Imagem de Planta invasora salva falcão da extinção, mas está matando outros bichos no megacurioso

A chamada árvore-do-viajante se tornou essencial para a cadeia alimentar do falcão das Ilhas Maurício, substituindo palmeira nativa

<head></head><body>A natureza sobrevive graças a um perfeito e delicadíssimo equilíbrio entre a interação das espécies. Sendo assim, não são raros os casos em que a interferência humana tenha causado prejuízos a animais e plantas — e um dos casos mais intrigantes é a interação do falcão-das-ilhas-maurício com as <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119351-o-que-sao-especies-invasoras.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">espécies invasoras</a> introduzidas no país.Localizado no oceano Índico, as Ilhas Maurício formam um pequeno país africano, situado a 800 km da costa do continente. Esse país chama a atenção de turistas de todo o mundo devido à sua beleza e natureza deslumbrante.Contudo, esse paraíso lida com desafios ambientais quando o assunto é proteger sua biodiversidade única. O falcão-das-ilhas-maurício (Falco punctatus) é um animal encontrado apenas nesse conjunto de ilhas.Quando os primeiros colonizadores chegaram ao local, trouxeram consigo ratos, gatos, espécies exóticas de plantas e venenos. A entrada desses seres causou um grande desequilíbrio ambiental que quase extinguiu os falcões, enquanto os venenos enfraqueceram as cascas dos ovos das aves. No pior período, existiam apenas quatro falcões vivos.Com um trabalho intenso de pesquisadores a população em cativeiro desses pássaros chegou a mil exemplares — e parte dessa conquista se deve a uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/124292-5-especies-invasoras-do-brasil-que-causam-desequilibro-ambiental.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">espécie invasora</a> de planta: a árvore-do-viajante<h2>Árvore-do-viajante salvou falcões, mas pode eliminar inúmeros outros animais</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Reprodução: Hakai Magazine&nbsp;" data-fonte-url="https://hakaimagazine-com.translate.goog/wp-content/uploads/bodyphoto1.jpg?_x_tr_sl=auto&amp;_x_tr_tl=pt&amp;_x_tr_hl=pt-BR&amp;_x_tr_pto=wapp"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/03/03143835978234.jpg" alt="Falcões nativos das Ilhas Maurício. Reprodução: Hakai Magazine">Falcões nativos das Ilhas Maurício. Reprodução: Hakai MagazineOs falcões-das-ilha-maurício foram duramente afetados pelo desequilíbrio ambiental, pois sua principal fonte de alimento é a lagartixa-de-cauda-azul. Essa lagartixa é rica em cálcio, essencial para a boa formação dos ovos das aves.Todavia, a lagartixa dependia de uma espécie nativa de palmeira que não só servia de abrigo, como atraía os insetos que alimentavam esse animal — e é aí que mora o problema.Com a chegada dos europeus, os ratos passaram a se alimentar das sementes dessas palmeiras e o plantio de outras espécies de plantas fez com que as palmeiras nativas se tornassem raras, o que criou um efeito dominó no ecossistema que terminou atingindo os famosos falcões.No entanto, uma espécie invasora acabou se revelando uma aliada dos falcões. A árvore-do-viajante é uma espécie nativa de Madagascar. Suas folhas lembram a das bananeiras e elas crescem como um leque.Essa planta passou a servir como moradia das lagartixas, pois também atraia insetos, o que ajudou a aumentar o número de falcões.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Reprodução: Hakai Magazine&nbsp;" data-fonte-url="https://hakaimagazine-com.translate.goog/wp-content/uploads/bodyphoto-2.jpg?_x_tr_sl=auto&amp;_x_tr_tl=pt&amp;_x_tr_hl=pt-BR&amp;_x_tr_pto=wapp"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/03/03143731550233.jpg" alt="Lagartixa nativa que serve como principal alimento dos falcões. Reprodução: Hakai Magazine">Lagartixa nativa que serve como principal alimento dos falcões. Reprodução: Hakai MagazineO problema é que por não ser nativa, a planta acabou prejudicando outras espécies de aves, além de insetos e morcegos. Ao crescer descontroladamente, o vegetal reduz a oferta de sementes e flores nativas que servem de alimentos para esses animais.<h2>Eliminar planta que salvou os falcões será necessário</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/03/03143938475237.jpg" alt="Árvore-do-viajante. Fonte: Getty Images">Árvore-do-viajante. Fonte: Getty ImagesPesquisadores concordam que é preciso eliminar espécies invasoras, como a árvore-do-viajante e a goiabeira — sim, a goiabeira brasileira também se tornou um problema nesse país.A questão é que se fizerem isso de forma acelerada, o falcão tende a desaparecer, já que sua pequena população está caindo. Se fizerem isso de forma muito lenta, pode ser difícil vencer o ritmo de crescimento das plantas invasoras, o que extinguiria morcegos, insetos e outras aves.É muito difícil vencer nesse cenário, o que mostra o quão delicado é o equilíbrio ambiental.</body>

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Planta invasora salva falcão da extinção, mas está matando outros bichos

Imagem de Pássaro rosa raro é avistado no Wisconsin após 178 anos no megacurioso

Acostumado com regiões mais quentes ao sul dos Estados Unidos, espécime de colhereiro-róseo não era visto perto da região de Green Bay há séculos

