Imagem de União Soviética: veja 5 motivos que levaram a potência ao fim no megacurioso

A dissolução da URSS não aconteceu da noite para o dia. Entenda os motivos que fizeram uma das maiores potências do século XIX colapsar

A Guerra Fria, confronto pol&iacute;tico e ideol&oacute;gico entre Estados Unidos (EUA) e Uni&atilde;o Sovi&eacute;tica (URSS), come&ccedil;ou em 1947. Apesar de nunca ter acontecido um conflito direto entre as duas pot&ecirc;ncias na &eacute;poca, ambas disputavam uma suposta supremacia mundial por meio de aliados, corridas armamentistas e <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119953-como-foi-decidido-o-fim-da-corrida-espacial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">espaciais</a>.
Talvez voc&ecirc; diga &ldquo;ora, era &oacute;bvio que os Estados Unidos ganhariam&rdquo;, mas isso seria um anacronismo. N&atilde;o &agrave; toa, a URSS chegou a liderar a corrida espacial ao enviar o primeiro homem em &oacute;rbita.
Ent&atilde;o, por que a URSS acabou? Quais foram os motivos para que Mikhail Gorbachev renunciasse em 1991, ap&oacute;s uma s&eacute;rie de reformas? Veja agora&nbsp;cinco&nbsp;raz&otilde;es pelas quais a Uni&atilde;o Sovi&eacute;tica colapsou.
<h2>1. M&aacute; gest&atilde;o da economia planificada</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/04/04222231019023.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)" />(Fonte: Unsplash)
A Uni&atilde;o das Rep&uacute;blicas Socialistas Sovi&eacute;ticas tinha uma economia planificada, o que significa que o governo era respons&aacute;vel por todo o processo econ&ocirc;mico e focava em estrat&eacute;gias de crescimento controlado.
Em outras palavras: o papel do Estado nesse modelo era decidir quanto seria produzido em cada setor, o valor e quantos produtos cada pessoa poderia ter. A renda final obtida com a venda seria redistribu&iacute;da pelos habitantes.
Em teoria, a ideia era &oacute;tima, focada no bem-estar coletivo e um mercado abastecido. Na pr&aacute;tica, muitas vezes o valor que as fam&iacute;lias recebiam n&atilde;o era o suficiente para comprar itens de consumo b&aacute;sico. Al&eacute;m disso, a oferta sempre era muito menor do que a demanda, tornando a escassez de bens uma realidade comum.
<h2>2. Gastos exacerbados</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/04/04215751206011.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)" />(Fonte: Unsplash)
O projeto de uma sociedade igualit&aacute;ria come&ccedil;ou a dar espa&ccedil;o &agrave; cria&ccedil;&atilde;o de uma classe privilegiada de burocratas que consumia os bens controlados pelo Estado, a chamada nomenklatura. Mas n&atilde;o era somente isso que criava rombos nos cofres.
Apesar de n&atilde;o terem se enfrentado, EUA e URSS disputaram indiretamente, enviando armamentos e incentivos a pa&iacute;ses que j&aacute; estavam ou se encontravam na imin&ecirc;ncia de guerras, como a China, <a href="https://www.megacurioso.com.br/guerras/103094-10-curiosidades-que-voce-talvez-desconheca-sobre-a-guerra-do-vietnam.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Vietn&atilde;</a> e <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119658-6-fatos-para-entender-retorno-do-taliba-ao-poder-no-afeganistao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Afeganist&atilde;o</a>. Todos geraram altos custos para o Estado sovi&eacute;tico, que j&aacute; n&atilde;o estava financeiramente bem &mdash; devido &agrave;s corridas espacial e armamentista.
<h2>3. Explana&ccedil;&atilde;o da repress&atilde;o e corrup&ccedil;&atilde;o</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/04/04220129784013.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)" />(Fonte: Unsplash)
A partir das ideias da Perestroika (reestrutura&ccedil;&atilde;o) e Glasnost (transpar&ecirc;ncia), Mikhail Gorbatchev explanou os arquivos do governo de Josef Stalin (1878-1953) visando promover a discuss&atilde;o do futuro e estrutura de poder da URSS.
Em vez de motiva&ccedil;&atilde;o, as pessoas sentiram que o modelo do Partido Comunista era ineficaz, repressivo e corrupto. Gorbatchev at&eacute; tentou incluir clareza, liberdade e justi&ccedil;a no processo eleitoral, mas j&aacute; era tarde.
<h2>4. Nacionalismo das rep&uacute;blicas</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/04/04221552815021.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)" />(Fonte: Unsplash)
Apesar de muitos lembrarem da R&uacute;ssia quando falamos da Uni&atilde;o Sovi&eacute;tica, a verdade &eacute; que havia outras 14 na&ccedil;&otilde;es iguais (em teoria) nos direitos. Na pr&aacute;tica, entretanto, o estado russo detinha o poder lingu&iacute;stico e cultural.
A Glasnost deixou a opress&atilde;o &eacute;tnica evidente. Isso, somado &agrave; fome ucraniana na d&eacute;cada de 1930, as deporta&ccedil;&otilde;es for&ccedil;adas e outros muitos fatos, criou tanta insatisfa&ccedil;&atilde;o com o governo central que a &uacute;nica sa&iacute;da seria pedir liberta&ccedil;&atilde;o do bloco.
<h2>5. Opini&atilde;o p&uacute;blica</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/05/05155319883413.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)" />(Fonte: Unsplash)
A URSS mantinha um imagin&aacute;rio negativo sobre os pa&iacute;ses capitalistas. Durante anos, foi ensinado que a popula&ccedil;&atilde;o de l&aacute; era pobre e degradada.
Por&eacute;m, no fim dos anos 1980, quando as viagens ao exterior aumentaram, os sovi&eacute;ticos reconheceram que tudo que havia sido dito n&atilde;o era verdade. Inclusive, eles observaram que os pa&iacute;ses que seguiam a ideologia americana viviam melhor e com mais liberdade individual. Isso minou a credibilidade dos governadores perante a opini&atilde;o p&uacute;blica.
Para piorar, em 1986 houve o acidente da usina nuclear de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118741-chernobyl-registra-aumento-preocupante-de-reacoes-nucleares.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Chernobyl</a>, na Ucr&acirc;nia. Al&eacute;m dos desastres incalcul&aacute;veis que afetaram a vida de milhares de pessoas, o acontecimento serviu para evidenciar a obsolesc&ecirc;ncia tecnol&oacute;gica da Uni&atilde;o Sovi&eacute;tica, obrigando que o Ocidente intervisse para que o problema fosse minimizado.

thumb-image-2024-02-29T14:05:57.030Z

União Soviética: veja 5 motivos que levaram a potência ao fim

Imagem de 6 batalhas esquecidas que ajudaram a moldar o mundo moderno no megacurioso

Conheça mais sobre esses conflitos armados e saiba como eles influenciaram a nossa visão sobre o planeta em que vivemos

