Imagem de Cientista que editou a genética de embriões é condenado à prisão no megacurioso

Além de passar três anos atrás das grades, o geneticista chinês He Jiankui terá que pagar uma multa milionária

<p>O cientista He Jiankui, que em 2018 surpreendeu o mundo ao supostamente ter criado os <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/136498-cientista-revela-participacao-criacao-gemeas-geneticamente-editadas.htm">primeiros beb&ecirc;s geneticamente modificados</a>, foi condenado a tr&ecirc;s anos de pris&atilde;o na China, nesta segunda-feira (30), sob a alega&ccedil;&atilde;o de ter praticado a medicina ilegalmente ao realizar a <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/147932-tecnica-edicao-genes-resultado-pacientes-humanos.htm">edi&ccedil;&atilde;o de genes</a> de embri&otilde;es humanos para fins reprodutivos.</p>

<p>Conforme a ag&ecirc;ncia de not&iacute;cias <em>Xinhua</em>, o geneticista ainda foi multado em 3 milh&otilde;es de yuans, o equivalente a aproximadamente R$ 1,7 milh&atilde;o, pela cota&ccedil;&atilde;o do dia, al&eacute;m de ser banido da medicina reprodutiva para sempre.</p>

<p>Participantes do projeto coordenado por He, os pesquisadores Zhang Renli e Qin Jinzhou tamb&eacute;m ser&atilde;o presos. Eles foram sentenciados a dois anos e a 18 meses de deten&ccedil;&atilde;o, respectivamente, e ter&atilde;o que pagar multas de 1 milh&atilde;o de yuans (R$ 580 mil) e 500 mil yuans (R$ 290 mil). A equipe era composta por 10 cientistas,&nbsp;mas n&atilde;o h&aacute; not&iacute;cias sobre puni&ccedil;&atilde;o aos demais.</p>

<figure><img alt="" height="366" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/12/30/30143043063003.jpg" width="650" />
<figcaption>O experimento de He Jiankui foi anunciado no final de 2018. (Fonte: Wikimedia Commons)</figcaption>
</figure>

<p>Na decis&atilde;o do julgamento, a corte chinesa afirmou que os acusados n&atilde;o possu&iacute;am habilita&ccedil;&atilde;o para praticar medicina e acabaram violando deliberadamente normas de pesquisa cient&iacute;fica e tratamento m&eacute;dico ao realizar a edi&ccedil;&atilde;o gen&eacute;tica, com o intuito de buscar fama e riqueza.</p>

<h2>T&eacute;cnica &eacute; proibida na China</h2>

<p>Ent&atilde;o professor-assistente da Universidade de Ci&ecirc;ncia e Tecnologia do Sul de Shenzen, He Jiankui anunciou, em novembro de 2018, ter usado a tecnologia de edi&ccedil;&atilde;o gen&eacute;tica chamada CRISPR-Cas9 para modificar os genes de embri&otilde;es e torn&aacute;-los resistentes ao <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/145497-hiv-descoberta-segunda-mutacao-gene-torna-celulas-imunes-virus.htm">HIV</a>, que foram implantados em volunt&aacute;rias.</p>

<p>Detalhes do experimento nunca foram verificados de forma independente, mas de acordo com as investiga&ccedil;&otilde;es, Jiankui utilizou tecnologia cuja seguran&ccedil;a e efic&aacute;cia s&atilde;o duvidosas e falsificou documentos de avalia&ccedil;&atilde;o &eacute;tica. O governo chin&ecirc;s suspendeu as atividades cient&iacute;ficas dele poucos dias ap&oacute;s o an&uacute;ncio da sua pesquisa.</p>

<p>Cabe ressaltar que v&aacute;rios pa&iacute;ses pro&iacute;bem a edi&ccedil;&atilde;o gen&eacute;tica aplicada a humanos, inclusive a China.</p>
<p class="nzn-import"><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/148897-cientista-editou-genetica-embrioes-condenado-prisao.htm">Cientista que editou a genética de embriões é condenado à prisão</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a></p>

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Cientista que editou a genética de embriões é condenado à prisão

Imagem de DNA de garota é detectado em "chiclete" de quase 6 mil anos no megacurioso

A partir da 'goma de mascar', arqueologistas conseguiram reconstruir o genoma e o microbioma oral de mulher do período Neolítico 

<p>Arqueologistas da Dinamarca conseguiram extrair o genoma completo, o microbioma oral e o DNA dos alimentos que foram ingeridos&nbsp;por&nbsp;uma&nbsp;mulher da Idade da Pedra. Tudo isso foi descoberto&nbsp;a partir de um&nbsp;alcatr&atilde;o de b&eacute;tula&nbsp;que ela mastigou.</p>

<p>O alcatr&atilde;o era&nbsp;utilizado pelos neol&iacute;ticos&nbsp;como um adesivo para consertar cer&acirc;micas ou ferramentas. Para isso, era necess&aacute;rio&nbsp;trabalh&aacute;-lo&nbsp;de uma forma que conseguisse&nbsp;alcan&ccedil;ar a&nbsp;sua forma mais flex&iacute;vel. E era provavelmente isso que a garota estava fazendo&nbsp;ou, talvez, ela poderia estar apenas aproveitando&nbsp;algum&nbsp;tipo de &quot;chiclete&quot; da Idade da Pedra.</p>

