Imagem de Tafofobia: o medo de ser enterrado vivo no megacurioso

O distúrbio foi o responsável por criar novos tipos de caixões para que as pessoas pudessem se salvar

<head></head><body>Originada do grego taphos (“sepultura” ou “tumba”) e phobos (“medo”), a tafofobia é o medo psicopatológico de ser enterrado vivo, em decorrência de um resultado incorreto de morte. Esse tipo de pânico era mais frequente antes da era da medicina moderna, quando os diagnósticos eram imprecisos devido à falta de tecnologia e estudos na área.No século XIV, há relatos de que o filósofo John Duns Scotus, da Alta Idade Média, foi encontrado fora de seu caixão e caído em seu mausoléu, com as mãos dilaceradas, sugerindo que ele estava vivo quando foi enterrado e tentou escapar.Em meados de 1600, uma mulher chamada Alice Blunden foi enterrada viva após ser considerada morta após um médico examinar a boca e o nariz dela com um espelho. Blunden acabou entrando em um estado profundo de desmaio após beber uma grande quantidade de chá de papoula. Dois dias depois do enterro da mulher, crianças que brincavam perto do túmulo dela ouviram ruídos vindo da sepultura. Quando escavaram o local e abriram o caixão, encontraram a tampa dele arranhada e trincada.<h2>Sinos da salvação</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/09/09150911776247.jpeg" alt="(Fonte: Medium/Reprodução)">(Fonte: Medium/Reprodução)A tafofobia era algo tão presente na sociedade que, em 1972, o duque Ferdinand de Brunswick encomendou o primeiro "caixão de segurança" já registrado na História. Ele pediu para que marceneiros instalassem uma janela para permitir a entrada de luz, um tubo de ar e que fosse instalado uma fechadura na tampa, que não deveria ser pregada. Quando enterrado, Brunswick recomendou que colocassem duas chaves em seu bolso: uma para a tampa do caixão e outra para a porta de seu mausoléu.Pensando nisso, em 1798, o padre alemão P.G. Pessler sugeriu que todos os caixões possuíssem um tubo, a partir do qual uma corda sairia e chegaria até os sinos da igreja mais próxima. Sendo assim, se a pessoa estivesse viva, ela poderia chamar atenção puxando a corda. Contudo, a ideia era inviável em diversos aspectos, por isso foi logo descartada.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/09/09151108450251.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodução)">(Fonte: Pinterest/Reprodução)Até que em 1829, o Dr. Johann Gottfried Taberger projetou um sistema de alerta usando um sino que alertaria o coveiro ou vigia do cemitério. Antes de ser enterrado, cordas, através de um tubo levando até um sino dentro de uma caixa, seriam presas às mãos, pés e cabeça do cadáver, que levariam a um pequeno sino sobre a sepultura. Sendo assim, se a campainha tocasse insistentemente, o vigia teria apenas que bombear ar para dentro do caixão com um fole para que a pessoa sobrevivesse até que fosse desenterrada.O recurso foi muito usado durante a Era Vitoriana, na Inglaterra, em um momento em que os habitantes eram assombrados pelo índice alarmante de mortalidade infantil.<h2>O crescimento do pânico</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/09/09151419734256.webp" alt="(Fonte: Cult of Weird/Reprodução)">(Fonte: Cult of Weird/Reprodução)Quando a epidemia de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/113909-as-10-piores-pandemias-e-epidemias-da-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cólera</a> devastou o século XIX, originando-se na Índia de 1817, o aumento de relatos de sepultamentos vivos não intencionais cresceram ainda mais, fazendo a tafofobia se transformar em uma espécie de "pandemia".Em 1844, <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/117782-o-caso-sensacionalista-de-mary-rogers-a-inspiracao-de-edgar-allan-poe.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Edgar Allan Poe</a> foi o responsável por inflamar essa fobia ainda mais ao publicar sua obra O Enterro Prematuro, descrevendo supostos casos reais de pessoas que acordaram dentro dos próprios caixões. A narrativa serviu para alavancar a indústria dos “caixões de segurança”, com tampas de observação, cordas para sinos e tubos de respiração para sobrevivência até o resgate. Tudo o que os ricos podiam pagar, enquanto os pobres chegaram a preservar cadáveres de entes queridos em casa até que entrassem em estado de putrefação.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/09/09151504667258.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodução)">(Fonte: Pinterest/Reprodução)Foi formado em 1896 a Associação para a Prevenção de Enterro Prematuro, onde os membros tafófobos tinham um acordo com médicos de confiança para realizarem testes específicos que garantissem que eles estavam mortos, como serem perfurados em vários lugares do corpo e até mesmo diretamente no coração.Em 1905, em um levantamento feito pelo reformador inglês William Tebb, foram registrados 219 casos de pessoas que acordaram enquanto eram sepultadas, 10 casos de dissecação viva e 2 casos de pessoas que acordaram enquanto eram preparadas para embalsamamento.Atualmente, a tafofobia como caso clínico é muito rara no mundo desenvolvido, embora ainda haja casos em alguns lugares do mundo, geralmente entre pessoas mais velhas e que possuem algum grau de transtorno mental. </body>

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Tafofobia: o medo de ser enterrado vivo

Imagem de Desde o nascimento: como criar uma criança para ser inteligente? no megacurioso

Quais são os pontos mais importantes no desenvolvimento da inteligência infantil?

