Imagem de Indonésia destrói habitat de dragões-de-Komodo para construir resort no megacurioso

Não é para menos que o projeto foi apelidado de 'Jurassic Park da vida real'

<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115190-dinossauro-famoso-de-jurassic-park-nao-era-nada-como-imaginamos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Jurassic Park</a>,&nbsp;filme de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/106525-spielberg-filmes-lancados-por-empresas-como-a-netflix-nao-merecem-oscar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Steven Spielberg</a> baseado no livro hom&ocirc;nimo de Michael Crichton, &eacute; uma esp&eacute;cie de f&aacute;bula moral sobre os perigos da manipula&ccedil;&atilde;o da tecnologia pelos humanos, o fracasso da humanidade por meio&nbsp; disso, a influ&ecirc;ncia da tecnologia na condi&ccedil;&atilde;o humana e os avan&ccedil;os cient&iacute;ficos que d&atilde;o errado.
O trabalho de Crichton, pioneiro no g&ecirc;nero moderno denominado techno-thriller, foi sempre salientar e discutir a perigosa aceita&ccedil;&atilde;o do poder tecnol&oacute;gico pela humanidade sem considerar a seguran&ccedil;a ou repercuss&otilde;es &eacute;ticas. Isso &eacute; observado em todas as obras do autor, de The Andromeda Strain (1969) a sua s&eacute;rie ER &ndash; Plant&atilde;o M&eacute;dico&nbsp;(1994), em que Crichton afirma que o homem n&atilde;o deve perder de vista sua humanidade ao lidar com a aplica&ccedil;&atilde;o da ci&ecirc;ncia e da tecnologia, explorando os perigos de confiar nessa mesma tecnologia.
Al&eacute;m disso, apesar de a maioria do p&uacute;blico que assiste Jurassic Park sa&iacute;rem do cinema apenas chocados com a magnitude do CGI e da produ&ccedil;&atilde;o, o filme tamb&eacute;m d&aacute; longas pinceladas sobre os perigos que a ambi&ccedil;&atilde;o humana pode oferecer, como a cegueira, acompanhada pelo ego&iacute;smo e a gan&acirc;ncia, respons&aacute;veis por guiarem os avan&ccedil;os cient&iacute;ficos.
Muito embora a hist&oacute;ria tenha um contexto dist&oacute;pico, alguns aspectos dela, como os mencionados acima, est&atilde;o mais presentes do que nunca, e os &uacute;ltimos pseudodinossauros vivos da Terra, os drag&otilde;es-de-Komodo, s&atilde;o testemunhas disso.
<h2>Destrui&ccedil;&atilde;o sistem&aacute;tica</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/01/01190318426354.jpg" alt="(Fonte: The Independent/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: The Independent/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A Ilha Rinca, no Parque Nacional de Komodo, parte do arquip&eacute;lago da Indon&eacute;sia, &eacute; um ref&uacute;gio de 1126 quil&ocirc;metros quadrados de pura fauna e flora, tornado Patrim&ocirc;nio Mundial da&nbsp;Organiza&ccedil;&atilde;o das Na&ccedil;&otilde;es Unidas para a Educa&ccedil;&atilde;o, a Ci&ecirc;ncia e a Cultura&nbsp;(UNESCO) desde 1980 e transformado pelo governo indon&eacute;sio em um ponto tur&iacute;stico premium.
O local deveria ser onde os drag&otilde;es-de-Komodo pudessem viver para sempre sem serem incomodados pela influ&ecirc;ncia humana, visto que &eacute; o &uacute;nico lugar na Terra que sobrou para eles, que chegaram ao arquip&eacute;lago h&aacute; cerca de 4 milh&otilde;es de anos, vindos da Austr&aacute;lia.
Ao longo dos anos, os drag&otilde;es se espalharam por Flores, Bornea e outras ilhas, quando os n&iacute;veis de &aacute;gua eram mais baixos, o que permitiu conservar a sua ra&ccedil;a &mdash; visto que, com a chegada dos primeiros abor&iacute;genes ao territ&oacute;rio australiano (atrav&eacute;s do mar do sudeste asi&aacute;tico entre 40 e 70 mil anos atr&aacute;s), os animais come&ccedil;aram a ser extintos.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/01/01190644395355.jpg" alt="(Fonte: Cruising Indonesia/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Cruising Indonesia/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Por muito tempo, o Parque Nacional de Komodo permaneceu livre de humanos, at&eacute; que o governo indon&eacute;sio o fechou aos visitantes &mdash; que nem sequer deveriam pisar no habitat dos animais &mdash; ap&oacute;s den&uacute;ncias de que uma quadrilha estava contrabandeando os lagartos da ilha. Segundo a BBC, dos 45 animais roubados, 41 foram vendidos at&eacute; o momento que a mat&eacute;ria foi escrita.
Esse esc&acirc;ndalo serviu apenas de pretexto para alimentar a ideia capitalista e ambiciosa das autoridades indon&eacute;sias, que deram in&iacute;cio ao processo de terraplanagem do Parque Nacional de Komodo para a constru&ccedil;&atilde;o de um mega resort&nbsp;tur&iacute;stico, com o intuito de fazer dele uma nova Bal&iacute;.
<h2>A natureza contra o homem</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/01/01190835426356.jpeg" alt="(Fonte: UCA News/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: UCA News/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Contas pela rede social Twitter, como a do usu&aacute;rio @KawanBaikKomodo, fizeram o poss&iacute;vel para divulgar a profana&ccedil;&atilde;o do ambiente natural pelo projeto de constru&ccedil;&atilde;o. Uma foto compartilhada pelo grupo ativista Save Komodo Now surgiu no Instagram no ano passado, causando a f&uacute;ria dos ambientalistas ao capturar trabalhadores sentados no topo de um caminh&atilde;o observando um drag&atilde;o-de-Komodo andando pela terra revirada na zona de obra.
Como aponta a IFL Science, funcion&aacute;rios da UNESCO entraram em contato com o governo indon&eacute;sio para afirmar que o projeto, cujos detalhes n&atilde;o foram divulgados, levanta a quest&atilde;o de como esse modelo de turismo se encaixa na vis&atilde;o do Estado de se afastar do turismo de massa para abordagens mais sustent&aacute;veis.
Em resposta, o Diretor-Geral de Conserva&ccedil;&atilde;o da Natureza e Ecossistemas do Minist&eacute;rio do Meio Ambiente da Indon&eacute;sia disse, de maneira c&iacute;nica, que o projeto prosseguiria, e que provava que n&atilde;o oferecia nenhum impacto ao habitat dos drag&otilde;es.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;The Business Times&nbsp;" data-fonte-url="https://www.businesstimes.com.sg/sites/default/files/styles/article_img_retina/public/image/2020/10/27/file77k4hxa7wqw1at51bot0.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/01/01191110676358.jpg" alt="(Fonte: The Business Times/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: The Business Times/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Contudo, a foto simb&oacute;lica do drag&atilde;o e o caminh&atilde;o dividindo espa&ccedil;o diz o contr&aacute;rio. Foi por isso que a imprensa mundial apelidou o projeto indon&eacute;sio de "Jurassic Park da vida real", que continua sendo desenvolvido sem informa&ccedil;&otilde;es.
&ldquo;Esse tipo de desenvolvimento massivo perturba a intera&ccedil;&atilde;o dos animais. Isso mudar&aacute; totalmente seu habitat&rdquo;, disse Greg Afioma, membro da Save Komodo Now. Atualmente, cerca de 2 mil habitantes ind&iacute;genas vivem nas ilhas de Komodo, Rinca, Padar, Nusa Kode e Gili Motag ao lado dos animais.
Como questiona a mat&eacute;ria da BBC: qual ser&aacute; o impacto desse projeto no futuro? Algu&eacute;m ainda se preocupa com a preserva&ccedil;&atilde;o?

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Indonésia destrói habitat de dragões-de-Komodo para construir resort

Imagem de Além da respiração: outras formas como a poluição nos afeta no megacurioso

Você sabia que, além dos seus pulmões, a poluição também pode afetar o seu intestino?