<p>A pesquisa foi liderada por Hannes Schroeder e Theis Jensen, respectivamente, arque&oacute;logo&nbsp;e bioarque&oacute;logo&nbsp;da Universidade de Copenhague, e publicada na revista&nbsp;<a href="https://www.nature.com/articles/s41467-019-13549-9"><em>Nature </em></a><em><a href="https://www.nature.com/articles/s41467-019-13549-9">Communication</a>. </em></p>

<p>A publica&ccedil;&atilde;o<em> </em>chamou aten&ccedil;&atilde;o para&nbsp;o fato de como uma b&eacute;tula mastigada pode ser&nbsp;uma fonte para o DNA humano e,&nbsp;a partir disso, apresenta ser um campo de pesquisa de grande potencial para o entendimento da hist&oacute;ria, da sa&uacute;de e dos processos de subsist&ecirc;ncia dos povos antigos.</p>

<h2>Informa&ccedil;&otilde;es encontradas no &quot;chiclete&quot;</h2>

<p>No caso de Lola, nome dado&nbsp;pelos pesquisadores &agrave;&nbsp;mulher dinamarquesa, foi poss&iacute;vel definir como ela era, o que comia, quais bact&eacute;rias e v&iacute;rus carregava, de onde ela poderia ser e se trabalhava com agricultura.</p>

<p>Por exemplo, os pesquisadores conseguiram reproduzir o f&iacute;sico da mulher: olhos azuis, pele escura e cabelo marrom. Al&eacute;m da apar&ecirc;ncia, foi poss&iacute;vel descobrir&nbsp;que ela carregava o v&iacute;rus Epstein-Barr (membro da fam&iacute;lia dos herpesv&iacute;rus) e v&aacute;rias cepas de v&iacute;rus respons&aacute;veis pela pneumonia.</p>

<figure><img alt="" height="772" src="https://static.scientificamerican.com/sciam/cache/file/9D06D606-5DB5-45BD-9D2FA15BBB44CD62_source.png?w=590&amp;h=800&amp;7B728C05-6947-4A65-B483AB8046AE93FE" width="590" />
<figcaption>Mulher dinamarquesa do per&iacute;odo neol&iacute;tico reproduzida a partir do estudo feito no &quot;chiclete&quot;. (Fonte: Tom Bj&ouml;rklund)</figcaption>
</figure>

<p>Tamb&eacute;m conseguiram encontrar tra&ccedil;os de comidas que poderiam ter sido ingeridas pela mo&ccedil;a, como&nbsp;avel&atilde; e pato-real. Al&eacute;m disso, foram capazes de determinar que a mulher sofria de intoler&acirc;ncia &agrave; lactose, que era comum na &eacute;poca.</p>

<p>Todas essas caracter&iacute;sticas vieram &agrave; tona partir do DNA presente nesse &quot;chiclete&quot; feito de alcatr&atilde;o.</p>


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DNA de garota é detectado em 'chiclete' de quase 6 mil anos

Imagem de Pesquisadores recuperam DNA antigo em lago do Ártico no megacurioso

Cientistas encontraram DNA antigo de Eemian, período de cerca de 125 mil anos atrás que pode dar pistas do futuro dos ecossistemas

<p style="margin-bottom:11px">N&atilde;o &eacute; de hoje que um pequeno lago chamado CF8, na ilha de Baffin, no alto do &Aacute;rtico canadense, &eacute; alvo de expedi&ccedil;&otilde;es de cientistas em busca de p&oacute;len antigo e f&oacute;sseis vegetais. Mas agora, a riqueza encontrada &eacute; ainda maior: DNA antigo.</p>

<p style="margin-bottom:11px">Os pesquisadores encontraram, em meio a lama, o DNA de um per&iacute;odo de cerca de 125 mil anos atr&aacute;s, &eacute;poca em que o &Aacute;rtico era muito mais quente do que hoje. Sarah Crump, paleoclimatologista da Universidade do Colorado em Boulder, se diz confiante de que os resultados que est&atilde;o sendo obtidos s&atilde;o aut&ecirc;nticos.</p>

<p style="margin-bottom:11px">Embora a descoberta ainda necessite de confirma&ccedil;&atilde;o, pode abrir uma janela para os ecossistemas que floresceram no &Aacute;rtico quando as temperaturas eram mais quentes. Al&eacute;m disso, poderia mostrar como essas plantas reagiram &agrave;s mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas anteriores, podendo sugerir como responder&atilde;o no futuro. &ldquo;Estamos agora no ponto em que este &eacute; um sinal realmente &uacute;til para reconstruir a biodiversidade&rdquo;, ressalta Ulrike Herzschuch, paleoecologista do Alfred Wegener Institute, na Alemanha. O cientista tamb&eacute;m utiliza a t&eacute;cnica para estudar como reagiram as florestas da Sib&eacute;ria ap&oacute;s o fim da &uacute;ltima era glacial.</p>

<figure class="image"><img alt="" height="393" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/12/17/17105109939048.jpg" width="699" />
<figcaption>DNA encontrado em lago pode ajudar a entender comportamento de ecossistemas - Foto:&nbsp;Zach Montes/Orijin Media<br />
</figcaption>
</figure>

