Gold está entre as séries mais premiadas de Sebastião Salgado, fotógrafo brasileiro que registrou a exploração das camadas mais miseráveis.

Em 1986, o fotógrafo brasileiro <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/111236-sebastiao-salgado-e-esposa-restauram-600-hectares-de-mata-atlantica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Sebastião Salgado</a> fez uma série que se tornaria uma de suas principais produções e uma das obras do fotojornalismo mais premiadas de todos os tempos. Gold - Mina de Ouro Serra Pelada reúne 56 fotografias tiradas pelo mineiro e levou ao mundo o registro de um formigueiro humano que se acumulava na Amazônia brasileira.O trabalho se tornou tão célebre que uma das fotos da série foi elencada em <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/5-fotos-iconicas-que-mudaram-o-mundo" rel="noopener noreferrer" target="_blank">uma lista do The New York Times</a>&nbsp;com as 25 fotografias que tiveram o poder de mudar o curso da história. As imagens em preto e branco carregaram para vários lugares a visão de um lugar em que milhares de homens arriscavam as suas vidas em busca do sonho de se tornarem ricos, caso encontrassem ouro.<h2>A história da série da Serra Pelada</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/16/16121613886002.jpeg" alt="(Fonte: Sebastião Salgado / Reprodução)"><figcaption>Nas imagens de Gold, milhares de pessoa se amontoam e dão a sensação de formigueiro humano. (Fonte: Sebastião Salgado / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Na época, Sebastião Salgado tocava um projeto ambicioso chamado Workers, que consistia em fotografar 42 histórias diferentes sobre o trabalho manual em diversos ângulos. Dentre eles, entrava o registro da maior mina a céu aberto no mundo, localizada no Pará.Salgado foi até lá e passou 33 dias no local com a sua câmera, optando por fotografar com filme preto e branco, o que trouxe um ar mais dramático às cenas registradas. Em palavras veiculadas em uma das exposições da série, o fotógrafo mineiro pontuou uma síntese do que viu: “o que dizer desse metal amarelo e opaco que leva homens a abandonar seus lares, vender seus pertences e cruzar um continente a fim de arriscar suas vidas, seus corpos e sua sanidade por causa de um sonho?”.As imagens logo chegaram até a Europa e carregaram para o mundo uma visão sobre uma tragédia humana: a de que o emprego manual, que definia o conceito de <a href="https://www.megacurioso.com.br/politica/43169-sera-que-karl-marx-odiava-mesmo-o-capitalismo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">proletariado</a> (ou seja, a capacidade de vender o seu trabalho) estava prestes a ser substituído pela mecanização e pela informatização.&nbsp;Os 50 mil homens que estavam no local logo seriam substituídos por técnicas de mineração mecânica. "Olhando agora para trás, poderíamos ter prestado mais atenção quando vimos as incertezas sociopolíticas emergentes daquilo que chamávamos levianamente de 'comunidades pós-industriais'", afirma Neil Burgess, um famoso agente que atuou na venda da série de Salgado para galerias internacionais.<h2>A importância do trabalho de Sebastião Salgado</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/16/16121828626003.jpeg" alt="(Fonte: Sebastião Salgado / Reprodução)"><figcaption>A obra de Sebastião Salgado levou ao mundo cenas da exploração de trabalhadores miseráveis. (Fonte: Sebastião Salgado / Reprodução)</figcaption></figure></figure>A obra de Sebastião Salgado não foi a única de destaque de sua carreira, mas ajudou a mostrar a todos os cantos do mundo a potência do trabalho deste fotógrafo brasileiro, que é constantemente equiparado a nomes como Edward Weston, George Brassaï e Robert Capa. Entre outros temas, ele já registrou as consequências do declínio do trabalho manual e industrial, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128565-antigas-cidades-de-2-500-anos-sao-encontradas-na-amazonia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Amazônia</a> e as grandes migrações em massa.Com Gold, ele não se tornou o primeiro fotógrafo a registrar o garimpo da <a href="https://www.megacurioso.com.br/acontecimentos-historicos/98777-estas-15-fotos-epicas-contam-um-pouco-da-historia-do-brasil-e-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Serra Pelada</a> (o pioneirismo foi do fotojornalista português naturalizado brasileiro Juca Martins), mas deu a cara definitiva para esse fenômeno, explicitando a situação miserável daquelas pessoas e esclarecendo como o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/112625-monopoly-e-o-lado-sombrio-do-capitalismo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">capitalismo</a> explora vorazmente a força de trabalho do proletariado.Nem sempre seu olhar foi avesso a críticas. Alguns pensadores, como Susan Sontag, o acusaram de estetizar a pobreza, ou seja, de retratar cenas terríveis de uma forma que é até agradável aos olhos. Mas há outras análises que já apontaram detalhes nem sempre visíveis a todo mundo, como o fato que o fotógrafo se coloca em um ângulo abaixo dos trabalhadores quando os documenta, empoderando-os.Independente das opiniões divergentes, o fato é que Gold se configurou como um grande clássico do fotojornalismo e guarda o posto de obra determinante ao olhar que o mundo todo tem dos trabalhadores nas regiões mais pobres do planeta.

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Conheça a história de "Gold", as fotos de Sebastião Salgado sobre Serra Pelada

Alguns registros fotográficos têm o poder de mudar a forma como vemos as coisas.