Sabemos que os primeiros anos do ciclo vital humano s&atilde;o os mais importantes para o desenvolvimento e forma&ccedil;&atilde;o da circuitaria neuronal &mdash; e todos n&oacute;s nascemos em condi&ccedil;&otilde;es similares. Contudo, a forma como os pais estimulam a cogni&ccedil;&atilde;o nesse in&iacute;cio de vida pode fazer toda a diferen&ccedil;a. A teoria que cada crian&ccedil;a nasce com as suas capacidades estabelecidas j&aacute; foi rebatida e, hoje, sabe-se que os pais s&atilde;o fundamentais para criar as bases do seu desenvolvimento emocional e intelectual, assim como as circunst&acirc;ncias e as experi&ecirc;ncias disponibilizadas come&ccedil;ando na gesta&ccedil;&atilde;o.
As crian&ccedil;as&nbsp; v&atilde;o al&eacute;m da hereditariedade, produto da forma&ccedil;&atilde;o e informa&ccedil;&atilde;o que lhes &eacute; ofertada pelo c&oacute;digo gen&eacute;tico. &Eacute; por esta raz&atilde;o que, enquanto especialista, refiro sempre a import&acirc;ncia de compreender que a intelig&ecirc;ncia n&atilde;o deve ser vista como algo fixo, mas sim como algo ativo que tem sempre potencial para melhorar, ou seja, a intelig&ecirc;ncia &eacute; uma habilidade mental. Al&eacute;m da preocupa&ccedil;&atilde;o com o desenvolvimento intelectual, h&aacute; que se ter em conta a evolu&ccedil;&atilde;o emocional da crian&ccedil;a para que ela seja um adulto autorrespons&aacute;vel em sua pr&oacute;pria exist&ecirc;ncia.
<h2>A import&acirc;ncia de socializar</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/14/a-14123218773211.jpg" alt="a" />
&Eacute; importante trilhar um caminho seguro para as crian&ccedil;as e desde cedo dot&aacute;-las de capacidades de socializa&ccedil;&atilde;o. Este aspecto &eacute; fundamental e, por essa raz&atilde;o, deve come&ccedil;ar em est&aacute;gios iniciais da sua vida. Ensinar a enfrentar sua frustra&ccedil;&otilde;es, desafios e problemas di&aacute;rios. Estimular a escuta, utilizando o di&aacute;logo como ferramenta de resolu&ccedil;&atilde;o&nbsp; de conflitos, mesmo com crian&ccedil;as de tenra idade, ser&aacute; uma boa plataforma para ser um adulto de sucesso no futuro.
Assim como estabelecer e ensinar quando devem partilhar os seus pertences e informa&ccedil;&atilde;o, come&ccedil;ando desde cedo a construir seguran&ccedil;a sobre as suas escolhas e responsabilidade sobre as consequ&ecirc;ncias delas.
<h2>Elogiar na medida certa</h2>
&Eacute;, portanto, basilar que os pais lhes concedam as coordenadas, mas os deixem trilhar o caminho. Ser superprotetor pode retirar habilidades dos pequeno, que contar&atilde;o sempre com a resolu&ccedil;&atilde;o por parte dos mais velhos, tornando-se dependentes e inseguros. Contudo, &eacute; importante que na medida certa os filhos compreendam que existem algumas expectativas depositadas neles.
Crian&ccedil;as ser&atilde;o mais realizadas se souberem que t&ecirc;m algo a conquistar. No entanto, as expectativas n&atilde;o devem concentrar-se na sua intelig&ecirc;ncia, nem no refor&ccedil;o positivo constante das suas capacidades, uma vez que esse comportamento pode, de fato, levar a um desempenho inferior ao esperado. Normalizar elogios retira a import&acirc;ncia das conquistas.
<h2>Foco no que importa</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/14/14123239710213.jpg" alt="a" />
Como estrat&eacute;gia parental alternativa, os pais s&atilde;o encorajados a oferecer elogios que se concentrem no esfor&ccedil;o que as crian&ccedil;as gastam para ultrapassar problemas e desafios, demonstrando coragem, persist&ecirc;ncia e determina&ccedil;&atilde;o. Temos, portanto, uma educa&ccedil;&atilde;o centrada na perseveran&ccedil;a, resist&ecirc;ncia e capacidade de suplantar os problemas e n&atilde;o tanto nas capacidades inatas demonstradas pela crian&ccedil;a. Muitos especialistas em desenvolvimento infantil concentram-se agora menos em medir o QI de uma crian&ccedil;a e mais em ajuda-las&nbsp; a atingir o seu pleno potencial intelectual &mdash; mas sem acrescentar demasiada press&atilde;o.
Um adulto &eacute; apenas uma crian&ccedil;a que cresceu.&nbsp; Se esta crian&ccedil;a receber o fomento adequado para o desenvolvimento de forma integral, cognitiva e emocionalmente, certamente ser&aacute; um adulto com autonomia, independ&ecirc;ncia e compet&ecirc;ncia para se apropriar de sua exist&ecirc;ncia.
***
Fabiano de Abreu Rodrigues, colunista do Mega Curioso, &eacute; Doutor e Mestre em Psicologia da Sa&uacute;de pela Universit&eacute; Libre des Sciences de l&rsquo;Homme de Paris; Doutor e Mestre em Ci&ecirc;ncias da Sa&uacute;de na &aacute;rea de Psicologia e Neuroci&ecirc;ncia pela Emil Brunner World University; Mestre em psican&aacute;lise pelo Instituto e Faculdade Gaio, Unesco; P&oacute;s-Gradua&ccedil;&atilde;o em Neuropsicologia pela Cognos de Portugal; Tr&ecirc;s P&oacute;s-Gradua&ccedil;&otilde;es em neuroci&ecirc;ncia; cognitiva, infantil, intelig&ecirc;ncia artificial, P&oacute;s-Gradua&ccedil;&atilde;o em Psicologia Existencial e Antropologia, todas pela Faveni do Brasil; Especializa&ccedil;&atilde;o em Propriedade El&eacute;trica dos Neur&ocirc;nios em Harvard, Neuroci&ecirc;ncia Geral em Harvard; Especialista em Nutri&ccedil;&atilde;o Cl&iacute;nica pela TrainingHouse de Portugal; Idealismo Filos&oacute;fico e Vis&otilde;es do Mundo &ndash; Universidade Aut&ocirc;noma de Madrid, Introdu&ccedil;&atilde;o &agrave; Filosofia da Passagens Escola de Filosofia, Hist&oacute;ria de La &Eacute;tica pela Universidad Carlos III de Madrid, MBA em Psicologia Positiva &ndash; Autorrealiza&ccedil;&atilde;o, Prop&oacute;sito e Sentido de Vida &ndash; PUC RS.

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Desde o nascimento: como criar uma criança para ser inteligente?