Se voc&ecirc; est&aacute; lendo o Mega Curioso de uma praia tranquila ou de uma zona rural, considere-se sortudo, porque, de acordo com a Organiza&ccedil;&atilde;o Mundial da Sa&uacute;de, nove entre dez pessoas respiram ar polu&iacute;do no mundo, a maioria em grandes cidades.&nbsp;
A principal diferen&ccedil;a que sentimos com isso &eacute; na respira&ccedil;&atilde;o: os gases emitidos pelos carros ficam presentes em <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115945-por-que-o-asfalto-pode-poluir-mais-que-os-automoveis.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">part&iacute;culas microsc&oacute;picas no ar</a>, mesmo que a gente n&atilde;o veja fuma&ccedil;a. No meio disso, s&oacute; h&aacute; aspectos ruins: di&oacute;xido de nitrog&ecirc;nio, mon&oacute;xido de carbono, oz&ocirc;nio, &oacute;xido de nitrog&ecirc;nio, di&oacute;xido de enxofre. N&atilde;o precisa ser qu&iacute;mico para saber que isso n&atilde;o &eacute; bom, n&eacute;?
Essas part&iacute;culas microsc&oacute;picas entram no corpo pelo ar que respiramos e fazem um estrago enorme na nossa sa&uacute;de. Estima-se que um ter&ccedil;o das mortes por derrames, c&acirc;ncer de pulm&atilde;o e doen&ccedil;as card&iacute;acas estejam ligadas &agrave; polui&ccedil;&atilde;o. &Eacute; o mesmo efeito de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/104378-estes-23-fatos-sobre-o-cigarro-vao-te-ajudar-a-deixar-o-vicio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fumar cigarro</a>, mesmo que muita gente nunca tenha colocado um na boca.&nbsp;
At&eacute; a&iacute; tudo simples de entender: o pulm&atilde;o fica comprometido, prejudica a respira&ccedil;&atilde;o, que tamb&eacute;m afeta o funcionamento do cora&ccedil;&atilde;o e causa derrames. Mas voc&ecirc; sabia que a polui&ccedil;&atilde;o do ar tamb&eacute;m pode afetar outras &aacute;reas do seu corpo?
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/24/24013306938000.jpg" alt="Mesmo que a gente n&atilde;o veja fuma&ccedil;a, a polui&ccedil;&atilde;o entra no nosso corpo (Imagem: Unsplash)" />Mesmo que a gente n&atilde;o veja fuma&ccedil;a, a polui&ccedil;&atilde;o entra em nosso corpo. (Imagem: Unsplash)
<h2>Polui&ccedil;&atilde;o e Mal de Alzheimer</h2>
A partir do momento em que as part&iacute;culas de polui&ccedil;&atilde;o entram no organismo, elas conseguem se espalhar e causar problemas em muito mais lugares do que "apenas" o pulm&atilde;o e os &oacute;rg&atilde;os diretamente relacionados a ele. Elas afetam at&eacute; o c&eacute;rebro, com estudos comprovando uma rela&ccedil;&atilde;o entre as impurezas e as doen&ccedil;as psiqui&aacute;tricas, como a depress&atilde;o.
Al&eacute;m disso, h&aacute; uma rela&ccedil;&atilde;o curiosa entre <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118879-poluicao-causada-por-carros-pode-ser-fator-de-risco-para-o-mal-de-alzheimer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a polui&ccedil;&atilde;o e o Mal de Alzheimer</a>&nbsp;que foi descoberta por cientistas da Universidade da Calif&oacute;rnia em um estudo publicado em 2020. Segundo eles, &eacute; poss&iacute;vel observar que os idosos com Alzheimer que vivem em &aacute;reas mais polu&iacute;das t&ecirc;m maior concentra&ccedil;&atilde;o de placas amiloides. Essas placas s&atilde;o dep&oacute;sitos de gordura no c&eacute;rebro e um dos principais sintomas da doen&ccedil;a.&nbsp;
A hip&oacute;tese dos pesquisadores &eacute; que as part&iacute;culas microsc&oacute;picas de polui&ccedil;&atilde;o &mdash; com todos aqueles elementos que citamos no in&iacute;cio &mdash; induzem uma resposta inflamat&oacute;ria cr&ocirc;nica no c&eacute;rebro. Com o tempo, isso pode afetar a sa&uacute;de do &oacute;rg&atilde;o e levar ao desenvolvimento de doen&ccedil;as que geram dem&ecirc;ncia, como o Mal de Alzheimer.&nbsp;
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/24/24013540751005.jpg" alt="Estudo nos EUA encontrou correla&ccedil;&atilde;o entre a polui&ccedil;&atilde;o e o Mal de Alzheimer (Imagem: Unsplash)" />Estudo nos EUA encontrou correla&ccedil;&atilde;o entre a polui&ccedil;&atilde;o e o Mal de Alzheimer. (Imagem: Unsplash)
<h2>Polui&ccedil;&atilde;o e o intestino</h2>
Ainda mais bizarra do que a rela&ccedil;&atilde;o entre polui&ccedil;&atilde;o atmosf&eacute;rica e doen&ccedil;as neurol&oacute;gicas &eacute; a forma como as part&iacute;culas microsc&oacute;picas afetam o intestino. Sim, o ar impuro que respiramos nas grandes cidades pode levar ao desenvolvimento de doen&ccedil;as inflamat&oacute;rias intestinais.
Os cientistas descobriram isso analisando os dados de ocorr&ecirc;ncia de DII pelo mundo: esse tipo de doen&ccedil;a atinge mais pessoas que vivem em zonas urbanas do que aquelas que moram em zonas rurais, e habitantes de pa&iacute;ses mais desenvolvidos (com mais carros e ind&uacute;strias) do que aqueles de pa&iacute;ses menos ricos. E n&atilde;o para por a&iacute;: o n&uacute;mero de casos de DII em <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119101-brasil-esta-no-ranking-das-nacoes-mais-poluidas-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pa&iacute;ses recentemente industrializados na &Aacute;sia, na &Aacute;frica ou na Am&eacute;rica Latina</a> tem aumentado. Pois &eacute;...
Claro que isso pode ser apenas uma coincid&ecirc;ncia, e a simples rela&ccedil;&atilde;o entre os n&uacute;meros n&atilde;o significa que a polui&ccedil;&atilde;o causa as doen&ccedil;as intestinais. Os cientistas, obviamente, levantaram essa quest&atilde;o e foram estudar o assunto mais a fundo. Em testes com camundongos, aqueles que inalaram part&iacute;culas de polui&ccedil;&atilde;o por alguns dias tiveram mudan&ccedil;as na resposta imune do intestino, altera&ccedil;&otilde;es no microbioma intestinal e sinais de inflama&ccedil;&atilde;o nessa &aacute;rea.&nbsp;
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/24/24013431016003.jpg" alt="Pessoas que moram em &aacute;reas polu&iacute;das tem maior propens&atilde;o &agrave;s DII (Imagem: Unsplash)" />Pessoas que moram em &aacute;reas polu&iacute;das tem maior propens&atilde;o &agrave;s DII. (Imagem: Unsplash)
O professor Gilaad Kaplan, da Universidade de Calgary (Canad&aacute;), j&aacute; escreveu diversos artigos sobre a rela&ccedil;&atilde;o entre polui&ccedil;&atilde;o do ar e as doen&ccedil;as inflamat&oacute;rias intestinais, como a <a href="https://www.megacurioso.com.br/medicina-e-psicologia/85341-doenca-de-crohn-voce-sabe-o-que-e.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Doen&ccedil;a de Crohn</a> e a colite ulcerativa. S&oacute; para resumir o que s&atilde;o essas doen&ccedil;as: s&atilde;o feridas graves e bem doloridas no sistema digestivo, causadas &mdash; veja s&oacute;! &mdash; por respostas equivocadas do sistema imunol&oacute;gico, que come&ccedil;am a atacar o pr&oacute;prio intestino e seu microbioma. S&atilde;o os mesmos sinais que apareceram nos camundongos do estudo do professor Kaplan.
E tem mais: n&atilde;o s&atilde;o s&oacute; as DII que podem ser causadas pela <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/103718-estas-13-imagens-revelam-a-que-ponto-chegou-a-poluicao-na-china.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">polui&ccedil;&atilde;o</a>. Uma apendicite pode se tornar mais grave se voc&ecirc; mora em &aacute;reas com ar impuro, como mostra um estudo comparativo feito pelo professor Kaplan.&nbsp;
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<div data-e2e="image-placeholder">Para n&atilde;o terminar esse texto em um tom t&atilde;o apocal&iacute;ptico, a boa not&iacute;cia &eacute; que, sabendo de tudo isso, n&oacute;s podemos tomar atitudes para diminuir a polui&ccedil;&atilde;o atmosf&eacute;rica ou nos mudar para o campo e parar de respirar esses venenos. Fica a seu crit&eacute;rio.&nbsp;</div>
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Além da respiração: outras formas como a poluição nos afeta

Imagem de Crimes ambientais: como o mundo pune quem machuca a natureza? no megacurioso

Saiba como esses crimes são abordados pela Justiça no Brasil e no mundo, além do que é feito para coibir práticas danosas como a caça predatória

