Imagem de Pesquisa desenvolve tinta branca que reduz uso de ar-condicionado no megacurioso

Objetivo da nova pintura é refletir a luz solar das paredes dos edifícios e aumentar a refrigeração natural do local, segundo cientistas

A Universidade de Purdue, nos Estados Unidos, entrou para o Guinness World Records&nbsp;como respons&aacute;veis por criar a tinta mais branca do mundo. De acordo com os cientistas respons&aacute;veis pelo projeto, a pintura foi criada com o objetivo de diminuir a necessidade da presen&ccedil;a de&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/papo-de-bar/37339-agua-que-escorre-do-ar-condicionado-e-boa-para-beber-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ar-condicionado</a> em edif&iacute;cios, uma vez que essa cor reflete a luz solar e aumenta a refrigera&ccedil;&atilde;o natural.
O projeto foi inven&ccedil;&atilde;o de Xiulin Ruan, professor de Engenharia Mec&acirc;nica na institui&ccedil;&atilde;o, e seus alunos. Conforme divulgado pela universidade, esse foi o resultado de um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116693-engenheiros-desenvolvem-tinta-que-reduz-o-uso-de-ar-condicionado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">trabalho de 7 anos</a>, com o objetivo de economizar energia e combater as mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas.
<h2>Absorvendo menos luz</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/21/21165151522328.jpg" alt="(Fonte: Universidade de Purdue/Divulga&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Universidade de Purdue/Divulga&ccedil;&atilde;o)
A tinta desenvolvida por Ruan tem propriedades realmente &uacute;nicas, al&eacute;m de refletir 98,1% da radia&ccedil;&atilde;o solar, ela &eacute; capaz de emitir calor infravermelho. Pelo fato de absorver menos calor solar do que consegue emitir, qualquer superf&iacute;cie revestida com esse tipo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118434-van-gogh-por-que-o-pintor-bebia-tinta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tinta</a> se torna capaz de permanecer mais gelada do que a temperatura ambiente sem necessidade do uso de energia el&eacute;trica.
Normalmente, as tintas brancas comerciais encontradas em lojas de material para constru&ccedil;&atilde;o aquecem mais do que conseguem se resfriar. Em m&eacute;dia, a maioria das tintas dispon&iacute;veis no mercado s&atilde;o feitas para refletir apenas uma taxa de 80% a 90% da luz solar. Dessa forma, n&atilde;o conseguem de fato resfriar o ambiente.
De acordo com os testes conduzidos em temperatura ambiente, os cientistas observaram que a tinta especial era capaz de baixar a temperatura de uma superf&iacute;cie em at&eacute; 7 &deg;C. "Isso &eacute; mais poderoso do que os aparelhos de ar-condicionado encontrados na maioria das casas", ressaltou Ruan.
<h2>Economia de energia</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Universidade de Purdue/Divulga&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://www.businessinsider.in/thumb/msid-86359565,width-700,resizemode-4,imgsize-54158/science/environment/news/researchers-develop-the-whitest-paint-in-the-world-that-could-eliminate-the-need-for-air-conditioning/white-paint.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/21/21165221709329.webp" alt="(Fonte: Universidade de Purdue/Divulga&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Universidade de Purdue/Divulga&ccedil;&atilde;o)
Caso essa tinta seja usada para cobrir um telhado de 92 m&sup2;, os estudos conduzidos pela Universidade de Purdue indicam que ela seria capaz de gerar uma economia de at&eacute; 10 quilowatts. No total de 1 ano, isso representaria uma significativa economia financeira e ambiental.&nbsp;
O motivo para a tinta ser t&atilde;o branca ocorre pela sua enorme concentra&ccedil;&atilde;o de uma subst&acirc;ncia chamada sulfato de b&aacute;rio, um produto qu&iacute;mico usado em papel fotogr&aacute;fico e cosm&eacute;ticos. Quanto maior for a concentra&ccedil;&atilde;o desse elemento, mais capaz um objeto &eacute; de dispersar a luz solar.
Para o futuro, os pesquisadores j&aacute; trabalham com a possibilidade de encontrar parceiros para expandir o alcance comercial do produto criado em laborat&oacute;rio. Atualmente, a institui&ccedil;&atilde;o de ensino norte-americana j&aacute; entrou com um pedido de patente e aguarda respostas.&nbsp;

thumb-image-2024-02-29T14:05:46.469Z

Pesquisa desenvolve tinta branca que reduz o uso de ar-condicionado

Imagem de Bezerros aprendem a "usar banheiro" para diminuir impacto ambiental no megacurioso

O projeto inusitado foi realizado por cientistas da Alemanha e Nova Zelândia; será que os bezerros aprenderam?

A gente est&aacute; acostumado a ver cachorros e gatos treinados para fazer suas necessidades no lugar certo, mas n&atilde;o bezerros &mdash; j&aacute; que esses animais costumam viver em lugares onde isso n&atilde;o importa tanto assim. Por&eacute;m, cientistas da Universidade de Auckland (Nova Zel&acirc;ndia) e do Instituto Leibniz para Biologia de Animais de Fazenda (Alemanha) se uniram em um projeto para ensinar os bezerros a "usarem o banheiro". O motivo &eacute; o meio ambiente.
O problema &eacute; que o xixi das <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118598-aplicativo-usa-ia-para-medir-estado-emocional-de-vacas-e-porcos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vacas</a> tem grande concentra&ccedil;&atilde;o de nitrato, uma subst&acirc;ncia que, ao se decompor, acaba poluindo o solo e pode at&eacute; contaminar cursos de &aacute;gua pr&oacute;ximos. Al&eacute;m disso, ela produz &oacute;xido nitroso &mdash; um g&aacute;s que &eacute; 300 vezes pior para o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119719-como-os-cientistas-descobriram-o-efeito-estufa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">efeito estufa</a> do que o pr&oacute;prio CO2. Isso sem falar na am&ocirc;nia, outro componente t&oacute;xico.&nbsp;Enfim, o xixi da vaca &eacute; bastante letal e, por isso, os cientistas est&atilde;o buscando formas de concentr&aacute;-lo em uma latrina, onde possa ser tratado adequadamente.
<h2>Como ensinar os bezerros?</h2>
Os especialistas explicaram que o treinamento com os bezerros n&atilde;o &eacute; muito diferente de ensinar uma crian&ccedil;a a usar um penico, com recompensas e puni&ccedil;&otilde;es para acertos e erros.&nbsp;
O teste dos cientistas foi realizado com 16 bezerros, que ganhavam comida quando faziam xixi no lugar certo e eram esguichados com &aacute;gua fria quando erravam. O resultado foi muito bom: tr&ecirc;s quartos dos animais aprenderam direitinho, ap&oacute;s 15 dias. Ali&aacute;s, eu n&atilde;o duvido que os bezerros sejam mais eficientes do que certos homens na hora de acertar onde fazer <a href="https://www.megacurioso.com.br/nojento/98241-nojinho-5-formas-como-os-antigos-romanos-usavam-xixi-e-coco-no-dia-a-dia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">xixi</a>.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Chicago Sun Times/Reprodu&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://chicago.suntimes.com/2021/9/13/22672678/potty-trained-cows-mooloo-toilets-animal-behavior-research-lindsay-matthews-university-auckland"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/17/17200811693457.webp" alt="O bezerro bonzinho vai para a latrina... (Imagem: Chicago Sun Times/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />O bezerro bonzinho vai para a latrina. (Imagem: Chicago Sun Times/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Chicago Sun Times/Reprodu&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://chicago.suntimes.com/2021/9/13/22672678/potty-trained-cows-mooloo-toilets-animal-behavior-research-lindsay-matthews-university-auckland"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/17/17201011380458.jpeg" alt="...e ganha comida por fazer seu xixi no lugar certo (Imagem: Chicago Sun Times/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Nela, ganha comida por fazer seu xixi no lugar certo. (Imagem: Chicago Sun Times/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
De qualquer forma, os cientistas ficaram animados com o projeto, que recebeu o nome de MooLoo. Eles dizem que isso pode diminuir bastante as emiss&otilde;es de gases de efeito estufa. "Mostramos uma prova de conceito de que podemos treinar bezerros e trein&aacute;-los facilmente", afirmou o professor de Psicologia Douglas Elliffe, da Universidade de Auckland.&nbsp;
Parece que o teste foi t&atilde;o bem-sucedido que j&aacute; tem gente interessada em comprar o MooLoo: a ind&uacute;stria de latic&iacute;nios da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118796-10-curiosidades-sobre-a-nova-zelandia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Nova Zel&acirc;ndia</a> pode se adequar &agrave;s novas regras ambientais do pa&iacute;s com esse sistema. Que "bons garotos" esses bezerros!

