Ciência
08/09/2021 às 13:15•2 min de leitura
Quando pensamos na palavra "extinção", instintivamente pensamos na enorme quantidade de animais ameaçados. Porém, as plantas cumprem um papel igualmente importante para a biodiversidade do planeta e também estão altamente em risco devido às ações humanas nos últimos séculos.
De acordo com a Avaliação Global de Árvores, feita por 500 especialistas e 61 instituições, pelo menos 30% das espécies de árvore no mundo podem ser extintas. Ao todo, são 17,5 mil espécies em risco — o que representaria o dobro do número somado de mamíferos, pássaros, anfíbios e répteis sob ameaça.
(Fonte: Pixabay)
As queimadas são fatores altamente contribuintes para que as plantas estejam cada vez mais ameaçadas. Em um estudo publicado na Nature, pesquisadores apontam que os incêndios florestais entre 2001 e 2019 fizeram grande estrago na Amazônia. Ao todo, uma área de entre 103.079 e 189.755 km² da floresta amazônica foi impactada pelo fogo nesse período.
Esses números, por sua vez, afetam o habitat de 77,3 a 85,2% das espécies consideradas ameaçadas de extinção pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). A planta Allantoma kuhlmannii, por exemplo, teve de 36,7 a 37,7% da sua área de distribuição afetada pelas chamas.
Quando as espécies possuem espaço de distribuição mais restrito, o risco é ainda mais grave. Durante o período analisado, o fogo atingiu 60% do habitat da planta Remijia kuhlmannii. Na maior parte das vezes, o processo de desmatamento e queimadas é feito para abertura de pasto e criação de gado.
(Fonte: Pixabay)
Segundo o relatório Estado das Árvores do Mundo, cerca de 142 espécies de árvores já desapareceram da natureza e pelo menos 442 estão muito próximas da extinção — quando há menos de 50 árvores individuais da espécie restantes. O documento ainda aponta quais vêm sendo os maiores riscos e a sociedade pode fazer para tentar frear esse problema.
Atualmente, as maiores ameaças às árvores em todo o mundo são o desmatamento para plantações (29% de espécies afetadas), extração de madeira (27%), desmatamento para pecuária (14%), desmatamento para ocupação (13%) e incêndios (13%). Por fim, mudanças climáticas, condições meteorológicas extremas e aumento do nível do mar também são ameaças crescentes.
Na visão dos especialistas, as seguintes medidas podem ser tomadas para o futuro: