Imagem de Você sabia que o tricô já foi usado para espionagem? no megacurioso

Durante as guerras, espiões passavam informações estratégicas pelo padrão do tricô 


<p>Normalmente, o tricô é um hobby considerado relaxante e caseiro. Mas você sabia que ele já foi usado para espionagem? Entre números e frases, os <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/110782-tem-uma-galera-criando-itens-cientificamente-corretos-em-trico-e-croche.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">padrões intricados do tricô</a> podem esconder muitas coisas além da temática para a qual ele foi concebido.</p>



<p>De acordo com o <em>PopSci</em>, suéteres e cachecóis tricotados já foram utilizados por espiões em guerras. As possibilidades de codificações são variadas e são um lembrete de como a criatividade pode fazer a diferença em momentos cruciais. </p>



<h2>A espionagem por trás do tricô </h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/16/16111232853102.jpg" alt="Fonte: Pexels" /><figcaption>Fonte: Pexels</figcaption></figure>



<p>Tempos de guerra são sempre difíceis, mas quem suspeitaria de uma mulher tricotando tranquilamente na janela de casa? Essa atividade aparentemente inofensiva foi útil para que essas <a href="https://www.megacurioso.com.br/acontecimentos-historicos/99295-5-mulheres-incrivelmente-valentes-que-estiveram-na-segunda-guerra-mundial.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">espiãs</a> incluíssem informações estratégicas — como a chegada e saída de soldados, por exemplo — dentro do sistema binário de pontos do tricô, do qual se podia extrair um código. </p>



<p>Na Bélgica ocupada pela Alemanha, durante a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/106240-13-curiosidades-sobre-a-primeira-guerra-mundial-que-voce-talvez-desconheca.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Primeira Guerra Mundial</a>, mulheres usavam os buracos dos suéteres para passar informações sobre a frequência da passagem de trens às forças da resistência. </p>



<p>Por outro lado, agentes da Alemanha que viviam no Reino Unido codificavam informações estratégicas em fios por meio de nós, em um sistema parecido com o código Morse. O fio era, então, tricotado em uma vestimenta para que as autoridades alemãs pudessem decodificá-la mais tarde. </p>



<h2>Como passar uma mensagem por meio do tricô </h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/16/16111320885103.jpg" alt="Fonte: Freepik" /><figcaption>Fonte: Freepik</figcaption></figure>



<p>Quando se trata do padrão de tricô, há inúmeras possibilidades de combinar palavras, números ou frases para <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/39489-arte-oculta-confira-alguns-codigos-secretos-escondidos-em-pinturas-famosas.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">emitir uma mensagem</a>. </p>



<p>Por exemplo, você poderia incluir uma frase no tricô ao converter cada letra para um número de dois dígitos. Se cada número representar uma das 26 letras do alfabeto, você já terá um código pronto para tricotar. </p>



<p>De acordo com o exemplo do <em>PopSci</em>, a frase I Love DIY (em referência ao processo DIY, que significa “faça você mesmo”) poderia ser traduzida para o número 0912152205040925. Isso se considerarmos que a letra “a” representa 01 e “z” representa 26. </p>



<p>Se a tecnologia de hoje permite pensar em novas formas de passar mensagens criptografadas, é bom lembrar que essa atividade ainda é uma ferramenta analógica muito útil para elaborar códigos variados.  </p>


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Você sabia que o tricô já foi usado para espionagem?

Imagem de Mensagem de pombo-correio da 1ª Guerra Mundial é descoberta na França no megacurioso

A mensagem transportada por pombo-correio foi escrita por um soldado alemão do campo de batalha ao seu oficial comandante 

<p>No in&iacute;cio deste m&ecirc;s de novembro (9), o jornal brit&acirc;nico <em>The Guardian</em> revelou uma hist&oacute;ria digna de figurar num filme: um casal de idosos da Fran&ccedil;a passeava por um campo, em setembro passado, quando descobriu no ch&atilde;o uma pequena c&aacute;psula com um conte&uacute;do impressionante: um bilhete escrito &agrave; m&atilde;o por um soldado durante a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/106240-13-curiosidades-sobre-a-primeira-guerra-mundial-que-voce-talvez-desconheca.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Primeira Guerra Mundial</a> h&aacute; mais de cem anos.</p>
<p>O casal levou a mensagem e o objeto, que deveria estar sendo transportado <a href="https://www.megacurioso.com.br/guerras/32653-pombo-correio-e-descoberto-com-mensagem-secreta-da-segunda-guerra-mundial.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">por um pombo-correio</a>, diretamente a um museu vizinho, o Linge, localizado em Orbey no leste da Fran&ccedil;a. Por coincid&ecirc;ncia, o museu recebeu esse nome como homenagem a uma batalha da Primeira Guerra Mundial, Le Linge, travada em 1915.</p>
<h2>O conte&uacute;do da carta</h2>
<p>A curadora do museu, Dominique Jardy, explicou que a mensagem, escrita em alem&atilde;o numa caligrafia quase impercept&iacute;vel, foi enviada por um soldado de infantaria baseado em Ingersheim, hoje uma comuna francesa, onde detalha manobras militares durante o conflito mundial, ao seu oficial superior.</p>
<p>Traduzida por um funcion&aacute;rio alem&atilde;o do museu, a carta diz: &ldquo;O pelot&atilde;o Potthof recebe fogo quando atinge a fronteira oeste do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/108200-100-anos-depois-confira-9-campos-de-batalhas-da-primeira-guerra-mundial.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">campo aberto</a>, o pelot&atilde;o Potthof &eacute; atingido e recua em seguida. Em Fechtwald, meio pelot&atilde;o foi destru&iacute;do. O Pelot&atilde;o Potthof recua com pesadas perdas&rdquo;.</p>
<p>Jardy considerou a descoberta da carta como super-rara, e est&aacute; preparando para incorpor&aacute;-la permanentemente ao acervo do museu.</p>