O relato do bi&oacute;logo Everton Miranda ao G1 tra&ccedil;a um panorama muito cruel do que acontece nos bastidores da fauna brasileira: segundo ele, 181 harpias foram mortas em 2 anos no Mato Grosso. A <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119188-medo-de-caca-altera-habitos-de-macacos-e-os-afasta-de-alimentos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ca&ccedil;a predat&oacute;ria</a> ocorreu em uma regi&atilde;o de 3 quil&ocirc;metros quadrados pertencente ao chamado Arco do Desmatamento. 
Ao entrevistar moradores, o pesquisador descobriu que 80% das mortes aconteceram por "curiosidade" e 20% por retalia&ccedil;&atilde;o contra ataques a animais da regi&atilde;o, uma vez que a harpia &eacute; o predador natural de macacos e bichos-pregui&ccedil;a.
Como esse tipo de pr&aacute;tica prejudica o meio ambiente? O que &eacute; feito no Brasil e no mundo para que os seres humanos parem de destruir a natureza?
<h2>Aniquila&ccedil;&atilde;o de esp&eacute;cies</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://commons.wikimedia.org/wiki/Category:Poaching_(criminal_activity)#/media/File:Caged_civet_for_sale_in_Jatinegara_Market.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/28/28104006146102.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Entre todos os crimes ambientais que acontecem no Brasil, a ca&ccedil;a predat&oacute;ria pode ser qualificada como um dos maiores. Ca&ccedil;adores se tornam mais ativos em &aacute;reas de prote&ccedil;&atilde;o ambiental, e o n&uacute;mero de esp&eacute;cies em extin&ccedil;&atilde;o aumenta a cada ano. Nambus, perdizes, pre&aacute;s, veados, aves e todos os tipos de animais ex&oacute;ticos s&atilde;o atacados diariamente na fauna brasileira. O motivo? Longe de ser a alimenta&ccedil;&atilde;o de humanos. A maior parcela de animais atingidos pela ca&ccedil;a predat&oacute;ria &eacute; morta para fornecer mat&eacute;ria-prima para o mercado clandestino de couro.
Desde 1998, o art. 29 da Lei n. 9.605 ressalta que &eacute; crime contra a fauna matar, perseguir, ca&ccedil;ar, capturar ou utilizar esp&eacute;cimes da fauna silvestre, nativas ou em rota migrat&oacute;ria, sem a devida permiss&atilde;o, licen&ccedil;a ou autoriza&ccedil;&atilde;o da autoridade competente. Infratores correm risco de 6 meses a 1 ano de deten&ccedil;&atilde;o, al&eacute;m do pagamento de multa.
De acordo com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renov&aacute;veis (Ibama), comprar animais ex&oacute;ticos e incentivar a ca&ccedil;a predat&oacute;ria tamb&eacute;m &eacute; considerado crime, sendo necess&aacute;ria autoriza&ccedil;&atilde;o pr&eacute;via. Mesmo assim, as medidas n&atilde;o co&iacute;bem completamente esses crimes.
<h2>Os danos dos crimes ambientais</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/28/28104303256110.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
Estima-se que 26 mil esp&eacute;cies de animais estejam em extin&ccedil;&atilde;o no mundo. Quais perigos esse n&uacute;mero representa? Quando uma criatura deixa de existir na natureza, instaura-se um desequil&iacute;brio natural e toda a cadeia alimentar &eacute; prejudicada em larga escala &mdash; passando a existir mais presas que predadores e vice-versa.
Uma vez que os seres humanos come&ccedil;am a invadir o habitat dessas criaturas, torna-se mais comum que animais selvagens sejam vistos migrando para &aacute;reas urbanas, onde podem entrar em contato com animais dom&eacute;sticos e espalhar doen&ccedil;as. Para piorar a situa&ccedil;&atilde;o, a ca&ccedil;a de esp&eacute;cies selvagens em centros urbanos &eacute; permitida pela legisla&ccedil;&atilde;o brasileira.
Ou seja, uma on&ccedil;a-pintada que parar no meio da civiliza&ccedil;&atilde;o em busca de alimento pelo fato de os seres humanos terem desequilibrado seu espa&ccedil;o natural poder&aacute; ser morta sem que algu&eacute;m sofra qualquer tipo de consequ&ecirc;ncia por isso.
<h2>Lentid&atilde;o da Justi&ccedil;a</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/28/28104658819116.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
Apesar da exist&ecirc;ncia da Lei de Crimes Ambientais, a Justi&ccedil;a parece andar devagar no Brasil. Dados mostram que em 2017 o Ibama aplicou R$ 3,2 bilh&otilde;es em multas por infra&ccedil;&otilde;es contra a natureza. No entanto, a m&eacute;dia hist&oacute;rica mostra que apenas 5% desse valor realmente foram pagos para recompensar os danos causados.
Dessa soma, 80% do dinheiro s&atilde;o destinados ao Tesouro Nacional e somente 20% v&atilde;o para o Fundo Nacional do Meio Ambiente, que implementa a Pol&iacute;tica Nacional do Meio Ambiente. Sendo assim, pouqu&iacute;ssimo do que se perde por conta de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116636-a-guerra-contra-o-plastico-esta-encobrindo-outros-crimes-ambientais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">crimes ambientais</a> de fato &eacute; revertido para pol&iacute;ticas de prote&ccedil;&atilde;o ao meio ambiente.
A grande taxa de inadimplentes tamb&eacute;m pode ser culpada pela lentid&atilde;o no sistema punitivo brasileiro, e a quest&atilde;o come&ccedil;a internamente: em 2019, uma auditoria da Controladoria-Geral da Uni&atilde;o na estrutura interna do Ibama constatou que 96,4 mil processos estavam parados, o que totalizava R$ 20,8 bilh&otilde;es em multas.
Quando esses processos de fato chegam &agrave; Justi&ccedil;a, tramitam devagar. Um exemplo claro disso &eacute; o rompimento da barragem de Mariana (MG), em 2015. Embora a Samarco, mineradora respons&aacute;vel pela regi&atilde;o, tenha sido multada em R$ 350 milh&otilde;es pelo Ibama, a empresa recorreu a 25 autos de infra&ccedil;&atilde;o e n&atilde;o os pagou at&eacute; o momento.&nbsp;
<h2>Fiscaliza&ccedil;&atilde;o ambiental no mundo</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/28/28104546881113.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)" />(Fonte: Unsplash)
Segundo um relat&oacute;rio feito pela Organiza&ccedil;&atilde;o das Na&ccedil;&otilde;es Unidas (<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/111841-segundo-alerta-da-onu-queimadas-na-amazonia-terao-impacto-em-todo-o-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ONU</a>), o n&uacute;mero de leis ambientais no mundo aumentou 38 vezes desde 1972. Mesmo assim, o &oacute;rg&atilde;o indica que o fracasso em aplicar essas leis e fiscalizar os infratores tem sido um real desafio para a maioria dos pa&iacute;ses.
Nesse meio-tempo, 350 tribunais ambientais foram instaurados em 50 pa&iacute;ses e pelo menos 60 Estados t&ecirc;m disposi&ccedil;&otilde;es legais sobre o direito dos cidad&atilde;os &agrave; informa&ccedil;&atilde;o ambiental. O estudo ressalta que a m&aacute; coordena&ccedil;&atilde;o entre ag&ecirc;ncias do governo, a fraca capacidade institucional, a corrup&ccedil;&atilde;o e o pouco envolvimento c&iacute;vico ainda s&atilde;o fortes respons&aacute;veis pela impunidade em crimes ambientais.
Existe uma press&atilde;o na ONU para que o ecoc&iacute;dio, ou destrui&ccedil;&atilde;o ambiental em massa, seja considerado crime internacional. Recentemente, o presidente franc&ecirc;s Emmanuel Macron e demais l&iacute;deres importantes sinalizaram apoio &agrave; criminaliza&ccedil;&atilde;o em &acirc;mbito internacional.&nbsp;

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Crimes ambientais: como o mundo pune quem machuca a natureza?

