Imagem de Plantas também entram em extinção? no megacurioso

Estudos indicam que uma a cada três árvores do mundo está ameaçada de extinção; incêndios na Amazônia preocupam pesquisadores

<head></head><body>Quando pensamos na palavra "extinção", instintivamente pensamos na enorme quantidade de animais ameaçados. Porém, as plantas cumprem um papel igualmente importante para a biodiversidade do planeta e também estão altamente em risco devido às ações humanas nos últimos séculos.&nbsp;De acordo com a Avaliação Global de Árvores, feita por 500 especialistas e 61 instituições, pelo menos 30% das espécies de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118123-as-4-arvores-mais-velhas-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">árvore</a> no mundo podem ser extintas. Ao todo, são 17,5 mil espécies em risco — o que representaria o dobro do número somado de mamíferos, pássaros, anfíbios e répteis sob ameaça.&nbsp;<h2>O dano das queimadas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/03/03093514778042.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)">(Fonte: Pixabay)As <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/111696-fumaca-de-queimadas-na-amazonia-escurecem-cidades-do-centro-oeste-e-sudeste.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">queimadas</a> são fatores altamente contribuintes para que as plantas estejam cada vez mais ameaçadas. Em um estudo publicado na Nature,&nbsp;pesquisadores apontam que os incêndios florestais entre 2001 e 2019 fizeram grande estrago na <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115213-amazonia-alertas-de-desmatamento-aumentam-25-em-2020.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Amazônia</a>. Ao todo, uma área de entre 103.079 e 189.755 km² da floresta amazônica foi impactada pelo fogo nesse período.Esses números, por sua vez, afetam o habitat de 77,3 a 85,2% das espécies consideradas ameaçadas de extinção pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). A planta Allantoma kuhlmannii,&nbsp;por exemplo, teve de 36,7 a 37,7% da sua área de distribuição afetada pelas chamas.Quando as espécies possuem espaço de distribuição mais restrito, o risco é ainda mais grave. Durante o período analisado, o fogo atingiu 60% do habitat da planta Remijia kuhlmannii.&nbsp;Na maior parte das vezes, o processo de desmatamento e queimadas é feito para abertura de pasto e criação de gado.&nbsp;<h2>Atenção para o futuro</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/03/03093610294044.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)">(Fonte: Pixabay)Segundo o relatório Estado das Árvores do Mundo, cerca de 142 espécies de árvores já desapareceram da natureza e pelo menos 442 estão muito próximas da extinção — quando há menos de 50 árvores individuais da espécie restantes. O documento ainda aponta quais vêm sendo os maiores riscos e a sociedade pode fazer para tentar frear esse problema.Atualmente, as maiores ameaças às árvores em todo o mundo são o desmatamento para plantações (29% de espécies afetadas), extração de madeira (27%), desmatamento para pecuária (14%), desmatamento para ocupação (13%) e incêndios (13%). Por fim, mudanças climáticas, condições meteorológicas extremas e aumento do nível do mar também são ameaças crescentes.Na visão dos especialistas, as seguintes medidas podem ser tomadas para o futuro:<ul><li>Preservar florestas e expandir o tamanho das áreas protegidas;</li><li>Manter espécies em jardins botânicos ou desenvolver bancos de sementes;</li><li>Incentivo governamental para a pesquisa em reflorestamento;</li><li>Aumento de financiamento para a conservação de árvores.&nbsp;</li></ul> </body>

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Plantas também entram em extinção?

Imagem de Grupo com 120 baleias-francas é avistado no litoral de SC no megacurioso

Pesquisadores indicam que o baleal possuía cerca de 120 espécimes, incluindo mães e seus respectivos filhotes

Pesquisadores do Projeto ProFRANCA, do Instituto Australis, avistaram 120 baleias-francas no litoral de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul enquanto sobrevoavam a regi&atilde;o para monitorar a esp&eacute;cie nas &uacute;ltimas semanas. A cada tr&ecirc;s anos, essas criaturas s&atilde;o atra&iacute;das at&eacute; o litoral sul do Brasil, onde encontram as condi&ccedil;&otilde;es ideais para se reproduzirem.&nbsp;
Entretanto, os n&uacute;meros de 2021 foram maiores do que o esperado. Segundo os dados divulgados pela Rede Globo, a esp&eacute;cie tem apresentado um crescimento populacional de 5% ao ano apesar de estar amea&ccedil;ada de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116495-qual-foi-a-primeira-especie-que-os-humanos-levaram-a-extincao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">extin&ccedil;&atilde;o</a>. Al&eacute;m dos 120 esp&eacute;cimes avistados, que incluem 60 m&atilde;es e seus filhotes, o instituto estima que outras 490 f&ecirc;meas realizaram o processo migrat&oacute;rio para reprodu&ccedil;&atilde;o neste ano.
<h2>Atividade das baleias-francas</h2>
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As baleias-francas s&atilde;o cet&aacute;ceos de grande tamanho naturais da Ant&aacute;rtida, mas que s&atilde;o atra&iacute;das para a reprodu&ccedil;&atilde;o na <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/103897-trindade-conheca-a-ilha-mais-isolada-do-litoral-brasileiro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">costa brasileira</a> pela temperatura ideal das &aacute;guas na regi&atilde;o. Como a reprodu&ccedil;&atilde;o das baleias &eacute; um processo c&iacute;clico, &eacute; comum que os pesquisadores acompanhem a migra&ccedil;&atilde;o dessas criaturas a cada tr&ecirc;s anos.
Nos &uacute;ltimos ciclos, o crescimento do baleal tem se tornado algo comum. Em 2018, por exemplo, 273 baleias foram avistadas pelos pesquisadores &mdash; n&uacute;mero que permanece como recorde at&eacute; hoje. Apesar de o fluxo de baleia ser relativamente grande durante essa &eacute;poca, o grupo de pesquisa conseguiu reconhecer algumas particularidades.
Segundo o relato do Projeto ProFRANCA, uma das f&ecirc;meas avistadas em 2021 &eacute; conhecida pelos pesquisadores desde 1988 e teve nada menos do que sete filhotes em &aacute;guas brasileiras. Apesar desse ser o maior baleal identificado, todos os anos outros grupos de baleias-franca se deslocam em setembro at&eacute; o Brasil para a reprodu&ccedil;&atilde;o. Em 2020, cerca de 43 delas foram avistadas.
<h2>Monitoramento do baleal</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/08/08171032669373.jpg" alt="(Fonte: Instituto Australis/Divulga&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Instituto Australis/Divulga&ccedil;&atilde;o)
Como as imagens obtidas durante o sobrevoo ainda n&atilde;o foram analisadas pelos pesquisadores, &eacute; poss&iacute;vel que a contagem de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117185-baleias-francas-2-filhotes-trazem-esperanca-a-especie-ameacada.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">baleias-francas</a> avistadas em 2021 sofra alguma altera&ccedil;&atilde;o nas pr&oacute;ximas semanas. De qualquer forma, o relat&oacute;rio apontou que boa parte delas foi encontrada entre a Guarda do Emba&uacute; e a Grande Florian&oacute;polis.&nbsp;
A lista com os pares de m&atilde;es e filhotes ficou distribu&iacute;da da seguinte maneira:
<ul>
<li>Palho&ccedil;a: 3 pares;</li>
<li>Garopaba: 21 pares;</li>
<li>Imbituba: 26 pares;</li>
<li>Laguna: 3 pares;</li>
<li>Arroio do Silva: 2 pares;</li>
<li>Rio Grande do Sul: 5 pares.</li>
</ul>
Criado em 2015, o Instituto Australis de Pesquisa e Monitoramento Ambiental &eacute; uma entidade civil sem fins lucrativos que atua diretamente na prote&ccedil;&atilde;o da popula&ccedil;&atilde;o sobrevivente de baleias-franca no Brasil. Em 2009, a popula&ccedil;&atilde;o da baleia-franca-austral &mdash; uma das tr&ecirc;s esp&eacute;cies de baleia-franca no mundo &mdash; foi estimada em 13.611 indiv&iacute;duos.