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Mensagem de pombo-correio da 1ª Guerra Mundial é descoberta na França

Imagem de Conheça o gato que superou três naufrágios na Segunda Guerra Mundial no megacurioso

Unsinkable Sam sobreviveu a ataques do lado dos nazistas e britânicos até se aposentar em uma casa para marinheiros


<p>Histórias sobre sobreviventes de guerra são curiosas e emocionantes por mostrarem a superação e a coragem de pessoas que encaram situações bastante adversas — como o caso do homem que <a href="https://www.megacurioso.com.br/guerras/36926-conheca-a-historia-do-homem-que-sobreviveu-a-dois-ataques-nucleares.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">escapou dos dois ataques nucleares no Japão</a>, ou o de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/112191-sobreviventes-do-holocausto-primos-se-reencontram-75-anos-depois.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">sobreviventes do Holocausto que se reencontraram</a> 75 anos depois.</p>



<p>Porém, não são apenas soldados ou moradores de regiões de combate que superam essas tragédias e sobrevivem para virarem lendas locais. Aliás, você nem precisa ser humano: é o caso de Unsinkable Sam, ou “Sam Inafundável”, em tradução livre para o português, um gato que sobreviveu a três naufrágios durante a Segunda Guerra Mundial.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/14/14155019178005.jpg" alt="Uma suposta pintura pertencente ao animal." /><figcaption>Uma suposta pintura pertencente ao animal.</figcaption></figure>



<p>A história do gato é cercada de fatos contestáveis e talvez inacreditáveis demais para serem verdade, mas isso não o impediu de virar uma lenda no meio histórico e militar.</p>



<h2>Um passado nazista</h2>



<p>A primeira vez que o gato precisou escapar de uma tragédia foi a bordo do Bismarck, um dos mais famosos navios da Alemanha Nazista. No mar desde fevereiro de 1939, a embarcação era temida em batalhas e chegou a participar com sucesso de diversas investidas contra os Aliados.</p>



<p>Porém, visto como um eventual troféu de guerra e possível abalo na moral das tropas de Hitler, o Bismarck virou alvo de toda a Marinha Real Britânica, que conseguiu afundar o navio em uma batalha ocorrida em 27 de maio de 1941. </p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/14/14154710285000.jpg" alt="O Bismarck, uma das glórias do exército de Hitler." /><figcaption>O Bismarck, uma das glórias do exército de Hitler.</figcaption></figure>



<p>Pouco mais de 110 passageiros da tripulação de 2,2 mil pessoas sobrevieram. Enquanto o destroier HMS Cossack passava próximo aos destroços, notou um gato em cima de um pedaço de madeira e levou o animal a bordo.</p>



<p>O nome “Unsinkable Sam” é, na verdade, um batismo realizado depois da fama. Não há referências do nome original do bichano, mas o gato foi inicialmente chamado de Oscar depois do primeiro resgate. “Oscar” é o código da letra “O”, que de acordo com um padrão internacional da Marinha significa “Homem ao mar”.</p>



<h2>Carreira britânica</h2>



<p>Após o primeiro trauma e agora do outro lado do conflito, ele permaneceu no Cossack. Porém, o navio também foi bastante danificado em um combate meses depois, que matou 139 tripulantes. Em 27 de outubro de 1941, ele afundou próximo ao litoral de Gibraltar. Novamente, Oscar foi resgatado sob as mesmas circunstâncias — e ele já era relativamente famoso entre os britânicos, que deram o novo nome ao “gato que não afunda”. </p>



<p>O terceiro lar do animal foi o HMS Ark Royal, um dos navios que mais contribuiu para o naugfrágio do Bismarck, a casa original de Sam. E a paz novamente durou poucos meses: o navio também foi torpedado em 13 de novembro do mesmo ano. </p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/14/14154934333002.jpg" alt="O Ark Royal." /><figcaption>O Ark Royal.</figcaption></figure>



<p>Os danos foram menores e apenas uma morte foi registrada, com a tripulação sendo resgatada por outro navio antes que o Ark Royal fosse para o fundo do oceano. Como esperado, o gato ficou em segurança mais uma vez.</p>



<h2>Aposentadoria</h2>



<p>Após os três naufrágios, a carreira de Unsinkable Sam como tripulante de navios de guerra terminou. Após passar um tempo no HMS Lightning, que não passou por grandes sustos no mar, o gato foi levado para terra firme e viveu por algum tempo no escritório do governo de Gibraltar.</p>



<p>A aposentadoria do gato militar foi aproveitada na Irlanda do Norte, em um local que abrigava marinheiros veteranos. Lá, Sam viveu até 1943, transformando-se em uma lenda local.</p>



<p>Pela falta de registros, exceto uma ilustração, a existência real de Unsinkable Sam segue um mistério. Afinal, ele realmente existiu ou era apenas uma história contada pelos marinheiros da região? </p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/14/14154802317001.jpg" alt="O gato da imagem é Simon, e não Oscar/Sam. Porém, muitas páginas confundem os gatos." /><figcaption>O gato da imagem é Simon, e não Oscar/Sam. Porém, muitas páginas confundem os gatos.</figcaption></figure>



<p>Uma das fotos atribuídas ao gato na internet, o retrato acima, é de outro bichano — o seu colar claramente diz “HMS Amethyst”, outro navio que não consta no conto original, e a data “abril de 1949”, anos depois da morte do original. </p>



<p>Gatos eram comuns na tripulação, mesmo sem serem registrados oficialmente na documentação dos navios — tanto como companhia aos marujos quanto no trabalho de evitar infestações de ratos. E essa dúvida só reforça o fator heroico do bichano.</p>


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Conheça o gato que superou três naufrágios na Segunda Guerra Mundial

Imagem de 3 incríveis heróis de guerra durante o Holocausto no megacurioso

Na luta contra os nazistas, essas pessoas colocaram suas vidas em risco para salvar judeus desconhecidos e mudar o rumo da história 


<p>A Segunda Guerra Mundial, que travou a batalha entre países Aliados e países do Eixo, observou o crescimento do império nazista comandado por <a href="https://www.megacurioso.com.br/personalidades/98801-ha-alguma-verdade-por-tras-destes-9-mitos-sobre-hitler.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Adolf Hitler</a> e matou cerca de 55 milhões de pessoas ao longo dos seus seis longos anos de duração. Entretanto, esses números poderiam ser ainda piores se não fossem alguns heróis improváveis.</p>



<p>Nesse meio tempo, algumas almas bondosas colocaram suas vidas em risco para salvar a vida de judeus do <a href="https://www.megacurioso.com.br/fotografia/101739-judeu-cria-fotos-chocantes-do-holocausto-com-imagens-de-turistas-sem-nocao.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Holocausto</a> e transformaram o rumo da história da Segunda Guerra Mundial. Por isso, nós separamos uma lista com três desses incríveis heróis. Olha só!</p>



<h2>1. Oskar Schindler</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/13/13034110426000.jpg" alt="Fonte: (Universal Pictures/Reprodução)" /><figcaption>Fonte: (Universal Pictures/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Retratada no filme <em>A Lista de Schindler </em>(1993), a história do alemão Oskar Schindler é uma das mais famosas sobre pessoas que desafiaram o <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/45397-voce-sabia-que-os-uniformes-nazistas-eram-hugo-boss.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">poderio nazista</a>. Membro do partido de Hitler antes do início da guerra, Schindler utilizou sua posição privilegiada para ajudar judeus durante o Holocausto.</p>



<p>Sua empresa era responsável por abrigar cerca de 1 mil “trabalhadores” judeus, que trabalhavam no local para evitarem serem enviados para os campos de concentração. Com o progresso da guerra e as linhas de frente da batalha se aproximando da Polônia, Schindler criou uma lista de 1,2 mil judeus para ir com ele até Moravia.</p>



<p>Ao fim da guerra, o alemão dedicou toda sua fortuna a garantir a saúde e segurança dos seus empregados. Em 1993, Oskar e sua esposa, Emilie, foram homenageados pelo governo de Israel. </p>



<h2>2. Audrey Hepburn</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/13/13034224349001.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" /><figcaption>(Fonte: Pixabay)</figcaption></figure>



<p>Conhecida por ser uma das queridinhas de Hollywood em sua época, a atriz Audrey Hepburn teve um papel verdadeiramente heroico na resistência ao nazismo. Depois de seu tio Otto Ernst Gelder ser executado pelas forças alemãs, Audrey se juntou a Resistência Holandesa, ajudou judeus a se esconderem e dedicou seus salários como bailarina para ajudar essas pessoas.</p>



<p>A atriz, que também trabalhou como enfermeira, chegou a ser rodeada por nazistas e escapou. Depois da guerra, Hepburn foi coroada embaixadora da UNICEF e passou a trabalhar com crianças afetadas pelo conflito.</p>



<h2>3. Irena Sendler</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/13/13034309818002.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" /><figcaption>(Fonte: Wikimedia Commons)</figcaption></figure>



<p>Irena Sendler foi uma assistente social polonesa e enfermeira que lutou contra a ocupação nazista na Polônia pelo subterrâneo de Varsóvia. Durante a guerra, ela ajudou crianças judias a fugirem dos guetos da cidade e providenciou documentos falsos para que elas pudessem viver tranquilamente com outras famílias polonesas não-judias.</p>



<p>Suspeita de participar da Resistência Polonesa, foi presa pelo serviço secreto alemão Gestapo em 1943. Mesmo assim, conseguiu esconder a lista com os nomes e localizações das crianças das forças nazistas. Fugiu de ser executada depois de subornar oficiais alemães e também ganhou reconhecimento do governo israelita em 1965.</p>


thumb-image-2024-02-29T14:05:07.889Z

3 incríveis heróis de guerra durante o Holocausto

Imagem de Mensagem de 1941 encontrada em igreja revela algo tocante sobre a vida no megacurioso

Texto encontrado em igreja na Bélgica revela uma profunda mensagem a gerações futuras ao narrar a história de trabalhadores explorados 


<p>Durante uma inspeção realizada na Igreja de São Tiago, na Antuérpia, Bélgica, um trabalhador encontrou, escondida na abóbada do teto, uma antiga mensagem escrita em holandês e relatando as condições de vida de funcionários que prestavam serviços no local. O texto data de 1941, período em que a capela passava por uma reconstrução completa.</p>



<p>A mensagem foi encontrada em uma pedra angular no teto da igreja e estava guardada dentro de uma caixa de fósforos bastante desgastada. A carta, assinada por John Janssen, Jul Gyselinck, Louis Chantraine e Jul Van Hemeldonck, chamou a atenção não apenas por apresentar eventos sobre situações exploratórias de <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/116522-mulher-poe-sedativos-em-cafe-para-demitir-colega-de-trabalho.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">trabalho</a>, mas também por relatar uma profunda lição de vida planejada para ser conhecida pelas gerações futuras que, um dia, tivessem acesso aos escritos.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/28/28104128959317.jpg" alt="(Fonte: Stad Antwerpen/Instagram)" /><figcaption>(Fonte: Stad Antwerpen/Instagram)</figcaption></figure>



<p>Com uma história muito importante para a sociedade belga, especialmente para a que vive na região de Flandres, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/116539-academia-vira-igreja-para-nao-fechar-durante-a-pandemia.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Igreja</a> de São Tiago foi palco de importantes eventos sobre a colonização local, sendo o centro de partida para as peregrinações que se dirigiam à Igreja de São Tiago Maior, em Santiago de Compostela.</p>



<h2>A mensagem de 1941</h2>



<p>A mensagem deixada pelos trabalhadores, praticamente uma cápsula do tempo, é uma verdadeira lição de vida sobre a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116571-detectores-de-metal-amadores-acham-tumulo-de-senhor-da-guerra-anglo-saxao.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">guerra</a>, os maus tratos e o serviço excessivo. Com perspectivas densas para as gerações futuras, o texto configura como um achado valioso para a humanidade, especialmente para aqueles que buscam inspirações na vida de pessoas tidas como comuns.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/28/28104158631318.jpg" alt="(Fonte: Stad Antwerpen/Instagram)" /><figcaption>(Fonte: Stad Antwerpen/Instagram)</figcaption></figure>



<p>Confira abaixo a tradução completa do texto.</p>



<p><em>&#8220;Em 1941, o teto da igreja foi colado com um andaime de 26 metros de altura (85 pés) pelo departamento de manutenção da cidade. Quando o teto tiver que ser pintado novamente, não estaremos mais nesta Terra.&nbsp;</em></p>



<p><em>Temos que dizer às gerações seguintes que não tivemos uma vida feliz. Já vivemos duas guerras: uma em 1914 e outra em 1940. Isso conta alguma coisa, não?</em></p>



<p><em>Estamos trabalhando aqui quase morrendo de fome. Eles nos extorquem por meros centavos e por quase nenhuma comida.</em></p>



<p><em>Eu quero aconselhar as próximas gerações para quando outra guerra vier. Tenham uma quantidade de alimentos em excesso como arroz, café, farinha, tabaco, grãos, trigo para mantê-los vivos.</em></p>



<p><em>Aproveitem a vida ao máximo e, se necessário, tenham uma nova esposa. Aos casados: cuidem de suas casas!! Saúde, homens!!&#8221;</em></p>


thumb-image-2024-02-29T14:05:06.223Z

Mensagem de 1941 encontrada em igreja revela algo tocante sobre a vida

Imagem de Bomba da 2ª Guerra Mundial explode no fundo do mar ao ser desativada no megacurioso

A "Tallboy" foi uma criação britânica, foi encontrada na Polônia e não deixou feridos


<p>A maior bomba da época da <a href="https://www.megacurioso.com.br/guerras/100357-18-curiosidades-que-voce-talvez-desconheca-sobre-a-segunda-guerra-mundial.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Segunda Guerra Mundial</a> já encontrada na Polônia explodiu durante uma operação que tentava desativá-la.</p>



<p>O explosivo se chama Tallboy e pertencia à Força Aérea Real do Reino Unido. Ele foi jogado em Swinoujscie, na Polônia, durante um conflito contra uma frota alemã de navios, mas acabou falhando e caiu em um canal que fica no litoral da cidade.</p>



<p>A Tallboy pesava 5.400 kg, sendo 2.400 kg destes compostos por explosivos. A ideia original envolvia uma operação de cinco dias para desgastar todo o material interno de ignição — chamado de Torpex, hoje considerado obsoleto.</p>



<p>Confira o incidente, que foi registrado em vídeo e mostra uma coluna de água erguendo-se no local:</p>



<figure class="wp-block-embed-youtube wp-block-embed is-type-video is-provider-youtube wp-embed-aspect-16-9 wp-has-aspect-ratio"><div class="wp-block-embed__wrapper">
<iframe title="Moment detonacji bomby &quot;Tallboy&quot; w Swinoujsciu" width="1366" height="768" src="https://www.youtube.com/embed/-iSRkvAupT8?feature=oembed" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen></iframe>
</div></figure>



<p>A ação começou dentro do esperado, porém o Torpex não pegou fogo sozinho e se esgotou. Possivelmente pelo contato com fogo ou temperatura intensa, o material explodiu — e a bomba funcionou depois de 75 anos.&nbsp;</p>



<p>Várias unidades da <a href="https://www.megacurioso.com.br/guerras/37427-conheca-a-historia-da-mais-poderosa-bomba-nuclear-ja-criada-pela-humanidade.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">bomba</a> Tallboy que sobreviveram à guerra já foram desativadas, mas essa seria a primeira vez que a operação aconteceria debaixo d&#8217;água.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/14/14193104363352.jpg" alt="A Tallboy no período de guerra." /><figcaption>A Tallboy no período de guerra.</figcaption></figure>



<p>Segundo a agência de notícias <a href="https://www.reuters.com/article/us-poland-bomb-tallboy-idUSKBN26Y2K6" target="_blank" rel="noopener noreferrer"><em>Reuters</em></a>, o incidente fez com que mais de 750 pessoas fossem evacuadas na região, mas a explosão não se espalhou e nem deixou feridos porque o distanciamento já fazia parte dos protocolos de segurança.</p>


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Bomba da 2ª Guerra Mundial explode no fundo do mar ao ser desativada

Imagem de Armênia e Azerbaijão: entenda o motivo do conflito no Megacurioso

Pequena região entre os dois países é responsável por uma briga centenária que já causou milhares de mortes


<p>O ano de 2020 vai ser daqueles difíceis de explicar no futuro. Não bastasse a pandemia, o cancelamento de grandes eventos, como os Jogos Olímpicos, e outros fatos inusitados, esse ano registra a volta do conflito armado entre Armênia e Azerbaijão.</p>



<p>Muitos se perguntam o porquê de uma guerra nessa altura do campeonato. Na verdade, guerras nunca se justificam, mas essa tem um motivo chamado Nagorno-Karabakh, uma região montanhosa, no formato de um grão de feijão, coberta de florestas e localizada no Pequeno Cáucaso. A área fica no território do Azerbaijão e é reconhecida pelas leis internacionais como parte do país.&nbsp;</p>



<p>Mas, por questões histórias que remontam quase a um século, os armênios étnicos, maioria da população local de Nagorno-Karabakh (estimada em 150 mil habitantes), não aceitam o domínio azeri.</p>