<p style="margin-bottom:11px">As temperaturas frias do &Aacute;rtico ajudam na preserva&ccedil;&atilde;o do DNA, atraindo diversos geneticistas e geocientistas. Os lagos do &Aacute;rtico se tornaram os principais arquivos de DNA antigo sedimentar porque podem dar pistas sobre ecossistemas inteiros. Ele brota das c&eacute;lulas por decomposi&ccedil;&atilde;o e, depois, se liga a gr&atilde;os minerais ou compostos org&acirc;nicos que oferecem prote&ccedil;&atilde;o contra a radia&ccedil;&atilde;o ultravioleta e a oxida&ccedil;&atilde;o. Al&eacute;m disso, as temperaturas baixas mant&ecirc;m o DNA est&aacute;vel.</p>

<p style="margin-bottom:11px">O DNA sedimentado do lago pode refletir com mais precis&atilde;o quais eram as plantas e a vida selvagem que existiam no local.</p>

<h3>Coleta, extra&ccedil;&atilde;o e amostragem de DNA s&atilde;o tarefas dif&iacute;ceis</h3>

<p style="margin-bottom:11px">Extrair o DNA n&atilde;o &eacute; tarefa simples. &Eacute; preciso coletar uma amostra de cerca de um grama de lama com cuidado para n&atilde;o contamin&aacute;-lo com o DNA moderno. Depois disso, ele &eacute; extra&iacute;do em um processo meticuloso de tentativa e erro.</p>

<p style="margin-bottom:11px">A equipe de pesquisa criou uma biblioteca de refer&ecirc;ncia gen&ocirc;mica completa para as plantas do &Aacute;rtico, com cerca de 2 mil esp&eacute;cies. Com o banco de dados pronto, eles est&atilde;o realizando amostragens para examinar e estudar os pap&eacute;is desempenhados pelo clima na evolu&ccedil;&atilde;o ou extin&ccedil;&atilde;o do ecossistema.</p>

<p style="margin-bottom:11px">Os primeiros resultados desafiam a ideia de que as mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas foram respons&aacute;veis por uma rotatividade de esp&eacute;cies e plantas. At&eacute; agora, as amostragens mostram que, em alguns casos, as esp&eacute;cies se adaptaram ao clima alterando suas caracter&iacute;sticas.</p>

<p style="margin-bottom:11px">Para tentar entender o destino dos ecossistemas no futuro, em um clima ainda mais quente, os pesquisadores pretendem encontrar outros registros antigos de DNA da &eacute;poca do Eemiano. O mais antigo que se tem not&iacute;cia &eacute; de 70 mil anos, na Sib&eacute;ria, e est&aacute; muito bem preservado. &ldquo;N&atilde;o vemos um sinal claro de deteriora&ccedil;&atilde;o em algum lugar&rdquo;, diz Herzschuh.</p>

<p style="margin-bottom:11px">O campo de pesquisa avan&ccedil;a a passos largos e, para ela, n&atilde;o est&aacute; muito longe de rastrear a pr&oacute;pria evolu&ccedil;&atilde;o ao longo do tempo.</p>


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Pesquisadores recuperam DNA antigo em lago do Ártico

Imagem de Primeiros híbridos de porco com macaco nascem na China no megacurioso

O porco com células de macaco foi desenvolvido em laboratório

<p>Animais h&iacute;bridos de <a href="https://www.google.com/url?client=internal-element-cse&amp;cx=004238318321071068280:rcwgwv4dsro&amp;q=https://www.megacurioso.com.br/ciencia/110925-conheca-mangalitsa-o-porco-ovelha.htm&amp;sa=U&amp;ved=2ahUKEwiMupKX9qvmAhX7IrkGHeKSDkoQFjACegQICRAC&amp;usg=AOvVaw0usmP_m8M-bt6fDNDkF49B">porco</a> e macaco foram desenvolvidos por cientistas da China, de acordo com a publica&ccedil;&atilde;o <em>ScienceAlert</em>. Dois dos filhotes do experimento nasceram e continuaram vivos por um per&iacute;odo pouco maior que uma semana. Contudo, morreram posteriormente de causas ainda desconhecidas.</p>
<p>As criaturas foram desenvolvidos a partir de c&eacute;lulas-tronco embrion&aacute;rias de uma esp&eacute;cie de&nbsp;<a href="https://www.google.com/url?client=internal-element-cse&amp;cx=004238318321071068280:rcwgwv4dsro&amp;q=https://www.megacurioso.com.br/ciencia/106598-por-que-este-macaco-tem-um-nariz-tao-grande.htm&amp;sa=U&amp;ved=2ahUKEwjosOSr9qvmAhUdHbkGHTnsAtMQFjACegQICBAC&amp;usg=AOvVaw0VP7ulEFY8pF6D2rWM4IMP">macaco</a> bastante comum em pesquisas na &aacute;rea de Biomedicina.</p>
<p>A prop&oacute;sito, essas c&eacute;lulas foram geneticamente modificadas a fim de que conseguissem produzir uma prote&iacute;na fluorescente, dando aos pesquisadores a oportunidade de identific&aacute;-las de forma mais f&aacute;cil depois de injet&aacute;-las em embri&otilde;es de porcos.</p>
<h2>Como foram criados os h&iacute;bridos de porco e macaco que nasceram na China?</h2>
<figure class="image"><img alt="" height="640" src="https://static.pr.ricmais.com.br/ricmaispr/uploads/2019/12/hibridos-hibridos-macaco-porco-nascem.jpg" width="960" /> <figcaption>Quimera de porco com c&eacute;lulas de macaco. Fonte:Daily Mail/Reprodu&ccedil;&atilde;o.</figcaption></figure>
<p>Dos mais de 4 mil embri&otilde;es modificados e posteriormente injetados em porcas, 10 filhotes nasceram, sendo dois deles o que se chama de quimera de porco-macaco. Apesar desses dois filhotes terem vivido apenas 7 dias, foi considerada como uma primeira tentativa relativamente bem sucedida, afirmou Tang Hai, pesquisador do Laborat&oacute;rio Estatal de C&eacute;lulas-Tronco e Biologia Reprodutiva de Pequim, na <a href="https://www.google.com/url?client=internal-element-cse&amp;cx=004238318321071068280:rcwgwv4dsro&amp;q=https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/112236-china-esta-matando-minorias-para-revender-orgaos-diz-tribunal.htm&amp;sa=U&amp;ved=2ahUKEwisura49qvmAhUTJrkGHX5uCb4QFjABegQICRAC&amp;usg=AOvVaw0ieijZ-g1Fov9WkfFNMCpj">China,</a>&nbsp;para a <em>New Scientist</em>.</p>
<p>Ao se analisar os pequenos animaizinhos que nasceram, notou-se que v&aacute;rios tecidos como o pulm&atilde;o, pele, cora&ccedil;&atilde;o e f&iacute;gado eram parcialmente constitu&iacute;dos por c&eacute;lulas de macaco. Entretanto, a propor&ccedil;&atilde;o de c&eacute;lulas de macaco era pequena: para cada 1 mil ou at&eacute; mesmo 10 mil c&eacute;lulas de porco, havia apenas uma de macaco.</p>
<h2>O futuro da pesquisa dos h&iacute;bridos&nbsp;</h2>
<p>Ao contr&aacute;rio do estudioso Tang Hai, o pesquisador Paul Knoepfler, da Universidade da Calif&oacute;rnia, nos Estados Unidos, ficou menos empolgado com os resultados da pesquisa. Segundo ele, a efici&ecirc;ncia das quimeras &eacute; absurdamente baixa e a quantidade de animais que morreram e morrem no processo &eacute; muito alta, o que desestimula a continua&ccedil;&atilde;o do trabalho.</p>
<p>Entretanto, apesar desses contratempos, ele acredita ainda que esse tipo de estudo pode ajudar futuramente na produ&ccedil;&atilde;o de &oacute;rg&atilde;os e c&eacute;lulas funcionais espec&iacute;ficas de tecidos em animais de grande porte.</p>