Se você acha que uma fotografia é só uma imagem, pense de novo. Há fotos icônicas que acabaram se tornando símbolos das mudanças que se prenunciavam na sociedade, alterando a forma pelas quais enxergamos o mundo. São registros feitos por profissionais sensíveis que, com seu talento, trouxeram permanência a eventos marcantes da era moderna.<h2>1. "Department Store, Mobile, Alabama", de Gordon Sparks (1956)</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/11/11140007251162.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons/ Reprodução)"><figcaption>“Department Store, Mobile, Alabama”, de Gordon Sparks. (Fonte: Wikimedia Commons/ Reprodução)</figcaption></figure></figure>Esta foto, feita por Gordon Parks, está entre as mais importantes da história. Em 1956, o fotojornalista, que era negro, foi enviado para documentar os efeitos das leis de segregação das Leis <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/107183-5-referencias-ao-racismo-no-clipe-this-is-america-de-childish-gambino.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Jim Crow</a> no sul dos Estados Unidos. Ao chegar em Mobile, no Alabama, ele registrou cenas do cotidiano de uma família que expressavam bem essa discriminação.Nas fotos, ele capturava intencionalmente os cartazes em que se lia frases como “Somente brancos” ou “Para pessoas de cor”. A foto “Department Store, Mobile, Alabama” (1956) só foi divulgada em 2012, e tornou-se um ícone tardio daquela época. Ela mostra Joanne Thornton Wilson, então com 27 anos, com sua sobrinha, Shirley Anne Kirksey. Ambas estão paradas sob uma placa de neon cujo texto pode ser traduzido livremente como "Entrada para pessoas de cor". Ainda assim, a moça carrega um certo ar desafiador. Em 2013, Joanne deu uma entrevista sobre a foto e disse: “Vestir-se bem me fez sentir de primeira classe”.<h2>2. "Guerrillero Heroico (Che Guevara)", de Alberto Korda (1960)</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/11/11135842456161.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)"><figcaption>"Guerrillero Heroico (Che Guevara)", de Alberto Korda. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Poucas fotografias são mais icônicas do que esta, feita por Alberto Korda, o fotógrafo favorito de Fidel Castro. Ele capturou o retrato definitivo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/fotografia/97994-conheca-a-historia-por-tras-de-uma-das-imagens-mais-iconicas-do-planeta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Che Guevara</a> aos 31 anos durante um funeral em Havana em 1960, enquanto Fidel fazia um discurso. Sua expressão é repleta de sentidos: ele parece carregar uma raiva contida, ao mesmo tempo em que guarda ares de visionário ao mirar o horizonte.Cinco anos mais tarde, Che Guevara se demitiria do gabinete de Fidel Castro para se juntar a causas revolucionárias no Congo e na Bolívia, onde liderou guerrilhas. Contudo, esta foto de Alberto Korda só foi amplamente conhecida depois que Guevara foi morto soldados bolivianos em 1967. Ela passou então a figurar em milhares de camisetas e cartazes.<h2>3. "The Self-Immolation of the Buddhist Monk Thích Quang Ðuc in Saigon", de Malcolm Browne (1963)</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/11/11135552682160.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)"><figcaption>"The Self-Immolation of the Buddhist Monk Thích Quang Ðuc in Saigon", de Malcolm Browne. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Esta imagem foi feita pelo repórter fotográfico Malcolm Browne, que estava entre os únicos fotojornalistas em Saigon quando o monge Thích Quang Ðuc ateou fogo a si mesmo em 1963. Ele executava naquele momento um ato de protesto contra a perseguição do governo sul-vietnamita à população budista.&nbsp;Como se pode ver na foto, no momento de sua morte, ele estava cercado de monges. A foto foi enviada para os escritórios da Associated Press e ganhou o mundo. Quando o presidente <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120407-17-imagens-raras-e-chocantes-do-dia-do-assassinato-de-john-kennedy.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">John F. Kennedy</a> a viu, ele teria exclamado “Jesus Cristo!” e ordenado uma revisão da política que seu governo mantinha para o Vietnã. Foi uma imagem tão poderosa que realmente mudou o estado das coisas.<h2>4. "Mina de Ouro de Serra Pelada, Estado do Pará, Brasil", de Sebastião Salgado (1986)</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/11/11135439168159.jpg" alt="(Fonte: Robert Klein Gallery / Reprodução)"><figcaption>"Mina de Ouro de Serra Pelada, Estado do Pará, Brasil", de Sebastião Salgado. (Fonte: Robert Klein Gallery / Reprodução)</figcaption></figure></figure>O brasileiro <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/111236-sebastiao-salgado-e-esposa-restauram-600-hectares-de-mata-atlantica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Sebastião Salgado</a> colocou seu nome entre os grandes fotógrafos de todos os tempos. E uma de suas imagens mais famosas é esta que mostra a Serra Pelada, no Pará, em que mineiros buscavam o sonho de encontrar ouro.Na foto, vemos os corpos curvados e frágeis desses homens que se enfiam em um grande buraco na terra. Para fazer essa série, Salgado passou 35 dias na Serra Pelada convivendo com esses mineiros, para por fim gerar imagens que se tornariam um testemunho vivo das condições terríveis que estas pessoas enfrentavam para tentar fugir da miséria.<h2>5. “I Am a Man: Sanitation Workers Strike, Memphis, Tennessee,” de Ernest C. Withers (1968)</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/11/11140125767163.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)"><figcaption>O fotojornalista Ernest C. Withers fez o último registro de uma ação de Martin Luther King. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure></figure><div data-testid="lazy-image"><div data-testid="lazyimage-container">Em um de suas últimas semanas de vida, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120958-como-henry-d-thoreau-influenciou-martin-luther-king-jr.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Martin Luther King Jr</a>. participou de um protesto de trabalhadores negros que estavam em greve por condições mais seguras e salários melhores em Mênfis, nos Estados Unidos. No seu discurso, King ressaltou a ligação entre a luta pelos direitos civis dos americanos e as de pessoas pobres e sem direitos em todo o mundo.</div>Os trabalhadores ao seu redor seguravam placas que traziam a frase "Eu sou um homem". Tratava-se de um protesto que reivindicava o respeito aos direitos mais básicos daqueles cidadãos. A foto que marcou esse momento foi tirada pelo fotojornalista negro Ernest C. Withers, que era nascido em Mênfis. A imagem acabou se tornando o registro oficial da última grande ação de direitos civis de Martin Luther King.</div>

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5 fotos icônicas que mudaram o mundo

Conheça a história de 3 revoltas que modificaram o curso da história mundial.