<head></head><body>Uma visita surpreendente chocou os habitantes do estado do Wisconsin, nos <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/125503-8-paises-que-uma-simples-visita-te-banira-dos-eua-para-sempre.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Estados Unidos</a>, durante os últimos dias. Recentemente, um colhereiro-róseo foi avistado rondando perto de Green Bay, no nordeste da região. Essa é uma notável ave pernalta aquática com um bico largo e achatado, a qual chama bastante atenção por sua coloração rosa bem distinta.A ocorrência marca a primeira vez que alguém relatou ter visto um colhereiro no Wisconsin desde 1845, quando uma dessas aves foi encontrada morta na região de Rock County. Sendo assim, foram necessários 178 anos para que um espécime aparecesse no estado. Saiba mais sobre o caso nos próximos parágrafos!<h2>A vida dos colhereiros</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/02/02183226839414.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Avistar um colhereiro-róseo nos estados mais ao norte dos EUA é algo extremamente incomum. Normalmente, essas <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119163-4-curiosidades-sobre-aves-que-nao-voam.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">aves</a> passam o maior tempo de suas vidas em climas mais quentes do sul ao longo do Golfo do México, como o sudoeste da Flórida e o sudoeste do Texas. Além disso, esses são animais bem comuns em partes da América Central e da América do Sul.Portanto, ainda não está claro como e por que um colhereiro acabou parando no Wisconsin, onde foi visto ao lado de outras aves aquáticas na Área de Conservação Ken Euers e também na área de restauração de Cat Island. Contudo, não é tão raro que pássaros se percam em seus voos de migração.Em 2023, o clima tempestuoso na região pode ter empurrado alguns colhereiros como este, o qual acredita-se ser um jovem, para longe de seus habitats naturais. Por coincidência, outros dois colhereiros também foram vistos recentemente em Washington, DC — outra região dos Estados Unidos que não está muito habituada em ter a espécie por perto.<h2>Mudança para o norte</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/02/02183247765416.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Embora a presença de um colhereiro-róseo no Wisconsin seja algo não visto há quase dois séculos, tais avistamentos não são totalmente inéditos no norte dos EUA. Em 2018 e em 2021, estudos registraram um número maior do que o normal dessas aves mudando-se para os estados na parte de cima do país.Esses pássaros tropicais foram avistados em áreas como New England e os chamados Grandes Lagos, com algumas aparições em Long Island, no estado de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125224-nova-york-pode-estar-afundando-por-causa-do-peso-dos-edificios.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Nova York</a>. Eventos generalizados desse tipo, segundo pesquisadores, podem ser motivados por uma temporada de reprodução bem-sucedida de colhereiros em seu habitat natural mais ao sul.Quando as aves se multiplicam rapidamente e observam um aumento espontâneo de sua população, é comum que alguns jovens voem mais longe do que o normal para buscar alimentos. Logo, isso aumenta as chances de que observadores de aves encontrem colhereiros em estados inusitados.“Encontrar pássaros como este é como uma caça ao tesouro”, afirmou Adam Sinkula, um observador do Wisconsin, em entrevista ao canal Fox 11 News. Os sortudos que tiveram a chance de ver essa belíssima criatura de perto devem agradecer pela oportunidade, uma vez que não existem garantias de que os colhereiros-róseos voltarão para a região tão cedo.</body>

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Pássaro rosa raro é avistado no Wisconsin após 178 anos

Imagem de Estudo alerta que as correntes oceânicas entrarão em colapso até 2025 no megacurioso

Mas quais são as consequências disso para a humanidade e o planeta?

