o importantes para compreender o grau de parentesco entre indiv&iacute;duos de uma mesma esp&eacute;cie (teste de paternidade) e at&eacute; entre esp&eacute;cies distintas, o que oferece uma melhor compreens&atilde;o sobre a evolu&ccedil;&atilde;o.
Hoje a gen&eacute;tica j&aacute; evoluiu muito, com t&eacute;cnicas moleculares que facilitam esses estudos. Mas tudo isso s&oacute; foi poss&iacute;vel, gra&ccedil;as ao trabalho precursor de Mendel.

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Os 200 anos de Mendel, o pai da Genética

Imagem de A curiosa mutação que faz mulheres nascerem geneticamente homens no megacurioso

Estudo indica que, embora muitas mulheres crescem no corpo feminino, algumas descobrem durante a puberdade que são geneticamente homens

Na teoria, tudo &eacute; muito simples. Os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/111956-cromossomo-y-pode-desaparecer-em-futuro-distante.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cromossomos</a> sexuais geralmente determinam quem &eacute; homem e quem &eacute; mulher. Quem apresenta cromossomos XX s&atilde;o as mulheres, enquanto os homens s&atilde;o gerados atrav&eacute;s dos cromossomos XY. Na realidade, por&eacute;m, tudo pode ser mais dif&iacute;cil de se explicar.
Geneticamente falando, muitas <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/75585-21-mulheres-incriveis-que-mudaram-o-mundo-para-melhor.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mulheres</a> s&atilde;o, na verdade, homens. E o que isso quer dizer? De acordo com um novo estudo feito por pesquisadores dinamarqueses, muitas mulheres crescem com um corpo feminino, mas acabam descobrindo durante a puberdade que possuem mais similaridades gen&eacute;ticas com os homens &mdash; numa propor&ccedil;&atilde;o muito maior do que a esperada. Entenda o estudo nos pr&oacute;ximos par&aacute;grafos!
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121981-como-nossos-genes-determinam-a-aparencia-do-nosso-rosto.htm" target="_blank">Como nossos genes determinam a apar&ecirc;ncia do nosso rosto?</a>
<h2>Surpresa na puberdade</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/12/12192721370526.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)" />(Fonte: Unsplash)
Segundo a pesquisa feita pela Universidade de Aarhus, 1 a cada 15 mil homens nasce e cresce como se fosse uma menina. A fisionomia &eacute; t&atilde;o padronizada que voc&ecirc; n&atilde;o encontraria uma diferen&ccedil;a se n&atilde;o soubesse o que est&aacute; procurando. Al&eacute;m do mais, nem essas meninas e nem seus pais t&ecirc;m ideia do que est&aacute; acontecendo.
Em tese, meninas nascidas com os cromossomos XY s&atilde;o geneticamente meninos, mas por in&uacute;meras raz&otilde;es &mdash; principalmente muta&ccedil;&otilde;es nos genes que determinam o desenvolvimento sexual &mdash; as caracter&iacute;sticas masculinas nunca s&atilde;o expressas. Logo, elas vivem suas vida como uma mulher qualquer, inclusive com algumas delas podendo <a href="https://www.megacurioso.com.br/bizarro/37373-bizarro-mulher-maluca-quer-dar-a-luz-a-um-bebe-de-tubarao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dar &agrave; luz</a>.&nbsp;
Em declara&ccedil;&atilde;o oficial, o l&iacute;der do estudo, Claus H&oslash;jbjerg Gravholt, explicou que essa &eacute; a primeira pesquisa nacional a abordar esse tema no mundo. "Esse grupo de pessoas &eacute; 50% maior do que acredit&aacute;vamos anteriormente. A forma como essas meninas descobrem os fatos e falam abertamente sobre sua situa&ccedil;&atilde;o tamb&eacute;m varia muito&rdquo;, desenvolveu.
<h2>Desenvolvimento do estudo</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/12/12192103870525.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
Como pr&oacute;xima etapa, Gravholt e seus colegas almejam entender como pessoas com os cromossomos XY podem se tornar mulheres e porque essas anormalidades acontecem. At&eacute; ent&atilde;o, os dois maiores culpados parecem ser a s&iacute;ndrome de Morris e s&iacute;ndrome de Swyer.&nbsp;
A s&iacute;ndrome de Morris &eacute; uma s&iacute;ndrome de insensibilidade androg&ecirc;nica. Isso quer dizer que essas pessoas t&ecirc;m n&iacute;veis extremamente altos de testosterona e outros horm&ocirc;nios masculinos, mas que n&atilde;o afetam as c&eacute;lulas fetais que geralmente desenvolvem o &oacute;rg&atilde;o sexual masculino. Logo, essas pessoas t&ecirc;m os cromossomos masculinos, mas s&atilde;o mulheres socialmente e na apar&ecirc;ncia externa.
Normalmente, a maioria das meninas com s&iacute;ndrome de insensibilidade androg&ecirc;nica descobre na puberdade que elas diferem de outras meninas. Nessa fase da vida, elas aprendem que nunca poder&atilde;o dar &agrave; luz, por exemplo. O diagn&oacute;stico costuma acontecer entre os 7 e 8 anos, mas existem mulheres que s&atilde;o diagnosticadas tardiamente.&nbsp;
Esse atraso &eacute; um problema que afeta a vida de muitas pessoas, uma vez que descobrir que voc&ecirc; &eacute; do sexo oposto ap&oacute;s ter vivido uma vida inteira de outra forma pode causar um verdadeiro choque de identidade. Com essa nova descoberta, os pesquisadores esperam estar mais preparados para lidar com esse tipo de caso nos pr&oacute;ximos anos.&nbsp;