Desde que os seres humanos tomaram consci&ecirc;ncia sobre sua pr&oacute;pria exist&ecirc;ncia, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119816-os-trens-armados-revolucionaram-a-historia-das-guerras-pelo-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">guerras</a> nunca faltaram por todas as partes do planeta. Seja por diferen&ccedil;as culturais, expansionismo, ou qualquer outro motivo, essas batalhas ajudaram a forjar imp&eacute;rios, derrubar na&ccedil;&otilde;es, consolidar alguns l&iacute;deres e mudar o rumo da hist&oacute;ria.
No entanto, algumas acabaram ficando mais famosas que outras. E, pensando nisso, n&oacute;s criamos uma lista com seis confrontos marcantes que foram esquecidos com o passar do tempo, mas mesmo assim tiveram participa&ccedil;&atilde;o marcante no mundo moderno.&nbsp;
<h2>1. Batalha de Didgori</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/03/03173550693298.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Destru&iacute;do por conflitos internos e pelo avan&ccedil;o de for&ccedil;as mu&ccedil;ulmanas, o Reino da Ge&oacute;rgia estava cada vez mais encurralado pelo Grande Imp&eacute;rio Selj&uacute;cida durante o s&eacute;culo XI. Em 1089, o jovem de 16 anos, David IV, assumiu o trono do pa&iacute;s em um cen&aacute;rio bastante delicado.
Por&eacute;m, enquanto os selj&uacute;cidas voltavam suas aten&ccedil;&otilde;es para ajudar a causa mu&ccedil;ulmana nas Cruzadas, David viu uma oportunidade de reconquistar alguns territ&oacute;rios. Temendo o avan&ccedil;o do Cristianismo e a retomada de for&ccedil;a da Ge&oacute;rgia, o Imp&eacute;rio Selj&uacute;cida preparou um ataque com uma tropa de 500 mil homens no estreito de Didgori, em 1121.
Mesmo com apenas 50 mil soldados, o ex&eacute;rcito de David IV tinha uma estrat&eacute;gia para atacar as for&ccedil;as turcas por todos os lados e derrubar seus principais l&iacute;deres, dizimando seus rivais aos poucos e acabando com a expans&atilde;o mu&ccedil;ulmana na regi&atilde;o.
<h2>2. Cerco de Bagd&aacute;</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/03/03173634709301.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
O Califado Ab&aacute;ssida governou grande parte do Oriente M&eacute;dio por volta de 750 a.C. Considerada a Era de Ouro Isl&acirc;mica, esse per&iacute;odo deveria ter dado espa&ccedil;o para uma ascens&atilde;o e expans&atilde;o cultural dos ab&aacute;ssidas e de outros estados mu&ccedil;ulmanos. Entretanto, tudo mudou quando o Imp&eacute;rio Mongol chegou a Bagd&aacute; em 1258.
Com o califa ab&aacute;ssida Al-Musta'sim negando todos os pedidos dos mong&oacute;is, o ex&eacute;rcito rival decidiu montar um cerco na capital. Logo, Bagd&aacute; foi bombardeada m&uacute;ltiplas vezes at&eacute; que os ab&aacute;ssidas cedessem sua posi&ccedil;&atilde;o. Por mais que essa n&atilde;o tenha sido uma verdadeira batalha, o ataque queimou documentos hist&oacute;ricos, destruiu parte da cidade e marcou o fim de um dos grandes imp&eacute;rios mu&ccedil;ulmanos.
<h2>3. Batalha de S&atilde;o Mamede</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/03/03173730131306.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
No s&eacute;culo XI, a Pen&iacute;nsula Ib&eacute;rica inteira havia se dividido entre mouros no sul e visigodos no norte &mdash; que se dividiam entre os reinos de Le&atilde;o, Castela e Arag&atilde;o. Nessa &eacute;poca, Portugal era apenas um condado de Le&atilde;o, governado por Teresa de Le&atilde;o e seu esposo. Entretanto, quando seu marido morreu, Teresa se viu em uma disputa por poder com seu filho Afonso &mdash; defensor da independ&ecirc;ncia portuguesa.
Essa tens&atilde;o familiar acabou gerando a Batalha de S&atilde;o Mamede em 1128, quando Afonso derrotou as for&ccedil;as de sua m&atilde;e e tomou conta de Portugal. Foi com essa vit&oacute;ria que ele juntou for&ccedil;as para desafiar o rei de Le&atilde;o e conquistar a independ&ecirc;ncia de Portugal. Sem isso, o pa&iacute;s dificilmente teria se tornado uma pot&ecirc;ncia no per&iacute;odo de coloniza&ccedil;&atilde;o como aconteceu s&eacute;culos depois.
<h2>4. Batalha de Stamford Bridge</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/03/03174125850315.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Em 1066, os ingleses tiveram sua &uacute;ltima batalha contra invasores vikings, finalmente acabando com a Era Viking. A Batalha de Stamford Bridge, como foi chamada, aconteceu em Londres. Naquela &eacute;poca, o rei ingl&ecirc;s Harold aguardava por uma invas&atilde;o norueguesa e se preparava para enfrentar as tropas do rei noruegu&ecirc;s Hardrada.
Harold marchou com seus aliados por 300 km em apenas quatro dias e conseguiu surpreender seus inimigos. Sem esperar pelo ataque, os noruegueses foram dizimados e Hardrada terminou morto. A vit&oacute;ria fez com que os <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/98894-6-presentes-para-a-humanidade-deixados-pelos-vikings.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vikings</a> fossem expulsos da regi&atilde;o, mas enfraqueceu as tropas de Harold para enfrentar o ex&eacute;rcito de Guilherme, o Conquistador, no mesmo ano.
<h2>5. A queda de Tenochtitlan</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/03/03175617858327.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Mesmo chegando em <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119835-veneza-do-novo-mundo-a-historia-asteca-de-tenochtitlan.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Tenochtitlan</a> com apenas 500 homens, os conquistadores espanh&oacute;is de Hern&aacute;n Cort&eacute;s montaram um plano para dominar o Imp&eacute;rio Asteca. A estrat&eacute;gia era matar civis desarmados e reunir tribos inimigas descontentes com o comando asteca para aumentar o poderio de combate.
Rapidamente, os espanh&oacute;is conseguiram chegar at&eacute; a capital e tomaram o l&iacute;der Montezuma II como ref&eacute;m &mdash; que acabou sendo morto ap&oacute;s uma rebeli&atilde;o do povo nativo. Ap&oacute;s diversos ataques cru&eacute;is e com a cidade cercada, Tenochtitlan terminou dominada pelos espanh&oacute;is e abriu espa&ccedil;o para a principal estrat&eacute;gia de coloniza&ccedil;&atilde;o espanhola.
<h2>6. Batalha de Zenta</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/03/03175349247321.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
No s&eacute;culo XVII, a Santa Liga das Na&ccedil;&otilde;es, liderada pela Monarquia de Habsburgo da &Aacute;ustria, foi criada para tentar quebrar o poderio do Imp&eacute;rio Otomano &mdash; que era considerado a maior for&ccedil;a na Europa e no Oriente M&eacute;dio. O objetivo era continuar diminuindo as for&ccedil;as otomanas, como aconteceu durante a Batalha de Viena em 1683.
Assim nasceu a Batalha de Zenta, o conflito que finalmente definiria um baque marcante para os turcos e estabeleceria a &Aacute;ustria como uma pot&ecirc;ncia europeia. Em 1697, as for&ccedil;as da Liga emboscaram os otomanos enquanto eles cruzavam um rio para tomar Zenta (na atual S&eacute;rvia). Assustados com o acontecimento, muitos soldados morreram afogados tentando fugir e v&aacute;rios foram exterminados no local.
Isso fez com que os otomanos se vissem obrigados a assinar o Tratado de Karlowitz e tivessem que ceder grandes por&ccedil;&otilde;es da Europa no processo.

thumb-image-2024-02-29T14:05:57.010Z

6 batalhas esquecidas que ajudaram a moldar o mundo moderno

Imagem de Hannie Schaft: a jovem que seduzia e aterrorizava soldados nazistas no megacurioso

Hitler teria pessoalmente ordenado a captura da “garota de cabelo vermelho”