<h2>Briga histórica&nbsp;</h2>



<p>Quando o Exército Vermelho russo marchou sobre os dois países na década de 1920 para formar a <a href="https://www.megacurioso.com.br/acontecimentos-historicos/46813-10-segredos-da-uniao-sovietica-que-voce-talvez-nao-saiba.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS)</a>, a área foi agrupada ao Azerbaijão. o problema é que boa parte da população da Armênia é cristã. Já os azerbaijanos, são mulçumanos.</p>



<figure class="mt-2 is-resized"><a class="fonte_imagem" href="https://guiadoestudante.abril.com.br/estudo/armenia-e-azerbaijao-entenda-as-raizes-e-os-impactos-do-conflito/"><img loading="lazy" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/12/12194153131140.jpg" alt="A pequena região gerou um conflito com mais de 30 mil mortes" width="579" height="385" /></a><figcaption>A pequena região gerou um conflito com mais de 30 mil mortes. (Fonte: Guia do Estudante)</figcaption></figure>



<p>Quando a União Soviética começou a ruir, houve pedidos para que Nagorno-Karabakh fosse entregue ao controle armênio. Com as negativas, veio a guerra.&nbsp;</p>



<h2>30 mil mortos na década de 1990</h2>



<p>Em 1992, os dois países entraram em conflito pesado. O saldo: 30 mil mortos e 1 milhão de refugiados. Dois anos depois, foi negociado um cessar fogo (com a derrota azeri), que se manteve relativamente tranquilo até 2016.</p>



<p>Em 2020, os ânimos voltaram a se acirrar.</p>



<p>&#8220;Não estou surpreso com a escalada de violência desde que o exército do Azerbaijão aumentou sua capacidade de fogo nos últimos anos&#8221;, explica Arsen Gasparyan, ex-conselheiro do governo armênio e professor de Relações Internacionais da Universidade Lomonosov.&nbsp;</p>



<p>Gasparyan acrescenta que a pandemia aumentou a insatisfação com o governo, levando a população a reclamar da administração, incluindo (sempre) a questão territorial.&nbsp;</p>



<h2>Mas quem começou?</h2>



<p>A troca de acusações permanece com um governo apontando o dedo para outro dizendo que foi alvo do primeiro ataque. Mas o que pesa hoje, segundo especialistas, é o apoio da <a href="https://www.megacurioso.com.br/proxima-parada/44601-proxima-parada-turquia-conheca-um-pouco-sobre-a-terra-dos-sultoes.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Turquia</a> ao Azerbaijão, enquanto a Rússia fica do lado dos armênios. E tudo indica que os problemas não devem ser solucionados tão cedo.</p>


thumb-image-2024-02-29T14:05:04.085Z

Armênia e Azerbaijão: entenda o motivo do conflito

Imagem de Hoeryong e os bizarros campos de concentração da Coreia do Norte no megacurioso

Não é mistério para ninguém que o regime totalitário da Coreia do Norte, liderado por Kim Jong-un, mantém há décadas os habitantes da nação sob forte


<p>Não é mistério para ninguém que o regime totalitário da Coreia do Norte, liderado por Kim Jong-un, mantém há décadas os habitantes da nação sob forte repressão. Desde muito cedo, as pessoas são ensinadas que podem ser punidas se tiverem qualquer atitude que não seja aprovada pelo governo.</p>



<p>O Estado e as agências de segurança que fazem o controle da população também extraem o trabalho forçado de mulheres, crianças e prisioneiros para sustentar a economia interna, colaborar em infraestrutura, implementar projetos e realizar atividades e eventos que enalteçam a família do líder Kim e o Partido dos Trabalhadores da Coreia. Em algum momento da vida, algum norte-coreano vai ter que realizar trabalho não remunerado.</p>



<div class="mt-2"><figure class="aligncenter"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/09/18/18144000775216.jpg" alt="(Fonte: World Tribune/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: World Tribune/Reprodução)</figcaption></figure></div>



<p>As pessoas não são livres para escolher o próprio trabalho, pois o governo estabelece limites entre quais empregos os homens e as mulheres de cidades e áreas rurais devem ocupar. A opressão é tamanha e real que se reflete em números: desde a Guerra da Coreia, em 1953, estima-se que cerca de 33 mil norte-coreanos tenham fugido do país para buscar refúgio na Coreia do Sul. A maioria dessas pessoas, aproximadamente 71%, são mulheres com idades entre 20 e 30 anos, visto que na Coreia do Norte elas são as que mais sofrem com abusos sexuais, violação dos poucos e básicos direitos, estupro, discriminação e casamento forçado.</p>



<p>Quando Kim Jong-un assumiu o cargo de seu pai, Kim Jong-il, em 2012, o número de refugiados despencou significativamente. No entanto, em 2016, aproximadamente 1.418 pessoas fugiram do país. Essa queda aconteceu devido às políticas cada vez mais severas e ao reforço na patrulha das fronteiras entre as Coreias e a China, para impedir que fujam esses “desertores”, como são vistos.</p>



<p>Uma vez que são capturados, eles são submetidos ao terror de qualquer norte-coreano: os campos de trabalho forçado, mais conhecidos como &#8220;campos de concentração da Coreia do Norte&#8221;.</p>



<h2>O Campo 22</h2>



<div class="mt-2"><figure class="aligncenter"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/09/18/18144346855219.jpg" alt="(Fonte: The Independent/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: The Independent/Reprodução)</figcaption></figure></div>



<p>Todos os tipos de pessoas podem ir para um campo de concentração no país: desertores, críticos do governo, cristãos e coreanos vindos do Japão, membros do partido sênior e desobedientes. Essas pessoas são homens, mulheres, crianças e até idosos. Uma vez dentro de um campo, eles nunca mais são libertados, portanto morrem lá dentro da mesma forma que crianças também nascem.</p>



<p>O campo Kwalliso Nº 22, mais conhecido como Campo 22 — considerado o Auschwitz-Birkenau da Coreia do Norte — está localizado na província de Hamgyong Norte, no condado de Hoeryong, no nordeste do país, perto da fronteira com a China. Até a década de 1990, ele foi apenas um dos quatro campos que existiam na província, mas se tornou o maior e mais populoso quando os demais fecharam.</p>



<div class="mt-2"><figure class="aligncenter"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/09/18/18144456933221.jpg" alt="(Fonte: Business Insider/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Business Insider/Reprodução)</figcaption></figure></div>



<p>Fundado em 1965, o Campo 22 é ilhado em meio a um vale com montanhas de até 700 metros de altura e abrange uma área de 225 km². O portão principal fica a 15 km de Kaishantun, na província de Jilin, na China. Ao longo de 8 km, a fronteira oeste é delimitada pelas margens do rio Tumen. Aproximadamente mil guardas patrulhavam a cerca elétrica de mais de 3 mil volts ao redor do muro, sem contar os 600 agentes munidos com fuzis, granadas manuais e cães treinados para matar.</p>



<p>Em meados de 1980, quando o Campo expandiu para outras áreas, foi dividido em três setores: Haengyong, a sede e centro carcerário dos prisioneiros; Chungbong-ri, onde havia mina de carvão, estações de comboios e alojamentos dos guardas e prisioneiros individuais; e Naksaeng-ri, Sawul-ri, Kulsan-ri e Namsok-ri, divisões de agricultura e alojamentos familiares.</p>



<h2>O inferno na Terra</h2>



<div class="mt-2"><figure class="aligncenter"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/09/18/18144924623224.jpg" alt="(Fonte: Daily Mail/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Daily Mail/Reprodução)</figcaption></figure></div>



<p>Com uma população que já atingiu 50 mil prisioneiros, as informações que existem de como era a vida dentro do Campo 22 ou de qualquer outro são poucas, visto que só algumas pessoas conseguiram escapar deles. Uma dessas foi Shin Dong-hyuk, que deu uma entrevista ao programa <em>60 Minutos</em> após ter nascido no campo Kaechon, mais conhecido como Campo 14, e vivido lá até conseguir fugir, aos 23 anos.</p>



<p>No Campo 22, as condições eram desumanas e doentias. Estima-se que aproximadamente 2 mil pessoas morriam a cada ano, especialmente crianças, devido à desnutrição. Era dado mingau de milho e repolho como refeição única e diária para os prisioneiros, por isso muitos se alimentavam de insetos, ratos e até de terra. No total, eram 365 gramas de comida por dia, portanto muitas crianças não sobreviviam até os 10 anos. Elas recebiam educação básica até os 6 anos, o suficiente para serem ideologicamente educadas.</p>



<div class="mt-2"><figure class="aligncenter"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/09/18/18145052951225.png" alt="(Fonte: CNN/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: CNN/Reprodução)</figcaption></figure></div>



<p>Sem proteína e cálcio no organismo, as pessoas desenvolviam corcundas por ficarem muito tempo agachadas durante o trabalho e perdiam os dedos das mãos e dos pés por causa do frio.</p>



<p>Os idosos desempenhavam o mesmo papel que os jovens e, se ficassem doentes, eram abandonados em quarentena até a morte. As mulheres eram estupradas deliberadamente por qualquer um e assassinadas se ficassem grávidas. Gravidez só era relevada quando os próprios guardas faziam casamentos arranjados como forma de entretenimento.</p>



<h2>Sofrimento como diversão</h2>



<div class="mt-2"><figure class="aligncenter"><a class="fonte_imagem" href="https://image.slidesharecdn.com/northkoreanpoliticalprisoncamp-wherelovedoesnotexist-110810111417-phpapp01/95/north-korean-political-prison-camp-where-love-does-not-exist-46-728.jpg?cb=1313549724"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/09/18/18145426031227.jpg" alt="(Fonte: SlideShare/Reprodução)" /></a><figcaption>(Fonte: SlideShare/Reprodução)</figcaption></figure></div>



<p>O sofrimento era sinônimo de diversão, e o campo servia exatamente para esse propósito. De acordo com o ex-guarda Ahn Myong-chol, o governo os ensina que os prisioneiros são inimigos da classe, que devem ser destruídos através de punição e tratamento escravo, pois não são “seres humanos”.</p>



<p>Shin Dong-hyuk relatou que em Kaechon os guardas soltavam os cachorros ferozes para que matassem crianças a dentadas ou arrancassem seus membros. Cerca de 30% deles possuíam deformidades, e uma média de 2 mil tinham membros faltando por causa da tortura que sofriam. Shin teve a ponta de um dos dedos mutilada como punição por quebrar acidentalmente uma máquina enquanto trabalhava.</p>



<p>Shin se lembra que, aos 13 anos, foi enviado para um centro de tortura subterrâneo quando sua mãe e irmão foram acusados de tentarem fugir. “Eles me penduraram pelos tornozelos e me torturaram com fogo”, relatou.</p>



<div class="mt-2"><figure class="aligncenter"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/09/18/18145704423231.jpg" alt="(Fonte: Falun Dafa/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Falun Dafa/Reprodução)</figcaption></figure></div>



<p>No Campo 22, alguns métodos de tortura envolviam deixar o prisioneiro na ponta dos pés em um tanque cheio de água até o nariz por 24 horas; colocá-lo em um quarto-caixa sem espaço para sentar ou agachar por 3 dias ou 1 semana; fazê-lo ficar ajoelhado com uma barra de madeira inserida perto dos joelhos para impedir a circulação sanguínea — a maioria deles não podia mais andar depois disso e acabava morrendo. Em meio a isso, havia também experimentação humana com câmaras de gás e cirurgias mirabolantes realizadas por médicos em formação.</p>



<p>Acredita-se que as atividades do Campo 22 tenham sido encerradas em 2012, pois imagens de satélite mostraram o local com algumas torres demolidas, embora outras estruturas parecessem operacionais. Relatórios de agentes infiltrados apontam que 27 mil prisioneiros morreram de fome, e os 3 mil restantes foram transferidos para o campo de concentração de Hwasong.</p>