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Primeiros híbridos de porco com macaco nascem na China

Imagem de População brasileira terá o genoma mapeado pela primeira vez no megacurioso

Essa é uma iniciativa liderada pela cientista Lygia da Veiga Pereira, que lançou o projeto no último dia 10 de dezembro e promete trazer benefícios importantes para a população brasileira

<p>O povo brasileiro &eacute; conhecido pela mistura de pessoas de diversas origens. &Eacute; muito f&aacute;cil andar pelas cidades do pa&iacute;s e encontrar rostos diferentes &ndash; e esse &eacute; um dos maiores destaques do Brasil. Agora, para entender ainda mais a nossa heran&ccedil;a (especialmente a gen&eacute;tica), o Projeto DNA Brasil vai, pela primeira vez, fazer o mapeamento gen&eacute;tico da popula&ccedil;&atilde;o brasileira.</p>

<p>Essa &eacute; uma iniciativa liderada pela cientista Lygia da Veiga Pereira, que lan&ccedil;ou o projeto no &uacute;ltimo dia 10 de dezembro de 2019. O projeto &eacute; fruto de uma parceria do Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de com organiza&ccedil;&otilde;es privadas, como a empresa de sa&uacute;de Dasa. O trabalho ir&aacute; mapear o genoma de 15 mil pessoas com idade entre 35 e 74 anos de idade e tem previs&atilde;o de oferecer os primeiros resultados nos pr&oacute;ximos cinco anos.</p>

<h2>Objetivos do projeto</h2>

<p><img alt="" height="609" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/12/11/11145450729219.jpg" width="922" /></p>

<p>O Projeto DNA do Brasil n&atilde;o tem como objetivo apenas estrear o trabalho de mapeamento gen&eacute;tico em territ&oacute;rio tupiniquim. A ideia &eacute; compreender melhor as caracter&iacute;sticas gen&eacute;ticas da popula&ccedil;&atilde;o brasileira, permitindo realizar o diagn&oacute;stico de doen&ccedil;as com maior precis&atilde;o (gra&ccedil;as &agrave;s caracter&iacute;sticas herdadas dos genes) e criar tratamentos mais eficazes para esses males.</p>

<p>O brasileiro &eacute; conhecido por ser uma mistura de povos ind&iacute;genas, europeus e africanos. Os estudos do Projeto DNA do Brasil v&atilde;o levar em considera&ccedil;&atilde;o quais partes do genoma mostram a origem da popula&ccedil;&atilde;o, algo que ainda n&atilde;o tinha sido feito antes por aqui.</p>

<p>De todos os genomas completos estudados at&eacute; 2019, 78,39% t&ecirc;m ancestralidade com predomin&acirc;ncia europeia. Apenas 1,13% s&atilde;o pesquisas que se baseiam na Am&eacute;rica Latina e s&oacute; 2,03% consideram a ancestralidade da &Aacute;frica. Apesar de n&atilde;o intentar retratar o mapeamento gen&eacute;tico do Brasil, essa propor&ccedil;&atilde;o certamente n&atilde;o representa com fidelidade a distribui&ccedil;&atilde;o da origem do genoma em nossa popula&ccedil;&atilde;o.</p>

<p>Durante o evento de lan&ccedil;amento do projeto em S&atilde;o Paulo, Lygia da Veiga Pereira comenta uma das maiores vantagens desse projeto:&nbsp;&ldquo;A gente pode entender a evolu&ccedil;&atilde;o da nossa popula&ccedil;&atilde;o. Grande parte dos 5 milh&otilde;es de &iacute;ndios brasileiros foi exterminada. Mas &eacute; poss&iacute;vel que fragmentos do genoma dessas popula&ccedil;&otilde;es [que hoje j&aacute; est&atilde;o extintas] possam ainda existir em n&oacute;s.&rdquo;</p>


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População brasileira terá o genoma mapeado pela primeira vez

Imagem de Incestos foram responsáveis por deformidades em maxilares de reis no megacurioso

O prognatismo mandibular era um caso recorrente entre as gerações familiares da Casa de Habsburgo

<p>Uma equipe de dez geneticistas e cirurgi&otilde;es foram recrutados para analisar a estrutura &oacute;ssea de 66 retratos de 15 membros da dinastia da Casa de Habsburgo, fam&iacute;lia de poderosos governantes, entre o s&eacute;culo 13 e 20, que ocuparam diversos cargos de poder na &Aacute;ustria, Espanha e Portugal, a fim de diagnostic&aacute;-los com o prognatismo mandibular e identificar alguma rela&ccedil;&atilde;o entre a condi&ccedil;&atilde;o e a hereditariedade, j&aacute; que a fam&iacute;lia era conhecida por ter a mad&iacute;bula inferior avantajada.</p>

<p>Outra caracter&iacute;stica marcante dos membros de Habsburgo e, talvez determinante na constitui&ccedil;&atilde;o gen&eacute;tica das gera&ccedil;&otilde;es, eram os constantes atos incestuosos, que justificavam a perman&ecirc;ncia do sangue real no poder e a manuten&ccedil;&atilde;o da dinastia, com a realiza&ccedil;&atilde;o de casamentos entre parentes e fortalecendo os fatores gen&eacute;ticos.</p>

<p>Al&eacute;m dos maxilares, os Habsburgo tamb&eacute;m apresentavam narizes proeminentes e queixos pouco desenvolvidos, fatores que se repetiam e se estabilizavam &agrave; medida que os incestos tornavam-se mais recorrentes e comuns. O quadro cl&iacute;nico passou a ser conhecido como &quot;Mand&iacute;bula de Habsburgo&quot; e logo os estudiosos passaram a relacion&aacute;-lo com os atos consagu&iacute;neos, apesar da incerteza por ter sido baseado em estudos inspirados em obras de arte, ou seja, adapta&ccedil;&otilde;es da realidade.</p>

<p>Atualmente, com o avan&ccedil;o da tecnologia, os casos de maxilares e queixos defeituosos podem ser facilmente corrigidos com a aplica&ccedil;&atilde;o de t&eacute;cnicas dent&aacute;rias e aparelhos ortodonticos, mas a aus&ecirc;ncia cl&iacute;nica total na &eacute;poca do Rei Carlos II fez a equipe priorizar os casos de hereditariedade gen&eacute;tica nas fam&iacute;lias reais.</p>

<div class="image-align-center">
<figure class="image"><img alt="https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Biologia/noticia/2019/12/incestos-causaram-deformidade-maxilar-em-familia-real-de-seculos-atras.html" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/12/04/04164913579011.jpg" />
<figcaption>(Fonte: Juan de Miranda Carreno/Wikipedia Commons)</figcaption>
</figure>
</div>

<p>Observa&ccedil;&otilde;es foram ponderadas pelo geneticista Francisco Ceballos, refor&ccedil;ando que&nbsp;&ldquo;a&nbsp;consanguinidade &eacute; uma porta de entrada para conhecer a arquitetura gen&eacute;tica de uma caracter&iacute;stica&rdquo; e sugerindo que o prognatismo mandibular &eacute; uma condi&ccedil;&atilde;o recessiva que surgiu em casamentos endog&acirc;micos, j&aacute; que era a &uacute;nica forma de herdar as c&oacute;pias semelhantemente defeituosas. O m&eacute;dico conclui que&nbsp;&ldquo;os reis s&atilde;o um laborat&oacute;rio para estudar os efeitos da consanguinidade humana&rdquo;, e atualmente est&aacute; voltado para pesquisas na dinastia dos Bourbons, a fim de estender sua pesquisa.</p>

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Incestos foram responsáveis por deformidades em maxilares de reis

Imagem de Reconhecimento facial via DNA: China estaria aplicando técnica forçadamente no megacurioso

O governo chinês estaria obrigando cidadãos a doar sangue para usar em reconstrução de rostos