Hannie Schaft, batizada como Johanna Jannetje Schaft, nasceu em 16 de dezembro de 1920. Filha de professor, na juventude decidiu ir para Amsterd&atilde; estudar direito, na mesma &eacute;poca em que os <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/45071-8-misterios-da-segunda-guerra-mundial-que-continuam-sem-resposta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">nazistas</a> invadiram seu pa&iacute;s. Schaft nunca se casou ou teve filhos, por&eacute;m, sua vida estava longe de ser a de uma jovem solteira comum.
<h2>Juventude revolucion&aacute;ria</h2>
A jovem holandesa cresceu nos anos de 1930 assistindo de perto os efeitos do desemprego que arrasava seu pa&iacute;s, tomado pela Grande Depress&atilde;o. Al&eacute;m disso, Schaft acompanhou o medo crescente da popula&ccedil;&atilde;o ante as agress&otilde;es dos estados fascistas da It&aacute;lia e Alemanha.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/03/03212235438014.jpg" alt="(Fonte: Nationaal Archief NL/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Nationaal Archief NL/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
O &oacute;dio de Hannie pelos fascistas, por&eacute;m, n&atilde;o come&ccedil;ou nessa &eacute;poca. Na verdade, vinha desde sua inf&acirc;ncia. Ela chegou a escrever um texto na &eacute;poca da escola em que usou ironia e sarcasmo para alfinetar Mussolini, afirmando que o ditador havia levado a &ldquo;civiliza&ccedil;&atilde;o&rdquo; para a Eti&oacute;pia por meio de bombas, g&aacute;s venenoso e metralhadoras.
Os her&oacute;is da jovem Schaft n&atilde;o eram os rapazes ou mo&ccedil;as do cinema, eram os <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120662-julfest-quando-o-nazismo-mudou-o-natal-para-algo-perturbador.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">inimigos do fascismo</a>. Entre eles estava Carl von Ossietzky, um alem&atilde;o que odiava nazistas e ganhador do Pr&ecirc;mio Nobel da Paz, que acabou morrendo poucos dias ap&oacute;s ter sido solto de um campo de concentra&ccedil;&atilde;o devido aos maus tratos e torturas.
<h2>A resist&ecirc;ncia</h2>
Em maio de 1940 os alem&atilde;es invadiram a Holanda e, inicialmente, n&atilde;o foram t&atilde;o brutais como eram em outras regi&otilde;es da Europa Oriental. No entanto, um ano depois, mulheres e homens holandeses come&ccedil;aram a manifestar indigna&ccedil;&atilde;o em face do crescente antissemitismo escancarado pelas for&ccedil;as alem&atilde;s e seus colaboradores holandeses.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Creative Commons/Reprodu&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/o-pesadelo-de-hitler-hannie-schaft-adolescente-que-seduzia-e-dizimava-nazistas.phtml"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/04/04155413311360.jpg" alt="(Fonte: Creative Commons/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Creative Commons/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Amsterd&atilde;, onde Hannie estudava, era a regi&atilde;o com a maior concentra&ccedil;&atilde;o de judeus, comunistas e socialistas da Holanda. Devido aos abusos dos nazistas contra a popula&ccedil;&atilde;o judia, come&ccedil;aram a surgir alguns grupos de resist&ecirc;ncia que atuavam como unidades de autodefesa em uni&atilde;o com grupos de n&atilde;o judeus de bairros oper&aacute;rios.
Em 1941, aos 21 anos, Hannie decidiu se juntar a uma pequena c&eacute;lula de resist&ecirc;ncia, a Raad van Verzet, um dos v&aacute;rios grupos ilegais que surgiram para resistir aos invasores e aos apoiadores do regime de Hitler. Esse tamb&eacute;m era o mais ativo e militante entre os grupos existentes.
Com Schaft, o Raad van Verzet passou a contar com tr&ecirc;s mulheres. As outras duas eram Truus e Freddie Oversteegen, com 17 e 15 anos respectivamente. Juntas, ficaram conhecidas posteriormente como &ldquo;as jovens que seduziam e matavam nazistas&rdquo;.
<h2>Teste de fogo</h2>
Na noite em que foi tirar a vida de seu primeiro alvo, &nbsp;Hannie apertou o gatilho diversas vezes, mas n&atilde;o conseguiu fazer a arma disparar. Mais tarde descobriu que tudo n&atilde;o passava de um teste por meio do qual seus companheiros queriam saber se ela teria coragem. Aprovada, come&ccedil;ou sua carreira como assassina.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/03/03212416391015.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
N&atilde;o demorou muito para que Hannie e suas amigas, Truus e Freddie, se destacassem. Juntas criaram uma vers&atilde;o mais radical da resist&ecirc;ncia, com foco no assassinato de oficiais nazistas e traidores da pr&oacute;pria Holanda.
<h2>Tr&aacute;gico fim</h2>
N&atilde;o se sabe exatamente a quantidade de nazistas e apoiadores do regime de Hitler que Hannie Schaft e suas amigas mataram. Mas o inc&ocirc;modo deve ter sido grande, visto que o ditador alem&atilde;o ordenou sua captura pessoalmente.
Devido a uma miss&atilde;o fracassada de outros membros de seu grupo, os nazistas conseguiram descobrir alguns detalhes sobre Hannie, que j&aacute; era conhecida como &ldquo;a garota de cabelo vermelho&rdquo;. Assim, ela foi parada em seu carro e presa por oficiais nazistas que encontraram materiais contra o regime e uma arma em sua posse. Eles tamb&eacute;m desconfiaram da raiz vermelha de seu cabelo que come&ccedil;ava a aparecer &mdash; ela havia pintado para evitar ser reconhecida.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/03/03213059985016.jpg" alt="Marcha nos 1950 em mem&oacute;ria de Hannie. (Fonte: Cees de Boer/Wikimedia Commons)" />Marcha em 1950 em mem&oacute;ria de Hannie. (Fonte: Cees de Boer/Wikimedia Commons)
Segundo relatos, o oficial nazista respons&aacute;vel pela sua execu&ccedil;&atilde;o teria errado o primeiro disparo, deixando a jovem com apenas um ferimento. Isso permitiu que ela pronunciasse suas &uacute;ltimas palavras: &ldquo;sou um atirador melhor&rdquo;.&nbsp;
Hannie Schaft foi executada com apenas 24 anos, no dia 17 de abril de 1945. Tr&ecirc;s semanas depois a Holanda foi libertada dos&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118479-video-de-elizabeth-ii-saudando-hitler-e-os-segredos-da-familia-real.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">invasores nazistas</a>.

thumb-image-2024-02-29T14:05:56.924Z

Hannie Schaft: a jovem que seduzia e aterrorizava soldados nazistas

Imagem de Conheça a Coca-Pola, a bebida colombiana que está em guerra com a Coca-Cola no megacurioso

Indígenas colombianos lutam pelo direito de usar a palavra 'cola' em sua bebida autoral

<a href="https://www.megacurioso.com.br/papo-de-bar/39086-coca-cola-10-curiosidades-sobre-uma-das-bebidas-mais-consumidas-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Coca-Cola</a> &eacute; uma marca mundialmente conhecida, e &eacute; assim por um motivo: a empresa costuma ser implac&aacute;vel com os concorrentes. Normalmente, a companhia atua de duas formas para expandir ainda mais o mercado: lan&ccedil;ando bebidas similares &agrave; do concorrente (como fez com o Guaran&aacute; Kuat) ou comprando uma marca menor.
Esse &eacute; o caso do brasileiro Guaran&aacute; Jesus, o l&iacute;der de vendas maranhense que foi comprado pela Coca-Cola Brasil em 2001. Sendo assim, pode parecer estupidez que empreendimentos menores queiram desafiar o poderio de uma das marcas mais famosas do planeta, certo?
Errado! Pelo menos essa &eacute; a opini&atilde;o de uma empresa de bebidas criada por ind&iacute;genas colombianos. Estamos falando da Coca Nasa, criadora da Coca-Pola.
<h2>A origem da palavra "coca"</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/27/27163459017238.jpg" alt="Folha de coca. (Fonte: Divulga&ccedil;&atilde;o/Coca Nasa)" />Folha de coca. (Fonte: Divulga&ccedil;&atilde;o/Coca Nasa)
Pode ser dif&iacute;cil para um brasileiro desassociar o termo <a href="https://www.megacurioso.com.br/acontecimentos-historicos/98802-7-historias-insolitas-a-respeito-da-coca-cola.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">"coca"</a> do refrigerante cl&aacute;ssico. No entanto, essa palavra remete &agrave;s folhas de coca, uma planta muito comum no norte da Am&eacute;rica do Sul e na regi&atilde;o andina. Mascar as folhas de coca &eacute; um h&aacute;bito em pa&iacute;ses como Peru e Col&ocirc;mbia, sendo uma tradi&ccedil;&atilde;o dos povos ind&iacute;genas da regi&atilde;o.
Acontece que essa mesma folha &eacute; a base para uma das drogas mais populares do mundo: a coca&iacute;na, por isso a chamada "guerra &agrave;s drogas" resultou na estigmatiza&ccedil;&atilde;o da planta. No Brasil, por exemplo, &eacute; ilegal plantar coca ou transportar suas folhas, o que n&atilde;o ocorre em algumas na&ccedil;&otilde;es cuja planta faz parte da cultura, como as mencionadas.
O estigma &eacute; tanto que a gigante dos refrigerantes, por exemplo, parou de usar as folhas de coca na composi&ccedil;&atilde;o da Coca-Cola. S&oacute; em 1999, antes da proibi&ccedil;&atilde;o, foram 110 mil toneladas de folhas importadas pela empresa. Atualmente, o refrigerante usa o extrato da noz de cola.
Por&eacute;m, um grupo de nativos do povo Nasa, na Col&ocirc;mbia, quer reverter esse estigma com a produ&ccedil;&atilde;o de diversos produtos feitos &agrave; base das folhas de coca. "Como sempre disseram que coca &eacute; coca&iacute;na, come&ccedil;amos a espalhar que 'coca n&atilde;o &eacute; coca&iacute;na'", disse uma ind&iacute;gena do povo Nasa &agrave; BBC. &nbsp;
<h2>A briga com a Coca-Cola</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/27/27163352188234.jpg" alt="(Fonte: Divulga&ccedil;&atilde;o/ Coca Nasa)" />(Fonte: Divulga&ccedil;&atilde;o/Coca Nasa)
Fab&iacute;ola Pi&ntilde;acu&eacute;, fundadora da Coca Nasa, teve a ideia de fazer bebidas &agrave; base das folhas de coca em 1990. O lan&ccedil;amento da empresa foi em 2005, com um energ&eacute;tico chamado Coca-Sek. Depois disso, a empresa ind&iacute;gena Coca Nasa criou o conhaque Wallinde, a Coca-Libre (mistura de Coca-Sek com Wallinde) o Coca-Ron (licor) e a mais pol&ecirc;mica bebida da empresa, a Coca-Pola que &eacute;, na verdade, uma cerveja.
Atualmente, a Coca Nasa tem 15 funcion&aacute;rios e, ao contr&aacute;rio de seus outros produtos, ainda n&atilde;o consegue distribuir a Coca-Pola de forma massiva por conta do processo artesanal de fabrica&ccedil;&atilde;o. Contudo, a marca vem ganhando popularidade no pa&iacute;s de origem, o que irritou certa marca de refrigerantes. O slogan da empresa &eacute; "Uma folha de coca pela paz &eacute; uma folha a menos para a guerra".
De acordo com representantes da Coca Nasa, executivos da Coca-Cola na Col&ocirc;mbia teriam pedido para eles n&atilde;o usarem o termo "coca" em seus produtos, acusando-os de pl&aacute;gio. Os advogados dos ind&iacute;genas argumentam que eles t&ecirc;m direito de usar a palavra, visto que ela se refere a uma planta que faz parte da vida deles h&aacute; gera&ccedil;&otilde;es.
<h2>Um ano positivo para a Coca Nasa</h2>
A briga entre a colombiana Coca Nasa e a Coca-Cola ainda est&aacute; longe do fim e n&atilde;o tem uma resolu&ccedil;&atilde;o em vista. Enquanto isso, os ind&iacute;genas do povo Nasa est&atilde;o se tornando mais famosos no pa&iacute;s. Em 2021, eles participaram da vers&atilde;o local do reality Shark Tank e comemoraram o crescimento de 30% nas vendas.
<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/TVe62o_mKrg" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>

thumb-image-2024-02-29T14:05:56.534Z

Conheça a Coca-Pola, a bebida colombiana que está em guerra com a Coca-Cola

Imagem de Kleenex: como os lenços de papel mudaram a História no megacurioso

A Primeira Guerra Mundial foi fundamental para que eles existissem

A marca de&nbsp;len&ccedil;os descart&aacute;veis Kleenex est&aacute; entre uma das mais famosas no ramo, principalmente devido ao seu pioneirismo na ind&uacute;stria de len&ccedil;os. Atualmente, voc&ecirc; consegue encontrar uma caixa de len&ccedil;os coloridos ou brancos, pequenos ou m&eacute;dios; por&eacute;m sempre macios, absorventes e at&eacute; com um perfume discreto em suas embalagens pr&aacute;ticas.
Mas, antes de ser usado para remover a maquiagem, assuar o nariz, limpar &oacute;culos, secar o suor ou at&eacute; anotar coisas, os len&ccedil;os foram fundamentais para evitar que soldados morressem na frente de batalha.
<h2>A revolu&ccedil;&atilde;o em uma caixa</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/06/06144216742491.jpg" alt="(Fonte: MilitaryHistoryNow/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: MilitaryHistoryNow/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Fabricante de papel desde 1872, a empresa Kimberly-Clark criou em 1914, bem no in&iacute;cio da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119011-as-tropas-britanicas-sofreram-com-as-ists-na-primeira-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Primeira Guerra Mundial</a>, o cellucotton, um substituto macio e absorvente feito de celulose da polpa de madeira e de uma pequena quantidade de algod&atilde;o.
Em uma &eacute;poca em que o algod&atilde;o se tornou escasso pela alta demanda exigida pelo conflito, o material foi um &oacute;timo substituto, principalmente durante a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119826-bioterrorismo-qual-a-sua-origem.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">guerra qu&iacute;mica</a>. O cellucotton foi usado em m&aacute;scaras de g&aacute;s e em outras prote&ccedil;&otilde;es faciais dos soldados para servir como uma esp&eacute;cie de filtro resistente, por&eacute;m descart&aacute;vel. Ele protegeu contra o g&aacute;s de mostarda, o g&aacute;s cloro e outros agentes qu&iacute;micos que foram muito testados em campo de batalha.
Ap&oacute;s o cellucotton ser implementado em bandagens para suprir a falta do algod&atilde;o em hospitais de toda a Europa e nos Estados Unidos, as enfermeiras descobriram que eles poderiam ser utilizados como absorventes menstruais &mdash; levando a marca a come&ccedil;ar a vender uma nova linha voltada para a higiene do p&uacute;blico feminino, chamada <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118540-as-origens-de-kotex-o-primeiro-absorvente-da-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Kotex</a>.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/06/06144353149495.png" alt="(Fonte: First Versions/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: First Versions/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Foi s&oacute; em 12 de junho de 1924 que os len&ccedil;os faciais descart&aacute;veis da marca foram inventados, comercializados em caixas contendo 100 folhas. A princ&iacute;pio, o produto foi destinado apenas ao p&uacute;blico feminino, visando remover cremes e maquiagem.
Apesar de a empresa ter apostado em an&uacute;ncios apelativos, como &ldquo;O novo segredo usado por estrelas do cinema que mant&eacute;m a pele bonita&rdquo;, os len&ccedil;os foram considerados uma extravag&acirc;ncia para &eacute;poca devido ao seu alto custo (65 centavos) &mdash; afinal era s&oacute; um peda&ccedil;o de papel retangular.
Foi s&oacute; ap&oacute;s ingressar no mercado canadense como uma op&ccedil;&atilde;o higi&ecirc;nica aos tradicionais len&ccedil;os de pano que os homens carregavam no bolso, que a marca Kleenex come&ccedil;ou a se popularizar, sobretudo com an&uacute;ncios tendo Helen Hayes e Jean Harlow divulgando o produto.
<h2>A mudan&ccedil;a</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/06/06144527414500.jpg" alt="(Fonte: The National Interest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: The National Interest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
O produto s&oacute; caiu no gosto popular de vez em meados de 1930, ap&oacute;s um ano do lan&ccedil;amento dos len&ccedil;os de papel em embalagem pop-up (ao puxar uma folha, parte da pr&oacute;xima sai da caixa), porque a marca abandonou a ideia de um len&ccedil;o para remover cremes e maquiagem, e passou a apostar no uso como len&ccedil;o de assuar o nariz.
&ldquo;N&atilde;o ponha um resfriado em seu bolso&rdquo;, este foi o&nbsp;slogan da marca, fazendo o volume de vendas do Kleenex dobrar no ano seguinte.
Com a<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/112268-entenda-como-comecou-a-segunda-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank"> Segunda Guerra Mundial</a>, o produto se tornou uma necessidade b&aacute;sica no campo de batalha para ser usado em curativos e bandagens. Na era do p&oacute;s-guerra, em 1950, a marca j&aacute; havia se tornado a favorita da Am&eacute;rica no ramo de len&ccedil;os de papel descart&aacute;vel.

thumb-image-2024-02-29T14:05:55.199Z

Kleenex: como os lenços de papel mudaram a História

Imagem de Tanques de guerra voadores: a ambição dos soviéticos durante a guerra no megacurioso