thumb-image-2024-02-29T14:05:46.310Z

Bezerros aprendem a 'usar banheiro' para diminuir impacto ambiental

Imagem de A grande "Guerra dos Ovos" causou quase uma extinção na Califórnia no megacurioso

Quando a Corrida do Ouro nos EUA acabou, começou uma bem pior

Entre 1848 e 1855, mais de 300 mil pessoas buscando fazer fortuna com ouro migraram do mundo todo para a Calif&oacute;rnia, indo em dire&ccedil;&atilde;o &agrave; serraria Sutter&rsquo;s Mill (em Serra Nevada), onde o propriet&aacute;rio Joh Sutte havia encontrado ouro e dado in&iacute;cio &agrave; Grande Corrida do Ouro.
Os navios que tomaram conta da ba&iacute;a de S&atilde;o Francisco despejaram milhares de empres&aacute;rios, oper&aacute;rios, ladr&otilde;es e civis. Como consequ&ecirc;ncia direta, em 2 anos a cidade se tornou a que mais crescia no mundo, com uma popula&ccedil;&atilde;o que foi de 800 para mais de 20 mil pessoas.
No entanto, a falta de preparo para abarcar tanta gente prejudicou a ind&uacute;stria agr&iacute;cola da regi&atilde;o. Os trabalhadores do ramo n&atilde;o conseguiam acompanhar o afluxo de famintos, gerando escassez e aumento astron&ocirc;mico nos pre&ccedil;os dos alimentos.
<h2>A ilha dos mortos</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/09/09194355055442.jpg" alt="(Fonte: History 101/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: History 101/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Em 1857, quando o "furac&atilde;o" de homens famintos terminou de devastar S&atilde;o Francisco, a cidade come&ccedil;ou a sofrer com a perda do b&aacute;sico: os ovos de galinha. O rescaldo da Corrida do Ouro foi t&atilde;o impactante que o pre&ccedil;o dos ovos chegou a custar US$ 30 a unidade.
Ap&oacute;s anos falando em ouro, o assunto principal havia-se tornado os ovos. Para obt&ecirc;-los, as pessoas foram longe, mais do que deveriam, como fez o farmac&ecirc;utico Dr. Robinson, visando fazer fortuna extraindo ovos do &uacute;nico local que havia: as Ilhas Farallon.
Localizada a cerca de 40 quil&ocirc;metros da ponte Golden Gate, a cadeia de ilhotas &eacute; um local in&oacute;spito para os seres humanos, mas um santu&aacute;rio para p&aacute;ssaros marinhos e mam&iacute;feros. A tribo Miwok que habitava o norte da Calif&oacute;rnia, perto da costa, chamava o local de &ldquo;Ilhas dos Mortos&rdquo;.
Mas os cidad&atilde;os famintos de S&atilde;o Francisco s&oacute; tinham interesse no fato de a ilha hospedar a maior col&ocirc;nia de nidifica&ccedil;&atilde;o de aves marinhas dos Estados Unidos. A cada primavera, milhares de p&aacute;ssaros desciam nas ilhas proibidas e cobriam seus penhascos com ovos de todos os tamanhos.
<h2>A gan&acirc;ncia dos eggers</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Amusing Planet&nbsp;" data-fonte-url="https://2.bp.blogspot.com/-QqgpEsO9ChI/XUG8HwQjDnI/AAAAAAAAhEs/rfGRWebxuPky27M94MVEe_kQbPGIZQHjQCLcBGAs/s1600/farallon-egg-wars-5.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/09/09194449492443.jpg" alt="(Fonte: Amusing Planet/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Amusing Planet/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Em 1849, Robinson e seus homens tiveram que escalar rochas cobertas de guano, penhascos &iacute;ngremes &agrave; beira-mar e lutar contra gaivotas vorazes que tentavam proteger seus ninhos. Muitas pessoas morreram durante a tentativa, tanto na caravana feita pelo farmac&ecirc;utico como nas que vieram logo depois dele, &aacute;vidas por se alimentarem e tamb&eacute;m venderem mais do que os US$ 3 mil que o homem faturou.
Os eggers, como foram chamados os famintos aventureiros, buscavam todos os tipos de ovo, mas principalmente os ovos de murre. Isso porque eles s&atilde;o t&atilde;o comest&iacute;veis quanto os de galinha, mas s&atilde;o bem maiores.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/09/09194553414444.jpg" alt="(Fonte: NPR/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: NPR/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Entre 1849 e 1896, cerca de 14 milh&otilde;es de ovos de murre foram enviados para S&atilde;o Francisco em um sacrif&iacute;cio anual e cont&iacute;nuo dos eggers&nbsp;para alimentar os bolsos dos empres&aacute;rios. A guerra come&ccedil;ou de fato quando o mercado cresceu fora de controle e os empres&aacute;rios tiveram que prestar servi&ccedil;o &agrave; Pacific Egg Company, uma empresa fundada por seis homens que navegaram para a ilha em 1851 e se declararam propriet&aacute;rios por direito de posse.
Em um contexto em que os ovos de murre eram vendidos por US$ 1 a d&uacute;zia, e a ind&uacute;stria da ca&ccedil;a tornou-se altamente lucrativa, o monop&oacute;lio foi contestado pelos eggers rivais. Em 1859, o governo federal se apropriou das ilhas para fazer um farol, aumentando os conflitos e causando uma luta brutal pelo poder do local.
<h2>A guerra pelos ovos</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/09/09194653445445.jpg" alt="(Fonte: NPR/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: NPR/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A Grande Guerra dos Ovos causou brigas mortais entre gangues, envolvendo granadas, facadas e tiroteios pelo poderio das ilhas e da ind&uacute;stria dos ovos de murre, mas o conflito n&atilde;o se limitou apenas ao territ&oacute;rio farallones.
Os barcos que transportavam os ovos eram saqueados regularmente ou at&eacute; mesmo detonados pela guerrilha rival para causar preju&iacute;zos e colocar mais medo no oponente. Os tribunais de S&atilde;o Francisco foram inundados por casos de homic&iacute;dio, atentados, roubos, invas&atilde;o de propriedade e danos.
As autoridades locais imploraram por uma interven&ccedil;&atilde;o federal, mas os burocratas distantes subestimaram o n&iacute;vel de viol&ecirc;ncia que a guerra havia alcan&ccedil;ado. Em 1859, os guardi&otilde;es do farol foram expulsos sob amea&ccedil;as. Em maio do ano seguinte, uma multid&atilde;o armada assumiu o controle das ilhas definitivamente.
O governo s&oacute; entrou em a&ccedil;&atilde;o ap&oacute;s uma noite de guerra, em 3 de junho de 1863, entre pescadores e empregados armados da Pacific Egg Company, deixando mortos e feridos. No entanto, em vez de proibir o com&eacute;rcio, foi concedido &agrave; empresa o monop&oacute;lio de vendas, permitindo a devasta&ccedil;&atilde;o sistem&aacute;tica das col&ocirc;nias de aves marinhas.&nbsp;
Em 1879, a empresa tamb&eacute;m passou a transformar focas e le&otilde;es-marinhos em &oacute;leo, um processo desprez&iacute;vel para render ton&eacute;is de gordura fervente, que polu&iacute;a o ar e enchia as montanhas de carca&ccedil;as.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/09/09194819556446.png" alt="(Fonte: Islapedia/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Islapedia/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Os anos amargos de explora&ccedil;&atilde;o da vida selvagem, que morreu mais do que os exploradores famintos, foi encerrado apenas 30 anos depois, em 23 de maio de 1881, quando os militares dos Estados Unidos expulsaram &agrave; for&ccedil;a a Pacific Egg Company das ilhas.
Isso n&atilde;o impediu, por&eacute;m, que os pescadores continuassem a invadir o local de maneira independente, principalmente durante o ver&atilde;o. A peregrina&ccedil;&atilde;o s&oacute; caiu no in&iacute;cio do s&eacute;culo XX, quando uma ind&uacute;stria av&iacute;cola de criadores de galinhas foi estabelecida em Petaluma, a 61 quil&ocirc;metros ao norte de S&atilde;o Francisco, diminuindo a demanda por ovos de murre.
O interesse mudou de foco, mas quem pagou por anos de pilhagem n&atilde;o regulamentada foi a popula&ccedil;&atilde;o de aves da ilha, que chegou a cair de 400 mil para 60 mil em 4 d&eacute;cadas de explora&ccedil;&atilde;o. A quantidade de ovos produzida por ano caiu de 500 mil, em 1854, para apenas pouco mais de 90 mil em 1896.