<head></head><body>As correntes oceânicas são fluxos contínuos e direcionados de água, responsáveis não só por movimentar em grande escala a água, mas também por transportar calor, sal, nutrientes e até mesmo organismos ao longo de extensas regiões marítimas.A Circulação Meridional do Atlântico (AMOC) é uma parte essencial desse sistema de circulação global. Trata-se de um complexo processo de movimentação vertical e horizontal da água ao longo das latitudes, com trocas de água quente e fria entre regiões equatoriais e polares. Essa circulação tem um papel crucial na regulação do clima e das <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122626-o-que-acontece-se-for-acionada-a-declaracao-de-emergencia-climatica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">condições climáticas</a> de várias regiões do mundo.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/01/01101431789068.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Uma pesquisa publicada em julho desse ano na revista Nature indicou que esse delicado sistema climático da Terra está em perigo extremo. Os pesquisadores estimam que a água derretida, oriunda de mudanças climáticas, possa interromper tanto as correntes oceânicas que elas deixem de funcionar corretamente até 2025.Estima-se que há 95% de chance de a humanidade passar por esse perigoso período de transição em algum momento entre 2025 e 2095.O que acontecerá com o planeta se houver o colapso das correntes oceânicas?<h2>O que acontece</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/01/01101535418070.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Primeiro, vale pontuar que a AMOC envolve um sistema de afundamento de água fria nas regiões polares, conhecido como "formação de água profunda". Essa água fria e densa, originada em sua maioria no Oceano Ártico e na região da Islândia, afunda em direção às profundezas do oceano e flui de volta para as regiões tropicais, assim completando o ciclo da circulação meridional.A AMOC é uma parte importante do Sistema de Circulação Termohalina, considerada uma espécie de "esteira rolante" que percorre os oceanos, transportando água quente e fria; desempenhando um papel fundamental na distribuição de calor e nutrientes pelo globo. Sendo assim, ela tem um impacto significativo no clima e nas condições climáticas em várias regiões do globo.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/01/01102111986080.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Se esse sistema entra em colapso devido a um influxo repentino de água doce da Groenlândia, impedindo que a água salgada afunde como costuma fazer, as pessoas da Europa, por exemplo, experimentariam mudanças extremas no clima. A interrupção repentina no fluxo da Corrente do Golfo pode causar um retorno às condições semelhantes à era do gelo no lado norte da Terra.Nada ironicamente, a última vez que a AMOC enfraqueceu foi durante o último período glacial, cerca de 12 mil anos atrás. O episódio ficou conhecido como Evento Heinrich, quando milhares de icebergs e sedimentos foram liberados no Oceano Atlântico Norte.<h2>Congelando a Europa</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/01/01101828260073.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)A princípio, os pesquisadores acreditam que a Europa seja a mais afetada porque o continente deveria ser muito mais frio do que é, devido a sua latitude. Afinal, são apenas as correntes oceânicas que impedem o continente de ser envolvido por condições glaciais. O Reino Unido, por exemplo, é paralelo ao norte do Canadá, mas não fica tão frio quanto.&nbsp;Segundo o cientista climático Peter Ditlevsen, em entrevista à Vice, é possível que tenhamos um clima na Europa Ocidental mais parecido com o clima do Alasca. Nos trópicos, no entanto, as temperaturas continuariam a subir.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/01/01102012563078.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)A alteração no ciclo AMOC significa também que todos os sistemas meteorológicos do mundo serão drasticamente afetados. Qualquer interrupção alterará os padrões de chuva em todo o planeta, mudando a maneira como as monções tropicais se comportam. Os pesquisadores que compuseram o estudo da Nature estimaram que uma queda potencial das chuvas pode levar à fome em massa em toda a África e Ásia, à medida que as colheitas começarem a falhar.A América também seria atingida pelo desequilíbrio do AMOC, sobretudo os EUA. No oeste e na região central do país, é provável uma queda nas chuvas sazonais e uma alta probabilidade de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125218-por-que-a-europa-esta-secando.htm#:~:text=O%20fen%C3%B4meno%20ocorre%20quando%20uma,remontam%20%C3%A0%20%C3%A9poca%20da%20coloniza%C3%A7%C3%A3o." rel="noopener noreferrer" target="_blank">seca</a>. Já na Costa Leste, furacões violentos deverão se tornar mais comuns, interrompendo vidas e causando danos financeiros incalculáveis.</body>

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Estudo alerta que as correntes oceânicas entrarão em colapso até 2025

Imagem de Corpo de alpinista é encontrado em geleira após quase 40 anos no megacurioso

Testes de DNA feitos em cadáver descoberto em uma geleira no sudeste do pico Matterhorn, na Suíça, apontam para alpinista alemão desaparecido em 1986

<head></head><body>Recentemente, os restos mortais de um humano foram encontrados em uma geleira perto do famoso pico Matterhorn na Suíça. Os testes de DNA feitos no material biológico confirmaram que o cadáver em questão é de um alpinista alemão que teria <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/123897-o-misterioso-desaparecimento-do-maior-cantor-dos-anos-1940.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">desaparecido</a> na região em 1986.Na visão dos pesquisadores, a descoberta é apenas a mais recente de uma série de segredos escondidos nas geleiras alpinas — os quais estão surgindo aos poucos por conta das mudanças climáticas. O corpo foi encontrado ainda no início de julho por alpinistas que cruzavam a geleira Theodul, acima da comuna de Zermatt. Entenda mais sobre o caso!<h2>Busca pelo cadáver</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Polícia Suíça/Divulgação&nbsp;" data-fonte-url="https://ichef.bbci.co.uk/news/976/cpsprodpb/14DED/production/_130558458_a66bfffd7a910c5cb4b10d1ead371208666c09b30_0_1600_9001000x563.jpg.webp"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/01/01171437868375.jpg" alt="(Fonte: Polícia Suíça/Divulgação)">(Fonte: Polícia Suíça/Divulgação)Enquanto passeavam pela região, um grupo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116000-cabra-mumificada-de-400-anos-e-encontrada-por-alpinista-na-italia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">alpinistas</a> identificou uma bota de caminhada e crampons, uma peça feita para ajudar na escalada, emergindo do gelo. Rapidamente, o grupo acionou as autoridades locais, que logo fizeram os primeiros testes para identificar de quem era o cadáver em questão.A análise de DNA mostrou que o corpo era de um alpinista alemão desaparecido há 37 anos. Na época de seu sumiço, uma grande operação de busca foi feita para tentar resgatá-lo, mas não foi possível encontrar qualquer resquício do aventureiro. A polícia da Suíça não quis revelar o nome do alpinista, mas afirmou que o rapaz tinha 38 anos quando sumiu durante uma caminhada.A geleira Theodul, assim como as geleiras dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/123781-5-fatos-megacuriosos-sobre-os-alpes.htm#:~:text=Uma%20dessas%20tradi%C3%A7%C3%B5es%20%C3%A9%20a,das%20rainhas%2C%20em%20tradu%C3%A7%C3%A3o%20livre." rel="noopener noreferrer" target="_blank">Alpes</a>, tem demonstrado um recuo expressivo nos últimos anos — resultado do iminente aquecimento global que atinge a Terra. Ela faz parte de uma famosa região suíça de esqui, a qual recebe visitantes durante todo o ano.&nbsp;Ao longo das últimas décadas, os campos de gelo alpinos têm se mostrado especialmente sensíveis ao derretimento. Até a década de 1980, Theodul ainda era conectada a geleira vizinha Gorner. No entanto, as peças de gelo se separaram e foram se afastando aos poucos por conta dos aumentos de temperatura.&nbsp;<h2>Descobertas nas geleiras</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/01/01171504075378.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Quase todo verão, o derretimento do gelo nessa parte do mundo tem mostrado descobertas surpreendentes ou alguém que ficou perdido por décadas. Em 2022, os destroços de um avião que caiu em 1968 acabaram emergindo na geleira Aletsch. Em 2014, por sua vez, o corpo do alpinista britânico Jonathan Conville foi descoberto por um piloto de helicóptero que sobrevoava a região de Matterhorn. Conville estava sumido desde 1979.Um ano depois, mais dois alpinistas japoneses foram descobertos na borda da geleira Matterhorn. A dupla havia desaparecido em uma tempestade de neve em 1970. O derretimento na região tem sido tão intenso que até mesmo a fronteira entre Suíça e Itália foi alterada por conta disso.A fronteira foi originalmente estabelecida na divisão de drenagem, ou o ponto em que a água derretida desce em direção a um país ou outro. Com o encolhimento da geleira, isso significa que a posição da divisão de drenagem também foi alterada. O famoso chalé italiano Rifugio Guide del Celvino, por exemplo, agora está tecnicamente dentro da Suíça.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:03.212Z

Corpo de alpinista é encontrado em geleira após quase 40 anos

Imagem de Por que não jogar óleo de cozinha na pia e como descartá-lo corretamente? no megacurioso

Empresas têm criado novas formas para descartar o óleo usado em frituras, evitando que ele seja jogado na pia

<head></head><body>Embora as máquinas <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/125217-8-dicas-para-aproveitar-o-maximo-da-air-fryer.htm#:~:text=Os%20aparelhos%20air%20fryer%20reduziram,de%20maneiras%20de%20utiliz%C3%A1%2Dlas." rel="noopener noreferrer" target="_blank">air fryer</a> estejam cada vez mais populares, muita gente ainda acha que uma fritura tradicional é insubstituível. Aquele sabor crocante de algo que foi frito em uma panela cheia de óleo dourado borbulhante ainda está na preferência gastronômica de muitos de nós.Mas o que é gostoso ao paladar não é exatamente bom para o meio ambiente, e jogar fora o óleo da cozinha diretamente na pia ou no vaso pode ter consequências bem nocivas. Ocorre, no entanto, que quase ninguém sabe bem o que fazer com esse resíduo.<h2>Por que não se deve descartar óleo na pia?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/27/27195128934674.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)O <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/124311-qual-a-melhor-forma-de-se-descartar-oleo-de-cozinha-usado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">óleo de cozinha</a> não pode ser descartado da mesma forma que outros resíduos orgânicos, e muito menos jogado pelo ralo. A razão é que o óleo tem substâncias insolúveis em água, os lipídios, que podem obstruir os encanamentos e fazer o <a href="https://www.megacurioso.com.br/papo-de-bar/37604-10-coisas-surpreendentes-que-ja-foram-encontradas-no-esgoto.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">esgoto</a> transbordar — o que, certamente, é uma situação nem um pouco agradável. O entupimento pode ser também dentro de casa, atraindo pragas como baratas e ratos.Um dos problemas mais graves é que o óleo pode contaminar os rios, os córregos, os riachos e o mar. Os efeitos negativos ocorrem porque o óleo possui densidade menor que água. Por isso, ele permanece na superfície, dificultando a entrada de luz e as trocas gasosas entre a atmosfera e a água. Assim, o descarte acaba acarretando prejuízos no crescimento vegetal e causando um desequilíbrio ecológico.E há coisas ainda piores que podem ocorrer. O descarte incorreto pode causar a liberação de gás metano, o que colabora com o aumento do aquecimento global, além de impermeabilizar o solo, contribuindo para que ocorram mais enchentes.<h2>Então, o que fazer?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/27/27195157996675.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Mentes criativas estão pensando em soluções do que fazer com todo esse óleo descartado. A estratégia mais comum é a reciclagem. Ao invés de jogar na pia ou no <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/126839-por-que-nao-e-bom-forrar-o-vaso-sanitario-de-banheiros-publicos-com-papel-higienico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vaso sanitário</a>, as pessoas recolhem o material em garrafas e entregam em pontos de coleta. Empresas especializadas usam então esse conteúdo como matéria prima para novos produtos, como sabão, detergente, resina para tintas e até <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121437-8-combustiveis-usados-no-lugar-da-gasolina-mundo-afora.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">biodiesel</a>.Mas há outras empresas que estão sendo ainda mais inovadoras. Recentemente, a National Geographic revelou o surgimento de iniciativas que trabalham com produtos solidificantes de óleo, ou seja, que pegam a gordura hidrogenada e a endurecem para fazer outra coisa.Uma dessas empresas é a FryAway. Ela cria uma espécie de disco solidificado que vai endurecendo à medida que vai sendo esfriado. O que pode ser feito com esse material? Várias coisas: dá para encaminhá-lo para o aterro sanitário (os micróbios agirão mais rapidamente), para lubrificar dobradiças da casa, para fazer vela e também compor biodiesel.Caso o consumidor não tenha nojo, há até uma sugestão a mais: usar estes discos amarelados como se fossem frisbees. Só vale a pena lavar bem as mãos depois de brincar.</body>

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Por que não jogar óleo de cozinha na pia e como descartá-lo corretamente?

Imagem de Poeira do Saara remove metano da atmosfera, diz estudo no megacurioso

Segundo pesquisadores, a poeira gerada pelo deserto do Saara seria extremamente eficiente na remoção do metano na atmosfera da Terra

<head></head><body>Recentemente, um estudo publicado pela Escola de Ciências Marinhas e Atmosféricas da Stony Brook University revelou que a poeira gerada pelo deserto do Saara é muito eficiente na remoção do metano na atmosfera do nosso planeta. O metano é um potente <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119719-como-os-cientistas-descobriram-o-efeito-estufa.htm#:~:text=Cat%C3%A1strofe%20ecol%C3%B3gica,-(Fonte%3A%20Pixabay)&amp;text=No%20s%C3%A9culo%20XIX%2C%20as%20atividades,comp%C3%B5em%20o%20ar%20da%20Terra." rel="noopener noreferrer" target="_blank">gás de efeito estufa</a> (GEE), potencialmente responsável por até um terço do aquecimento global, estimam alguns cientistas.Conforme relatado em pesquisa divulgada no PNAS, quando a poeira mineral se mistura com o spray do mar para formar o aerossol de spray mineral-poeira do mar (MDSA), a luz solar ativa esse composto para produzir uma abundância de átomos de cloro que mitigam os efeitos totais do metano.<h2>Salvando a atmosfera</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/31/31013106735005.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Em 2003, um grupo de pesquisas observou o papel do monóxido de carbono atmosférico e seus isótopos estáveis (13CO) na atmosfera. Nesse artigo, os autores levantaram a hipótese de que as mudanças sazonais observadas na abundância de 13C no monóxido de carbono atmosférico indicaram que átomos de cloro estavam reagindo com <a href="http://ciencia/113545-efeito-estufa-humanos-emitem-mais-metano-do-que-se-pensava.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">metano</a>.No entanto, nenhum outro estudo conseguiu explicar o porquê de estar ocorrendo um grau de esgotamento do 13CO na atmosfera. Então, em um novo estudo, o coautor John E. Mak e seus colegas concluíram que a fonte dominante de cloro atmosférico —responsável por toda a interação entre os átomos — estava localizada sobre o Atlântico Norte.Com isso em mente, os cientistas desenvolveram um modelo químico-climático em 3D para compreender esse fenômeno atmosférico. Foi descoberto que, quando acontece um aumento de cloro no mecanismo MDSA, ocorre uma perda de elementos essenciais no monóxido de carbono — limpando a atmosfera do metano.<h2>Influência do Saara</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/31/31013155688007.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Em relatório oficial, os pesquisadores envolvidos no estudo afirmaram que tal modelo químico-climático demonstra um forte grau de participação do deserto do Saara na limpeza da atmosfera. “Demonstramos um mecanismo no qual uma mistura de poeira do Saara e aerossol de spray marinho ativado pela luz solar produz grandes quantidades de cloro ativo”, escreveram.Esse mecanismo seria a solução para uma série de observações que eram inexplicáveis até então, mudando completamente a compreensão científica do cloro atmosférico. Caso o efeito MDSA observado no Atlântico Norte seja extrapolado no restante do mundo e seu grau de eficiência seja minimamente parecido, as concentrações de cloro atmosférico em escala global podem aumentar em aproximadamente 40% do que se previa anteriormente.Contudo, essas são áreas de estudo que ainda não foram muito bem compreendidas e necessitam pesquisas mais aprofundadas. De qualquer forma, incluir esse fator na modelagem global de metano pode potencialmente mudar completamente a compreensão cientifica que a humanidade tem a respeito das proporções relativas das fontes de emissão de metano na Terra.Esse modelo, dessa forma, se tornaria uma referência global para podermos atacar o núcleo das emissões de gases de efeito estufa no nosso planeta e possivelmente frear o aquecimento global.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:02.903Z

Poeira do Saara remove metano da atmosfera, diz estudo

Imagem de Linha de Wallace: o que é e como esse mistério geográfico pode ter sido resolvido no megacurioso

Conhecida por ser a fronteira que separa a Ásia da Australásia, a Linha de Wallace faz parte do motivo pelo qual não há coalas fora da Austrália