Ameaçados pelos nazistas e norte-americanos, os soviéticos tentaram de tudo

O per&iacute;odo da <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119091-jasper-maskelyne-o-magico-que-enganou-a-todos-na-2-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Segunda Guerra Mundial</a>, de 1939 a 1945, foi marcado pelos primeiros avan&ccedil;os da tecnologia que culminaram na produ&ccedil;&atilde;o em massa de todos os tipos de artilharia, de b&aacute;sica a inven&ccedil;&otilde;es ambiciosas, para serem usadas durante a batalha. A &eacute;poca tamb&eacute;m proporcionou inova&ccedil;&otilde;es que acabaram com insalubridades sociais, como a vacina contra gripe, o uso da penicilina, os motores a jato e radares.
Em meio a bombas at&ocirc;micas, superarmas, canh&otilde;es de mais de 100 metros de comprimento e obuseiros, a Uni&atilde;o Sovi&eacute;tica, sentindo-se amea&ccedil;ada pelo poder inventivo da Alemanha nazista e dos Estados Unidos, decidiu colocar asas em tanques de guerra.
<h2 class="uk-text-justify">O grande fracasso</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/24/24201358868588.jpg" alt="(Fonte: Reddit/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Reddit/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Os engenheiros militares passaram anos buscando maneiras de oferecer &agrave;s tropas aerotransportadas equipamento de apoio para combate na forma de ve&iacute;culos blindados leves ou artilharias que pudessem ser lan&ccedil;adas de paraquedas ou de algum planador militar.
No entanto, eles sempre esbarram no fato de que as tripula&ccedil;&otilde;es desciam separadamente e podiam ser atrasadas ou impedidas de coloc&aacute;-las em a&ccedil;&atilde;o. Eles chegaram &agrave; conclus&atilde;o de que precisavam um tanque que pudesse deslizar pelo campo de batalha e estar pronto para a guerra em alguns minutos.
Inspirada pelos testes do engenheiro americano J. Walter Christie, que havia colocado asas em um tanque de guerra no in&iacute;cio dos anos 1930, a For&ccedil;a A&eacute;rea Sovi&eacute;tica ordenou que Oleg Antonov projetasse um planador para tanques de pouso em 1942.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Amusing Planet&nbsp;" data-fonte-url="https://1.bp.blogspot.com/-Nba0pUStdFo/YMoJtVfgzgI/AAAAAAAApHs/4RYfvRZLCJoSuPDis_YDjT2n2kPNDsTQwCLcBGAsYHQ/w1200-h630-p-k-no-nu/antonov-40-3.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/24/24201504196589.jpg" alt="(Fonte: Amusing Planet/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Amusing Planet/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Ambicioso demais, Antonov adicionou grandes asas de biplano de tecido e madeira, bem como uma cauda dupla no tanque modelo T-60. Ele chamou sua cria&ccedil;&atilde;o de Antonov A-40, tamb&eacute;m conhecida como "tanque alado", que tinha a pretens&atilde;o de ser a promessa da guerra com uma grande vantagem sobre seus inimigos.
Contudo, o erro do projeto, desde o come&ccedil;o, quando Christie ainda trabalhava em suas ideias, era de que o tanque precisava ser i&ccedil;ado do solo por uma aeronave, e n&atilde;o havia nenhuma t&atilde;o potente assim na &eacute;poca. Os sovi&eacute;ticos tentaram de tudo, inclusive retirar armas, muni&ccedil;&otilde;es, combust&iacute;veis e at&eacute; os far&oacute;is da m&aacute;quina, mas nada foi o suficiente.
No final das contas, eles perceberam que um tanque esvaziado daquele jeito n&atilde;o teria nenhuma utilidade ao planar sobre um campo de batalha sem poder atacar seu alvo. Apenas um voo teste foi realizado, mas logo os militares viram que aquilo n&atilde;o seria o suficiente e abandonaram a ideia.

thumb-image-2024-02-29T14:05:54.716Z

Tanques de guerra voadores: a ambição dos soviéticos durante a guerra

Imagem de CIA inventou vampiros durante guerra psicológica nas Filipinas no megacurioso

Parece meio bizarro de se pensar, mas voc&ecirc; n&atilde;o leu errado. Esse cen&aacute;rio se formou porque os povos filipinos e membros do Ex&eacute;rcito do Povo se tornaram ainda mais marginalizados quando a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/112268-entenda-como-comecou-a-segunda-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Segunda Guerra Mundial</a> acabou, em 1945, mesmo tendo batalhado ao lado das tropas Aliadas dos Estados Unidos contra a ocupa&ccedil;&atilde;o japonesa &mdash; muito diferente de outros locais asi&aacute;ticos do sudeste.
A organiza&ccedil;&atilde;o Hukbalahap, mais conhecida como Ex&eacute;rcito Popular Anti-japon&ecirc;s, foi a que mais teve sucesso como grupo guerrilheiro que matou muitos soldados japoneses. Por&eacute;m, ap&oacute;s a queda de Bataan, em abril de 1942, para os japoneses, aqueles considerados rebeldes come&ccedil;aram uma rebeli&atilde;o camponesa contra a ocupa&ccedil;&atilde;o japonesa das Filipinas &mdash; que durou at&eacute; 1945.
Os huks rebeldes enxergavam os filipinos ricos que colaboravam com os japoneses, como alvos justos de assassinato. No final da guerra, os ricos haviam conquistado a maioria das grandes propriedades do centro de Luzon, nas Filipinas, e trabalhado em conluio com os invasores.&nbsp;
Os huks, ent&atilde;o, estabeleceram um governo regional, coletaram impostos e administraram as pr&oacute;prias leis sob uma lideran&ccedil;a comunista. A tens&atilde;o entre eles e o governo filipino surgiu e se intensificou com a chegada de cerca de 500 mil rifles na organiza&ccedil;&atilde;o, que se recusou a entreg&aacute;-los a um governo que consideravam olig&aacute;rquico.&nbsp;
Visto que o pa&iacute;s foi um dos recursos principais para os EUA durante a guerra, a Ag&ecirc;ncia Central de Intelig&ecirc;ncia (CIA) decidiu enviar <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118822-operacao-northwood-eua-poderiam-se-autoatacar-para-culpar-cuba.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Edward Lansdale</a> para ajudar a reprimir a rebeli&atilde;o.
<h2 class="uk-text-justify">Um plano s&oacute;rdido &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp;</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/16/16134121738377.jpg" alt="Edward Lansdale. (Fonte: Wikipedia/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Edward Lansdale. (Fonte: Wikipedia/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Lansdale n&atilde;o s&oacute; foi um oficial da For&ccedil;a A&eacute;rea dos EUA, servindo no Gabinete de Servi&ccedil;os Estrat&eacute;gicos antes de entrar para a CIA, como tamb&eacute;m era especializado em guerra psicol&oacute;gica. Ele acreditava que o melhor trunfo de uma guerra era atentar contra as cren&ccedil;as socioculturais do alvo escolhido para tornar o plano uma cilada perfeita.
O oficial escolheu o Aswang como t&aacute;tica para usar contra os huks. A criatura folcl&oacute;rica filipina &eacute; um monstro que drena o sangue dos seres humanos, como um vampiro. Na d&eacute;cada de 1950, essa cren&ccedil;a ainda era muito forte no meio rural, e as fam&iacute;lias temiam muito que seus filhos ficassem soltos a partir do entardecer.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/16/16134252067378.jpg" alt="(Fonte: NanaimoNewsNow/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: NanaimoNewsNow/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Na &eacute;poca que a CIA chegou, uma unidade de rebeldes havia assumido uma posi&ccedil;&atilde;o privilegiada em uma colina em Luzon, configurando o cen&aacute;rio perfeito para que Lansdale desse in&iacute;cio a sua guerra psicol&oacute;gica.
Quando os rebeldes sa&iacute;ram em patrulha &agrave; noite, o oficial ordenou que os soldados capturassem o &uacute;ltimo homem do grupo, perfurassem seu pesco&ccedil;o em dois pontos e o pendurasse de cabe&ccedil;a para baixo para que todo seu sangue fosse drenado. Seu cad&aacute;ver depois foi jogado de volta na trilha para causar um alvoro&ccedil;o ainda maior nos rebeldes quando eles voltassem da patrulha.
<h2 class="uk-text-justify">A rendi&ccedil;&atilde;o</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/16/16134435442384.jpg" alt="(Fonte: Reddit/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Reddit/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
N&atilde;o &eacute; de se surpreender que o plano tenha funcionado, visto que os povos asi&aacute;ticos j&aacute; s&atilde;o conhecidos por sua imensa supersti&ccedil;&atilde;o &mdash; ainda mais no s&eacute;culo XX. No dia seguinte, os rebeldes fugiram do topo da colina, reduzindo a vantagem que estavam durante a rebeli&atilde;o.
Para se certificar de que n&atilde;o voltariam, Lansdale ainda pintou com sangue casas em vilarejos que acreditava que os rebeldes estivessem escondidos, bem como escreveu mensagens insinuando haver espi&otilde;es infiltrados lutando contra a resist&ecirc;ncia que faziam.
Finalmente, em maio de 1954, os huks se renderam, pondo um fim na rebeli&atilde;o que chegaram bem pr&oacute;ximo de vencer se n&atilde;o fossem os planos da CIA. Al&eacute;m disso, uma combina&ccedil;&atilde;o de armamento americano avan&ccedil;ado cedido ao governo filipino e as reformas administrativas do presidente Roman Magsaysay tamb&eacute;m colaboraram para que aquela guerra terminasse.

