Ciência
24/06/2024 às 09:00•3 min de leituraAtualizado em 24/06/2024 às 09:00
Em vários momentos da história, as mudanças dentro dos países só ocorrem quando uma classe fica revoltada em relação a algo que está acontecendo. Isso pode acontecer de maneira pacífica (um exemplo é o movimento de resistência de Mahatma Gandhi na Índia) ou de maneira muito violenta (vide o caso das Revoluções Americana e Francesa).
Estes movimentos muitas vezes fracassam. Mas, em outras, eles são responsáveis por modificar o status quo e inaugurar uma nova página na história mundial.
Por volta de 509 a.C., a Roma Antiga passou por uma revolução política que resultou na expulsão do último rei de Roma, Lúcio Tarquínio Soberbo, e na fundação da República Romana.
Há muito mistério ainda em torno desse episódio, uma vez que seus registros são vagos, e datam do começo do século III a.C. O que se sabe é que, antes da República Romana, Roma contou com um total de sete reis. O primeiro deles teria sido Rômulo, o fundador da cidade, por volta de 753 a.C.
Na sequência, os demais reis foram reconhecidos como benevolentes, à exceção do último, Lúcio Tarquínio Soberbo. Ele teria matado o rei anterior para estabelecer um governo violento e despótico. Foi justamente daí que ele ganhou o sobrenome Soberbo.
A queda começou depois que seu filho Sexto estuprou uma nobre. Por conta disso, a família dela se uniu a outros nobres, incluindo o sobrinho do rei, e organizou um golpe de Estado político em 509 a.C. A família Tarquínio foi exilada e uma República foi criada, com a nomeação de dois cônsules a cada ano ao invés de um único rei.
A democracia em Atenas foi estabelecida durante a gestão de Sólon, um legislador que estabeleceu uma série de reformas no começo do século VI a.C. Entre elas, está o banimento da escravidão por dívidas. A Eclésia (uma assembleia de todos os cidadãos do sexo masculino, independentemente da classe social) também foi iniciada, trazendo alguma estabilidade à cidade-estado.
Contudo, tantas mudanças não tornavam Atenas imune às ameaças dos tiranos. Um deles foi o aristocrata Pisístrato, que organizou um golpe populista e passou a governar Atenas até morrer, em 527 a.C. Ele foi seguido por seu filho Hípias, que também realizou um governo instável, o que fez com que Esparta invadisse e conquistasse a cidade em 510 a.C.
Após expulsar Hípias, os espartanos colocaram um nobre ateniense chamado Iságoras no poder. Só que ele logo se desentendeu com as classes média e baixa atenienses, que queriam um retorno à democracia. Por conta disso, o povo se revoltou e forçou Iságoras a fugir. Isso deu margem para que Clístenes, um opositor de Iságoras, saísse do exílio para tentar instaurar a revolução democrática.
A Guerra de Restauração envolveu uma série de confrontos armados travados entre o Reino de Portugal e a Coroa de Castela iniciados por consequência da Guerra dos Segadores, e que ocorreram entre 1640 e 1668.
Tudo iniciou com a morte do rei português D. Sebastião durante a Batalha dos Três Reis, em 1578. Isso levou com que o rei Filipe III, da Espanha, assumisse a coroa de Portugal e criasse a União Ibérica. Foi um período pacífico, mas que coincidiu com a expansão do comércio brasileiro e sul-americano.
O clima começou a piorar depois de 1620, por conta da alta tributação e da anexação holandesa de partes das terras portuguesas no nordeste do Brasil e na África Ocidental, trazendo dificuldades para Portugal. Por conta disso, os chamados Quarenta Conspiradores puseram seus planos em ação em 1º de dezembro de 1640, mataram o Secretário de Estado, prenderam uma prima do rei e instalaram João IV como o novo rei de Portugal.