Em vários momentos da história, as mudanças dentro dos países só ocorrem quando uma classe fica revoltada em relação a algo que está acontecendo. Isso pode acontecer de maneira pacífica (um exemplo é o movimento de resistência de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121814-mahatma-gandhi-o-brutal-assassinato-do-icone-indiano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Mahatma Gandhi</a> na Índia) ou de maneira muito violenta (vide o caso das Revoluções Americana e Francesa).Estes movimentos muitas vezes fracassam. Mas, em outras, eles são responsáveis por modificar o status quo e inaugurar uma nova página na história mundial.<h2>1. Queda da monarquia na Roma Antiga</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/09/09205242172034.jpeg" alt="Queda da Monarquia e instituição da República foi de suma importância para a história da Roma Antiga. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)"><figcaption>Queda da Monarquia e instituição da República foi de suma importância para a história da Roma Antiga. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Por volta de 509 a.C., a Roma Antiga passou por uma revolução política que resultou na expulsão do último rei de Roma, Lúcio Tarquínio Soberbo, e na fundação da República Romana.Há muito mistério ainda em torno desse episódio, uma vez que seus registros são vagos, e datam do começo do século III a.C. O que se sabe é que, antes da República Romana, Roma contou com um total de sete reis. O primeiro deles teria sido Rômulo, o fundador da cidade, por volta de 753 a.C.Na sequência, os demais reis foram reconhecidos como benevolentes, à exceção do último, Lúcio Tarquínio Soberbo. Ele teria matado o rei anterior para estabelecer um governo violento e despótico. Foi justamente daí que ele ganhou o sobrenome Soberbo.A queda começou depois que seu filho Sexto estuprou uma nobre. Por conta disso, a família dela se uniu a outros nobres, incluindo o sobrinho do rei, e organizou um golpe de Estado político em 509 a.C. A família Tarquínio foi exilada e uma República foi criada, com a nomeação de dois cônsules a cada ano ao invés de um único rei.<h2>2. Formação da democracia ateniense</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/10/10093618796028.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>A democracia de Atenas formou as bases para as do mundo todo. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>A democracia em <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/109364-7-fatos-sobre-a-acropole-de-athenas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Atenas</a> foi estabelecida durante a gestão de Sólon, um legislador que estabeleceu uma série de reformas no começo do século VI a.C. Entre elas, está o banimento da escravidão por dívidas. A Eclésia (uma assembleia de todos os cidadãos do sexo masculino, independentemente da classe social) também foi iniciada, trazendo alguma estabilidade à cidade-estado.Contudo, tantas mudanças não tornavam Atenas imune às ameaças dos tiranos. Um deles foi o aristocrata Pisístrato, que organizou um golpe populista e passou a governar Atenas até morrer, em 527 a.C. Ele foi seguido por seu filho Hípias, que também realizou um governo instável, o que fez com que Esparta invadisse e conquistasse a cidade em 510 a.C.&nbsp;Após expulsar Hípias, os espartanos colocaram um nobre ateniense chamado Iságoras no poder. Só que ele logo se desentendeu com as classes média e baixa atenienses, que queriam um retorno à democracia. Por conta disso, o povo se revoltou e forçou Iságoras a fugir. Isso deu margem para que Clístenes, um opositor de Iságoras, saísse do exílio para tentar instaurar a revolução democrática.<h2>3. Guerra da Restauração&nbsp;</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/10/10100541001053.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>A Guerra de Restauração se configurou por conflitos entre Espanha e Portugal. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>A Guerra de Restauração envolveu uma série de confrontos armados travados entre o Reino de Portugal e a Coroa de Castela iniciados por consequência da Guerra dos Segadores, e que ocorreram entre 1640 e 1668.Tudo iniciou com a morte do rei português D. Sebastião durante a Batalha dos Três Reis, em 1578. Isso levou com que o rei Filipe III, da Espanha, assumisse a coroa de Portugal e criasse a União Ibérica. Foi um período pacífico, mas que coincidiu com a expansão do comércio brasileiro e sul-americano.O clima começou a piorar depois de 1620, por conta da alta tributação e da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122453-como-portugal-comprou-o-nordeste-dos-holandeses-por-r-3-bilhoes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">anexação holandesa de partes das terras portuguesas no nordeste do Brasil</a> e na África Ocidental, trazendo dificuldades para Portugal. Por conta disso, os chamados Quarenta Conspiradores puseram seus planos em ação em 1º de dezembro de 1640, mataram o Secretário de Estado, prenderam uma prima do rei e instalaram João IV como o novo rei de Portugal.

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3 rebeliões que modificaram a história do mundo

O criminoso chegou a ser preso e tinha muitos inimigos, mas faleceu devido a problemas de saúde.

O gângster John Gotti foi um dos criminosos mais violentos e temidos de Nova York. Em um golpe contra outras figuras do submundo da cidade, ele virou o chefe de uma tradicional família da região e foi um dos mais respeitados mafiosos de todo o país.Além disso, ele se diferenciava por ter uma personalidade amigável — o que até virou <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122577-5-fatos-sobre-a-mafia-que-o-poderoso-chefao-te-ensinou-errado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">um dos clichês de mafiosos no cinema</a>. Gotti também gostava de atrair a atenção da imprensa para conquistar espaço nos jornais e até se tornou amigo de várias celebridades.<ul><li>Saiba mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/128495-5-mafiosos-que-governaram-o-submundo-do-crime-dos-eua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">5 mafiosos que governaram o submundo do crime dos EUA</a></li></ul>Entretanto, a sua morte nada teve a ver com as disputas por território e nem os muitos desafetos que ele deixou pelos Estados Unidos na década de 1980.<h2>A ascensão de um mafioso</h2>John Gotti começou a atuar como um criminoso de pequenos delitos na região do Bronx, mas foi subindo na hierarquia da região. Sua primeira condenação foi em 1968 por roubo de mercadorias, mas ele passou poucos anos preso e voltou ainda mais respeitado.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/13/13090610784012.jpg" alt="Gotti preso e fichado pelo FBI. (Fonte da imagem: Wikimedia Commons)"><figcaption>Gotti preso e fichado pelo FBI. (Fonte: Wikimedia Commons)</figcaption></figure></figure>Aos poucos, o gângster começou a se envolver com a família Gambino, uma das cinco mais influentes na máfia de Nova York. Ele é o responsável por encomendar a morte do chefe do grupo, Paul Castellano, em dezembro de 1985.A resiliência, mesmo sendo detido inúmeras vezes, e a eficiência em não produzir provas contra si mesmo, assim como as formas de escapar ou vencer julgamentos, garantiram a Gotti o apelido de "Teflon Don". Essa é uma referência ao material antiaderente e escorregadio, normalmente usado em panelas.&nbsp;<ul><li>Leia também: <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122064-conheca-4-mulheres-que-foram-gansgters-famosas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Conheça 4 mulheres que foram gânsgters famosas</a></li></ul>O mafioso teve cinco anos de reinado em Nova York no lugar de Castellano até ser preso em definitivo em 1990. A detenção ocorreu após uma grande operação policial e múltiplas acusações, incluindo extorsão, homicídio e fraudes fiscais.<h2>A morte de John Gotti</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/13/13090153041010.jpg" alt="Gotti em uma das fitas gravadas pelas autoridades. (Fonte da imagem: Reprodução/FBI)"><figcaption>Gotti em uma das fitas gravadas pelas autoridades. (Fonte: FBI/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Fazendo justiça ao apelido, Gotti chegou a ser inocentado em três julgamentos. Porém, fitas gravadas durante uma ação de vigilância do FBI mostraram o seu lado cruel e autoritário, auxiliando na condenação.&nbsp;John Gotti foi condenado à prisão perpétua em 1992 e cumpriu boa parte da pena na United States Penitentiary, em Illinois. Ele ficava em uma ala de segurança máxima, com frequência na solitária.Em 1998, ele foi diagnosticado com câncer na garganta. No mesmo ano, Gotti foi operado na região do pescoço para retirada do tumor, em uma cirurgia inicialmente bem sucedida.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/13/13090257666011.jpg" alt="A capa de um dos jornais da cidade no dia da morte. (Fonte da imagem: New York Daily News)"><figcaption>A capa de um dos jornais da cidade no dia da morte de John Gotti. (Fonte: New York Daily News/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Porém, ele foi internado mais algumas vezes nos anos seguintes, com o câncer retornando e rapidamente fazendo a sua saúde decair. Gotti faleceu por complicações da doença em 10 de junho de 2002, aos 61 anos. Ele morreu no Centro Médico dos Estados Unidos para Prisioneiros Federais, uma unidade de recuperação em Springfield, no estado do Missouri.O gângster <a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/167147-filme-de-travolta-tem-nota-0-no-rotten-tomatoes-e-producao-manda-resposta-aos-criticos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">foi retratado nos cinemas em um longa-metragem de 2018</a>, estrelado por John Travolta, e que foi detonado pela crítica. Além disso, ele virou tema de uma série documental em 2023 na Netflix.