Imagem de Jesse Gelsinger e o polêmico caso de terapia gênica no megacurioso

O jovem nasceu com uma doença rara e o que decidiu fazer mudou seu destino

Quando Jesse Gelsinger nasceu, em 18 de junho de 1981, em Tucson, no Arizona (EUA), ele j&aacute; conseguiu o feito de quebrar as expectativas de vida. Aos 2 anos, ele foi diagnosticado com uma vers&atilde;o considerada branda de um raro dist&uacute;rbio metab&oacute;lico denominado S&iacute;ndrome de Defici&ecirc;ncia de Ornitina Transcarbamilase (OCTD), uma doen&ccedil;a gen&eacute;tica do f&iacute;gado ligada ao cromossomo X, que consiste na incapacidade de metabolizar a am&ocirc;nia (um subproduto da degrada&ccedil;&atilde;o de prote&iacute;nas), que atinge n&iacute;veis letais no sangue.
O caso &eacute; considerado fatal logo ao nascimento, com a maioria dos beb&ecirc;s entrando em coma e sofrendo danos cerebrais irrevers&iacute;veis. O &iacute;ndice de mortalidade aponta morte em no m&iacute;nimo 1 m&ecirc;s de vida. Contudo, Gelsinger teve a sorte de o gene da ornitina transcarbamilase ter sofrido muta&ccedil;&atilde;o em apenas algumas partes de suas c&eacute;lulas, em uma condi&ccedil;&atilde;o conhecida como mosaicismo som&aacute;tico.
<h2>Tentando viver</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/03/31/31183917182435.jpg" alt="(Fonte: Jesse Gelsinger/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Jesse Gelsinger/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Para sobreviver de maneira saud&aacute;vel com sua doen&ccedil;a, Gelsinger se mantinha vivo com uma dieta extremamente pobre em prote&iacute;nas e um regime de aproximadamente 50 comprimidos di&aacute;rios de medica&ccedil;&atilde;o especial.
Ele era conhecido por ser um jovem perspicaz, querido, doce e que nutria uma paix&atilde;o incontrol&aacute;vel por luta livre profissional e motocicletas. Em 1999, quando estava no auge de sua adolesc&ecirc;ncia, aos 18 anos, Gelsinger perdeu um pouco o controle de si mesmo e de sua doen&ccedil;a, pois a rebeldia da fase o deixou &ldquo;de saco cheio&rdquo; de toda a dieta e medica&ccedil;&atilde;o regradas.
Isso levou o jovem a ter crises de sa&uacute;de que colocaram sua vida em risco. Ele parou de tomar seus rem&eacute;dios, passou a ingerir comida em excesso e acabou sendo encontrado no sof&aacute; de sua casa por seu pai, vomitando incontrolavelmente. No mesmo dia, Gelsinger teve de ser intubado e mantido em coma induzido at&eacute; que seus n&iacute;veis de am&ocirc;nia estivessem sob controle.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/03/31/31184431577440.jpg" alt="(Fonte: Wikipedia/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Wikipedia/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Ap&oacute;s ser extubado e ter mais uma chance de continuar vivendo, Gelsinger recebeu a not&iacute;cia de seu m&eacute;dico de que um ensaio cl&iacute;nico para um potencial tratamento de OTCD estava sendo desenvolvido por pesquisadores da Universidade da Pensilv&acirc;nia, na Filad&eacute;lfia. O procedimento visava corrigir o gene OTC, que produz uma enzima que impede o ac&uacute;mulo de am&ocirc;nia no sangue.
Os pacientes que se submetessem &agrave; experimenta&ccedil;&atilde;o teriam injetadas c&oacute;pias funcionais do gene que havia sido anexado a um adenov&iacute;rus (um tipo de v&iacute;rus do resfriado) alterado para ser inofensivo que infectaria as c&eacute;lulas do f&iacute;gado do paciente e integraria o gene adicionado em seu DNA cromoss&ocirc;mico.
Em linhas gerais, Gelsinger estaria sendo submetido a uma terapia de gene.
<h2>A terapia</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/03/31/31184649516441.jpg" alt="(Fonte: NHGRI/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: NHGRI/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Mais amplamente explorada durante a d&eacute;cada de 1970, a terapia g&ecirc;nica &eacute; considerada um verdadeiro &ldquo;sonho cient&iacute;fico&rdquo; para tratar pessoas com doen&ccedil;as gen&eacute;ticas, inserindo um gene nas c&eacute;lulas de um paciente em vez de usar medicamentos ou cirurgia. Desde aquela &eacute;poca, os cientistas t&ecirc;m tentado v&aacute;rias abordagens para o procedimento, incluindo substituir um gene mutante que causa a doen&ccedil;a por uma c&oacute;pia saud&aacute;vel dele, inativando ou &ldquo;eliminando&rdquo; o gene mutado que est&aacute; funcionando incorretamente ou at&eacute; mesmo introduzindo um novo no corpo para ajudar a combater a doen&ccedil;a.
Na &eacute;poca em que Gelsinger foi informado sobre as possibilidades de uma cura no futuro, o tratamento experimental havia prolongado a vida somente de ratos de laborat&oacute;rio criados para serem deficientes em enzimas OTC. Portanto, os cientistas estavam confiantes de que o m&eacute;todo de reparo de genes que eles estavam testando pudesse ser usado para tratar v&aacute;rias doen&ccedil;as hep&aacute;ticas.
A princ&iacute;pio, o teste ao qual o jovem foi submetido era considerado um estudo de seguran&ccedil;a, com o objetivo de apenas aprimorar e avan&ccedil;ar o tratamento para beb&ecirc;s com a mesma doen&ccedil;a que ele, e n&atilde;o melhorar sua sa&uacute;de. Apesar disso, Gelsinger quis participar, portanto voou direto para a Filad&eacute;lfia em setembro de 1999.
<h2>Caso Gelsinger</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Science History Insitute/Reprodu&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://www.sciencehistory.org/sites/default/files/styles/rte_full_width/public/paul_gelsinger.jpg?itok=FWHcWSBZ"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/03/31/31184826752447.jpg" alt="(Fonte: Science History Institute/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Science History Institute/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Em 13 de setembro de 1999, Gelsinger foi o 18&ordm; paciente a receber o adenov&iacute;rus modificado. Pacientes anteriores a ele no estudo experimental sentiram apenas sintomas semelhantes aos da gripe, por&eacute;m o jovem teve uma rea&ccedil;&atilde;o muito pior. Em menos de 1 dia, ele ficou desorientado, apresentou sinais de icter&iacute;cia (pele amarelada devido ao ac&uacute;mulo de bilirrubina no sangue) e, em seguida, a resposta inflamat&oacute;ria do seu organismo o levou a desenvolver um perigoso dist&uacute;rbio de coagula&ccedil;&atilde;o do sangue, causando insufici&ecirc;ncia renal, hep&aacute;tica e pulmonar.
Quatro dias depois de ter&nbsp;a primeira dose injetada, Gelsinger teve os aparelhos desligados ap&oacute;s ser declarada a sua morte cerebral. Tanto a equipe m&eacute;dica quanto os cientistas se mostraram surpresos com a maneira como o quadro do jovem piorou t&atilde;o rapidamente, culminando em seu &oacute;bito quase imediato.
A morte de Gelsinger, um paciente considerado est&aacute;vel e saud&aacute;vel, em um tratamento experimental volunt&aacute;rio de terapia g&ecirc;nica, causou um verdadeiro colapso no campo de estudo e na &aacute;rea de pesquisa biol&oacute;gica. A maioria dos ve&iacute;culos de imprensa definiu os pesquisadores como &ldquo;ambiciosos demais&rdquo;, cuja ansiedade os levou a tomar atalhos que desrespeitavam as regras destinadas a proteger as pessoas em vez de colocar suas vidas em risco. A fam&iacute;lia de Gelsinger alegou que eles n&atilde;o foram devidamente alertados sobre os problemas imediatos &agrave; transfus&atilde;o e nem a longo prazo.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/03/31/31184950534448.jpg" alt="(Fonte: WHYY/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: WHYY/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
&ldquo;O que aconteceu com o jovem fez todo o campo da terapia g&ecirc;nica desaparecer por pelo menos 10 anos. At&eacute; mesmo o termo &lsquo;terapia gen&eacute;tica&rsquo; se tornou uma esp&eacute;cie de an&aacute;tema&rdquo;, comentou a bioqu&iacute;mica Jennifer Doudna, respons&aacute;vel por descobrir o mecanismo de edi&ccedil;&atilde;o de genes CRISPR-Cas9. &ldquo;Ningu&eacute;m queria doar para as pesquisas, tampouco algum pesquisador poderia ter seu nome vinculado ao termo&rdquo;.
A investiga&ccedil;&atilde;o do Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos apontou que os cientistas envolvidos no caso de Gelsinger, inclusive James Wilson, ent&atilde;o diretor do Instituto de Terapia Gen&eacute;tica Humana, quebraram diversos protocolos de conduta do experimento, como: inclus&atilde;o de Gelsinger como substituto de outro volunt&aacute;rio que desistiu, apesar de ele ter altos n&iacute;veis de am&ocirc;nia que deveriam t&ecirc;-lo impedido de participar; falha da universidade em alertar que dois pacientes j&aacute; haviam experimentado efeitos colaterais graves; e n&atilde;o ter informado na documenta&ccedil;&atilde;o de consentimento as mortes de macacos que receberam o tratamento.
A Universidade da Pensilv&acirc;nia e o Centro M&eacute;dico Nacional Infantil tiveram de pagar mais de US$ 500 mil ao governo como forma de indeniza&ccedil;&atilde;o pelas quebras de diretrizes do procedimento.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/03/31/31185123176449.jpg" alt="(Fonte: WHYY/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: WHYY/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Ap&oacute;s o rev&eacute;s do caso, o campo de estudo de terapia g&ecirc;nica levou 20 anos para se reestabelecer, com empreendimentos p&uacute;blicos e privados investindo bilh&otilde;es de d&oacute;lares para alternar ou substituir genes defeituosos nas pessoas e promover melhores chances de vida, ou uma vida saud&aacute;vel, aos pacientes.&nbsp;
Contudo, at&eacute; ent&atilde;o, s&oacute; foi poss&iacute;vel comercializar medicamentos, terapias para linfoma, tratamento que reverte uma forma de cegueira heredit&aacute;ria e terapia para atrofia muscular espinhal.
De acordo com os cientistas, a atual terapia gen&eacute;tica &eacute; mais segura do que a do passado, por&eacute;m ainda existem muitas quest&otilde;es acerca dos riscos do procedimento e do qu&atilde;o seguro &eacute;.

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Jesse Gelsinger e o polêmico caso de terapia gênica

Imagem de Alexandre VII, o papa que salvou Roma da peste no século XVII no megacurioso

Conhecido por sua intelectualidade, o papa Alexandre VII decretou 'lockdown' para livrar italianos de epidemia assombrosa