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Grupo com 120 baleias-francas é avistado no litoral de SC

Imagem de Dia da Amazônia: a riqueza do patrimônio natural brasileiro no megacurioso

Entre ameaças naturais e humanas, a Amazônia segue sendo um dos maiores patrimônios naturais da humanidade e a maior reserva natural do planeta

O Dia da Amaz&ocirc;nia &eacute; celebrado em 5 de setembro, uma data para exaltarmos a import&acirc;ncia de um dos maiores patrim&ocirc;nios naturais da Terra e lar de uma biodiversidade deslumbrante. Mesmo assim, essa riqueza ecol&oacute;gica tem sido cada vez mais atacada pelos atos humanos.
Segundo um estudo publicado na revista Nature,&nbsp;a s&eacute;rie de inc&ecirc;ndios florestais que atingiram a <a href="https://www.megacurioso.com.br/mundo-verde/98490-20-curiosidades-fascinantes-sobre-a-amazonia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Amaz&ocirc;nia</a> entre 2001 e 2009 deixou grandes estragos. Estimativas indicam que uma &aacute;rea entre 103.079 e 189.755 quil&ocirc;metros quadrados da Floresta Amaz&ocirc;nica foi impactada no per&iacute;odo e 3 em 4 esp&eacute;cies de &aacute;rvores amea&ccedil;adas de extin&ccedil;&atilde;o tiveram seu h&aacute;bitat incendiado. Portanto, precisamos falar sobre a import&acirc;ncia de manter essa natureza viva.
<h2>Natureza em risco</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/03/03142648623331.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
A sa&uacute;de da Amaz&ocirc;nia aparece cada vez mais em jogo. Segundo dados da pesquisa "MapBiomas", quem tem mais de 3 d&eacute;cadas de informa&ccedil;&otilde;es sobre o uso de terra no Brasil, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116337-desmatamento-na-amazonia-mundo-corre-risco-de-novas-pandemias.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">desmatamento</a> da Floresta Amaz&ocirc;nica aumentou 10% somente em 2020. E o mesmo &eacute; v&aacute;lido para as queimadas, que crescem em propor&ccedil;&otilde;es astron&ocirc;micas e afetam diretamente a sa&uacute;de de plantas e animais amea&ccedil;ados de extin&ccedil;&atilde;o.
Na vis&atilde;o do pesquisador Caio Mattos, explorador do National Geographic (Nat Geo) e especialista nos impactos da mudan&ccedil;a clim&aacute;tica na Amaz&ocirc;nia, esses n&uacute;meros s&atilde;o catastr&oacute;ficos: "Temos que entender que a Floresta Amaz&ocirc;nica &eacute; o resultado da uni&atilde;o de v&aacute;rias camadas de vida, das maiores &aacute;rvores at&eacute; os menores fungos e bact&eacute;rias. &Agrave; medida que a floresta vai perdendo essas partes, ela vai perdendo sua resili&ecirc;ncia, assim como n&oacute;s humanos ficamos doentes &agrave; medida que perdemos e n&atilde;o repomos os nutrientes dos quais precisamos".
Mattos ressalta que, caso nada seja feito, vastas &aacute;reas da Amaz&ocirc;nia podem colapsar devido &agrave; perda da biodiversidade. "O desmatamento, as queimadas e a polui&ccedil;&atilde;o dos garimpos dizimam partes cruciais desse sistema e o tornam extremamente vulner&aacute;vel ao colapso", conclui.
<h2>Mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/03/03141958201326.jpg" alt="(Fonte: Caio Mattos/Divulga&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Caio Mattos/Divulga&ccedil;&atilde;o)
Como se n&atilde;o bastasse o agravante cen&aacute;rio causado pelas <a href="https://www.megacurioso.com.br/busca?q=queimadas#gsc.tab=0&amp;gsc.q=queimadas&amp;gsc.page=1" rel="noopener noreferrer" target="_blank">queimadas</a> e pelo desmatamento, que em sua maioria &eacute; fruto do aumento da abertura de espa&ccedil;o para pasto e cria&ccedil;&atilde;o de gado, o aquecimento global tamb&eacute;m &eacute; um importante fator de risco para a Floresta Amaz&ocirc;nia.
Como especialista nessa &aacute;rea, Mattos relembra que tr&ecirc;s epis&oacute;dios de seca muito extrema mataram milh&otilde;es de &aacute;rvores da regi&atilde;o, elevaram o n&uacute;mero de inc&ecirc;ndios, provocaram diminui&ccedil;&atilde;o no n&iacute;vel dos rios e inclusive atrapalharam o transporte da popula&ccedil;&atilde;o local entre 2005 e 2015.