thumb-image-2024-02-29T14:05:56.069Z

CIA inventou vampiros durante a guerra psicológica nas Filipinas

Imagem de Julfest: quando o nazismo mudou o Natal para algo perturbador no megacurioso

Hitler odiava o feriado, mas como não podia o suspender, decidiu modificá-lo

Al&eacute;m de assassina e destrutiva, a ideologia nazista era extremamente autocentrada. Tudo acontecia a partir do que <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117281-germania-o-plano-de-hitler-de-destruir-a-arquitetura-de-berlim.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Adolf Hitler</a> n&atilde;o gostava, alguns exemplos disso s&atilde;o grupos &eacute;tnicos, minorias, a "mescla esp&uacute;ria" da linhagem alem&atilde;, a degrada&ccedil;&atilde;o hist&oacute;rica do pa&iacute;s, a perda de identidade etc. Em meio a tudo isso, estava tamb&eacute;m uma das tradi&ccedil;&otilde;es mais antigas do mundo ocidental: o Natal.
A Alemanha se tornou um dos pa&iacute;ses conhecidos por mais amar a data, respons&aacute;vel por fundar o h&aacute;bito de enfeitar &aacute;rvores durante a &eacute;poca, em meados do s&eacute;culo XVI, quando os glassblowers criaram ornamentos impressionantes para decora&ccedil;&atilde;o.
Em uma na&ccedil;&atilde;o em que o feriado natalino &eacute; algo enraizado na vida de todo o cidad&atilde;o, bani-lo n&atilde;o era uma op&ccedil;&atilde;o vi&aacute;vel para os nazistas, visto que poderia acarretar uma onda de retalia&ccedil;&atilde;o em massa. Portanto, a melhor maneira foi fazer uma reformula&ccedil;&atilde;o da data.
<h2 class="uk-text-justify">O &oacute;dio do l&iacute;der</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Vice&nbsp;" data-fonte-url="https://video-images.vice.com/_uncategorized/1522141693961-447px-Bundesarchiv_Bild_183-C17887_Berlin_Joseph_Goebbels_mit_Kindern_bei_Weihnachtsfeier.jpeg?resize=640:*"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/02/02194348782001.jpeg" alt="(Fonte: Vice/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Vice/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Hitler "jurou n&atilde;o descansar at&eacute; que os judeus se espatifassem no ch&atilde;o" durante um discurso em Munique, no Natal de 1921, quando seus planos para se tornar um dos maiores genocidas do s&eacute;culo ainda estavam sendo orquestrados. Foi nesse dia que ele alegou que os judeus eram os vil&otilde;es do Natal e culpados por "quebrar o libertador mundial da cruz".
Por&eacute;m, o homem tamb&eacute;m odiava que o Natal promovesse a paz entre todos os povos, inclusive os judeus, e acabava resultando em momentos de calmaria em meio a cen&aacute;rios sangrentos de guerra, como aconteceu durante a <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/118414-a-tregua-de-natal-de-1914-quando-a-primeira-guerra-mundial-parou.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Tr&eacute;gua de Natal de 1914</a>, na Primeira Guerra Mundial. Isso era exatamente o oposto do que ele pensava para o futuro da Alemanha, ent&atilde;o precisava remodelar a data festiva.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/02/02194429314002.jpg" alt="(Fonte: Fast Company/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Fast Company/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
E, infelizmente, aconteceu de maneira mais f&aacute;cil do que Hitler esperava. Isso porque, no in&iacute;cio do s&eacute;culo XX, havia grande tens&atilde;o entre o comunismo, que condenava o Natal por ser a "personifica&ccedil;&atilde;o do capitalismo e do cabresto religioso", e os social-democratas, que achavam que a data ressaltava apenas a hipocrisia das pessoas pr&oacute;speras que pregavam a caridade e boa vontade, enquanto os pobres lutavam para colocar comida na mesa.
A situa&ccedil;&atilde;o ficou t&atilde;o ruim que houve pessoas ligando para cancelar o Natal, e foi nesse momento que Hitler interviu para dizer que isso n&atilde;o seria poss&iacute;vel &mdash; seus Camisas Marrons sa&iacute;ram &agrave;s ruas para espancar todos aqueles que insistissem no cancelamento &mdash;, mas que a proposta da data poderia ser alterada.
<h2 class="uk-text-justify">Matando o Natal</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/02/02194515032003.jpg" alt="(Fonte: History/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: History/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Foi desse jeito que o purismo recaiu sobre o Natal, em uma tentativa de descristianizar a data e devolv&ecirc;-la ao tempo da era pr&eacute;-crist&atilde; e pag&atilde;. A temporada inteira ficou conhecida como Julfest, parte de uma festa chamada Rauchnacht (&ldquo;Noite dif&iacute;cil&rdquo; em alem&atilde;o), uma volta ao primitivismo.
Os nazistas tamb&eacute;m tentaram transformar a data em um feriado que celebrava a hist&oacute;ria da origem da ra&ccedil;a ariana, distanciando-se ainda mais da ideia do nascimento de Cristo, tornando-se uma esp&eacute;cie de celebra&ccedil;&atilde;o neopag&atilde; do solst&iacute;cio de inverno.
A propaganda deles explicou e insistiu que era assim que o povo alem&atilde;o comemorava quando ainda eram "racialmente aceit&aacute;veis" antes de serem corrompidos pelas religi&otilde;es modernas. Em um esfor&ccedil;o para deixar claro que o Julfest era puramente germ&acirc;nico, os nazistas aproveitaram para promover o antissemitismo por meio de um boicote em massa a lojas, empresas e qualquer estabelecimento que fosse de origem judaica.
Portanto, tudo o que era conhecido como parte do Natal teve que ser abandonado. O pres&eacute;pio foi alterado com pais de cabelos loiros e olhos azuis olhando para um beb&ecirc; igual a eles, que representava o ideal nazista de uma fam&iacute;lia perfeita. Os presentes foram substitu&iacute;dos por velas do Julfest a serem usadas na observ&acirc;ncia do novo feriado. A t&atilde;o popular figura do Papai Noel na Alemanha foi repaginada, j&aacute; que n&atilde;o podia ser exclu&iacute;da, para se transformar no deus n&oacute;rdico Odin, em vez de S&atilde;o Nicolau.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;The Washington Post&nbsp;" data-fonte-url="https://62e528761d0685343e1c-f3d1b99a743ffa4142d9d7f1978d9686.ssl.cf2.rackcdn.com/files/106838/width668/image-20151221-27854-1ofit03.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/02/02194557767004.jpg" alt="(Fonte: The Washington Post/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: The Washington Post/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
O bra&ccedil;o direito de Hitler, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119439-werwolf-a-operacao-nazista-baseada-nos-lobisomens-germanicos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Heinrich Himmler</a>, foi encarregado de reescrever as can&ccedil;&otilde;es de Natal para algo mais apropriado, ou seja, isso significava retirar refer&ecirc;ncias religiosas &mdash; Jesus, por exemplo, foi substitu&iacute;do por "Salvador Fuhrer". A m&uacute;sica su&iacute;&ccedil;a "Unto Us a Time Has Come" at&eacute; hoje &eacute; cantada na vers&atilde;o nazista.
S&iacute;mbolos e estrelas, uma parte importante da decora&ccedil;&atilde;o nataliana, foram substitu&iacute;das pela su&aacute;stica, os rel&acirc;mpagos da SS (retirados de um alfabeto pr&eacute;-romano) e a roda do sol alem&atilde;, cooptada da mitologia n&oacute;rdica e celta.
<h2 class="uk-text-justify">Como convenceram</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;The Mirror&nbsp;" data-fonte-url="https://i2-prod.mirror.co.uk/incoming/article13754285.ece/ALTERNATES/s615b/1_PAY-HITLER-AT-THE-CHRISTMAS-TABLE-AND-CAROLS-BY-THE-SWASTIKA-TOPPED-TREE-HAUNTING-RESURFACED-FOOTAGE-RE.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/02/02194645189005.jpg" alt="(Fonte: The Mirror/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: The Mirror/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
&Eacute; prov&aacute;vel que voc&ecirc; esteja se perguntando se tudo isso deu certo e as pessoas compraram essa nova ideia de Natal. Conforme o professor Joe Perry, da Universidade da Georgia, &eacute; dif&iacute;cil dizer.
Em 1933, o Partido Nazista tinha mais de 2,3 milh&otilde;es de afiliados, e a Liga Nacional Socialista das Mulheres (NSF) fez de tudo para que os alem&atilde;es "engolissem" o Julfest. Contudo, os registros mostram que houve muita d&uacute;vida e bastante descontentamento na organiza&ccedil;&atilde;o, enquanto as igrejas condenaram o feriado repaginado e amea&ccedil;aram excomungar qualquer um que tentasse celebr&aacute;-lo da maneira distorcida que a ideologia nazista propunha.
Por outro lado, existem v&aacute;rios relat&oacute;rios da pol&iacute;cia secreta nazista que apontam o qu&atilde;o popular o Julfest foi entre a na&ccedil;&atilde;o, afirmando que as fam&iacute;lias estavam contentes em celebrar um dia de maneira tradicional e "pura", ou seja, apenas pelo t&iacute;pico discurso nazista j&aacute; &eacute; poss&iacute;vel perceber que essa realidade foi muito bem editada para que o partido n&atilde;o deixasse nenhum rastro de fracasso.