<p>Segundo o <em>New York Times</em>, cientistas chineses est&atilde;o reconstruindo rostos a partir de material gen&eacute;tico&nbsp;por meio de uma t&eacute;cnica chamada de fenotipagem de DNA.</p>
<p>A China, l&iacute;der mundial em tecnologias para <a href="https://summitmobilidade.estadao.com.br/china-adota-reconhecimento-facial-como-forma-de-acesso-ao-metro/" target="_blank">reconhecimento facial</a>, e pa&iacute;s com o maior n&uacute;mero de c&acirc;meras de vigil&acirc;ncia instaladas, estaria realizando a coleta de sangue, de maneira for&ccedil;ada, da popula&ccedil;&atilde;o da regi&atilde;o de Xinjiang, no extremo oeste do pa&iacute;s. Xinjiang &eacute; uma &aacute;rea aut&ocirc;noma, formada pela minoria &eacute;tnica uigur.</p>
<div class="image-align-center">
<figure class="image"><img alt="" height="495" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/12/05/05134458770295.jpg" width="990" /> <figcaption>Fonte:&nbsp;Pixabay/Reprodu&ccedil;&atilde;o</figcaption></figure>
</div>
<h2>O que &eacute; a Fenotipagem de DNA</h2>
<p>A t&eacute;cnica permite que o c&oacute;digo gen&eacute;tico seja analisado, pelo qual &eacute; poss&iacute;vel extrair informa&ccedil;&otilde;es como a cor da pele, dos olhos, ascend&ecirc;ncia, entre outras. Dessa forma, os pesquisadores conseguem reconstruir o rosto de determinada pessoa.</p>
<p>A tecnologia, no entanto, possui suas limita&ccedil;&otilde;es. A c&oacute;digo gen&eacute;tico pode informar sobre a predisposi&ccedil;&atilde;o &agrave; obesidade, mas, ao reconstruir um rosto, n&atilde;o podemos determinar se a pessoa era obesa&nbsp;ou magra, caracter&iacute;stica que modificaria a apar&ecirc;ncia de seu rosto.</p>
<h2>Tecnologia pode ser usada para o bem</h2>
<p>Nos EUA, a fenotipagem de DNA tem sido usada para ajudar a solucionar crimes. No estado americano de Maryland, o rosto de uma mulher foi reconstru&iacute;do com sucesso, a partir de seus restos mortais.</p>
<div class="image-align-center">
<figure class="image"><img alt="" height="495" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/12/05/05134519082296.jpg" width="990" /> <figcaption>Fonte:&nbsp;Pixabay/Reprodu&ccedil;&atilde;o</figcaption></figure>
</div>
<p>Em outro caso, a pol&iacute;cia da Carolina do Norte chegou a certo grau de precis&atilde;o que permitiu a identifica&ccedil;&atilde;o e pris&atilde;o de um assassino, cujo rosto reconstru&iacute;do indicava a pele clara, olhos castanhos, cabelo escuro e algumas sardas na face.</p>
<p>Al&eacute;m de desvendar crimes, a t&eacute;cnica ainda &eacute; largamente utilizada na arqueologia, permitindo aos cientistas reconstituir, de forma aproximada, os rostos de nossos antepassados que viveram h&aacute; milhares de anos.</p>
<h2>Falta de consentimento preocupa</h2>
<p>Apesar dos benef&iacute;cios da fenotipagem de DNA, o uso da tecnologia pode preocupar, principalmente quando empregada em pa&iacute;ses com governos ditatoriais, ou mesmo por empresas privadas em pa&iacute;ses democr&aacute;ticos.</p>
<p>Como no caso da China, outros pa&iacute;ses poderiam usar a t&eacute;cnica para ampliar programas de segrega&ccedil;&atilde;o.</p><p class="nzn-import"><a href="https://www.tecmundo.com.br/seguranca/148365-reconhecimento-facial-via-dna-china-aplicando-tecnica-forcadamente.htm">Reconhecimento facial via DNA; China estaria aplicando técnica forçadamente</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a></p>

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Reconhecimento facial via DNA: China estaria aplicando técnica forçadamente

Imagem de 5 fotos que provam como a natureza pode ser uma máquina de xerox no megacurioso

A semelhança entre algumas pessoas é algo surpreendente que só a natureza consegue fazer

<p>A gen&eacute;tica &eacute; uma das coisas mais estudadas pela ci&ecirc;ncia e uma natureza incr&iacute;vel, cheia de detalhes. Todos sabem que o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112548-duas-pessoas-podem-ter-o-mesmo-dna.htm">DNA </a>de cada pessoa &eacute; &uacute;nico e&nbsp;isso faz com que os seres humanos sejam uns diferentes dos outros. Mas&nbsp;alguma pessoas&nbsp;podem ter caracter&iacute;sticas muito semelhantes.&nbsp;Separamos uma lista de exemplos para mostrar que&nbsp;a natureza pode ser considerada uma m&aacute;quina de c&oacute;pias:</p>

<h2>1- M&atilde;e e filha com quase a mesma idade</h2>

<figure class="image"><img alt="" height="600" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/11/13/13161615347381.jpg" width="800" />
<figcaption>Foto: Imgur/Reprodu&ccedil;&atilde;o</figcaption>
</figure>

<p>&Eacute; imposs&iacute;vel n&atilde;o observar a semelhan&ccedil;a incr&iacute;vel entre as duas. Consegue saber qual das duas &eacute; a m&atilde;e e qual &eacute; a filha?</p>

<h2>2 - Mesmo vestido e mesma idade</h2>

<figure class="image"><img alt="" height="900" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/11/13/13162527081387.jpg" width="1396" />
<figcaption>Foto: CristineHMcConnell / Imgur</figcaption>
</figure>

<p>A filha tirou uma foto com um vestido id&ecirc;ntico ao da m&atilde;e e com a mesma idade em que a m&atilde;e pousou para essa imagem. Se n&atilde;o fosse a cor do cabelo, poderia se dizer que &eacute; a mesma pessoa. A naturea fez uma c&oacute;pia quase id&ecirc;ntica.</p>