thumb-image-2024-02-29T14:05:45.594Z

A grande 'Guerra dos Ovos' causou quase uma extinção na Califórnia

Imagem de Qual o papel do cerrado no abastecimento nacional de água? no megacurioso

Raízes do cerrado, que detêm propriedades de acúmulo e distribuição de água, configuram os principais agentes de aquíferos no Brasil

O cerrado brasileiro, considerado o ber&ccedil;o das &aacute;guas brasileiro, pode estar prestes a ter sua atua&ccedil;&atilde;o comprometida devido &agrave; r&aacute;pida destrui&ccedil;&atilde;o do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118562-o-que-e-a-caatinga-conheca-as-caracteristicas-do-bioma.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bioma</a>, visto que suas ra&iacute;zes profundas v&ecirc;m sendo afetadas desde a d&eacute;cada de 1970 com a expans&atilde;o da pecu&aacute;ria e de grandes planta&ccedil;&otilde;es de gr&atilde;os e algod&atilde;o. O que isso pode causar para os habitantes de todas as regi&otilde;es do Brasil?
Com uma &aacute;rea de 2 milh&otilde;es de km&sup2; que cobre 10 estados brasileiros, o cerrado corresponde a um dos biomas mais importantes para a manuten&ccedil;&atilde;o hidrol&oacute;gica no Brasil e, apesar de apresentar clima semi&aacute;rido e ambiente com per&iacute;odos de defici&ecirc;ncia h&iacute;drica, suas ra&iacute;zes bastante ramificadas atuam como esponja, armazenando &aacute;gua em per&iacute;odos de chuva e direcionando o l&iacute;quido n&atilde;o absorvido para len&ccedil;&oacute;is fre&aacute;ticos, principais vertentes de aqu&iacute;feros.
Agora, uma nova din&acirc;mica regional instaurada desde a ocupa&ccedil;&atilde;o humana no territ&oacute;rio vem comprometendo o trabalho da vegeta&ccedil;&atilde;o e sua pr&oacute;pria estrutura. Assim, as plantas que desenvolviam cerca de um ter&ccedil;o de sua extens&atilde;o para o subsolo surgem com ra&iacute;zes mais curtas, o que as impede de transportar a &aacute;gua para o fundo. Al&eacute;m disso, a nudez em algumas por&ccedil;&otilde;es do solo faz a &aacute;gua evaporar mesmo antes de penetrar na superf&iacute;cie.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/15/15093900413029.jpg" alt="(Fonte: O Eco / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: O Eco / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Em 2017, segundo a Secretaria Nacional de Prote&ccedil;&atilde;o e Defesa Civil (Sedec), cerca de 872 munic&iacute;pios, sendo a grande maioria no Nordeste, foram declarados em situa&ccedil;&atilde;o de emerg&ecirc;ncia devido &agrave; estiagem, ou seja, um per&iacute;odo prolongado de baixa pluviosidade, que impactou na perda de afluentes e no baixo n&iacute;vel de &aacute;gua em reservat&oacute;rios. Enquanto isso, S&atilde;o Paulo, que tem rios abastecidos pelo aqu&iacute;fero Guarani, corre o risco de entrar em per&iacute;odos de racionamento.
<h2>Qual &eacute; a solu&ccedil;&atilde;o para recuperar o cerrado?</h2>
O territ&oacute;rio do cerrado, que ocupa aproximadamente um quarto da extens&atilde;o do nosso pa&iacute;s, encontra-se em situa&ccedil;&atilde;o delicada e indica que muitos dos esfor&ccedil;os humanos podem n&atilde;o funcionar para recuperar rapidamente as propriedades do bioma. Boa parte dos problemas foi causada pela aus&ecirc;ncia de esp&eacute;cies animais&nbsp;importantes , como <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119036-como-funciona-uma-colmeia-de-abelhas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">abelha</a>, lobo-guar&aacute;, tamandu&aacute;-bandeira e cachorro-do-mato-vinagre, e tamb&eacute;m de plantas com fun&ccedil;&otilde;es ecol&oacute;gicas relevantes, como os buritis, que demoram s&eacute;culos para atingir a maturidade.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/15/15093809741026.jpg" alt="(Fonte: O Eco / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: O Eco / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Outra quest&atilde;o curiosa &eacute; a import&acirc;ncia dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119667-o-grande-incendio-de-londres-causou-ira-e-sede-de-vinganca.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">inc&ecirc;ndios</a> naturais na regi&atilde;o, j&aacute; que diversas sementes precisam de fogo para crescer (pois necessitam de um choque t&eacute;rmico para que ocorra a quebra de sua dorm&ecirc;ncia vegetativa) e animais regionais estabelecem ninhos em busca de forragem nova ap&oacute;s o per&iacute;odo das chamas.
Como o bioma consiste em apresentar um r&aacute;pido poder de recupera&ccedil;&atilde;o, as queimadas causadas por descargas el&eacute;tricas, combust&atilde;o espont&acirc;nea, atrito entre rochas e at&eacute; atrito do pelo de alguns animais com a mata seca surgem como renovadores ambientais.
Apesar de ser quase imposs&iacute;vel reverter o estrago, as pr&aacute;ticas de preserva&ccedil;&atilde;o da biodiversidade continuam sendo relevantes para evitar maiores danos, especialmente nas &aacute;reas de recargas de aqu&iacute;feros. Por&eacute;m, enquanto isso, projetos de expans&atilde;o de neg&oacute;cios de gr&atilde;os e fibras seguem como principais amea&ccedil;as e assim &eacute; poss&iacute;vel que os recursos restantes no bioma rapidamente se esgotem.