thumb-image-2024-02-29T14:05:55.136Z

Julfest: quando o nazismo mudou o Natal para algo perturbador

Imagem de Como a arma tecnológica que matou cientista está mexendo com o mundo? no megacurioso

O iraniano Mohsen Fakhrizadeh foi assassinado através de um equipamento comandado por uma inteligência artificial

De todos os avan&ccedil;os tecnol&oacute;gicos feitos ao longo dos anos, a cria&ccedil;&atilde;o de uma intelig&ecirc;ncia artificial &eacute; uma das revolu&ccedil;&otilde;es que mais assustam as pessoas na sociedade. Isso porque o senso comum convive com o medo e a ideia de uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120267-quao-perto-estamos-de-viver-uma-revolta-das-maquinas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">rebeli&atilde;o das m&aacute;quinas</a>, alcan&ccedil;ada atrav&eacute;s de uma independ&ecirc;ncia intelectual assistida, desde o s&eacute;culo XIX, quando a autora <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119206-sindrome-de-frankenstein-o-medo-da-rebeliao-das-maquinas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Mary Shelley expressou isso&nbsp;</a>em seu livro&nbsp;Frankenstein.
O bilion&aacute;rio <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120177-basilisco-de-roko-e-se-nossa-realidade-fosse-uma-simulacao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Elon Musk j&aacute; expressou que IA&nbsp;</a>podem ser muito mais perigosas do que armas nucleares pela falta de regulamenta&ccedil;&atilde;o que me&ccedil;am a rela&ccedil;&atilde;o entre o homem e a m&aacute;quina.
Ent&atilde;o, de repente, o que o Instituto para Informa&ccedil;&otilde;es e Opera&ccedil;&otilde;es Especiais (Mossad), o servi&ccedil;o secreto do Estado de Israel, fez em 2020, come&ccedil;ou a aumentar essa ansiedade com rela&ccedil;&atilde;o ao qu&atilde;o longe o homem est&aacute; indo ao construir seu poderio de intelig&ecirc;ncia artificial.
<h2>O alvo</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;IsraCast&nbsp;" data-fonte-url="https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcT85KEbHKKwprj3hSOKLPrvidcU_16Nf9COpYDYaFuu0jVTp6NuQVdGQSMjDIp9FO50B9c&amp;usqp=CAU"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/26/26080527923009.jpg" alt="Mohsen Fakhrizadeh. (Fonte: IsraCast/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Mohsen Fakhrizadeh. (Fonte: IsraCast/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Desde 2007, a ag&ecirc;ncia de intelig&ecirc;ncia do governo israelense assassinou cinco cientistas iranianos atrav&eacute;s de v&aacute;rios m&eacute;todos, incluindo envenenamento, bombas detonadas de maneira remota por motociclistas, disferindo tiros nos carros dos alvos, entre outros.
H&aacute; anos o servi&ccedil;o secreto tentava eliminar o f&iacute;sico nuclear e cientista iraniano Mohsen Fakhrizadeh, que se aliou ao programa nuclear iraniano e fundou e liderou a Organiza&ccedil;&atilde;o de Inova&ccedil;&atilde;o e Pesquisa Defensiva, no in&iacute;cio da d&eacute;cada de 2010, conduzindo pesquisas sobre armas nucleares.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Forbes&nbsp;" data-fonte-url="https://thumbor.forbes.com/thumbor/711x395/https://specials-images.forbesimg.com/imageserve/5fc508e4d0a0f45d53e37b22/Remote-weapon-station/960x0.jpg?fit=scale"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/26/26080711892012.jpg" alt="(Fonte: Forbes/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Forbes/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Israel retomou os esfor&ccedil;os para assassinar Mohsen em maio de 2018, ap&oacute;s o ent&atilde;o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, revogar o acordo nuclear com o Ir&atilde;. Contudo, foi s&oacute; em 27 de novembro de 2020 que finalmente o Mossad teve sucesso em sua persegui&ccedil;&atilde;o, ao planejar uma emboscada estrat&eacute;gica em uma estrada de Absard (Ir&atilde;).
Em resposta, o governo iraniano definiu a morte do cientista como &ldquo;um ato de terror de Estado&rdquo;, aumentando as tens&otilde;es na regi&atilde;o, fazendo que um projeto de lei para bloquear as inspe&ccedil;&otilde;es de seu programa nuclear fosse aprovado.
<h2>O medo futuro</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/26/26080854845013.jpg" alt="(Fonte: DNA/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: DNA/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Em meio a todo esse caos, por&eacute;m, foi a arma altamente tecnol&oacute;gica com a qual Mohsen foi assassinado que colocou muitas pessoas em alerta. O assassinato do cientista se deu atrav&eacute;s de uma arma aut&ocirc;noma fixada em uma caminhonete. Ela foi conduzida, carregada e disparada por orienta&ccedil;&atilde;o de um sat&eacute;lite, sem nenhuma opera&ccedil;&atilde;o humana e praticamente nenhum erro &mdash; visto que Sedigheh Ghasemi, esposa da v&iacute;tima, saiu completamente ilesa, apesar de estar a cent&iacute;metros do alvo.
&ldquo;O rifle de precis&atilde;o israelense com uma intelig&ecirc;ncia artificial n&atilde;o &eacute; uma arma 100% aut&ocirc;noma, mas ilustra a promessa e o perigo das armas com IA&rdquo;, disse Zachary Kallenborn, oficial do Ex&eacute;rcito dos EUA e consultor s&ecirc;nior do ABS Group, de acordo com uma mat&eacute;ria da Popular Mechanics. &ldquo;Um cientista de armas nucleares n&atilde;o &eacute; um soldado &oacute;bvio. O traje de batalha de um cientista &eacute; um jaleco ou apenas um terno e gravata&rdquo;, completou ele.
Como apontou um artigo do The New York Times, esse tipo de intelig&ecirc;ncia israelense foi considerada &ldquo;rebuscada demais&rdquo; at&eacute; mesmo para eles, apesar de terem a reputa&ccedil;&atilde;o de executarem uma esp&eacute;cie de &ldquo;magia&rdquo; t&eacute;cnica quando o assunto &eacute; esse.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/26/26081048923014.jpg" alt="(Fonte: The Fire Arm Blog/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: The Fire Arm Blog/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A arma era uma metralhadora FN MAG de fabrica&ccedil;&atilde;o belga, acoplada a um aparato rob&oacute;tico avan&ccedil;ado, cujo sistema n&atilde;o &eacute; muito diferente do Sentinel 20, um sistema de armas controlado remotamente quase id&ecirc;ntico ao CROWS, feito nos EUA, mas fabricado pela empreiteira espanhola Escribano.
O dispositivo &eacute; uma torre n&atilde;o tripulada desenvolvida durante a Guerra do Iraque, criado porque os fuzileiros que viajavam em Humvees escoltando comboios de suprimentos estavam constante e perigosamente expostos &agrave; n&eacute;voa inimiga quando empunhavam suas armas.&nbsp;
O CROWS permitiu que um metralhador ficasse protegido controlando sua arma com um controle remoto. Uma c&acirc;mera diurna/noturna permite que o atirador d&ecirc; zoom em alvos de interesse, detecte fontes de calor e realize ataques a alvos &agrave; noite.&nbsp;
Al&eacute;m disso, o sistema tamb&eacute;m tem uma lideran&ccedil;a autom&aacute;tica, permitindo que os artilheiros atirem um pouco &agrave; frente de um alvo em movimento para garantir que ele seja atingido.

