Imagem de 5 fotos históricas que foram editadas antes do Photoshop no megacurioso

Algumas das fotos mais marcantes da história da humanidade sofreram edições, e parte delas foi feita antes do Photoshop

Ainda que fotografias hist&oacute;ricas, granuladas e em preto e branco, tenham existido muito antes do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120059-o-photoshop-de-1900-como-a-tecnica-do-passado-criou-fotos-perfeitas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Photoshop</a>, o software de edi&ccedil;&atilde;o de imagens da Adobe, isso n&atilde;o significa que elas n&atilde;o possam ter sofrido manipula&ccedil;&atilde;o.
Se a foto do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124551-o-que-mudou-na-igreja-catolica-nos-10-anos-do-papa-francisco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Papa Francisco</a> manipulada por intelig&ecirc;ncia artificial chamou sua aten&ccedil;&atilde;o, tenha em mente que algumas das imagens mais marcantes que conhecemos sofreram edi&ccedil;&atilde;o, ou foram "photoshopadas", como se diz no jarg&atilde;o da internet. Por incr&iacute;vel que pare&ccedil;a, alguns destes casos ocorreram antes mesmo da gigante dos softwares criar seu programa de edi&ccedil;&atilde;o.
O que o avan&ccedil;o tecnol&oacute;gico fez foi facilitar o que antes era feito atrav&eacute;s da combina&ccedil;&atilde;o e impress&atilde;o de negativos. Ficou curioso? Ent&atilde;o embarque conosco nessa jornada de revela&ccedil;&atilde;o da realidade!
1. Retrato de Abraham Lincoln
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/03/library-of-congress-03163141853240.jpg" alt="Library of Congress" />&Agrave; esquerda, a foto original, e &agrave; direita, a editada. (Fonte: Library of Congress/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Conhece o rapaz da foto &agrave; direita? &Eacute; <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122347-como-o-cadaver-de-abraham-lincoln-mudou-a-industria-funeraria.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Abraham Lincoln</a>, o 16&ordm; presidente dos Estados Unidos, que morreu assassinado. Esse retrato, que parece simbolizar a nobreza do pol&iacute;tico, &eacute;, no entanto, uma fotomontagem. A fotografia original retratava outro pol&iacute;tico, o sulista John Calhoun.
Na &eacute;poca, Lincoln n&atilde;o possu&iacute;a nenhuma foto em estilo heroico, e como os jornais precisavam de uma imagem para retratar o pol&iacute;tico abolicionista, que viria a ser o pr&oacute;ximo presidente, contrataram fot&oacute;grafos para trabalhar com materiais que tinham &agrave;s m&atilde;os. Curiosamente, Calhoun era um ferrenho defensor da escravid&atilde;o.
<h2>2. Retrato de Ulysses S. Grant</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/03/library-of-congress-wikimedia-03164034359245.jpg" alt="Library of Congress/Wikimedia" />&Agrave; esquerda, a foto original, e &agrave; direita, a editada.&nbsp;(Fonte: Library of Congress/Wikimedia Commons)
O general Ulysses S. Grant, al&eacute;m de militar, foi o d&eacute;cimo oitavo presidente dos Estados Unidos. O republicano tem a foto acima como uma de suas mais representativas imagens, que o ilustra &agrave; frente de suas tropas na Virg&iacute;nia, durante a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119209-caso-dred-scott-a-decisao-que-impulsionou-a-guerra-civil-americana.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Guerra Civil Americana</a>.
Contudo, essa foto n&atilde;o &eacute; real, mas uma montagem feita a partir de tr&ecirc;s diferentes fotografias. A cabe&ccedil;a &eacute; realmente de Grant, mas o cavalo e o corpo s&atilde;o do major-general Alexander M. McCook, e ao fundo prisioneiros confederados capturados.
<h2>3. Erguendo a bandeira da vit&oacute;ria sobre o Reichstag</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/03/yevgeny-khaldei-wikimedia-03165003512246.jpg" alt="Yevgeny Khaldei/Wikimedia" />&Agrave; esquerda, a foto original, e &agrave; direita, a editada.&nbsp;(Fonte: TASS/Yevgeny Khaldei/Wikimedia Commons)
Poucas fotografias da Segunda Guerra Mundial s&atilde;o t&atilde;o representativas quanto a que ilustra esse item da lista. "Erguendo a bandeira da vit&oacute;ria sobre o Reichstag" (sim, esse &eacute; o nome da foto) mostra a tomada de Berlim pelos sovi&eacute;ticos. Ela mostra um grupo de soldados subindo o Reichstag, sede do parlamento alem&atilde;o, para estender uma bandeira da <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/120813-uniao-sovietica-veja-5-motivos-que-levaram-a-potencia-ao-fim.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Uni&atilde;o Sovi&eacute;tica</a>.
A foto que voc&ecirc; v&ecirc; acima &agrave; esquerda &eacute; a original, mas a vers&atilde;o mais famosa foi adaptada pelo pr&oacute;prio fot&oacute;grafo, Yevgeny Khaldei, a pedido do governo comunista. A inten&ccedil;&atilde;o era impedir que rumores de saques dos soldados sovi&eacute;ticos se espalhassem, ent&atilde;o Khaldei removeu rel&oacute;gios dos pulsos deles, incluiu mais fuma&ccedil;a para dar efeito dram&aacute;tico, al&eacute;m de altera&ccedil;&otilde;es menores.
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120059-o-photoshop-de-1900-como-a-tecnica-do-passado-criou-fotos-perfeitas.htm" target="_blank" rel="sponsored">O 'Photoshop' de 1900: como a t&eacute;cnica do passado criou fotos perfeitas</a>
<h2>4. Lenin e Tr&oacute;tski na Pra&ccedil;a Vermelha</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/03/david-king-tate-images-03170220686250.jpg" alt="David King/Tate Images" />&Agrave; esquerda, a foto original, e &agrave; direita, a editada. (Fonte: Leo Ya Leonidov/David King Collection/Tate Images)
Stalin fez muitas coisas, inclusive solicitar altera&ccedil;&otilde;es em suas fotografias. Ele talvez seja o l&iacute;der do s&eacute;culo XX que mais tenha feito essas manipula&ccedil;&otilde;es, como a emblem&aacute;tica retirada de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119031-a-lendaria-picareta-de-trotsky-a-arma-que-matou-o-revolucionario.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Leon Tr&oacute;tski</a> de fotos hist&oacute;ricas. Tudo come&ccedil;ou quando Stalin expulsou o antigo companheiro do partido e do pa&iacute;s, no final dos anos 1920.
Ent&atilde;o, para construir uma imagem de grande l&iacute;der sem a presen&ccedil;a de seus opositores, ordenou que Tr&oacute;tski fosse removido de qualquer fotografia que fosse ser exibida publicamente, inclusive em livros de hist&oacute;ria.
A foto acima faz parte dessa postura, e retrata os dois na Pra&ccedil;a Vermelha durante a celebra&ccedil;&atilde;o do segundo ano da Revolu&ccedil;&atilde;o Russa, em 1919. Os livros de hist&oacute;ria sovi&eacute;ticos publicaram uma outra, com Tr&oacute;tski retirado.
<h2>5. Capa da National Geographic com as pir&acirc;mides</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/03/gordon-gahan-nat-geo-images-03171605672252.jpg" alt="Gordon Gahan/Nat Geo Images" />&Agrave; esquerda, a foto original, e &agrave; direita, a editada. (Fonte: Gordon Gahan/National Geographic Image Collection/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A foto acima, tirada pelo brilhante fot&oacute;grafo Gordon Gahan, deveria ter ilustrado uma das mais famosas capas da revista <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/101208-15-fotos-historicas-raras-do-acervo-da-national-geographic.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">National Geographic</a>. No entanto, ela foi alterada, o que gerou uma controv&eacute;rsia enorme e um posterior pedido de desculpas da publica&ccedil;&atilde;o. Gahan, por um descuido, perdeu o comboio que passava.
Precisando da foto, correu at&eacute; eles e pagou par que voltassem com os camelos e passassem novamente. Isso foi feito e a foto tirada, por&eacute;m a revista, editada na vertical, n&atilde;o conseguiria incluir a foto feita na horizontal.
Ent&atilde;o, foram ao est&uacute;dio e aproximaram os camelos e as pir&acirc;mides, de modo a encaixar nas dimens&otilde;es. Hoje, h&aacute; um artigo publicado no site da revista firmando publicamente o compromisso de nunca mais alterar uma fotografia.