<h2>3- Imitando a foto do passaporte</h2>

<figure class="image"><img alt="" height="960" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/11/13/13164858176396.jpg" width="960" />
<figcaption>Foto: u/afterlife121/Reddit</figcaption>
</figure>

<p>A filha resolveu reproduzir a foto que a av&oacute;&nbsp;tirou para o passaporte h&aacute; 65 anos atr&aacute;s. Se n&atilde;o fosse por uma leve diferen&ccedil;a no nariz, poder&iacute;amos dizer que &eacute; a mesma pessoa.</p>

<h2>4- Separados por um gato</h2>

<figure class="image"><img alt="" height="600" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/11/13/13170110484400.jpg" width="600" />
<figcaption>Foto: Imgur/Reprodu&ccedil;&atilde;o</figcaption>
</figure>

<p>A natureza fez uma c&oacute;pia perfeita desses dois. Se n&atilde;o fosse pelo gato, poder&iacute;amos dizer que era a mesma foto, n&atilde;o &eacute; mesmo? Na verdade na parte de cima &eacute; o pai e na foto de baixo &eacute; o filho.</p>

<h2>5- Me encontrei na internet</h2>

<figure class="image"><img alt="" height="584" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/11/13/13174121418428.jpg" width="1000" />
<figcaption>Foto: u/thevectorvictor/Imgur</figcaption>
</figure>

<p>O homem da direita encontrou uma pessoa id&ecirc;ntica a ele na internet. Reproduziu a foto que o homem colocou no perfil de uma rede social e todo mundo pensou que era a mesma pessoa com um corte de cabelo diferente e a barba feita. Os dois ficaram amigos na rede social. A natureza nos supreende mesmo quando a semelhan&ccedil;a ocorre entre duas pessoas de fam&iacute;lias diferentes.&nbsp;</p>

<p>A gen&eacute;tica &eacute; extraordin&aacute;ria e essas fotos, com certeza, provam que a natureza pode ser uma m&aacute;quina de fazer c&oacute;pias.</p>


thumb-image-2024-02-29T14:04:22.104Z

5 fotos que provam como a natureza pode ser uma máquina de xerox

Imagem de Técnica de edição de genes dá resultado em pacientes humanos no megacurioso

Tratamento de 2 pacientes com doenças genéticas do sangue mostrou resultados bons o suficiente para estender testes clínicos com mais doentes

<p>Depois de muita pol&ecirc;mica, a edi&ccedil;&atilde;o de&nbsp;c&eacute;lulas-tronco d&aacute; seus primeiros resultados pr&aacute;ticos no tratamento de doen&ccedil;as gen&eacute;ticas, atrav&eacute;s de&nbsp;uma tecnologia denominada CRISPR. Do&nbsp;ingl&ecirc;s Clustered Regularly Interspaced Short Palindromic Repeats (Repeti&ccedil;&otilde;es Palindr&ocirc;micas Curtas Agrupadas e Regularmente Interespa&ccedil;adas), o CRISPR&nbsp;&eacute; uma t&eacute;cnica que permite cortar o DNA e&nbsp;desativar grupos de genes, adicionar novos ou modificar suas fun&ccedil;&otilde;es.</p>
<p>Foram tratados dois pacientes com doen&ccedil;as gen&eacute;ticas do sangue. Um deles, europeu, tem talassemia (o corpo produz pouca hemoglobina) e iniciou o tratamento em mar&ccedil;o; o outro paciente, americano, sofre de anemia falciforme (as hem&aacute;cias t&ecirc;m a forma de foice) e come&ccedil;ou&nbsp;a nova terapia em abril.</p>
<figure class="image"><img alt="" height="640" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/11/20/20140018728206.jpg" width="960" /> <figcaption>Na anemia falciforme, as hem&aacute;cias deformadas obstruem os vasos, causando dor. (Fonte: Shutterstock/Victor Josan)</figcaption></figure>
<p>Nos dois casos, efeitos das doen&ccedil;as foram eliminados: o americano n&atilde;o sofre mais de crises de dor (provocadas quando as hem&aacute;cias deformadas entopem vasos sangu&iacute;neos) e o europeu n&atilde;o precisa mais de transfus&otilde;es de sangue, o protocolo adotado para pacientes com a sua doen&ccedil;a.</p>
<p>A t&eacute;cnica consistiu&nbsp;em usar&nbsp;genes de c&eacute;lulas-tronco dos pacientes, editados&nbsp;em laborat&oacute;rio e&nbsp;ligados&nbsp;a uma vers&atilde;o do gene da hemoglobina normalmente desativada na idade adulta. As c&eacute;lulas-tronco&nbsp;s&atilde;o, ent&atilde;o, transplantadas de volta para a medula &oacute;ssea do paciente para produzirem&nbsp;hemoglobina em quantidades normais.</p>
<h2>Fazendo hist&oacute;ria pelo bem ou pelo mal</h2>
<p>Os resultados promissores do tratamento, chamado de CTX001 e desenvolvido pela CRISPR Therapeutics e pela Vortex, mostram que ele &eacute; seguro o bastante para que sejam feitos novos ensaios cl&iacute;nicos.&nbsp;Os testes cl&iacute;nicos devem contar agora com 45 pacientes dos EUA, do Canad&aacute; e da Europa, cada um sendo acompanhado por um tempo mais longo em uma avalia&ccedil;&atilde;o de seguran&ccedil;a de longo prazo.</p>
<p>O CRISPR n&atilde;o &eacute; um procedimento desconhecido do p&uacute;blico: no ano passado, a t&eacute;cnica de edi&ccedil;&atilde;o do DNA levantou quest&otilde;es morais e &eacute;ticas quando o cientista chin&ecirc;s He Jiankui revelou ter modificado geneticamente embri&otilde;es de g&ecirc;meos humanos. O esc&acirc;ndalo levou a comunidade cient&iacute;fica a pedir uma morat&oacute;ria global no uso da t&eacute;cnica.</p>
<p class="nzn-import"><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/147932-tecnica-edicao-genes-resultado-pacientes-humanos.htm">T&eacute;cnica de edi&ccedil;&atilde;o de genes d&aacute; resultado em pacientes humanos</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a></p>