Nascido em 1599 em Siena, na It&aacute;lia, Fabio Chigi se tornaria uma pessoa simb&oacute;lica dentro na hist&oacute;ria da humanidade. No dia 7 de abril de 1655, o italiano foi eleito o 237&ordm; papa da Igreja Cat&oacute;lica e passou a ser conhecido pelo nome de Alexandre VII. Entretanto, sua maior contribui&ccedil;&atilde;o para o mundo foi marcada no campo da sa&uacute;de.
Extremamente intelectual, f&atilde; de arquitetura e artes, doutor em filosofia, teologia e direito, o pont&iacute;fice jamais imaginou que precisaria ter que lidar com uma epidemia de peste enquanto estivesse ocupando o cargo. De acordo com historiadores, o papa Alexandre VII foi respons&aacute;vel por decretar meditas sanit&aacute;rias que contribu&iacute;ram para diminuir a letalidade da doen&ccedil;a e livrar a popula&ccedil;&atilde;o de Roma de males maiores.
<h2>Controle sanit&aacute;rio</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/13/13031841029000.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Apesar de o bacilo causador da peste s&oacute; ter sido descoberto em 1894 pelo bacteriologista Alexandre Yersin, a doen&ccedil;a j&aacute; matava milhares de pessoas s&eacute;culos antes dessa data. Pesquisadores da Universidade de Roma La Sapienza estimam que, &nbsp;entre 1656 e 1657, a peste matou 55% da popula&ccedil;&atilde;o da Sardenha, metade da popula&ccedil;&atilde;o de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/117552-mafia-ordena-ambulancias-a-desligarem-sirenes-na-italia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">N&aacute;poles</a> e 60% dos habitantes de G&ecirc;nova.
Roma, por&eacute;m, parecia ter um destino diferente. Mesmo com sua popula&ccedil;&atilde;o de 120 mil habitantes e sendo considerada um grande centro urbano na &eacute;poca, a cidade teve apenas 9,5 mil mortos nesse mesmo intervalo de tempo &mdash; n&uacute;meros que giram na casa dos 8%.&nbsp;
Cientistas estimam que a peste dizimou metade da popula&ccedil;&atilde;o europeia durante diversas levas, mas n&atilde;o progrediu da forma que se esperava na capital italiana. Quando os primeiros relatos de mortes vindas de N&aacute;poles se espalhavam, Alexandre VII havia acabado de assumir a Igreja e se preparava para enfrentar esse novo desafio.
<h2>O poder do papa</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://commons.wikimedia.org/wiki/Category:Alexander_VII#/media/File:Allegori_over_drottning_Kristinas_underkastelse_infor_katolska_kyrkan_och_paven_Alexander_VII_-_Nationalmuseum_-_35788.tif"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/13/13032038253001.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Se hoje o papado serve mais como uma figura representativa e com poder diminuto sobre uma pequena regi&atilde;o encravada em Roma &mdash; o <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/107405-11-curiosidades-sobre-o-vaticano-o-menor-pais-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Vaticano</a> &mdash;, antigamente as propor&ccedil;&otilde;es eram muito maiores. Na &eacute;poca em que Alexandre VII assumiu o t&iacute;tulo de papa, o pont&iacute;fice comandava os chamados Estados Pontif&iacute;cios, o que englobava Roma e praticamente todo o centro da It&aacute;lia.
Ent&atilde;o, vendo que a popula&ccedil;&atilde;o estava morrendo pelas ruas, o l&iacute;der religioso estipulou um sistema de medidas de vigil&acirc;ncia sanit&aacute;ria para controlar a dissemina&ccedil;&atilde;o da doen&ccedil;a. Em seu primeiro ato, o papa convocou a Congrega&ccedil;&atilde;o da Sa&uacute;de, um conselho criado em um surto anterior para ajudar nas tomadas de decis&atilde;o.
No dia 20 de maio de 1656, o primeiro decreto mais r&iacute;gido passou a funcionar. Todas as atividades comerciais de N&aacute;poles foram suspensas por tempo indeterminado e os habitantes locais ficaram proibidos de se locomover at&eacute; Roma. A esp&eacute;cie de "lockdown" tinha como objetivo manter os romanos afastados do foco da <a href="https://www.megacurioso.com.br/drogas-e-novos-medicamentos/85419-por-que-ainda-existe-a-peste-negra-nos-eua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">peste</a>.
O mesmo acabou acontecendo com a cidade de Civitavecchia quando houve o registro dos primeiros casos da doen&ccedil;a. Nos meses seguintes, diversos Estados Papais foram colocados em isolamento e os port&otilde;es de entrada para Roma quase todos estiveram fechados para forasteiros.
<h2>Rastreio da doen&ccedil;a</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/13/13032401978002.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
A &uacute;nica maneira de entrar em Roma durante a epidemia era com uma justificativa registrada e entregue &agrave;s autoridades. Mesmo assim, a capital italiana detectou o primeiro caso de peste em seu territ&oacute;rio quando um soldado napolitano morreu em um hospital local no dia 15 de julho de 1656.
Cinco dias depois, Alexandre VII desenvolveu uma lei que obrigava os habitantes a comunicarem qualquer caso conhecido da doen&ccedil;a. Dessa forma, ficava mais f&aacute;cil fazer o rastreio de casos e evitar com que fam&iacute;lias potencialmente contaminadas entrassem em contato e transmitissem a doen&ccedil;a para outros romanos.
A legisla&ccedil;&atilde;o foi endurecendo at&eacute; chegar a necessidade da cria&ccedil;&atilde;o de um lockdown completo. Reuni&otilde;es p&uacute;blicas, festividades, encontros diplom&aacute;ticos e religiosos, todos foram suspensos at&eacute; que a situa&ccedil;&atilde;o se acalmasse. Em dado momento, ficou decretado a pena de morte para qualquer habitante que descumprisse com as medidas.&nbsp;
<h2>Luta contra o negacionismo</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://commons.wikimedia.org/wiki/Category:Vatican_City#/media/File:St._Peters_Square_and_Basilica,_Vatican_(Ank_Kumar)_06.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/13/13032511414003.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Apesar do n&uacute;mero de casos pipocando por todos os campos da It&aacute;lia, o papa Alexandre VII n&atilde;o escapou da cr&iacute;tica dos negacionistas. Pelas ruas de Roma, parte da popula&ccedil;&atilde;o desdenhava da epidemia e dizia que ela havia sido inventada pelo pr&oacute;prio pont&iacute;fice para angariar popularidade.
Nos bastidores, o l&iacute;der da Igreja Cat&oacute;lica era aconselhado a evitar o conflito com comerciantes e largar m&atilde;o de medidas que atrapalhassem o com&eacute;rcio. Mesmo assim, ele decidiu bater o p&eacute; e estipulou que as pol&iacute;ticas sanit&aacute;rias eram o melhor caminho para sair da crise do melhor modo poss&iacute;vel.
Em agosto de 1657, o surto foi vencido e Roma saiu como uma grande vencedora. Gra&ccedil;as ao papa Alexandre VII, muito menos vidas foram perdidas do que o esperado. Como marca da celebra&ccedil;&atilde;o de uma vit&oacute;ria e do renascimento da Igreja Cat&oacute;lica, o l&iacute;der cat&oacute;lico decretou a cria&ccedil;&atilde;o de novos monumentos que marcassem aquele per&iacute;odo.
Um dos exemplos disso fica pelo conjunto de colunas da Pra&ccedil;a de S&atilde;o Pedro, obra do escultor e arquiteto Gian Lorenzo Bernini e que permanecem de p&eacute; pela pra&ccedil;a do Vaticano at&eacute; os dias de hoje.

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Alexandre VII, o papa que salvou Roma da peste no século XVII

Imagem de 14 fatos curiosos a respeito do beijo no site Mega Curioso

Você sabia, por exemplo, que beijar é o melhor exercício para os músculos do seu rosto?