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5 fotos históricas que foram editadas antes do Photoshop

Imagem de Pindorama: como era a vida no Brasil antes dos europeus? no megacurioso

Cerca de cinco milhões de pessoas viviam em Pindorama em 1500, como o Brasil era chamado antes da chegada nos portugueses

<head></head><body>Antes da chegada dos europeus ao Brasil, a região era chamada de Pindorama pelo povo Tupi, o primeiro grupo com quem os colonizadores tiveram contato. Em 1500, cerca de cinco milhões de pessoas, com milhares de etnias dividas em quatro grupos principais, viviam no território que viria a se transformar em colônia e, depois, em país.Os Tupis tinham acabado de ocupar o litoral, o que fez com que manter relações de amizade e aliança com o grupo dominante se tornasse fundamental para os conquistadores europeus. As outras nações, como Jê, Aruaque e Caraíba, ocupavam o interior e tiveram um contato posterior com os colonizadores.A maioria dos habitantes originários do Brasil não usavam a escrita e o conhecimento era transmitido de forma oral. Dessa forma, a maioria das informações sobre eles vem dos relatos dos viajantes europeus que estiveram por aqui na época, como Hans Staden e Jean de Lery, além de estudos arqueológicos e antropológicos.<h2>Tribos de primeiros contatos</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Jogos Mundiais Indígenas/Divulgação&nbsp;" data-fonte-url="https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2015/08/10/jogos-mundiais-indigenas-sao-tema-de-debate-na-comissao-de-educacao-cultura-e-esporte/Jogos_Indigenas_002.jpg/mural/imagem_materia"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/30/30114016254135.jpg" alt="Caça e pesca eram a principal fonte de alimentos, mas indígenas também praticavam a agricultura e cultivam a floresta. (Fonte: Jogos Mundiais Indígenas/Divulgação)">Caça e pesca eram a principal fonte de alimentos, mas indígenas também praticavam a agricultura e cultivam a floresta. (Fonte: Jogos Mundiais Indígenas/Divulgação)As diversas tribos do Brasil que tiveram os primeiros contatos com os europeus, como as nações Tupi e Guarani, sobreviviam através da caça, pesca, extrativismo e agricultura. Os <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118460-onde-vivem-os-indigenas-brasileiros.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">indígenas</a> moraram próximos aos rios navegáveis, que ofereciam terras férteis, e se fixavam por cerca de quatro anos em cada lugar.As aldeias de Pindorama, que abrigavam entre 600 e 700 habitantes, eram formadas por ocas, habitações coletivas de dimensões variadas. A alimentação se baseava em farinha de mandioca, peixe, mariscos e carne, e eles também fabricavam objetos, como cordas, cestos e redes, a partir das fibras e materiais encontrados na natureza.O casamento era um importante instrumento de aliança entre tribos indígenas. A divisão sexual do trabalho era amplamente praticada, com os homens realizando tarefas de esforço físico intenso, como o preparo da terra e a caça, e as mulheres se dedicando a atividades como o cultivo, a tecelagem e a preparação de alimentos.<h2>Civilizações complexas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/30/30114320889138.jpg" alt="Descobertas arqueológicas mostram que civilizações indígenas eram mais complexas do que os europeus relataram na época. (Fonte: Iphan/Reprodução)">Descobertas arqueológicas mostram que civilizações indígenas eram mais complexas do que os europeus relataram na época. (Fonte: Iphan/Reprodução)A região amazônica sempre foi vista como uma região pouco habitada, mas isso pode estar mudando graças às pesquisas arqueológicas recentes. As pesquisas encontraram ruínas de aldeias e estruturas multicêntricas que formavam cidades-jardim, nas quais a população poderia chegar a 50 mil pessoas, como nas cidades-estado da Grécia antiga.Esses agrupamentos eram cercados com um muro feito com galhos e um fosso profundo e largo. A partir dessas mega-aldeias saiam estradas que funcionavam como conexão com outros centros. Os estudos indicam que os caminhos ligavam o litoral brasileiro até o Império Inca, permitindo um intenso comércio entre as nações indígenas.As pesquisas também sugerem que boa parte da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120006-e-possivel-produzir-sem-desmatar-a-amazonia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Amazônia</a> pode ter sido obra do homem, não da natureza. A distribuição de frutas e do solo específico, a terra preta, indicam que houve uma ação humana intencional para cultivar a floresta. As próprias aldeias eram rodeadas de hortas e pomares, capazes de alimentar milhares de pessoas.<h2>Religião e medicina</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/30/30114611755139.jpg" alt="Para os primeiros habitantes do Brasil, todos os elementos da natureza têm uma força espiritual. (Fonte: GettyImages/Reprodução)">Para os primeiros habitantes do Brasil, todos os elementos da natureza têm uma força espiritual. (Fonte: GettyImages/Reprodução)Os primeiros habitantes possuíam suas próprias crenças religiosas e práticas medicinais. A religião era animista, ou seja, acreditava que tudo na natureza possuía uma alma e era sagrado. Os indígenas veneravam divindades ligadas à natureza, como o sol, a lua, a chuva, os rios e os animais.<ul><li style="font-weight: bold;">Leia mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123165-tribos-indigenas-brasileiras-praticam-canibalismo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Tribos indígenas brasileiras praticavam canibalismo?</a></li></ul>A medicina era baseada no conhecimento tradicional transmitido de geração em geração, e os xamãs eram responsáveis por usar plantas e outros elementos naturais para tratar doenças, além de fazerem orações e cantos em seus rituais de cura.</body>

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Pindorama: como era a vida no Brasil antes dos europeus?

