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08/09/2021 às 12:00•2 min de leitura
Pesquisadores do Projeto ProFRANCA, do Instituto Australis, avistaram 120 baleias-francas no litoral de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul enquanto sobrevoavam a região para monitorar a espécie nas últimas semanas. A cada três anos, essas criaturas são atraídas até o litoral sul do Brasil, onde encontram as condições ideais para se reproduzirem.
Entretanto, os números de 2021 foram maiores do que o esperado. Segundo os dados divulgados pela Rede Globo, a espécie tem apresentado um crescimento populacional de 5% ao ano apesar de estar ameaçada de extinção. Além dos 120 espécimes avistados, que incluem 60 mães e seus filhotes, o instituto estima que outras 490 fêmeas realizaram o processo migratório para reprodução neste ano.
As baleias-francas são cetáceos de grande tamanho naturais da Antártida, mas que são atraídas para a reprodução na costa brasileira pela temperatura ideal das águas na região. Como a reprodução das baleias é um processo cíclico, é comum que os pesquisadores acompanhem a migração dessas criaturas a cada três anos.
Nos últimos ciclos, o crescimento do baleal tem se tornado algo comum. Em 2018, por exemplo, 273 baleias foram avistadas pelos pesquisadores — número que permanece como recorde até hoje. Apesar de o fluxo de baleia ser relativamente grande durante essa época, o grupo de pesquisa conseguiu reconhecer algumas particularidades.
Segundo o relato do Projeto ProFRANCA, uma das fêmeas avistadas em 2021 é conhecida pelos pesquisadores desde 1988 e teve nada menos do que sete filhotes em águas brasileiras. Apesar desse ser o maior baleal identificado, todos os anos outros grupos de baleias-franca se deslocam em setembro até o Brasil para a reprodução. Em 2020, cerca de 43 delas foram avistadas.
(Fonte: Instituto Australis/Divulgação)
Como as imagens obtidas durante o sobrevoo ainda não foram analisadas pelos pesquisadores, é possível que a contagem de baleias-francas avistadas em 2021 sofra alguma alteração nas próximas semanas. De qualquer forma, o relatório apontou que boa parte delas foi encontrada entre a Guarda do Embaú e a Grande Florianópolis.
A lista com os pares de mães e filhotes ficou distribuída da seguinte maneira:
Criado em 2015, o Instituto Australis de Pesquisa e Monitoramento Ambiental é uma entidade civil sem fins lucrativos que atua diretamente na proteção da população sobrevivente de baleias-franca no Brasil. Em 2009, a população da baleia-franca-austral — uma das três espécies de baleia-franca no mundo — foi estimada em 13.611 indivíduos.