<head></head><body>Para quem já olhou um mapa-múndi de perto ou estudou o básico de geografia, provavelmente já deve ter notado que o mundo está cheio de linhas invisíveis que o separam — incluindo a linha do Equador e os trópicos de Câncer e Capricórnio. No entanto, uma dessas linhas tende a ser mais <a href="https://www.megacurioso.com.br/teorias-da-conspiracao/20031-4-enigmas-e-conspiracoes-da-antiguidade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">misteriosa</a> do que as demais: a Linha de Wallace.Essa linha imaginária começa no Oceano Índico, corta entre Bali e Lombok, contorna Bornéu e termina no leste das <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/125314-as-4-principais-semelhancas-entre-o-brasil-e-as-filipinas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Filipinas</a>. Descrita por Alfred Russel Wallace em 1859, no entanto, demorou muito tempo até os cientistas descobrirem o porquê de várias espécies de animais de ambos os lados simplesmente não cruzarem essa divisa. Contudo, novas respostas estão surgindo.<h2>Separação de espécies</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/28/28011114220002.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Em um contexto geral, a Linha de Wallace representa um limite muito real para a distribuição de animais no planeta. Por conta disso, espécies muito diferentes podem ser encontradas em lados opostos — mas jamais nos dois lados. Enquanto criaturas como cangurus e coalas são endêmicas da Austrália e não aparecem em Bornéu, outras espécies que se originam no lado norte da linha simplesmente não cruzam essa fronteira.Essa assimetria na distribuição das espécies, inclusive, tem deixado os cientistas perplexos há anos. "Se você viajar para Bornéu, não verá nenhum mamífero marsupial, mas se for para a ilha vizinha de Sulawesi, verá. A Austrália, por outro lado, carece de mamíferos típicos da Ásia, como ursos, tigres ou rinocerontes", destacou o autor do estudo, Alex Skeels, em comunicado oficial.Porém, uma solução parece ter sido encontrada: placas tectônicas. Há dezenas de milhões de anos, essa área do planeta parecia muito diferente do que conhecemos hoje, com uma distância muito maior separando o sul da <a href="https://www.megacurioso.com.br/bizarro/42622-medo-e-morte-19-fotos-que-provam-que-a-natureza-na-australia-e-assustadora.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Austrália</a> da Ásia. Em algum período, a Austrália foi se separando da Antártica e deslocou-se para o norte, fazendo com que colidisse com a Ásia.<h2>Mudanças geográficas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/28/28011127081004.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)A colisão de Austrália e Ásia foi responsável pela criação das ilhas vulcânicas atualmente conhecidas como Indonésia. Essa fusão fez com que muitos mais grupos da fauna asiática cruzassem a Linha de Wallace e se estabelecessem na Austrália do que o contrário.A separação australiana da Antártida acabou criando uma nova passagem marítima muito mais fria, que gerou um resfriamento dramático do clima da Terra naquela época. Para entender essa migração de espécies, os pesquisadores da Universidade Nacional Australiana analisou de perto cerca de 20 mil espécies, incluindo aves, mamíferos, répteis e anfíbios.Durante a coleta de dados, os cientistas descobriram que as espécies que evoluíram na Austrália seca e árida eram menos capazes de sobreviver nas ilhas tropicais úmidas ao norte, enquanto as espécies com maior tolerância à precipitação tiveram mais sucesso fazendo o caminho reverso. Por esse motivo, a Austrália acabou ficando conhecida por ser uma região bastante singular em termos de animais curiosos.&nbsp;</body>

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Linha de Wallace: o que é e como esse mistério geográfico pode ter sido resolvido

Imagem de Rio Eufrates está secando: será que é sinal que o mundo vai acabar? no megacurioso

Surto de doenças e aumento de conflitos devem se tornar mais comuns na medida em que as mudanças climáticas agravam a seca do Rio Eufrates

<head></head><body>Quem já leu algo sobre a Mesopotâmia, o berço de antigas civilizações, deve se lembrar do grande papel que dois rios tinham naquele local, que faziam parte do "Crescente Fértil": os rios Tigre e Eufrates, que estão entre os maiores e mais antigos da Ásia Ocidental.Nascido onde hoje fica a Turquia, o Eufrates segue em direção da Síria e do Iraque, até que se une ao rio Tigre. Este, por sua vez, também tem sua nascente na Turquia, e segue seu percurso pelos mesmos países até o Chatt al-Arab, formado pela união dos dois rios, desembocar no golfo Pérsico.O passado em que suas águas teriam possibilitado o avanço das primeiras civilizações, e mesmo favorecido o desenvolvimento da agricultura, no entanto, parece cada vez mais distante, visto que as águas dos rios Eufrates e Tigre, outrora tão volumosas e cheias de vida, estão secando.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/26/26111031738104.jpg" alt="Os rios Tigre e Eufrates estão situados numa região que tende a ser bastante afetada pelas mudanças climáticas. (Fonte: Getty Images/Reprodução)">Os rios Tigre e Eufrates estão situados numa região que tende a ser bastante afetada pelas mudanças climáticas. (Fonte: Getty Images/Reprodução)<h2>O desaparecimento do rio Eufrates</h2>Para se ter uma ideia da gravidade que isso representa, o Ministério de Recursos Hídricos do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124609-arqueologos-encontram-taverna-de-5-mil-anos-no-iraque.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Iraque</a> afirmou que, mantido esse ritmo, o Eufrates estará completamente seco até 2040. Apesar do seu expressivo potencial energético, dada a existência de reservas de gás natural e petróleo em seu território, o país enfrenta grandes dificuldades.Considerado o quinto país do mundo mais suscetível às mudanças climáticas, o Iraque segue marcado por instabilidades, somada à invasão norte-americana em 2003 que agravou a crise interna e os entraves econômicos que geram impactos ainda hoje.&nbsp;O governo, no entanto, segue à procura por soluções, o que tem motivado a busca por um acordo com a Turquia que ofereça uma melhor divisão de recursos hídricos — o que ainda permanece sem um desfecho.Já na Síria, o rio Eufrates não desempenha um papel menos importante: estima-se que 85% da água destinada à agricultura seja proveniente dele. Considerada a principal fonte de água doce da região, em meio ao seu desaparecimento, são muitos os impactos enfrentados num local com infraestrutura bastante fragilizada desde o início da <a href="https://www.megacurioso.com.br/guerras/99484-20-imagens-que-mostram-o-antes-e-o-depois-da-guerra-civil-da-siria.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">guerra civil</a> no país.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/26/26111135352106.jpg" alt="Escassez de água amplia o risco de conflitos na região. (Fonte: Getty Images/Reprodução)">Escassez de água amplia o risco de conflitos na região. (Fonte: Getty Images/Reprodução)<h2>Impactos da falta de água</h2>Conjuntamente, além de inviabilizar a permanência da população na região e perpetuar a fome, a ausência de recursos hídricos se reflete num menor acesso ao saneamento básico. Na prática, isso significa uma maior difusão de doenças. Na Síria, um surto de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/119553-o-medico-que-descobriu-como-a-colera-contaminava-as-pessoas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cólera</a> segue se alastrando desde o final de agosto de 2022, quando os primeiros casos foram notificados.Há dois motivos sendo apontados como os principais agravantes para a seca do rio Eufrates: a má gestão da água, refletida tanto na poluição quanto no desperdício de recursos; e as mudanças climáticas, visto que a redução gradual dos índices pluviométricos e períodos de seca mais prolongados já fazem parte da realidade da região.Graças às medições realizadas, já sabemos que no último século a média da temperatura na Síria alcançou o aumento de 1 °C. Além disso, entre 2003 e 2013, o fluxo dos rios Tigre e Eufrates se reduziu quase pela metade nos anos mais secos. No início deste ano, apenas 30% do volume médio do Eufrates chegava ao Iraque, o que evidencia o nível alarmante em que a situação já se encontra.</body>

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Rio Eufrates está secando: será que é sinal que o mundo vai acabar?

Imagem de Papagaio que não voa reaparece na Nova Zelândia após 40 anos no megacurioso

De acordo com pesquisadores, os adoráveis papagaios cácapo foram caçados à beira da extinção e sumiram do mapa por décadas

<head></head><body>Como um sinal de que a natureza está se curando, a curiosa espécie de papagaio que não voa cácapo retornará à Nova Zelândia após passar 40 anos criticamente ameaçado de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123494-6-animais-incriveis-que-ressurgiram-depois-da-extincao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">extinção</a>. Os animais, que eram considerados bastantes comuns no continente oceânico, viveram pela última vez no seu país de origem na década de 1980.A última vez que um deles esteve presente na Ilha do Norte, no entanto, foi na década de 1960, quando cinco espécimes viviam em cativeiro. Atualmente, os cácapos vivem apenas em cinco ilhas costeiras. Contudo, um novo projeto feito pelo Departamento de Conservação da Nova Zelândia pretende reverter o cenário.<h2>A vida dos cácapos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/26/26025342468002.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Em parceria com a tribo Ngai Tahu da Ilha Sul, o Departamento de Conservação da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118796-10-curiosidades-sobre-a-nova-zelandia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Nova Zelândia</a> está transferindo quatro cácapos machos da ilha de Whenua Hou para Maungatautari, em Waikato. O foco principal do projeto não é para que essas aves se reproduzam, mas sim aprender quais tipos de novos habitats, fora das ilhas offshore, eles podem viver.Essa translocação segue décadas de trabalho de conservação por meio do Programa de Recuperação Cácapo, um esforço científico moderno para ajudar a trazer as espécies icônicas do país de volta da extinção. Entre 2016 e 2022, a população desses <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/125551-papagaio-cacatua-e-outras-8-especies-de-passaros-falantes-de-estimacao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">papagaios</a> que não voam dobrou e atingiu um máximo de 252 aves.Na visão dos pesquisadores, devolver este animal noturno criticamente ameaçado de volta ao continente é significativo para a história do país e um case de sucesso compartilhado por todos os parceiros envolvidos. Em 1995, para se ter ideia, existiam apenas 51 cácapos no mundo todo.<h2>Próximos passos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/26/26025423670003.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Para os cientistas envolvidos no caso, devolver os cácapos ao seu habitat natural no continente em populações controladas tem sido um objetivo há muito tempo. No entanto, eles precisam garantir que as aves terão um habitat livre de predadores mamíferos introduzidos, como os ratos de navios fugitivos.A translocação dos primeiros espécimes será marcada com uma cerimônia de boas-vindas maori chamada powhiri, seguida pela libertação dos animais em Maungatautari. A cerimônia pretende reconhecer o esforço feito por todas as instituições envolvidas no processo e grupos que desempenharam um papel crítico na conservação desses papagaios.Um ponto positivo para essa transferência é que os cácapos são aves especialistas em camuflagem, o que dificulta serem atingidos por predadores e também identificados por humanos na natureza. No entanto, quem estiver pela região muito provavelmente poderá ouvir o canto dos cácapos — que possuem uma "estrondosa" canção distinta.O objetivo é que Maungatautari torne-se um verdadeiro santuário para esses animais, onde podem viver tranquilamente longe de serem caçados. Porém, os pesquisadores ainda não sabem ao certo se eles conseguirão se estabelecer na região a longo prazo. Nesse sentido, a espera pelas futuras temporadas de reprodução da espécie será crucial para o sucesso da missão.</body>

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Papagaio que não voa reaparece na Nova Zelândia após 40 anos