Imagem de Láudano: a droga favorita da época vitoriana no megacurioso

Bebida que levava ópio era reconhecida pelos artistas vitorianos como um estimulante à inspiração e à criatividade

<head></head><body>Em cada época, as pessoas daquele tempo parecem ter a sua "droga" favorita. Na romântica era vitoriana, muitos artistas e intelectuais (como a poetisa Elizabeth Barrett Browning e a matemática <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123235-ada-lovelace-a-1-programadora-de-computadores-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Ada Lovelace</a>) gostavam do láudano, uma bebida preparada com vinho branco, açafrão, cravo, canela e <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121828-vicio-em-opio-tambem-assolou-as-sociedades-ancestrais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ópio</a>, que era usada como medicamento.O láudano foi criado no século XVI pelo alquimista Paracelso, que criou uma mistura de tintura de ópio com álcool. Já no século XVII, o médico Thomas Sydenham simplificou a fórmula e elaborou uma receita que passou a ser comercializada e vendida amplamente, como um remédio que servia para tudo.Por volta do início do século XIX, a bebida estava amplamente disponível em bares, mercearias, farmácias, tabacarias e até confeitarias. Como era mais barata que o álcool, costumava ser ainda mais consumida. Médicos poderiam prescrever o láudano para tudo: desde para acalmar bebês, tratar dor de cabeça, reumatismo, tosse, até para atenuar melancolia e "problemas femininos".<h2>O láudano na Era Vitoriana</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/29/29163637611359.jpg" alt="(Fonte: JVC)">(Fonte: JVC)Durante a época vitoriana, entre 1837 a 1901, o láudano passou a ser usado por muitos escritores, poetas e artistas, que ficaram viciados na substância. Entre os que a consumiam, estava gente como Bram Stoker, Charles Dickens, George Eliot, <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122663-as-3-figuras-historicas-mais-esquisitas-de-todos-os-tempos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Lord Byron</a> e vários outros.Alguns deles tomavam quando tinham doenças, mas outros se tornaram dependentes. O caso mais célebre é do escritor inglês Thomas De Quincey, que escreveu em 1821 o livro "Confessions of an English Opium-Eater" falando sobre o seu consumo de derivados do ópio. A obra espalhava a ideia de que droga estimulava a criatividade e trazia inspiração aos artistas.Outro caso famoso foi o do influente poeta romântico Samuel Taylor Coleridge. Ele sofria de problemas de saúde e passou a usar o láudano como um <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123627-como-as-pessoas-aliviavam-dores-antes-dos-anestesicos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sedativo</a> e analgésico. A princípio, ficou inspirado e compôs o poema “Kubla Khan” após acordar de um devaneio causado pelo ópio. Mas logo a droga se tornou um vício que o atormentou pelo resto de sua vida.Em 1814, Coleridge estava muito mal e sofria de abstinência, quando escreveu uma carta a um amigo em que dizia que os efeitos da droga se abatiam também sobre seu caráter. "Neste negócio sujo de Laudanum, enganei-me cem vezes (...). E, no entanto, todos esses vícios são tão opostos à minha natureza que, se não fosse pelo veneno aniquilador de ação livre, eu realmente acredito que teria me permitido ser cortado em pedaços, em vez de cometer qualquer um deles", escreveu.<h2>Carreiras prejudicadas pelo láudano</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/29/29162657155349.jpg" alt="(Fonte: JSTOR Daily)">(Fonte: JSTOR Daily)Outra artista prejudicada pelo láudano foi a poetisa Elizabeth Barrett Browning. Ela tomou o medicamento pela primeira vez aos 15 anos, após sofrer uma lesão na coluna. Depois voltou a usar a substância várias vezes. Em uma correspondência, chegou a revelar que tomava 40 gotas da droga por dia, o que é uma dose bastante alta mesmo para quem está acostumado.A artista, modelo e poeta Elizabeth "Lizzie" Siddal — que ficou famosa por ser retratada em obras célebres como "Ophelia", de John Everett Millais — também ficou viciada em láudano. Sua história é bastante trágica.Em 1861, quando perdeu uma filha, ela se afundou de vez na droga. No ano seguinte, Lizzie engravidou mais uma vez, mas o marido — o famoso pintor Dante Gabriel Rossetti — a encontrou inconsciente após ter uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119751-6-remedios-comuns-que-podem-provocar-uma-overdose.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">overdose</a>. Ela havia morrido prematuramente por conta do láudano.O romancista Branwell Brontë, que era irmão de Emily, Anne e <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120850-6-mitos-sobre-a-era-vitoriana.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Charlotte Brontë</a>, também era viciado. Enquanto suas irmãs usaram seu sofrimento para criar obras memoráveis, Branwell morreu pobre e sem dinheiro em 1848, quando tinha apenas 31 anos.&nbsp;A partir de 1868, o láudano começou a sofrer sanções e ter seu uso restrito. Com a chegada em 1899 de outro analgésico bem mais seguro — a <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-e-beleza/25885-voce-sabe-como-a-aspirina-funciona-no-alivio-da-dor-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">aspirina</a>&nbsp;—, o láudano começou a ser esquecido.</body>

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Láudano: a droga favorita da época vitoriana

Imagem de Fotos coloridas comparam o RJ do início do século XX e de agora no megacurioso

'O Rio de Janeiro continua lindo...', como diz a música, mas mudou bastante nos últimos cento e poucos anos