Ah, o beijo, aquele momento em que duas bocas se encontram e milhares de bact&eacute;rias migram de uma boca &agrave; outra enquanto nosso cora&ccedil;&atilde;o acelera e nosso corpo &eacute; invadido por sensa&ccedil;&otilde;es bem agrad&aacute;veis... At&eacute; a&iacute; tudo bem, n&atilde;o h&aacute; novidade, mas n&oacute;s separamos algumas curiosidades bem interessantes para voc&ecirc;, beijoqueiro de plant&atilde;o. Vamos a elas:
<h2>1. Horm&ocirc;nios</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2013/7/materias/5228254572513548.jpg" alt="" />Fonte da imagem: <a href="http://www.fanpop.com/clubs/deviantart/images/15923245/title/girl-boy-kissing-photo" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Fanpop</a>
Aparentemente, al&eacute;m de bact&eacute;rias, h&aacute; trocas de horm&ocirc;nios durante o beijo. Isso s&oacute; &eacute; poss&iacute;vel porque nossa boca cont&eacute;m membranas mucosas perme&aacute;veis que capturam vest&iacute;gios de horm&ocirc;nios. No caso da mulher, ela acaba absorvendo testosterona e ficando mais propensa ao sexo.
<h2>2. Avalia&ccedil;&atilde;o</h2>
Um dos fatores que faz um primeiro beijo ser horr&iacute;vel ou perfeito &eacute; uma maneira que seu organismo tem de reconhecer um parceiro geneticamente compat&iacute;vel com voc&ecirc;. Ent&atilde;o quando algu&eacute;m diz que &ldquo;n&atilde;o teve qu&iacute;mica&rdquo;, essa pessoa est&aacute; mais do que certa no uso da express&atilde;o!
<h2>3. Caloricamente falando</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2013/7/materias/5228254572513622.jpg" alt="" />Fonte da imagem: <a href="http://www.iwatchstuff.com/mt/mt-search.cgi?tag=sleeping%20beauty&amp;blog_id=1" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Iwatchstuff</a>
Tudo o que voc&ecirc; faz gasta energia e, por consequ&ecirc;ncia, queima calorias. Com o beijo n&atilde;o &eacute; diferente. Um beijo rapidinho e rom&acirc;ntico pode fazer com que voc&ecirc; perca tr&ecirc;s calorias, enquanto um beijo um pouco mais apaixonante pode fazer com que voc&ecirc; perca mais de cinco calorias. Ou seja: quanto mais voc&ecirc; beija, mais calorias gasta.
<h2>4. Emo&ccedil;&atilde;o</h2>
Beijar pode fazer com que as pessoas criem la&ccedil;os e &eacute; por isso que alguns homens v&atilde;o embora logo ap&oacute;s o sexo: para evitar a troca de carinhos que pode acabar em sentimentos mais fortes e maiores intimidades, o que n&atilde;o &eacute; o que alguns caras procuram. De novo: alguns. N&atilde;o digam por a&iacute; que estamos generalizando.
<h2>5. Muscula&ccedil;&atilde;o</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2013/7/materias/522825457251370.jpg" alt="" />Fonte da imagem: <a href="http://stylecaster.com/memorable-mtv-movie-awards-moments/" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Stylecaster</a>
Voc&ecirc; pode levantar todo tipo de peso, nadar, correr, pedalar, fazer abdominais e afins, mas para exercitar os m&uacute;sculos do seu rosto, n&atilde;o h&aacute; nada como o beijo, que movimenta cerca de 30 m&uacute;sculos da face e ajuda suas bochechas a ficarem firmes e com uma apar&ecirc;ncia mais saud&aacute;vel.
<h2>6. Troca</h2>
Durante o beijo voc&ecirc; troca flu&iacute;dos, logicamente, mas, com esses flu&iacute;dos, especialmente com a saliva, s&atilde;o trocados tamb&eacute;m minerais, sais e subst&acirc;ncias respons&aacute;veis pelo cheiro, muitas vezes impercept&iacute;vel, que exalamos quando queremos fazer sexo.
<h2>7. Uma linda mulher</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2013/7/materias/5228254572513742.jpg" alt="" />Fonte da imagem: <a href="http://www.pickywallpapers.com/htc-hero/bollywood/amisha-patel-mahesh-babu-long-lip-kiss-in-nani-movie-wallpaper/download/" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Pickwallpapers</a>
Se voc&ecirc; ainda n&atilde;o viu esse filme, eis uma boa dica. Nele, Julia Roberts &eacute; uma prostituta que, a princ&iacute;pio, fala ao mocinho do filme que n&atilde;o beija clientes. Isso n&atilde;o &eacute; s&oacute; uma licen&ccedil;a po&eacute;tica do roteirista do longa, mas &eacute; comum que algumas prostitutas, de fato, n&atilde;o beijem seus clientes, a fim de evitar envolvimentos emocionais e sentimentais.
<h2>8. Mulheres</h2>
Durante o beijo as pessoas envolvidas nele avaliam a performance do outro. No caso das mulheres, pesquisas j&aacute; descobriram que elas, durante o beijo, avaliam se o seu parceiro ou parceira passa em um teste para um relacionamento curto, se d&aacute; para repetir a dose mais algumas vezes ou n&atilde;o. Enquanto fazem essa avalia&ccedil;&atilde;o, a mulher tamb&eacute;m avalia se a pessoa que est&aacute; beijando pode ou n&atilde;o ser ideal para um relacionamento mais longo.
<h2>9. Homens</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2013/7/materias/5228254572513821.jpg" alt="" />Fonte da imagem: <a href="http://www.fanpop.com/clubs/twilight-series/picks/results/503780/best-couple-icon-all-time-not-favorite-couple-best-picture" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Fanpop</a>
Enquanto as mulheres beijam para avaliar poss&iacute;veis relacionamentos, homens t&ecirc;m no beijo uma finalidade bem simples: preparar para o sexo. Isso n&atilde;o significa, por&eacute;m, que toda vez que um homem est&aacute; beijando ele tem a inten&ccedil;&atilde;o de fazer sexo.
<h2>10. Antes e depois</h2>
As mulheres s&atilde;o conhecidas por suas caracter&iacute;sticas mais rom&acirc;nticas quando o assunto &eacute; sexo e, como o beijo tem essa ideia de criar la&ccedil;os, &eacute; normal que voc&ecirc; venha a pensar que o beijo depois do sexo seja iniciativa da mulher, certo? Algumas pesquisas apontam, por&eacute;m, que quem tem mais iniciativa nessas situa&ccedil;&otilde;es, &eacute; o homem.
<h2>11. Briguinha</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2013/7/materias/5228254572513853.jpg" alt="" />Fonte da imagem: <a href="http://www.ctnow.com/entertainment/movies/ctn-25th-connecticut-gay-lesbian-film-festival-20120508,0,6448471.photogallery" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/ctnow</a>
Sabe aquela coisa de que uma discuss&atilde;o pode acabar em beijo? Pois &eacute;, voc&ecirc; j&aacute; deve ter visto isso em alguns filmes e novelas por a&iacute;. A quest&atilde;o &eacute; que, quando o assunto &eacute; interromper uma briga com um beijo, quem toma mais essa iniciativa s&atilde;o os homens. Espertinhos!
<h2>12. Imunidade</h2>
Se beijar pode fazer com que voc&ecirc; receba v&aacute;rias bact&eacute;rias, fique feliz: essas bact&eacute;rias v&atilde;o melhorar seu sistema imune, j&aacute; que seu organismo vai precisar lutar com elas e, com isso, criar anticorpos.
<h2>13. Tempo</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2013/7/materias/5228254572513930.jpg" alt="" />Fonte da imagem: <a href="http://www.fanpop.com/clubs/famous-kisses/images/869756/title/spiderman-kiss-photo" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Fanpop</a>
Beijo r&aacute;pido na testa, na bochecha, na m&atilde;o ou um beijo rom&acirc;ntico e apaixonado, n&atilde;o importa qual &eacute; o tipo de beijo, mas essa &eacute; uma pr&aacute;tica bastante comum e alguns c&aacute;lculos apontam que, durante a sua vida voc&ecirc; vai passar 20.160 minutos beijando.
<h2>14. Relaxamento</h2>
Beijar faz com que nosso corpo produza subst&acirc;ncias capazes de nos deixar relaxados, como a ocitocina, que &eacute; natural e tem propriedades calmantes que aumentam o n&iacute;vel de endorfina em nosso corpo. Isso sem falar nos n&iacute;veis de dopamina, que tamb&eacute;m podem ser elevados e nos ajudar a criar as sensa&ccedil;&otilde;es de que queremos ter um v&iacute;nculo com a pessoa a quem estamos beijando.