Imagem de Pica-pau que inspirou desenho será declarado extinto nos EUA no megacurioso

Autoridades norte-americanas informaram que o pica-pau-bico-de-marfim deve ser declarado extinto, além de 22 espécies

Uma not&iacute;cia triste para os amantes da natureza e dos desenhos animados foi dada pelas autoridades da vida selvagem dos Estados Unidos nesta quarta-feira (29): o pica-pau-bico-de-marfim, esp&eacute;cie que inspirou o desenho <a href="https://www.megacurioso.com.br/desenhos-animados/87906-a-risada-do-pica-pau-e-originalmente-do-pernalonga.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Pica-Pau</a>&nbsp;(1950), deve ser declarado extinto nos pr&oacute;ximos meses.
Na lista divulgada, est&atilde;o outras 22 esp&eacute;cies de p&aacute;ssaros, peixes, mexilh&otilde;es e animais selvagens. Em declara&ccedil;&atilde;o, o Servi&ccedil;o de Pesca e Vida Selvagem dos EUA lamentou o fato de leis para a prote&ccedil;&atilde;o de esp&eacute;cies amea&ccedil;adas em territ&oacute;rio norte-americano terem demorado para vigorar.
<h2>Impactos da destrui&ccedil;&atilde;o humana</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/30/30142147101263.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Em entrevista ao jornal The New York Times,&nbsp;Bridget Fahey, supervisora de classifica&ccedil;&atilde;o de esp&eacute;cies do Servi&ccedil;o de Pesca e Vida Selvagem, comentou: "Cada uma dessas 23 esp&eacute;cies representa uma perda permanente da heran&ccedil;a natural de nossa na&ccedil;&atilde;o e da biodiversidade global".&nbsp;
Para Fahey, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/dinossauros-e-fosseis/46807-voce-sabia-que-a-extincao-dos-dinossauros-nao-foi-a-maior-da-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">extin&ccedil;&atilde;o</a> desses animais serve como um triste lembrete de como as a&ccedil;&otilde;es humanas t&ecirc;m provocado mudan&ccedil;as ambientais. Em 1973, os EUA aprovaram a Lei de Esp&eacute;cies Amea&ccedil;adas para tentar reverter o cen&aacute;rio no pa&iacute;s; desde ent&atilde;o, 54 esp&eacute;cies teriam tido a popula&ccedil;&atilde;o recuperada e sido removidas da lista de amea&ccedil;adas.&nbsp;
Outras 48 esp&eacute;cies melhoraram o suficiente para deixarem de ser consideradas amea&ccedil;adas de extin&ccedil;&atilde;o e 11 tinham sido declaradas extintas no pa&iacute;s. De acordo com o Servi&ccedil;o de Pesca e Vida Selvagem, cerca de 3 bilh&otilde;es de p&aacute;ssaros morreram na Am&eacute;rica do Norte desde 1970 por conta de mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas e altera&ccedil;&otilde;es nos habitats das esp&eacute;cies.
<h2>Extin&ccedil;&atilde;o questionada</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/30/30142314664267.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
N&atilde;o foram todas as pessoas que concordaram com a decis&atilde;o de considerar o pica-pau-bico-de-marfim extinto. Segundo a American Bird Conservancy, a esp&eacute;cie nunca foi considerada uma ave comum e apenas prosperava em grandes p&acirc;ntanos no sul dos EUA.
O &uacute;ltimo aparecimento confirmado desse tipo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/21904-por-que-o-pica-pau-nao-sofre-danos-ao-passar-o-dia-martelando-a-cabeca-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pica-pau</a> foi em 1940, no estado da Louisiana, por&eacute;m existem relatos e v&iacute;deos granulados do p&aacute;ssaro no in&iacute;cio dos anos 2000 que ainda n&atilde;o foram confirmados, segundo John Fitzpatrick, diretor em&eacute;rito do Laborat&oacute;rio Cornell de Ornitologia, em entrevista &agrave; CNN.&nbsp;
&ldquo;Na minha opini&atilde;o, &eacute; prematuro declarar a ave oficialmente extinta por parte do Servi&ccedil;o de Pesca e Vida Selvagem dos EUA porque ela ainda pode existir&rdquo;, afirmou o pesquisador. Na vis&atilde;o de Fitzpatrick, s&atilde;o necess&aacute;rias evid&ecirc;ncias s&oacute;lidas de que um animal n&atilde;o existe mais para que seja considerado extinto, por isso ele e outros ornit&oacute;logos far&atilde;o uma peti&ccedil;&atilde;o &agrave; ag&ecirc;ncia de vida selvagem para retirar a ave da lista.

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Pica-pau que inspirou desenho será declarado extinto nos EUA

Imagem de Cada vez mais peixes buscam águas rasas por falta de oxigênio no megacurioso

Os peixes podem se afogar, embora possa não parecer, os peixes precisam de oxigênio para respirar

De acordo com uma nova pesquisa conduzida pela Universidade da Carolina do Sul e pela Universidade da Calif&oacute;rnia &mdash; Santa B&aacute;rbara, os peixes de nossos oceanos est&atilde;o&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115303-instituto-ambiental-decreta-extincao-de-peixe-mao-australiano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">morrendo afogados</a>. Isso mesmo, esses animais podem morrer devido &agrave; falta de ar.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/22/22110016975111.jpg" alt="(Fonte: Andreas L / Pexels/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Andreas L / Pexels/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Segundo os resultados apresentados e publicados na revista cient&iacute;fica Global Change Biology, a vida desses animais tem ficado mais dif&iacute;cil na &uacute;ltima d&eacute;cada ou mais, dado que os n&iacute;veis de oxig&ecirc;nio est&atilde;o ficando mais baixos nas profundezas dos oceanos.&nbsp;
Como consequ&ecirc;ncia, alguns grupos de peixes est&atilde;o sendo for&ccedil;ados, por uma quest&atilde;o de sobreviv&ecirc;ncia, a buscar &aacute;guas mais rasas. E, claro, isso aponta para um desequil&iacute;brio no comportamento normal da vida marinha.
<h2>As causas do problema</h2>
<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/111519-vida-marinha-em-risco-pesquisa-destaca-o-impacto-do-plastico-nos-oceanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Mudan&ccedil;as na ecologia dos mares</a>, os efeitos negativos causados pelas mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas sobre os padr&otilde;es sazonais, bem como as altera&ccedil;&otilde;es na temperatura da &aacute;gua com impacto gradiente em diferentes profundidades est&atilde;o entre as principais causas para a perda significativa do oxig&ecirc;nio dissolvido nas camadas mais profundas dos oceanos.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/22/22110125678118.jpg" alt="(Fonte: Francesco Ungaro/ Pexels/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Francesco Ungaro/ Pexels/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Em um primeiro momento, esse problema pode parecer restrito ou limitado, mas quando analisamos a situa&ccedil;&atilde;o de maneira mais atenta, percebemos que essa mudan&ccedil;a nos n&iacute;veis de oxig&ecirc;nio tamb&eacute;m gera mudan&ccedil;as em uma escala gigantesca, pois afeta diversos ecossistemas marinhos, inclusive isso pode impactar a sa&uacute;de do oceano como um todo.
Al&eacute;m disso, o estudo divulgado pelas institui&ccedil;&otilde;es apontadas serve de alerta para outro aspecto: ser&aacute; preciso pensar e promover esfor&ccedil;os voltados para a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116873-ilha-de-250-habitantes-torna-se-referencia-em-protecao-da-vida-marinha.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">conserva&ccedil;&atilde;o e gest&atilde;o da pesca</a>, pois a concentra&ccedil;&atilde;o de peixes em camadas mais superficiais dos oceanos poderia desencadear capturas descontroladas, o que apenas agravaria a situa&ccedil;&atilde;o.&nbsp;
Por isso, os pr&oacute;prios autores da pesquisa ressaltam ser importante considerar essas mudan&ccedil;as com as pol&iacute;ticas desenvolvidas, visando evitar danos adicionais aos oceanos.
<h2>Nadando sem f&ocirc;lego</h2>
A professora assistente Erin Meyer-Gutbrod, da Universidade da Carolina do Sul e principal autora desse estudo, aponta que a pesquisa evidenciou uma queda de oxig&ecirc;nio em todas as profundidades pesquisadas, que variam de 50 metros at&eacute; 350 metros.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;(Fonte: Leonardo Lamas / Pexels/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)&nbsp;" data-fonte-url="https://www.pexels.com/pt-br/foto/surpreendente-otimo-incrivel-fotografia-animal-7001554/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/22/22110238444120.jpg" alt="(Fonte: Leonardo Lamas / Pexels/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Leonardo Lamas / Pexels/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Os resultados apresentados foram baseados em dados de medi&ccedil;&otilde;es, pesquisas e an&aacute;lises feitas ao longo de 15 anos. Eles incluem, entre outros aspectos, medi&ccedil;&otilde;es sobre a salinidade da &aacute;gua e do oxig&ecirc;nio dissolvido em diferentes profundidades, o funcionamento do fluxo de oxig&ecirc;nio entre as camadas superficiais e mais profundas, assim como pesquisas sobre a profundidade m&eacute;dia em que esp&eacute;cies espec&iacute;ficas de peixes costumavam permanecer.
Durante esse per&iacute;odo (de mais de 1 d&eacute;cada), os pesquisadores conseguiram encontrar um total de 60 esp&eacute;cies de peixes diferentes com frequ&ecirc;ncia suficiente para serem consideradas estatisticamente relevantes e inclu&iacute;das nas an&aacute;lises. Para os especialistas, entender o que est&aacute; acontecendo agora &eacute; essencial para que estrat&eacute;gias possam ser desenvolvidas visando evitar danos maiores a m&eacute;dio e longo prazos.