<head></head><body>Como canta Gilberto Gil, "o Rio de Janeiro continua lindo...". Mas desde que Gil escreveu essa música, em 1969, a cidade deve ter mudado muito, né? Imagina, então, se compararmos com o Rio de Janeiro de 110 anos atrás.&nbsp;As fotos que trazemos nesse post permitem fazer essa comparação de um jeito incrível — até porque elas são coloridas, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119686-a-evolucao-da-fotografia-com-o-passar-das-decadas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">algo raro para aquele início de século XX</a>.&nbsp;O fotógrafo Marc Ferrez, um pioneiro desse tipo de arte no Brasil, utilizou a inovadora técnica Autochrome Lumière — inventada pelos <a href="https://www.megacurioso.com.br/cinema/42839-video-traz-evolucao-de-136-anos-de-filmes-em-apenas-3-minutos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">irmãos franceses de mesmo nome</a>. Com ela, registrou imagens incríveis do Rio de Janeiro de 1912, que permitem ótimas comparações com a cidade, com ela é agora. Tudo isso bem antes da fotografia colorida se popularizar.&nbsp;As décadas entre 1870 e 1920, quando Ferrer foi mais ativo, trouxeram muitas mudanças para o Rio de Janeiro. Assim como o próprio Brasil, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124231-por-que-a-capital-do-brasil-mudou-de-salvador-para-o-rio-ha-260-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">nossa antiga capital federa</a>l estava crescendo e se modernizando. Grandes avenidas eram abertas pela cidade, enquanto as favelas cresciam nos morros para abrigar os ex-escravizados recém libertos.&nbsp;Prédios icônicos, que permanecem como atração turística até hoje, estavam sendo construídos nessa época: o Theatro Municipal, por exemplo, foi inaugurado em 1909. Mas há edifícios que, em contrapartida, não permaneceram de pé: o Palácio Monroe das fotos de 1912 cedeu lugar a uma fonte com chafariz.&nbsp;Mas logo contamos essa história. Primeiro, vamos às fotos. Em cima, as fotos de Marc Ferrez, tiradas em 1912. Abaixo, imagens de 2022. 110 anos entre uma e outra.&nbsp;<h2>1. Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/06/06011059151002.jpeg" alt="Fonte: Twitter/Reprodução">Fonte: Twitter/Reprodução<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/06/06011128304003.jpeg" alt="Fonte: Twitter/Reprodução">Fonte: Twitter/Reprodução<h2>2. Theatro Municipal</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/06/06011230824004.jpeg" alt="Fonte: Twitter/Reprodução">Fonte: Twitter/Reprodução<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/06/06011250309005.jpeg" alt="Fonte: Twitter/Reprodução">Fonte: Twitter/Reprodução<h2>3. Entrada do Jardim Botânico</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/06/06011346427006.jpeg" alt="Fonte: Twitter/Reprodução">Fonte: Twitter/Reprodução<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/06/06011406536007.jpeg" alt="Fonte: Twitter/Reprodução">Fonte: Twitter/Reprodução<h2>4. Entrada do Palácio do Catete</h2>Sobre o Palácio do Catete, é interessante observar que hoje ele sedia o Museu da República, mas já foi o Palácio Presidencial — sendo palco, por exemplo, do suicídio de <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121169-getulio-vargas-a-vida-do-polemico-presidente-brasileiro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Getúlio Vargas</a>.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/06/06011700683008.jpeg" alt="Fonte: Twitter/Reprodução">Fonte: Twitter/Reprodução<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/06/06011719235009.jpeg" alt="Fonte: Twitter/Reprodução">Fonte: Twitter/Reprodução<h2>5. Avenida Delfim Moreira, Leblon</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/06/06011954023011.jpeg" alt="Fonte: Twitter/Reprodução">Fonte: Twitter/Reprodução<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/06/06012044679012.jpeg" alt="Fonte: Twitter/Reprodução">Fonte: Twitter/Reprodução<h2>6. Estrada da Gávea</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/06/06012150469014.jpeg" alt="Fonte: Twitter/Reprodução">Fonte: Twitter/Reprodução<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/06/06012208749015.jpeg" alt="Fonte: Twitter/Reprodução">Fonte: Twitter/Reprodução<h2>7. Morro da Urca</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/06/06012307616017.jpeg" alt="Fonte: Twitter/Reprodução">Fonte: Twitter/Reprodução<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/06/06012327304018.jpeg" alt="Fonte: Twitter/Reprodução">Fonte: Twitter/Reprodução<h2>8. Rua do Russell, Glória</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/06/06012440553019.jpeg" alt="Fonte: Twitter/Reprodução">Fonte: Twitter/Reprodução<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/06/06012503695020.jpeg" alt="Fonte: Twitter/Reprodução">Fonte: Twitter/Reprodução<h2>9. Palácio Monroe (atual Praça Mahatma Gandhi)</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/06/06012740570021.jpeg" alt="Fonte: Twitter/Reprodução">Fonte: Twitter/Reprodução<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/06/06012804609022.jpeg" alt="Fonte: Twitter/Reprodução">Fonte: Twitter/ReproduçãoPara finalizar o artigo, um prédio que não existe mais. O Palácio Monroe tem uma história bem interessante: ele foi construído para ser o pavilhão brasileiro na Exposição Universal de 1904, em Saint Louis (Estados Unidos). No evento, o pavilhão agradou por sua arquitetura.&nbsp;O plano da organização era desmontar o pavilhão lá nos Estados Unidos e recriá-lo aqui no Brasil. Para isso, o engenheiro Francisco Marcelino de Sousa Aguiar planejou uma estrutura metálica, coberta por madeira e cal. Então, após o evento, o Palácio Monroe — batizado em homenagem ao presidente estadunidense da época — foi transportado para o Rio.Na Cidade Maravilhosa, ele serviu como sede da Câmara, Senado, Tribunal Superior Eleitoral, além de vários outros órgãos. Até que uma campanha em 1976 pediu a demolição do Palácio Monroe — com argumentos sobre estética e "atrapalhar o trânsito". O general Ernesto Geisel gostou da ideia, pois achava que o prédio bloqueava a visão do Monumento dos Mortos na 2ª Guerra Mundial. Assim, o Palácio Monroe foi demolido em 1976.&nbsp; </body>

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Fotos coloridas comparam o RJ do início do século XX e de agora

Imagem de Arqueólogos encontram troféus de guerra macabros no Egito antigo no megacurioso

Estudo arqueológico desvenda prática de amputação em inimigos no Egito antigo conhecida como 'Ouro de Honra'