Imagem de Vagalhões: 6 fatos surpreendentes sobre ondas traiçoeiras no megacurioso

Conhecidas por serem ondas anormalmente grandes e imprevisíveis, acredita-se que os vagalhões já foram responsáveis por vários naufrágios

<head></head><body>As grandes ondas traiçoeiras, também chamadas de vagalhões, há muito tempo chamam atenção por serem o terror de marinheiros e um grande objeto de estudo para entusiastas do mar. Essas ondas enormes e imponentes, ao que tudo indica, surgem do nada e representam uma enorme ameaça para todos ao seu redor.Inclusive, elas são conhecidas por causarem vários naufrágios, destruírem estruturas offshore e até mesmo atingindo pessoas que estavam pelo caminho. Quer saber mais sobre esse incrível fenômeno da natureza? Então veja só seis fatos surpreendentes a respeito dessas ondas colossais!<h2>1. Paredes d'água</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/17/17023309963000.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)É muito comum que alguns pesquisadores descrevam os vagalhões como verdadeiras paredes d'água, uma vez que essas ondas rebeldes são extremamente grandes e poderosas — aparecendo repentinamente em águas abertas. Inclusive, elas superam a altura média das ondas de onde surgem em pelo menos o dobro de altura.&nbsp;Embora não exista um limite específico para a altura de um vagalhão, as ondas traiçoeiras já foram observadas tendo entre 8 e 30 metros. Esses corpos de água são caracterizados por sua inclinação, cristas afiadas e imenso poder destrutivo, tornando-os um grande objeto de medo e fascínio.<h2>2. Diferença para tsunamis</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/17/17023325890003.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Embora apresentem tamanhos colossais, os vagalhões não podem ser chamados de maremotos ou tsunamis. O motivo? Apesar dos efeitos devastadores semelhantes, cada uma dessas ondas possui características e causas distintas. Um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120027-tsunami-no-brasil-isso-ja-aconteceu-em-1755.htm#:~:text=Um%20tsunami%20que%20atravessou%20o%20Atl%C3%A2ntico&amp;text=O%20abalo%2C%20que%20ocorreu%20em,para%20causar%20uma%20grande%20cat%C3%A1strofe." rel="noopener noreferrer" target="_blank">tsunami</a>, por exemplo, é resultado de um terremoto submarino, erupção vulcânica ou deslizamento de terra — o que causa ondas incrivelmente poderosas e de longo alcance.Já as ondas traiçoeiras, por sua vez, são causadas pelas interações gravitacionais entre Terra, Lua e Sol, o que impacta na maré dos oceanos. Assim, fluxos repentinos de água podem surgir em rios ou baías estreitas, criando uma onda de tamanho inesperado.<h2>3. Força de destruição</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/17/17023356028005.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Os navios mais modernos e estruturas offshore, como <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124795-os-problemas-destrutivos-e-mortais-da-perfuracao-por-petroleo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">plataformas de petróleo</a>, são construídos para resistir às condições esperadas do mar, o que pode incluir o cálculo de ondas com alturas máximas de 15 metros. No entanto, um vagalhão pode facilmente ultrapassar essa barreira e virar um grande problema.Em 2022, por exemplo, uma onda colossal atingiu um navio de cruzeiro chamado "Viking Polaris" em uma viagem à Antártida, matando um passageiro e ferindo quatro. Além disso, diversas janelas e outras partes da embarcação foram completamente destruídas.&nbsp;<h2>4. Quantidade de ondas traiçoeiras</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/17/17023415763007.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Se tudo que você leu até agora te causou grande espanto, esteja preparado para a próxima informação: os vagalhões são mais comuns do que uma pessoa pode imaginar. Se um dia essas ondas foram consideradas raras e míticas, atualmente sabemos que uma a cada 10 mil ondas no mundo é uma onda traiçoeira.&nbsp;Um estudo feito em 2019 analisou 22 anos de medições coletadas por boias no mar. Os dados mostram que o número dessas ondas colossais só aumentou entre 1994 e 2016. Porém, tentar entender esse fenômeno da natureza é extremamente difícil pelo seu caráter imprevisível.<h2>5. Regiões mais afetadas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/17/17023437043009.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Até onde se sabe, existem algumas partes do mundo que estão mais suscetíveis a sofrer com o aparecimento de um vagalhão. Entre elas está a costa sudeste da África do Sul, onde flui a corrente das agulhas. Outra parte bem afetada é o oceano Atlântico Norte, onde convergem a poderosa Corrente do Golfo e outras grandes correntes oceânicas.Partes dos oceanos Atlântico Sul, Índico e Pacífico já registraram alguns bons números dessas ondas massivas e letais.<h2>6. Influência em naufrágios</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/17/17023449510011.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Em casos extremos, um vagalhão pode ser tão potente ao ponto de afundar um navio inteiro no oceano. Embora ainda não existam dados concretos sobre esses números, diversos estudos históricos atribuíram alguns <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124658-naufragios-como-funciona-a-degradacao-de-materiais-no-mar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">naufrágios</a> marcantes ao fenômeno natural.O misterioso desaparecimento do USS Cyclops em 1918, por exemplo, pode muito bem ter sido resultado de uma onda traiçoeira que fraturou o casco da embarcação e fez com que sua pesada carga de minério manganês fosse arrastada para as profundezas do mar.&nbsp;</body>

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