thumb-image-2024-02-29T14:05:45.926Z

Qual é o papel do cerrado no abastecimento nacional de água?

Imagem de Caçada mata 1.400 golfinhos em apenas um dia nas Ilhas Faroé no megacurioso

Considerada tradicional na região, a prática da caça no território autônomo da Dinamarca atingiu números recordes nesta semana

A tradicional pr&aacute;tica de ca&ccedil;a aos golfinhos nas <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/110759-ihas-faroe-como-e-a-vida-em-um-dos-lugares-mais-despovoados-da-europa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Ilhas Faro&eacute;</a> &mdash; declaradas territ&oacute;rio aut&ocirc;nomo da Dinamarca &mdash; est&aacute; prestes a chegar ao fim depois de um grupo de 1,4 mil golfinhos-de-cara-branca terem morrido neste domingo (12). Os animais foram conduzidos por barcos at&eacute; a praia de Skalabotnur, em Eysturoy, onde foram mortos a facadas.
De acordo com pesquisadores, esse n&uacute;mero de mortes &eacute; considerado um recorde em um s&oacute; dia dentro da pr&aacute;tica local. As pessoas que estavam no local relatam que os golfinhos permaneceram se debatendo na &aacute;gua rasa por longos minutos, at&eacute; que as manchas vermelhas de sangue tomaram conta do lugar enquanto centenas de pessoas assistiam.
<h2>Tradi&ccedil;&atilde;o da ca&ccedil;a</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Sea Shepherd&nbsp;" data-fonte-url="https://s2.glbimg.com/E9fGkPONE3J5RqfDbCdoi8SuZx4=/0x0:2048x1536/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2021/s/S/M7iXeRSHCIGXhw6GbsOQ/golfinhos-03-ap.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/15/15140131805234.jpg" alt="(Fonte: Sea Shepherd)" />(Fonte: Sea Shepherd)
A ca&ccedil;a de mam&iacute;feros marinhos, tamb&eacute;m conhecida pelo nome "grind", &eacute; uma tradi&ccedil;&atilde;o de centenas de anos nas Ilhas Faro&eacute; e atinge principalmente a popula&ccedil;&atilde;o de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115332-massacre-de-250-baleias-torna-mar-vermelho-nas-ilhas-faroe.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">baleias</a> na regi&atilde;o remota. Segundo os dados do governo fero&ecirc;s, cerca de 600 baleias-piloto s&atilde;o capturadas todos os anos, em m&eacute;dia.&nbsp;
Entre os golfinhos-de-cara-branca, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119188-medo-de-caca-altera-habitos-de-macacos-e-os-afasta-de-alimentos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ca&ccedil;a</a> normalmente ocorre em menor n&uacute;mero. Os n&uacute;meros mostram que 35 esp&eacute;cimes foram capturados em 2020 e 10 em 2019. Os defensores da pr&aacute;tica alegam que essa tradi&ccedil;&atilde;o &eacute; uma maneira sustent&aacute;vel de coletar alimento da natureza e manter a identidade cultural das ilhas.
Por outro lado, os ativistas sociais garantem que a atividade &eacute; apenas cruel e desnecess&aacute;ria &mdash; corroborados pelos &iacute;ndices preocupantes da ca&ccedil;ada do dia 12. A escala da quantidade de animais mortos na praia de Skalabotnur, em 2021, foi t&atilde;o grande que at&eacute; mesmo outros grupos praticantes da ca&ccedil;a chegaram a tecer cr&iacute;ticas.
<h2>Recorde e registros hist&oacute;ricos</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Sea Shepherd&nbsp;" data-fonte-url="https://static.seashepherdglobal.org/media/filer_public_thumbnails/filer_public/db/33/db3347ad-d4d9-4093-ab04-e89a2553bf61/241315880_547579292983445_6245059165104906192_n1600.jpg__1600x900_q85_crop_subsampling-2.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/15/15135830147228.jpg" alt="(Fonte: Sea Shepherd)" />(Fonte: Sea Shepherd)
Em entrevista para a BBC, o bi&oacute;logo marinho das Ilhas Faro&eacute; Bjarni Mikkelsen apontou que o recorde anterior de mortes de golfinhos em 1 s&oacute; dia havia sido em 1940, quando 1,2 mil esp&eacute;cimes foram mortos. Depois disso, os n&uacute;meros indicam 900 mortes em 1879; 856 em 1873; e 854 em 1938.
Na vis&atilde;o do presidente da Associa&ccedil;&atilde;o de Baleeiros das Ilhas Faro&eacute;, Olavur Sjurdarberg, houve um grande erro de avalia&ccedil;&atilde;o dos pescadores no ato de domingo. "Quando o grupo foi encontrado, eles estimaram ser cerca de 200 golfinhos", tentou argumentar.&nbsp;
As ca&ccedil;as, apesar de serem regulamentadas pelo governo local, n&atilde;o fazem parte de uma atividade comercial e s&atilde;o exclusivamente organizadas pela comunidade. Para participar, cada ca&ccedil;ador deve ter um certificado de treinamento. Com a repercuss&atilde;o extremamente negativa, a expectativa &eacute; que o assunto volte a ser foco de debate no &acirc;mbito p&uacute;blico e que pesquisas sejam feitas para decidir se a pr&aacute;tica deve parar.&nbsp;

thumb-image-2024-02-29T14:05:45.693Z

Caçada mata 1,4 mil golfinhos em apenas 1 dia nas Ilhas Faroé

Imagem de Por que o calor nos deixa mais cansados? no megacurioso

Entenda o motivo pelo qual lugares quentes podem te deixar mais desgastado fisicamente do que locais frescos