<head></head><body>Arqueólogos encontraram 12 mãos decepadas em um antigo palácio no <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124815-pesquisadores-brasileiros-recriam-rosto-de-homem-que-viveu-ha-30-mil-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Egito</a>, fornecendo a primeira evidência direta de uma prática cruel conhecida como "Gold of Honor" ("Ouro de Honra" em tradução literal). Essa cerimônia envolvia o desmembramento público de guerreiros inimigos e as partes decepadas do corpo eram exibidas como troféus.&nbsp;As evidências foram achadas em um pátio em frente à sala do trono do local, que foi construído pelos <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118488-possivel-elo-perdido-do-alfabeto-foi-descoberto-em-israel.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">hicsos</a> entre 1640 e 1530 a.C. Este povo, originário da Ásia ocidental, estabeleceu uma dinastia no país, e acredita-se que foram eles que introduziram o costume de cortar a mão direita dos soldados inimigos.&nbsp;Governantes futuros teriam mantido essa tradição, com inscrições em tumbas “retratando consistentemente a contagem de mãos no campo de batalha após grandes batalhas”.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/05/05114302949131.jpg" alt="(Fonte: Scientific Reports - Julia Gresky/Reprodução)">(Fonte: Scientific Reports - Julia Gresky/Reprodução)O fato de que apenas os membros direitos foram identificados no palácio apoia a teoria de que foram removidos durante um ritual de “tomada de troféus”, e não como punição por um crime. Os pesquisadores acreditam que 11 foram cortados de homens adultos, enquanto um parece ter pertencido a uma inimiga. Isso “pode indicar que as mulheres e a guerra não existiam em mundos separados”.Embora não esteja claro se as vítimas estavam vivas ou mortas no momento da <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/124391-a-historia-perturbadora-das-amputacoes-ao-longo-da-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">amputação</a>, foi observado que todas as mãos foram depositadas com a palma para baixo e “com os dedos abertos”. Os autores do estudo estão confiantes de que as partes “foram oferecidas como tributos como parte de um evento público que aconteceu no palácio”.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/05/05114601960136.jpg" alt="(Fonte: Scientific Reports - Julia Gresky/Reprodução)">(Fonte: Scientific Reports - Julia Gresky/Reprodução)A prática de amputar os inimigos os deixava eternamente incapacitados, de acordo com a visão egípcia religiosa da vida após a morte, na qual a integridade corporal era considerada vital para a sobrevivência. Por esse motivo, as inscrições nas tumbas que retratam suas guerras geralmente apresentam “pilhas de cabeças, orelhas e órgãos genitais decepados”.Os pesquisadores dizem que suas descobertas “fornecem a primeira evidência bioarqueológica direta para a cerimônia do ‘Ouro de Honra’ realizada em frente ao palácio do rei, e contribuem significativamente para o debate sobre a reconstrução dessa cerimônia”. Embora esse tipo de prática seja conhecido a partir de inscrições e relevos de túmulos ou templos do Novo Império em diante, esta é a primeira vez que evidências físicas foram usadas para aprender mais sobre o procedimento e os indivíduos cujas mãos foram tomadas.</body>

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Arqueólogos encontram troféus de guerra macabros no Egito antigo

Imagem de Como teria sido, na realidade, a Última Ceia de Jesus Cristo? no megacurioso

Acredite: o que pode ter acontecido de verdade não tem nada a ver com a famosa pintura de Da Vinci

<head></head><body>Entre as religiões cristãs, tem-se por costume relembrar o último momento importante que <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122739-as-representacoes-mais-antigas-de-jesus-cristo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Jesus Cristo</a> teve com seus discípulos: a Santa Ceia (ou Última Ceia, como algumas pessoas conhecem).Esse encontro que antecedeu a morte de Cristo é relatado nos Evangelhos, mas não traz um detalhe que certamente passa pela cabeça de muitas pessoas: afinal, como ele de fato aconteceu? Todos os participantes estavam realmente sentados ao redor de uma mesa suntuosa e elevada?<ul><li>Veja também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123808-4-reliquias-do-corpo-de-jesus-cristo-adoradas-pelos-cristaos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">4 relíquias do corpo de Jesus Cristo adoradas pelos cristãos</a></li></ul><h2>Como teria acontecido de fato a Última Ceia?</h2>Antes de falar como o último grande encontro de Cristo com seus discípulos aconteceu, é importante voltar um pouco no tempo para entender os costumes da época. O primeiro ponto a ser notado, por exemplo, é que naquela época as pessoas não se sentavam à mesa para comer — ao menos não como conhecemos atualmente.Alguns estudiosos relatam que, na época de Cristo, as mesas não eram "suspensas" ou tinham pernas altas como conhecemos já faz alguns séculos. Nesse período, elas ficavam mais próximas do chão, fazendo com que todos os participantes da refeição ficassem sentados, deitados ou reclinados próximos do local em que estava a comida.Dessa forma, a ideia mais próxima do que realmente aconteceu seria algo parecido com o que temos na imagem abaixo:<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/23/23141509164247.jfif" alt="Representação de como Jesus e seus discípulos estavam na Última Ceia. (Fonte: Quora/Reprodução)">Representação de como Jesus e seus discípulos estavam na Última Ceia. (Fonte: Quora/Reprodução)Outro ponto importante é que os textos bíblicos relatam apenas pão e vinho na refeição (que, após a bênção de Cristo, se tornaram seu corpo e sangue, ritual seguido até hoje em igrejas católicas), mas possivelmente o menu era um pouco mais extenso.Além do pão e vinho propriamente ditos, o cardápio também trazia carne de cordeiro, molho feito à base de peixe, algo parecido com um ensopado de feijão, azeitonas com ervas que lembram hortelã, frutas e pasta de nozes, que eram alimentos comuns à época.<h2>Qual a relação da pintura de Leonardo da Vinci e a Última Ceia?</h2>Não há dúvidas de que a imagem que muitos criaram da Santa Ceia está relacionada com a pintura do pintor italiano, mas a verdade é que ela não reflete praticamente nenhum detalhe do que realmente pode ter acontecido.Vamos observar alguns desses detalhes a seguir:<h3>Horário da refeição</h3>Quem observa a pintura tem a impressão de que a Santa Ceia aconteceu durante o dia, já que está claro do lado de fora. Porém, os textos bíblicos e até mesmo as tradições da época indicavam que essas refeições eram realizadas após o pôr do Sol, e muito provavelmente o momento mais importante (a partilha do pão) aconteceu de noite.<ul><li>Veja também: <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/113319-5-curiosidades-sobre-a-obra-a-ultima-ceia-de-leonardo-da-vinci.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">5 curiosidades sobre a obra 'A Última Ceia', de Leonardo da Vinci</a></li></ul><h3>Menu</h3>Como mencionamos mais acima, o menu da última refeição de <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121755-qual-era-a-altura-real-de-jesus-cristo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Cristo</a> com seus discípulos tinha algumas opções de pratos, enquanto a pintura mostra basicamente pão. Nem mesmo o vinho mencionado nos Evangelhos aparece sobre a mesa na pintura.<h3>Vestimenta</h3>No período de Jesus Cristo, a tradição judaica pedia que os participantes do ritual (também conhecido como Pessach, que é a Páscoa dos judeus) feito pelo protagonista dos Evangelhos utilizassem um Talit, acessório religioso parecido com um xale feito de seda. Na pintura, ele não aparece.Não relacionados às vestimentas, mas no período em que a Santa Ceia aconteceu também era provável que muitos homens, se não todos, tivessem algum tipo de barba.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/23/23141754458248.jfif" alt="Pintura de Balage Balogh é tida como uma das representações mais acuradas no que diz respeito a como a Santa Ceia de fato aconteceu. (Fonte: Quora/Reprodução)">Pintura de Balage Balogh é tida como uma das representações mais acuradas no que diz respeito a como a Santa Ceia de fato aconteceu. (Fonte: Quora/Reprodução)<h3>Posicionamento à mesa</h3>Também mencionamos anteriormente que as chances de Jesus e seus discípulos estarem à mesa usando cadeiras era quase nula. O provável é que eles estivessem sentados no chão ou em pequenos bancos, ou até mesmo reclinados em almofadas.&nbsp;A pintura também mostra todos os apóstolos de Cristo à mesa naquele que seria o momento alto desse encontro (a partilha do pão). Porém, Judas Iscariotes, o traidor, já tinha deixado o local pouco antes para colocar em prática o seu plano de entregar o Messias ao poder romano.<h2>Outros rituais que aconteciam a época</h2>Ao ler os Evangelhos, vemos que um dos gestos de Cristo foi ter lavado os pés dos discípulos ao final da refeição. Para a época, o comum era lavar as mãos em algumas ocasiões, especialmente no início e no final de refeições que tinham pão no menu, antes de rezar e após acordar pela manhã.&nbsp;Já sobre os pés, a tradição indica que o gesto era comum antes de comer e antes de ir para a cama, e em muitos casos um criado era o responsável por essa tarefa - motivo que levou Pedro a se escandalizar com o gesto de Cristo num primeiro momento.<ul><li>Veja também: <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121604-entenda-como-foram-os-dias-da-semana-santa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O que aconteceu nos 7 dias da Semana Santa?</a></li></ul><h2>Onde a Última Ceia aconteceu?</h2>Nos relatos dos Evangelhos, Jesus pede para que alguns de seus discípulos sigam até um lugar determinado e peçam para que o local seja preparado para a refeição sagrada. Alguns estudos indicam que esse lugar seria acima da tumba do Rei Davi, sala que ficou posteriormente conhecida como Sala da Última Ceia ou Cenáculo.Aliás, também foi neste lugar que o Espírito Santo desceu sobre Maria e os discípulos na festa de Pentecostes (realizada 50 dias depois da Páscoa). Por conta disso, é considerado um dos lugares mais sagrados de Jerusalém.</body>