O aumento da dura&ccedil;&atilde;o das secas tamb&eacute;m vem causando um "estresse cr&ocirc;nico" nas florestas. Dessa forma, a Amaz&ocirc;nia estaria trocando suas esp&eacute;cies por outras mais resistentes &agrave; seca e liberando mais g&aacute;s carb&ocirc;nico do que absorve. "Isso tende a piorar as mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas, e entramos em um ciclo vicioso em que a floresta vai cada vez sofrer mais com menos chuvas e mais secas extremas", explica Mattos.
<h2>Ressaltando a biodiversidade</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/03/03142104138327.jpg" alt="(Fonte: Projeto Mantis/Divulga&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Projeto Mantis/Divulga&ccedil;&atilde;o)
Se por um lado a a&ccedil;&atilde;o humana parece estar prejudicando a sa&uacute;de da Amaz&ocirc;nia, por outro muitas pessoas trabalham nos bastidores para mostrar ao mundo a import&acirc;ncia da riqueza natural do lugar. &Eacute; o caso do Projeto Mantis, uma organiza&ccedil;&atilde;o independente que nasceu como projeto universit&aacute;rio e hoje realiza estudos de novas esp&eacute;cies de louva-a-deus.
Criado pelos pesquisadores Jo&atilde;o Felipe Herculano e Leonardo Lanna, que tamb&eacute;m trabalham como exploradores para o Nat Geo, o grupo recentemente realizou a expedi&ccedil;&atilde;o "Austral: Mantis da Amaz&ocirc;nia", na qual permaneceram 2 meses na Reserva Particular do Patrim&ocirc;nio Natural (RPPN) de Cristalino, no Mato Grosso. "Normalmente, em uma noite de busca por louva-a-deus, a gente encontra de quatro a dez indiv&iacute;duos, o que j&aacute; &eacute; um sucesso. L&aacute; chegamos a encontrar 33 em uma &uacute;nica noite. E &eacute; claro que encontramos diversas esp&eacute;cies novas, nunca descritas pela ci&ecirc;ncia", ressaltam sobre o per&iacute;odo de pesquisa.&nbsp;
Apesar de trabalharem com o louva-a-deus como s&iacute;mbolo do projeto e &uacute;nico objeto de pesquisa, os pesquisadores fazem fotografias de diversas esp&eacute;cies para divulgar a riqueza da vida selvagem no Brasil. "N&oacute;s erguemos isso como uma bandeira para tratarmos de conscientiza&ccedil;&atilde;o ambiental, conserva&ccedil;&atilde;o, ci&ecirc;ncia e arte", explicam.&nbsp;
<h2>Import&acirc;ncia do Dia da Amaz&ocirc;nia</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/03/03142228732328.jpg" alt="(Fonte: Projeto Mantis/Divulga&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Projeto Mantis/Divulga&ccedil;&atilde;o)
Quando perguntados como enxergam a import&acirc;ncia do Dia da Amaz&ocirc;nia, os entrevistados citaram um ponto incomum: &eacute; uma data important&iacute;ssima para que a popula&ccedil;&atilde;o brasileira lembre a real for&ccedil;a representativa da Floresta Amaz&ocirc;nica.&nbsp;
"O governo cortou os recursos de institutos de pesquisa e monitoramento respons&aacute;veis por dados cr&iacute;ticos para entendermos o que est&aacute; acontecendo com a Amaz&ocirc;nia. Neste momento, &eacute; necess&aacute;rio que a popula&ccedil;&atilde;o se mobilize para pressionar as autoridades e as empresas que financiam o desmatamento n&atilde;o s&oacute; para restituir essas diversas prote&ccedil;&otilde;es, mas tamb&eacute;m para aprimor&aacute;-las", cobrou Mattos.
J&aacute; para os pesquisadores do Projeto Mantis, o recado deve ser de respeito e aprendizado: "Hoje, a Amaz&ocirc;nia &eacute; muito explorada de forma negativa &mdash; esgotar, destruir e usurpar a vida que ela produz. &nbsp;Acreditamos que a melhor forma de explor&aacute;-la &eacute; como sempre fizeram os povos origin&aacute;rios, buscando descobrir, conhecer, respeitar e aprender para poder proteger e conservar este que &eacute; o cora&ccedil;&atilde;o do nosso mundo".&nbsp;

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Dia da Amazônia: a riqueza do patrimônio natural brasileiro

Imagem de Groenlândia registra chuva pela 1ª vez no pico da ilha no megacurioso

Essa foi a 1ª vez na história que o ponto mais alto da ilha apresentou índices pluviais apesar de quase nunca ter as condições atmosféricas ideais

O m&ecirc;s de agosto de 2021 se tornou um marco para a hist&oacute;ria da <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/104278-9-fatos-sobre-a-groenlandia-que-voce-provavelmente-desconhecia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Groenl&acirc;ndia</a>. Pela primeira vez na ilha, o ponto mais alto da regi&atilde;o apresentou chuvas. Por estar localizado a 3.216 metros de altitude na regi&atilde;o do &Aacute;rtico, esse local tem temperaturas abaixo de zero quase o tempo inteiro e normalmente n&atilde;o apresenta as condi&ccedil;&otilde;es meteorol&oacute;gicas ideais para a forma&ccedil;&atilde;o de precipita&ccedil;&atilde;o.
Por esse motivo, os pesquisadores da esta&ccedil;&atilde;o Summit, pertencente &agrave; ag&ecirc;ncia americana National Science Foundation, foram pegos de surpresa enquanto monitoravam o clima nessa parte do planeta. De acordo com os dados do Centro Nacional de Dados sobre Neve e Gelo dos Estados Unidos (NSIDC), a chuva chegou a durar v&aacute;rias horas.
<h2>Dados hist&oacute;ricos</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Green_House_and_Science_and_Operation_Building,_Summit_Camp_Greenland,_aerial_photography.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/01/01103916161094.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Desde que as primeiras medi&ccedil;&otilde;es meteorol&oacute;gicas passaram a ser feitas na regi&atilde;o, em 1987, nunca antes os cientistas haviam observado um "fen&ocirc;meno" parecido. Segundo o &uacute;ltimo relat&oacute;rio, "a temperatura do ar ficou acima de zero por cerca de 9 horas". Esse aquecimento foi respons&aacute;vel por criar uma condi&ccedil;&atilde;o de degelo no pico da Groenl&acirc;ndia visto anteriormente apenas em 3 oportunidades: 1995, 2012 e 2019.&nbsp;
De acordo com os especialistas, esse &eacute; um claro sinal de como o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/104936-assim-o-mundo-seria-apos-os-impactos-do-aquecimento-global.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">aquecimento global</a> est&aacute; afetando at&eacute; mesmo lugares bastante remotos. "Isso n&atilde;o &eacute; um sinal saud&aacute;vel para um manto de gelo", afirmou Indrani Das, glaciologista do Observat&oacute;rio Terrestre Lamont-Doherty, em entrevista para a Reuters.&nbsp;
Em geral, o aumento de &aacute;gua na superf&iacute;cie do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/36120-afinal-por-que-o-gelo-e-escorregadio-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">gelo</a> &eacute; um p&eacute;ssimo sinal. Quanto maiores os &iacute;ndices pluviais forem, mais propenso o gelo estar&aacute; de derreter e aumentar a temperatura da regi&atilde;o.
<h2>&Iacute;ndices alarmantes</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/01/01103931598096.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Apesar de a chuva n&atilde;o ser algo t&atilde;o in&eacute;dito assim na superf&iacute;cie congelada da Groenl&acirc;ndia, a que ocorreu no ponto mais alto da regi&atilde;o foi descrita como "preocupante" pelos pesquisadores locais. Naquele dia, a temperatura chegou a 0,48 &deg;C &mdash; apenas a 4&ordf; vez nos &uacute;ltimos 25 anos que ela ultrapassa a marca de zero naquela regi&atilde;o.
Segundo os dados fornecidos pelo NSIDC, as condi&ccedil;&otilde;es meteorol&oacute;gicas no dia 14 provocaram um degelo que atingiu 872 mil km&sup2;. A &uacute;nica outra ocasi&atilde;o com um derretimento desse tamanho aconteceu em 2012. O maior problema, por&eacute;m, &eacute; que a situa&ccedil;&atilde;o n&atilde;o parece prop&iacute;cia a melhorar para os pr&oacute;ximos anos.
Enquanto a temperatura m&eacute;dia aumentou em 1 &deg;C no restante do planeta, o ritmo nessa regi&atilde;o chegou a quase 2 &deg;C nos &uacute;ltimos anos. Sendo assim, os especialistas alertam para a necessidade urgente da humanidade reduzir a emiss&atilde;o de gases de efeito estufa (GEE).&nbsp;

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Groenlândia registra chuva pela 1ª vez no pico da ilha

Imagem de Por que a energia elétrica ficou ainda mais cara? no megacurioso

Com baixo índice de chuvas, Aneel anunciou a criação de uma nova bandeira tarifária para as contas de luz a partir de setembro