Voc&ecirc; j&aacute; sentiu que estava mais cansado em dias que o sol estava muito forte? Passar um dia nadando na praia, praticando futev&ocirc;lei ou qualquer outra atividade f&iacute;sica pode te deixar exausto, mas o simples fato de ficar parado no <a href="https://www.megacurioso.com.br/cotidiano/41903-15-dicas-para-sobreviver-ao-calor-sem-ar-condicionado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">calor</a> &eacute; capaz de fazer voc&ecirc; ficar extremamente sonolento no final do dia.
Mas por que o nosso corpo fica t&atilde;o cansado assim mesmo se n&atilde;o tiver feito basicamente nada? Ao contr&aacute;rio do que pensamos, esses tipos de dia exigem muito do nosso organismo e s&atilde;o extremamente trabalhosos para o nosso bem-estar. Por isso, precisamos entender qual &eacute; o efeito do calor em nosso corpo.
<h2>Regulando a temperatura</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/13/13091915596029.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)" />(Fonte: Unsplash)
Quando estamos deitados debaixo do sol escaldante, podemos at&eacute; pensar que nosso corpo est&aacute; repousando. Por&eacute;m, a realidade &eacute; que o organismo humano trabalha o tempo todo para regular a temperatura interna &mdash; isso se agrava em dias com temperaturas muito altas.
A principal forma do corpo se resfriar &eacute; por meio do dilatamento dos vasos sangu&iacute;neos, o que tamb&eacute;m pode ser simplesmente chamado de vasodilata&ccedil;&atilde;o. Esse processo n&atilde;o s&oacute; ajuda a aumentar o fluxo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112600-a-qual-velocidade-o-sangue-percorre-o-corpo-humano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sangue</a> pelas veias, mas tamb&eacute;m faz que ele fique mais pr&oacute;ximo da pele.&nbsp;
Isso faz o sangue conseguir liberar uma boa quantidade de calor atrav&eacute;s dos nossos poros e causar uma colora&ccedil;&atilde;o avermelhada em nossa pele. Por essa raz&atilde;o, as pessoas,&nbsp;sobretudo aquelas de pele muito branca, ficam coradas quando sentem muito calor.
<h2>Efeito da transpira&ccedil;&atilde;o</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/13/13091734470027.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
Outro fato comum que acontece com quem est&aacute; sentindo muito calor &eacute; transpirar. O suor, conhecido por ser o melhor mecanismo de resfriamento do corpo humano, tamb&eacute;m consome bastante energia do nosso corpo. Durante o per&iacute;odo em que estamos <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/103798-7-motivos-que-podem-te-fazer-suar-muito-enquanto-dorme.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">suando</a>, nossa frequ&ecirc;ncia card&iacute;aca sobe e aumentamos nossa taxa metab&oacute;lica.
Isso significa que estaremos queimando muita energia e ao mesmo tempo perdendo bastante l&iacute;quido corporal, potencialmente deixando o corpo desidratado. Nesse processo, perdemos sais e eletr&oacute;litos essenciais, como pot&aacute;ssio, c&aacute;lcio e magn&eacute;sio, o que tamb&eacute;m far&aacute; voc&ecirc; sentir exaust&atilde;o.
Para evitar sentir esse cansa&ccedil;o excessivo, algumas dicas pr&aacute;ticas s&atilde;o permanecer em lugares com sombra durante dias ensolarados; tomar duchas geladas; permanecer hidratado ao longo do dia. Al&eacute;m disso, frutas e vegetais podem ser &oacute;timos contribuintes para voc&ecirc; recuperar os sais e minerais perdidos.&nbsp;

thumb-image-2024-02-29T14:05:45.665Z

Por que o calor nos deixa mais cansados?

Imagem de Genética pode trazer mamutes de volta à vida em 6 anos no megacurioso

Startup Colossal pretende investir cerca de R$ 78 milhões para fazer os gigantes pré-históricos voltarem a andar na Terra

Uma startup anunciou, nesta segunda-feira (13), o investimento de US$ 15 milh&otilde;es (aproximadamente R$ 78 milh&otilde;es, em convers&atilde;o direta) para trazer os mamutes de volta &agrave; vida. A t&eacute;cnica de ressurrei&ccedil;&atilde;o utilizaria o sistema de Repeti&ccedil;&otilde;es Palindr&ocirc;micas Curtas Agrupadas e Regularmente Interespa&ccedil;adas (CRISPR), para editar os genomas de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119681-elefantes-chineses-voltam-para-casa-apos-jornada-de-500-km.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">elefantes</a> asi&aacute;ticos e criar indiv&iacute;duos h&iacute;bridos.
A miss&atilde;o de recupera&ccedil;&atilde;o do animal extinto faz parte dos planos do geneticista George Church e do empres&aacute;rio Ben Lamm, ex-CEO da Hypergiant, que se juntaram para propor uma estrat&eacute;gia capaz de reviver uma criatura semelhante ao mamute-lanoso, por&eacute;m mais pr&oacute;ximo de um animal h&iacute;brido, que seria um elefante-mamute. Para isso, a dupla contou com o patroc&iacute;nio de quase 15 empresas das mais diversas &aacute;reas, incluindo cientistas de clima, investidores de mercado, associa&ccedil;&otilde;es de prote&ccedil;&atilde;o animal e mais.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/14/14145235419165.jpeg" alt="(Fonte: Oceanwide / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Oceanwide / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
"Nosso objetivo n&atilde;o &eacute; apenas trazer de volta um mamute, isso &eacute; uma fa&ccedil;anha por si pr&oacute;pria", disse Ben Lamm. "&Eacute; para a bem-sucedida 'refauna&ccedil;&atilde;o' de mamutes. Se voc&ecirc; pegar esse kit de ferramentas, voc&ecirc; tem todo o necess&aacute;rio &agrave; sua disposi&ccedil;&atilde;o para evitar a extin&ccedil;&atilde;o ou para trazer de volta esp&eacute;cies criticamente amea&ccedil;adas". Al&eacute;m dessa ideia de repopula&ccedil;&atilde;o, a empresa argumenta que busca combater os efeitos das <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119621-mudancas-climaticas-incendios-graves-no-mediterraneo-ligam-alerta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas</a> por meio da recupera&ccedil;&atilde;o do ecossistema, pois a presen&ccedil;a dos animais no &Aacute;rtico poderia desacelerar o derretimento do permafrost.
<h2>O primeiro filhote em poucos anos</h2>
Church, que criou o primeiro m&eacute;todo de sequenciamento gen&eacute;tico na d&eacute;cada de 1980, lidera os esfor&ccedil;os no Instituto Wyss, em Harvard, e confirma que o procedimento com CRISPR acaba de entrar na fase de testes em humanos. As pr&oacute;ximas etapas do projeto visam &agrave; extra&ccedil;&atilde;o de genes de mamutes congelados para continuar o processo de adi&ccedil;&atilde;o de amostras em elefantes asi&aacute;ticos, visto que pouco mais de 45 fragmentos de DNA j&aacute; foram trabalhados com sucesso. Nesse ritmo, os cientistas esperam ter o primeiro <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119831-milagre-filhote-de-tubarao-nasce-de-mae-virgem-na-italia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">filhote</a> completamente formado em cerca de 4 a 6 anos.&nbsp;
Ao mesmo tempo que a pr&aacute;tica &eacute; vista com otimismo, personalidades acad&ecirc;micas criticam a iniciativa da Colossal, afirmando que a reintrodu&ccedil;&atilde;o da esp&eacute;cie n&atilde;o dever&aacute; resolver os problemas envolvendo a condu&ccedil;&atilde;o humana e que uma criatura rec&eacute;m-nascida pode at&eacute; gerar novos problemas ambientais, como doen&ccedil;as, migra&ccedil;&atilde;o de esp&eacute;cies existentes e altera&ccedil;&atilde;o da paisagem real.