thumb-image-2024-02-29T14:04:21.974Z

Técnica de edição de genes dá resultado em pacientes humanos

Imagem de Cientistas acreditam ter descoberto o berço da humanidade no megacurioso

Pesquisadores estudaram genomas de antigas linhagens e acreditam ter descoberto o berço da humanidade através da “Eva mitocondrial”

<p>Um artigo publicado na revista <em>Nature</em> revela o que pode ser o ber&ccedil;o da humanidade, ou como chamam os pesquisadores, a &ldquo;p&aacute;tria ancestral de todos os seres humanos vivos hoje&rdquo;. Uma equipe de pesquisadores estudou o genoma de mais de 1,2 mil africanos nativos que vivem atualmente na parte sul do continente e reuniu a hist&oacute;ria de uma das mais antigas linhagens de DNA do planeta, uma cole&ccedil;&atilde;o de genes chamados L0, que &eacute; transmitida pela m&atilde;e por meio das mitoc&ocirc;ndrias e que sobreviveu inalterada em algumas popula&ccedil;&otilde;es.</p>

<p>Ao rastrear a linhagem L0 para detalhar como e onde ela se dividiu pela primeira vez, os pesquisadores acreditam terem identificado exatamente onde os primeiros representantes da linhagem viveram por milhares de anos. A autora do estudo e geneticista do Instituto Garvan de Pesquisa M&eacute;dica e da Universidade de Sydney&nbsp;Vanessa Hayes&nbsp;afirma que h&aacute; muito se sabe que a origem do ser humano, h&aacute; mais de 200 mil anos, &eacute; a &Aacute;frica, mas ressalta que at&eacute; agora&nbsp;n&atilde;o sabiam exatamente onde era esse &ldquo;ber&ccedil;o da humanidade&rdquo;.</p>

<p>O DNA mitocondrial, base do estudo, &eacute; respons&aacute;vel por uma fra&ccedil;&atilde;o do genoma e &eacute; herdado apenas da m&atilde;e, podendo permanecer inalterado por dezenas de milhares de anos. Assim, ele &eacute; uma ferramenta fundamental para rastrear a hist&oacute;ria gen&eacute;tica dos indiv&iacute;duos.</p>

<figure class="image"><img alt="" height="512" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/11/06/06010329693536.jpg" width="1280" />
<figcaption>Acredita-se que Makgadikgadi tenha sido um enorme o&aacute;sis. Hoje, &eacute; uma das maiores salinas do mundo. (Fonte: Romina Facchi)<br />
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<p>O L0 &eacute; essencial pois acredita-se que todas as pessoas vivas descendem da mulher que carregou essa sequ&ecirc;ncia, a chamada &ldquo;Eva mitocondrial&rdquo;. Atualmente, muitos grupos africanos ind&iacute;genas carregam o DNA mitocondrial, tendo os Khoisan como o principal deles. Ao comparar as varia&ccedil;&otilde;es entre os grupos, os geneticistas conseguem tra&ccedil;ar uma linha do tempo que pode esclarecer o momento no qual as linhagens antigas divergem.</p>

<h2>Makgadikgadi, o ber&ccedil;o da humanidade moderna</h2>

<p>Neste novo estudo, foram sequenciados cerca de 200 L0 de povos ind&iacute;genas que vivem no sul da &Aacute;frica e comparados a um banco de dados com mais de mil sequ&ecirc;ncias. Os dados permitiram que a equipe estimasse onde e quando os descendentes da Eva mitocondrial se dividiram pela primeira vez. &ldquo;Usando isso, poder&iacute;amos identificar o que acreditamos ser a nossa p&aacute;tria humana&rdquo;, diz Hayes.</p>

<p>Esse ber&ccedil;o da humanidade, sugerem os pesquisadores, &eacute; Makgadikgadi, um vasto p&acirc;ntano com cerca de 120 mil quil&ocirc;metros quadrados de &aacute;rea no Nordeste de Botsuana. A equipe descobriu que &quot;Eva&quot; e seus descendentes viveram na regi&atilde;o por aproximadamente 30 mil anos &ndash; entre 200 mil e 170 mil anos atr&aacute;s. A tese &eacute; de que eles tenham deixado o ber&ccedil;o da humanidade por conta de mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas.</p>

<p>Apesar disso, os pesquisadores reconhecem que os humanos modernos podem ter tido v&aacute;rias &ldquo;p&aacute;trias&rdquo; e a L0 &eacute; apenas a linhagem mais bem preservada.</p>


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