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14 fatos curiosos a respeito do beijo

Imagem de ECMO: como funciona o pulmão artificial usado pelo ator Paulo Gustavo no megacurioso

O 'pulmão artificial' tem sido bastante acionado nos casos de problemas respiratórios causados pelo novo coronavírus

<head></head><body>Internado para tratar a <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118315-idoso-vacina-em-trator-e-permitido-andar-com-esse-veiculo-nas-ruas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">covid-19</a>, o ator <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/117286-retrospectiva-2020-os-filmes-mais-assistidos-do-telecine.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Paulo Gustavo</a> foi submetido, no início de abril, à terapia de Oxigenação por Membrana Extracorpórea (ECMO), método utilizado por alguns hospitais para cuidar dos pacientes infectados pelo novo <a href="https://www.megacurioso.com.br/coronavirus" rel="noopener noreferrer" target="_blank">coronavírus</a> em estado mais grave.A técnica, que ganhou destaque durante o surto global de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113864-covid-19-e-mais-letal-que-h1n1-apontam-estatisticas-da-oms.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">H1N1</a> em 2009, surge como alternativa quando o <a href="https://www.megacurioso.com.br/corpo-humano/42292-veja-a-diferenca-entre-um-pulmao-de-um-fumante-e-um-pulmao-sadio-video-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pulmão</a> do doente não consegue mais absorver oxigênio, sendo necessário “substituir” o órgão por um equipamento que possua a capacidade de realizar a atividade pulmonar.<h2>O que é ECMO?</h2>Trata-se de um aparelho capaz de funcionar como pulmão artificial (e também como coração artificial), substituindo a atividade do órgão em caso de problemas respiratórios graves, dando ao paciente tempo e condição clínica para se recuperar.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/12/12185419053327.jpg" alt="(Fonte: PEBMED/Reprodução)">(Fonte: PEBMED/Reprodução)<h2>Como o ECMO funciona?</h2>Há dois tipos de ECMO. Na veno-venosa, para quadros de insuficiência respiratória, o sangue é retirado através de uma veia central, enviado à membrana extracorpórea, onde passa pela troca gasosa, e retorna ao corpo do paciente. Já a do tipo veno-arterial é para tratar insuficiência cardíaca, fornecendo suporte respiratório e circulatório.O tratamento exige uma equipe grande e altamente treinada para operar o equipamento.<h2>Em quais casos a tecnologia é utilizada?</h2>Disponível em hospitais de referência para pessoas de praticamente qualquer faixa etária, tanto na rede pública de saúde quanto na privada, a ECMO entra em ação quando o ventilador mecânico não consegue mais fazer o pulmão funcionar bem.Ela deve ser adotada nos primeiros dias após o paciente entrar em ventilação, para uma maior eficácia.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/12/12185605289332.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)">(Fonte: Pixabay)<h2>Quanto tempo dura o tratamento?</h2>Não há um prazo definido para o paciente usar a ECMO. Em geral, a terapia é utilizada durante o tempo necessário para o pulmão se recuperar, o que pode demorar dias, semanas ou até meses.Dependendo do caso, o transplante pulmonar é considerado pela equipe médica após algum tempo de uso da terapia.<h2>Quando a ECMO não é indicada?</h2>O uso da tecnologia deve ser avaliado pelos médicos, mas em alguns casos a ECMO não costuma ser indicada, como:<ul><li>Doenças pulmonares ou cardiovasculares irreversíveis</li><li>Falência múltipla dos órgãos</li><li>Coagulopatia grave e/ou hemorragia</li><li>Pacientes que ficaram muito tempo em ventilação e apresentam danos pulmonares</li><li>Pessoas que têm outras anomalias congênitas</li></ul></body>

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ECMO: como funciona o pulmão artificial usado pelo ator Paulo Gustavo

Imagem de 4 doenças horríveis que vieram de animais no megacurioso

Relembre alguns casos de doenças infecciosas que foram transmitidas para os seres humanos através de outros animais na natureza

<head></head><body>Com o aumento do desmatamento do planeta, os seres humanos têm estado em contato cada vez mais próximo de diversos animais selvagens. Essa interação, entretanto, pode ser bastante perigosa para a nossa saúde, visto que várias doenças infecciosas que assolaram a humanidade tiveram origem no mundo animal.Por mais fofinhos que algumas criaturas possam parecer, o distanciamento pode ser a escolha mais segura. Por isso, nós separamos uma lista com quatro doenças horríveis que surgiram através de animais. Olha só!<h2>1. Toxoplasmose</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/12/12062502664000.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)">(Fonte: Pixabay)Causada pelo parasita Toxoplasma gondii, ao longo dos anos a toxoplasmose ficou conhecida como "doença do gato", visto que os felinos são os únicos hospedeiros definitivos do protozoário. O que muitos não sabem, porém, é que apenas entre 10% a 15% dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/109420-9-fatos-sobre-os-gatos-que-deixarao-voce-de-cabelo-em-pe.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">gatos</a> carregam o parasita, com destaque para os gatos de rua através da caça de aves e roedores infectados.Então, como é que um humano pode se contaminar? Apesar de ser possível haver contaminação por contato com fezes de gato, esse caminho é dificultado pelo ciclo do protozoário. Sendo assim, o mais comum é que a contaminação ocorra através de água contaminada, de alimentos lavados com ela ou também pelo consumo de carne infectada.<h2>2. Salmonela</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/12/12062524555001.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Uma doença bastante conhecida por sua conexão com o mundo animal é a salmonela. Essa infecção bacteriana causada é causada pela bactéria Salmonella, a qual pode ser encontrada facilmente em porcos, gado, gatos, cães, aves, répteis e anfíbios. Como animais infectados não apresentam nenhum sinal da doença, é importante sempre lavar as mãos após o manejo.Humanos costumam contrair salmonela pelo consumo de alimentos contaminados, como ovos, carne e leite. Portanto, o ideal é sempre cozinhar bastante as refeições para evitar infecções.<h2>3. HIV</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/12/12062554523002.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Conhecido por ser o vírus causador da AIDS, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116432-hiv-cientistas-observam-pela-1a-vez-comportamento-do-virus.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">HIV</a> é um problema global desde o começo dos anos 1980. Esse é um vírus que costuma atacar o sistema imunológico de macacos e outros primatas. Em 2019, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estimou que 38 milhões de pessoas são portadoras do vírus HIV na Terra.A teoria mais famosa de como o HIV passou a ser transmitido entre humanos diz que o processo ocorreu após um caçador comer a carne de um macaco contaminado, fazendo com que o vírus se adaptasse ao nosso organismo e atingisse o nosso sistema imunológico também.<h2>4. Covid-19</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/12/12062649164003.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)">(Fonte: Pixabay)O caso mais recente e relevante sobre a interação da vida selvagem com os seres humanos vem do surgimento da pandemia de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113976-paciente-com-covid-19-desenvolveu-doenca-neurologica-rara.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">covid-19</a>, doença causada pelo vírus Sars-CoV-2. Embora a análise genética do vírus sugira que ele se originou em morcegos, as autoridades na China suspeitam que o surto inicial em Wuhan esteja relacionado a um mercado de frutos do mar.Outras teorias afirmam que pangolins ou cobras vendidos no mercado poderiam estar infectados com o novo coronavírus e terem servido como intermediários para transmitir a doença dos morcegos para os seres humanos.</body>

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4 doenças horríveis que vieram de animais

Imagem de 1º caso de pênis triplo em humanos é registrado em bebê no Iraque no megacurioso

O pênis supranumerário é uma anomalia cogênita extremamente rara, dizem pesquisadores