thumb-image-2024-02-29T14:05:45.554Z

Genética pode trazer mamutes de volta à vida em 6 anos

Imagem de "Donora Smog": o nevoeiro mortal que deu início às leis ambientais no megacurioso

O incidente destrutivo foi justificado como 'um ato de Deus'

Apesar de escritores como Charles Dickens terem-se beneficiado da tens&atilde;o e do clima que os <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/114800-o-grande-smog-que-matou-milhares-de-pessoas-em-londres.htm#:~:text=O%20'Grande%20Smog'%20que%20matou%20milhares%20de%20pessoas%20em%20Londres,-10%2F06%2F2020&amp;text=Ao%20longo%20de%20mais%20de,atmosfera%20de%20mist%C3%A9rio%20e%20suspense." rel="noopener noreferrer" target="_blank">nevoeiros caracter&iacute;sticos da Londres</a> do s&eacute;culo XIX criavam, eles tamb&eacute;m criticaram sua origem fabril &mdash; um reflexo do apogeu da Revolu&ccedil;&atilde;o Industrial, que trouxe transtornos de ordem p&uacute;blica em uma &eacute;poca que n&atilde;o existiam leis que protegessem o meio ambiente.
Quando uma n&eacute;voa amarelenta cobriu a cidade de Donora, na Pensilv&acirc;nia (EUA), em 26 de outubro de 1948, os cidad&atilde;os enxergaram (ou n&atilde;o) como uma ambienta&ccedil;&atilde;o perfeita &mdash; apesar de curiosa &mdash; para o Halloween que estava se aproximando.
Contudo, n&atilde;o demorou muito para que os cidad&atilde;os come&ccedil;assem a recorrer aos hospitais relatando dificuldades para respirar. Em menos de 1 dia, a cidade norte-americana havia-se tornado uma vers&atilde;o moderna da Londres vitoriana de <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/111057-identidade-de-jack-o-estripador-pode-ter-sido-descoberta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Jack, o estripador</a>, onde se tornou necess&aacute;rio andar &agrave; luz do dia com uma lanterna em m&atilde;os.
<h2>A chegada</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/07/07183253191000.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A cidade de Donora era apenas uma comunidade agr&iacute;cola a 48 quil&ocirc;metros ao sul de Pittsburgh, aninhada em um vale estreito, antes de a fabricante de a&ccedil;o Carnegie Steel come&ccedil;ar as funda&ccedil;&otilde;es para uma de suas sedes, em 1902.
Em 1908, os mais de 12 fornos de produ&ccedil;&atilde;o proporcionaram &agrave; cidade o maior volume de tr&aacute;fego ferrovi&aacute;rio de carga da regi&atilde;o. V&aacute;rias f&aacute;bricas surgiram nos arredores, como a Donora Zinc Works e a American Steel &amp; Wire Plant &mdash; que, em 1918, pagou sua 1&ordf; multa por danos &agrave; sa&uacute;de como resultado da polui&ccedil;&atilde;o do ar.
Aquele era s&oacute; o come&ccedil;o do futuro nublado da pequena cidade.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/07/07183526207001.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
J&aacute; na d&eacute;cada de 1920, os propriet&aacute;rios de terras e fazendeiros da cidadela de Webster, pr&oacute;ximo &agrave; Donora, entraram com uma a&ccedil;&atilde;o judicial por danos atribu&iacute;dos aos efluentes de fundi&ccedil;&atilde;o que destru&iacute;ram casas e causaram a perda de pomares, safras, gados e solo superficial.
Com o "estourar" da Grande Depress&atilde;o, a Donora Zinc Works enfrentou uma grande a&ccedil;&atilde;o legal dos moradores de Webster por seus fornos causarem danos &agrave; sa&uacute;de. No entanto, apesar disso, foram colocados de lado os planos para atualiza&ccedil;&atilde;o dos fornos para produzirem menos fuma&ccedil;a.
<h2>O grande nevoeiro</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;La Nacion&nbsp;" data-fonte-url="https://resizer.glanacion.com/resizer/PEQ35OcofCGnjIdiftsMIVyZpIU=/768x0/filters:quality(80)/cloudfront-us-east-1.images.arcpublishing.com/lanacionar/2NF32QMVUZB55FV4WW53KQE2Z4.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/07/07183728113002.jpg" alt="(Fonte: La Nacion/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: La Nacion/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Foi na madrugada de s&aacute;bado, em 30 de outubro, por volta das 2h, que aconteceu a primeira morte. Nos dias seguintes, 19 pessoas morreram. Rapidamente, as casas funer&aacute;rias ficaram sem caix&otilde;es, bem como as floriculturas. Os hospitais lotaram com pessoas testemunhando falta de ar e problemas card&iacute;acos. Para essas, os m&eacute;dicos aconselharam que evacuassem a cidade.&nbsp;Se n&atilde;o fosse pela chuva que chegou naquele domingo de Halloween, dissipando o nevoeiro, a lista de v&iacute;timas teria ultrapassado mil pessoas.
Segundo Devra Davis, fundadora do Environmental Health Trust, quando a fuma&ccedil;a que sa&iacute;a das f&aacute;bricas infectou mortalmente a cidade, os primeiros investigadores foram expulsos pelos executivos do local empunhando rev&oacute;lveres.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/07/07183844848003.jpg" alt="(Fonte: The Allegheny Front/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: The Allegheny Front/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Naquela &eacute;poca, a maioria dos vereadores ocupava cargos executivos nas usinas, ent&atilde;o qualquer problema com a f&aacute;brica, que os sustentava financeiramente, deveria ser sanado para preservar sua imagem.
Nas semanas que se seguiram ap&oacute;s a passagem do nevoeiro, o Conselho do Borough de Donora e o United Steelworkers apelaram ao governo federal para lan&ccedil;ar uma investiga&ccedil;&atilde;o liderada pelo crescente Servi&ccedil;o de Sa&uacute;de P&uacute;blica dos Estados Unidos.
&ldquo;Por d&eacute;cadas, a polui&ccedil;&atilde;o foi criada por ind&uacute;strias muito poderosas e as investiga&ccedil;&otilde;es do estado foram muito amig&aacute;veis para com elas&rdquo;, ressaltou o historiador&nbsp;Leif Fredrickson, da Universidade de Virginia.
Esse, ent&atilde;o, foi o momento em que os cidad&atilde;os de Donora resolveram colocar um ponto-final naquele comportamento c&iacute;clico das ind&uacute;strias que os matavam a cada dia.
<h2>Jogo de culpa</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/07/07184512035005.webp" alt="(Fonte: Fine Art America/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Fine Art America/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Vinte e cinco investigadores foram enviados para Donora e Webster de modo a realizar pesquisas de sa&uacute;de com os moradores, inspecionar planta&ccedil;&otilde;es e rebanhos, medir as fontes de polui&ccedil;&atilde;o do ar e monitorar a velocidade do vento naquelas condi&ccedil;&otilde;es meteorol&oacute;gicas.
O resultado foi que mais de 5 mil, dos 14 mil habitantes locais, experimentaram sintomas que variavam de moderados a graves devido &agrave; polui&ccedil;&atilde;o causada pela passagem do nevoeiro. Os pulm&otilde;es dos afetados foram comparados aos de sobreviventes da guerra que tiveram contato com g&aacute;s venenoso.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/07/07184608192006.webp" alt="(Fonte: National Geographic/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: National Geographic/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Foi constatado, pelos investigadores, que a American Steel &amp; Wire Plant e a Donora Zinc Works lan&ccedil;aram uma combina&ccedil;&atilde;o de gases t&oacute;xicos, metais pesados e part&iacute;culas finas no ar. O relat&oacute;rio preliminar, divulgado em outubro de 1949, mostrou que os efluentes tiveram seu efeito nocivo potencializado devido a uma invers&atilde;o de temperatura: uma camada de ar frio ficou presa em uma bolha por uma camada de ar quente acima dela, impedindo que a polui&ccedil;&atilde;o dispersasse do vale.
Por&eacute;m, o advogado dos moradores apontou que outras cidades experimentaram o mesmo fen&ocirc;meno, mas sem grande n&uacute;mero de v&iacute;timas. Ele refor&ccedil;ou que havia algo na fuma&ccedil;a das usinas que estava causando aquelas mortes.
<h2>"Um ato de Deus"</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/07/07184204988004.jpg" alt="(Fonte: TimeToast/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: TimeToast/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Ainda assim, as usinas n&atilde;o "pagaram o pre&ccedil;o" por terem causado aquelas mortes e arruinado a sa&uacute;de de milhares de pessoas. Um estudo de 1961 indicou que a taxa de mortalidade por c&acirc;ncer e doen&ccedil;as cardiovasculares em Donora cresceu exponencialmente ap&oacute;s a cat&aacute;strofe. Em defesa, a American Steel &amp; Wire Company alegou que a polui&ccedil;&atilde;o havia sido "um ato de Deus".
Em um triste contexto de &ldquo;alguns males (ou muitos) v&ecirc;m para o bem&rdquo;, a polui&ccedil;&atilde;o mortal de Donora serviu para que Harry S. Truman (ex-presidente dos Estados Unidos) convocasse a 1&ordf; confer&ecirc;ncia nacional sobre polui&ccedil;&atilde;o do ar na d&eacute;cada de 1950. Nisso, o Congresso aprovou a 1&ordf; Lei do Ar Limpo, 13 anos depois, e Richard Nixon deu continuidade a import&acirc;ncia da sa&uacute;de do ar criando a Ag&ecirc;ncia de Prote&ccedil;&atilde;o Ambiental, em 1970.
Apesar de todos os esfor&ccedil;os, nunca nada conseguiu ser totalmente eficaz contra o surgimento de novas tecnologias e a evolu&ccedil;&atilde;o do setor industrial por todo o mundo, assim desastres ambientais continuam acontecendo.