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Cada vez mais peixes buscam águas rasas por falta de oxigênio

Imagem de É possível produzir sem desmatar a Amazônia? no megacurioso

Há vários caminhos de praticar a agricultura responsável na nossa Amazônia

Se voc&ecirc; acompanha o notici&aacute;rio, provavelmente j&aacute; se deu conta de que todos os anos as <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/111789-afinal-como-fica-a-amazonia-pos-queimadas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">queimadas acabam com extensas partes da Floresta Amaz&ocirc;nica</a>. Ali&aacute;s, elas fazem parte de uma pr&aacute;tica agr&iacute;cola cujo objetivo &eacute; abrir espa&ccedil;o para as planta&ccedil;&otilde;es, assim como para as pastagens de gado.
Sem d&uacute;vidas, as atividades econ&ocirc;micas desenvolvidas nessa regi&atilde;o, como a agricultura (principalmente da soja), s&atilde;o extremamente importantes para a economia do nosso pa&iacute;s. Por&eacute;m, as queimadas que levam ao desmatamento n&atilde;o s&atilde;o nosso &uacute;nico problema: a forma como a agricultura &eacute; praticada na Amaz&ocirc;nia tem causado danos irrevers&iacute;veis em muitas &aacute;reas.&nbsp;Mas ser&aacute; poss&iacute;vel plantar de forma respons&aacute;vel na regi&atilde;o?
<h2>Mais agricultura e menos desmatamento</h2>
O Brasil &eacute; uma pot&ecirc;ncia agr&iacute;cola. N&atilde;o por acaso, &eacute; chamado de celeiro do mundo. Para o pesquisador&nbsp;Eduardo Assad, da Embrapa Inform&aacute;tica Agropecu&aacute;ria, n&atilde;o existe nenhum motivo para <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116957-desflorestamento-da-amazonia-atinge-apice-desde-2008.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">aumentar as &aacute;reas desmatadas</a>&nbsp;com o intuito de ampliar a produ&ccedil;&atilde;o, seja da agricultura, seja da pecu&aacute;ria.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/21/21175235813382.jpg" alt="(Fonte: Mark Stebnicki / Pexels/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Mark Stebnicki / Pexels/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)
De acordo com o especialista, os 76 milh&otilde;es de hectares da floresta que j&aacute; foram desmatados s&atilde;o o bastante para aumentar a produ&ccedil;&atilde;o de gr&atilde;os e de carne. Para isso, bastaria colocar em pr&aacute;tica algo &oacute;bvio, mas at&eacute; agora desconsiderado pelos governos: fazer um melhor uso dessas terras.
<h2>Os poss&iacute;veis caminhos para uma agricultura respons&aacute;vel</h2>
Segundo a an&aacute;lise Solving Brazil's land use puzzle: Increasing production and slowing Amazon deforestation (Resolvendo o quebra-cabe&ccedil;a do uso da terra no Brasil: aumento da produ&ccedil;&atilde;o e desacelera&ccedil;&atilde;o do desmatamento na Amaz&ocirc;nia), publicada na Science Direct, existem alguns caminhos que podem ser adotados para plantar sem agredir a Floresta Amaz&ocirc;nica.&nbsp;
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;(Fonte: Alex GreenJohannes Str&ouml;tker / Pexels/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)&nbsp;" data-fonte-url="https://www.pexels.com/pt-br/foto/diferentes-campos-agricolas-coloridos-sob-o-ceu-na-zona-rural-4303919/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/21/21175541017386.jpg" alt="(Fonte: Alex GreenJohannes Str&ouml;tker / Pexels/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Alex GreenJohannes Str&ouml;tker / Pexels/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Assim, h&aacute; formas de aumentar a produ&ccedil;&atilde;o e o bem-estar social enquanto se trabalha na redu&ccedil;&atilde;o do desmatamento. Veja as propostas dessa an&aacute;lise a seguir.
<ul>
<li>Proposta 1: acabar com a especula&ccedil;&atilde;o de terras e a grilagem. Isso permitiria impedir a expans&atilde;o sem controle e a pr&aacute;tica inadequada da agricultura e da pecu&aacute;ria.</li>
<li>Proposta 2: promover a redu&ccedil;&atilde;o do desmatamento nas propriedades privadas. Nesse caso, um aspecto muito importante seria apoiar e implementar inciativas que visassem ao abastecimento sustent&aacute;vel de produtos agr&iacute;colas, al&eacute;m do uso efetivo de mecanismos j&aacute; existentes no C&oacute;digo Florestal do Brasil.</li>
<li>Proposta 3: incentivar e desenvolver iniciativas para promover o aumento da produtividade em &aacute;reas ou propriedades de m&eacute;dio e grande portes. Isso poderia ser feito por meio de investimentos direcionados especificamente para esse fim. Com isso, seria poss&iacute;vel n&atilde;o somente cumprir as metas de produ&ccedil;&atilde;o nacional, mas tamb&eacute;m atender &agrave; demanda crescente por produtos da agricultura nacional pelo mercado internacional.</li>
<li>Proposta 4: desenvolver inciativas voltadas para melhorar os setores econ&ocirc;micos, sociais e ambientais. E, nesse caso, o foco seria fornecer assist&ecirc;ncia t&eacute;cnica e orienta&ccedil;&atilde;o especializada aos pequenos produtores.</li>
</ul>
<h2>O que j&aacute; est&aacute; acontecendo</h2>
Mesmo quando consideramos que as pol&iacute;ticas de prote&ccedil;&atilde;o e fiscaliza&ccedil;&atilde;o ambiental do &acirc;mbito federal apresentam falhas e incoer&ecirc;ncias, na Regi&atilde;o Amaz&ocirc;nica j&aacute; existem produtores que t&ecirc;m buscado aprender e aplicar novos modelos de produ&ccedil;&atilde;o agr&iacute;cola.
Nesse sentido, vale destacar o plantio de gr&atilde;os em &aacute;reas de pastagem degradadas e a cria&ccedil;&atilde;o de &aacute;reas que trabalhem com sistemas integrados de agricultura-floresta-pastagem.
No meio de tudo isso, um aspecto se sobressai: a extensa maioria dos movimentos, a&ccedil;&otilde;es e iniciativas visando garantir que a agricultura possa ser praticada de forma respons&aacute;vel na regi&atilde;o da <a href="https://www.megacurioso.com.br/mundo-verde/98490-20-curiosidades-fascinantes-sobre-a-amazonia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Floresta Amaz&ocirc;nica</a>. Isso tem acontecido com poucos e, na maior parte dos casos, sem nenhum incentivo governamental.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/21/21175438157384.jpg" alt="(Fonte: Kelly Lacy / Pexels/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Kelly Lacy / Pexels/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Sem d&uacute;vidas, &eacute; poss&iacute;vel plantar sem desmatar. Por&eacute;m, as barreiras que impedem investimentos em a&ccedil;&otilde;es comprometidas com a sustentabilidade, os incentivos feitos &agrave;s escondidas ao desmatamento, a fiscaliza&ccedil;&atilde;o deficiente e at&eacute; inexistente, bem como a falta de solu&ccedil;&otilde;es integradas, impedem que todos os aspectos positivos apontados at&eacute; aqui se tornem realidade.

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É possível produzir sem desmatar a Amazônia?

Imagem de 6 tipos de transporte para quem quer ser amigo da natureza no megacurioso