<p>Atualmente, o Comitê de Direitos Humanos na Coreia do Norte (HRNK) identificou 40 colônias de trabalho penal espalhadas por todo o país usadas com base nos mesmos princípios do Campo 22. Ainda que o número exato seja impossível de se determinar, a Organização das Nações Unidas (ONU) estima que pelo menos 70 mil norte-coreanos estejam presos nesses locais sofrendo todos os tipos de processo de desumanização.</p>


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Hoeryong e os bizarros campos de concentração da Coreia do Norte

Imagem de Rato ganha medalha de bravura por detectar minas no Camboja no megacurioso

A organização veterinária britânica PDSA concedeu na sexta-feira, 25 de setembro, a medalha de ouro "por bravura salvadora e devoção ao dever" a Maga


<p>A organização veterinária britânica PDSA concedeu na sexta-feira, 25 de setembro, a medalha de ouro "por bravura salvadora e devoção ao dever" a Magawa, o rato-herói. Há cinco anos esse <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/104150-pavor-de-rato-descobriram-uma-especie-gigante-que-abre-cocos-com-os-dentes.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">rato gigante</a> africano trabalha identificando minas terrestres e munições não detonadas no território asiático, o que poupa a vida de milhares de pessoas.&nbsp;</p>



<p>O roedor foi o primeiro de sua espécie a receber a maior honra civil do Reino Unido por bravura devido à sua habilidade notável. Ele foi premiado em uma apresentação virtual pelo diretor geral da PDSA.&nbsp;</p>



<h2>Trajetória heróica</h2>



<p>Magawa foi treinado por uma instituição de caridade chamada APOPO, na Tanzânia, que capacita ratos para detectar <a href="https://www.megacurioso.com.br/armas/36642-cientistas-treinam-abelhas-para-encontrar-minas-terrestres.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">minas terrestres</a> desde o início dos anos 1990.&nbsp;</p>



<div class="mt-2"><figure class="aligncenter"><a class="fonte_imagem" href="https://www.pdsa.org.uk/what-we-do/animal-awards-programme/pdsa-gold-medal/magawa#vid"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/09/25/25160432274394.jpg" alt="Há cinco anos Magawa detecta minas terrestres na Ásia" /></a><figcaption>Há cinco anos Magawa detecta minas terrestres na Ásia <em>(Fonte: PDSA/ Divulgação)</em>&nbsp;</figcaption></figure></div>



<p>Atualmente, a instituição estima que existam 80 milhões de minas terrestres em todo o mundo que estão ativas e desconhecidas. No Camboja, esse número varia entre quatro e seis milhões de minas, sendo três ainda não foram encontradas. Cerca de 64 mil pessoas já foram vítimas de explosões no país. Por isso, animais leves e inteligentes como o roedor premiado são treinados e usados para identificar minas terrestres sem as detonar.&nbsp;</p>



<p>O treinamento de Magawa durou apenas nove meses e os especialistas usam um <em>clicker&nbsp;</em>e recompensas saborosas para ajudar o rato a identificar o cheiro dos produtos químicos explosivos usados em minas terrestres. Ele passou por todos os testes com louvor e logo foi enviado para o trabalho. O <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/63194-maior-roedor-do-mundo-pesava-mais-de-uma-tonelada-e-tinha-mordida-poderosa.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">roedor</a> consegue vasculhar a área equivalente a uma quadra de tênis em 30 minutos, algo que levaria quatro dias para um humano com detector de metais. Além disso, o treinamento faz com que os animais ignorem as sucatas e vão diretamente para os odores dos produtos químicos, de forma mais certeira, rápida e segura. &nbsp;</p>



<p>A APOPO conta com 45 ratos farejadores de minas terrestres e 31 ratos que detectam a tuberculose na África e na Ásia.</p>


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Rato ganha medalha de bravura por detectar minas no Camboja

Imagem de Vasili Arkhipov: o homem que salvou o mundo de uma guerra nuclear no megacurioso

Vasili Arkhipov: o homem que salvou o mundo de uma guerra nuclear


<p>Vasili Alexandrovich Arkhipov nasceu em 30 de janeiro de 1926 em uma família de camponeses que moravam na cidade de Staraya Kupavna, localizada a cerca de 23 km a leste de Moscou, na Rússia. A sua escolarização na Escola Naval Superior do Pacífico já indicava que ele seguiria a carreira militar, visto que naquela época os pobres não tinham muitas opções para prosperar na vida.</p>



<p>Depois que participou da Guerra Soviética-Japonesa, ele se transferiu para a Escola Naval do Cáspio e conseguiu se formar em meados de 1947. Em 4 de julho de 1961, Arkhipov se tornou vice-comandante do K-19, um dos primeiros submarinos soviéticos equipados com mísseis balísticos nucleares.&nbsp;</p>



<p>Ao lado do capitão Nikolai Zateyev, eles conduziram uma operação na costa sudeste da Groenlândia quando aconteceu um vazamento crítico, que levou à falha no sistema de refrigeração do reator da embarcação. Em poucos minutos, o calor da decomposição dos produtos de fissão produzidos ao longo da operação normal do reator superaqueceu-o.</p>



<p>Com as linhas de comunicação afetadas por causa de uma pane elétrica no controle geral do submarino, eles não conseguiram contatar ninguém em Moscou. Então, o comandante Zateyev ordenou que a equipe de engenheiros encontrasse uma solução, o que significava expô-los a níveis mortais de radiação.&nbsp;</p>



<p>Eles conseguiram evitar que o núcleo do reator derretesse, mas toda a tripulação foi exposta à radiação. Em 3 semanas, oito tripulantes morreram de síndrome aguda da radiação. Depois de 30 dias, Arkhipov viu todos os engenheiros morrerem.</p>