thumb-image-2024-02-29T14:05:54.757Z

Como a arma tecnológica que matou cientista está mexendo com o mundo?

Imagem de Como desertores americanos viraram "estrelas" na Coreia do Norte no megacurioso

Eles não queriam ser mandados para a Guerra do Vietnã, então fizeram uma escolha sem volta

Era uma noite gelada de 4 de janeiro de 1965 quando o sargento do Ex&eacute;rcito dos Estados Unidos, Charles Jenkins, aos 24 anos, bebeu 10 cervejas no posto avan&ccedil;ado de seu pa&iacute;s, em Camp Clinch, ao longo da Zona Desmilitarizada (DMZ) da fronteira com a Coreia do Sul e do Norte.
Pelo visto, seus comandantes n&atilde;o perceberam seu cheiro de &aacute;lcool e olhos marejados quando o concedeu permiss&atilde;o para liderar uma patrulha ao longo da fronteira. Naquela altura, seu plano j&aacute; estava decidido. Corriam boatos pelo campo de que sua unidade, a 1&ordf; Divis&atilde;o de Cavalaria, seria mobilizada para se juntar &agrave; escalada da Guerra do Vietn&atilde;, mas ele sabia que n&atilde;o voltaria daquele conflito na selva, como 58 mil americanos n&atilde;o voltaram.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;National Post&nbsp;" data-fonte-url="https://smartcdn.prod.postmedia.digital/nationalpost/wp-content/uploads/2017/12/200px-charles_robert_jenkins.jpg?quality=90&amp;strip=all&amp;w=400"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/16/16101235752098.jpg" alt="Charles Jenkins. (Fonte: National Post/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Charles Jenkins. (Fonte: National Post/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
No que chama de &ldquo;seu crime desprez&iacute;vel&rdquo;, em sua biografia Comunista Relutante&nbsp;(2009), Jenkins acreditava que entraria na Coreia do Norte, renderia-se aos primeiros soldados que visse e pediria para ser levado &agrave; embaixada sovi&eacute;tica. Ent&atilde;o, seria uma simples quest&atilde;o de conseguir ser extraditado, cumprir pena de pris&atilde;o e depois voltar para sua vida pacata na Carolina do Norte.
&ldquo;Eu era t&atilde;o ignorante. N&atilde;o entendia que o pa&iacute;s em que buscava ref&uacute;gio tempor&aacute;rio era literalmente uma pris&atilde;o gigante e demente. Uma vez que algu&eacute;m vai l&aacute;, quase nunca sai&rdquo;, escreveu ele em seu livro.
Jenkins n&atilde;o s&oacute; foi mantido no pa&iacute;s por 40 anos, como tamb&eacute;m se tornou um s&iacute;mbolo ao lado dos demais desertores.
<h2 class="uk-text-justify">Vida de desespero</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/16/16101442627102.jpg" alt="(Fonte: Foreign Policy/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Foreign Policy/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Ele se juntou aos soldados James Joseph Dresnok, Larry Allen Abshier e Jerry Wayne Parrish no rol de desertores daquele ano ao cruzar a DMZ. Eles foram colocados no mesmo quarto e monitorados por guardas 24 horas.
Foi quando eles perceberam que aquela era a nova pris&atilde;o deles, com 120 mil quil&ocirc;metros quadrados, que os atos desesperados para fugir come&ccedil;aram. Os companheiros de Jenkins chegaram a roubar propriedades do governo norte-coreano e at&eacute; cruzaram limites no pa&iacute;s que desafiavam a morte, visando serem mortos de vez j&aacute; que n&atilde;o se sentiam mais vivos, mas o governo tinha outro prop&oacute;sito para eles.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/16/16101636877104.png" alt="Joseph Dresnok. (Fonte: NK News/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Joseph Dresnok. (Fonte: NK News/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Os soldados foram obrigados a ensinar ingl&ecirc;s, fizeram trabalhos de tradu&ccedil;&atilde;o e passaram at&eacute; 11 horas por dia estudando a doutrina do ent&atilde;o l&iacute;der Kim Il-sung, como acontece at&eacute; hoje nas escolas norte-coreanas, mas isso n&atilde;o foi tudo. Como se a press&atilde;o de estar em um local do qual sabiam que n&atilde;o sairiam mais, eles sofreram todos os tipos de abuso f&iacute;sico e psicol&oacute;gico do ex&eacute;rcito, sendo for&ccedil;ados a aparentar estar saud&aacute;veis e felizes nos materiais de propaganda enviados para a DMZ.
Os desertores foram explorados de todas as maneiras pelo governo, a come&ccedil;ar em propagandas para seduzir mais soldados americanos para o lado de l&aacute; da fronteira, para viverem em uma realidade puramente ut&oacute;pica e falsa, em um per&iacute;odo em que a press&atilde;o e o medo entre os militares eram imensos.
<h2 class="uk-text-justify">Estrelas ingratas</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/16/16101758065107.jpg" alt="(Fonte: Public Forum/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Public Forum/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A voz de Dresnok, que cruzou a fronteira para a Coreia do Norte quando tinha apenas 21 anos, deprimido com sua vida familiar e sofrendo de outros problemas pessoais, foi usada no sistema de som p&uacute;blico em toda a DMZ como uma forma de estabelecer uma conex&atilde;o com seus antigos companheiros e empurr&aacute;-los atrav&eacute;s da fronteira. Sua voz falou sobre como eles conheceriam mulheres atraentes, desfrutariam de ra&ccedil;&otilde;es melhores e viveriam o melhor da vida, sem o medo de ir parar em outra guerra sangrenta.
Ele, assim como os demais, tamb&eacute;m foi usado na ind&uacute;stria cinematogr&aacute;fica do pa&iacute;s para interpretar vil&otilde;es americanos nas propagandas. Por seus pap&eacute;is, eles atingiram o estrelato, ganhando milhares de f&atilde;s.
Entre os companheiros, Dresnok foi o &uacute;nico que nunca deixou o pa&iacute;s que fez uma verdadeira lavagem cerebral nele. Ele acabou casando com uma romena sequestrada pelo governo e teve 2 filhos. At&eacute; sua morte, em 2016, Dresnok ainda se casou uma 3&ordf; vez e sempre fez quest&atilde;o de refor&ccedil;ar que o pa&iacute;s havia salvado a vida dele.
J&aacute; Jenkins foi embora para o Jap&atilde;o no in&iacute;cio de 2000 com uma japonesa sequestrada pelos norte-coreanos para ensinar o idioma a seus espi&otilde;es, assim que o governo fez um acordo para devolver muitas v&iacute;timas do s&eacute;culo passado.
Ele foi julgado por deser&ccedil;&atilde;o e teve sua tatuagem do Ex&eacute;rcito dos EUA cortada de seu bra&ccedil;o por um m&eacute;dico, sendo amea&ccedil;ado de morte em v&aacute;rias ocasi&otilde;es. Jenkins permaneceu no Jap&atilde;o at&eacute; sua morte, aos 77 anos, em 2017.

Guerras

Novidades