thumb-image-2024-02-29T14:05:45.355Z

'Donora Smog': o nevoeiro mortal que deu início às leis ambientais

Imagem de Escassez de água já provoca conflitos no mundo; veja onde no megacurioso

A maioria das disputas hídricas estão localizadas na região da Ásia Central e norte da África, e já causou a morte de milhares de pessoas

<head></head><body>O Brasil está enfrentando uma das piores <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/64835-segundo-pesquisador-agua-hackeada-evitar-crise-hidrica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">crises hídricas</a> de sua história. A falta de chuvas é apontada como um dos <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/155086-engenheiros-desenvolvem-nova-tecnica-dessalinizacao-agua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">maiores problemas</a>, mas o descaso com as reservas de água em nosso território também é considerado uma das causas mais importantes dessa situação. Porém, o nosso país não é o único que enfrenta esse tipo de dificuldade.Outros países e regiões também estão vivendo situações semelhantes, mas que já se transformaram em conflitos pelas fontes d’água. Em alguns desses lugares a “guerra hídrica” já dura anos, enquanto em outros a batalha começou faz pouco tempo. Em algumas áreas, porém, existe um risco iminente de eclodir mais uma disputa por esse recurso essencial para o ser humano.Conheça as regiões e países que se encontram nessa situação.<h2>Iraque</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/06/06102036306068.jpg" alt="Secas constantes e um governo corrupto prejudicam o Iraque. (Fonte: DW/Divulgação)">Secas constantes e um governo corrupto prejudicam o Iraque. (Fonte: DW/Divulgação)A situação do Iraque é bastante complexa no que diz respeito à crise hídrica. Além de enfrentar secas constantes que prejudicam o padrão do tempo na região, o país é acusado de gerenciar muito mal suas fontes naturais de água e desestabilizar o país completamente nesse sentido.Outro fator que contribui para os conflitos internos relacionados à escassez de água e a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118879-poluicao-causada-por-carros-pode-ser-fator-de-risco-para-o-mal-de-alzheimer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">poluição</a>, algo que também está indiretamente relacionado às políticas públicas. Em meados de 2019, o primeiro-ministro do Iraque renunciou de seu posto em meio a protestos em massa, em parte por falta de acesso à eletricidade e água potável.<h2>Mali</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/06/06102050447069.jpg" alt="A crise hídrica é severa em Mali. (Fonte: DW/Divulgação)">A crise hídrica é severa em Mali. (Fonte: DW/Divulgação)Mali é um país africano com parte de seu território abraçado pelo Deserto do Saara. Esse é um dos motivos que explica a falta de água na região, que também é dominada por conflitos violentos. Fazendeiros e pastores disputam há anos os locais escassos de fontes hídricas, o que leva a milhares de mortes anualmente.Em 2019, uma combinação de fatores acabou desencadeando um dos maiores massacres da região, que aconteceu no chamado Delta interior do Níger, área central do país de Mali. O crescimento acelerado da população, tensões étnicas e grupos armados apenas adiciona ainda mais ingredientes para essas disputas.<h2>Nigéria</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/06/06102132962070.jpg" alt="Próximo ao Deserto do Saara, a Nigéria sofre com secas frequentes. (Fonte: DW/Divulgação)">Próximo ao Deserto do Saara, a Nigéria sofre com secas frequentes. (Fonte: DW/Divulgação)Imediatamente ao lado do país de Mali, a Nigéria é outra nação que enfrenta uma crise hídrica sangrenta. Os conflitos violentos são responsáveis por deixar mais mortos do que os atentados causados por militantes do grupo islamita Boko Haram.Desde 2010, a região norte do país (dominada pelo <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119761-como-era-o-saara-antes-de-ser-um-deserto.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Deserto do Saara</a>) tem protagonizado disputas que já deixaram milhares de mortos. Em outras áreas da Nigéria, a falta de água tem provocado a migração de fazendeiros muçulmanos que acabam entrando em conflito com outras etnias pelo caminho.<h2>Índia e Paquistão</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/06/06102141666071.jpg" alt="O conflito entre os dois países se dá por conta do rio Indo. (Fonte: DW/Divulgação)">O conflito entre os dois países se dá por conta do rio Indo. (Fonte: DW/Divulgação)O rio Indo é compartilhado entre Paquistão e Índia, e tem sido o ponto de conflito entre os países por anos. Em 1960, o Tratado das Águas do Indo dividiu o controle do rio e seus afluentes entre as duas nações, mas tensões recentes mostram que as disputas não estão bem resolvidas.O Paquistão acusa a Índia de interromper o fluxo de água que deveria chegar para o país. Enquanto isso, os indianos alegam que o país vizinho utiliza a água como arma na disputa pela Caxemira, região disputada entre as duas nações.<h2>Índia</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/06/06102200306074.jpg" alt="O país superpopuloso também sofre com secas constantes. (Fonte: DW/Divulgação)">O país superpopuloso também sofre com secas constantes. (Fonte: DW/Divulgação)Além de estar envolvida nos conflitos com os paquistaneses, a Índia sofre por conta das secas que provocam uma severa escassez de água no país. O constante atraso das chamadas chuvas de monções contribuem para a crise. De acordo com a estimativa de especialistas, 40% da população indiana pode não ter acesso a água potável até 2030.<h2>Irã e Afeganistão</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/06/06102308181075.jpg" alt="O rio Helmande é o centro dos conflitos entre os dois países. (Fonte: DW/Divulgação)">O rio Helmande é o centro dos conflitos entre os dois países. (Fonte: DW/Divulgação)O crescimento populacional acelerado, a infraestrutura deficiente e o governo corrupto têm causado tensões hídricas no Irã. Porém, o país também enfrenta disputas com o Afeganistão por compartilhar as águas do rio Helmande. Recentemente, os iranianos demonstraram uma grande preocupação por conta da construção de represas que devem diminuir o fluxo hídrico para o país, o que deve aumentar as disputas.<h2>Áreas sob tensão</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/06/06102344025076.jpg" alt="A maioria dos países está no Oriente Médio, Ásia Central ou norte da África. (Fonte: Bloomberg/Reprodução)">A maioria dos países está no Oriente Médio, Ásia Central ou norte da África. (Fonte: Bloomberg/Reprodução)Segundo estimativas, cerca de 1,8 bilhão de pessoas em mais de 15 países (ou cerca de ¼ da população mundial) enfrentam problemas sérios por conta da escassez de água. A maioria das nações está localizada no Oriente Médio, Ásia Central e Norte da África, uma das regiões mais secas e quentes do mundo.Além dos países mencionados acima, Jordânia, Israel, Catar, Turquemenistão, Omã, Kuwait e outros da região também estão sob tensão constante por conta da crise hídrica.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:05:45.301Z