A crise h&iacute;drica n&atilde;o tem facilitado a vida dos brasileiros. A Ag&ecirc;ncia Nacional de Energia El&eacute;trica (Aneel) anunciou, nesta ter&ccedil;a-feira (31), que a <a href="https://www.megacurioso.com.br/casa-e-decoracao/90540-saiba-como-economizar-na-conta-de-luz-em-casa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">conta de luz</a> deve ficar ainda mais cara a partir de setembro. O motivo disso &eacute; a cria&ccedil;&atilde;o de uma nova bandeira chamada de Escassez H&iacute;drica, que ter&aacute; uma cobran&ccedil;a adicional de R$ 14,10 a cada 100 kWh consumidos.&nbsp;
A estimativa trazida pela ag&ecirc;ncia &eacute; de que essa mudan&ccedil;a gere um impacto, em m&eacute;dia, de 6,78% no valor final da conta, e que a bandeira permane&ccedil;a ativa at&eacute; abril de 2022. Mas por quais motivos a crise h&iacute;drica atrapalha o fornecimento de energia no Brasil? Para isso, precisamos entender um pouco mais como funcionam as&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/astronomia/42012-a-maior-hidroeletrica-do-planeta-e-capaz-de-alterar-a-rotacao-da-terra-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">hidrel&eacute;tricas</a>.
<h2>Funcionamento de hidrel&eacute;tricas</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/01/01100219378043.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
Atualmente, as usinas hidrel&eacute;tricas fornecem cerca de 90% da energia el&eacute;trica em todo territ&oacute;rio brasileiro. Para funcionarem, as hidrel&eacute;tricas necessitam da for&ccedil;a da &aacute;gua, que passa por tubos conectados &agrave;s turbinas, fazendo que elas girem. Cada turbina est&aacute; acoplada ao gerador, que &eacute; respons&aacute;vel por transformar toda essa energia mec&acirc;nica em el&eacute;trica.
O fluxo de &aacute;gua do rio, onde a usina foi implantada, tem impacto direto no quanto essa unidade conseguir&aacute; produzir eletricidade. Quanto maior a for&ccedil;a da &aacute;gua movimentando as p&aacute;s das turbinas, maior ser&aacute; o potencial do gerador de reaproveitar essa energia mec&acirc;nica para o benef&iacute;cio da popula&ccedil;&atilde;o.
Por esses motivos, o volume de chuvas na regi&atilde;o de uma usina hidrel&eacute;trica tem impacto direto em todo o processo. Quando os &iacute;ndices pluviais s&atilde;o altos, a usina consegue aumentar seu n&iacute;vel de produtividade. Vale ressaltar que toda a &aacute;gua que chega pelo rio &eacute; usada para a produ&ccedil;&atilde;o de energia el&eacute;trica, uma vez que n&atilde;o existe possibilidade de ac&uacute;mulo ou desperd&iacute;cio por meio desse m&eacute;todo.
<h2>Distribui&ccedil;&atilde;o de energia pelo Brasil</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/01/01100345675044.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
Para serem constru&iacute;das, as usinas hidrel&eacute;tricas necessitam criar reservat&oacute;rios de &aacute;gua com vasta &aacute;rea alagada. Por vezes, esse processo pode gerar graves impactos ao meio ambiente e amea&ccedil;ar a fauna e a flora locais &mdash; um dos motivos pelo qual esse modelo n&atilde;o &eacute; considerado <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119710-qual-a-diferenca-entre-energia-renovavel-sustentavel-e-limpa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sustent&aacute;vel</a>.
Esse &eacute; um dos motivos para as usinas hidrel&eacute;tricas mais modernas serem constru&iacute;das com o modelo de reservat&oacute;rio fio de &aacute;gua, como as Usinas de Aimor&eacute;s e Funil, que exigem um menor alagamento no reservat&oacute;rio para produzir a mesma quantidade de energia el&eacute;trica do que as usinas mais ultrapassadas.
Ap&oacute;s o t&eacute;rmino do processo de produ&ccedil;&atilde;o hidrel&eacute;trica, toda energia gerada &eacute; enviada para o Sistema Interligado Nacional por meio das chamadas linhas de transmiss&atilde;o. Essa central, ent&atilde;o, &eacute; respons&aacute;vel por direcionar essa energia para as companhias distribuidoras, que far&atilde;o a eletricidade chegar ao consumidor final.
<h2>Crise h&iacute;drica</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/01/01100431800045.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
De acordo com os dados do Operador Nacional do Sistema El&eacute;trico (ONS), o Brasil est&aacute; passando pela pior esta&ccedil;&atilde;o &uacute;mida nos &uacute;ltimos 91 anos, ou seja, a constante falta de chuvas tem sido respons&aacute;vel pelos aumentos frequentes nas cobran&ccedil;as tarif&aacute;rias aplicadas sobre as contas de luz.&nbsp;
Quanto menor for o potencial h&iacute;drico de uma hidrel&eacute;trica, ou quanto menos &aacute;gua houver armazenada no reservat&oacute;rio, menos energia el&eacute;trica essa usina ser&aacute; capaz de fornecer. Sendo assim, a chuva se torna imprescind&iacute;vel para que n&atilde;o haja escassez e o processo de produ&ccedil;&atilde;o siga normalizado.
Como tentativa de amenizar os impactos econ&ocirc;micos gerados pela estiagem, o governo federal tem incentivado a popula&ccedil;&atilde;o brasileira a se informar sobre a atual crise h&iacute;drica. Dessa forma, o portal Consumo Consciente J&aacute;&nbsp;foi criado para trazer mais dados e dicas para que os brasileiros gastem menos energia no dia a dia.

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Por que a energia elétrica ficou ainda mais cara?

Imagem de Furacão Ida: imagens mostram os impactos da tempestade no megacurioso

Tempestade está sendo considerada uma das mais fortes dos últimos tempos

J&aacute; era certo que o furac&atilde;o Ida atingiria o estado de Louisiana como uma enorme intensidade. Neste domingo (29), chuvas torrenciais, ventos e <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/109207-conheca-9-dos-maiores-furacoes-que-ja-surgiram-no-oceano-atlantico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ondas fortes</a> avan&ccedil;aram sobre boa parte da costa, deixando mais de 1 milh&atilde;o de pessoas sem energia e causando danos significativos.
A chegada do Ida aconteceu em um momento muito sens&iacute;vel para os moradores do estado: h&aacute; exatos 16 anos, o furac&atilde;o Katrina atingiu a regi&atilde;o de New Orleans deixando um rastro doloroso de devasta&ccedil;&atilde;o, dor e morte que ainda &eacute; muito presente na mente dos habitantes da cidade.
O furac&atilde;o, que mudou para <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/103926-voce-sabe-quantas-categorias-existem-de-furacoes-e-o-que-elas-significam.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">categoria 4</a> antes de chegar ao estado, est&aacute; sendo comparado ao Laura (2020) e ao Last Island, ocorrido em 1856 e tido como a tempestade mais poderosa que j&aacute; atingiu a regi&atilde;o.
Segundo os meteorologistas, a previs&atilde;o &eacute; que, ap&oacute;s passar pela Louisiana, o Ida volte sua dire&ccedil;&atilde;o para o oeste do Mississippi j&aacute; nesta segunda-feira. Conforme o centro de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/103967-descubra-quais-foram-5-dos-piores-furacoes-do-atlantico-de-todos-os-tempos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">controle de furac&otilde;es</a>, as regi&otilde;es at&eacute; o meio do Atl&acirc;ntico podem esperar cerca de 15 cent&iacute;metros de chuva na ter&ccedil;a (31) e na quarta-feira (1&deg;).
Galeria 1

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Furacão Ida: imagens mostram os impactos dessa grande tempestade

Imagem de Como era o Saara antes de ser um deserto? no megacurioso

O Saara, maior deserto do planeta com cerca de 9.200.000 km² de extensão, nem sempre foi uma região quente e inóspita