<h2>"Armagedom" nuclear</h2>



<div class="mt-2"><figure class="aligncenter"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/09/11/11192053856515.jpg" alt="(Fonte: Iowa Source/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Iowa Source/Reprodução)</figcaption></figure></div>



<p>Em maio de 1960, o ex-primeiro-ministro soviético Nikita Krushchev prometeu aos seus aliados comunistas defender Cuba de qualquer tipo de ameaça, usando armas soviéticas. Por volta de julho de 1962, eles chegaram a um acordo para colocar mísseis balísticos e armas nucleares em Cuba para reforçar a capacidade de ataque contra os Estados Unidos, uma vez que o país recentemente colocara mísseis na fronteira com a Turquia. Os cubanos aceitaram o acordo principalmente porque queriam impedir que os norte-americanos tentassem outra invasão à ilha, como a que aconteceu em abril de 1961, na Baía dos Porcos.</p>



<p>A instalação desses mísseis a cerca de 144 km do leste dos Estados Unidos significava que um ataque poderia explodir o país em poucos minutos. No ápice da tensão da Guerra Fria, os EUA foram informados em julho de 1962 que a União Soviética estava enviando mísseis para Cuba. Em 14 de outubro, aviões U.S U-2 do governo norte-americano sobrevoaram a ilha em uma operação secreta e confirmaram a presença de um míssil balístico SS-4 de médio porte sendo montado em um local de lançamento.</p>



<div class="mt-2"><figure class="aligncenter"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/09/11/11192227900516.jpg" alt="(Fonte: Boston Globe/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Boston Globe/Reprodução)</figcaption></figure></div>



<p>A informação foi passada para John F. Kennedy e seus conselheiros em 16 de outubro daquele ano. Apesar de a União Soviética ter posicionado os mísseis sem futuras intenções, o presidente entendeu isso como uma provocação.</p>



<p>Em 22 de outubro, Kennedy entrou em rede nacional para dizer que o governo desconhecia a ação soviética que feria e violava o direito internacional. Seu contra-ataque foi colocar Cuba em uma “quarentena”, estabelecendo um bloqueio ao redor da ilha para impedir que os navios soviéticos a acessassem. O presidente ainda deixou claro que, se os mísseis não fossem removidos, eles atacariam. Moscou tentou resolver as questões diplomáticas, porém ambas as potências já estavam à beira de um Armagedom nuclear.</p>



<p>Enquanto isso, mal eles sabiam que o futuro do mundo estava nas mãos de uma única pessoa.</p>



<h2>A guerra sob a água</h2>



<div class="mt-2"><figure class="aligncenter"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/09/11/11192420866517.jpg" alt="(Fonte: RallyPoint/Reprodução)" /><figcaption>Vasili Arkhipov. (Fonte: RallyPoint/Reprodução)</figcaption></figure></div>



<p>Em 27 de outubro, aos 34 anos, Arkhipov estava a bordo do submarino B-59, no mar do Caribe, quando a Marinha dos EUA os encontrou e começou a atingi-los com bombas de baixo impacto para forçá-los a emergir.</p>



<p>No entanto, os norte-americanos não imaginavam que a embarcação estava equipada com um torpedo nuclear de mesma potência que a bomba de Hiroshima. Se os soviéticos atacassem e depois fossem bombardeados significaria o rompimento da Guerra Fria e início de uma guerra nuclear que poderia ter dizimado vários países, visto que ambas as potências estavam em posse de dispositivos nucleares de poder catastrófico.</p>



<p>Apesar de se tratar de um procedimento de emergência para que o submarino emergisse, a maioria dos militares a bordo do B-59 entendeu o que parecia: a guerra havia começado, uma vez que estavam sem comunicação há dias com Moscou.</p>



<p>Com a temperatura do submarino alcançando 100 ºC e o sistema de ar-condicionado arruinado, o capitão Vitali Savitsky entrou em pânico. “Talvez a guerra já tenha começado lá em cima. Nós vamos explodi-los agora! Vamos morrer, mas vamos afundar todos eles! Não vamos desonrar nossa marinha”, disse o comandante, aprovando o lançamento do torpedo.</p>



<p>Mas para que isso acontecesse, ele ainda precisava da aprovação dos outros dois capitães. Ivan Maslennikov disse sim, mas Arkhipov disse não.</p>



<h2>O homem que salvou o mundo</h2>



<div class="mt-2"><figure class="aligncenter"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/09/11/11192706599518.jpg" alt="Submarino B-59. (Fonte: Il Post/Reprodução)" /><figcaption>Submarino B-59. (Fonte: Il Post/Reprodução)</figcaption></figure></div>



<p>Arkhipov conseguiu manter a cabeça no lugar e não ceder à pressão dos outros comandantes, que jogaram nele o peso de uma possível desonra e da morte de todos. Depois de muito tempo, ele conseguiu convencer Savitsky de que o ataque era só uma maneira de atraí-los para a superfície. Quando o B-59 emergiu, todos perceberam que de fato uma guerra ainda não havia começado. Eles deram meia-volta e foram embora.</p>



<p>Em 28 de outubro, após uma série de negociações tensas durante 13 dias de crise, os norte-americanos concordaram em retirar seus mísseis da Turquia depois que os soviéticos removessem os seus mísseis de Cuba.</p>



<p>Apesar de ter evitado uma guerra nuclear, Arkhipov foi muito criticado pelos líderes soviéticos. Além disso, ele morreu em 19 de agosto de 1998, aos 72 anos, sem que o mundo soubesse de sua relevância na história moderna, que só foi revelada em 2002 pelo ex-oficial soviético Vadim Orlov.</p>



<p>Enquanto o assassino <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/115756-o-homem-que-comecou-a-guerra-o-incidente-de-gleiwitz.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Alfred Naujocks</a> se tornou “o homem que começou a guerra”, ficou definido por consenso popular de que Vasili Arkhipov foi “o homem que salvou o mundo”.</p>


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