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Como morreu John Gotti, um dos mafiosos mais temidos dos EUA?

Conhecidos pelo talento em alto-mar e por levar terror à Europa durante a Idade Média, os vikings também possuíam uma extensa lista de insultos.

Os livros de história foram precisos ao retratarem os vikings como um povo guerreiro com <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/128611-qual-foi-o-lugar-mais-distante-que-os-vikings-alcancaram.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">enorme capacidade de navegação em alto-mar</a>. De origem nórdica, suas histórias envolvem conquistas e pilhagens que colocaram parte da Europa de pernas para o ar. Mas os quase 300 anos de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120249-6-mentiras-que-contam-sobre-os-vikings.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Era Viking</a> também guardam um segredo: eles gostavam de insultar.As mais diversas linguagens existentes no mundo possuem palavras destinadas a ofender pessoas, mas é provável que nenhum outro povo tenha elaborado tantas frases ofensivas em sua história quanto os vikings. Sua língua, o nórdico antigo, tem origem em um idioma germânico setentrional, e é considerada complexa, com <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121792-qual-e-a-diferenca-entre-sotaque-e-dialeto.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dialetos distintos</a> e uma rica cadeia de xingamentos.<h2>1. Amlóði</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/12/12200623960021.jpeg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)"><figcaption>Ofensa para alguém tolo, termo nórdico também deu origem ao nome de personagem de Shakespeare. (Fonte: Wikimedia Commons)</figcaption></figure></figure>Além do talento para o mar, os vikings também tinham jogo de cintura para ofender as pessoas. Um muito comum era amlóði, termo de origem nórdica que significava algo semelhante a "tolo", ou um indivíduo muito fraco para executar um trabalho para o qual foi designado.Curiosamente, essa ofensa deu origem ao nome nórdico Amleth, que de acordo com especialistas, teria resultado em Hamlet, famoso personagem de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/127932-peca-perdida-de-shakespeare-esta-desaparecida-ha-420-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Shakespeare</a>. Sobre isso, há quem defenda que o bardo tenha se inspirado em um popular conto escandinavo sobre um príncipe chamado Amleth antes de criar sua própria história.<h2>2. Argr</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/12/12200903428022.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)"><figcaption>Ser considerado um covarde para um viking era horrível, digno de insulto. (Fonte: Wikimedia Commons)</figcaption></figure></figure>O termo argr&nbsp;pode ser difícil para pronunciar, mas é, certamente, pior para quem essa ofensa se destina. Utilizada como um adjetivo pejorativo, ela significaria algo como "fraco" ou "afeminado" em <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124580-odin-descoberta-a-mais-antiga-mencao-ao-deus-nordico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">nórdico antigo</a>.No processo de evolução linguística, a palavra passou a ser usada no cotidiano viking como um substantivo, com significado próximo de "covarde miserável".<h2>3. Eldhús-fífl</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/12/12201301168023.jpeg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)"><figcaption>Para um viking, se você não ocupasse a vida, era uma pessoa inútil. (Fonte: Wikimedia Commons)</figcaption></figure></figure>Aos poucos começa a ficar claro como os vikings não gostavam muito de pessoas tolas. Acompanhe, por exemplo, o caso da ofensa eldhús-fífl. A primeira parte desse xingamento, "eldhús", significa algo como "corpo de bombeiros" ou "sala de bombeiros", mas, apesar da tradução, era uma espécie salão de banquetes ou qualquer tipo de cômodo grande que contivesse uma lareira.Já a construção eldhús-fífl seria "um tolo junto à lareira", o que especialistas no universo viking afirmam se tratar de uma pessoa de cabeça vazia, que não faz nada de útil da vida além de ficar sentado junto ao fogo o dia todo.<h2>4. Frunti</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/12/12201337261024.jpeg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)"><figcaption>Vikings, apesar de seu perfil forte e agressivo, não curtiam indivíduos rudes e atrevidos. (Fonte: Wikimedia Commons)</figcaption></figure></figure>Linguistas apontam que o xingamento frunti estaria relacionado à palavra escocesa "frunti", cuja tradução significaria "ousado", mas em outro contexto. Para os nórdicos, frunti era uma pessoa rude e grosseiramente atrevida, isto é, alguém sem modos.<h2>5. Geit</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/12/12201436432025.jpeg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)"><figcaption>Ser uma pessoa sem fibra era mal visto entre os vikings. (Fonte: Wikimedia Commons)</figcaption></figure></figure>Em nórdico antigo, geit&nbsp;era como se chamavam as cabras. Agora, no caso de você ser um viking, o termo era um insulto para chamar um indivíduo de "covarde", <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/como-os-vikings-conseguiam-pescar-baleiasazuis" rel="noopener noreferrer" target="_blank">alguém sem fibra para enfrentar uma situação.</a><h2>6. Hórbarn</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/12/12201837399028.jpeg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)"><figcaption>Uma pessoa jovem também podia acabar sendo insultada pelos vikings. (Fonte: Wikimedia Commons)</figcaption></figure></figure>Os próximos três insultos têm origem semelhante, a começar pelo prefixo hór. Hórbarn&nbsp;é como os vikings insultavam alguém que não gostavam, geralmente jovem, para chamá-lo de "criança concebida em adultério". Sim, é parecido justamente com aquela ofensa que você pensou.<h2>7. Hórkarl</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/12/12201915603029.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)"><figcaption>Pular a cerca podia resultar em ofensa à honra do viking. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Como citado anteriormente, hórkarl&nbsp;tem o prefixo hór que conecta com o insulto anterior. Neste caso específico, vikings estavam ofendendo a homens, chamando-os de "<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/128182-ciencia-tenta-entender-por-que-existe-traicao-em-relacionamentos-amorosos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">adúlteros</a>", o que, hoje, pode soar esquisito, mas na época era um insulto grave à honra de um indivíduo.<h2>8. Hórkerling</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/12/12202104272031.jpeg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)"><figcaption>Deitar-se com um viking casado rendia grande insulto à mulher. (Fonte: Wikimedia Commons)</figcaption></figure></figure>Completando a tríade de insultos vikings interligados, hórkerling&nbsp;era uma ofensa destinada a atacar a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/128931-gudrid-a-historia-da-1-mulher-viking-a-navegar-para-as-americas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">honra de mulheres</a>. Em nórdico antigo, a palavra significava que a pessoa era considerada "uma prostituta", o que não estava necessariamente ligado com a profissão, mas a alguém que se deitava com homens casados.