Escassez de água já provoca conflitos no mundo; veja onde

Imagem de Huawei lança projeto em nuvem para salvar raposa-de-Darwin da extinção no megacurioso

Monitoramento acústico da Huawei e de parceiros busca viabilizar, através da tecnologia, a preservação do meio ambiente e de espécies ameaçadas

Em an&uacute;ncio oficial, a Huawei revelou o in&iacute;cio de um projeto de conserva&ccedil;&atilde;o para preservar o meio ambiente e esp&eacute;cies amea&ccedil;adas. Intitulada Guardi&otilde;es da Floresta, a campanha se fundamenta em tecnologias de nuvem e sistemas de rede para salvar a <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118751-arremesso-de-raposa-o-cruel-esporte-do-seculo-xvii.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">raposa</a>-de-Darwin, um mam&iacute;fero nativo do Chile que hoje tem menos de mil indiv&iacute;duos na natureza.
Em parceria com o Minist&eacute;rio do Meio Ambiente, a Superintend&ecirc;ncia do Meio Ambiente do Chile, a &Eacute;tica de los Bosques e a ONG Rainforest Connection, a Huawei lan&ccedil;ou oficialmente a plataforma Guardian, um sistema de monitoramento ac&uacute;stico capaz de monitorar e identificar diferentes animais via chamadas. Al&eacute;m disso, o servi&ccedil;o de nuvem permite que especialistas detectem atividades ilegais em ecossistemas, como tiros e motosserras, usadas em larga escala para extrair madeira ilegalmente.
Em nota, a empresa afirmou que cinco Guardians, instalados em dezembro de 2020 em &aacute;rvores a alturas de 10 metros a 40 metros, cobrem cerca de 30 quil&ocirc;metros quadrados de extens&atilde;o e operam 24 horas, enviando dados cont&iacute;nuos atrav&eacute;s de uma rede sem fio para a Huawei Cloud, onde s&atilde;o analisados por IA. Essa iniciativa, chamada de TECH4ALL, consegue receber informa&ccedil;&otilde;es em tempo real e estimula a&ccedil;&otilde;es imediatas de grupos de conservadores ambientais.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/01/01084109376003.jpeg" alt="(Fonte: Biodiversity4All / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Biodiversity4All/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
"A iniciativa de inclus&atilde;o digital de longo prazo da Huawei, a TECH4ALL, est&aacute; comprometida em usar tecnologia para conservar recursos naturais e mitigar os efeitos das mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas", disse Kevin Zhang, diretor de Marketing de Infraestrutura de ICT da Huawei. "O projeto Nature Guardian, um dos principais projetos TECH4ALL da Huawei, pousou no Chile para proteger a raposa-de-Darwin, uma esp&eacute;cie ic&ocirc;nica, mas em <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119770-havaiano-irlandes-guarani-aprendendendo-idiomas-em-extincao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">extin&ccedil;&atilde;o</a>", explicou.
<h2>A import&acirc;ncia de preservar a raposa-de-Darwin</h2>
End&ecirc;mica no Chile, a raposa-de-Darwin, que est&aacute; distribu&iacute;da nas florestas da Ilha de Chilo&eacute; e na faixa costeira do Chile continental, &eacute; uma das esp&eacute;cies que mais sofrem com a fragmenta&ccedil;&atilde;o das florestas e o desmatamento. Al&eacute;m disso, s&atilde;o frequentemente alvos de c&atilde;es dom&eacute;sticos, que s&atilde;o uma grande amea&ccedil;a ao espalhar doen&ccedil;as ou atac&aacute;-las diretamente em conflitos de disputa territorial, e de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119454-conheca-oxossi-o-orixa-cacador-e-regente-dos-ecossistemas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ca&ccedil;adores</a>, que operam sequestrando esp&eacute;cies em parques nacionais.
Classificado no topo da cadeia alimentar, o mam&iacute;fero tem alto valor de conserva&ccedil;&atilde;o e hoje se encontra protegido, vistos seus benef&iacute;cios para a atividade silvoagropecu&aacute;ria e a manuten&ccedil;&atilde;o do equil&iacute;brio dos ecossistemas naturais. "O status populacional da raposa-de-Darwin &eacute; um indicador da sa&uacute;de de todo o ecossistema de Nahuelbuta", esclareceu Bernardo Reyes, diretor da entidade &Eacute;tica de Los Bosques. "&Eacute; uma 'esp&eacute;cie guarda-chuva' da condi&ccedil;&atilde;o de toda a rede de mam&iacute;feros associados que vivem naquele espa&ccedil;o, como o pudu, o puma e o gamb&aacute;", finalizou.

Meio ambiente

Novidades