Alternativas existem, basta escolher a mais adequada

Os meios de transporte s&atilde;o imprescind&iacute;veis para a maioria de n&oacute;s, especialmente nos grandes centros urbanos. Por outro lado, eles est&atilde;o por tr&aacute;s de boa parte dos problemas ambientais, a exemplo da polui&ccedil;&atilde;o.
Por isso, quem se preocupa com a natureza deve pensar em algumas mudan&ccedil;as e tomar decis&otilde;es conscientes quando o objetivo &eacute; <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/106048-apenas-1-pais-no-mundo-e-considerado-carbono-negativo-sabia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">diminuir a pegada de carbono</a>.&nbsp;
E uma das maneiras mais simples de come&ccedil;ar a fazer a diferen&ccedil;a &eacute; analisando a maneira como nos locomovemos. A seguir, selecionamos algumas ideias para quem se preocupa com o planeta. Acompanhe!
<h2>1. Transporte p&uacute;blico</h2>
O transporte p&uacute;blico &eacute; uma das melhores alternativas de locomo&ccedil;&atilde;o para quem pensa no meio ambiente. Apesar de nem sempre ser o mais confort&aacute;vel, o fato, &eacute; que transportar muitas pessoas de uma &uacute;nica vez ajuda a reduzir significativamente os impactos negativos para a natureza.&nbsp;
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/21/21212458659003.jpg" alt="(Fonte: Gustavo Novo / Pexels/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Gustavo Novo/Pexels/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Al&eacute;m disso, os &ocirc;nibus podem chegar ao destino com mais rapidez, visto que boa parte das cidades conta com corredores exclusivos.
<h2>2. Trens e metr&ocirc;s</h2>
Os <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/109197-alemanha-inaugura-seus-primeiros-trens-sustentaveis-movidos-a-hidrogenio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">trens e metr&ocirc;s</a> tamb&eacute;m podem entrar na lista de meios de transporte amigos do planeta. Contudo, cabe aqui algumas ressalvas. Apesar de contarem com o ponto positivo de ser um transporte em massa, algumas outras a&ccedil;&otilde;es s&atilde;o necess&aacute;rias para que as contribui&ccedil;&otilde;es positivas sejam maiores.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;(Fonte: Ketut Subiyanto / Pexels/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)&nbsp;" data-fonte-url="https://www.pexels.com/pt-br/foto/viajante-jaqueta-jeans-locomotiva-passageiro-4436373/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/21/21211826487002.jpg" alt="(Fonte: Ketut Subiyanto / Pexels/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Ketut Subiyanto/Pexels/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Por exemplo, se o projeto foi desenvolvido pensando no ecologicamente correto, a redu&ccedil;&atilde;o do impacto ambiental &eacute; ainda maior. E, por incr&iacute;vel que pare&ccedil;a, coisas simples como melhorias nos sistemas de tra&ccedil;&atilde;o e freio ou mudan&ccedil;as para uma ilumina&ccedil;&atilde;o de LED, ou inteligente, contribuem para transformar esses meios de transporte em mais uma op&ccedil;&atilde;o ben&eacute;fica para natureza.
<h2>3. Rod&iacute;zio</h2>
Ok, o rod&iacute;zio n&atilde;o &eacute; exatamente um meio de transporte, mas &eacute; um conceito interessante j&aacute; que parte da mesma l&oacute;gica do transporte p&uacute;blico. Ali&aacute;s, se v&aacute;rias pessoas do local onde voc&ecirc; estuda ou trabalha moram na mesma regi&atilde;o, que tal voc&ecirc; sugerir essa ideia?
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/21/21212702299004.jpg" alt="(Fonte: Andrea Piacquadio / Pexels/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Andrea Piacquadio/Pexels/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
<h2>4. Bicicleta</h2>
A <a href="https://www.megacurioso.com.br/bem-estar/83671-marca-de-seguros-lanca-modelos-de-bicicletas-sustentaveis.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bicicleta &eacute; outro meio de transporte de baix&iacute;ssimo impacto</a> para o meio ambiente. Al&eacute;m disso, dependendo do tr&acirc;nsito de onde voc&ecirc; mora, ir para o trabalho ou para qualquer outro lugar de bike pode at&eacute; ser mais r&aacute;pido. Afinal, voc&ecirc; n&atilde;o ter&aacute; que perder tempo em congestionamentos. Fora isso, ainda tem os benef&iacute;cios para sua sa&uacute;de f&iacute;sica.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/21/21213129096005.jpg" alt="(Fonte: Free-Photos/ Pixabay/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Free-Photos/Pixabay/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Ali&aacute;s, se voc&ecirc; quiser um pouco mais de conforto enquanto diminui sua pegada de carbono, considere uma bicicleta el&eacute;trica. Mas &eacute; bom dar uma conferida na legisla&ccedil;&atilde;o local antes de adquirir a sua, pois existem lugares que limitam o uso desse meio de transporte.
<h2>5. Motos el&eacute;tricas</h2>
As motocicletas tradicionais, quando comparadas com ve&iacute;culos de quatro rodas, t&ecirc;m menos impactos ambientais. Mas &eacute; bom lembrar que nem sempre isso &eacute; verdade. Algumas chegam a ser mais poluentes que os carros a depender da marca ou modelo.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/21/21213948925006.jpg" alt="(Fonte: PublicDomainPictures /Pixabay/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: PublicDomainPictures /Pixabay/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Todavia, a tecnologia verde est&aacute; a&iacute; para ajudar a transformar o mundo. Nesse sentido, vale a pena considerar as motos el&eacute;tricas ou aquelas movidas a biocombust&iacute;vel.
<h2>6. Carros el&eacute;tricos e h&iacute;bridos</h2>
Carros h&iacute;bridos e el&eacute;tricos tamb&eacute;m podem ser uma solu&ccedil;&atilde;o para diminuir os impactos negativos no meio ambiente. Nos &uacute;ltimos anos, &eacute; crescente o n&uacute;mero de montadoras que investem em maneiras de tornar esses meios de transporte ainda mais eficientes.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/21/21214323519014.jpg" alt="(Fonte: Jae Park/ Pexels/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Jae Park/Pexels/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Por fim, pensar em utilizar transportes mais ecol&oacute;gicos &eacute; apenas uma forma de ajudar o planeta. Se voc&ecirc; quiser ampliar ainda mais sua participa&ccedil;&atilde;o positiva, considere outros aspectos de sua vida. Afinal, por menor que pare&ccedil;a sua contribui&ccedil;&atilde;o, ela &eacute; muito importante para um futuro melhor, tanto para o meio ambiente quanto para todos n&oacute;s.

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6 tipos de transporte para quem quer ser amigo da natureza

Imagem de Tempestade de areia: vídeos e fotos do incidente em SP no megacurioso

Cidades no interior do estado de São Paulo foram atingidas por imensa tempestade de areia com rajadas perto de 100 km/h 