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Como teria sido, na realidade, a Última Ceia de Jesus Cristo?

Imagem de Pesquisadores brasileiros recriam rosto de homem que viveu há 30 mil anos no megacurioso

Utilizando a fotogrametria, a equipe brasileira criou uma aproximação facial do Homo sapiens mais antigo a ser encontrado no Egito

<head></head><body>Uma equipe de pesquisadores brasileiros foi capaz de criar uma aproximação facial de um homem que viveu há 30 mil anos no <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124406-como-eram-as-piramides-do-egito-quando-foram-construidas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Egito</a>, uma novidade empolgante que pode revelar mais detalhes sobre a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124775-a-crianca-de-lapedo-uma-descoberta-fascinante-na-evolucao-humana.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">evolução humana</a>.Os restos mortais foram descobertos originalmente em 1980, em Nazlet Khater 2, um sítio arqueológico no Vale do Nilo, e mesmo considerado o exemplo mais antigo de Homo sapiens descoberto no país, pouco se sabia sobre ele.&nbsp;A análise antropológica desse indivíduo enterrado ao lado de um machado de pedra revelou apenas que ele era de origem africana mesmo, com cerca de 1,60 m de altura e tinha entre 17 e 29 anos quando morreu.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/05/05131843441192.jpg" alt="(Fonte: Moacir Elias Santos/Cicero Moraes/Reprodução)">(Fonte: Moacir Elias Santos/Cicero Moraes/Reprodução)A aproximação facial foi feita por um processo chamado fotogrametria, capaz de criar modelos tridimensionais precisos, utilizando dezenas de fotos coletadas da ossada. Nesse processo, a mandíbula do homem chamou a atenção pelo quanto era diferente das versões mais modernas, e embora uma parte do crânio estivesse faltando, os pesquisadores conseguiram resolver o problema espelhando dados colhidos de tomografias computadorizadas de doadores vivos."O crânio, em linhas gerais, tem uma estrutura moderna, mas parte dele possui elementos arcaicos, como a mandíbula, que é muito mais robusta que a do homem moderno. Quando observei o crânio pela primeira vez, fiquei impressionado com aquela estrutura, e ao mesmo tempo, curioso para saber como ficaria depois de recriar o rosto", afirmou Cicero Moraes, designer de 3D e copesquisador do projeto.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/05/05132322549193.jpg" alt="(Fonte: Moacir Elias Santos/Cicero Moraes/Reprodução)">(Fonte: Moacir Elias Santos/Cicero Moraes/Reprodução)Enquanto o primeiro modelo foi concebido em preto e branco, com olhos fechados e em um estado neutro, o segundo recebeu uma abordagem mais artística e em cores, dando ao antigo <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124587-como-era-a-vida-dos-egipcios-que-construiram-as-piramides.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">egípcio</a> barba e cabelo, o que de acordo com Moacir Elias Santos, primeiro autor do estudo e arqueólogo do Museu de Arqueologia Ciro Flamarion Cardoso, é importante para despertar o interesse do público e aumentar o sentimento de identificação.Porém, ele também explica que nenhum protótipo será completamente idêntico ao que o indivíduo era em vida. "Em geral, as pessoas acham que a aproximação facial funciona como nos filmes de Hollywood, onde o resultado é 100% compatível com a pessoa na realidade. Porém, não é bem assim. O que fazemos é aproximar o que poderia ser o rosto, com dados estatísticos disponíveis e o resultado do trabalho é uma estrutura muito simples", disse Santos.A criação da aproximação facial desse homem é um desenvolvimento empolgante para arqueólogos e antropólogos, fornecendo um vislumbre da aparência física de um indivíduo que viveu há milhares de anos, além de apresentar mais pistas sobre nosso processo evolutivo. A esperança é que, ao realizar este procedimento com outros espécimes, os cientistas sejam capazes de entender melhor como os seres humanos mudaram ao longo do tempo, e como nos tornamos o que somos hoje.</body>

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Pesquisadores brasileiros recriam rosto de homem que viveu há 30 mil anos