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Os 8 insultos vikings mais absurdos

Descubra como as ostras passaram de um alimento básico das massas para o status de luxo.

No início da <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/126786-ultraprocessados-como-nos-tornamos-refens-de-uma-alimentacao-nociva.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">industrialização nos Estados Unidos</a>, quando as cidades estavam em pleno crescimento e os trabalhadores urbanos clamavam por alimentos acessíveis e rápidos, as ostras eram um alimento onipresente.Dos banquetes sofisticados aos simples ensopados, esse <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121549-ostras-moluscos-e-mexilhoes-qual-e-a-diferenca-entre-eles.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">marisco</a> era uma fonte de proteína barata e abundante.<h2>Ascensão e queda das ostras urbanas</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/10/10221418761033.jpg" alt="Nos séculos XVIII e XIX, as ostras eram uma proteína popular e amplamente consumida. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>As ostras eram uma proteína popular e amplamente consumida. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Nos séculos XVIII e XIX, as <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122664-como-as-ostras-fazem-perolas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ostras</a> eram o equivalente gastronômico dos ovos: uma proteína acessível e barata. Desde os banquetes requintados até as refeições do dia a dia, as ostras eram consumidas em larga escala, cultivadas em estuários e baías urbanas. O auge dessa era culminou em uma produção em massa que alimentava não apenas os trabalhadores urbanos, mas também a elite.No entanto, à medida que as cidades cresciam e a poluição se infiltrava nos ambientes aquáticos, as ostras se tornaram um perigo para a saúde pública. Surto após surto de doenças transmitidas por alimentos, como a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113889-a-interminavel-quarentena-de-mary-mallon.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">febre tifoide</a>, foram associadas ao consumo de ostras <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127556-como-ocorre-a-contaminacao-alimentar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">contaminadas</a>. Com isso, à medida que a preocupação com a segurança alimentar aumentava, o consumo desse marisco caía.<h2>De alimento básico a artigo de luxo</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/10/10221540887034.jpg" alt="Com o aumento dos preços, as ostras foram transformadas em um artigo de luxo, reservado para os mais privilegiados. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Com o aumento dos preços, as ostras foram transformadas em um artigo de luxo e reservadas para os mais privilegiados. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Com a queda no consumo e a subsequente redução na produção urbana, um novo panorama se delineou. As pessoas, agora enfrentando a escassez de ostras em suas áreas urbanas, procuraram alternativas em outras fontes. Uma delas foram as ostras selvagens, que eram colhidas em regiões costeiras mais remotas, onde a poluição era menos prevalente e a qualidade da água era considerada mais segura.No entanto, essa alternativa estava longe de ser uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/por-que-o-sistema-alimentar-mundial-esta-falido" rel="noopener noreferrer" target="_blank">solução econômica</a>. Os gastos com transporte, distribuição e armazenamento tornavam os mariscos provenientes dessas fontes consideravelmente mais caros. Antes consideradas um alimento básico acessível para as massas, as ostras começaram a ser vistas como um artigo de luxo, reservado para aqueles com <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123633-6-formas-como-a-pobreza-definiu-o-rumo-das-civilizacoes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">recursos financeiros disponíveis</a> para arcar com seus custos elevados.Essa transformação não apenas alterou a dinâmica do mercado de ostras, mas também influenciou como eram vistas socialmente. Com seu preço mais alto, elas assumiram um novo significado, tornando-se não apenas uma iguaria deliciosa, mas também um símbolo de status, riqueza e extravagância.Apesar dos desafios enfrentados, há uma esperança crescente para o ressurgimento das ostras urbanas nos EUA e a volta da popularização desse alimento icônico. A implementação de regulamentações mais rigorosas e práticas de cultivo cuidadosas pode pavimentar o caminho para um retorno das ostras como um elemento comum na dieta, oferecendo não apenas nutrição, mas também uma conexão renovada com a rica história culinária e marítima do país.

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Você sabia que as ostras já fizeram parte da culinária popular?

Shows de palhaços e aberrações eram algumas das diversões do período entre os séculos XIX e XX.

A <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/127658-marie-curie-michael-faraday-e-5-cientistas-da-era-vitoriana-que-investigaram-fantasmas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Era Vitoriana</a> foi um período marcado por mudanças sociais, políticas e econômicas que levaram o Império Britânico a se tornar uma grande potência. Além disso, é lembrada como uma época ditada pelo moralismo e o fundamentalismo religioso.Com a rigidez nos costumes pregada pela monarquia e as lideranças religiosas, muitas pessoas acreditam que quem viveu naquela época não se divertia, preferindo dedicar seus esforços à <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123023-rainha-vitoria-a-maior-traficante-de-drogas-da-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">rainha Vitória</a>, que governou entre 1837 e 1901. Porém, a realidade é bem diferente, como veremos a seguir. Conheça seis maneiras curiosas de entretenimento da Era Vitoriana.<h2>1. Imitações de animais</h2><blockquote class="twitter-tweet">I am obsessed with Charles Lauri Junior (1860-1903), a small Victorian actor regarded, briefly, as “The King of Animal Impersonators” <a href="https://t.co/wFklO4Ux3q">pic.twitter.com/wFklO4Ux3q</a>— Sarah Dempster (@Dempster2000) <a href="https://twitter.com/Dempster2000/status/1230104867110297600?ref_src=twsrc%5Etfw">February 19, 2020</a></blockquote>Assistir a shows de imitadores de animais era uma das formas de diversão mais populares do final do século XIX, fazendo sucesso nos teatros de Londres e outras cidades europeias. Neste ramo, o imitador Charles Lauri Junior foi um dos principais nomes.Ele era capaz de se transformar em animais como cachorros, gatos e <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128717-zoo-britanico-lanca-plano-para-impedir-papagaios-de-falar-palavroes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">papagaios</a>, usando máscaras, roupas e outros acessórios para a composição dos personagens. Em um dos seus espetáculos mais famosos, ele interpretava um macaco.<h2>2. Shows de palhaços</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/17/17104833340102.jpg" alt="Usher atravessando o Tâmisa. (Fonte: Waterloo Festival/Reprodução)"><figcaption>Usher atravessando o Tâmisa. (Fonte: Waterloo Festival Archive/Reprodução)</figcaption></figure></figure>As apresentações de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/127930-novo-estudo-tenta-explicar-a-coulrofobia-o-medo-irracional-de-palhacos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">palhaços</a> também faziam sucesso na época, divertindo o público em teatros e nas ruas. Entre os artistas, vale destacar o palhaço Richard Usher, que se apresentou durante anos no Anfiteatro de Astley, na capital inglesa, considerado o primeiro picadeiro de circo moderno.Um de seus shows mais famosos foi atravessar o rio Tâmisa em uma banheira puxada por gansos, indo de Westminster até a ponte Waterloo, e sendo acompanhado por uma multidão.<h2>3. Peças de crime real</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/17/17105237617105.jpg" alt="Multidão acompanha aplicação da pena ao assassino de Maria Marten. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Multidão acompanha aplicação da pena ao assassino de Maria Marten. (Fonte: Hulton Archive/Getty Images)</figcaption></figure></figure>O gênero <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/massacre-na-universidade-do-texas-o-1-tiroteio-em-massa-dos-tempos-modernos-nos-eua" rel="noopener noreferrer" target="_blank">true crime</a> já era prestigiado na Era Vitoriana. Espetáculos retratando crimes enchiam os teatros, como era o caso da peça O Assassinato no Celeiro Vermelho, que estreou em 1840 abordando a morte violenta de Maria Merten.Várias peças e músicas sobre o caso foram criadas, mostrando o fascínio dos britânicos pelas histórias de crime real.<h2>4. O “avestruz humano”</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/17/17105752969107.jpg" alt="A avestruz tem fama de engolir tudo o que encontra. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>A avestruz tem fama de engolir tudo o que encontra. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Os <a href="https://www.megacurioso.com.br/bizarro/75843-show-de-horrores-os-artistas-que-ganhavam-a-vida-com-suas-anomalias.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">shows de horrores</a> (também conhecidos como "freak shows") foram atrações muito populares no século XIX. Nesse tipo de espetáculo, pessoas com anomalias corporais eram exibidas como animais em um zoológico. Entre as atrações com mais destaque estava o homem que engolia objetos, o famoso “<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124929-apetite-exotico-o-avestruz-humano-que-comia-pregos-vidro-e-sapos-vivos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">avestruz humano</a>”.Ele engolia alfinetes, pregos, lâminas, vidros e outras coisas, fazendo disso a sua carreira. Em algumas ocasiões, permitia até que médicos o examinassem para mostrar que não havia truques.<h2>5. “As crianças astecas”</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/17/17110231736112.jpg" alt="As "><figcaption>As "crianças astecas" tinham microcefalia. (Fonte: Wikimedia Commons)</figcaption></figure></figure>Também parte dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/110603-7-atracoes-que-fizeram-sucesso-nos-freak-shows-do-passado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">freak shows</a>, os irmãos Maximo e Bertola nasceram com microcefalia, uma anomalia congênita que faz o bebê ter a cabeça pequena. Vendidas a um promotor de shows americano, após sua mãe ser enganada, as crianças se tornaram atração circense.Apelidadas de “crianças astecas”, elas eram apresentadas como supostas descendentes de uma extinta raça asteca em um show que ganhou fama mundial.<h2>6. “Tourada” de cães</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/17/17110749917118.jpg" alt="Neste caso, a tourada era simulada com cães. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Neste caso, a tourada era simulada com cães. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Cães fantasiados de touros, simulando uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/polemica/101108-o-que-acontece-com-os-touros-que-morrem-durante-as-touradas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tourada</a>, também divertiam os britânicos. Treinados, eles se fingiam de mortos ao final do combate e saíam arrastados por um cavalo, recebendo petiscos pelo trabalho feito.A tourada simulada chamou até a atenção da rainha em 1899, que ficara preocupada com a saúde dos animais.

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6 formas de entretenimento curiosas da Era Vitoriana

Bebida de 2 mil anos é um vinho branco de xerez ainda próprio para consumo e achado durante reforma de casa

Arqueólogos da Universidade de Córdoba, na Espanha, confirmaram a descoberta do <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/118508-propriedades-e-beneficios-do-vinho.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vinho</a> mais antigo do mundo ainda em estado líquido. A bebida teria por volta de 2 mil anos, de acordo com os estudos conduzidos pelos pesquisadores.O vinho estava dentro de uma urna funerária feita de cristal, contendo também os restos cremados de um homem que viveu durante o período do Império Romano. No mesmo recipiente, foi colocado também um anel com a imagem do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118103-qual-a-ligacao-entre-os-deuses-gregos-e-romanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">deus romano Janus</a>.<ul><li>Leia também: <a href="https://www.megacurioso.com.br/bebidas-alcoolicas/40004-13-bebidas-que-sobreviveram-ao-tempo-e-sao-as-mais-antigas-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">13 bebidas que sobreviveram ao tempo e são as mais antigas do mundo</a></li></ul>A tumba foi encontrada em 2019, durante reformas no terreno de uma residência de Carmona, cidade do sul do país europeu. Porém, o resultado da análise do líquido só foi publicado neste ano, em um artigo no Journal of Archaeological Science.&nbsp;<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/20/20154801496197.jpg" alt="O líquido entre o marrom e o avermelhado, com fragmentos de ossos ao fundo. (Fonte da imagem: Journal of Archaeological Science)"><figcaption>O líquido entre o marrom e o avermelhado, com fragmentos de ossos no fundo. (Fonte: Journal of Archaeological Science)</figcaption></figure></figure>O vinho encontrado é um xerez, típico da Espanha, e originalmente do tipo branco. Porém, ações químicas resultantes tanto do tempo quanto do contato com os restos mortais do cidadão romano tornaram a sua cor avermelhada, quase marrom.<h2>O vinho mais envelhecido do mundo?</h2>Com cinco litros ao todo, o vinho é considerado recordista em preservação no estado líquido. O detentor anterior do título <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/103506-a-garrafa-de-vinho-que-esta-fechada-ha-1650-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">era uma garrafa de 1650 anos de idade</a>, achada nos pertences de um nobre romano na cidade alemã de Speyer.&nbsp;<ul><li>Saiba mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/127002-4-regioes-vinicolas-que-voce-provavelmente-nunca-ouviu-falar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">4 regiões vinícolas que você provavelmente nunca ouviu falar</a></li></ul>Já o vinho mais antigo em qualquer estado foi encontrado em cerâmicas de mais de 8 mil anos atrás descobertas na Geórgia. Neste caso, porém, apenas traços da bebida foram achados em análises minuciosas.O local estudado pelos arqueólogos é tido como raro, já que é uma tumba em bom estado de preservação e ainda com itens pessoais. Normalmente, esse tipo de construção está bastante deteriorada, tanto pela ação do tempo quanto por saques ao longo dos séculos.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/20/20155039295198.jpg" alt="O exterior da câmara (à direita) e o resultado das escavações. (Fonte da imagem: Journal of Archaeological Science)"><figcaption>O exterior da câmara (à direita) e o resultado das escavações. (Fonte: Journal of Archaeological Science)</figcaption></figure></figure>No local, foram encontrados oito espaços de sepultamento com seis urnas parecidas. Duas delas estavam nomeadas: Senicio e Hispanae. Pelas conclusões dos arqueólogos, é possível que o vinho tenha sido colocado na vasilha como uma forma de homenagem, ritual ou oferenda religiosa.Ainda de acordo com os cientistas, o líquido está próprio para consumo por não apresentar toxinas. Ainda assim, o gosto é extremamente salgado, sem lembrar em nada o xerez tradicional.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/21/21073624699000.jpg" alt="O estudo de composição do líquido. (Fonte da imagem: Journal of Archaeological Science)"><figcaption>O estudo de composição do líquido. (Fonte: Journal of Archaeological Science)</figcaption></figure></figure>Para confirmar se o líquido achado era mesmo vinho, os pesquisadores usaram uma técnica conhecida como espectrômetro de massa com plasma indutivamente acoplado. Além dela, uma análise do pH e a ausência de uma substância presente apenas no vinho tinto confirmou a sua natureza.

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Vinho em estado líquido mais antigo do mundo é achado em tumba na Espanha

Empresa americana libera o acesso a artigos que trazem dados de milhares de pessoas escravizadas, abrindo a possibilidade de que suas histórias possam ser contadas. 

Imagine descobrir que uma simples busca online pode abrir as <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125649-6-descobertas-que-mudam-muito-do-que-sabemos-sobre-o-passado-da-humanidade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">portas para o passado</a> da sua família, revelando histórias há muito perdidas. É exatamente isso que o site de genealogia Ancestry está oferecendo com sua nova coleção “Artigos de Escravidão”, uma base de dados gratuita com registros de mais de 183.000 pessoas escravizadas nos Estados Unidos, datados entre 1788 e 1867.&nbsp;Essa iniciativa surge como uma poderosa ferramenta para os descendentes de indivíduos escravizados, permitindo-lhes traçar suas raízes e entender melhor as dificuldades e resistências enfrentadas por seus antepassados.<h2 style="text-align:justify;">Jogando luz às identidades</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/19/19164836407266.jpg" alt="Os negros escravizados construíram as Américas. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>Os negros escravizados construíram boa parte das Américas. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Para muitos negros americanos, investigar a história da família tem sido uma tarefa árdua (assim como no Brasil, que sofre do mesmo problema). <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/105253-5-documentos-historicos-que-infelizmente-se-perderam-no-tempo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">A falta de documentação</a> e a natureza impessoal dos poucos registros existentes tornaram essa busca um verdadeiro desafio.&nbsp;Mas agora, com a empresa de genealogia Ancestry digitalizando e disponibilizando 38.000 artigos de jornais históricos, essa jornada ganhou uma nova dimensão. Esses artigos não só contêm nomes, idades e descrições físicas, mas também revelam detalhes sobre a vida cotidiana e as experiências dos escravizados, oferecendo um vislumbre raro e valioso da história afro-americana.Por meio dessa coleção, os usuários podem encontrar avisos de leilões de escravizados, anúncios de fugitivos e até mesmo detalhes pessoais que humanizam aqueles que foram tratados como mercadoria.&nbsp;Por exemplo, um artigo de 1791 no Poughkeepsie Journal menciona um homem escravizado de 33 anos chamado Robert, que fugiu levando seu violino. Essas narrativas revelam a resiliência e a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118159-mulheres-e-calcas-a-luta-por-liberdade-no-ocidente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">luta pela liberdade</a>, destacando a complexidade das vidas que foram forçadas à escravidão.A Ancestry reconhece o impacto emocional que a leitura desses documentos pode ter. Especialistas da empresa enfatizam a importância de abordar essa pesquisa com uma mentalidade aberta e crítica. Além disso, a empresa se associou a profissionais capacitados para oferecer orientações sobre como lidar com as implicações emocionais dessa investigação.&nbsp;<h2 style="text-align:justify;">Reconhecendo histórias</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/19/19165139646275.jpg" alt="Muitas histórias de escravos ainda não foram contadas. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>Muitas histórias de escravizados ainda não foram contadas. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>A iniciativa da Ancestry é um passo significativo em direção à inclusão e ao reconhecimento das <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/aviadores-de-tuskegee-os-primeiros-pilotos-negros-da-forca-aerea-dos-eua" rel="noopener noreferrer" target="_blank">histórias afro-americanas</a>. Historicamente, muitos registros de escravizados foram destruídos ou simplesmente nunca existiram, tornando a pesquisa genealógica extremamente difícil.&nbsp;Com essa nova coleção, milhões de descendentes podem finalmente ter acesso a informações que antes eram inacessíveis. Além disso, a utilização de tecnologia de IA pela Ancestry facilita a pesquisa, conectando nomes e informações de outros bancos de dados da plataforma, ampliando ainda mais o alcance das descobertas.Para os historiadores, essa coleção também representa uma oportunidade de aprofundar o entendimento sobre a escravidão nos Estados Unidos. Para eles, juntar as <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121225-harriet-tubman-a-abolicionista-negra-que-fugiu-da-escravidao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">histórias individuais</a> desses registros pode construir uma imagem mais detalhada das experiências vividas pelos negros americanos, enriquecendo nossa compreensão coletiva da história.A Ancestry não apenas digitalizou esses registros, mas também os disponibilizou gratuitamente, reafirmando seu compromisso com a preservação e disseminação de uma história culturalmente significativa. Isso complementa os mais de 18 milhões de registros já acessíveis na plataforma, que documentam a vida de indivíduos ex-escravizados ou recentemente emancipados.Em suma, a nova coleção “Artigos de Escravidão” da Ancestry é uma ferramenta poderosa e transformadora, tanto para indivíduos em busca de suas raízes quanto para historiadores dedicados a entender melhor o passado. É uma oportunidade de reconectar com a história, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124816-luiz-gama-a-historia-do-abolicionista-homenageado-pelo-governo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">honrar a memória</a> dos antepassados e enriquecer a narrativa coletiva sobre a experiência afro-americana.