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A curiosa mutação que faz mulheres nascerem geneticamente homens

Imagem de Nossos primeiros ancestrais podem ser até 1 milhão de anos mais velhos no megacurioso

Pesquisadores acreditam que nova amostra de restos mortais pode revelar que os humanos já tinham ancestrais 1 milhão de anos antes do que se achava

Um novo estudo feito por arque&oacute;logos do Museu Smithsonian obteve resultados impressionantes. De acordo com os pesquisadores, os restos fossilizados de alguns dos ancestrais mais antigos conhecidos pela humanidade podem ser ainda mais velhos do que os cientistas acreditavam originalmente.
Os f&oacute;sseis, incluindo um pertencente a uma antiga esp&eacute;cie&nbsp;Australopithecus africanus batizada de Sra. Ples, estiveram enterrados por mil&ecirc;nios em cavernas na &Aacute;frica do Sul &mdash; que ganharam a alcunha de "Ber&ccedil;o da Humanidade". Segundo as novas estimativas, &eacute; poss&iacute;vel que esse grupo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118992-humanos-teriam-chegado-as-americas-20-mil-anos-antes-do-imaginado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">primatas primitivos</a> tenha andado pela Terra entre 3,4 e 3,7 milh&otilde;es de anos atr&aacute;s.
<h2>Evolu&ccedil;&atilde;o humana</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/05/05184337336549.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Segundo os estudiosos envolvidos na an&aacute;lise dos f&oacute;sseis, a nova linha do tempo criada pelas recentes estimativas conseguiria reformular todo o entendimento que a Ci&ecirc;ncia tem a respeito da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114717-evolucao-como-algumas-plantas-se-tornaram-carnivoras.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">evolu&ccedil;&atilde;o</a> humana at&eacute; aqui. Dessa forma, poderiam existir m&uacute;ltiplas maneiras pelas quais nossos ancestrais teriam evolu&iacute;do para os primeiros humanos.
Durante muito tempo, a comunidade cient&iacute;fica tinha o consenso de que a Australopithecus africanus,&nbsp;cujos f&oacute;sseis foram descobertos nas cavernas de Sterkfontein, tinham menos de 2,6 milh&otilde;es de anos. Ao longo dos anos, o complexo subterr&acirc;neo foi respons&aacute;vel por guardar mais restos de primatas do que qualquer outro lugar do mundo &mdash; inclusive o cr&acirc;nio quase completo de Sra. Ples, encontrado em 1947.
Conforme relatado pelo Museu Smithsonian, nossos ancestrais j&aacute; andavam sobre os dois p&eacute;s e eram muito mais baixos do que os humanos modernos. Os machos mediam cerca de 1,38 metro de altura e as f&ecirc;meas, em m&eacute;dia, 1,15 metro. Anteriormente, os homin&iacute;deos Australopithecus africanus eram considerados pelos cientistas como jovens demais para terem evolu&iacute;do para o g&ecirc;nero Homo, nossos ancestrais diretos que j&aacute; vagavam pela Terra h&aacute; cerca de 2,2 milh&otilde;es de anos.&nbsp;
<h2>Novas t&eacute;cnicas de estudo</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/05/05190624751558.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Identificar que os f&oacute;sseis encontrados na &Aacute;frica do Sul eram 1 milh&atilde;o de anos mais velhos do que o esperado s&oacute; foi poss&iacute;vel devido &agrave;s novas t&eacute;cnicas de data&ccedil;&atilde;o radioativa desenvolvidas pelos pesquisadores. A idade revisada foi obtida por meio de testes com sedimentos ao redor dos f&oacute;sseis para n&iacute;veis de um is&oacute;topo raro criado quando as rochas foram expostas a raios c&oacute;smicos &mdash; que teriam lhes atingido antes de ca&iacute;rem na caverna.
As novas descobertas n&atilde;o apenas sugerem que essas esp&eacute;cies vagaram pela Terra muito antes do que era tido como verdade anteriormente, mas tamb&eacute;m fornece o tempo necess&aacute;rio para que tenham conseguido dar um salto evolutivo, fazendo que a Sra. Ples fizesse parte dos ancestrais dos primeiros humanos.
O estudo tamb&eacute;m mostra que os Australopithecus africanus&nbsp;viveram ao mesmo tempo que o primata conhecido como <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117827-cientistas-usam-reconstrucao-facial-para-corrigir-rosto-de-lucy.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Lucy</a>, exemplar de Australopithecus afarensis considerado por muito tempo como a esp&eacute;cie que deu origem aos seres humanos. A linha do tempo atualizada significa que as duas esp&eacute;cies podem ter interagido e procriado, algo que traria ainda mais d&uacute;vidas e complexidade a respeito de onde os humanos vieram e como foram surgindo.

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