A popula&ccedil;&atilde;o do interior de S&atilde;o Paulo vivenciou cenas de um filme de terror na tarde do &uacute;ltimo domingo (26). Nesse dia, diversas cidades da regi&atilde;o, como Presidente Prudente, Franca, Jales, Ara&ccedil;atuba, Barretos e Ara&ccedil;atuba observaram a chegada de uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/fenomenos-da-natureza/36483-tempestade-de-areia-e-filmada-do-topo-do-maior-arranha-ceu-do-mundo-video-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tempestade de areia</a> com rajadas de at&eacute; 100 km/h &mdash; deixando o c&eacute;u completamente escuro.
A imensa nuvem de poeira tamb&eacute;m atingiu alguns munic&iacute;pios de Minas Gerais, sobretudo aqueles que fazem fronteira com o estado de S&atilde;o Paulo. Imagens gravadas por habitantes mostram a chegada do fen&ocirc;meno e como ele foi arrastado pelo vento pelas ruas locais. Veja s&oacute;!
<ul>
<li>Leia mais: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/225749-novas-tempestades-areia-acontecer-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Novas tempestades de areia podem acontecer no Brasil?</a></li>
</ul>
<h2>Ventos fortes</h2>
<blockquote class="twitter-tweet">
Assustador! Barretos (SP), Franca (SP), Ribeir&atilde;o Pretos (SP) e Frutal (MG) s&atilde;o algumas das cidades que registraram uma tempestade de areia no fim da tarde de hoje. A regi&atilde;o passa por um per&iacute;odo de estiagem que j&aacute; dura quase 3 meses e a nuvem de areia antecedeu a chegada da chuva. <a href="https://t.co/ZhHZ3JpEux">pic.twitter.com/ZhHZ3JpEux</a>
&mdash; M&iacute;dia NINJA (@MidiaNINJA) <a href="https://twitter.com/MidiaNINJA/status/1442273303935082503?ref_src=twsrc%5Etfw">September 26, 2021</a></blockquote>
De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia, as rajadas de vento registradas na regi&atilde;o tiveram m&eacute;dia de 50 km/h a 60 km/h, mas o vento foi muito superior em alguns munic&iacute;pios. No Aeroporto de Ribeir&atilde;o Preto, por exemplo, rajadas de 92,7 km/h foram observadas antes de uma forte chuva com trovoadas.&nbsp;
<blockquote class="twitter-tweet" data-conversation="none">
?? Imagens impressionantes da tempestade de areia em alguns pontos do pa&iacute;s n&atilde;o param de chegar <a href="https://t.co/moNxC7Xhwl">pic.twitter.com/moNxC7Xhwl</a>
&mdash; Kallil Oliveira (@kalliloliveira_) <a href="https://twitter.com/kalliloliveira_/status/1442261774913445888?ref_src=twsrc%5Etfw">September 26, 2021</a></blockquote>
Imagens de sat&eacute;lite mostram que a tempestade de areia foi proveniente de uma grande &aacute;rea de instabilidade associada ao calor no interior de S&atilde;o Paulo, causada pelo aumento de umidade na regi&atilde;o que gerou nuvens do tipo Cumulonimbus &mdash; respons&aacute;veis por gerar <a href="https://www.megacurioso.com.br/fenomenos-da-natureza/44918-chuva-perigosa-de-granizo-surpreende-banhistas-em-praia-da-russia-video.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">granizo</a> e vento forte.
<blockquote class="twitter-tweet">
O dia virou noite, tempestade de areia no interior de S&atilde;o Paulo ?? <a href="https://t.co/0LXlKDfKed">pic.twitter.com/0LXlKDfKed</a>
&mdash; ELLEN ONDIANE LUAN ?? (@Tropagauchasls) <a href="https://twitter.com/Tropagauchasls/status/1442526294743339012?ref_src=twsrc%5Etfw">September 27, 2021</a></blockquote>
Durante os &uacute;ltimos dias, as tempestades de granizo causaram grande estrago em Minas Gerais. Segundo os meteorologistas, o risco de temporais na fronteira entre os dois estados deve permanecer durante as pr&oacute;ximas semanas e at&eacute; mesmo se acentuar em outubro, visto que uma massa de ar frio avan&ccedil;a pelo Sul do Brasil.
<h2>Origem do Haboob</h2>
<blockquote class="twitter-tweet">
Tempestade de areia em Franca - SP. Cara to no meio da tempestade, dentro de casa e ta foda de respirar... <a href="https://t.co/4D3k2zH9f5">pic.twitter.com/4D3k2zH9f5</a>
&mdash; Felipe Gomes (@EstevaldoCarne) <a href="https://twitter.com/EstevaldoCarne/status/1442238600704405504?ref_src=twsrc%5Etfw">September 26, 2021</a></blockquote>
O fen&ocirc;meno que atingiu S&atilde;o Paulo e Minas Gerais no &uacute;ltimo fim de semana &eacute; conhecido cientificamente como haboob, nome dado para um tipo de tempestade de poeira formada por meio de uma tempestade comum de chuva e vento. Um haboob costuma ser extremamente grande, com milhares de metros de altura e at&eacute; 160 km de largura.
<blockquote class="twitter-tweet">
Em Frutal (MG) o dia tamb&eacute;m escureceu com a tempestade de areia. <a href="https://t.co/EchEAMisPv">pic.twitter.com/EchEAMisPv</a>
&mdash; M&iacute;dia NINJA (@MidiaNINJA) <a href="https://twitter.com/MidiaNINJA/status/1442310853387120645?ref_src=twsrc%5Etfw">September 27, 2021</a></blockquote>
Durante uma tempestade tradicional, o ar frio desce para o solo e se espalha. Como as cidades do interior paulista e mineiro v&ecirc;m enfrentando uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118111-por-que-o-brasil-enfrenta-escassez-de-agua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">seca</a> mais intensa do que o esperado nesse momento do ano, esse fator colaborou para que a poeira se espalhasse pelo ar e tomasse conta de toda a paisagem.&nbsp;
<blockquote class="twitter-tweet">
Barretos na hora da tempestade de areia <a href="https://t.co/MuXzLGcQRy">pic.twitter.com/MuXzLGcQRy</a>
&mdash; Arthurgta #XboxSeriesX (@ArthurgtaX) <a href="https://twitter.com/ArthurgtaX/status/1442239040250580995?ref_src=twsrc%5Etfw">September 26, 2021</a></blockquote>

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Tempestade de areia: vídeos e fotos do incidente em SP

Imagem de Cidade do México: entenda por que a cidade está afundando no megacurioso

Com mais de 20 milhões de habitantes, cientistas apontam que a capital mexicana afunda cerca de 50 cm por ano

A natureza tem causado um fen&ocirc;meno interessante e preocupante na Cidade do M&eacute;xico. Segundo estudos, a capital mexicana tem afundado cerca de 50 cm por ano &mdash; e n&atilde;o h&aacute; nenhum ind&iacute;cio de que isso v&aacute; parar t&atilde;o cedo. Como complicador, essa transforma&ccedil;&atilde;o geogr&aacute;fica vem sendo respons&aacute;vel por provocar diversas mudan&ccedil;as na paisagem da metr&oacute;pole com 20 milh&otilde;es de habitantes.
Pr&eacute;dios, pontos tur&iacute;sticos e ruas por todos os bairros parecem exibir um crescente n&uacute;mero de rachaduras e fissuras. Longe do olhar da popula&ccedil;&atilde;o, a mesma coisa acontece com os canais de esgoto, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118111-por-que-o-brasil-enfrenta-escassez-de-agua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&aacute;gua</a> e g&aacute;s no subterr&acirc;neo. Ent&atilde;o, o que tem provocado essas graves mudan&ccedil;as geol&oacute;gicas e o que os cidad&atilde;os locais podem esperar?
<h2>Causas do afundamento do solo</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://commons.wikimedia.org/wiki/Category:Panoramics_in_Mexico_City#/media/File:20150714_IMG_6520_by_sebaso_(20433498780).jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/21/21095949783061.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Em um primeiro momento, &eacute; comum para as pessoas acreditarem que a causa para o afundamento da Cidade do M&eacute;xico seja os <a href="https://www.megacurioso.com.br/desastres-naturais/71416-terremoto-o-que-aconteceria-se-o-big-one-acontecesse-de-verdade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">terremotos</a> que quase rotineiramente atingem o munic&iacute;pio. Embora os abalos s&iacute;smicos possam de fato provocar danos estruturais, eles n&atilde;o s&atilde;o o principal culpado nesse fen&ocirc;meno.&nbsp;
Existe um nome relativamente desconhecido para o problema: a subsid&ecirc;ncia do solo. Mas o que &eacute; isso? Subsid&ecirc;ncia &eacute; um processo geol&oacute;gico de afundamento do solo sem movimenta&ccedil;&atilde;o horizontal. Ela pode ocorrer de maneira lenta ou acelerada, al&eacute;m de poder ter causas naturais ou consequ&ecirc;ncia humana.
Os terremotos at&eacute; conseguem provocar a subsid&ecirc;ncia, mas os fatores mais comuns normalmente s&atilde;o a minera&ccedil;&atilde;o excessiva ou a extra&ccedil;&atilde;o de &aacute;gua no subsolo. Na Cidade do M&eacute;xico, os &iacute;ndices de afundamento do solo est&atilde;o realmente acelerados e at&eacute; o momento os pesquisadores n&atilde;o conseguiram encontrar nada para fazer esse processo parar.
<h2>O perigo da extra&ccedil;&atilde;o de &aacute;gua</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/21/21100032892062.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Segundo estudos conduzidos pela Universidade de Oregon (Estados Unidos), a Cidade do M&eacute;xico realmente est&aacute; afundando o tamanho de um indiv&iacute;duo adulto a cada 3 ou 4 anos. Inicialmente, todos os ind&iacute;cios d&atilde;o conta de que a extra&ccedil;&atilde;o de &aacute;gua seja a maior respons&aacute;vel pelo afundamento do solo na Cidade do M&eacute;xico.
Como grande parte da &aacute;gua pot&aacute;vel da capital mexicana vem de aqu&iacute;feros, corpos de &aacute;gua no subsolo delimitados por sedimentos e rochas, a extra&ccedil;&atilde;o desse material &eacute; considerada insustent&aacute;vel. Al&eacute;m de provocar a subsid&ecirc;ncia, essa etapa causa um efeito ainda maior na metr&oacute;pole.
Nesse caso, a extra&ccedil;&atilde;o de &aacute;gua na compacta&ccedil;&atilde;o do leito de um antigo lago sobre o qual a cidade foi constru&iacute;da: o Lago de Texcoco, antigo lar da cidade asteca <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119835-veneza-do-novo-mundo-a-historia-asteca-de-tenochtitlan.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Tenochtitl&aacute;n</a>. O uso da &aacute;gua na regi&atilde;o causou o esgotamento das camadas subterr&acirc;neas, at&eacute; que o leito do lago, rico em sal e argila, secou.
<h2>Riscos para o futuro</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/21/21100120627063.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
A falta de &aacute;gua abriu uma brecha para que os minerais soltos na superf&iacute;cie do antigo lago se compactasse &mdash; e &eacute; exatamente isso que eles est&atilde;o fazendo. Com o passar dos anos, as rochas no leito do lago aglomeram-se com mais for&ccedil;a, o que gera um atrito entre elas e resulta no afundamento da cidade.
&Eacute; um processo causado pela geologia e evolu&ccedil;&atilde;o particular da &aacute;rea em que a cidade foi constru&iacute;da. Infelizmente, essa etapa n&atilde;o &eacute; revers&iacute;vel: quando os minerais s&atilde;o embalados pr&oacute;ximos demais um dos outros, eles n&atilde;o voltam ao mesmo espa&ccedil;o. Para a Cidade do M&eacute;xico, isso pode causar problemas a longo prazo.
Como a subsid&ecirc;ncia n&atilde;o &eacute; uniforme em todas as partes da cidade, danos estruturais podem surgir de todos os lados. Consequentemente, se os canais de esgoto e &aacute;gua pot&aacute;vel estiverem prejudicados, os cidad&atilde;os mexicanos correm o risco de sofrer com a contamina&ccedil;&atilde;o dos l&iacute;quidos e at&eacute; mesmo com problemas maiores de sa&uacute;de.&nbsp;