Imagem de Luiz Gama: a história do abolicionista homenageado pelo governo no megacurioso

Saiba quem foi Luiz Gama e como ele atuou na luta contra a escravidão

<head></head><body>No último dia 3 de março, o Governo Federal instituiu o Prêmio Luiz Gama de Direitos Humanos, fazendo referência ao escritor, jornalista, advogado e abolicionista Luiz Gama. Esta medida simbólica veio para revogar a "Ordem do Mérito Princesa Isabel", criada pelo governo anterior em dezembro de 2022.Além disso, a premiação, que irá homenagear pessoas e ações notáveis a cada dois anos, tem o objetivo de enaltecer e tornar ainda mais conhecida a figura de um homem negro que possui um papel importantíssimo para a história do país.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/04/04211831570003.jpg" alt="Aprender a ler foi decisivo para que Luiz Gama lutasse por sua liberdade. (Fonte: Getty Images/Reprodução)">Aprender a ler foi decisivo para que Luiz Gama lutasse por sua liberdade. (Fonte: Getty Images/Reprodução)<h2>Conhecendo Luiz Gama</h2>Luiz Gonzaga Pinto da Gama nasceu em 21 de junho de 1830, em Salvador, na Bahia. Filho de Luiza Mahin, uma mulher negra de origem africana que teve papel ativo em insurreições de escravos ocorridas no período, e de um fidalgo português, oriundo de uma importante família, que vendeu o próprio Luiz Gama como escravo a um comerciante para pagar uma dívida de jogo, em 1840, no <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/107443-7-passeios-incomuns-para-fazer-no-rio-de-janeiro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Rio de Janeiro</a>.Ter sido alfabetizado em 1847 foi um marco importante para Luiz Gama, que fugiu para São Paulo após completar 18 anos e também se alistou na Força Pública da Linha de São Paulo, onde ocupou o posto de cabo até 1854, quando foi dispensado em virtude de uma acusação de insubordinação. Acredita-se, no entanto, que ele apenas teria respondido a um insulto recebido.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/04/04211917468004.png" alt="Luiz Gama protagonizou a libertação de mais de 500 escravos. (Fonte: Wikimedia/Reprodução)">Luiz Gama protagonizou a libertação de mais de 500 escravos. (Fonte: Wikimedia/Reprodução)<h2>Uma vida de luta</h2>Luiz Gama se casou com Claudina Fortunata Sampaio, com quem teve um filho, e em seguida tentou ingressar na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, em São Paulo, em 1850, onde enfrentou bastante hostilidade por parte da comunidade acadêmica. Apesar disso, Luiz permaneceu assistindo às aulas como ouvinte, o que lhe garantiu ter conhecimento o bastante para atuar na área jurídica, mesmo sem ter concluído o curso.Na luta contra o racismo estrutural, o tráfico de humanos, e a favor da liberdade dos negros, Luiz usou todo seu conhecimento em benefício de outros escravos, tanto ao fornecer apoio a eles, quanto ao oferecer auxílio jurídico sem cobrar por isso. Luiz Gama também ficou famoso por expressar suas ideias com maestria. Assim, ele foi responsável por libertar mais de 500 <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122417-a-escravidao-ainda-existe-no-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">escravos</a>.Ao longo de sua vida, Luiz Gama se consagrou como um dos expoentes da literatura, com poesias satíricas que espelhavam muito daquilo que ele observava na sociedade. Além disso, Luiz escreveu para alguns periódicos do período, expressando com convicção seus ideais. Em 1864, fundou o Diabo Coxo, um jornal humorístico ilustrado.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/04/04212210006005.jpg" alt="Luiz Gama assistiu às aulas do curso de direito como ouvinte. (Fonte: Wikimedia/Reprodução)">Luiz Gama assistiu às aulas do curso de direito como ouvinte. (Fonte: Wikimedia/Reprodução)<h2>Marcos para a história</h2>Quando consideramos sua vida na totalidade, é indiscutível que se trata um dos nomes mais importantes na busca pelo fim da escravidão, consagrando-o como um dos grandes <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/118715-lei-aurea-entenda-como-foi-a-abolicao-da-escravatura-no-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">abolicionistas</a> do país. Em 1882, ele faleceu em São Paulo, aos 52 anos.Com o tempo, Luiz Gama passou a ser cada vez mais reconhecido por seus esforços. Em 2015, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), concedeu o título de advogado a Luiz Gama. A Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, hoje pertencente à Universidade de São Paulo (USP), também reconheceu a luta de Luiz Gama, gravando em uma das salas o seu nome, em 2017.Em 2018, duas leis foram publicadas para homenagear sua figura: a Lei 13.629/2018 instituiu Luiz Gama como Patrono da Abolição da Escravidão do Brasil e a Lei 13.628/2018, o consagrou como um dos heróis nacionais, com inscrição no Livro dos Heróis da Pátria.</body>

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Luiz Gama: a história do abolicionista homenageado pelo governo

Imagem de Ancestralidade brasileira: qual é o nosso perfil genético? no megacurioso

Estudo recente feito em laboratório detalha pela primeira vez nossa herança genética

<head></head><body>O Brasil é um país conhecido pela diversidade cultural e étnica, resultado da mistura de diferentes povos ao longo da história. Mas qual é a história genética desse povo? É essa a pergunta que o primeiro estudo genético feito em laboratório no Brasil, pela Genera, laboratório especializado em genômica pessoal, busca responder.&nbsp;Com base em um banco de dados de mais de 200 mil DNAs analisados, o estudo traz uma análise detalhada das origens, da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123116-todos-as-pessoas-do-mundo-tem-um-antepassado-comum.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ancestralidade</a> e, por consequência, da história do povo brasileiro, incluindo comparações com países vizinhos como Argentina e Uruguai.<h2>Um país plural</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/03/03212250133030.jpg" alt="O Brasil tem várias influências em sua ancestralidade. (Fonte: GettyImages/Reprodução)">O Brasil tem várias influências em sua ancestralidade. (Fonte: GettyImages/Reprodução)O resultado nos apresenta que o povo brasileiro é uma mistura de diferentes grupos étnicos, como europeus, africanos e indígenas. Até aí, nenhuma novidade.De acordo com o estudo, os brasileiros possuem ancestralidade média de 72% da Europa, seguida de 11% da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124470-a-africa-esta-se-partindo-em-duas-por-que.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">África</a> e 6,5% da América. Também há traços de Oriente Médio, com 5,48%, e Ásia, com 2%. Uma surpresa interessante é que, em média, os brasileiros possuem 2,7% de ancestralidade judaica.Dentre os 72% de ancestralidade europeia, a Ibéria, região que abrange Portugal e Espanha, é responsável por 28%. Já a Europa Ocidental responde por 21%, com a Itália representando 11%. Outras regiões da Europa também estão presentes no DNA do brasileiro, como 3% dos Bálcãs, 3% da Europa Oriental e 2% da Sardenha.Mas a ancestralidade brasileira não é apenas europeia. O estudo revela que a Amazônia representa 2,8% dos povos originários das Américas na ancestralidade brasileira, seguida de 1,77% dos povos da América Andina.<h2 style="text-align: justify;">Comparando as regiões</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/03/03212643037031.jpg" alt="Os povos originários estão presentes na formação dos povos das Américas. (Fonte: GettyImage/Reprodução)">Os povos originários estão presentes na formação dos povos das Américas. (Fonte: GettyImage/Reprodução)Os resultados mostram que a maior parte da população brasileira tem ancestralidade europeia, com destaque para a região Sul do país, onde mais de 80% dos indivíduos descendem de europeus. Já as regiões Norte e <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123119-grande-seca-de-1877-o-horror-que-destruiu-o-nordeste-brasileiro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Nordeste</a> apresentam maior diversidade genética, com uma mistura significativa de ancestralidades africana e indígena.O estudo também apresenta detalhes sobre as regiões que mais integram a ancestralidade africana. Cerca de 3,8% dos brasileiros possuem ancestralidade da Costa da Mina, área do Golfo de Guiné, onde atualmente estão Gana, Togo, Benin e Nigéria, região essa que era a origem de boa parte dos escravizados que vinham para cá. Outros 3,4% possuem ancestralidade da África Ocidental, enquanto 1,5% possuem ancestralidade da África Oriental.Em relação à ancestralidade das Américas, a Argentina apresenta uma maior incidência dos povos originários, com 12,59%, seguida do Uruguai com 6,73% e do Brasil com 6,56%. Já a incidência de ancestralidade africana é maior no Brasil, correspondendo a 10,95% da amostragem dos brasileiros, em comparação a 1,13% da Argentina e 1,94% do Uruguai.&nbsp;Esses dados refletem as diferentes formas de colonização e miscigenação que ocorreram em cada um dos países, evidenciando a riqueza da diversidade étnica e cultural da América Latina.</body>

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Ancestralidade brasileira: qual é o nosso perfil genético?

Imagem de A origem da paçoca não tem nada de doce no megacurioso

A colonização foi responsável por alterar o significado do prato típico brasileiro

<head></head><body>Desde 1530, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120638-como-os-colonizadores-trouxeram-doencas-para-a-america.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">colonização</a> causou um estrago Brasil em todos os aspectos possíveis. Além de ter apagado, assassinado e escravizado os povos nativos, as influências europeias acabaram bagunçando uma estrutura de tal forma que muito foi perdido historicamente.A gastronomia brasileira é um bom exemplo disso. Enquanto os portugueses trouxeram iguarias para o país, como o pão, mel, figos, trigo, centeio, patos e manteiga –, até o que já tinha aqui, como o arroz e o feijão, foi alterado e "gourmetizado" pelos europeus.Mas não é só por isso que a origem da paçoca, por exemplo, não tem nada de doce.<h2>O alimento do povo</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/23/23132800498203.jpg" alt="(Fonte: Portal Multirio/Reprodução)">(Fonte: Portal Multirio/Reprodução)De vídeos de intercâmbio espalhados por várias páginas do YouTube a entrevistas com personalidades da mídia, a paçoca está sempre presente quando envolve a culinária brasileira, bem como o <a href="https://www.megacurioso.com.br/papo-de-bar/36353-voce-sabia-que-o-brigadeiro-e-brasileiro-.htm#:~:text=Mas%20voc%C3%AA%20sabia%20que%20essa,metade%20da%20d%C3%A9cada%20de%2040." rel="noopener noreferrer" target="_blank">brigadeiro</a> e o pão de queijo. Mas o doce, no entanto, se destaca por sua aparência esfarelante e sabor incomum, que fica entre o doce e o salgado ao mesmo tempo.E isso não é por acaso. Originalmente do tupi “PA-SOKA”, que significa “esmagar com as mãos”, o prato foi inventado pelos indígenas e se refere à maneira como era preparado nos primórdios da colonização, mas não tinha nada a ver com amendoim: era farinha de mandioca e carne bovina que eram esmagados em um pilão de barro.No século XVII, entre as expedições de Entradas e Bandeiras, que partiam da capitania de São Paulo capturando índios para trabalharem em lavouras e minas de ouro, a paçoca foi absorvida e serviu de alimento fundamental na dieta dos garimpeiros que saíam à procura de diamantes às margens do rio Tibagi, no interior do Paraná, por exemplo. Foi essencial porque a carne da paçoca era muito nutritiva, visto que esses homens andavam cerca de 20 dias para chegarem ao local do garimpo, além de que era de rápido preparo.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/23/23132909810204.jpg" alt="(Fonte: Morro do Moreno/Reprodução)">(Fonte: Morro do Moreno/Reprodução)Naquela época, os tropeiros eram encarregados em fazer o comércio de animais (mulas e cavalos) entre as regiões sul e sudeste, comercializando alimentos, e a paçoca se fez presente nos alforjes desses comerciantes e dos senhores das sesmarias que só tinham isso para se alimentar nos Campos Gerais.&nbsp;Assim como os garimpeiros, a paçoca alimentou os tropeiros que chegavam a ficar semanas longe de casa e precisavam carregar algo que fosse leve para não se confundir com o excesso de carga que os cavalos e mulas já transportavam.<h2>A industrialização</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/23/23133018613205.jpg" alt="(Fonte: Receitas-Globo/Reprodução)">(Fonte: Receitas-Globo/Reprodução)Muito embora os garimpeiros tenham consumido em excesso a paçoca, foram os tropeiros os responsáveis por popularizá-la Brasil afora. Visto que transportavam encomendas e mensagens entre os distritos afastados, estabelecendo uma unidade, ainda que precária no país –, eles deixaram muitos hábitos por onde passaram.Fora a disseminação entre a sociedade, foi o processo de industrialização comercial que transformou a paçoca de algo salgado em doce, chegando até o modo conhecido hoje: feito com amendoim, farinha de mandioca e açúcar. Sua fama é imensa em festas juninas, aniversários e outros tipos de celebrações, inclusive na Semana Santa, sendo a paçoca de rolha a mais popular e uma das mais consumidas no Brasil.Não é para menos que o historiador Câmara Cascudo escreveu em seu História da Alimentação no Brasil&nbsp;que a paçoca é uma permanente alimentar e, no tempo e no espaço, um farnel de viagem com os valores da antiguidade funcional.</body>

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