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Dados da escravidão: site de genealogia abre registros de 183 mil escravizados nos EUA

Barrete frígio é símbolo das revoluções na França e ícone do vestuário do país.

O <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119463-conheca-o-mascote-das-olimpiadas-de-toquio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mascote de cada edição dos Jogos Olímpicos</a> normalmente é escolhido para refletir a cultura e os valores da cidade sede. É comum que o símbolo selecionado seja um animal da região ou seres fantasiosos, mas com cores e acessórios que remetem ao local. No caso da edição de 2024, que acontece em Paris, não foi diferente.Só que a competição deste ano, que acontece entre 26 de julho e 11 de agosto, terá como mascote uma peça de roupa. São as Phryges, simpáticas criaturas que representam um item clássico do vestuário francês: o barrete frígio.&nbsp;<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/19/19090738063017.jpg" alt="As Phryges, na versão olímpica e paralímpica."><figcaption>As mascotes Phryges, na versão olímpica e paraolímpica. (Fonte: Olympics/Divulgação)</figcaption></figure></figure><ul><li>Leia também: <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/9-esportes-que-fazem-parte-das-olimpiadas-e-voce-provavelmente-nao-sabia" rel="noopener noreferrer" target="_blank">9 esportes que fazem parte das Olimpíadas e você (provavelmente) não sabia</a></li></ul>Além da importância cultural para a região, eles também carregam uma importância histórica e revolucionária. E, apesar de normalmente remeterem à França, essa peça também já foi usada no contexto de batalhas e conquistas em outras civilizações.<h2>A evolução do barrete frígio</h2>O barrete frígio é um tipo de gorro de tecido no formato de um cone, com a ponta superior dobrada para um dos lados. O nome dele vem da Frígia, região que hoje pertence à Turquia e adotou o costume de uso dessa peça de roupa entre a população.Os primeiros registros do acessório, porém, vem dos pileus, povo da Grécia Antiga. Eles eram inicialmente entregues aos escravizados romanos que recebiam a alforria — e essa foi só a primeira de muitas vezes que o gorro foi associado à liberdade.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/19/19094414612038.jpg" alt="A figura mitológica grega Átis retratado com o barrete em estátuas. (Fonte da imagem: Wikimedia Commons)"><figcaption>A figura mitológica grega Átis retratado com o barrete em estátuas. (Fonte: Wikimedia Commons)</figcaption></figure></figure>Ao longo dos séculos, ele apareceu em estatuetas de divindades e como adorno em figuras retratadas em moedas antigas.A sua popularidade decaiu até o século XVII, quando a cultura britânica resgata símbolos clássicos e adota peças de vestuário que incluem o barrete frígio.&nbsp;<ul><li>Saiba mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119034-4-pecas-de-roupa-classicas-no-mundo-da-moda-e-suas-historias.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">4 peças de roupa clássicas no mundo da moda e suas histórias</a></li></ul>Mas foi Paul Revere, o mensageiro que alertou sobre um ataque dos ingleses durante a Guerra de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124772-5-fatos-sobre-a-revolucao-americana-que-nao-te-contaram-na-escola.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Independência dos Estados Unidos</a>, em 1775, quem popularizou o item. Ele colocou o gorro no desenho de um obelisco idealizado por ele em Boston, mais especificamente no topo de um bastão usado por uma mulher representando a liberdade.&nbsp;<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/19/19093443750026.jpg" alt="A liberdade (à direita, de azul) com o barrete frígio como se fosse uma bandeira. (Fonte da imagem: Library of Congress) "><figcaption>A liberdade (à direita, de azul) com o barrete frígio como se fosse uma bandeira. (Fonte da imagem: Library of Congress)</figcaption></figure></figure>O barrete passa a ser chamado de gorro da liberdade e é retratado em moedas, pinturas e ilustrações. O símbolo, junto dos ideais revolucionários norte-americanos, ajudou a inspirar também líderes da Revolução Francesa.<h2>O barrete frígio na França</h2>Na França, o "gorro da liberdade" ganhou destaque na cor vermelha, em vez do modelo original em branco da época dos escravizados romanos. Eles foram adotados pelos republicanos franceses, responsáveis por eventos como a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121757-6-fatos-importantes-para-entender-a-queda-da-bastilha.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Queda da Bastilha</a>, em 1789.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/19/19093633638030.jpg" alt="O gorro na versão dos franceses. (Fonte da imagem: Age of Revolution)"><figcaption>O gorro na versão dos franceses. (Fonte: Age of Revolution)</figcaption></figure></figure>Marianne, a mulher que representa a República Francesa e símbolo máximo da nação, também usa um barrete frígio na cor vermelha. Ela é retratada com essa peça inclusive na clássica pintura A Liberdade guiando o povo, de Eugène Delacroix, um dos mais populares quadros que remetem à Revolução Francesa.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/19/19093051765024.jpg" alt="A Liberdade guiando o povo (1830), de Eugène Delacroix. (Fonte da imagem: Wikimedia Commons)"><figcaption>A Liberdade guiando o povo (1830), de Eugène Delacroix. (Fonte: Wikimedia Commons)</figcaption></figure></figure>O uso pelos revolucionários fez com que o gorro virasse um símbolo familiar na França e sinônimo de liberdade. Mesmo não sendo originário do país, ele também virou um clássico na retratação de figuras em bustos, selos e desenhos.

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