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Cidade do México: entenda por que a cidade está afundando

Imagem de Você sabe o que é "comida azul" e como ela pode ajudar o mundo? no megacurioso

Alimentos aquáticos poderão desempenhar um papel fundamental na alimentação do futuro

&Eacute; bem prov&aacute;vel que voc&ecirc; j&aacute; tenha ouvido falar sobre algumas das <a href="https://www.megacurioso.com.br/culinaria/101668-5-comidas-do-futuro-que-voce-pode-abocanhar-agora-ou-tentar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">solu&ccedil;&otilde;es tecnol&oacute;gicas e alimentares</a> que est&atilde;o sendo desenvolvidas nos &uacute;ltimos anos para que a humanidade consiga lidar com alguns de seus mais graves problemas, como a fome e as mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas.
Recentemente, a revista Nature publicou 5 artigos, revisados por pares, sobre as possibilidades de se aproveitar a enorme diversidade dos chamados "alimentos azuis", a exemplo dos peixes, crust&aacute;ceos e algas, para a redu&ccedil;&atilde;o da desnutri&ccedil;&atilde;o, dos impactos ambientais e para a cria&ccedil;&atilde;o de novos meios de subsist&ecirc;ncia. Mas, nem tudo &eacute; t&atilde;o simples!
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/19/19211613406015.jpg" alt="(Fonte: Francesco Ungaro/ Pexels/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Francesco Ungaro/ Pexels/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)
<h2 class="uk-text-justify">A complexa discuss&atilde;o por tr&aacute;s dos "alimentos azuis"</h2>
Numa escala mundial, as pessoas consomem mais de 2,5 mil esp&eacute;cies ou grupos de algas, plantas aqu&aacute;ticas, crust&aacute;ceos e peixes.
Para se ter ideia do que isso representa, basta considerar <a href="https://www.megacurioso.com.br/invencoes/40277-soylent-a-formula-nutricional-que-promete-ser-a-comida-do-futuro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">que esses alimentos</a> constituem fontes de renda e maneiras de subsist&ecirc;ncia para cerca de 100 milh&otilde;es de pessoas. Sem falar que tamb&eacute;m s&atilde;o a principal fonte de prote&iacute;na para 3 bilh&otilde;es de indiv&iacute;duos.
Os "alimentos azuis" tamb&eacute;m oferecem diversos micronutrientes considerados vitais para o ser humano, tais como ferro e zinco. Sendo que muitos deles previnem doen&ccedil;as, retardo de crescimento e s&atilde;o fundamentais para evitar mortes prematuras.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/19/19211743468016.jpg" alt="(Fonte: Francesco Ungaro/ Pexels/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Francesco Ungaro/ Pexels/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Considerando os benef&iacute;cios dos alimentos oce&acirc;nicos para a sa&uacute;de do ser humano, o excelente potencial para o aumento da produ&ccedil;&atilde;o global e os impactos ambientais relativamente baixos que causam, &eacute; ineg&aacute;vel que eles podem ter um papel fundamental no desenvolvimento de um sistema alimentar mais saud&aacute;vel e sustent&aacute;vel para a humanidade nos pr&oacute;ximos anos ou d&eacute;cadas.
Todavia, ainda falta um debate amplo sobre essa categoria de comida, ou melhor dizendo, sem rela&ccedil;&atilde;o ao que pode ser feito para que os benef&iacute;cios e as vantagens apontados acima, de fato, possam se tornar realidade.
Na verdade, at&eacute; existem discuss&otilde;es a esse respeito, por&eacute;m a maioria delas tende a ser superficial ou generalizada. Por exemplo, abordando apenas a expans&atilde;o em massa da pr&aacute;tica da aquicultura.&nbsp;&Eacute; assim que todos os pontos positivos e as oportunidades dos "alimentos azuis" podem ser perdidos, conforme os estudos publicados na Nature: "quando se ignora todas as particularidades e as necessidades desse <a href="https://www.megacurioso.com.br/comidas-e-bebidas/81256-12-alimentos-que-podem-ser-escassos-no-futuro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">grupo alimentar</a>, as chances de se tomar decis&otilde;es erradas aumentam significativamente".
O motivo &eacute; simples: &eacute; praticamente imposs&iacute;vel separar o que fazemos na terra daquilo que fazemos no ambiente aqu&aacute;tico. Afinal, tudo est&aacute; interconectado. Isso significa que entidades, governos e qualquer interessado no assunto devem pensar na quest&atilde;o como um sistema integrado.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/19/19211955203017.jpg" alt="(Fonte: Chanita Sykes/ Pexels/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Chanita Sykes/ Pexels/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Sabemos que os "alimentos azuis" podem ser fundamentais para diminuir os n&iacute;veis de fome e desnutri&ccedil;&atilde;o no mundo. Por&eacute;m, a quantidade cada vez maior de fertilizantes e agrot&oacute;xicos utilizados na agricultura tem criado extensas zonas mortas nas &aacute;guas costeiras.
O caso acima &eacute; apenas um dos obst&aacute;culos, mas serve para mostrar que, ao ignorar os "alimentos azuis" ou consider&aacute;-los de forma separada da produ&ccedil;&atilde;o terrestre, corre-se o risco de perder oportunidades importantes para o futuro da humanidade.
<h2 class="uk-text-justify">O poder das algas</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/19/19211413343014.jpg" alt="(Fonte: Quang Nguyen Vinh/ Pexels/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Quang Nguyen Vinh/ Pexels/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Quando falamos sobre a tal "alimenta&ccedil;&atilde;o azul", pensamos mais em peixes e crust&aacute;ceos, mas algas podem ser as hero&iacute;nas na luta contra a mudan&ccedil;a clim&aacute;tica, que, por sua vez, gera impactos negativos na produ&ccedil;&atilde;o alimentar, seja terrestre, seja oce&acirc;nica. Veja s&oacute;:
<ul class="uk-text-justify">
<li>alimentar o gado com algas vermelhas pode ajudar a reduzir a emiss&atilde;o de metano em at&eacute; 80%, de acordo com um estudo publicado da revista PLOS One;</li>
<li>pl&aacute;stico e diversos outros produtos qu&iacute;micos industriais produzidos com base em petr&oacute;leo podem ser substitu&iacute;dos por compostos feitos com algas marinhas &mdash; ali&aacute;s, existem empresas investindo nisso, especialmente porque as algas s&atilde;o f&aacute;ceis de serem cultivadas e crescem r&aacute;pido;</li>
<li>as algas podem contribuir para remover o carbono da atmosfera, uma vez que absorvem CO2&nbsp;enquanto crescem, mantendo-o pressurizado no oceano quando morrem.</li>
</ul>
<h2 class="uk-text-justify">N&atilde;o existe milagre</h2>
Em uma simples compara&ccedil;&atilde;o com o frango, os mexilh&otilde;es contam com 76 vezes mais vitaminas B12, e uma truta cerca de 19 vezes mais &ocirc;mega 3 do que essa ave.
Mas os "alimentos azuis" n&atilde;o s&atilde;o nem podem ser considerados uma "bala de prata" capaz de consertar o nosso sistema alimentar mundial. Lembra-se do que falamos acima sobre a import&acirc;ncia de se pensar de forma integrada? Pois bem, o que os especialistas alertam ou recomendam &eacute; que os alimentos oce&acirc;nicos sejam totalmente inclu&iacute;dos nas discuss&otilde;es e nas tomadas de decis&otilde;es futuras dos setores mais importantes da sociedade.
Afinal, estamos falando sobre a possibilidade de diminuir os n&iacute;veis de fome no mundo, gerar oportunidades de renda, criar mercados, prosperar muita gente que vive com pouco e, claro, fazer que os alimentos aqu&aacute;ticos se tornem mais acess&iacute;veis.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/19/19220800243020.jpg" alt="(Fonte: Fifaliana Joy / Pixabay/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Fifaliana Joy / Pixabay/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)
No fundo, &eacute; mais um "ponto de luz" e de esperan&ccedil;a para a humanidade. Afinal, saber que os "alimentos azuis" podem ser uma solu&ccedil;&atilde;o para combater a desnutri&ccedil;&atilde;o, a fome e os impactos ambientais gera excelentes perspectivas para o futuro!

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