<head></head><body>O primeiro caso de trifalia, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115425-anomalia-do-atlantico-sul-existe-ha-pelo-menos-11-milhoes-de-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">anomalia</a> que causa a triplicação do <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-e-beleza/39697-voce-sabe-tudo-sobre-o-seu-penis-confira-10-fatos-sobre-ele-a-seguir.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pênis</a>, foi relatado em uma criança na cidade de Dohok, no <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/113966-antiga-area-de-culto-a-deus-guerreiro-e-descoberta-no-iraque.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Iraque</a>. O trabalho que apresenta o caso foi publicado na revista International Journal of Surgery.O paciente do estudo foi submetido a uma cirurgia por um urologista especialista em urocirurgia e reconstrução peniana, recebendo alta hospitalar sem problemas pós-operatórios e necessitando apenas de um acompanhamento contínuo para avaliar o desenvolvimento do pênis.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/08/08160517303271.jpg" alt="(Unsplash/Reprodução)">(Unsplash/Reprodução)<h2>O que é pênis supranumerário?</h2>O pênis supranumerário é uma anomalia congênita extremamente rara que afeta um em cada 6 milhões de nascidos vivos, segundo pesquisadores. O termo "supranumerário" é utilizado quando algo excede o número estabelecido como comum. Em um caso médico, pode se referir a órgãos ou partes do corpo em excesso.O primeiro caso do pênis supranumerário foi relatado em 1609 pelo médico Johannes Jacob Wecker e, desde então, segundo o estudo, apenas 100 casos de difalia — quando existe a duplicação do pênis — foram relatados na literatura. Os pacientes que nascem com essa anomalia podem ter a duplicação ou a triplicação completa do pênis.&nbsp;Nenhum dos casos relatado até hoje foi idêntico a outro, o que faz com que cada situação seja única.<h2>Como ocorre o pênis supranumerário?</h2>Segundo os pesquisadores, essa condição ocorre normalmente durante o desenvolvimento embrionário do pênis entre a 3ª e a 6ª semana de gestação. Apesar de não precisar ter uma ligação direta, fatores ambientais, como drogas e infecções, podem desencadear a anomalia.&nbsp;Neste caso do estudo, os familiares da criança negaram qualquer envolvimento com drogas ou bebidas durante a gravidez.<h2>Diagnóstico e tratamento&nbsp;</h2>A hipótese da anomalia geralmente é levantada em consulta clínica com a observação da região íntima do paciente. Segundo os pesquisadores, os exames de imagem, especialmente a ultrassonografia, são úteis para confirmar o diagnóstico, detectando a presença ou ausência de corpos cavernosos ou corpos esponjosos nos pênis.Por possibilitar uma melhor qualidade de imagem, a ressonância magnética é uma aliada ao determinar como será realizado o procedimento cirúrgico. Ainda segundo o estudo, o tratamento dessa condição é difícil, pois envolve aspectos médicos, éticos e estéticos.A existência de poucos trabalhos que abordam o tema, devido à raridade dos episódios, é outro ponto negativo. Para o sucesso na abordagem do caso, uma equipe multidisciplinar se faz necessária para o tratamento e o acompanhamento a longo prazo.</body>

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1º caso de pênis triplo em humanos é registrado em bebê no Iraque

Imagem de Escândalo da talidomida: o remédio que deformou milhares de bebês no megacurioso

Antes de ser comercializado em mais de 46 países, a substância tóxica foi testada em prisioneiros de campos de concentração

<head></head><body>Foi durante o tempo em que o médico e farmacologista Heinrich Mückter foi chefe de pesquisa da empresa farmacêutica Chemie Grünenthal, na Alemanha de 1946, que ele desenvolveu um medicamento chamado talidomida. A substância é geralmente usada como sedativo, anti-inflamatório e hipnótico, porém foi comercializada em larga escala em 1957 como uma pílula contraceptiva de venda livre, um indutor de sono e remédio para enjoos matinais causados pela gravidez.A droga foi experimentada de maneira indiscriminada por Mückter e seus colegas de profissão em prisioneiras dos campos de concentração em Buchenwald, durante o apogeu do <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/109968-noite-dos-cristais-ataque-nazista-judeus-alemanha.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">nazismo</a> no país. Como consequência desses testes, milhares de pacientes cobaias foram mortos devido aos efeitos adversos da talidomida.<h2>Efeito crítico</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;The New York Times&nbsp;" data-fonte-url="https://static01.nyt.com/images/2018/07/16/obituaries/16MCBRIDE-OBIT/merlin_141181920_3a2e02e5-971b-4c06-b4fb-a72cb8f6d707-superJumbo.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/03/31/31180819101403.jpg" alt="(Fonte: The New York Times/Reprodução)">(Fonte: The New York Times/Reprodução)Devido ao seu poder de causar anomalias fetais, o remédio deve ser evitado durante o período de gravidez, em mulheres que estão amamentando, em período fértil ou tentando engravidar, pois pode causar má-formações ou até mesmo ausência de membros no feto. Apesar disso, em 1º de outubro de 1957, a talidomida se tornou o segundo medicamento mais vendido na Alemanha depois da Aspirina Bayer.Além de causar defeitos congênitos em fetos, o uso da talidomida pode incitar a formação de coágulos sanguíneos excessivos, interferir na formação de vários tipos de novas células sanguíneas, anemia devido à falta de glóbulos vermelhos, danos aos nervos, problemas cardiovasculares, hipertensão pulmonar, síncope, erupções cutâneas graves, infertilidade e danos ao fígado. De acordo com o Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos, cerca de 10% das pessoas que fizeram o uso da substância relataram confusão, humor deprimido, insuficiência cardíaca, tremores excessivos, formigamento, dormência, constipação, edema periférico, vômito, pele seca, febre, fraqueza e mal-estar.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/03/31/31181046681406.jpg" alt="(Fonte: The Softnon Babies/Reprodução)">(Fonte: The Softnon Babies/Reprodução)O uso desenfreado da talidomida aconteceu depois que as autoridades médicas da Alemanha licenciaram o medicamento para a venda sem receita, permitindo que as pessoas começassem a tomá-lo para tratar uma série de doenças, como pneumonia, resfriados, gripes e, principalmente, aliviar os enjoos da gravidez.Com a fabricante do medicamento alegando que ele era totalmente seguro, mesmo durante a gravidez, o resultado foi o de milhares de abortos espontâneos, defeitos congênitos graves em bebês e lesões nervosas. A gravidade dos casos e o local das deformidades dependiam de quantos dias de gravidez a mãe estava antes de iniciar o tratamento. De acordo com os estudos, a talidomida ingerida no 20º dia de gravidez, por exemplo, causou danos cerebrais centrais, e a partir daí danificou olhos, orelhas, rostos, braços e pernas até o 28º dia. O medicamento só não causou danos ao feto quando foi tomado após 42 dias de gestação.Demorou vários anos para que fosse estabelecido uma conexão entre o uso da talidomida ao longo da gravidez e as milhares de crianças que nasceram deformadas.<h2>Geração talidomida</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/03/31/31181203089407.jpg" alt="(Fonte: Judith Johnson/Reprodução)">(Fonte: Judith Johnson/Reprodução)Em meados de 1958, o medicamento começou a ser comercializado no Reino Unido pela Distillers Company Biochemicals através do nome de Distaval, também direcionado para apaziguar os enjoos matinais das grávidas de todas as idades.Por meio de anúncios que não possuíam nenhuma evidência científica, a empresa disparou anúncios afirmando que o Distaval poderia ser administrado com total segurança a mulheres grávidas e lactantes, sem efeitos adversos para nenhum deles, incluindo o feto. Os únicos dados que eles possuíam eram os testes de toxicidade feitos pela Grünenthal em ratos de laboratório, sendo que as doses da droga eram diferentes para os animais e costumavam ser maiores para os humanos.Em 1960, o Dr. Alexander Leslie Florence, foi o primeiro médico a fazer críticas ao medicamento, relatando em uma carta ao BMJ Trust Source, que 4 de seus pacientes desenvolveram uma sensação de agulhamento nos pés e nas mãos. “Três pacientes que não receberam a talidomida por 2 a 3 meses apresentaram melhora acentuada em seus sintomas, embora eles ainda estejam presentes no organismo deles”, apontou Florence.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;The Guardian&nbsp;" data-fonte-url="https://i.guim.co.uk/img/media/13799e45a246073c6081393c6a6f97f784c69009/0_284_3007_1805/master/3007.jpg?width=1200&amp;height=1200&amp;quality=85&amp;auto=format&amp;fit=crop&amp;s=51e16558094a7690dc463fa49e665b33"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/03/31/31181251042408.jpg" alt="(Fonte: The Guardian/Reprodução)">(Fonte: The Guardian/Reprodução)No ano seguinte, o Dr. William McBride, um obstetra australiano que havia ajudado a popularizar o uso da substância por gestantes, entrou em contato com a revista The Lancet para descrever múltiplas anormalidades graves em 1 em cada 5 bebês nascidos de mulheres que tomaram o medicamento.A partir disso, houve uma investigação federal na Alemanha a respeito do aumento de nascidos com anomalias congênitas que eram muito parecidas com as descritas pelo médico australiano. Em 26 de novembro de 1961, a Grünenthal interrompeu a distribuição nacional da talidomida, seguida pelo Reino Unido, em 2 de dezembro daquele ano.<h2>O pior desastre médico</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;The Guardian&nbsp;" data-fonte-url="https://i.guim.co.uk/img/media/96059e802d3b8cb7e71540891ee71ebd4888388e/0_0_1799_1080/master/1799.jpg?width=445&amp;quality=45&amp;auto=format&amp;fit=max&amp;dpr=2&amp;s=5db70deb7b254d0f996280f016a1f779"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/03/31/31181851290413.jpg" alt="(Fonte: The Guardian/Reprodução)">(Fonte: The Guardian/Reprodução)Em meados de 1962, o medicamento já era proibido na maioria dos 46 países onde foi comercializado, incluindo Austrália, Espanha e Nova Zelândia. Graças ao impedimento de Frances Kelsey do FDA, a droga não obteve muito sucesso nos Estados Unidos, muito embora cerca de 20 mil mulheres tenham ingerido, e pelo menos 17 bebês deformados terem nascido.Acredita-se que mais de 20 mil fetos morreram no momento do nascimento ou logo após em decorrência da embriopatia causada pela talidomida, sendo que pelo menos 10 mil sobreviveram com as deformidades congênitas, desde os membros até o coração. A Thalidomide Society, no Reino Unido, chegou à conclusão que o impacto se deu também por causa do quanto o medicamento permaneceu em armários de remédios do mundo todo, mesmo após sua saída do mercado.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/03/31/31181954034414.jpg" alt="(Fonte: The Times/Reprodução)">(Fonte: The Times/Reprodução)O escândalo que foi o uso da talidomida se tornou o maior desastre médico de todos os tempos causado pelo homem no ramo de desenvolvimento de medicamentos. Mesmo com esse diagnóstico terrível, em 1998, o FDA aprovou o uso do medicamento para tratar a lepra, a tosse crônica da fibrose intersticial e o mieloma múltiplo.Após o caso, as agências mundiais de regulamentação estabeleceram uma série de protocolos para o uso e comércio adequado de medicamentos, como o controle sobre a publicidade dos remédios controlados, as informações precisas sobre os potenciais efeitos colaterais, e evidências baseadas em estudos clínicos adequados sobre o comportamento do medicamento no organismo.&nbsp;</body>

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Escândalo da talidomida: o remédio que deformou milhares de bebês

Imagem de Síndrome da Bela Adormecida: doença faz dormir por até 48 horas no megacurioso

Quando vai dormir, a pessoa nunca sabe se vai ser apenas por algumas horas ou por meses a fio

Beth Goodier, uma jovem de 26 anos, moradora de Stockport, em Manchester, Reino Unido, &eacute; considerada uma em 1 milh&atilde;o. Desde que nasceu, ela tem epis&oacute;dios de sono que podem durar at&eacute; 22 horas di&aacute;rias e por semanas a fio. Ela n&atilde;o consegue se manter acordada de maneira alguma.
Em novembro de 2016, Goodier chegou a adormecer no sof&aacute; durante 6 meses inteiros, em que ela se levantou apenas para fazer pequenas refei&ccedil;&otilde;es, ir ao banheiro e tomar banho. Depois disso, ela sempre voltava para a cama e dormia por mais 22 ou 23 horas cont&iacute;nuas.&nbsp;
De acordo com sua m&atilde;e, Janine Goodier, em entrevista ao Daily Mail, ela estima que a filha tenha dormido 75% de sua vida at&eacute; ent&atilde;o. &ldquo;Quando ela acorda, &eacute; como se nada tivesse errado. Para ela, tudo n&atilde;o passou de uma noite de sono&rdquo;, revelou Janine. &ldquo;&Eacute; sempre uma corrida contra o tempo para ela viver a vida que deveria. Ela corre para encontrar seus amigos e arrumar o cabelo, mas ningu&eacute;m sabe quando ela vai adormecer desse jeito de novo&rdquo;.
Por outro lado, existem casos ainda mais raros do que Beth Goodier acontecendo em outras partes do mundo, como o de uma garota na Col&ocirc;mbia que tem epis&oacute;dios de sono que lhe causam perda de mem&oacute;ria, ap&oacute;s ela dormir por v&aacute;rios meses ou por at&eacute; 48h horas consecutivas. A jovem chega a esquecer temporariamente at&eacute; o rosto de sua pr&oacute;pria m&atilde;e.
<h2>Sem saber quando acordar</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Inside Edition&nbsp;" data-fonte-url="https://www.insideedition.com/sites/default/files/styles/video_1920x1080/public/brightcove/videos/images/posters/11322_2.jpg?itok=u4Cfnc3e"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/07/07202604968405.jpg" alt="(Fonte: Inside Edition/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Inside Edition/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
O que essas jovens sofrem &eacute; de uma doen&ccedil;a rara chamada S&iacute;ndrome de Kleine-Levin (KLS), popularmente conhecida como S&iacute;ndrome da Bela Adormecida, pois o nome diz por si s&oacute;. A doen&ccedil;a causa per&iacute;odos recorrentes de sonol&ecirc;ncia excessiva, al&eacute;m de causar mudan&ccedil;as de comportamento, confus&atilde;o e perda de mem&oacute;ria.
De acordo com o Orphanet Report, o dist&uacute;rbio afeta 1pessoa em cada 500 mil, sendo que 81% delas t&ecirc;m idade m&eacute;dia de 15 anos (podendo variar de 4 a 82 anos) e s&atilde;o indiv&iacute;duos do sexo masculino em 78% dos casos.
A causa exata da KLS ainda &eacute; desconhecida pela comunidade m&eacute;dica, mas alguns especialistas acreditam que les&otilde;es no hipot&aacute;lamo (parte do c&eacute;rebro que controla o sono, apetite e temperatura corporal) podem contribuir para o desenvolvimento da condi&ccedil;&atilde;o. Existem relatos de pessoas que desenvolveram a doen&ccedil;a ap&oacute;s uma infec&ccedil;&atilde;o comum, como gripe, o que levou os pesquisadores a acreditarem que a KLS pode ser algum tipo de doen&ccedil;a autoimune. Foi tamb&eacute;m considerado um vi&eacute;s gen&eacute;tico, visto que j&aacute; foi documentado o dist&uacute;rbio em mais de uma pessoa na mesma fam&iacute;lia.
<h2>Os sintomas</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Talk to the Press&nbsp;" data-fonte-url="https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRAlr2jO45U_T9EbwWYXhMRF5jDG7Umjei-h5x95oingSJp2HK_ifMNylc_85RkFFRLnyc&amp;usqp=CAU"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/07/07202904530409.jpg" alt="(Fonte: Talk to the Press/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Talk to the Press/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A S&iacute;ndrome da Bela Adormecida &eacute; considerada uma condi&ccedil;&atilde;o imprevis&iacute;vel, por isso esses &ldquo;epis&oacute;dios&rdquo; podem acontecer continuamente ou sofrerem pausas de at&eacute; 10 anos. Entre a fadiga intensa e a falta de energia, os pacientes podem experimentar alucina&ccedil;&otilde;es, desorienta&ccedil;&atilde;o, irritabilidade, comportamento infantil, aumento do apetite e desejo sexual excessivo.
&Eacute; exatamente devido a essa paleta de sintomas que a KLS &eacute; um dist&uacute;rbio dif&iacute;cil de ser diagnosticado, pois pode ser confundido com v&aacute;rios tipos de transtorno psiqui&aacute;trico. Como resultado, a pessoa pode levar, em m&eacute;dia, 4 anos para ser diagnosticada&nbsp;com a doen&ccedil;a corretamente. Geralmente, os m&eacute;dicos precisam descartar depress&atilde;o, transtornos de humor, diabetes, hipotireoidismo, tumores, inflama&ccedil;&otilde;es, infec&ccedil;&otilde;es, outros dist&uacute;rbios do sono e condi&ccedil;&otilde;es neurol&oacute;gicas para sequer passar perto de um diagn&oacute;stico de KLS.
Uma vez que n&atilde;o h&aacute; cura, a s&iacute;ndrome pode ser controlada por meio de v&aacute;rios medicamentos que ajudam a reduzir a dura&ccedil;&atilde;o de um epis&oacute;dio e prevenir que a pessoa durma de forma descontrolada no futuro.

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