Com aproximadamente 9.200.000 km&sup2; de extens&atilde;o, o Saara, considerado o maior <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117892-4-fatos-curiosos-sobre-desertos-do-mundo-todo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">deserto</a> do planeta, se destaca por ser uma regi&atilde;o in&oacute;spita e &aacute;rida, com precipita&ccedil;&atilde;o anual entre 35 e 100 mil&iacute;metros de chuva e uma elevada amplitude t&eacute;rmica, variando entre 50 &deg;C durante o dia e -10 &deg;C durante a noite. Mas nem sempre o local deteve essas propriedades, e novos estudos est&atilde;o reconstruindo o que o Saara era h&aacute; milhares de anos.
Pesquisadores da Universidade de Estocolmo, na Su&eacute;cia, e das universidades de Columbia e do Arizona, nos Estados Unidos, se aprofundaram nos estudos sobre a &eacute;poca do &ldquo;Saara verde&rdquo;, datada de 10 mil anos atr&aacute;s. Essas pesquisas tiveram como base a an&aacute;lise de sedimenta&ccedil;&atilde;o marinha para a compreens&atilde;o do padr&atilde;o de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119107-o-que-realmente-significa-ter-50-de-chance-de-chuva.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">chuvas</a>, e indicaram que, anteriormente, a frequ&ecirc;ncia de chuvas era cerca de 20 vezes mais intensa que atualmente, registrando m&eacute;dias superiores em quase 2 mil mil&iacute;metros.
A diverg&ecirc;ncia entre os padr&otilde;es seria motivada pela exist&ecirc;ncia de uma vegeta&ccedil;&atilde;o semelhante &agrave; do Senegal, pa&iacute;s na costa oeste da &Aacute;frica, mais especificamente no Sahel, faixa de 5,4 mil km de extens&atilde;o e protegida por um cintur&atilde;o verde de flora altamente diversificada. Dessa forma, as condi&ccedil;&otilde;es essenciais de vida permitiam que a regi&atilde;o fosse habitada por gnus e gazelas, al&eacute;m de ter pastagens na por&ccedil;&atilde;o norte da Maurit&acirc;nia.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/08/20/20075026213000.jpg" alt="(Fonte: Getty Images / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Getty Images/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Al&eacute;m disso, evid&ecirc;ncias f&oacute;sseis deixadas por assentamentos humanos exibiam, em pinturas rupestres, imagens de girafas e registros de grandes faunas, como savanas, pradarias e bosques. Aparentemente, crocodilos, elefantes e hipop&oacute;tamos viviam na regi&atilde;o, e tamb&eacute;m peixes de diversas esp&eacute;cies.
<h2>O que pode ter acontecido?</h2>
H&aacute; cerca de 9 mil anos, quando o Sol do ver&atilde;o contribuiu com a desertifica&ccedil;&atilde;o do Saara, no fim do per&iacute;odo Glacial, o deserto viu o fortalecimento das chuvas de mon&ccedil;&otilde;es e o aumento da precipita&ccedil;&atilde;o, mas a um pre&ccedil;o que logo intensificaria a aridez. Muitos cientistas concordam que um fen&ocirc;meno c&iacute;clico de maior ou menor insola&ccedil;&atilde;o tenha transformado a &aacute;rea verde em des&eacute;rtica subitamente, em um dram&aacute;tico fen&ocirc;meno de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119621-mudancas-climaticas-incendios-graves-no-mediterraneo-ligam-alerta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mudan&ccedil;a clim&aacute;tica</a>.
Em contrapartida, estudos mais recentes sugerem que a a&ccedil;&atilde;o humana foi determinante para a desertifica&ccedil;&atilde;o do Saara, em especial ap&oacute;s o surgimento do primeiro pastoreio, que resultou na retirada da camada de vegeta&ccedil;&atilde;o e no consequente efeito de reflexo de luz (albedo), interferindo diretamente nas condi&ccedil;&otilde;es clim&aacute;ticas, h&aacute; 6 mil anos.

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Como era o Saara antes de ser um deserto?

Imagem de População atingida por enchentes aumenta 24% desde o final de 2020 no megacurioso

Aumento das migrações, inundações pontuais e áreas de risco intensificaram as tragédias, e até 86 milhões de pessoas sofrem com perigos de enchentes

Segundo artigo publicado na revista Nature, houve um aumento proporcional de pessoas expostas a enchentes, registrando um crescimento mundial de 24% em compara&ccedil;&atilde;o com o ano de 2020. Agora, cerca de 86 milh&otilde;es de pessoas podem ter seus bens e vida impactados pelas consequ&ecirc;ncias do aquecimento global, e as enchentes surgem como o desastre clim&aacute;tico mais severo e amea&ccedil;ador para os pa&iacute;ses.
O projeto foi baseado em informa&ccedil;&otilde;es contidas no Global Flood Database, maior e mais preciso banco de dados sobre <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/116423-johnstown-inundacao-foi-uma-das-piores-tragedias-da-humanidade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">inunda&ccedil;&otilde;es</a> existentes. O mapeamento rastreou n&uacute;meros de cerca de 913 eventos ocorridos em 169 pa&iacute;ses desde o in&iacute;cio do s&eacute;culo XXI e trouxe modelagens que simulam inunda&ccedil;&otilde;es com base em dados terrestres dispon&iacute;veis, como eleva&ccedil;&atilde;o, chuvas e sensores de solo, possibilitando estudos com an&aacute;lises adicionais do escopo, impacto e tend&ecirc;ncias recentes.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/08/20/20093646761031.jpg" alt="(Fonte: New Zealand Defense Force / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: New Zealand Defense Force/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Em nota, Elizabeth Tellman, professora assistente da Escola de Geografia, Desenvolvimento e Meio Ambiente da Universidade do Arizona (Estados Unidos) e l&iacute;der da pesquisa, informou que as estimativas dos impactos populacionais de enchentes s&atilde;o 10 vezes maiores que as avaliadas anteriormente por cientistas, e que as causas do aumento significativo da popula&ccedil;&atilde;o vulner&aacute;vel foram <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/119207-charles-hatfield-o-homem-que-fazia-chover.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">chuvas</a> fortes, tempestades tropicais, derretimento de geleiras e quebra de barragens, que aliadas aos processos migrat&oacute;rios e &agrave;s habita&ccedil;&otilde;es de risco intensificaram desastres em quase todas as macrorregi&otilde;es do planeta.
&ldquo;O Global Flood Database pode melhorar a precis&atilde;o dos modelos de inunda&ccedil;&atilde;o globais e locais e das avalia&ccedil;&otilde;es de vulnerabilidades, aumentar a efic&aacute;cia das medidas de adapta&ccedil;&atilde;o e aprofundar nossa compreens&atilde;o de como o clima, as mudan&ccedil;as de cobertura de terras e as inunda&ccedil;&otilde;es interagem&rdquo;, diz Tellman.
<h2>O drama dos vulner&aacute;veis</h2>
O banco de dados da empresa Cloud to Street tamb&eacute;m revelou que cerca de 2,23 milh&otilde;es de quil&ocirc;metros quadrados sofreram inunda&ccedil;&otilde;es entre 2000 e 2018, chegando a afetar at&eacute; 290 milh&otilde;es de pessoas. Quase 90% de todos esses eventos ocorreram em regi&otilde;es do sul e sudeste asi&aacute;tico, impactando pessoas que se deslocaram para &aacute;reas propensas a desastres na tentativa de melhorar a qualidade de vida.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/08/20/20093603292030.jpg" alt="(Fonte: Getty Images / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Getty Images/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
&ldquo;Ap&oacute;s um grande evento de inunda&ccedil;&atilde;o, o maior determinante do tempo de recupera&ccedil;&atilde;o de uma comunidade e da resili&ecirc;ncia futura &eacute; o quanto eles acessam a capital&rdquo;, diz Bessie Schwarz, CEO e cofundadora da Cloud to Street. &ldquo;Mais pessoas e mais ativos s&atilde;o afetados por inunda&ccedil;&otilde;es do que qualquer outro desastre clim&aacute;tico, que, por sua vez, mant&eacute;m a pobreza nos pa&iacute;ses pobres e eleva o pre&ccedil;o de alimentos e habita&ccedil;&atilde;o em todos os lugares.&rdquo;, completou a CEO.
Estima-se que at&eacute; 2030, as <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119621-mudancas-climaticas-incendios-graves-no-mediterraneo-ligam-alerta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas</a> adicionar&atilde;o 25 novos pa&iacute;ses aos 32 que j&aacute; sofrem com enchentes regulares.

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População atingida por enchentes aumenta 24% desde o final de 2020

Imagem de Como os cientistas descobriram o efeito estufa? no megacurioso

Graças ao trabalho da norte-americana Eunice Foote, pesquisadores puderam aprender mais sobre a física por trás das mudanças climáticas

Antes mesmo da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/110313-estas-fotos-colorizadas-da-guerra-civil-dos-eua-sao-uma-viagem-ao-passado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Guerra Civil</a> tomar conta dos Estados Unidos em 1861, uma cientista norte-americana realizava seus primeiros estudos sobre os fen&ocirc;menos f&iacute;sicos respons&aacute;veis pelas constantes mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas que vemos nos dias atuais. Em 1958, Eunice Foote foi a primeira pessoa a falar sobre o poder de absor&ccedil;&atilde;o de calor do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/110479-site-calcula-quanto-dioxido-de-carbono-o-seu-carro-emite-em-uma-viagem.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">di&oacute;xido de carbono</a> (CO2) &mdash; a for&ccedil;a motriz do aquecimento global pelo mundo.
O CO2 &eacute; um g&aacute;s sem cheiro, sem gosto e transparente que se forma conforme as pessoas queimam combust&iacute;veis, incluindo carv&atilde;o, petr&oacute;leo, gasolina e madeira. Foi gra&ccedil;as ao trabalho de Foote que mais pesquisadores puderam notar que o calor da superf&iacute;cie da Terra n&atilde;o estava sendo irradiado de volta para o espa&ccedil;o, mas sim causando uma cat&aacute;strofe ecol&oacute;gica.
<h2>A f&iacute;sica do aquecimento global</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/08/16/16091614963032.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
O motivo para a atmosfera da Terra permanecer mais quente do que esper&aacute;vamos ocorre principalmente por conta dos gases de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116050-efeito-estufa-estudo-mostra-aquecimento-recorde-na-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">efeito estufa</a> (GEEs), como o di&oacute;xido de carbono, metano e o vapor de &aacute;gua atmosf&eacute;rico, os quais absorvem calor muito bem. Os GEEs s&atilde;o chamados assim por conseguirem aprisionar o calor na atmosfera do planeta e irradi&aacute;-lo de volta para a superf&iacute;cie, assim como o vidro de uma estufa.
Esse conceito j&aacute; era conhecido na Ci&ecirc;ncia antes mesmo de Foote, mas foi ela quem explicou a causa por meio de um simples experimento. Para isso, a pesquisadora usou dois cilindros de vidro e colocou um term&ocirc;metro em cada um deles, bombeou g&aacute;s di&oacute;xido de carbono em um e ar no outro, depois os colocou diante do Sol.
Assim como ela esperava, o cilindro contendo o di&oacute;xido de carbono aqueceu muito mais do que aquele apenas com ar. Isso foi suficiente para que Eunice Foote compreendesse que o di&oacute;xido de carbono seria um elemento suficiente para absorver o calor na atmosfera.&nbsp;
<h2>Cat&aacute;strofe ecol&oacute;gica</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/08/16/16091705432033.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
No s&eacute;culo XIX, as atividades humanas j&aacute; estavam elevando as quantidades de CO2 na atmosfera. Com cada vez mais combust&iacute;veis f&oacute;sseis sendo queimados, o di&oacute;xido de carbono passou a aparecer em uma propor&ccedil;&atilde;o ainda maior na mistura de elementos que comp&otilde;em o ar da Terra.
Entretanto, as previs&otilde;es ainda eram conservadoras. Na &eacute;poca, alguns cientistas acreditavam que um pequeno aumento de temperatura poderia ser ben&eacute;fico para o nosso planeta. O que muitos n&atilde;o imaginavam, por&eacute;m, era que os n&iacute;veis de emiss&atilde;o dos GEEs cresceriam absurdamente com a industrializa&ccedil;&atilde;o.&nbsp;
Se n&atilde;o fosse por Foote, a sociedade provavelmente n&atilde;o teria discutido a import&acirc;ncia da cria&ccedil;&atilde;o de medidas sustent&aacute;veis para conter eventuais cat&aacute;strofes clim&aacute;ticas no futuro e, portanto, estar&iacute;amos afundados em uma situa&ccedil;&atilde;o completamente irrevers&iacute;vel &mdash; o que ainda &eacute; uma preocupa&ccedil;&atilde;o nos dias atuais.

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Como os cientistas descobriram o efeito estufa?

Imagem de Fuligem em São Paulo: queimada espalha cinzas por bairros da cidade no megacurioso

Diversos moradores de várias localidades de São Paulo relataram 'chuva de fuligem' no meio da tarde do domingo. Explicação é queimada em Parque Estadual

Durante a tarde deste domingo (22), diversos relatos de queda de fuligem na cidade de S&atilde;o Paulo tomaram as redes sociais.&nbsp;Segundo informou o Centro de Gerenciamento de Emerg&ecirc;ncias (CGE) da Prefeitura de S&atilde;o Paulo, isso &eacute; resultado de uma queimada que vem acontecendo desde s&aacute;bado (21) no Parque Estadual do Juquery, no munic&iacute;pio de Franco da Rocha, que faz parte da Grande S&atilde;o Paulo.
Devido &agrave; proximidade e a dire&ccedil;&atilde;o do vento, as part&iacute;culas de fuligem atingiram principalmente bairros da regi&atilde;o Norte de S&atilde;o Paulo, mas os relatos chegam de todas as &aacute;reas da cidade, incluindo zona Sul. Nas fotos, &eacute; poss&iacute;vel ver a fuligem nos quintais e at&eacute; dentro das casas de moradores.
<blockquote class="twitter-tweet">
Caraca, eu vi gente comentando da fuligem no centro e de repente minha varanda foi coberta por ela ?? <a href="https://t.co/UnG83lxgKC">pic.twitter.com/UnG83lxgKC</a>
&mdash; Thais Carran&ccedil;a (@tcarran) <a href="https://twitter.com/tcarran/status/1429498978782044162?ref_src=twsrc%5Etfw">August 22, 2021</a></blockquote>
<blockquote class="twitter-tweet">
S&eacute;rio, tem fuligem pelo ch&atilde;o do meu apartamento INTEIRO <a href="https://t.co/NdEx2BH0lI">pic.twitter.com/NdEx2BH0lI</a>
&mdash; thiago pethit (@thiagopethit) <a href="https://twitter.com/thiagopethit/status/1429509993347289089?ref_src=twsrc%5Etfw">August 22, 2021</a></blockquote>
O calor do final de semana aliado ao tempo seco ajudou o fogo a se espalhar pelo Parque Estadual. At&eacute; o momento desta publica&ccedil;&atilde;o, ainda n&atilde;o h&aacute; uma estimativa do tamanho da &aacute;rea atingida pelo inc&ecirc;ndio.&nbsp; S&atilde;o Paulo e regi&atilde;o sofrem com a baixa umidade, com &iacute;ndices muitas vezes menores que 25% &mdash; lembrando que o ideal, de acordo com a Organiza&ccedil;&atilde;o Mundial da Sa&uacute;de, &eacute; um m&iacute;nimo de 60% de umidade relativa do ar.
<blockquote class="twitter-tweet">
a quantidade de fuligem dentro do meu apartamento por conta desse inc&ecirc;ndio em sp, socorro.... <a href="https://t.co/GHmsRYdC6f">pic.twitter.com/GHmsRYdC6f</a>
&mdash; bruna (@buparrado) <a href="https://twitter.com/buparrado/status/1429495076749815808?ref_src=twsrc%5Etfw">August 22, 2021</a></blockquote>
Al&eacute;m da fuligem, o tempo aberto registrado na cidade &mdash; que teve temperaturas acima de 30 &deg;C &mdash; j&aacute; &eacute; afetado pela fuma&ccedil;a proveniente do inc&ecirc;ndio, como tamb&eacute;m foi relatado por diversos usu&aacute;rios das redes sociais.
<blockquote class="twitter-tweet">
O c&eacute;u t&aacute; esquisita&ccedil;o <a href="https://t.co/u6wTPDcdY7">pic.twitter.com/u6wTPDcdY7</a>
&mdash; ?????????? ?????????? - Constantine Brasileiro (@vtrsanti) <a href="https://twitter.com/vtrsanti/status/1429497400905830400?ref_src=twsrc%5Etfw">August 22, 2021</a></blockquote>
<h2>Como enfrentar a baixa umidade do ar?</h2>
Para amenizar os efeitos do tempo seco, &eacute; recomendado seguir algumas dicas importantes:
<ul>
<li>Mantenha-se sempre hidratado, consumindo bastante l&iacute;quido &mdash; de prefer&ecirc;ncia, &aacute;gua;</li>
<li>Consuma alimentos saud&aacute;veis, evitando muito sal, gordura e condimentos;</li>
<li>Tente umidificar o ambiente espalhando por ele recipientes com &aacute;gua ou posicionando toalhas molhadas;</li>
<li>Evite ao m&aacute;ximo ficar exposto diretamente ao sol. Caso seja inevit&aacute;vel, cubra ao m&aacute;ximo pele ou use protetor solar adequado;</li>
<li>Aproveite para ficar em ambientes arejados.</li>
</ul>

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